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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Anexos Paula Ribeiro MESTRADO EM EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO Área de especialidade em Organização e Gestão da Educação e da Formação Relatório de Estágio Orientado pela Professora Doutora Estela Mafalda Inês Elias Fernandes da Costa 2018

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

Anexos

Paula Ribeiro

MESTRADO EM EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Área de especialidade em Organização e Gestão da Educação e da Formação

Relatório de Estágio Orientado pela Professora Doutora

Estela Mafalda Inês Elias Fernandes da Costa

2018

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Índice de Anexos

(em formato digital)

Anexo 1 – Mapeamento de trabalhos realizados sobre a Inspeção da Educação 2007-2016 ........ 1

Anexo 2 - Mapeamento de (alguns) relatórios de Estágio e Trabalhos de Projeto sobre a IGEC

(2012-2016) .............................................................................................................................. 3

Anexo 3-Guião da Entrevista ao Inspetor (E1) .......................................................................... 4

Anexo 4- Protocolo da Entrevista a E1 ...................................................................................... 8

Anexo 5- Grelha de análise da Entrevista a E1 ........................................................................ 19

Anexo 6- Protocolo do Questionário a Q1 (ATIN) .................................................................. 33

Anexo 7- Protocolo do Questionário a Q2 (ATIN) .................................................................. 38

Anexo 8- Protocolo do Questionário a Q3 (ATIN) .................................................................. 41

Anexo 9- Protocolo do Questionário a Q4 (ATIN) .................................................................. 43

Anexo 10- Protocolo do Questionário a Q5 (ATIC) ................................................................. 45

Anexo 11- Protocolo do Questionário a Q6 (ATIC) ................................................................. 51

Anexo 12- Protocolo do Questionário a Q7 (ATIS) ................................................................. 54

Anexo 13- Protocolo do Questionário a Q8 (ATIS) ................................................................. 57

Anexo 14- Protocolo do Questionário a Q9 (ATIS) ................................................................. 63

Anexo 15- Análise de conteúdo dos Questionários .................................................................. 67

Anexo 16- Planificação de um documento auxiliar à atividade do ATE ................................... 85

Anexo 17 – Cronograma das Atividades ............................................................................... 104

Anexo 18 – Notas de Campo................................................................................................. 108

Page 3: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

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Anexo 1 - Mapeamento de trabalhos realizados sobre a Inspeção da Educação 2007-2016

2000

Boletim Informativo

da IGE

•Ferreira,M. (2000). IGE- Para quem? IGE Informação,Ano.8,nº1.

•Mota,M.,Afonso,O.(2000). Validade e Fiabilidade no processo de inspeção. IGE Informação,Ano.8,nº1.

•Silva,A.(2000). Nova Etapa, novos desafios para a Inspeção-Geral da Educação. IGE Informação,Ano.8,nº1.

•Valadas,F.,Caeiro, M. Programa IV: Intervenção Inspetiva, ação disciplinar e provedoria. IGE Informação,Ano.8,nº1

2007

Conferências •Azevedo, J.M. (2007). Avaliação externa das escolas em Portugal. In Conferência As Escolas face a novos desafios. Lisboa: Presidência Portuguesa da União Europeia.

2008

Revistas (artigos)

•Lucas, C. (2008). A Intervenção da inspeção na educação. Portugal: Revista portuguesa de pedagogia, Ano 42-1, 5-26.

2009

Revistas

(artigos)

•Luís M.,Costa,J.(2009). A auto-avaliação das escolas em Portugal: um olhar através dos relatórios da IGE. Revista Portuguesa de Investigação Educacional,A.8,nº8.

Congressos

•Pires, A. (2009). A influência das inspeções europeias na regulação das políticas educativas da Inspeção – Geral de Educação. In Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. X Congresso.

2010

Revistas

(artigos)

•Bruggen,J.(2010). Inspectorates of Education in Europe; some comparative remarques about their tasks and work. SICI.

•Lucas, C. e Azevedo, J.J. (2010). A Inspeção da Educação em Portugal. In Revista Avances en Supervisión Educativa

2011

Livros

•Afonso, N., Costa, E. (2011). A Avaliação externa das escolas: Um instrumento de Regulação Baseado no Conhecimento. In Barroso (org.) e Afonso. Políticas Educativas: 81 mobilização de conhecimento e modos de regulação. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão

Page 4: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

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Revistas

•Clarke,J., & Ozga,J.(2011). Governing by Inspection? Comparing school inspection in Scotland and England. Social Policy Association conference, University of Lincoln.

•Costa, E. & Pires, A. (2011). The Role of the European Inspections in the European Educational Space -echoes from Portugal. Regarding the Assessment of Schools. Research in Higher Education Journal, 13.

2012

Teses •Brigas, J. (2012). Modelos de Avaliação Externa das Escolas – O caso português no contexto europeu. Universidade Aberta.

Relatórios •Fialho,I. et al.(2012). Relatórios internacionais e europeus, um olhar sobre a AEE em Portugal. CIIE - Centro de Investigação e Intervenção Educativas.

2013

Conferências

•Fialho,I. et al.(2013). Os contraditórios na Avaliação Externa das Escolas. Consensos e divergências. Conferência no Seminário Avaliação externa de escolas. Percursos, consensos e divergências, realizada na Universidade de Évora.

Congressos

•Morgado,J. et al.(2013). A contextualização curricular como referente da avaliação externa das escolas. Atas do XII Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho

2014

Dissertações

•Carvalho,M,(2014). Atividade Inspetiva em Educação: representações de professores e inspetores. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro: Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação.

Teses

•Morgado,G.,Seabra,F.(2014). Repercussões da Avaliação Externa das Escolas nas Práticas Curriculares das Lideranças Intermédias. Currículo na contemporaneidade: internacionalização e contextos locais.

Revistas (artigos)

•Ozga,J. e Lawn,M.(2014). Frameworks of Regulation: Evidence, Knowledge and Judgment in Inspection. Sisyphus 1 Journal of Education: University of Lisbon,vol.02,issue 1.

2015

Revistas

(artigos)

•Brooks,J.,Sivesind.K.(2015). State school inspection policy in Norway and Sweden (2002–2012): a reconfiguration of governing modes? Journal of Educational Policy,Vol.30, No.3: Governing By numbers.

Teses Guerreiro,H. (2015). Para a compreensão da sustentabilidade da autoavaliação das escolas : um estudo de caso múltiplo em escolas públicas portuguesas .IE

2016 Revistas •Costa,N., Sousa,J.(2016). Intermediate Leaderships perceptions on Schools’ External Evaluation. European Journal of Curriculum Studies, Vol. 3, No. 1.

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Anexo 2 - Mapeamento de (alguns) relatórios de Estágio e Trabalhos de Projeto sobre a IGEC (2012-2016)

2012

Lemos,D.(2012). Avaliação Externa das Escolas em Portugal e das Escolas Europeias – Uma perpetiva comparativa. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto da

Educação.

Martins,S.(2012). A atividade da Organização do Ano Letivo: Um olhar a partir dos incumprimentos e das recomendações. Relatório de Estágio. Lisboa:

Instituto de Educação.

Rocha,P.(2012). Que ruturas e que continuidades do antigo para o atual modelo de avaliação externa das escolas. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de

Educação.

Rodrigues,R.(2012). Dinâmicas Internas na autovaliação de escola. Contributo para um plano de melhoria. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de Educação.

2013 Oliveira,T.(2013). Percepções da Equipa de Avaliação Externa relativamente às suas práticas de avaliação. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de Educação.

2014

Gonçalves ,A. (2014). As representações das equipas de avaliação externa da IGEC na dimensão relativa à autoavaliação das escolas. Relatório de Estágio.

Lisboa: Instituto de Educação.

Saraiva,S. (2014). A inspeção-Geral da Educação e Ciência Enquanto espaço de confluência de conhecimento. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de

Educação.

2015

Santos,P.(2015). Supervisão, Liderança e Trabalho Colaborativo Nos Relatórios de Avaliação Externa das escolas. Lisboa: Instituto de Educação.

Tempera,M.(2015). Planos de Melhoria, Aprendizagem Organizacional e Regulação da Educação – Uma análise dos planos de melhoria das escolas da Área

Territorial de Inspeção de Lisboa e Vale do Tejo (2012/2013). Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de Educação.

2016

Belo,R.(2016). Um olhar sobre a cultura organizacional da Inspeção-Geral da Educação e Ciência- perceções sobre o contexto e os seus atores. Relatório de

Estágio. Lisboa: Instituto de Educação.

Correia,S.(2016). Um olhar sobre o perfil profissional do inspetor de educação e a atividade de acompanhamento da IGEC aos Jardins de Infância da Rede

Privada – IPSS. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto da Educação.

Jareta,P.(2016). Whole School Inspection nas Escolas Europeias: desafios e contradições. Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de Educação.

Rodrigues,S.(2016). Inspeção-Geral da Educação e Ciência e Avaliação Externa das escolas: o caso da autoavaliação de um agrupamento de escolas.

Relatório de Estágio. Lisboa: Instituto de Educação.

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Anexo 3-Guião da Entrevista ao Inspetor (E1)

Entrevistado: Coordenador da atividade do ATE

Objetivo Geral: Conhecer a Atividade de Acompanhamento ao Apoio Tutorial Especifico realizada pela IGEC

Blocos Temáticos Objetivos

Específicos Questões/Tópicos Observações

Bloco A

Legitimação da Entrevista

Apresentar o

projeto de

investigação

Explicitar os

objetivos gerais da

entrevista

Informar o

entrevistado sobre

a

confidencialidade

da entrevista e a

manutenção do

seu anonimato.

Pedir autorização

para gravar a

entrevista.

Este trabalho é realizado no âmbito do Mestrado em Educação

e Formação

Esta entrevista tem como objetivo principal conhecer a

Atividade de Acompanhamento ao Apoio Tutorial Especifico

realizada pela IGEC.

Para tal, pretendo compreender em que consiste a atividade de

Acompanhamento ao ATE, qual o processo de preparação

desta atividade, como se caracteriza o trabalho dos inspetores,

e como são operacionalizados e apresentados os resultados da

atividade inspetiva.

Este trabalho destina-se a fins unicamente académicos. A sua

contribuição é essencial para a concretização deste estudoEsta

entrevista é de cariz anónimo e confidencial.

Posso gravar a entrevista?

Referir o contributo do entrevistado para a entrevista

Proporcionar ao entrevistado um ambiente que lhe permita

estar confortável para que possa falar livremente sobre os

seus pontos de vista

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Bloco B

Caraterização do

entrevistado

Formação e

atividade

profissional do

entrevistado

Conhecer a função do entrevistado no

âmbito da

atividade de

acompanhamento

do ATE

Conhecer as

competências

consideradas

necessárias para

desempenhar as

suas funções

- Qual a sua formação inicial?

- Há quantos anos trabalha na IGEC?

- Em que atividades se encontra envolvido?

- Quais são as principais funções que desempenha, no âmbito

da atividade de Acompanhamento do ATE?

- Que competências considera essenciais para o desempenho

dessas funções?- Que competências considera indispensáveis

para o desempenho das suas funções?

- Em que medida essas competências se distinguem das que

necessita para outras atividades da IGEC?

Analisar o percurso profissional e acadêmico

Funções desempenhadas enquanto coordenador: perceber o papel do entrevistado na atividade

Apurar as competências – chave e entender a importância

dos conhecimentos e da experiência na área do 2º e 3º ciclos

do Ensino Básico, para o desenvolvimento da atividade

Bloco C

Caracterização da Atividade

de Acompanhamento do

ATE

Conhecer a

atividade de ATE

e a Equipa a nível

Central

Conhecer os

principais

interlocutores

Conhecer a

opinião do

entrevistado acerca das

expetativas

colocadas pela

IGEC na atividade

do ATE

- Podia falar-me um pouco do contexto em que surge a

atividade do ATE?

- Em sua opinião, por que razão esta é uma atividade

importante para a IGEC?

- Quais são os objetivos e propósitos da atividade?

- Podia descrever o dispositivo de intervenção da IGEC?

- De que forma são constituídas as equipas de

acompanhamento? A que critérios obedece o processo de

formação das mesmas?

- Como é constituída a equipa a nível central?- Qual o nº de

Existência de outros coordenadores e ou inspetores

Membros da equipa e interlocutores

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inspetores envolvidos no processo?

- O que sucede desde que são designadas as equipas até ao

momento em que vão para o terreno? Quais os principais

interlocutores das escolas que aderiram à atividade de

acompanhamento do ATE? - Na sua opinião, quais as

expetativas colocadas pela IGEC na atividade de

acompanhamento do ATE?

Bloco D

Processo de preparação e

concretização da atividade

do ATE

Conhecer o

planeamento e

concretização da

atividade de

acompanhamento

do ATE

- Quais são as fases correspondentes de planeamento da

atividade do ATE?

- Quais são as metodologias de acompanhamento? Qual a sua

opinião sobre estas metodologias?Relativamente ao modo como ocorre a montagem do dispositivo da atividade : -

Determinada a equipa e as escolas a intervencionar, como é

feita a preparação da atividade em específico?

- Como se desenrola a observação das práticas do ATE?

- Fale-me um pouco em que media é que a atuação no terreno

difere e é semelhante da das outras atividades da IGEC.

- Em que medida o ATE pode ajudar a incrementar a

autoeficácia e a autorregulação dos alunos?

-Qual a importância do psicólogo na atividade do ATE?

- Qual considera ser o perfil ideial do professor tutor?

- Como é a sua relação enquanto inspetor com a comunidade

Fases e Metodologias da atividade

Critérios de Seleção das escolas

Critérios de Seleção dos Professores Tutores

Equipa de Inspetores

Critérios de Seleção dos inspetores

Fases e momentos de planeamento até à ida ao terreno

Perceber o funcionamento da 2ª intervenção (de

continuidade) e aquilo que acontece, caso se verifiquem os

mesmos aspetos após essa intervenção

Perceção da relação dos inspetores com a comunidade

educativa

Contributos do ATE

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educativa?- De que modo é realizada a divulgação dos

resultados à respetiva comunidade educativa?

Bloco E

Finalização da Entrevista

Perceber se o

entrevistado tem

dúvidas ou

questões

Agradecimentos

-Deseja colocar mais alguma questão?

- Ao que foi dito quer acrescentar mais alguma informação

que ache relevante?

- Dúvidas que o entrevistado possa ter

- Informação relevante ou algum acréscimo

-Referir o contributo do entrevistado para a entrevista

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Anexo 4- Protocolo da Entrevista a E1

E1: Entrevistador

E2: Entrevistado

Duração: 33 min e 40 seg

E1 Boa Tarde!

E2 Boa Tarde.

E1 Antes de mais quero agradecer o seu contributo para esta entrevista. Este trabalho é

realizado no âmbito do Mestrado em Educação e formação, tendo a realização desta

entrevista o objetivo principal de conhecer a Atividade de Acompanhamento ao Apoio

Tutorial Especifico realizada pela IGEC.

Uma vez que a entrevista é de cariz anónimo e confidencial, concede-me permissão para

a gravar?

E2 Sim,claro.

E1 Numa primeira instância, antes de passarmos propriamente à atividade do ATE, gostaria

de lhe fazer umas perguntas acerca do seu percurso acadêmico e profissional, assim

como as funções que desempenha na Inspeção. Desse modo, qual é a sua formação

inicial?

E2 A minha formação inicial é em Línguas e Literaturas Modernas, Estudo Portugueses e

Franceses, portanto vocacionado para o ensino. Depois fiz o respetivo estágio.

E1 Muito bem.

E2 E fui professor de Português e Francês durante alguns anos.

E1 E há quantos anos trabalha na inspeção?

E2 Trabalho há dez anos na inspeção.

E1 E em que atividade se encontra envolvido? Neste momento.

E2 Portanto, as atividades que os inspetores realizam são várias, são diversificadas.

E1 Exato.

E2 Para além do Apoio Tutorial Especifico, normalmente participo também nas atividades

de organização do ano letivo, que é uma atividade que a inspeção tem que é feita no

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início de cada ano letivo, para verificar como é que as escolas organizaram o ano letivo

em termos de elaboração de horários, de turmas, esses processos.

Depois, participo também na avaliação externa das escolas, que agora está em estudo

para o próximo ciclo. Há um grupo de trabalho que está a trabalhar para definir o

modelo do próximo ciclo, e portanto, neste momento não é uma atividade que se

encontra neste momento no terreno, mas até ao ano passado também participei sempre

nesse trabalho da inspeção. Participo também na atividade de acompanhamento da Ação

Educativa, que é uma outra atividade que a Inspeção desenvolve no âmbito do

acompanhamento, e depois todas as outras tarefas que também incumbem à inspeção,

nomeadamente a realização de inquéritos, de averiguações….mas basicamente são estas

as atividades que maioritariamente realizo.

E1 E que competências considera indispensáveis para o desempenho das suas funções?

E2 Então…para se ser inspetor temos que ter um bom conhecimento do Sistema Educativo,

portanto formação e experiência na área, nas questões pedagógicas, princípios de

funcionamento das escolas e do Sistema Educativo. Depois temos que ter a capacidade

de saber avaliar, analisar e ajuizar…são as competências mais importantes que qualquer

inspetor em qualquer atividade tem que ter. Porque em qualquer atividade nós temos que

saber analisar uma determinada situação, temos que saber ajuizar, temos que saber

avaliar...penso que são estas as competências básicas ou essenciais para um inspetor

levar a cabo o seu trabalho.

E1 Ok,muito bem.

Agora mais concretamente em relação à atividade do Apoio tutorial especifico, quais são

as funções que desempenha?

E2 Portanto, no Apoio Tutorial Especifico, além de como inspetor fazer a atividade no

terreno, eu tenho também as funções de coordenação da atividade, portanto, no fundo

sou o responsável pela coordenação do trabalho ao nível nacional, do funcionamento da

inspeção. Articulo com os outros colegas do Centro e do Norte, que são os responsáveis

locais tudo o que tem a ver com a atividade, com os instrumentos que são concebidos,

com os timings que são definidos, portanto…no fundo estudamos todo o processo e

apresentamos propostas à direção da inspeção, que depois aprova ou não, não é , em

função da análise que é feita. Depois, acumulo ainda as funções de interlocutor. O

interlocutor é o responsável regional, ou seja eu sou também responsável pelo trabalho

ao nível da área territorial da inspeção do Sul. Portanto, faço essa coordenação do

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trabalho a este nível local, que é como até constatas-te, dá formação às equipas, sobre a

forma como terá que ser desenvolvida a atividade, sobre os instrumentos, sobre a

metodologia…portanto acumulo essas duas funções.

E1 Ok. E podia falar-me agora acerca do contexto em que surge a atividade do ATE?

E2 O contexto?

E1 Exato.

E2

Portanto, o contexto…a atividade surgiu o ano passado em 2016 -2017 , numa altura em

que sai normalmente um despacho, que é o despacho da organização do ano letivo que

presta uma série de orientações e de normas para as escolas cumprirem no âmbito da

organização desse ano letivo. E portanto no ano letivo 2016-2017 esse despacho

normativo, que é o despacho normativo nº.4 – A / 2016, instituía lá no artigo 12º o

Apoio Tutorial Especifico, portanto, como uma medida que é dirigida aos alunos do 2º e

3º ciclos, que acumulam duas ou mais retenções ao longo do seu percurso escolar.

Portanto, as escolas com base nessa orientação, teriam que em 2016-2017 instituir esta

medida dirigida a estes alunos. Portanto, ainda que a medida não assuma um carater

obrigatório, ou seja, as escolas não teriam que implementar obrigatoriamente esta

medida, portanto apenas lhes era dada esta possibilidade, como mais um recurso que as

escolas tinham ao seu dispor. E nesta sequência do despacho da organização do ano

letivo, o próprio Ministro da Educação faz um despacho dirigido à inspeção, solicitando

que a Inspeção- Geral da Educação e Ciência, emprenhe esta medida e até fornecia à

inspeção vertentes muito especificas do trabalho que a inspeção devia desenvolver…que

era acompanhar e avaliar o Apoio Tutorial Especifico, conhecer o grau de satisfação dos

alunos integrados na medida e identificar com práticas, aliás identificar boas práticas nas

escolas onde tal fosse possível, e depois remeter às escolas propostas de melhoria para

aperfeiçoar e melhorarem o seu trabalho. Portanto, esse despacho do Ministro da

Educação, além de incumbir a inspeção deste tipo de trabalho, dizia também que o

mesmo deveria ser feito em articulação com outros mecanismos do Ministério da

educação, nomeadamente com a Direção Geral da Educação e com a Direção – Geral de

Estatísticas da Educação e Ciência. Portanto, digamos que o Ministério da Educação,

estava mobilizado para acompanhar a implementação desta medida por parte das

escolas, na medida em ser feito um trabalho de maior qualidade que deve ser

aperfeiçoado.

E1 E na sua opinião, porque razão esta atividade é importante ?

É importante por se tratar de fato de uma medida nova, há qual foi dado uma orientação

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E2 específica, portanto o Ministério da Educação em articulação com a Universidade do

Minho, promoveu uma formação para os professores tutores, mediante na formação

baseada num determinado modelo não é, e esta atividade fazia todo o sentido para apoiar

digamos as próprias escolas a organizarem o seu trabalho. Além desta questão de se

tratar de um medida que vinha acompanhada de uma orientação para o desenvolvimento

do trabalho, era também uma medida nova e como tal as escolas por vezes nestas

medidas novas ou situações novas, enfrentam algumas dificuldades na implementação.

Portanto aqui a participação da inspeção é de fato bastante importante para apoiar as

escolas, para lhes propor sugestões de melhoria e contribuir assim para um maior

sucesso da medida.

E1 Muito bem. Podia agora descrever-me o dispositivo de intervenção da IGEC?

E2

Então, na sequência deste despacho normativo e do próprio despacho do ministro, que

incumbia á inspeção fazer este trabalho, foi delineado uma intervenção no sentido de

responder a estas exigências. E portanto a intervenção foi feita o ano passado, e que se

mantem este ano, é uma intervenção para acompanhar e avaliar o trabalho que é feito

pelas escolas. Portanto basicamente, a atividade incide em quatro aspetos fundamentais

do desenvolvimento da intervenção que se prendem com a forma como as escolas

constituíram os seus grupos de tutoria, os tutores, o cumprimento das regras do

normativo e depois perceber, como é que organizaram o apoio propriamente dito.

Portanto, que estratégias é que desenvolveram para divulgar e sensibilizar a comunidade

educativa para esta medida, como é que organizaram o processo, portanto depois com

vários itens analisar desde a questão de como definiram o perfil de professor tutor, como

é que constituíram os grupos e depois a própria dinamização das sessões de tutoria, que

nos chamamos como área de implementação do Apoio Tutorial Especifico. Portanto, que

trabalho efetivo é que os tutores estão a desenvolver nessas sessões. E para analisar estas

áreas a inspeção vai ao terreno, com equipas de dois inspetores, com instrumentos de

suporte, portanto um guião que materializa aqui uma recolha de informação sobre cada

um destes tópicos, durante dois, três dias e depois há uma analise de toda esta

informação e é devolvida aos agrupamentos escolas uma ficha síntese, que no essencial

apresenta em função da realidade que se analisou, apresenta às escolas e aos

agrupamentos um conjunto de propostas de melhoria para poderem aperfeiçoar o seu

trabalho. Basicamente esta é a intervenção de fundo da inspeção. No final do ano letivo,

esta intervenção além destes aspetos que eu falei agora, conta ainda com a análise do

grau de satisfação dos alunos e do impacto do Apoio Tutorial Especifico. Portanto, isto é

um trabalho que é feito em parceria com a Direção – Geral de Estatísticas da Educação e

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Ciência, que está neste momento a recolher dados que vão ser agora aplicados no final

do segundo período questionários aos alunos, que têm o ATE para perceber o que é que

eles acham esta medida, qual o seu grau de satisfação. Depois são também recolhidos

indicadores sobre a forma de como os professores vêm os impactos do Apoio Tutorial,

isto é, de que modo é que o Apoio Tutorial Especifico está a contribuir para os alunos

terem mais sucesso. Portanto as intervenções depois vão ser feitas do mês de julho,

numa outra dimensão, e integram também estas questões. Na altura já teremos estes

dados sobre o grau de satisfação dos alunos e do impacto do Apoio Tutorial, e são mais

dois campos que nós analisamos com as escolas.

Este ano, em 2018 além desta intervenção de fundo, a inspeção está também a

desenvolver duas outras intervenções, que vêm na sequência do trabalho iniciado em

2016-2017. Uma delas que se prende com a análise do trabalho que as escolas que foram

intervencionadas no ano passado mas que manifestaram dificuldades, este ano são

intervencionadas para se analisar a evolução que fizeram, e se superaram as dificuldades

que manifestaram e se implementaram outro tipo de práticas para que a medida tenha

mais eficácia. E depois vamos também fazer, e aliás já estamos a fazer, também outro

tipo de intervenção que se prende em conhecer as razões porque determinados

agrupamentos e escolas, não implementaram a medida. Não assume um carater

obrigatório como já tinha dito, mas esta intervenção é no sentido de perceber como é que

os agrupamentos … que tipo de trabalho é que os agrupamentos estão a fazer com estes

alunos, que têm as tais duas ou mais retenções. Portanto, ainda que não tenham

implementado a medida, o apoio tutorial específico, que medidas é que estão a

desenvolver com eles e de que forma é que estão a acompanhar e monitorizar a situação

escolar destes alunos, de modo a garantir que eles não venham a ter novamente mais

retenções.

E1 Relativamente á formação como são constituídas as equipas de acompanhamento…a que

critérios obedece o processo de formação das mesmas?

E2 Portanto, basicamente o critério…o ano passado como foi o primeiro ano da medida, os

inspetores…um grupo de inspetores, participou também em formações, que foram feitas

na Universidade do Minho pelos responsáveis que estão a fazer a formação dos

professores tutores. Portanto, a ideia ai com essa formação era capacitar os inspetores

sobre o modelo que estava a ser ensinado aos professores tutores, para desenvolverem a

tutoria e assim permitirem aos inspetores tomarem conhecimento desse trabalho e nas

escolas puderem no fundo, estabelecer uma relação mais profunda para analisar o

trabalho e perceber como é que estas estão a ser feitas. No fundo que todos falassem a

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mesma linguagem e que todos estivessem em sintonia. Portanto, os inspetores que

fizeram esta formação, um grupo logo, antes da atividade completada, em Dezembro do

ano passado, ou melhor em Dezembro de 2016, porque a atividade começou

concretamente no final de Janeiro de 2017. E portanto basicamente, as equipas são

constituídas por dois inspetores, onde um dos elementos tem sempre que ter feito essa

formação. Ou seja, qualquer equipa tem sempre que ter um elemento, um inspetor que

tenha feito essa formação em Braga. Para além disso, os inspetores são prestáveis,

portanto têm que desenvolver todas as atividades da inspeção, e depois a seleção

também é feita pelas chefias e portanto aqui também entra a questão do conhecimento

que as chefias têm dos inspetores e do à vontade que os inspetores têm a realizar esta ou

aquela atividade, e até das suas próprias competências…porque há inspetores que

preferem, que estão mais motivados e interessados em por exemplo desenvolver

atividades na esfera do acompanhamento, outros estão mais familiarizados com outro

tipo de trabalho na área disciplinar, e portanto, depois as chefias fazem esta gestão dos

recursos que lhe parecem mais adequados a integrar esta atividade. Sabendo sempre que,

um dos elementos terá que ter tido essa formação que eu falei da Universidade do

Minho, com o Professor Pedro Rosário.

E1 E quais são os principais interlocutores das escolas que aderiram à atividade de

acompanhamento do ATE?

E2 Os interlocutores das escolas, são sempre as direções em primeiro lugar. São sempre

com elas que estabelecemos logo os contatos prévios no sentido de organizar a

intervenção, e depois são também interlocutores diretos os professores tutores, as

equipas fazem também sempre entrevistas aos professores tutores, aos alunos que são os

principais interessados não é, os que têm o Apoio Tutorial Especifico, e aos psicólogos,

porque é expetável que os psicólogos tenham um papel muito interventivo no apoio à

organização do Apoio Tutorial Especifico. Portanto digamos que são esses os principais

interlocutores. Portanto, a direção das escolas sendo o principal responsável sobre todo o

trabalho, professores tutores, alunos e psicólogos.

E1 Ok, muito bem. E na sua opinião, quais são as expetativas colocadas pela Inspeção nesta

atividade?

E2 No fundo o que nós pretendemos com este trabalho é apoiar as escolas não é… é o

processo de implementação da medida, portanto aqui as expetativas vão sempre no

sentido de como será que as escolas organizaram a medida, e como é que estão a superar

os problemas. Penso que não se coloca aqui a questão de estarmos aqui com expetativas

elevadas ou não , relativamente ao assunto, a ideia é sempre de perceber como é que

Page 16: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

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iremos encontrar as escola nesta matéria e de que modo o nosso trabalho poderá ser útil

para a melhoria do processo.

E1 Ok

E2 Não sei se te respondi à questão Paula.

E1 Respondeu sim. Agora mais concretamente à atividade em si…

Quais é que são as fases correspondentes ao planeamento da atividade?

E2 Huum, portanto o planeamento da atividade…posso-me referir ao longo deste ano?

E1 Sim sim

E2 Aliás, tendo até em conta a experiência do ano passado e tendo em conta os documentos

que eu já te falei, nomeadamente o despacho normativo que institui o Apoio Tutorial,

bem como o despacho do Ministro, e dada já a experiência do ano passado, nós fizemos

várias reuniões e temos responsáveis pela coordenação do trabalho, portanto onde eu me

incluo tal como os meus colegas da zona norte e da zona centro da inspeção. Analisámos

o que poderia ser melhorado relativamente ao ano passado em termo dos instrumentos,

em termos da metodologia, em termos até do alargamento a outro tipo de intervenções

mais especificas, que foram aquelas que já falei, no sentido de perceber a melhoria das

escolas que foram então intervencionadas o ano passado e que tinham manifestado

problemas na implementação da medida e acompanhar as escolas novamente…também

perceber aquelas que não implementaram a medida como já tinha referido. Todo um

conjunto de análise, todo um conjunto de situações que são depois apresentadas à

direção da inspeção para aprovação destas propostas. Depois as escolas são

selecionadas, as escolas que vão ser intervencionadas em função de um levantamento

prévio que é feito pela DGEC, ou seja, pela Direção – Geral de Estatísticas da Educação

e Ciência, com base em determinado número de indicadores, como o número de alunos

que têm o Apoio Tutorial, as escolas que implementaram ou não implementaram a

medida. Ou seja, nós temos a situação toda do país e depois em função desses dados

vamos selecionar aquelas escolas em que o Apoio Tutorial tem grande impacto pelo

número de alunos envolvidos, e também procurando responder um pouco à diversidade

regional, porque as escolas com maior numero de alunos em Apoio Tutorial situam-se

nas zonas urbanas, aliás diria nas zonas suburbanas, portanto nas periferias das grandes

cidades…são por vezes contextos muito mais desfavorecidos mas esta atividade não

deixa de falar nas escolas situadas nas outras zonas do pais, precisamente porque

também procuramos responder a essa diversidade, e depois a seleção das escolas é feita

Page 17: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

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e posteriormente preparam-se as equipas através de reuniões de formação, informando-

as das alterações, da metodologia, de tudo o que é necessário para depois desenvolverem

o seu trabalho. Basicamente o planeamento é feito desta forma.

E1 Ok muito bem. As fases do planeamento são diferentes das dimensões certo? Ou seja,

são duas coisas diferentes? É que tenho essa dúvida há algum tempo.

E2 Na fase do planeamento em cada uma das intervenções?

E1 Exato.

E2 Cada uma tem o seu planeamento especifico, naturalmente… mas nós nunca

considerámos as intervenções de forma isolada e portanto essas duas intervenções a B e

a C , no fundo estão interligadas com a A e portanto todo o trabalho é planeado de forma

conjunta, ainda que depois nenhuma delas obedeça, por exemplo…as escolas que vão

ser selecionadas para a dimensão C normalmente são diferente da dimensão B não é…

E1 Pois é.

E2 Mas no fundo, há aqui um trabalho conjunto em que as diversas intervenções, as

diversas dimensões portanto são planeadas.

E1 Ok, respondeu à minha dúvida.

E2 Ok.

E1 E quais são as metodologias de acompanhamento?

E2 Portanto, as metodologias passam pela recolha de informação, pela forma como as

escolas implementaram a medida, portanto o conjunto de indicadores que nos permitem

depois analisar essa informação. Essa informação conjugamos ainda com as entrevistas,

portanto as entrevistas feitas aqueles responsáveis que já identifiquei anteriormente, isto

é, aos diretores, aos professores tutores, aos alunos, aos psicólogos e depois uma análise

de outros documentos, dependendo das escolas, documentos de organização da medida,

como é que a organizaram a um nível mais abrangente, e depois até das propostas que os

tutores utilizam nas sessões que muitas vezes são visíveis nas entrevistas e que nós

discutimos e percebemos que tipo de trabalho é que estão a desenvolver. Com base em

toda esta informação, no final do ano letivo também como já referi a esta informação é

ainda acrescentada o resultado dos questionários de satisfação aplicados aos alunos, e a

recolha de indicadores sobre o impacto do apoio tutorial. Portanto, é com base em toda

esta informação que a equipa da inspeção, que vai a cada um dos agrupamentos faz a sua

Page 18: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

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análise e propõe as suas propostas de melhoria aos agrupamentos, depois é devolvida

uma ficha, que chamamos de ficha síntese, que é um pequeno relatório de cada

agrupamento, em que se identificam um conjunto de propostas de melhoria, para que as

escolas possam melhorar e aperfeiçoar o seu trabalho. Portanto no fundo são estas as

metodologias de acompanhamento.

E1 E como se desenrola a observação das práticas do ATE?

E2 As práticas…ah! Não referi isso e agora ainda bem que me fizeste essa pergunta, porque

assim completa-se. Portanto, além das intervenções, das entrevistas e da recolha de

dados, dessa análise depois nós também observamos o contexto das tutorias. Portanto há

dois momentos, duas observações em que os inspetores de forma individual, para

também não causar transtorno nos grupos, vão observar esse Apoio Tutorial, no sentido

de ver qual é a participação dos alunos, que tipo de estratégias é que estão a ser seguidas

em termos de questão de trabalho, o espaço onde ocorre o apoio tutorial… portanto tudo

isso é objeto de fato de observação em dois momentos distintos.

E1 Na sua opinião, em que medida é que a atuação no terreno no âmbito desta atividade

difere por exemplo, de outro tipo de atividade da IGEC?

E2 Difere só no âmbito do enquadramento da atividade, portanto, a inspeção desenvolve

atividades de acompanhamento, atividades de controlo, atividades na vertente

disciplinar, e portanto como qualquer atividade de acompanhamento, essa segue o

mesmo tipo de metodologia, portanto é uma atividade que procura de fato analisar e

refletir com a escola, levar a escola a refletir sobre determinadas práticas, e apresentar

depois um conjunto de propostas de melhoria, para a melhoria, para aperfeiçoamento do

trabalho. Portanto basicamente as atividades de acompanhamento é isso que visam que é

a melhoria das escolas, portanto esta atividade tal como muitas outras de

acompanhamento que existem na inspeção, seguem essa filosofia.

E1 E em que medida é que o ATE pode ajudar a incrementar a autoeficácia e a

autorregulação dos alunos?

E2 Esse também é o nosso foco não é…

E1 Exato.

E2 Como eu disse à pouco, as equipas inspetivas também estiveram em Braga, para obter

formação, ou para obterem a formação que estava a ser dada aos professores tutores,

portanto para perceberem, como é que o trabalho em tutoria deveria ser desenvolvido e

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como é que efetivamente, os professores tutores deverão levar os alunos a conseguirem

autorregular as suas aprendizagens, fundo a serem autónomos. Portanto o nosso discurso

é sempre na escola nesse sentido, é no fundo, procurar sobretudo junto dos professores

tutores, porque é a quem compete dinamizar o Apoio Tutorial em particular, perceber

que tipo de estratégias é que desenvolvem para desenvolverem nos alunos essas

competências autorregulatórias.

E1 Relativamente à figura do psicólogo…qual a sua importância no âmbito desta atividade?

E2 Portanto, o psicólogo tem importância na medida em que as questões de autorregulação

da aprendizagem se prendem com a área científica da psicologia, e o psicólogo encontra-

se constante habilitado para puder apoiar os professores tutores na organização deste

processo. O psicólogo pode ter um papel muito ativo no apoio aos professores tutores,

nas reentradas da formação, em ajudá-los a preparar determinadas sessões de tutoria, em

analisar determinados casos, até a monitorizar e acompanhar a eficácia da medida

portanto, aliás… aquilo que se verifica é que as escolas onde o psicólogo está envolvido

ou muito envolvido no apoio tutorial são escolas onde o trabalho tem maior qualidade.

E1 E qual considera ser o perfil ideal do professor tutor?

E2 Portanto o professor tutor basicamente deve ser alguém que tem uma capacidade enorme

de estabelecer empatia com os alunos, porque a boa relação entre o professor tutor e o

tutorando é de fato importantíssima para depois se desenvolver todo o trabalho,

relativamente à relação professor tutor/ tutorando, se está não for estabelecida, o apoio

tutorial está destinado ao fracasso. Portanto há todo um conjunto de competências de

comunicação, de relação com o aluno que é importante que o tutor tenha.

E1 De que modo é realizada a divulgação dos resultados à respetiva comunidade educativa?

E2 A escola quando recebe então a ficha síntese, portanto o relatório decorrente da

intervenção, devia divulgar e penso que divulga não é, esses resultados da intervenção

junto da sua comunidade e junto dos seus órgãos, do concelho pedagógico, do concelho

geral, no sentido de perceber que análise é que foi feita do trabalho, que propostas de

melhoria é que foram devolvida à escola. Num sentido muito mais amplo e abrangente, a

própria inspeção elabora depois um relatório nacional da atividade onde dá conta dos

resultados que foram apurados, tratando os dados recolhidos de todas as escolas que

foram intervencionadas e portanto esse relatório depois, que é muito completo e que

fornece um retrato muito claro sobre qual é a situação da medida no pais, é depois

divulgado na página da inspeção, e que fornece um manancial de informação, não só a

Page 20: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

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uma comunidade especifica mas no fundo à sociedade em geral. Aliás, no ano passado

como foi o primeiro ano de implementação da medida, foram até realizadas das Jornadas

do Apoio Tutorial Especifico em várias cidades do pais, portanto, em que eram

convidadas as escolas, com vários professores tutores e direções, portanto também

dessas jornadas foram também fornecidos ou transmitidos alguns resultados das

intervenções e do trabalho feito nesse âmbito. Agora nesse âmbito restrito da escola

decorrente de cada intervenção, a escola depois promove a divulgação do relatório, e há

escolas que inclusivamente recolhem indicadores no âmbito da sua autoavaliação,

recolhem indicadores segundo o próprio sucesso da medida e divulgam-nos não é, nos

seus órgãos, nas suas estruturas, nomeadamente, quantos alunos por exemplo, que têm

Apoio Tutorial transitaram, portanto são escolas que já têm uma determinada cultura de

reflexão e portanto tratam estes dados e divulgam-nos depois na escola.

E1 Só mais uma questão que eu me esqueci de perguntar anteriormente…

E2 Ok

E1 Qual é a sua relação enquanto inspetor com a comunidade educativa?

E2 A relação é profissional, portanto estabelece no contato com a escola, quando nós

solicitamos ajuda à direção na organização da intervenção e depois vários intervenientes

nas entrevistas, com os alunos, com os professores tutores, com os psicólogos. Portanto

a relação é sempre baseada nesse diálogo, com esses intervenientes no sentido de

analisarmos determinadas questões não é, de acordo com a metodologia da atividade, e

podemos refletir em conjunto e no fundo tentar encontrar propostas de melhoria para

melhoria e aperfeiçoamento do trabalho. É nesses modos que é estabelecida a relação

com a comunidade.

E1 Muito bem. Chegámos assim ao final da entrevista. Não sei se deseja acrescentar mais

alguma coisa ao que já foi dito anteriormente…

E2 Não Paula, acho que muito honestamente já disse tudo.

E1 Ok, obrigada pela sua colaboração.

E2 Qualquer coisa que precisares diz.

E1 Muito Obrigada!

E2 De nada.

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Anexo 5- Grelha de análise da Entrevista a E1

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de Registo

1.O Entrevistado 1.1.Caraterização do

Entrevistado

1.1.1. Formação do

entrevistado

“A minha formação inicial é em Línguas e Literaturas Modernas, Estudo Portugueses e

Franceses, portanto vocacionado para o ensino. Depois fiz o respetivo estágio (…)e fui

professor de Português e Francês durante alguns anos.”

1.1.2. Atividade

profissional do

entrevistado

“Trabalho há dez anos na inspeção.”

1.1.3. Atividades em que

se encontra envolvido na

IGEC

“Para além do Apoio Tutorial Especifico, normalmente participo também nas

atividades de organização do ano letivo, que é uma atividade que a inspeção tem que é

feita no início de cada ano letivo, para verificar como é que as escolas organizaram o

ano letivo em termos de elaboração de horários, de turmas, esses processos. Depois,

participo também na avaliação externa das escolas, que agora está em estudo para o

próximo ciclo. Há um grupo de trabalho que está a trabalhar para definir o modelo do

próximo ciclo, e portanto, neste momento não é uma atividade que se encontra neste

Page 22: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

20

1.1.4 . Principais funções

no âmbito da atividade do

ATE

1.1.5. Competências

indispensáveis para o

momento no terreno, mas até ao ano passado também participei sempre nesse trabalho

da inspeção. Participo também na atividade de acompanhamento da Ação Educativa,

que é uma outra atividade que a Inspeção desenvolve no âmbito do acompanhamento, e

depois todas as outras tarefas que também incumbem à inspeção, nomeadamente a

realização de inquéritos, de averiguações….mas basicamente são estas as atividades

que maioritariamente realizo”.

(…) “ no Apoio Tutorial Especifico, além de como inspetor fazer a atividade no

terreno, eu tenho também as funções de coordenação da atividade, portanto, no fundo

sou o responsável pela coordenação do trabalho ao nível nacional, do funcionamento

da inspeção. Articulo com os outros colegas do Centro e do Norte, que são os

responsáveis locais tudo o que tem a ver com a atividade, com os instrumentos que são

concebidos, com os timings que são definidos, portanto…no fundo estudamos todo o

processo e apresentamos propostas à direção da inspeção, que depois aprova ou não,

não é , em função da análise que é feita. Depois, acumulo ainda as funções de

interlocutor. O interlocutor é o responsável regional, ou seja eu sou também

responsável pelo trabalho ao nível da área territorial da inspeção do Sul. Portanto, faço

essa coordenação do trabalho a este nível local, que é como até constatas-te, dá

formação às equipas, sobre a forma como terá que ser desenvolvida a atividade, sobre

os instrumentos, sobre a metodologia…portanto acumulo essas duas funções.”

(…)”para se ser inspetor temos que ter um bom conhecimento do Sistema Educativo,

Page 23: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

21

desempenho das suas

funções

portanto formação e experiência na área, nas questões pedagógicas, princípios de

funcionamento das escolas e do Sistema Educativo. Depois temos que ter a capacidade

de saber avaliar, analisar e ajuizar…são as competências mais importantes que

qualquer inspetor em qualquer atividade tem que ter. Porque em qualquer atividade nós

temos que saber analisar uma determinada situação, temos que saber ajuizar, temos que

saber avaliar...penso que são estas as competências básicas ou essenciais para um

inspetor levar a cabo o seu trabalho.

2. Atividade de

Acompanhamento ao

ATE

2.1. Caraterização da

Atividade

2.2.1. Contexto da

atividade

(…)” a atividade surgiu o ano passado em 2016 -2017 , numa altura em que sai

normalmente um despacho, que é o despacho da organização do ano letivo que presta

uma série de orientações e de normas para as escolas cumprirem no âmbito da

organização desse ano letivo. E portanto no ano letivo 2016-2017 esse despacho

normativo, que é o despacho normativo nº.4 – A / 2016, instituía lá no artigo 12º o

Apoio Tutorial Especifico, portanto, como uma medida que é dirigida aos alunos do 2º

e 3º ciclos, que acumulam duas ou mais retenções ao longo do seu percurso escolar.

Portanto, as escolas com base nessa orientação, teriam que em 2016-2017 instituir esta

medida dirigida a estes alunos. Portanto, ainda que a medida não assuma um carater

obrigatório, ou seja, as escolas não teriam que implementar obrigatoriamente esta

medida, portanto apenas lhes era dada esta possibilidade, como mais um recurso que

elas tinham ao seu dispor. E nesta sequência do despacho da organização do ano letivo,

o próprio Ministro da Educação faz um despacho dirigido à inspeção, solicitando que a

Inspeção- Geral da Educação e Ciência, emprenhe esta medida e até fornecia à

inspeção vertentes muito especificas do trabalho que a inspeção devia

desenvolver…que era acompanhar e avaliar o Apoio Tutorial Especifico, conhecer o

grau de satisfação dos alunos integrados na medida e identificar com práticas, aliás

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22

2.2.2. Importância

atribuída à atividade

2.2.3. Objetivos e

propósitos da atividade

identificar boas práticas nas escolas onde tal fosse possível, e depois remeter às escolas

propostas de melhoria para aperfeiçoar e melhorarem o seu trabalho. Portanto, esse

despacho do Ministro da Educação, além de incumbir a inspeção deste tipo de trabalho,

dizia também que o mesmo deveria ser feito em articulação com outros mecanismos do

Ministério da educação, nomeadamente com a Direção Geral da Educação e com a

Direção – Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. Portanto, digamos que o

Ministério da Educação, estava mobilizado para acompanhar a implementação desta

medida por parte das escolas, na medida em ser feito um trabalho de maior qualidade

que deve ser aperfeiçoado.”

“É importante por se tratar de fato de uma medida nova, há qual foi dado uma

orientação específica, portanto o Ministério de Educação em articulação com a

Universidade do Minho, promoveu uma formação para os professores tutores,

mediante na formação baseada num determinado modelo não é, e esta atividade fazia

todo o sentido para apoiar digamos as próprias escolas a organizarem o seu trabalho.

Além desta questão de se tratar de um medida que vinha acompanhada de uma

orientação para o desenvolvimento do trabalho, era também uma medida nova e como

tal as escolas por vezes nestas medidas novas ou situações novas, enfrentam algumas

dificuldades na implementação. Portanto aqui a participação da inspeção é de fato

bastante importante para apoiar as escolas, para lhes propor sugestões de melhoria e

contribuir assim para um maior sucesso da medida.”

(…)”os professores tutores deverão levar os alunos a conseguirem autorregular as suas

aprendizagens, no fundo a serem autónomos. Portanto o nosso discurso é sempre na

escola nesse sentido, é no fundo, procurar sobretudo junto dos professores tutores,

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23

porque é a quem compete dinamizar o Apoio Tutorial em particular, perceber que tipo

de estratégias é que desenvolvem para desenvolverem nos alunos essas competências

autorregulatórias.”

(…)”garantir que eles não venham a ter novamente mais retenções.”

2.2.4. Dispositivo de

intervenção da IGEC

(…)”a atividade incide em quatro aspetos fundamentais do desenvolvimento da

intervenção que se prendem com a forma como as escolas constituíram os seus grupos

de tutoria, os tutores, o cumprimento das regras do normativo e depois perceber, como

é que organizaram o apoio propriamente dito. Portanto, que estratégias é que

desenvolveram para divulgar e sensibilizar a comunidade educativa para esta medida,

como é que organizaram o processo, portanto depois com vários itens analisar desde a

questão de como definiram o perfil de professor tutor, como é que constituíram os

grupos e depois a própria dinamização das sessões de tutoria, que nos chamamos como

área de implementação do Apoio Tutorial Especifico. Portanto, que trabalho efetivo é

que os tutores estão a desenvolver nessas sessões. E para analisar estas áreas a inspeção

vai ao terreno, com equipas de dois inspetores, com instrumentos de suporte, portanto

um guião que materializa aqui uma recolha de informação sobre cada um destes

tópicos, durante dois, três dias e depois há uma analise de toda esta informação e é

devolvida aos agrupamentos escolas uma ficha síntese, que no essencial apresenta em

função da realidade que se analisou, apresenta ás escolas e aos agrupamentos um

conjunto de propostas de melhoria para poderem aperfeiçoar o seu trabalho.

Basicamente esta é a intervenção de fundo da inspeção. No final do ano letivo, esta

intervenção além destes aspetos que eu falei agora, conta ainda com a análise do grau

de satisfação dos alunos e do impacto do Apoio Tutorial Especifico. Portanto, isto é um

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24

trabalho que é feito em parceria com a Direção – Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência, que está neste momento a recolher dados que vão ser agora aplicados no final

do segundo período questionários aos alunos, que têm o ATE para perceber o que é que

eles acham esta medida, qual o seu grau de satisfação. Depois são também recolhidos

indicadores sobre a forma de como os professores vêm os impactos do Apoio Tutorial,

isto é, de que modo é que o Apoio Tutorial Especifico está a contribuir para os alunos

terem mais sucesso. Portanto as intervenções depois vão ser feitas do mês de julho,

numa outra dimensão, e integram também estas questões. Na altura já teremos estes

dados sobre o grau de satisfação dos alunos e do impacto do Apoio Tutorial, e são mais

dois campos que nós analisamos com as escolas.”

“Este ano, em 2018 além desta intervenção de fundo, a inspeção está também a

desenvolver duas outras intervenções, que vêm na sequência do trabalho iniciado em

2016-2017. Uma delas que se prende com a análise do trabalho que as escolas que

foram intervencionadas no ano passado mas que manifestaram dificuldades, este ano

são intervencionadas para se analisar a evolução que fizeram, e se superaram as

dificuldades que manifestaram e se implementaram outro tipo de práticas para que a

medida tenha mais eficácia. E depois vamos também fazer, e aliás já estamos a fazer,

também outro tipo de intervenção que se prende em conhecer as razões porque

determinados agrupamentos e escolas, não implementaram a medida. Não assume um

carater obrigatório como já tinha dito, mas esta intervenção é no sentido de perceber

como é que os agrupamentos … que tipo de trabalho é que os agrupamentos estão a

fazer com estes alunos, que têm as tais duas ou mais retenções. Portanto, ainda que não

tenham implementado a medida, o apoio tutorial especifico, que medidas é que estão a

desenvolver com eles e de que forma é que estão a acompanhar e monitorizar a

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25

2.2.5. Critérios de

formação das equipas

situação escolar destes alunos(…)”.

(…)”o ano passado como foi o primeiro ano da medida, os inspetores…um grupo de

inspetores, participou também em formações, que foram feitas na Universidade do

Minho pelos responsáveis que estão a fazer a formação dos professores tutores.

Portanto, a ideia ai com essa formação era capacitar os inspetores sobre o modelo que

estava a ser ensinado aos professores tutores, para desenvolverem a tutoria e assim

permitirem aos inspetores tomarem conhecimento desse trabalho e nas escolas

puderem no fundo, estabelecer uma relação mais profunda para analisar o trabalho e

perceber como é que estão a ser feitas. No fundo que todos falassem a mesma

linguagem e que todos estivessem em sintonia. Portanto, os inspetores que fizeram esta

formação, um grupo logo, antes da atividade completada, em Dezembro do ano

passado, ou melhor em Dezembro de 2016, porque a atividade começou concretamente

no final de Janeiro de 2017. E portanto basicamente, as equipas são constituídas por

dois inspetores, onde um dos elementos tem sempre que ter feito essa formação. Ou

seja, qualquer equipa tem sempre que ter um elemento, um inspetor que tenha feito

essa formação em Braga. Para além disso, os inspetores são prestáveis, portanto têm

que desenvolver todas as atividades da inspeção, e depois a seleção também é feita

pelas chefias e portanto aqui também entra a questão do conhecimento que as chefias

têm dos inspetores e do à vontade que os inspetores têm a realizar esta ou aquela

atividade, e até das suas próprias competências…porque há inspetores que preferem,

que estão mais motivados e interessados em por exemplo desenvolver atividades na

esfera do acompanhamento, outros estão mais familiarizados com outro tipo de

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26

2.2.6. Principais

interlocutores das escolas

2.2.7. Expetativas

colocadas pela IGEC na

atividade

trabalho na área disciplinar, e portanto, depois as chefias fazem esta gestão dos

recursos que lhe parecem mais adequados a integrar esta atividade. Sabendo sempre

que, um dos elementos terá que ter tido essa formação que eu falei da Universidade do

Minho, com o Professor Pedro Rosário.”

“Os interlocutores das escolas, são sempre as direções em primeiro lugar. São sempre

com elas que estabelecemos logo os contatos prévios no sentido de organizar a

intervenção, e depois são também interlocutores diretos os professores tutores, as

equipas fazem também sempre entrevistas aos professores tutores, aos alunos que são

os principais interessados não é, os que têm o Apoio Tutorial Especifico, e aos

psicólogos, porque é expetável que os psicólogos tenham um papel muito interventivo

no apoio à organização do Apoio Tutorial Especifico. Portanto digamos que são esses

os principais interlocutores. Portanto, a direção das escolas sendo o principal

responsável sobre todo o trabalho, professores tutores, alunos e psicólogos.”

“No fundo o que nós pretendemos com este trabalho é apoiar as escolas não é… é o

processo de implementação da medida, portanto aqui as expetativas vão sempre no

sentido de como será que as escolas organizaram a medida, e como é que estão a

superar os problemas. Penso que não se coloca aqui a questão de estarmos aqui com

expetativas elevadas ou não , relativamente ao assunto, a ideia é sempre de perceber

como é que iremos encontrar as escola nesta matéria e de que modo o nosso trabalho

poderá ser útil para a melhoria do processo.”

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3.Processo de

preparação e

concretização da

atividade do ATE

3.1. Conhecer o

planeamento e

concretização da

atividade

3.1.1. Fases de

planeamento da atividade

(…)” tendo até em conta a experiência do ano passado e tendo em conta os

documentos que eu já te falei, nomeadamente o despacho normativo que institui o

Apoio Tutorial, bem como o despacho do Ministro, e dada já a experiência do ano

passado, nós fizemos várias reuniões e temos responsáveis pela coordenação do

trabalho, portanto onde eu me incluo tal como os meus colegas da zona norte e da zona

centro da inspeção. Analisámos o que poderia ser melhorado relativamente ao ano

passado em termo dos instrumentos, em termos da metodologia, em termos até do

alargamento a outro tipo de intervenções mais especificas, que foram aquelas que já

falei, no sentido de perceber a melhoria das escolas que foram então intervencionadas o

ano passado e que tinham manifestado problemas na implementação da medida e

acompanhar as escolas novamente…também perceber aquelas que não implementaram

a medida como já tinha referido. Todo um conjunto de análise, todo um conjunto de

situações que são depois apresentadas à direção da inspeção para aprovação destas

propostas. Depois as escolas são selecionadas, as escolas que vão ser intervencionadas

em função de um levantamento prévio que é feito pela DGEC, ou seja, pela Direção –

Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, com base em determinado número de

indicadores, como o número de alunos que têm o Apoio Tutorial, as escolas que

implementaram ou não implementaram a medida. Ou seja, nós temos a situação toda

do país e depois em função desses dados vamos selecionar aquelas escolas em que o

Apoio Tutorial tem grande impacto pelo número de alunos envolvidos, e também

procurando responder um pouco à diversidade regional, porque as escolas com maior

numero de alunos em Apoio Tutorial situam-se nas zonas urbanas, aliás diria nas zonas

suburbanas, portanto nas periferias das grandes cidades…são por vezes contextos

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3.1.2. Metodologias de

acompanhamento da

atividade

muito mais desfavorecidos mas esta atividade não deixa de falar nas escolas situadas

nas outras zonas do pais, precisamente porque também procuramos responder a essa

diversidade, e depois a seleção das escolas é feita e posteriormente preparam-se as

equipas através de reuniões de formação, informando-as das alterações, da

metodologia, de tudo o que é necessário para depois desenvolverem o seu trabalho.

Basicamente o planeamento é feito desta forma. “

“Cada uma tem o seu planeamento especifico, naturalmente… mas nós nunca

considerámos as intervenções de forma isolada e portanto essas duas intervenções a B

e a C , no fundo estão interligadas com a A e portanto todo o trabalho é planeado de

forma conjunta, ainda que depois nenhuma delas obedeça, por exemplo…as escolas

que vão ser selecionadas para a dimensão C normalmente são diferente da dimensão B

não é (…)mas no fundo, há aqui um trabalho conjunto em que as diversas intervenções,

as diversas dimensões portanto são planeadas.”

(…)”as metodologias passam pela recolha de informação, pela forma como as escolas

implementaram a medida, portanto o conjunto de indicadores que nos permitem depois

analisar essa informação. Essa informação conjugamos ainda com as entrevistas,

portanto as entrevistas feitas aqueles responsáveis que já identifiquei anteriormente,

isto é, aos diretores, aos professores tutores, aos alunos, aos psicólogos e depois uma

análise de outros documentos, dependendo das escolas. Documentos de organização da

medida, como é que a organizaram a um nível mais abrangente, e depois até das

propostas que os tutores utilizam nas sessões que muitas vezes são visíveis nas

entrevistas e que nós discutimos e percebemos que tipo de trabalho é que estão a

desenvolver. Com base em toda esta informação, no final do ano letivo também como

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29

3.1.3. Observação das

práticas do ATE

3.1.4. Diferenças e

semelhanças face a outras

atividades da IGEC

já referi esta informação é ainda acrescentada o resultado dos questionários de

satisfação aplicados aos alunos, e a recolha de indicadores sobre o impacto do apoio

tutorial. Portanto, é com base em toda esta informação que a equipa da inspeção, que

vai a cada um dos agrupamentos faz a sua análise e propõe as suas propostas de

melhoria aos agrupamentos, depois é devolvida uma ficha, que chamamos de ficha

síntese, que é um pequeno relatório de cada agrupamento, em que se identificam um

conjunto de propostas de melhoria, para que as escolas possam melhorar e aperfeiçoar

o seu trabalho. Portanto no fundo são estas as metodologias de acompanhamento.”

(…)”além das intervenções, das entrevistas e da recolha de dados, dessa análise depois

nós também observamos o contexto das tutorias. Portanto há dois momentos, duas

observações em que os inspetores de forma individual, para também não causar

transtorno nos grupos, vão observar esse Apoio Tutorial, no sentido de ver qual é a

participação dos alunos, que tipo de estratégias é que estão a ser seguidas em termos de

questão de trabalho, o espaço onde ocorre o apoio tutorial… portanto tudo isso é objeto

de fato de observação em dois momentos distintos.”

“Difere só no âmbito do enquadramento da atividade, portanto, a inspeção desenvolve

atividades de acompanhamento, atividades de controlo, atividades na vertente

disciplinar, e portanto como qualquer atividade de acompanhamento, essa segue o

mesmo tipo de metodologia, portanto é uma atividade que procura de fato analisar e

refletir com a escola, levar a escola a refletir sobre determinadas práticas, e apresentar

depois um conjunto de propostas de melhoria, para a melhoria, para aperfeiçoamento

do trabalho. Portanto basicamente as atividades de acompanhamento é isso que visam

que é a melhoria das escolas, portanto esta atividade tal como muitas outras de

Page 32: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

30

3.1.5. Importância da

integração do psicólogo

na atividade

3.1.6. Perfil ideal do

professor tutor

3.1.7. Relação inspetor/

comunidade educativa

acompanhamento que existem na inspeção, seguem essa filosofia.”

(..)”o psicólogo tem importância na medida em que as questões de autorregulação da

aprendizagem se prendem com a área cientifica da psicologia, e o psicólogo encontra-

se constante habilitado para puder apoiar os professores tutores na organização deste

processo. O psicólogo pode ter um papel muito ativo no apoio aos professores tutores,

nas reentradas da formação, em ajudá-los a preparar determinadas sessões de tutoria,

em analisar determinados casos, até a monitorizar e acompanhar a eficácia da medida

portanto, aliás… aquilo que se verifica é que as escolas onde o psicólogo está

envolvido ou muito envolvido no apoio tutorial são escolas onde o trabalho tem maior

qualidade.”

(…)”o professor tutor basicamente deve ser alguém que tem uma capacidade enorme

de estabelecer empatia com os alunos, porque a boa relação entre o professor tutor e o

tutorando é de fato importantíssima para depois se desenvolver todo o trabalho,

relativamente a relação professor tutor/ tutorando não for estabelecida, o apoio tutorial

está destinado ao fracasso. Portanto há todo um conjunto de competências de

comunicação, de relação com o aluno que é importante que o tutor tenha.”

“A relação é profissional, portanto estabelece no contato com a escola, quando nós

solicitamos ajuda à direção na organização da intervenção e depois vários

intervenientes nas entrevistas, com os alunos, com os professores tutores, com os

psicólogos. Portanto a relação é sempre baseada nesse diálogo, com esses

intervenientes no sentido de analisarmos determinadas questões não é, de acordo com a

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31

3.1.8. Divulgação dos

resultados à comunidade

educativa

metodologia da atividade, e podemos refletir em conjunto e no fundo tentar encontrar

propostas de melhoria para melhoria e aperfeiçoamento do trabalho. É nesses modos

que é estabelecida a relação com a comunidade.”

“A escola quando recebe então a ficha síntese, portanto o relatório decorrente da

intervenção, devia divulgar e penso que divulga não é, esses resultados da intervenção

junto da sua comunidade e junto dos seus órgãos, do concelho pedagógico, do

concelho geral, no sentido de perceber que análise é que foi feita do trabalho, que

propostas de melhoria é que foram devolvida à escola. Num sentido muito mais amplo

e abrangente, a própria inspeção elabora depois um relatório nacional da atividade

onde dá conta dos resultados que foram apurados, tratando os dados recolhidos de

todas as escolas que foram intervencionadas e portanto esse relatório depois, que é

muito completo e que fornece um retrato muito claro sobre qual é a situação da medida

no pais, é depois divulgado na página da inspeção, e que fornece um manancial de

informação, não só a uma comunidade especifica mas no fundo à sociedade em geral.

Aliás, no ano passado como foi o primeiro ano de implementação da medida, foram até

realizadas das Jornadas do Apoio Tutorial Especifico em várias cidades do pais,

portanto, em que eram convidadas as escolas, com vários professores tutores e

direções, portanto também dessas jornadas foram também fornecidos ou transmitidos

alguns resultados das intervenções e do trabalho feito nesse âmbito. Agora nesse

âmbito restrito da escola decorrente de cada intervenção, a escola depois promove a

divulgação do relatório, e há escolas que inclusivamente recolhem indicadores no

âmbito da sua autoavaliação, recolhem indicadores segundo o próprio sucesso da

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32

medida e divulgam-nos não é, nos seus órgãos, nas suas estruturas, nomeadamente,

quantos alunos por exemplo, que têm Apoio Tutorial transitaram, portanto são escolas

que já têm uma determinada cultura de reflexão e portanto tratam estes dados e

divulgam-nos depois na escola.”

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Anexo 6- Protocolo do Questionário a Q1 (ATIN)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na

IGEC que a distinguem das demais organizações da administração

central?

1. Intervenção/ação diária nos agrupamentos de escola/escolas com conhecimento

aprofundado e real da organização, gestão e ação educativa das escolas que integram o

sistema educativo.

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2. Transparência: publicação dos relatórios anuais das diferentes Atividades na página

eletrónica da IGEC, bem como dos relatórios realizados em cada Agrupamento de

Escolas/Escola no âmbito, da maioria, das diferentes Atividades realizadas.

2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da

IGEC?

Crenças:

i) Há rotinas instaladas nas escolas que condicionam a adoção de práticas

renovadas/inovadoras, ou seja, com maior impacto e eficácia no ensino e na

aprendizagem;

ii) Verifica-se resistência, de lideranças e docentes, à mudança de práticas

organizativas e letivas;

iii) O trabalho inspetivo nas escolas tem pouco impacto na melhoria dos processos de

ensino e de aprendizagem e no desenvolvimento profissional e organizacional, não

obstante a ação inspetiva ser valorizada e percecionada com uma mais valia, pelas

escolas.

iv) Todos os alunos e crianças têm o seu potencial de aprendizagem, pelo que todos têm

direito a ter sucesso, o seu sucesso.

Valores:

i) Ética, rigor, isenção, imparcialidade, responsabilidade, respeito pela diversidade de

opiniões, …

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor?

Avaliador? Outro (s)?

Avaliador nas atividades de Avaliação externas de escolas.

Supervisor nas atividades de Acompanhamento e Controlo.

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4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na

IGEC constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu

trabalho?

Permitiu ter um conhecimento aprofundado da organização e funcionamento do

sistema educativo, bem como da(s) cultura( s) de escola (s) e lógicas de ação

das escolas.

Este conhecimento contribui, eventualmente, para uma intervenção inspetiva

mais ajustada às realidades em presença, com consequente devolução de

informação mais pertinente e útil à escola, tendente à melhoria do seu

desenvolvimento organizacional.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

Através de:

i) Elaboração, e sua apropriação pelos inspetores, de instrumentos de suporte à

realização das diferentes atividades (ex.: roteiro, guião, matriz de relatório,

questões orientadoras de condução de entrevistas);

ii) realização de ações de formação/informação de curta duração;

iii) Realização de reuniões de preparação das atividades;

iv) Reuniões realizadas pelas equipas de coordenação nacional, das diferentes

atividades, com todos os inspetores envolvidos na atividade a desenvolver e/ou

com os interlocutores de cada atividade por Área Territorial (Norte, Centro e

Sul);

vi) Análise, pelas Áreas Territoriais e Serviços Centrais da IGEC, dos relatórios

produzidos no final de cada intervenção inspetiva e devolução de informação às

equipas inspetivas sobre eventuais aspetos a melhorar, no sentido do

alinhamento de procedimentos e práticas;

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vii) Reuniões de apresentação de conclusões / resultados de cada Atividade e

aspetos a melhorar nas futuras intervenções inspetivas;

viii) A ação/disponibilidade dos interlocutores de cada atividade, por Área

Territorial, para esclarecimento de eventuais dúvidas decorrentes da ação

inspetiva quotidiana nas escolas.

6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de

acompanhamento?

Todas as atividades, na sua operacionalização assumem uma vertente formativa, no

sentido de induzirem a melhoria da qualidade educativa e o desenvolvimento

organizacional. Em todas as atividades, a recolha de informação e sua análise centra-se

num processo reflexivo e de interação dialógica com a direção, docentes e outros

interlocutores.

O traço distintivo é, essencialmente, o objetivo, alguns aspetos metodológicos e o

conteúdo/ forma dos documentos devolvidos à escola.

Na operacionalização das Atividades de Controlo a ação inspetiva centra-se

essencialmente em análise documental para verificação do cumprimento dos normativos

legais enquadradores da ação educativa das escolas e numa breve observação das

instalações / equipamentos e/ou da realização de entrevistas a stakeholders. O relatório

centra-se, essencialmente, em recomendações com vista a superar as debilidades

identificadas, com a possível realização de uma atividade sequencial.

Na operacionalização das atividades de Acompanhamento a operacionalização centra-se

essencialmente na análise compreensiva da (s) realidade(s) escolar(es) em presença,

assente na triangulação da informação colhida nas entrevistas aos stakeholders,

observação de contextos educativos/ atividades educativas/letivas e análise documental.

Na operacionalização das atividades de Acompanhamento e Avaliação o enfoque está

na interação dialógica, na interpelação, questionamento e reflexão partilhada

(inspetores, liderança, docentes e outros) sobre os aspetos organizativos, o trabalho

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pedagógico e o seu impacto nos processos de ensino e de aprendizagem, com o reforço

de boas práticas identificadas e a explicitação de áreas a melhorar.

Porém, nas atividades de Acompanhamento o enfoque centra-se na análise partilhada e

reflexiva, com eventual desconstrução de algumas “crenças” e lógicas de ação que

evidenciem reduzido impacto na aprendizagem, e (re)orientação de estratégias e

metodologias e eventual atividade de follow-up.

Na operacionalização das atividades de avaliação a equipa avaliativa, com base nas

evidências, factualidade e informação colhida, vai construindo juízos avaliativos sobre o

objeto avaliado, num processo reflexivo, analítico e formativo partilhado com os

stakeholders. O enfoque está na produção de juízos avaliativos, quantificados, e

discutidos em equipa avaliativa sobre o desempenho da escola, pelo que nesta atividade

– Avaliação-, e apesar da sua dimensão formativa, o enfoque não está na eventual

desconstrução/ reflexão e análise de conceitos, procedimentos e práticas, onde se vão

redesenhando outras metodologias e estratégias de ação, como se verifica nas atividades

de Acompanhamento.

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Anexo 7- Protocolo do Questionário a Q2 (ATIN)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na IGEC

que a distinguem das demais organizações da administração central?

R: A IGEC, nos termos do Decreto Regulamentar n.º 15/2012 de 27 de janeiro, é um

serviço central da administração directa do Estado dotado de autonomia

administrativa.

A sua missão e atribuições constam do diploma em apreço e, e neste quadro legal

que a IGEC orienta a sua acção. É um serviço com uma história brilhante, enquanto

garante da defesa dos interesses e direitos, essencialmente, dos alunos.

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2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da

IGEC?

R: Independência, rigor, elevada formação técnica.

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

R: Essencialmente um inspetor que pauta a sua acção com elevada isenção e,

sempre, orientado pela defesa intransigente do interesse público.

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na IGEC

constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

R: A experiência profissional anterior, quer o exercício de funções docentes, quer

trabalho desenvolvido em serviços regionais/centrais do Ministério da Educação

e, em equipas de missão nomeadas por superior despacho ministerial, permitiu

obter um aprofundado conhecimento do sistema educativo, o que, sem dúvida,

constituiu uma mais – valia para o desempenho das funções de inspetor da

educação e ciência.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

R: Releva aqui as ações/reuniões de trabalho preparatórias das atividades.

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6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

R: Nas primeiras, releva a verificação da conformidade legal/regulamentar dos atos

de direção/gestão, nas segundas, relavam a avaliação, na perspetiva da obtenção de

uma perceção/conhecimento global e integrado de diferentes segmentos

organizacionais da organização educativa – escola -, a saber: estilos/práticas de

gestão liderança, clima/ambiente da escola, graus/níveis de participação dos

diferentes atores da comunidade educativa, atitudes dialógicas da organização Escola

com outras entidades do contexto onde se insere, o desempenho dos alunos quanto

aos resultados escolares – académicos e altitudinais.

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Anexo 8- Protocolo do Questionário a Q3 (ATIN)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na IGEC

que a distinguem das demais organizações da administração central?

R – Um corpo inspetivo muito bem preparado e qualificado, com elevada

independência e isenção em defesa do interesse público.

2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da IGEC?

R – Independência, isenção, solidariedade e partilha (trabalho colaborativo).

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3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro (s)?

R – Supervisor/Avaliador.

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na

IGEC constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

R – Conhecimento do sistema educativo, bem como um conjunto alargado de

práticas pedagógicas com aplicação direta ou indireta no exercício de funções

inspetivas.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

R – Através de orientações específicas para a realização das atividades a

desenvolver, acompanhadas geralmente de reuniões para esclarecer as

referidas orientações.

6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

R – No meu entendimento, na maior parte das vezes, torna-se difícil estabelecer

as fronteiras, têm características muito idênticas, todas elas têm como finalidade

principal induzir as escolas a melhores práticas e ao cumprimento dos

normativos vigentes.

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Anexo 9- Protocolo do Questionário a Q4 (ATIN)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na

IGEC que a distinguem das demais organizações da administração central?

A abrangência das atividades (avaliação, controlo, auditoria, acompanhamento,…)

que promove num domínio em constante evolução e desenvolvimento.

2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da

IGEC?

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Honestidade, exigência, dedicação e competência.

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

Apenas como mais um elemento que procura, através do seu trabalho, contribuir para

melhoria das escolas e da educação em geral naquilo que é mais importante, a

qualidade das aprendizagens e o crescimento da criança/aluno feliz, competente e

socialmente participativo e autónomo.

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na IGEC

constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

Sem dúvida muito importante pois já tinha 20 anos na carreira de professor com

experiências nas várias áreas o que possibilitou ter um conhecimento concreto e, em

simultâneo, mais abrangente.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

Através da formação disponibilizada e do trabalho de coordenação com os

interlocutores das várias atividades.

6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

A objetividade da atividade de controlo aliada à sua natureza normativa.

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Anexo 10- Protocolo do Questionário a Q5 (ATIC)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na IGEC

que a distinguem das demais organizações da administração central?

A Inspeção-Geral da Educação e Ciência é um serviço central da administração

direta do Estado dotado de autonomia administrativa. Tem por missão “assegurar a

legalidade e regularidade dos atos praticados pelos órgãos, serviços e organismos do

MEC ou sujeitos à tutela do membro do Governo, bem como o controlo, a auditoria

e a fiscalização do funcionamento do sistema educativo no âmbito da educação pré-

escolar, da educação escolar, compreendendo os ensinos básico, secundário e

superior e integrando as modalidades especiais de educação, da educação

extraescolar, da ciência e tecnologia e dos órgãos, serviços e organismos do MEC”

(artigo 11.º, n.º 1, do DL n.º 125/2011, de 29 de dezembro).

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Prossegue, entre outras, as atribuições de “contribuir para a qualidade do sistema

educativo no âmbito da educação pré-escolar, dos ensinos básico e secundário e da

educação extraescola”, de “participar no processo de avaliação das escolas de ensino

básico e secundário e apoiar o desenvolvimento das atividades com ele relacionadas”,

de “apreciar a conformidade legal e regulamentar dos atos dos órgãos, serviços e

organismos do MEC”, de “auditar os sistemas e procedimentos de controlo interno dos

órgãos, serviços e organismos da área de atuação do MEC”, de “zelar pela equidade no

sistema educativo, científico e tecnológico”, de “assegurar a ação disciplinar e os

procedimentos de contra –ordenação” e de “controlar a aplicação eficaz, eficiente e

económica dos dinheiros públicos” (artigo 2.º, n.º 2, do Decreto Regulamentar n.º

15/2012, de 27 de janeiro).

As tendências recentes da inspeção, ao longo das duas últimas décadas do século

XX e início do século XXI, têm em conta o papel da escola como elemento nuclear do

êxito escolar e da qualidade do sistema educativo.

Num sistema educativo em que a administração valoriza a autonomia das escolas, os

modelos de organização interna da inspeção terão de refletir esses valores. Assim, a

inspeção à conformidade normativa apresenta-se como um domínio importante, na

medida em que os sistemas de ensino traduzem movimentos tendentes a alterar o seu

modo de regulação, ou, como afirma Barroso, uma alteração “passando de um controlo

baseado na conformidade com as regras e diretivas impostas pela hierarquia, para um

controlo baseado na conformidade com os objetivos e as finalidades” (1996:9).

A IGEC tem um papel de regulação, de verificação e de avaliação, vendo até que

ponto é que cada escola está a corresponder ao que se pretende dela, procurando

construir um dispositivo que forneça informação fidedigna e atualizada sobre a forma

como está a ser prestado o serviço da educação.

A postura da IGEC prende-se com a assunção de que a escola, enquanto

organização, goza de autonomia, correspondendo a essa autonomia a mesma dose de

responsabilização. Assim, tem vindo crescentemente a implementar metodologias de

trabalho que suscitam a intervenção dos atores da escola como principais autores e

intérpretes de medidas de melhoria do desempenho da organização educativa.

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2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da IGEC?

A IGEC possui uma forte cultura organizacional, pautando-se por valores e

princípios de respeito, colaboração, correção, transparência, proporcionalidade e

contraditório.

O pessoal de inspeção goza de autonomia técnica no exercício das tarefas de

inspeção que lhes sejam confiadas. O procedimento de inspeção observa as normas de

procedimentos internos, manuais, roteiros e guiões das atividades inspetivas aprovados

e em vigor na IGEC, bem como os instrumentos nacionais e internacionais de carácter

vinculativo.

No exercício das suas funções, o pessoal de inspeção pauta a sua conduta pela

adequação dos seus procedimentos aos objetivos da ação (princípio da

proporcionalidade) e conduzir as suas intervenções com observância do princípio do

contraditório, salvo nos casos previstos na lei.

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

As mudanças preconizadas para a administração dos sistemas educativos e para a

organização e gestão das escolas implicaram alterações nos modos de atuar da Inspeção.

Desde a última década do século XX (anos 90) – período caracterizado por políticas

educativas que assumem a escola como organização, com mudanças no seu regime de

autonomia, de administração e de gestão, no caminho da autonomia, considerada um

“investimento nas escolas e na qualidade da educação” (Decreto-Lei n.º 115-A/98, de

04 de Maio) – exige-se da escola o desenvolvimento da gestão escolar em situação de

maior autonomia com a indispensável descentralização dos sistemas educativos.

Neste contexto de progressiva descentralização (centrando as políticas educativas nas

organizações escolares), a IGEC assume um papel nuclear de natureza supervisora,

designadamente no apoio e aconselhamento para o desenvolvimento de uma cultura de

centração da ação educativa nas organizações escolares.

Se no modelo de administração educativa centralizada, o papel da inspeção é o de

“garantir a conformidade no funcionamento das escolas”, no modelo descentralizador,

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centrando as políticas educativas nas organizações escolares, destaca-se o papel de

supervisão, no “desenvolvimento qualitativo da organização escola e dos que nela

realizam o seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa através de

aprendizagens individuais e coletivas, incluindo a formação de novos agentes”.

Este paradigma de inspeção, no sentido de apoio técnico e de aconselhamento do

funcionamento escolar, conduz ao conceito de supervisão relacionado com inspeção,

sendo de salientar os pontos de coincidência entre o papel de supervisor e de avaliador,

“dificilmente separáveis num órgão da administração educativa como é a Inspeção”.

A perspetiva integradora da ação da supervisão da educação contempla, para além do

papel de orientação da ação docente, as vertentes de controlo, de mediação, de

assessoria e de avaliação e abrange todo o sistema educativo.

As tendências recentes da inspeção, ao longo das duas últimas décadas do século

XX e início do século XXI, têm em conta o papel da escola como elemento nuclear do

êxito escolar e da qualidade do sistema educativo.

Decorrente da autonomia, outro aspeto a ter em conta “é a avaliação e a

prestação de contas”, como expressão da necessidade de regulação interna. No caso

português, “cabe à IGEC a avaliação do desempenho das organizações educacionais”,

sendo que “a intervenção inspetiva concretiza-se nas escolas, mas não se circunscreve à

avaliação do desempenho das escolas, pressupondo também a emissão de juízos sobre a

qualidade da prestação das suas retaguardas”.

Neste contexto, o papel regulador do Estado e da sua Administração assume uma

maior expressão e a escola, para que o “controlo social” se concretize, depende de

adequados sistemas de informação interna em ordem à avaliação do funcionamento e

dos resultados, ou avaliação da realização da missão da escola.

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na IGEC

constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

A formação e integração de um inspetor na cultura organizacional da inspeção é um

processo complexo, que exige, por parte do candidato, um conhecimento muito

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abrangente de todo o sistema educativo, das perspetivas mais relevantes dos principais

teóricos da educação e perfil para o exercício da profissão.

A experiência profissional anterior ao ingresso na inspeção é fundamental para o

conhecimento em ação da organização escola e do sistema educativo.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

A IGEC organiza-se de forma a garantir equidade na sua atuação. Para cada

atividade organiza formação nacional específica (serviços centrais) e, cada área

territorial, reforça essa formação no sentido de aferir atuações, conceitos e perspetivas;

constrói um “Guião” e um “Roteiro” para a atividade de seguimento obrigatório por

todas as equipas inspetivas/inspetores; e designa coordenadores nacionais e

interlocutores que supervisionam todo o processo.

6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

As atividades dos programas de controlo, acompanhamento e avaliação são

operacionalizadas de acordo com a sua especificidade, nos termos definidos no

Regulamento n.º 189/2013, de 24 de maio:

- Controlo (Artigo 13.º)

1 — As atividades inspetivas integradas no programa de controlo têm por finalidade a

verificação da conformidade legal do funcionamento dos estabelecimentos de educação

e ensino, de outros serviços ou segmentos do sistema educativo e do sistema científico e

tecnológico, e a identificação de fatores condicionantes da sua eficiência e eficácia,

considerando os meios disponíveis e os serviços prestados.

2 — Estas atividades integram o dispositivo de monitorização dos sistemas educativo e

científico e tecnológico, da responsabilidade da IGEC, e visam recolher e tratar

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informação, recomendar as correções necessárias e propor, à tutela, medidas adequadas

de regulação.

- Acompanhamento (Artigo 14.º)

As atividades inspetivas integradas no programa de acompanhamento concretizam -se

na observação e análise da ação educativa desenvolvida pelos estabelecimentos de

educação e ensino, de modo a obter um melhor conhecimento dos processos de

implementação das medidas de política educativa e induzir à adoção de melhores

práticas de organização e funcionamento orientadas para a melhoria das aprendizagens e

para os resultados escolares dos alunos.

- Avaliação (Artigo 15.º)

1 — A atividade inspetiva da IGEC integrada no programa de avaliação centra -se nas

dimensões dos resultados, da prestação do serviço educativo e da liderança e gestão dos

estabelecimentos de educação e ensino, com a finalidade de contribuir de forma

relevante para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e para o

desenvolvimento do sistema educativo.

2 — Esta atividade visa promover a articulação e a complementaridade entre

autoavaliação e avaliação externa, fomentando a adoção pelas escolas de dispositivos e

práticas de autoavaliação adequadas e consequentes que contribuam para a sua

autorregulação e para a regulação do sistema educativo.

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Anexo 11- Protocolo do Questionário a Q6 (ATIC)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na

IGEC que a distinguem das demais organizações da administração central?

- Ser a entidade mais vocacionada para o controlo dos demais organismos da

Administração Educativa, em especial das escolas.

- Ser a principal entidade responsável pela instrução de processos de

inquérito ou disciplinares, resultantes da sua ação ou da instauração por

outros organismos do Ministério da Educação.

- Ser a única entidade responsável pela avaliação externa das escolas.

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2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da

IGEC?

- Ser um organismo importante para a regulação do sistema educativo.

- Ser um organismo que pauta a sua ação pela isenção, equidade e defesa dos

interesses dos alunos.

- Ser um organismo que, através da sua ação, contribui para o

desenvolvimento do sistema educativo, especialmente das escolas.

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

- Nas atividades de controlo – De regulador (pela norma legal);

- Nas atividades de acompanhamento – De regulador (pela reflexão, pelas

negociação, pelas boas práticas);

- Nas atividades de avaliação – De avaliador (por referentes e indicadores).

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na IGEC

constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

- Foi pouca a valia. A especificidade do trabalho desenvolvido na IGEC exige

competências que, em grande medida, são adquiridas e desenvolvidas em contexto

institucional. A pesquisa e a aprendizagem/reflexão realizada na ação, no dia-a-dia,

é a essencial para o desenvolvimento do trabalho inspetivo.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

- Através da utilização de instrumentos de trabalho comuns, com orientações iguais.

As reuniões, centrais e regionais, de reflexão e lançamento das atividades também

procuram essa unicidade e coerência na ação.

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6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

As atividades de controlo, limitadas no tempo ou não, são pautadas pela verificação

do normativo legal. É um trabalho de fiscalização, de controlo da ação da escola,

tendo por referente o cumprimento das orientações da Administração Educativa e do

quadro legislativo em vigor.

As atividades de avaliação são limitadas no tempo e feitas por referência a

Domínios, Campos de Análise, Referentes e Indicadores. Faz-se a intervenção, que

pode durar alguns dias, da qual resulta um relatório avaliativo. A escola depois,

dentro da sua autonomia, dá seguimento às áreas a melhorar identificadas no

relatório.

As atividades de acompanhamento (adequadamente estruturadas) prolongam-se no

tempo, por regra um ano (a equipa inspetiva acompanha presencialmente a escola

em três momentos, no mínimo). O trabalho inicial feito em conjunto com a escola,

assente na reflexão e negociação, é depois acompanhado ao longo do ano pela

equipa com a adequada monitorização do trabalho em curso.

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Anexo 12- Protocolo do Questionário a Q7 (ATIS)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na

IGEC que a distinguem das demais organizações da administração central?

As características singulares/únicas que considero existirem na IGEC que a

distinguem das demais organizações da administração central são as seguintes, entre

outras (provavelmente também importantes): autonomia técnica, equidade,

legalidade, objetividade, imparcialidade, lealdade, justiça, democracia, isenção,

humildade, rigor técnico e responsabilidade, para a prossecução do interesse público

da educação pré-escolar, dos ensinos básico, secundário e superior, e da ciência.

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2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da

IGEC?

As crenças e valores, maioritariamente partilhados no interior da IGEC, são os

mesmos da resposta à questão anterior, acrescentando a afetividade (inteligência

emocional) e a inovação (mudar para melhorar).

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

Nas diferentes atividades da inspeção (independentemente da possibilidade de as

realizar todas) vejo-me como avaliador, pelas razões apontadas na fundamentação

das atividades de avaliação da resposta à questão 6.

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na

IGEC constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

Todo o meu currículo (experiência profissional), anterior ao meu ingresso na IGEC,

teve influência e foi uma mais-valia para o meu desenvolvimento profissional na

IGEC (na qual me encontro há 18 anos), destaco, de forma sucinta, em primeiro

lugar a prática letiva ao longo de 15 anos (desde o 2.º ciclo até ao 12.º ano de

escolaridade) no ensino público e privado (em regime de acumulação), o

desempenho de direção pedagógica no ensino privado, o trabalho, durante cinco

anos, desenvolvido na Direção-Geral da Administração Educativa, como técnico

superior e como dirigente (chefe de divisão). Toda esta experiência contribuiu para

um conhecimento profundo do sistema educativo e das pessoas (diferentes

profissionais), associado à formação contínua (o que é importante e essencial), tanto

em contexto, como académica (pós-graduada) realizada.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

A IGEC contribui para que todos os inspetores atuem de modo harmonizado

nas diferentes atividades com as inúmeras reuniões de formação, os documentos

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orientadores, a ajuda mútua, o trabalho colaborativo, a coesão e o muito bom

ambiente - afetividade (“um muito bom nível” de inteligência emocional).

6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

De uma forma geral, as atividades de controlo são de verificação da conformidade

normativa (legal e regulamentar), o que explica tudo, pois estão associadas a uma

maior ou menor fiscalização, que podem conduzir a propostas de medidas

corretivas, quer na gestão quer no funcionamento das diferentes organizações, ou até

terem repercussões sancionatórias (ação disciplinar). Estas atividades de controlo

têm de existir, não só para garantir e defender o interesse público e o controlo da

aplicação do erário público, como também para melhorar a qualidade, a equidade e a

justiça na Educação e no Ensino.

As atividades de avaliação e de acompanhamento contribuem mais, na minha

opinião, para a melhoria da qualidade das escolas (processos de ensino e de

aprendizagem) e para a regulação (é claro que não são as únicas que regulam, como

sabemos há uma grande variedade e multiplicidade de regulações tanto nacionais

como transnacionais) do sistema educativo porque são fundadas no conhecimento (e

não na verificação da conformidade normativa), tendo em vista garantir a confiança

social na Educação e no Ensino e informar os decisores políticos e a opinião

pública.

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Anexo 13- Protocolo do Questionário a Q8 (ATIS)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na IGEC

que a distinguem das demais organizações da administração central?

São diversas as caraterísticas da atividade da IGEC e dos seus inspetores que diferem

das de outras organizações da administração central, e que se prendem, essencialmente,

com a diversidade de programas inscritos no seu Plano Anual de Atividades. A panóplia

de atividades que compõem o PAA da IGEC é expressiva, abrangendo todas as áreas de

trabalho das escolas/instituições educativas, o que não acontece noutras organizações,

na medida em que se encontram vocacionadas para uma ação mais específica junto das

escolas, como é o caso da Direção-geral de Educação, da Direção-geral da

Administração Escolar, ou do Instituto de Gestão Financeira da Educação, por exemplo.

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As múltiplas atividades da IGEC, algumas com caráter sistemático, outras pontual, de

Acompanhamento, Controlo, Avaliação, Provedoria, Ação Disciplinar e Auditoria

integram-se em todos em domínios do sistema educativo. Ao longo dos tempos a IGEC

tem vindo a adotar diferentes formas de atuação e de metodologia de trabalho nas

escolas, ganhando também uma perspetiva de maior proximidade com as escolas, a

intencionalidade em manter uma presença regular enriquecendo as interações com os

interlocutores e com a própria instituição escolar.

A diversidade de instituições educativas e escolares abrangidas pelas intervenções

inspetivas, nomeadamente as escolas da rede pública (a educação pré-escolar, os

ensinos básico, secundário, superior, profissional e artístico), os estabelecimentos de

educação e do ensino particular e cooperativo, as instituições da rede de solidariedade

social e os serviços da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Educação, é cada vez

maior, centrando-se atualmente em instituições que nunca tinham sido intervencionados

pela IGEC, embora a tutela pedagógica de alguma das suas valências seja do Ministério

da Educação, como é o caso dos jardins-de-infância das IPSS, por exemplo. Esta

abordagem a este contexto da rede de solidariedade social tem sido muito benéfico para

estas instituições e para a reflexão pedagógica que as equipas da IGEC promovem junto

das equipas pedagógicas das IPSS. A multiplicidade de vertentes abrangidas pela IGEC

e em q o inspetor desenvolve a sua atividade, na prossecução do interesse público, da

melhoria da qualidade do sistema educativo e da resposta prestada às crianças e aos

alunos pressupõe, da parte dos inspetores, uma capacitação diversa e muito rica, o que

também não se verifica em muitas das outras organizações da administração central,

habitualmente vocacionadas para áreas específicas. De facto, esta é uma caraterística

singular da IGEC e dos seus inspetores, que deriva do facto de realizar em atividades

nestas diversas áreas o que implica grande conhecimento, estudo e investimento na

atualização e aprofundamento das diferentes temáticas em estudo. Esse aspeto reflete-

se, naturalmente, no conhecimento generalizado dos inspetores sobre o funcionamento

das escolas e na abordagem in loco no contexto escolar.

2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da IGEC?

Acredito permanentemente na melhoria do sistema educativo e que a intervenção da

inspeção da educação tem, verdadeiramente, um papel e uma influência muito

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significativa nesse percurso, seja através dos contributos que presta na preparação de

medidas educativas a nível central pelo Ministério da Educação, seja no

acompanhamento, controlo e avaliação das organizações escolares e no apoio aos

órgãos de gestão nomeadamente, em casos específicos, como o apoio aos instrutores de

processos disciplinares (docentes). E acredito, também, que esta é uma crença partilhada

pelos inspetores, com o seu acurado sentido de responsabilidade que é fundamental

quando se acompanha, em primeira instância, a implementação de medidas que

reconfiguram a realidade educativa. Os inspetores têm essa competência, a de

acompanhar permanentemente a mudança da sociedade e a evolução do sistema

educativo tornando-se, também eles, agentes de transformação e de mudança nas

escolas.

Os valores em que se funda a atividade da IGEC são elementares na prossecução do

trabalho quotidiano e trilham uma perspetiva ética que considero essencial: a

idoneidade, a isenção, a independência, a seriedade, a humildade e o rigor. Os

inspetores pautam a sua atuação por uma conduta de imparcialidade, de competência, de

compreensão do contexto escolar e de apropriação do ambiente educativo, de gestão das

relações e, inclusivamente, de negociação na área do acompanhamento da ação

educativa.

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

Assumo atividades de todos os programas do PAA realizadas na Área Territorial e as

diferentes funções que lhes são inerentes, nomeadamente de Acompanhamento,

Controlo, Avaliação, Provedoria e Ação Disciplinar. Também realizei atividades de

auditoria à Ação Social Escolar, pelo que desenvolvi as competências necessárias à

realização das diferentes atividades e considero que a ação de um inspetor não se

coaduna com o modelo de “supervisor”. O perfil do inspetor de educação que intervém

em atividades do programa de Acompanhamento, por exemplo, traduz um agente

reflexivo que induz à capacidade de introspeção, de autoanálise, de autoavaliação das

escolas e dos interlocutores com quem interage revelando-se, também, desafiador do

ponto de vista de ser capaz de suscitar a discussão em ordem à melhoria e de

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desencadear estratégias que permitam alcançá-la. Nas atividades de avaliação a nossa

tarefa é efetivamente a de avaliadores.

Nas atividades de controlo, a objetividade na verificação da conformidade normativa é

uma caraterística essencial ao inspetor mas que é sempre complementada com uma

observação cuidada do contexto escolar e a aplicação das disposições legais é entendida

nesse mesmo contexto, não descurando obviamente a obrigatoriedade dos diplomas.

Assim, considero que o perfil do inspetor de educação deve responder às diferentes

exigências da realidade do sistema educativo revelando-se eclético, polivalente e

capacitado para a adaptação à mudança. Atualmente, no caso da generalidade dos

inspetores afetos às AT, à EMAF e à EMESC o seu perfil é generalista, na medida em

que atuam em diferentes áreas, não os considerando especialistas apenas num domínio

de intervenção.

4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na IGEC

constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

O conhecimento generalizado e a experiência que detinha à data de entrada na

Inspeção da Educação de quase todas as funções desempenhadas num estabelecimento

de educação, nomeadamente enquanto trabalhador não docente e docente, elemento de

estruturas consultivas, de estruturas de coordenação educativa e de supervisão

pedagógica e, também, de liderança de topo na direção de um estabelecimento de

educação, foram cruciais para o trabalho na IGEC. O conhecimento intrínseco das

tarefas e dos conteúdos funcionais/competências adstritas a cada uma, dos níveis de

dificuldade, de responsabilidade e dos possíveis constrangimentos inerentes, da

necessidade de tempo e de investimento na formação adequada para cada uma delas e

do funcionamento quotidiano de uma escola, foi fundamental para a abordagem

necessária em cada uma das atividades que, desde então, realizei. Do mesmo modo, a

experiência em diferentes contextos educativos (incluindo de educação formal e não

formal) enquanto docente foi-me igualmente benéfica, no que respeita à capacidade de

adaptação e ao favorecer uma observação contextualizada e uma integração em diversas

vertentes do trabalho inspetivo com serenidade e maior à vontade. Destaco, ainda, uma

maior capacitação na interpretação das lógicas de ação dos diferentes grupos presentes

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nas escolas e da própria gestão estratégica das “lideranças intermédias e de topo”, uma

vez que as conheço intrinsecamente.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

A harmonização da atuação dos inspetores é promovida através da promoção de

reuniões preparatórias à intervenção em cada atividade, organizadas e orientadas pelos

coordenadores nacionais e interlocutores regionais das AT que estiveram, também, na

conceção dos instrumentos de trabalho com os quais os inspetores irão trabalhar. A

apresentação fundamentada da atividade, a discussão dos instrumentos, a exposição de

dúvidas, a possibilidade de correlacionar o conhecimento de outras atividades e

experiências mobilizando-o para a intervenção em causa, são aspetos que enriquecem a

formação dos inspetores, tornando-os, certamente, melhores no desempenho das suas

funções.

A reunião de caráter mais ou menos regular (anual) em torno de uma mesma

atividade, permite atualizar informações/conhecimento, apresentar situações com as

quais o inspetor se deparou nas diversas realidades escolares, sendo também uma mais

valia para o trabalho dos seus pares, uma vez que a partilha dos casos possibilita uma

maior reflexão, aprendizagem e harmonia sobre a matéria em questão.

Um outro dado que me parece importante é o facto de serem considerados perfis para a

constituição das equipas inspetivas, no caso de atividades de caráter muito específico de

um nível de educação ou de ensino ou de uma área disciplinar e cujo enfoque se centra,

por exemplo, na educação pré-escolar, no ensino experimental das ciências ou no ensino

do inglês, sendo que pelo menos um dos elementos deverá sempre ser um inspetor com

formação de base na área em que a atividade incide. A experiência de trabalhar com

colegas originários dessas áreas naquelas atividades específicas permite, ao inspetor,

fazer novas aprendizagens e consolidar o conhecimento, o que se traduz num enorme

enriquecimento que será, naturalmente, consequente em toda a sua ação e em todas as

outras atividades que desenvolve.

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6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

A operacionalização das atividades dos diferentes programas é orientada pela

metodologia definida para a própria atividade, criada estrategicamente dentro de um

quadro conceptual e com uma orientação para a ação muito específica. Atende às

competências legais definidas para a ação da IGEC no contexto a intervencionar, e que

podem diferir se se tratar de uma escola da rede pública ou de um estabelecimento do

ensino particular e cooperativo, por exemplo. Nesse sentido, a metodologia aprovada

superiormente e os instrumentos de trabalho são concebidos pelas equipas de

coordenação nacional e de interlocução regionais respeitando a natureza de cada

atividade e orientando a intervenção inspetiva de acordo com os objetivos estratégicos e

operacionais definidos. Os roteiros e guiões de atividades suportam a sua

operacionalização, sendo os de controlo mais objetivos, quando comparados com os

roteiros ou quadros de referência das atividades de acompanhamento e de avaliação.

A operacionalização das atividades de controlo pressupõe, desde logo, a

verificação da conformidade legal, da aplicação à realidade/contexto escolar dos

normativos de referência e a sua harmonização no quadro da eficiência e da eficácia a

que o Diretor deve (cor)responder (escolas da rede pública). Não é, no entanto,

dissociada deste modo de atuação, uma perspetiva reflexiva e eminentemente

pedagógica com os interlocutores nas escolas sobre a aplicação do quadro legal ao

contexto em questão, as alternativas inscritas na margem de autonomia, sempre no

pressuposto do respeito pela legislação em vigor e na prossecução do objetivo de

regulação do sistema educativo.

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Anexo 14- Protocolo do Questionário a Q9 (ATIS)

O presente questionário surge no âmbito do Mestrado em Educação e Formação,

com especialização em Organização e Gestão da Educação, tendo em vista delinear os

pontos, assim como as características principais e singulares existentes na IGEC. Ou

seja, aspetos que a distingam de outras organizações da administração central do Estado.

Os quatro grandes objetivos para a realização do meu trabalho, consistem em:

i) Conhecer o funcionamento e a estrutura organizacional da IGEC; ii) Analisar

o perfil profissional do inspetor de educação e as suas lógicas de ação; iii) Conhecer,

analisar e investigar a atividade de programa Acompanhamento - Apoio Tutorial

Especifico (onde o meu projeto de investigação se centra); iv) Aplicar e alargar as

competências apreendidas na Licenciatura em Ciências da Educação e no Mestrado em

Educação e Formação.

A sua opinião é fundamental, enquanto membro integrante da IGEC.

Este Questionário é de natureza confidencial e anónima.

Por favor, responda às seguintes questões:

1. Quais são as características singulares/únicas que considera existirem na

IGEC que a distinguem das demais organizações da administração central?

A IGEC é um serviço central da administração direta do Estado dotado de

autonomia administrativa.

Tem por missão assegurar a legalidade e regularidade dos atos praticados pelos

órgãos, serviços e organismos do Ministério da Educação ou sujeitos à tutela do

respetivo membro do Governo, bem como o controlo, a auditoria e a fiscalização

do funcionamento do sistema educativo no âmbito da educação pré-escolar, da

educação escolar, compreendendo os ensinos básico, secundário e superior e

integrando as modalidades especiais de educação, da educação extra-escolar, da

ciência e tecnologia e dos órgãos, serviços e organismos do ME.

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Portanto, o que distingue a IGEC, na minha opinião é a abrangência da sua

esfera de ação.

2. Que crenças e valores são maioritariamente partilhados no interior da

IGEC?

Destaco o zelo pela conformidade legal e regulamentar dos atos dos órgãos, serviços

e organismos do ME, o contributo para a qualidade do sistema educativo, o zelo

pela equidade no sistema educativo, científico e tecnológico e, ainda, o controlo da

aplicação eficaz, eficiente e económica dos dinheiros públicos.

3. Nas diferentes atividades da inspeção, como se vê? Supervisor? Avaliador?

Outro(s)?

O Plano de Atividades da IGEC integra atividades de natureza distinta. Assim, o

meu papel difere consoante a atividade para a qual sou designada. Por exemplo,

numa atividade de avaliação tenho de mobilizar um conjunto alargado de

conhecimentos para fundamentar os juízos de valor, mas numa atividade de controlo

cinjo-me à verificação da legalidade/conformidade legal. Um aspeto essencial do

meu trabalho, com exceção da atividade de provedoria e disciplinar, é que integro

sempre uma equipa, o que é muito relevante na análise e decisão acerca dos assuntos

complexos e sensíveis com os quais trabalhamos diariamente. A interação e a

discussão com os meus pares constituem uma mais-valia para o meu trabalho e

colocam-me num processo contínuo de aprendizagem. Mesmo no âmbito da

provedoria e da ação disciplinar, em que vou sozinha para o terreno, procuro sempre

confrontar os meus conhecimentos e sensibilidade com os de outros colegas juristas

e inspetores da IGEC.

Procuro diligenciar para que da minha ação não resulte qualquer prejuízo indevido

para outrem. Procuro também envolver os meus pares e outros interlocutores com os

quais trabalho no processo contínuo de aprendizagem que anteriormente referi.

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4. Em que medida a sua experiência profissional anterior ao ingresso na

IGEC constituiu uma mais-valia para o desenvolvimento do seu trabalho?

Antes de ingressar na IGEC fui professora do 3.º ciclo do ensino básico e ensino

secundário. Trata-se de uma experiência fundamental, se não imprescindível, para as

funções que atualmente exerço. Tudo o que aprendi na formação inicial e contínua,

bem como para obtenção do grau de mestre, na interação com os meus pares, na

autoformação, nos projetos nacionais e europeus em que estive envolvida, na

experiência adquirida através da prática letiva e pelo exercício de diferentes cargos,

enfim, tudo enriqueceu o leque de conhecimentos e de competências que tenho de

mobilizar para as atividades enquanto inspetora de educação. Para além da

segurança e propriedade que este percurso me deu, contribuiu também para a

humildade e respeito que tenho por todos aqueles com quem me cruzo

profissionalmente.

5. Em seu entender, como contribui a IGEC para que todos os seus inspetores

atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades?

A IGEC proporciona numerosos encontros de formação interna, relacionados com

as diferentes atividades contempladas no plano de atividades. Frequentemente são

convidados formadores externos, do ensino superior, para ministrar formação aos

inspetores. Por sua vez, estes também podem, por sua iniciativa, solicitar

autorização para frequentar eventos (congressos, colóquios, seminários, etc) que

consideram ser relevantes para a sua atividade profissional. Ora, todos estes

momentos são de discussão e partilha, o que concorre para a construção de uma

atuação harmonizada dos inspetores.

Igualmente relevante é a existência de roteiros e/ou documentos orientadores que

explicitam com detalhe os procedimentos expectáveis em cada atividade da IGEC.

Tais documentos são sempre analisados e questionados nas sessões de formação,

seja esta de âmbito nacional ou territorial, mas também durante os momentos de

preparação em equipa. É ainda comum os inspetores auscultarem os interlocutores

das atividades, os chefes ou os seus pares quando se deparam com situações que

lhes levantam dúvidas.

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6. Do ponto de vista da sua operacionalização nas escolas, o que distingue as

atividades de controlo das atividades de avaliação ou de acompanhamento?

O controlo visa essencialmente a verificação da conformidade legal, pelo que nas

escolas implica sobretudo análise documental e algum esclarecimento adicional,

habitualmente fornecido por elemento da direção.

O acompanhamento e a avaliação requerem a mobilização de múltiplos

interlocutores das escolas, para a análise, discussão e reflexão sobre os assuntos. A

realização de entrevistas e de visitas é, por isso, fundamental para envolver e

motivar as pessoas, no sentido de verem uma oportunidade de melhoria nas críticas

construtivas e de sentirem reconhecimento pela consecução dos seus objetivos.

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Anexo 15- Análise de conteúdo dos Questionários

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Características únicas da IGEC

Identidade da organização

Acompanhamento

“Ação diária nos agrupamentos de escola/escolas com conhecimento aprofundado e real da organização, gestão e ação educativa nas escolas que integram o sistema educativo.” (Q1) “É um serviço com uma história brilhante, enquanto garantia da defesa dos interesses e direitos, essencialmente dos alunos.” (Q2) “As tendências recentes da inspeção, ao longo das últimas duas décadas do século XX e inicio do século XXI, têm em conta o papel da escola como elemento nuclear do êxito escolar e da qualidade do sistema educativo.” (Q5) “Ao longo dos tempos a IGEC tem vindo a adotar diferentes formas de atuação e de metodologia de trabalho nas escolas, ganhando também uma perspetiva de maior proximidade com as escolas, a intencionalidade em manter uma presença regular enriquecendo as interações com os interlocutores e com a própria instituição escolar.” (Q8)

Transparência

“Publicação dos relatórios anuais das diferentes atividades na página eletrónica da IGEC, bem como dos relatórios realizados em cada Agrupamento de Escolas/ Escola no âmbito, da maioria das diferentes atividades realizadas.” (Q1) “Autonomiatécnica,equidade,legalidade,objetividade,imparcialidade,lealdade, justiça,democracia,isenção,humildade,rigor técnico e responsabilidade, para a prossecução do interesse público da educação pré-escolar, dos ensinos

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básico, secundário e superior,e da ciência.” (Q7)

Autonomia Administrativa

“ Corpo inspetivo muito bem preparado e qualificado, com elevada isenção em defesa do interesse público.” (Q3) “ A IGEC, nos termos do Decreto Regulamentar n.º15/2012 de 27 de Janeiro, é um serviço central da administração direta do Estado dotado de Autonomia Administrativa.” (Q2) “ Num sistema educativo em que a administração valoriza a autonomia das escolas, os modelos de organização interna da inspeção terão de refletir esses valores.” (Q5)

Missão e Atribuições

“ A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (…)tem por missão «assegurar a legalidade e regularidade dos atos praticados pelos orgãos, serviços e organismos do MEC ou sujeito à tutela do Governo, bem como o controlo, a auditoria e a fiscalização do funcionamento do Sistema Educativo no âmbito da educação pré-escolar, da educação escolar, compreendendo os ensinos básico, secundário e superior e integrando as modalidades especiais de educação, da educação extraescolar, da ciência e tecnologia e dos órgãos, serviços e organismos do MEC» (artigo 11.º,n.º1, do DL nº125/2011, de 29 de Dezembro.” (Q5,Q9) “ Prossegue, entre outras, as atribuições de « contribuir para a qualidade do Sistema Educativo no âmbito da Educação pré-escolar, dos ensinos básico e

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secundário e da educação extraescolar» , de «participar no processo de avaliação das escolas de ensino básico e secundário e apoiar o desenvolvimento das atividades com ele relacionadas», de «apreciar a conformidade legal e regulamentar dos atos dos órgãos, serviços e organismos do MEC» ,de « auditar os sistemas e procedimentos de controlo interno dos órgãos, serviços e organismos da área de atuação do MEC» , de «zelar pela equidade no Sistema Educativo, cientifico e tecnológico», de « assegurar a ação disciplinar e os procedimentos de contra-ordenação» e de « controlar a aplicação eficaz, eficiente e económica dos dinheiros públicos» (artigo 2.º,n.º2, do Decreto Regulamentar n.º15/2012,de 27 de Janeiro.” (Q5) “Ser a entidade mais vocacionada para o controlo dos demais organismos da Administração Educativa, em especial das escolas. Ser a principal entidade responsável pela instrução de processos de inquérito ou disciplinares, resultantes da ação ou da instauração por outros organismos do Ministério da Educação. Ser a única entidade responsável pela avaliação externa das escolas.” (Q6)

Diversidade de Atividades

” que se prendem essencialmente, com a diversidade de programas inscritos no seu Plano Anual de Atividades. A panóplia de atividades que compõem o PAA da IGEC é expressiva, abrangendo todas as áreas de trabalho das escolas/instituições educativas, o que não acontece noutras organizações, na medida em que se encontram vocacionadas para uma ação mais especifica junto das escolas, como é o caso da Direção-Geral de Educação, da Direção-Geral da Administração escolar, ou do Instituto de Gestão Financeira da Educação. As múltiplas atividades da IGEC, algumas com caráter sistemático, outras pontual, de Acompanhamento, Controlo, Avaliação, Provedoria, Ação Disciplinar e Auditoria integram-se em todos os domínios do Sistema Educativo.” (Q8) “Portanto, o que distingue a IGEC, na minha opinião é a abrangência da sua esfera de ação.” (Q9)

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Competências

“A multiplicidade de vertentes abrangidas pela IGEC e em que o inspetor desenvolve a sua atividade (…) pressupõe, da parte dos inspetores, uma capacitação diversa e muito rica, o que também não se verifica em muitas das outras organizações da administração central, habitualmente vocacionadas para áreas específicas. De facto, esta é uma caraterística singular da IGEC e dos seus inspetores, que deriva do facto de realizarem atividades nestas diversas áreas o que implica grande conhecimento, estudo e investimento na atualização e aprofundamento das diferentes temáticas em estudo. Esse aspeto reflete-se, naturalmente, no conhecimento generalizado dos inspetores sobre o funcionamento das escolas e na abordagem in loco no contexto escolar.” (Q8)

Crenças e valores partilhados

Perceção da Organização

Qualidade do Sistema Educativo

“ Todos os alunos e crianças têm o seu potencial de aprendizagem, pelo que todos têm direito a ter sucesso, o seu sucesso.” (Q1) “ Ser um organismo importante para a regulação do Sistema Educativo (…) ser um organismo que, através da sua ação, contribui para o desenvolvimento do Sistema Educativo, especialmente das escolas.” (Q6) “ a intervenção da inspeção da educação tem, verdadeiramente um papel e uma influência muito significativa nesse percurso, seja através dos contributos que presta na preparação de medidas educativas a nível central pelo Ministério da Educação, seja no acompanhamento, controlo e avaliação das organizações escolares e no apoio aos orgãos de gestão nomeadamente, em casos específicos, como o apoio aos instrutores de processos disciplinares (docentes).” (Q8)

Cultura Organizacional

“ Ética,rigor, isenção, imparcialidade, responsabilidade, respeito pela diversidade de opiniões…” (Q1) “Independência, rigor, elevada formação técnica.” (Q2) “Independência, isenção, solidariedade e partilha (trabalho colaborativo).”

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(Q3) “Honestidade , exigência, dedicação e competência.” (Q4) “A IGEC possui uma forte cultura organizacional, pautando-se por valores e princípios de respeito, colaboração, correção, transparência, proporcionalidade e contraditório. O pessoal da Inspeção goza de autonomia técnica no exercício das tarefas de inspeção que lhes sejam confiadas (…) no exercício das suas funções, o pessoal de inspeção pauta a sua conduta pela adequação dos seus procedimentos aos objetivos da ação (principio da proporcionalidade) e conduzir as suas intervenções com observância do principio do contraditório, salvo nos casos previstos na lei.” (Q5) “ Ser um organismo que pauta a sua ação pela isenção, equidade, e defesa dos interesses dos alunos.” (Q6) “Autonomia técnica, equidade, legalidade, objetividade, imparcialidade, lealdade ,justiça, democracia, isenção, humildade, rigor técnico, responsabilidade, afetividade (inteligência emocional) e a inovação (mudar para melhorar).” (Q7) “ idoneidade, a isenção, a independência, a seriedade, a humildade e o rigor. Os inspetores pautam a sua atuação por uma conduta de imparcialidade, de competência, de compreensão do contexto escolar e de apropriação do ambiente educativo, de gestão das relações e, inclusivamente, de negociação na área do acompanhamento da ação educativa.” (Q8) “ zelo pela conformidade legal e regulamentar dos atos dos órgãos, serviços e organismos do ME, o contributo para qualidade do Sistema Educativo, o zelo pela equidade no Sistema Educativo, cientifico e tecnológico, e ainda, o controlo da aplicação eficaz, eficiente e económica dos dinheiros públicos.”

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(Q9)

Agentes de Mudança

“ Os inspetores têm essa competência, a de acompanhar permanentemente a mudança na sociedade e a evolução do Sistema Educativo, tornando-se, também eles, agentes de transformação e mudança nas escolas.” (Q8)

Papeis desempenhados Pelos inspetores

Lógicas de ação Supervisor “Supervisor nas atividades de Acompanhamento e Controlo.” (Q1) “Supervisor.” (Q3) “ a IGEC assume um papel nuclear de natureza supervisora, designadamente no apoio e aconselhamento para o desenvolvimento de uma cultura de centração a ação educativa nas organizações escolares (…) destaca-se o papel de supervisão, no «desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos que nela realizam o seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa através de aprendizagens individuais e coletivas .“ (Q5)

Avaliador “ Avaliador nas atividades de Avaliação Externa de escolas.” (Q1) “Avaliador.” (Q3) “ outro aspeto a ter em conta «é a avaliação e a prestação de contas», como expressão da necessidade de regulação interna. No caso português, «cabe à IGEC a avaliação do desempenho das organizações educacionais» (…) para que o «controlo social» se concretize, depende de adequados sistemas de informação interna em ordem à avaliação do funcionamento e dos resultados, ou avaliação da realização da missão da escola.”(Q5) “Nas atividades de avaliação - de avaliador (por referentes e indicadores). “ (Q6) “Nas diferentes atividades da inspeção (independentemente da possibilidade de as realizar todas) vejo-me como avaliador.” (Q7)

Outro(s) “ Essencialmente um inspetor que pauta a sua ação com elevada isenção e,

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sempre, orientado pela defesa intransigente do interesse público.” (Q2) “Apenas como mais um elemento que procura , através do seu trabalho, contribuir para a melhora das escolas e da educação em geral, naquilo que é mais importante, a qualidade das aprendizagens e o crescimento da criança/aluno feliz, competente e socialmente participativo e autónomo.” (Q4) “Nas atividades de controlo – de regulador (pela norma legal). Nas atividades de acompanhamento – de regulador (pela reflexão, pela negociação, pelas boas práticas). “ (Q6) “Assumo atividades de todos os programas do PAA realizadas na Área Territorial e as diferentes funções que lhes são inerentes, nomeadamente de Acompanhamento, Controlo, Avaliação, Provedoria e Ação Disciplinar. Também realizei atividades de auditoria à Ação Social Escolar, pelo que desenvolvi as competências necessárias à realização das diferentes atividades e considero que a ação de um inspetor não se coaduna com o modelo de «supervisor».”(Q8) “ O Plano de Atividades da IGEC integra atividades de natureza distinta. Assim, o meu papel difere consoante a atividade para a qual sou designada (…) um aspeto essencial do meu trabalho, com exceção da atividade de provedoria e disciplinar, é que integro sempre uma equipa, o que é muito relevante na análise e decisão acerca dos assuntos complexos e sensíveis com os quais trabalhamos diariamente.“ (Q9)

Experiência Profissional anterior

Percurso profissional

Pertinência “ Permitiu ter um conhecimento aprofundado da organização e funcionamento do Sistema Educativo, bem como da(s) cultura(s) de escola(s) e logicas de ação das escolas. Este conhecimento contribuiu, eventualmente, para uma intervenção inspetiva mais ajustada às realidades em presença, com consequente devolução de informação mais pertinente e útil à escola,

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tendente à melhoria do seu desenvolvimento organizacional.” (Q1) “A experiência profissional anterior, quer o exercício de funções docentes, quer o trabalho desenvolvido em serviços regionais/ centrais do Ministério da Educação e, em equipas de missão nomeadas por superior despacho ministerial, permitiu obter um aprofundado conhecimento do Sistema Educativo, o que sem dúvida, contribuiu uma mais – valia para o desempenho das funções de inspetor da educação e ciência.” (Q2) “Conhecimento do Sistema Educativo, bem como um conjunto alargado de práticas pedagógicas com aplicação direta ou indireta no exercício de funções inspetivas.” (Q3) “ Sem dúvida muito importante pois já tinha 20 anos na carreira de professor com experiências nas várias áreas o que me possibilitou ter um conhecimento concreto e , em simultâneo, mais abrangente.” (Q4) “A formação e integração de um inspetor na cultura organizacional da inspeção é um processo complexo, que exige, por parte do candidato, um conhecimento muito abrangente de todo o Sistema Educativo, das perspetivas mais relevantes dos principais teóricos da educação e perfil para o exercício da profissão. A experiência profissional anterior ao ingresso na inspeção é fundamental para o conhecimento em ação da organização escola e do Sistema Educativo.” (Q5) “Foi pouca a valia. A especificidade do trabalho desenvolvido na IGEC exige competências que, em grande medida, são adquiridas e desenvolvidas em contexto institucional. A pesquisa e a aprendizagem/ reflexão realizada na ação, no dia-a-dia, é a essencial para o desenvolvimento do trabalho inspetivo.”( Q6)

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“Todo o meu currículo (experiência profissional), anterior ao meu ingresso na IGEC, teve influência e foi uma mais-valia para o meu desenvolvimento profissional na IGEC (na qual me encontro há 18 anos), destaco, de forma sucinta, em primeiro lugar a prática letiva ao longo de 15 anos (desde o 2.º ciclo até ao 12.º ano de escolaridade) no ensino público e privado (em regime de acumulação), o desempenho de direção pedagógica no ensino privado, o trabalho, durante cinco anos, desenvolvido na Direção-Geral da Administração Educativa, como técnico superior e como dirigente (chefe de divisão). Toda esta experiência contribuiu para um conhecimento profundo do sistema educativo e das pessoas (diferentes profissionais), associado à formação contínua (o que é importante e essencial), tanto em contexto, como académica (pós-graduada) realizada.”(Q7) “O conhecimento generalizado e a experiência que detinha à data de entrada na Inspeção da Educação de quase todas as funções desempenhadas num estabelecimento de educação, nomeadamente enquanto trabalhador não docente e docente, elemento de estruturas consultivas, de estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica e, também, de liderança de topo na direção de um estabelecimento de educação, foram cruciais para o trabalho na IGEC. O conhecimento intrínseco das tarefas e dos conteúdos funcionais/competências adstritas a cada uma, dos níveis de dificuldade, de responsabilidade e dos possíveis constrangimentos inerentes, da necessidade de tempo e de investimento na formação adequada para cada uma delas e do funcionamento quotidiano de uma escola, foi fundamental para a abordagem necessária em cada uma das atividades que, desde então, realizei. Do mesmo modo, a experiência em diferentes contextos educativos (incluindo de educação formal e não formal) enquanto docente foi-me igualmente benéfica, no que respeita à capacidade de adaptação e ao favorecer uma observação contextualizada e uma integração em diversas vertentes do trabalho inspetivo com serenidade e maior à vontade. Destaco, ainda, uma maior capacitação na interpretação das lógicas de ação dos diferentes grupos

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presentes nas escolas e da própria gestão estratégica das «lideranças intermédias e de topo», uma vez que as conheço intrinsecamente.” (Q8) “Antes de ingressar na IGEC fui professora do 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Trata-se de uma experiência fundamental, se não imprescindível, para as funções que atualmente exerço. Tudo o que aprendi na formação inicial e contínua, bem como para obtenção do grau de mestre, na interação com os meus pares, na autoformação, nos projetos nacionais e europeus em que estive envolvida, na experiência adquirida através da prática letiva e pelo exercício de diferentes cargos, enfim, tudo enriqueceu o leque de conhecimentos e de competências que tenho de mobilizar para as atividades enquanto inspetora de educação. Para além da segurança e propriedade que este percurso me deu, contribuiu também para a humildade e respeito que tenho por todos aqueles com quem me cruzo profissionalmente.” (Q9)

Modos de coordenação da ação

Ação Inspetiva

Formação “ Realização de ações de formação/ informação de curta duração.” (Q1) “ Através da formação disponibilizada…” (Q4) “ A IGEC organiza-se de forma a garantir a equidade na sua atuação. Para cada atividade organização formação nacional especifica (serviços centrais) e, cada área territorial, reforça essa formação no sentido de aferir atuações, conceitos e perspetivas…” (Q5) “ A IGEC contribui para que todos os inspetores atuem de modo harmonizado nas diferentes atividades com as inúmeras reuniões de formação…” (Q7) “ A IGEC proporciona numeroso encontros de formação interna, relacionados com as diferentes atividades contempladas no plano de atividades. Frequentemente são convidados formadores externos, do Ensino Superior, para ministrar formação aos inspetores.” (Q9)

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Reuniões

“ Realização de reuniões de preparação de atividades (…) reuniões realizadas pelas equipas de coordenação nacional, das diferentes atividades, com todos os inspetores envolvidos na atividade a desenvolver e/ou com os interlocutores de cada atividade por Área Territorial (Norte, Centro, Sul) (…) reuniões de apresentação de conclusões/ resultados de cada atividade e aspetos a melhorar nas futuras intervenções inspetivas.” (Q1) “ Releva aqui as ações/ reuniões de trabalho preparatórias da atividade.” (Q2) “Através de orientações especificas para a realização das atividades a desenvolver, acompanhadas geralmente de reuniões para esclarecer as referidas orientações.” (Q3) “As reuniões, centrais e regionais, de reflexão e lançamento das atividades também procuram essa unicidade e coerência na ação.” (Q6) “ promoção de reuniões preparatórias à intervenção em cada atividade, organizadas e orientadas pelos coordenadores nacionais e interlocutores regionais das AT…” (Q8)

Instrumentos

“ Elaboração, e sua apropriação pelos inspetores, de instrumentos de suporte à realização das diferentes atividades (ex: roteiro, guião, matriz de relatório, questões orientadas de condução de entrevistas) (…) análise, pelas Àreas Territoriais e Serviços Centrais da IGEC, dos relatórios produzidos no final de cada intervenção inspetiva e devolução de informação às equipas inspetivas sobre eventuais aspetos a melhorar, no sentido de alinhamento de procedimentos e práticas.“ (Q1) “constrói um «guião» e um «roteiro» para a atividade de seguimento obrigatório por todas as equipas inspetivas/ inspetores.” (Q5)

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“Através da utilização de instrumentos de trabalho comuns, com orientações iguais.” (Q6) “os documentos orientadores…” (Q7) “ também na conceção de instrumentos de trabalho com os quais os inspetores vão trabalhar”. (Q8) “ Igualmente relevante è a existência de roteiros e/ou documentos orientadores que explicitam com detalhe os procedimentos expetáveis em cada atividade da IGEC…” (Q9)

Apoio à ação

“ A ação/ disponibilidade dos interlocutores de cada atividade, por Área Territorial, para esclarecimento de eventuais duvidas decorrentes da ação quotidiana das escolas.” (Q1) “ do trabalho de coordenação com os interlocutores das várias atividades.” (Q4) “designa coordenadores nacionais e interlocutores que supervisionam todo o processo.” (Q5) “ a ajuda mútua o trabalho colaborativo , a coesão…” (Q7) “ É ainda comum os inspetores auscultarem os interlocutores das atividades, os chefes ou os seus pares quando se deparam com situações que lhes levanam dúvidas.” (Q9)

Inteligência Emocional

“ e o muito bom ambiente – afetividade ( « um bom nível» de inteligência emocional).” (Q7)

Perfis das equipas inspetivas “ Um outro dado que me parece importante é o fato de serem considerados perfil para a constituição das equipas inspetivas, no caso de atividades de

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carater muito especifico de um nível de educação ou de ensino ou de área disciplinar (…) sendo que pelo menos um dos elementos deverá sempre ser um inspetor com formação de base na àrea em que a atividade incide.” (Q8)

Carateristicas distintivas das atividades

Operacionalização

Controlo

“Na operacionalização das Atividades de Controlo a ação inspetiva centra-se essencialmente em análise documental para verificação do cumprimento dos normativos legais enquadradores da ação educativa das escolas e numa breve observação das instalações / equipamentos e/ou da realização de entrevistas a stakeholders. O relatório centra-se, essencialmente, em recomendações com vista a superar as debilidades identificadas, com a possível realização de uma atividade sequencial.” (Q1) “verificação da conformidade legal/regulamentar dos atos de direção/gestão…” (Q2) “As atividades dos programas de controlo, acompanhamento e avaliação são operacionalizadas de acordo com a sua especificidade, nos termos definidos no Regulamento n.º 189/2013, de 24 de maio:

- Controlo (Artigo 13.º) 1 — As atividades inspetivas integradas no programa de controlo têm por finalidade a verificação da conformidade legal do funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino, de outros serviços ou segmentos do sistema educativo e do sistema científico e tecnológico, e a identificação de fatores condicionantes da sua eficiência e eficácia, considerando os meios disponíveis e os serviços prestados.

2 — Estas atividades integram o dispositivo de monitorização dos sistemas educativo e científico e tecnológico, da responsabilidade da IGEC, e visam recolher e tratar informação, recomendar as correções necessárias e propor, à tutela, medidas adequadas de regulação.” (Q5)

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“As atividades de controlo, limitadas no tempo ou não, são pautadas pela verificação do normativo legal. É um trabalho de fiscalização, de controlo da ação da escola, tendo por referente o cumprimento das orientações da Administração Educativa e do quadro legislativo em vigor.” (Q6)

“as atividades de controlo são de verificação da conformidade normativa (legal e regulamentar), o que explica tudo, pois estão associadas a uma maior ou menor fiscalização, que podem conduzir a propostas de medidas corretivas, quer na gestão quer no funcionamento das diferentes organizações, ou até terem repercussões sancionatórias (ação disciplinar). Estas atividades de controlo têm de existir, não só para garantir e defender o interesse público e o controlo da aplicação do erário público, como também para melhorar a qualidade, a equidade e a justiça na Educação e no Ensino.” (Q7)

“A operacionalização das atividades de controlo pressupõe, desde logo, a verificação da conformidade legal, da aplicação à realidade/contexto escolar dos normativos de referência e a sua harmonização no quadro da eficiência e da eficácia a que o Diretor deve (cor)responder (escolas da rede pública). Não é, no entanto, dissociada deste modo de atuação, uma perspetiva reflexiva e eminentemente pedagógica com os interlocutores nas escolas sobre a aplicação do quadro legal ao contexto em questão, as alternativas inscritas na margem de autonomia, sempre no pressuposto do respeito pela legislação em vigor e na prossecução do objetivo de regulação do sistema educativo.” (Q8)

“O controlo visa essencialmente a verificação da conformidade legal, pelo que nas escolas implica sobretudo análise documental e algum esclarecimento adicional, habitualmente fornecido por elemento da direção.” (Q9)

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Avaliação

“Na operacionalização das atividades de avaliação a equipa avaliativa, com base nas evidências, factualidade e informação colhida, vai construindo juízos avaliativos sobre o objeto avaliado, num processo reflexivo, analítico e formativo partilhado com os stakeholders. O enfoque está na produção de juízos avaliativos, quantificados, e discutidos em equipa avaliativa sobre o desempenho da escola, pelo que nesta atividade – Avaliação-, e apesar da sua dimensão formativa, o enfoque não está na eventual desconstrução/ reflexão e análise de conceitos, procedimentos e práticas, onde se vão redesenhando outras metodologias e estratégias de ação.” (Q1) “ relavam a avaliação, na perspetiva da obtenção de uma perceção/conhecimento global e integrado de diferentes segmentos organizacionais da organização educativa – a escola…” (Q2) “As atividades dos programas de controlo, acompanhamento e avaliação são operacionalizadas de acordo com a sua especificidade, nos termos definidos no Regulamento n.º 189/2013, de 24 de maio: - Avaliação (Artigo 15.º) 1 — A atividade inspetiva da IGEC integrada no programa de avaliação centra -se nas dimensões dos resultados, da prestação do serviço educativo e da liderança e gestão dos estabelecimentos de educação e ensino, com a finalidade de contribuir de forma relevante para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e para o desenvolvimento do sistema educativo.

2 — Esta atividade visa promover a articulação e a complementaridade entre autoavaliação e avaliação externa, fomentando a adoção pelas escolas de dispositivos e práticas de autoavaliação adequadas e consequentes que contribuam para a sua autorregulação e para a regulação do sistema educativo.” (Q5) “As atividades de avaliação são limitadas no tempo e feitas por referência a Domínios, Campos de Análise, Referentes e Indicadores. Faz-se a intervenção,

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que pode durar alguns dias, da qual resulta um relatório avaliativo. A escola depois, dentro da sua autonomia, dá seguimento às áreas a melhorar identificadas no relatório.” (Q6)

Acompanhamento

“Na operacionalização das atividades de Acompanhamento a

operacionalização centra-se essencialmente na análise compreensiva da (s)

realidade (s) escolar (es) em presença, assente na triangulação da informação

colhida nas entrevistas aos stakeholders, observação de contextos

educativos/ atividades educativas/letivas e análise documental.” (Q1)

“ o desempenho dos alunos quanto aos resultados escolares – académicos e

atitudinais.” (Q2)

“As atividades dos programas de controlo, acompanhamento e avaliação são

operacionalizadas de acordo com a sua especificidade, nos termos definidos

no Regulamento n.º 189/2013, de 24 de maio:

Acompanhamento (Artigo 14.º) As atividades inspetivas integradas no programa de acompanhamento concretizam -se na observação e análise da ação educativa desenvolvida pelos estabelecimentos de educação e ensino, de modo a obter um melhor conhecimento dos processos de implementação das medidas de política educativa e induzir à adoção de melhores práticas de organização e funcionamento orientadas para a melhoria das aprendizagens e para os resultados escolares dos alunos.” (Q5)

“As atividades de acompanhamento (adequadamente estruturadas) prolongam-se no tempo, por regra um ano (a equipa inspetiva acompanha presencialmente a escola em três momentos, no mínimo). O trabalho inicial

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feito em conjunto com a escola, assente na reflexão e negociação, é depois acompanhado ao longo do ano pela equipa com a adequada monitorização do trabalho em curso. “ (Q6)

Formação

“ Todas as atividades, na sua operacionalização assumem uma vertente formativa, no sentido induzirem a melhoria da qualidade educativa e o desenvolvimento organizacional.” (Q1)

Semelhanças

“ Em todas as atividades, a recolha de informação e sua análise centra-se num processo reflexivo e de interação dialógica com a direção, docentes e outros interlocutores.” (Q1) “ No meu entendimento, na maior parte das vezes, torna-se difícil estabelecer as fronteiras, têm características muito idênticas, todas elas têm como finalidade principal induzir as escolas a melhores práticas e ao cumprimentos dos normativos vigentes.” (Q3) “As atividades de avaliação e de acompanhamento contribuem mais, na minha opinião, para a melhoria da qualidade das escolas (processos de ensino e de aprendizagem) e para a regulação (é claro que não são as únicas que regulam, como sabemos há uma grande variedade e multiplicidade de regulações tanto nacionais como transnacionais) do sistema educativo porque são fundadas no conhecimento (e não na verificação da conformidade normativa), tendo em vista garantir a confiança social na Educação e no Ensino e informar os decisores políticos e a opinião pública. “ (Q7) “O controlo visa essencialmente a verificação da conformidade legal, pelo que nas escolas implica sobretudo análise documental e algum esclarecimento adicional, habitualmente fornecido por elemento da direção.” (Q9)

Distinções

“ O traço distintivo é, essencialmente, o objetivo, alguns aspetos metodológicos e o conteúdo/ forma dos documentos devolvidos à escola.”

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(Q1) “ A objetividade da atividade de controlo aliada à sua natureza normativa.” (Q4) “A operacionalização das atividades dos diferentes programas é orientada pela metodologia definida para a própria atividade, criada estrategicamente dentro de um quadro conceptual e com uma orientação para a ação muito específica. Atende às competências legais definidas para a ação da IGEC no contexto a intervencionar, e que podem diferir se se tratar de uma escola da rede pública ou de um estabelecimento do ensino particular e cooperativo, por exemplo. Nesse sentido, a metodologia aprovada superiormente e os instrumentos de trabalho são concebidos pelas equipas de coordenação nacional e de interlocução regionais respeitando a natureza de cada atividade e orientando a intervenção inspetiva de acordo com os objetivos estratégicos e operacionais definidos.” (Q8) “Os roteiros e guiões de atividades suportam a sua operacionalização, sendo os de controlo mais objetivos, quando comparados com os roteiros ou quadros de referência das atividades de acompanhamento e de avaliação.” (Q8)

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Anexo 16- Planificação de um documento auxiliar à atividade do ATE

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Índice

1.Conceito de Autorregulação ................................................................. 2

2.Conceito de Mentoring/Tutoria .........................................................................................2

3.Conceito de Mentor ............................................................................................................3

4.Cursos de Formação .............................................................................. 4

4.1.Metodologia de Formação………………………………………………………...6

5.Tutoria e o Ciclo de Ajuda...................................................................................................6

5.1. Fases do Ciclo de Ajuda ………………………………………………………………………………………..….7

5.2. Tutoria – Processo de Ajuda…………………………………………………………………….................7

5.3. Eficácia dos Processos de Tutoria…………………………………………………………………………..8

5.4. Efeitos Positivos da Tutoria…………………………………………………………………………………….9

6. Auto- Regulação da Aprendizagem…………………………………………………………..……………9

7. Modelo PLEA………………………………………………………………………………………………………..12

8. Promoção do desenvolvimento da auto-regulação da

aprendizagem………………………………………………………………………………………………………14

9. Resultados esperados…………………………………………………………………………………………..17

Referências

Bibliográficas…………………………………………………………………………..18

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Tutorias Autorregulatórias

Refletir sobre as questões da Educação é sempre importante quando se lança algum

projeto, uma vez que as escolas são contextos muito ricos em processos: a escola

segrega, exclui, mas também integra.

O desenrolar do processo de tutoria assenta em dois eixos fundamentais:

1. Na autorregulação sociocognitiva (competências de estudo)

2. Na autorregulação socioafetiva (competências de gestão emocional)

1. Conceito de Autorregulação

-“fator chave para sobreviver e permitir ao sujeito adaptar-se ao meio ambiente, com

êxito e, para que a auto-regulação se efetue, exige do sujeito controlo, mas com uma

regularidade que corresponde, psicologicamente, a um exercício de controlo sobre si

mesmo (Baumeister & Kathleen, 2004, cit in Santos,2012,p.69);

- “processo através do qual os alunos ativam e sustêm comportamentos, cognições e

emoções orientadas sistematicamente para a consecução dos objetivos de aprendizagem

(Rosário et al,2006,p.179).

2. Conceito de Mentoring/ Tutoria

Pode ser entendida como:

- “uma relação entre um par de indivíduos não aparentados, geralmente de diferentes

idades e de desenvolvimento. O tutor é o mais velho, pessoa mais experiente, que

procura desenvolver o carácter e a competência de uma pessoa mais jovem”

(Bronfenbrenner, 1996, cit in Santos,2012,p.18);

- “ um relacionamento de um para um (adulto que cuida de uma criança que necessita de

apoio para alcançar a carreira académica, desenvolvimento social e objectivos pessoais

(…)”(McPartland & Nettles, 1991 cit in Santos,2012,p.18);

- “uma relação de um para um entre um adulto carinhoso e um jovem que poderá

beneficiar da relação” (Santos,2012,p.18);

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- Um processo fundamental de base de relação. Não de relação técnica mas sim assente

nas competências de comunicação e de relação interpessoal de base humanista,

aceitando o aluno porque aquilo que é e não por aquilo que devia ser;

- Um processo e apropriação, em que o tutorando constrói o seu próprio processo;

- Explicações, realização de tpc, jogos, entre outros;

3. Conceito de Mentor

- O uso mais antigo do termo “mentor” surge na Odisseia de Homero (Séc. VIII a.c);

- Alguém com mais experiência que oriente alguém.

- A Teoria da Vinculação assume especial importância, uma vez que permite

compreender se a mentoria em si mesma é um fator de proteção juvenil, isto é “ se ajuda

a prevenir ou a minimizar a ação de fatores de risco ou se age (in) diretamente sobre

outros fatores protetores (e.g.parentalidade), contribuindo para o ajustamento pessoal do

jovem” (Simões & Alarcão ,2011, 343).

- É de salientar que os professores são os profissionais que os alunos vêm todos os dias.

Lógicas associadas:

a) Lógica Preventiva, ancorada num racional teórico, uma vez que é

fundamental “um processo em que alguém ajuda e aprova a

aprendizagem de outrem de uma forma interativa, sistemática e

significativa” ( e.g. Topping,2000);

b) Lógica Promocional, que consiste em pôr o sujeito a fazer coisas, em

contraposição a dar coisas às pessoas;

c) Capacitação da Lógica de Interrogação.

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89

É necessário que o tutor tenha uma visão sistemática de modo a perceber o mundo que

rodeia o aluno. É necessário que tenha igualmente noção que está a lidar com três eixos

ao lidar com crianças tutoradas:

I. Problemática do Abandono;

II. Problemática da Indisciplina;

III. Problemática do Insucesso.

4.Cursos de Formação

Curso Online de Formação Livre (MOOC/Massive Open Online Course) – O MOOC

vive de histórias.

Curso Online de Formação Acreditado (MOODLE) – O MOODLE não tem histórias,

mas sim sessões de trabalho.

Estes cursos têm a função de ampliar o conhecimento dos professores em relação a uma

determinada temática. Assim, a formação tem que ser muito especifica porque os tutores

geram conflitos com os outros, mas fundamentalmente dos conflitos de estatuto/papéis,

uma vez que o professor quando passa a tutor passa a ter o seu estatuto em termos de

grupo social a que pertence, porque está a definir um novo papel.

Ser professor tutor é um papel e uma função demorada, não uma tarefa para se

despachar ou resolver.

Os cursos de formação são dados de forma securizante. Ou seja, as pessoas não têm

uma formação específica, importa é que tenham:

Disposição;

Disponibilidade;

Alguma Audácia (preparado para desafios).

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90

Segundo Rhodes (1994 cit in Santos,2012,p.30), assume-se, como consenso geral,

que algum tipo de orientação continuada deve ser prestado aos tutores, no âmbito

das suas necessidades de formação e programas de supervisão de tutores.

Quer no MOOC que no MOODLE tem-se em vista dar “algum chão como suporte

ás pessoas”. Que suporte?

1. Tutorias Existenciais

Têm em vista a colmatação de lacunas ( conhecer na tutoria alguns aspetos da

vida dos tutorandos que possam ser importantes)

Exemplos – Dificuldades económicas, de relacionamento dos alunos , entre

outras.

2. Tutorias Centradas na capacitação

Têm em vista a capacitação do aluno para que tenha um papel mais ativo na

sua aprendizagem. A ideia de capacitar o aluno para co aprender o seu

percurso e movimentar-se no sentido de querer incitar um conjunto de passos

para resolver o seu problema.

Deste modo são necessárias duas características fundamentais:

- Motivação;

- Skills (Equipar o aluno para assumir uma condução do processo).

Tendo em vista estratégias alternativas de auto-avaliação:

a) Monitorização dos seus passos;

b) Definição de objetivos.

É pretendido que os tutores trabalhem e facilitem o processo de tomada de

decisão dos alunos. Aqui facilitar significa questionar, injectando “esperança

Com isto, “revisões de estudos sobre Tutoria levaram a concluir, de forma

consistente, que métodos mais estruturados, nos quais os tutores recebem

preparação/formação, tendem a obter melhores resultados”

(Cohen, Kulik & Kulik, 1982; Sharpley & Sharpley, 1981; Topping & Ehly,

1998, cit in Santos,2012,p.32).

Page 93: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

91

com propósito” , onde o professor tutor refere ao tutorando que “vou trabalhar

contigo um propósito para a tua vida”.

4.1. Metodologia da Formação

“Convidar os tutores a pensar,pensado”

Pensar sobre o processo;

Pensando-se a si próprio em relação ás competências de auto-regulação (

como está a saúde do seu processo autoregulatório).

“ Não há nada mais prático do que uma boa teoria”

O que pressupõe a existência de um racional de base daquilo que os professores tutores

fazem. Desta forma, os alunos precisam de uma radiografia adequada sobre o seu

percurso e de serem ajudados no sentido de perceberem que

oportunidades/caminhos/desafios têm pela frente, projectando no futuro as

consequência de determinados atos, tendo como palavras-chave reflexão e

compromisso (relação com os professores tutores).

As ferramentas disponibilizadas (do moodle) têm por base pdfs de livros

disponibilizados pela Porto Editora, assim como de vídeos e bandas desenhadas o que

pressupõe um conjunto muito plástico de abordagens, onde os professores tutores são

desafiados a escolher um best of dos livros, uma vez que a auto-regulação vive da

regulação com o contexto, tendo em conta as especificidades de cada aluno.

5. A tutoria e o ciclo de ajuda

Trata-se de uma relação de ajuda que visa o desenvolvimento de comportamentos

adequados às necessidades específicas de cada tutorando. Cada ciclo de ajuda é

constituído por três fases: 1ªFase: Facilitação; 2ª Fase: Transição/Insight; 3ª Fase:

Acão.

As teorias referentes à tutoria têm por base os modelos socio-cognitivos que se

encontram relacionados “com o assumir da competência para que eu possa resolver o

problema.”

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92

5.1.Fases do Ciclo de Ajuda

Quadro 1- Fases do ciclo de ajuda da aprendizagem autorregulatória

Fases do ciclo de ajuda da aprendizagem auto-regulatória

1ª Fase: Facilitação 2ª Fase: Transição/ Insight 3ª Fase: Ação

“Alicerce” do processo de

tutoria;

Competências Necessárias

- Empatia (entendimento);

- Respeito (confiar em);

-Cuidado e afeto demonstrados

em comportamentos verbais e não

verbais;

Objetivo

Estabelecimento de uma base de

relacionamento e auto-exploração

do tutorando. Tal pressupõe que o

tutorando deve resolver

problemas e o tutor deve ajuda a

classificá-los.

“Comprometo-me com…”

Competências Necessárias

- Especificação (Capacidade

de concretizar);

- Autenticação (cap. de ser

genuino,honesto);

- Auto-revelação (cap. de

dizer que já passou por

situações idênticas);

Objetivo

Compreensão aprofundada

do(s) problema(s) e

comprometimento com a

mudança.

Ação/Reação

Competências Necessárias

- Assinalar discrepâncias;

- Centrar-se no hoje e agora (o

que efectivamente tem que ser

feito agora);

Objetivo

Realização de ações

adequadas em direção à

resolução do(s) problema(s)

identificado(s).

É de salientar que os tutorandos devem repetir o ciclo do processo de ajuda tantas vezes

quantas necessárias, para atingirem os seus objetivos, celebrando os pequenos

progressos positivos feitos pelos mesmos.

5.2. Tutoria – Processo de Ajuda

Este processo tem em vista:

- Promover um espaço reflexivo (eu quero ser melhor, e isto faz sentido para mim);

- Escuta ativa VS Escuta Passiva.

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93

Condições dos programas de tutoria:

Inclui uma dimensão de processo, de cuidado de comprometimento com o outro, para

que este se assuma como construtor principal do seu sentido de vida (Azevedo & al,

2007,p.6).

Desta forma, é indispensável que o tutorando tenha capacidade de gerir o tempo e de

optimizar a ajuda recebida pelo tutor, e de transpor os conhecimentos adquiridos,

traduzidos pelo papel ativo que o aluno pode desempenhar na aprendizagem (Veiga

Simão & Al, 2007,p.7), uma vez que a auto-regulação da aprendizagem tem em vista a

aprendizagem regulada pelo próprio aluno.

Segundo Pintrich (2000) “a aprendizagem auto-regulada é um processo activo e

construtivo no qual os alunos estabelecem metas para a sua aprendizagem e em seguida

tentam monitorizar, regular e controlar a sua cognição, motivação e comportamentos,

orientados e limitados pelos seus objectivos e as características do seu contexto”

(Pintrich, 2000, p.453 cit in Santos,2012,p.76).

Segundo o Dr. João Freire, de acordo com o vídeo Tutoria escolar: a relação que (se)

transforma, existem três condições fundamentais que devem ser tidas em consideração:

Respeito pelo Tempo – horário letivo/horário não letivo; sobrecarga do aluno;

Respeito pelo Espaço – dimensões da escola afetam as relações interpessoais;

Respeito pelos Registos – ter memória das atividades; ser mais eficaz na

monitorização das tutorias.

5.3. Eficácia dos processos de tutoria

- A tutoria com impacto nos processos motivacionais (apropriação da tarefa/ relação do

tutorando com a tarefa);

- Necessidade de uma monitorização constante que deverá incluir instrumentos.

De acordo com Santos (2012) segundo uma meta-análise realizada por uma

multiplicidade de autores, os programas que tenham os seguintes elementos, conseguem

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94

atingir melhores resultados: “formação continua; actividades estruturadas; envolvimento

dos pais; expectativas claras sobre a frequência das reuniões (…) dado terem um efeito

significativamente maior do que aqueles programas que não têm estes componentes(…)

pelo que a duração da Tutoria constitui um importante factor no âmbito de programas

multicomponentes” (Santos,2012,p.61). Porém, é de salientar que “poucas pesquisas

têm explorado sistematicamente os tipos de características como moderadores

potenciais do impacto dos programas”(Santos,2012,p.61).

5.4. Efeitos Positivos da Tutoria

- Comportamento = Papel ativo do aluno nos processos de aprendizagem , que se traduz

através de:

“atos como saber utilizar estratégias adequadamente, saber avaliar o que sabe e o que

necessita de aprender, conseguir gerir o seu tempo de estudo (…) resistir às distracções,

saber lidar com a ansiedade ou com outras emoções negativas são exemplos de

competências que o estudante pode pôr ao serviço de uma aprendizagem eficaz” (Veiga

Simão & Al, 2007,p.7).

A tutoria promove assim mudanças, nomeadamente:

- Interpessoais (quando o aluno reflecte sobre si próprio);

- Intrapessoais ( quando o aluno repensa sobre a forma de agir com os outros);

- Quando reflecte sobre as mudanças (resultando na inclusão escolar) .

6. Autorregulação da Aprendizagem

Compreender e depois agir – Ajudar a estabelecer objetivos de curto e longo prazo

e.g.1 - O Daniel pode motivar o Pedro?... O Daniel tem poder para modificar o

comportamento de outrem?

e.g.2 - O que significa estar motivado?

e.g.3 – Importância do discurso organizado : Nós achamos que temos a capacidade de

modificar os outros.

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95

e.g.4 – A cumplicidade de uma tarefa é a motivação : Muitas pessoas do Sistema de

Ensino têm a convicção que possuem a capacidade de mudar os outros…mas não têm.

e.g. 5 – Induzir VS Seduzir/ Entusiasmar/ Ânimo

A investigação tem revelado de forma consistente que os alunos auto-reguladores da sua

aprendizagem, obtêm melhores resultados académicos (Nuñez et Al,2015).

Tomando como referência um dos principais modelos de auto-regulação da

aprendizagem, o Modelo das fases cíclicas da aprendizagem auto-regulada

empregue por Zimmerman (2002). Este modelo, comporta três fases: 1)Fase Prévia; 2)

Fase de Realização ou Controlo Volitivo; 3) Fase de Auto-reflexão.

1. Fase Prévia: “Alicerce” do processo autoregulatório contemplado ; Processos

Relacionados com a tarefa e crenças que influenciam. Esta fase é entendida

como um “pensamento em tempo futuro” (Veiga Simão,2007 cit in

Pereira,2012,p.19)

Estabelecimento de um plano:

Quando? Calendarização ( inicio, data de entrega)

Onde?

Como?

Como quem?

Quadro 2 – Dimensões da autorregulação académica

(Fonte: Torre, 2006; Zimmerman, 1994 cit in Santos, 2012, p.87)

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96

2. Fase de Realização ou Controlo Volitivo: Esta segunda fase da auto-regulação

da aprendizagem refere-se aos processos que ocorrem durante a realização das

tarefas englobando – a) autocontrolo e b) auto monitorização.

a) Auto instruções (e.g. verbalização de cada passo na resolução de um

problema)

Imagens mentais (e.g. visualização mental / um esquema de uma

dada matéria);

Focalização da atenção;

Implementação de estratégias.

b) Registos Pessoais (e.g. tempo dedicado a determinada tarefa; assinalara

finalização de uma etapa)

Comparação da performance actual com os critérios de referência (

e.g. objetivos);

Ajustamentos quanto às estratégias, recursos, entre outros (e.g. os

alunos precisam de experimentar/perceber as consequências das

suas ações).

O tutorando é assim construtor do seu processo de aprendizagem (construtivismo). O

ambiente onde este se encontra, influencia mas não determina.

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97

3. Fase de Auto-Reflexão: A última fase é composta pelo autojulgamento,

relacionado com atribuições causais e com os processos de:

Auto-avaliação – Os alunos/tutorandos comparam o seu desempenho

actual com o seu desempenho anterior ou com o desempenho de

outros colegas;

Atribuições de Casualidade – Os alunos/tutorandos atribuem um

significado aos resultados obtidos (sucessos e fracassos).

Finalização da Tutoria - Traduzida através da satisfação pessoal do

aluno e pelas respostas adaptativas/defensivas que este apresenta:

colocação de perguntas abertas (Reações satisfação/insatisfação;

Reações adaptativas/defensivas).

Deste modo, “a fase prévia da auto-regulação prepara o aluno para a fase de controlo

volitivo; esta, por sua vez, afeta os processos utilizados na fase de auto-reflexão, que

interagem com a fase prévia seguinte, aumentando a qualidade das aprendizagens”

(Santos,2012,p.92).

7. Modelo PLEA

Tendo em vista o modelo sociocognitivo proposto por Zimmerman (2000; 2002),

Rosário (2004) propõe o modelo cíclico PLEA (Planificação, Execução e Avaliação de

tarefas), assente numa dinâmica mais processual.

Segundo Rosário (2004), a auto-regulação focaliza-se numa aprendizagem onde os

alunos estão habilitados para auto-regular distintas dimensões da aprendizagem:

“motivação para aprender; métodos e estratégias que utilizam; resultados de

aprendizagem que ambicionam e os recursos sociais e ambientais que os circundam.

Por conseguinte, os alicerces do processo auto-regulatório são a escolha e o controlo”

(Santos,2012,p.95), empregando o Modelo PLEA.

O Modelo PLEA apresenta três fases distintas: (i) Planificação; (ii) Execução; (iii).

Avaliação.

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(i) Fase de Planificação – “ocorre quando os alunos observam a

especificidade da tarefa de aprendizagem com a qual são

confrontados” (Santos,2012,p.96). Permitindo ao aluno compreender

quais os recursos pessoais e ambientais necessários envolver, para

atingir os objetivos que se propõe alcançar face à tarefa

(Pereira,2012,p.21);

(ii) Fase de Execução – “ tarefa diz respeito à implementação das

estratégias para atingir as metas planeadas” (Santos,2012,p.96), com a

intenção de alcançar o resultado esperado (Pereira,2012,p.22);

(iii) Fase de Avaliação – “acontece quando o aluno faz uma analogia entre

o resultado da sua aprendizagem e os objectivos entretanto traçados”

(Santos,2012,p.97). A importância desta fase “centra-se no facto de,

perante a constatação de discrepância no atingir da meta proposta,

serem adaptadas estratégias que possam promover a obtenção do

objetivo delineado (Rosário, Mourão, Núñez, González-Pienda &

Solano, 2008 cit in Pereira,2012,p.22).

Figura 1 – Modelo PLEA da aprendizagem Auto-regulatória

(Fonte : Rosário 2004 cit in Santos,2012,p.96)

Page 101: Anexos Paula Ribeiro - repositorio.ul.pt

99

O que permite reforçar:

-“ a coerência processual autorregulatória do modelo. Este duplo elo cíclico sublinha a

natureza processual deste modelo de aprendizagem autorregulada. Desta forma, a dupla

lógica cíclica deste modelo possibilita que cada uma das fases do processo e

correspondentes tarefas seja analisada em conformidade com a sua qualidade interativa

(Rosário, 2004a; Rosário et. al., 2007,2008, 2010 cit in Santos,2012,p.96).

8. Promoção do desenvolvimento da auto-regulação da aprendizagem

Instrução Direta Modelação Prática Regulada (guiada) PráticaIndependente

Tal pressupõe:

o Observação;

o Imitação;

o Autocontrolo;

o Auto-regulação.

Na Auto-regulação é fundamental a escolha e o controlo.

School Engagement (primo da auto-regulação) trabalhado para alunos com dificuldades

e com elevado abandono escolar.

Para que sejam reunidas as condições necessárias à promoção do desenvolvimento da

aprendizagem é igualmente indispensável que haja um envolvimento escolar. O

envolvimento escolar por sua vez, visa a participação ativa em projetos/ actividades

escolares ou relacionadas com a escola. De acordo com a literatura revista por Veiga et

al (2012) o envolvimento dos alunos na escola apresenta-se,” como uma resposta eficaz

para os problemas que afetam as escolas e os seus alunos, como um aspeto a ter em

conta na prevenção de padrões de comportamento problemático em contexto escolar”

(Veiga et al ,2012,p.31).

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100

Segundo o Modelo proposto por Fredricks e colaboradores (2004) “a vivência de

ligação centrípeta do aluno à escola” (Veiga et al ,2012,p.32) é definida através de três

dimensões especificas: 1) Cognitiva; 2) Comportamental; e 3) Emocional. O que

presume que o envolvimento escolar caracteriza alunos que chegam à escola com

vontade e que aprendam a questionar o seu meio envolvente (e.g. compreender em que

cultura…).

1) Dimensão Cognitiva: É aquela que prevê o investimento dos alunos no

processo e aprendizagem através do esforço aplicado, assim como as

estratégias que usa em função do seu sucesso académico. Esta dimensão “e

operacionaliza-se nas perceções e crenças acerca de si mesmo, da escola e dos

colegas, incluindo, ainda, crenças de auto-eficácia, motivações e aspirações

académicas (Jimerson et al., 2003 cit in Viega et al,p.32);

2) Dimensão Comportamental: É aquela que prevê a participação e o

envolvimento dos alunos nas atividades escolares, traduzida pela “ ausência de

comportamentos disruptivos, e a aceitação e o respeito das regras da escola”

(Fredricks et al., 2004, cit in Veiga et al,2012,p.33);

3) Dimensão Emocional: É aquela que prevê sentimentos de pertença no âmbito

do contexto escolar (sem o sentimento de pertença o envolvimento escolar é

baixo). Ou seja, “à ligação do estudante à escola (…) à extensão em que ele se

sente parte da mesma, próximo de colegas, e feliz; e, também, ao sentimento

de pertença e de vinculação à escola” (Johnson, Crosnoe, & Elder, 2001 cit in

Veiga et al 2012,p.32).

Exemplos:

Quadro 2 – Exemplos de dimensões do envolvimento escolar

Dimensões do envolvimento escolar - exemplos

Dimensão Cognitiva Dimensão Comportamental Dimensão Emocional

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- Construção de Horários de estudo;

- Elaboração de resumos para

orientação do estudo;

- Questionar os resultados e o

processo que utiliza para estudar.

- Assiduidade e pontualidade nas

aulas;

-Respeito pelas regras da escola e

de sala de aula;

- Participação ativa em atividades

escolares (clube de xadrez, festas

de natal, entre outros).

- Sentimentos positivos em

relação à escola e às tarefas

escolares (prazer,orgulho);

- Sentimento de pertença (ter um

grupo de amigos);

- Sentimentos de suporte provido

pelos professores.

Contudo, segundo Veiga et al (2012), existe ainda uma outra dimensão especifica a ter

em conta : a dimensão agenciativa, na qual entende o aluno “como agente da acção”

(Veiga et al,2012,p.32).

É de ressaltar que a fatores como a “atribuição das causas do fracasso ou do sucesso, o

conhecimento dos objetivos da aprendizagem ou o valor da tarefa” (Veiga et

al,2012,p.40) representam importantes contributos para explicar a variância do

envolvimento dos alunos na escola.

9.Resultados Esperados

De acordo com o vídeo Apoio Tutorial Específico – Direção-Geral da Educação - Dr.

João Ribeiro com Doutor Pedro Rosário, os resultados esperados mais especificamente

em relação aos cursos de formação, é esperado que os cursos funcionem, ou seja, que os

cursos sejam eficazes para aquilo que foram desenhados.

Serão pedidos aos professores um “pacote” de instrumentos de avaliação de modo a

conseguir perceber o impato que a formação teve. Impato este que pode ser medido

durante os cursos, e para a vida (prática) onde será proposto no final investigações

concretas que irão ter inicio quando acabarem os cursos, avançando para um projeto de

investigação de acordo com um protocolo, de forma a que a eficácia dos cursos seja

comparável.

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102

A monotorização é o que nos permite perceber em que ponto estamos, assim como o

que é preciso melhorar ou reforçar, apurando que mudanças foram eficazes ou

ineficazes, sustentáveis ou não.

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103

Referências bibliográficas

Santos,L.(2012). Tutoria centrada na promoção dos processos da Auto-Regulação em

alunos do 3.ºciclo do Ensino Básico. Tese de Doutoramento. Universidade do Minho:

Instituto de Educação.

Veiga Simão,A. et al.(2007). Auto-Regulação da Aprendizagem, das conceções às

práticas. Educa,p.7-15.

Simões,F. & Alarcão,M.(2011). A eficácia da mentoria escolar na promoção do

desenvolvimento socioemocional e instrumental de jovens. Educação e Pesquisa, São

Paulo,V.37,nº2,p.339-354.

Pereira,H.(2012). Abordagens à Aprendizagem e Auto- Regulação da Aprendizagem na

“história “de alunos de 9ºano de escolaridade. Mestrado Integrado em Psicologia.

Lisboa: Faculdade de Psicologia.

Veiga,F.(2012). Envolvimento dos Alunos na Escola: Conceito e Relação com o

Desempenho Académico — Sua Importância na Formação de Professores. Revista

Portuguesa de Pedagogia, p.31-47.

Sites Consultados

Apoio Tutorial Específico – Direção-Geral da Educação - Dr. João Ribeiro com Doutor

Pedro Rosário.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jz-MYfxVEZA

Tutoria escolar: a relação que (se) transforma

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HmYcyzQK_rY

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Anexo 17 – Cronograma das Atividades1

1 Atividades realizadas no âmbito da Equipa Multidisciplinar da Educação Pré-Escolar e Ensinos Básico e Secundário (EMEE) –

Atividades realizadas no âmbito das Atividades Internacionais - ; Outras Atividades -

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Anexo 18– Notas de Campo

28 de Junho – Reunião de Formalização do Estágio

O primeiro contato com a IGEC efetivou-se através de uma reunião de

formalização e apresentação pelas 11h até sensivelmente às 12:30h , onde me reuni com

a Dra. L chefe de equipa EMEE, e com o Dr. H responsável pela atividade referente aos

projetos internacionais cofinanciados pela EU, que me esperavam junto ao elevador.

Seguimos para a sala de reuniões que se situa no 5º piso, onde me apresentei,

explicando os motivos de escolha da IGEC, enquanto instituição eleita para realizar o

meu estágio curricular. Posteriormente a Dra. L. pediu-me para falar um pouco sobre o

meu percurso profissional e acadêmico, onde seguidamente pedi igualmente a ambos

para falarem um pouco sobre si, de forma a puder conhece-los melhor e perceber todo o

seu percurso tanto antes e depois de integrarem a IGEC.

Posto isto, elencaram alguns das principais atividades decorrentes do plano de

atividades da IGEC, tentando perceber em que área de intervenção gostaria que o meu

estudo se inserisse, pretendendo enquadrarem-me de um modo sucinto na ação desta

instituição. Uma vez que já tinha procedido à caraterização da instituição no âmbito da

disciplina de Seminário de Investigação e Projeto do mestrado, assim como à

planificação sobre o possível estudo integrante para o meu futuro relatório de estágio,

disse logo que poderia enviar tais documentos para que pudessem posteriormente dar-

me sugestões de melhoria. Trocando assim emails e contatos telefónicos entre nós.

Estipulamos igualmente a data que o meu estágio teria início, assim como o

horário de trabalho, que ficou definido a começar dia 18 de Setembro das segundas-

feiras às quintas-feiras das 10h00 às 13h00.

De seguida fui apresentada a todo o pessoal integrante da Equipa

Multidisciplinar da Educação Pré-escolar e dos Ensinos Básico e Secundário (EMEE),

onde me encaminharam para a sala de trabalho que iria posteriormente ocupar durante o

estágio.

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18 de Setembro – Visita ás instalações

Pelas 10h00 cheguei à IGEC, iniciando oficialmente o meu primeiro dia de

estágio.

Visto que tinha enviado a minha caraterização anteriormente feita à IGEC, assim

como o estudo integrante do relatório de estágio, à Dra. L e ao Dr. H o inicio da manhã

foi reservado à discussão desses documentos, onde me foram feitas sugestões muito

pertinentes.

Seguidamente, tentaram apurar se o tema da redefinição do perfil profissional do

inspetor de educação, era de fato o caminho a seguir, pelo que o Dr. H sugeriu que após

uma semana de permanência na IGEC e depois de já conhecer melhor as práticas e

funções desta instituição, que fizesse um balanço e que decidisse se realmente era esse o

tema que pretendia que o meu estudo seguisse.

Foi igualmente um dia de reconhecimento pelas instalações, visto que só tinha

ainda estado no 5º piso. Andamos assim de piso em piso, de gabinete em gabinete.

Prosseguimos para aquele que passaria a ser o meu gabinete de trabalho, onde

conjuntamente com a Dra. L e o Dr. H planificámos a semana de trabalho. Esta semana

foi reservada a duas formações internas e a duas reuniões de rotina da IGEC.. É de

ressalvar que á exceção da formação de dia 22 de Setembro, todas as outras acabaram

por volta das 17h30. Contudo, e tendo em conta o meu horário de estágio, apenas assisti

às formações ou reuniões de rotina da parte da manhã, tirando a formação de dia 19 de

Setembro em estive presente o dia todo, nomeadamente:

19 de Setembro – 10h30 às 17h30

A didática do Ensino do Inglês no 1º e 2º CEB – Training School Inspectors;

20 de Setembro – 9h30 às 12h30

Programa de Acompanhamento: A didática do Ensino do Inglês no 1º e 2º CEB;

21 de Setembro – 10h30 ás 13h00

Programa Controlo : Organização do Ano Letivo 2017/2018;

22 de Setembro – 9h30 ás 13h00

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Programa Controlo : Organização do Ano Letivo 2017/2018 (Continuação).

02 de Outubro– Pesquisa Documental : Apoio Tutorial Especifico (ATE)

Cheguei à IGEC pelas 10h00. A manhã foi dedicada ao trabalho autónomo

referente ao meu tema de estudo a realizar. Posto isto, iniciei a minha pesquisa

documental acerca do Apoio Tutorial Especifico (ATE). Iniciando a minha leitura sobre

o perfil dos alunos à saída da escola. Onde posteriormente, explorei o portal da DGE.

Posteriormente, a Dra. L facultou-me algum suporte documental acerca do tema.

15 de Dezembro – Reunião de Balanço

A manhã de hoje destinou-se a uma reunião sobre o balanço geral do estágio com

a Dra. L e o Dr. H, pelo que tomei a liberdade de imprimir as partes mais relevantes do

trabalho que tenho vindo a realizar relativamente à atividade do ATE, que incluía:

problemática, metodologia e eixos de análise. Posteriormente, enviar-lhes-ei o trabalho

na sua totalidade por email.

Imprimi igualmente duas cópias da versão provisória do questionário que pretendo

posteriormente aplicar a um universo de inspetores da IGEC, referente ao apuramento

da identidade da organização. Imprimi também o Regulamento do procedimento de

inspeção da IGEC (Regulamento n.º189/2013), uma vez que a Dra. L ficou de debater

comigo acerca da diferença entre ação inspetiva e intervenção inspetiva, assim como da

diferença entre ação inspetiva ordinária e extraordinária, que é referida no presente

regulamento.

Na presente reunião, os inspetores delinearam conjuntamente comigo, sobre

algumas das atividades que no terreno poderia vir a participar, nomeadamente: a

atividade de acompanhamento da Ação Educativa, atividade de acompanhamento do

ATE e a atividade de avaliação ao CFAE.

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04 de Janeiro - Prova de mestrado da colega que estagiou na IGEC

Fui assistir à prova de uma colega que estagiou na IGEC no ano letivo passado,

pelas 11h00, contando com a presença de três elementos do Júri. Tal permitiu-me

perceber melhor o que era esperado do relatório de estágio, assim como da estrutura da

apresentação.

11 de Janeiro a 16 de Janeiro – Planificação de uma Brochura Informativa : ATE

Procedi ao cruzamento de informação referente à atividade de Acompanhamento

do Apoio Tutorial Especifico (ATE), recorrendo numa primeira instância à informação

retirada por parte da Dra. L de uma formação a que assistiu em Dezembro tendo em

vista as Tutorias autorregulatórias, levada a cabo pelo coordenador responsável pela

atividade do ATE. Mediante essas informações, a minha tarefa consistiu em passar e

organizar os mesmos para documento word e possível articula-los uma tese muitíssimo

pertinente: “Tutoria centrada na promoção dos processos de Autorregulação em alunos

do 3.º Ciclo do Ensino Básico” (Santos,2012), e que faz parte do suporte de pesquisa

documental do meu projeto de investigação, entre outros, assim como a vídeos

referentes à atividade do ATE, nomeadamente:

Apoio Tutorial Específico – Direção-Geral da Educação - Dr. João Ribeiro com

Doutor Pedro Rosário

https://www.youtube.com/watch?v=jz-MYfxVEZA

Tutoria escolar: a relação que (se) transforma

https://www.youtube.com/watch?v=HmYcyzQK_rY

Posteriormente quando finalizar o documento, a Dra L. irá enviá-lo ao

coordenador da atividade, para que este possa acrescentar outras informações

pertinentes e que no futuro esta brochura/ documento auxiliador seja utilizado pelos

inspetores.

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18 de Maio – Reunião com a Dra. R

Uma vez que iria acompanhar em terreno uma equipa inspetiva enquanto estatuto de

observadora, na atividade de Acompanhamento da Ação Educativa (AEE), reuni-me

atempadamente com a Dra. R, inspetora e elemento dessa mesma equipa que eu iria

acompanhar. Falámos sobre a atividade em si, esclareci algumas dúvidas e foi-me

transmitido aquilo que era pretendido com a 2ª Intervenção da atividade.

Posteriormente, houve uma partilha de materiais por parte da Dra. R, que me

facultou o roteiro da atividade de acompanhamento da Ação Educativa referente à

escola que iria ser intervencionada.