Índice de anexos - repositório da universidade de lisboa...
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Índice de Anexos (Formato Digital)
Anexo 1. Guião de entrevista aos elementos do AE A
Anexo 2. Guião de entrevista ao Avaliador Externo
Anexo 3. Transcrição da Entrevista à Anterior Coordenadora da EA
Anexo 4. Transcrição da Entrevista à Coordenadora da EA
Anexo 5. Transcrição da Entrevista à Diretora do AE A
Anexo 6. Transcrição da Entrevista ao Avaliador Externo
Anexo 7. Análise de conteúdo da Entrevista à Anterior Coordenadora da EA
Anexo 8. Análise de conteúdo da Entrevista à Coordenadora da EA
Anexo 9. Análise de conteúdo da Entrevista à Diretora do AE A
Anexo 10. Análise de conteúdo da Entrevista ao Avaliador Externo
Anexo 11. Grelhas de Observação da Avaliação Externa do AE A
Anexo 12. Diários de Campo
Anexo 13. Conferência Internacional “Multilinguismo, Competitividade e Mercados de Trabalho”
Anexo 14. Análise do Estudo sobre a relação entre as Inspeções europeias e a ação disciplinar
Anexo 15. Estudo sobre a relação entre as Inspeções europeias e a ação disciplinar (Resposta de Portugal)
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Guião de entrevista – Elementos da EA
Blocos Temáticos Categorias Indicadores Questões
A. Legitimação
da Entrevista
Informar o entrevistado sobre o tema e os objetivos da entrevista;
Agradecimentos, apresentação e breve explicitação sobre os objetivos gerais;
Garantir a
confidencialidade da informação conseguida;
Realçar a questão da confidencialidade da informação recolhida e o respeito pelo anonimato do entrevistado;
Permissão para
gravar a entrevista
Podemos gravar a entrevista?
B. Autoavaliação no AE
Perceções Utilidade, natureza e teor da prática
Na sua opinião, porque é importante a autoavaliação numa escola?
Podemos falar na existência de uma política de autoavaliação neste agrupamento? Se sim, porquê?
Metodologia aplicada
Qual a metodologia de autoavaliação utilizada? E que razões presidiram a esta escolha?
Impacto na vida do AE
Qual o impacto da autoavaliação no planeamento,
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
organização e práticas profissionais do AE?
Aplicabilidade do modelo
Em que medida a autoavaliação poderá ser considerada um instrumento de gestão?
Que reflexão faz do percurso de autoavaliação do seu agrupamento?
Quais as razões que levaram ao início de um novo ciclo de autoavaliação?
C. Equipa de autoavaliação
Constituição Representatividade
Como foi formada a equipa?
Quem a compõe?
Critérios que subjazem à criação e reformulação da equipa
Percebi que procederam à reformulação (quase total) da equipa de autoavaliação. Podia falar-nos das razões que levaram a esta decisão?
Funcionamento
Planificação do trabalho
Como procedem à planificação da autoavaliação?
De que modo garantem a continuidade da
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
autoavaliação?
A sistematicidade da recolha de dados é uma preocupação vossa? Porquê?
Desenvolvimento da autoavaliação
A recolha de informação obedece a que critérios? Quem são as fontes dos dados?
Como é que a equipa desenvolve o seu trabalho?
Quais as principais preocupações que subjazem ao processo de autoavaliação?
D. Relatório de autoavaliação
Desenvolvimento do processo
Elaboração Como é elaborado o relatório de autoavaliação?
Como são determinadas e priorizadas as ações de melhoria que constituem o plano?
Essas ações são monitorizadas e avaliadas continuamente? De que forma?
Divulgação Como é feita a divulgação dos resultados?
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
E. Avaliação Externa do AE
Presença da avaliação externa no Agrupamento
Preparação Como se prepara o Agrupamento para a avaliação externa?
Impacto Qual o impacto da avaliação externa na avaliação interna do Agrupamento?
Efeitos De que modo a avaliação externa interfere na vida do Agrupamento?
F. Finalização da Entrevista
Considerações Finais
Perguntar se quer acrescentar algo ou responder a algum assunto que não tenha sido abordado
Deseja acrescentar mais algum aspeto que não tenha sido contemplado na entrevista?
Agradecer disponibilidade, para a realização da entrevista
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Guião de entrevista – Avaliador Externo
Blocos Temáticos Categorias Indicadores Questões
A. Legitimação
da Entrevista
Informar o entrevistado sobre o tema e os objetivos da entrevista.
Agradecimentos e breve explicitação sobre os objetivos gerais.
Garantir a
confidencialidade da informação conseguida;
Realçar a questão da confidencialidade da informação recolhida e o respeito pelo anonimato do entrevistado;
Permissão para
gravar a entrevista
Podemos gravar a entrevista?
B. Práticas de Autoavaliação
Perceções Utilidade, natureza e teor da prática
Qual a importância que tem para si a autoavaliação de escola?
O que mais valoriza relativamente à política de autoavaliação nos AE?
Na sua opinião, quais deverão ser as principais preocupações das Escolas relativamente ao processo de autoavaliação?
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
O que é para si um processo de autoavaliação bem conseguido?
Metodologias/modelos
Existem preferências quanto às metodologias/modelos de autoavaliação utilizados pelas escolas? Se sim, porquê?
Quais as maiores diferenças entre escolas no que respeita aos processos de autoavaliação?
Constituição das equipas
Qual o grau de importância que o processo de constituição das equipas de autoavaliação tem para a IGEC?
C. Avaliação Externa dos AE
Presença da avaliação externa nos AE
Trabalho desenvolvido pelos avaliadores
Enquanto avaliador externo, como faz a mediação entre a avaliação interna e a avaliação externa de cada escola?
Como avalia os efeitos da autoavaliação nos AE?
Qual a importância do relatório de autoavaliação no quadro da
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
avaliação externa?
O modo como os AE procedem à elaboração do relatório final de autoavaliação é tido em conta na avaliação externa? De que forma?
A disseminação dos resultados da autoavaliação pelas Escolas/AE é apreciada pela equipa de avaliação externa? De que modo?
Impacto da avaliação externa nos AE
O que acontece na vida interna das escolas após a avaliação externa?
D. Finalização da Entrevista
Considerações Finais
Perguntar se quer acrescentar algo ou responder a algum assunto que não tenha sido abordado
Deseja acrescentar mais algum aspeto que não tenha sido contemplado na entrevista?
Agradecer disponibilidade, para a realização da entrevista
Transcrição Entrevista 1 – Anterior Coordenadora da EA do AE A
Data: 28 de Setembro de 2015
Local: Escola Sede do Agrupamento
Duração da Entrevista: 26 minutos e 26 segundos
Antes de mais, queria agradecer pela sua participação, esta entrevista é no âmbito do
relatório de estágio do Mestrado em Ciências da Educação especialização em Administração
Educacional. Esta entrevista é confidencial e exclusivamente usada para o projeto. Importa-
se que grave a entrevista?
Entrevistada - Não, pode ser gravada. Ótimo…
Na sua opinião, porque é importante a autoavaliação numa escola?
Entrevistada – A autoavaliação é um processo eu acho muito importante porque pelo menos
conseguimos fazer uma reflexão sobre o que é que pode ser melhorado o que é não está bem,
sobre aquilo que andamos a fazer, o que é que pretendemos portanto é muito mais fácil se
nos autoavaliarmos ter essa perceção... acho importante.
Podemos falar na existência de uma política de autoavaliação neste agrupamento? Se
sim, porquê?
Entrevistada – Sim… Eu acho que sim. Já há alguns anos que iniciámos o processo temos
sistematicamente feito avaliações… avaliamos num ano é feito o relatório depois aplicamos
o processo de melhoria as ações de melhoria e não é fácil de implementar, depende da escola,
mas não é fácil mas acho que estamos a conseguir mentalizar as pessoas para a importância
disto que é o mais importante.
Qual a metodologia de autoavaliação utilizada? E que razões presidiram a esta escolha?
Entrevistada – Nós estamos a utilizar o método CAF.
E que razões presidiram a esta escolha?
Entrevistada – Teve que ver com a formação que nós tivemos. O processo já tinha iniciado
há muitos anos mas depois houve ali umas interrupções e entretanto quando eu comecei a
fazer parte da equipa, começámos autonomamente e sem formação a experimentar e a tentar
perceber como era e procurámos nós informação e demos início. Mas sempre sentimos a
necessidade de ter formação, no ano seguinte conseguimos uma empresa com a iniciação no
método CAF começámos a utilizar e achámos que encaixava bem que nos facilitava a
sistematização do processo. Agora também está com a outra equipa, também já conversámos,
e percebemos que é possível sempre fazer as adaptações ao método e continuamos.
Qual o impacto da autoavaliação no planeamento, organização e práticas profissionais
do AE?
Entrevistada – É assim.. esse impacto está a ser sentido aos poucos, mas eu acho que já se
começa a perceber porque as orientações já são mais objetivas mais direcionadas e as pessoas
começam, embora algumas se calhar ainda não têm bem consciência de porque é que se está
a seguir aquele caminho.. isso começa-se a refletir porque as pessoas estão a seguir
orientações muito especificas que vêm das áreas de melhoria que se implementam e isso leva
que se esteja a trabalhar no sentido de resolver algumas questões e problemas que o
Agrupamento tinha e precisam de ser melhorados.
Em que medida a autoavaliação poderá ser considerada um instrumento de gestão?
Entrevistada – Porque a autoavaliação vai dar as orientações e as diretrizes necessárias à
Direção e aos órgãos intermédios de qual o caminho a seguir do que se tem que fazer.
Que reflexão faz do percurso de autoavaliação do seu agrupamento?
Entrevistada – É um bocadinho o que já tinha dito, não tem sido um percurso fácil porque
primeiro o impacto quando se fala de autoavaliação a maioria dos colegas fica... “para que é
que serve?”. Depois começam a duvidar e a pensar mas vai ser para nos controlar, vai ser
para nos pôr a fazer alguma coisa, há sempre ali uma desconfiança e alguns receios
relativamente a este assunto. Depois também acho que se calhar vão ter mais trabalho por
causa disso e de maneira que é difícil que encaixem bem o que é que é a autoavaliação tem
que ser com um trabalho continuado só assim é que se consegue. Neste momento acho que,
uma parte das pessoas já aceitaram e já perceberam que isto é importante mas ainda assim
algumas coisas ainda lhes passam um bocadinho ao lado tem que ser com muita informação
e muita persistência. Acho que dentro daquilo que me apercebo, o balanço que eu faço tem
sido com muito esforço por parte das equipas para conseguir chegar às pessoas, a
sistematização tem sido importante, portanto a continuidade desse trabalho, as pessoas aos
poucos estão a assimilar.
Quais as razões que levaram ao início de um novo ciclo de autoavaliação?
Entrevistada – Porque a autoavaliação é mesmo assim tem que ser cíclica… a avaliar
continuamente. Portanto, nós fazemos um relatório de um ano chegamos a determinadas
conclusões, temos que melhorar… propomos as ações de melhoria, implementamos essas
ações e depois temos que avaliar se essas ações produziram o efeito esperado ou não. A
avaliação é continua é sempre cíclica.
Como foi formada a equipa? A nova equipa...
Entrevistada – Foi por convite da Direção.
Quem a compõe?
Entrevistada – A nova equipa... Então são sempre os professores, pelo menos da minha
equipa existia a presença de dois funcionários, da secretaria e outro dos não operacionais, um
encarregado de educação e acho que é só... um elemento da Direção que não está para
trabalhar diretamente mas que colabora em algumas reuniões quando necessário, nós
chegámos até ter um elemento da Assembleia, para muitas vezes dar opinião.
Percebi que procederam à reformulação (quase total) da equipa de autoavaliação.
Entrevistada – Ah esqueci-me de uma coisa.. em relação aos professores são sempre
professores de 1º ciclo, da Pré, dos diferentes ciclos, abrange todos os ciclos. Sim, foi feita
uma reformulação quase total da equipa.
Podia falar-nos das razões que levaram a esta decisão?
Entrevistada – As razões não foram, tem que ver às vezes com questões de horário, com a
parte da Direção e com quem está disponível no momento. Na altura, eu estava a coordenar
a equipa mas a Diretora precisava de alguém para coordenar as bibliotecas para fazer aqui
uma reformulação e pediu-me para isso, só que eu para fazer isso não conseguia fazer as duas
coisas ao mesmo tempo era difícil de conciliar. De maneira que, a professora teve que arranjar
outra pessoa para a coordenação. Depois os outros professores penso que também tem que
ver com questões de horário, quem é que tem horas para isso.
Como procedem à planificação da autoavaliação?
Entrevistada – A planificação da autoavaliação como assim? Como é que é organizado o
processo? Então, são sempre escritos os indicadores, ou seja são feitos questionários à
população, são escritos os indicadores mais importantes para avaliar, isso tem que ver
essencialmente com o conhecimento que a equipa tem da escola ou do agrupamento, e depois
são reunidos os dados dos questionários, é preenchida uma grelha pela equipa onde vão
colocar algumas coisas que observam que conhecem sempre com base em evidências. Depois
de termos os dados todos, vamos ver o que é preciso melhorar, o que está bem, as coisas são
pontuadas como está previsto no método CAF o que é visto como mais importante e o que
não é através de vários critérios muito objetivos e específicos onde chegamos depois à parte
do que é mais importante para o agrupamento, o que é que tem mais relevância alterar.
Pronto, isto assim explicado parece assim muito objetivo mas não é…
De que modo garantem a continuidade da autoavaliação?
Entrevistada – Há reuniões de equipa... e essa equipa acompanha sempre o processo.
A sistematicidade da recolha de dados é uma preocupação vossa? Porquê?
Entrevistada – Isto deve-se ao programa CAF... e é assim há dados que são recolhidos numa
altura e depois poderão não ser necessários num outro ano. Mas há dados que se alteram
porque o agrupamento em dois anos, agora se calhar já não tanto, porque a população… os
alunos mudam, os professores mudam, a população muda, há coisas que mudam e que são
importantes também recolher novamente. Há outras coisas que se mantém, mas também
depois cabe à equipa depois saber o que é que é importante inquirir, pesquisar de novo, o que
pode ter mudado ou não, e o que se mantém que não é preciso estar a recolher novamente.
A recolha de informação obedece a que critérios? Quem são as fontes dos dados?
Entrevistada – São as pessoas… alunos, professores, encarregados de educação,
funcionários... depois são os documentos, podem ser atas mediante aquilo que a equipa está
a avaliar ou a observar, pode ter até a observação.
Quais as principais preocupações que subjazem ao processo de autoavaliação?
Entrevistada – As principais preocupações? Então... Se calhar os resultados, queremos
sempre estar no topo, porque infelizmente ou felizmente estamos muito virados para os
resultados, o processo de ensino aprendizagem acho que esses são os principais.
Como é elaborado o relatório de autoavaliação?
Entrevistada – O relatório tem, já tem uma estrutura que foi feita, é sempre feito com base
nos dados e na análise desses dados. Portanto, os dados são muito objetivos, fazem parte do
relatório os gráficos, todos esses resultados depois são analisados e retiradas conclusões e
sempre com base em dados e tudo o que é lá posto tentamos objetivar o mais possível. Não
pode ser feita uma análise empírica ou da opinião das pessoas, nós podemos ter uma suspeita
de alguma coisa que está a trabalhar muito bem ou que está a funcionar muito mal mas depois
temos que ir comprovar que aquilo realmente é assim e depois as conclusões que retiramos
o relatório provém daí. A estrutura do relatório foi definida pela equipa? Foi definida
pelo modelo CAF? O relatório já está definido pelo modelo CAF, claro que pode ter
pequenas alterações mas é isso.
Como são determinadas e priorizadas as ações de melhoria que constituem o plano?
Entrevistada – Era isso que estava a dizer à pouco, temos uma tabela que pontuamos
portanto nós chegamos podemos ter sei lá trinta, quarenta, cinquenta coisas que achamos que
não estão muito bem ou não ou dez, ou vinte.. mas pronto podemos ter várias. Óbvio que é
impossível conseguirmos melhorar essas ações todas, temos que selecionar aquilo que
realmente é interessante, que vai ter impacto na comunidade porque há pequenas coisas que
se calhar nem vale a pena fazer uma ação de melhoria, que com pequenas coisas se resolvem.
Há outras coisas que são absolutamente irrelevantes para aquilo que nós queremos, para
melhorar os resultados, para o ensino aprendizagem, pronto para os grandes objetivos que
existem no projeto educativo, no plano da Direção.. agora não me recordo. Pronto, há coisas
que são irrelevantes, essas coisas se calhar não vamos pegar logo por aí. Portanto, existe uma
tabela com pontos que dá os vários critérios, pomos lá todas as melhorias encontradas, e
depois isso vai-se pontuado e depois aquelas duas ou três mais pontuadas são essas que vão
ser aplicadas.
Essas ações são monitorizadas e avaliadas continuamente? De que forma?
Entrevistada – Nós, quando eu coordenava a equipa, nós arranjamos um grupo para cada
uma das ações para garantir que a ação é aplicada, depois alguém da equipa de autoavaliação
vai supervisionar ou vai dar apoio a essa equipa. Primeiro, já temos um plano do que é que
se pode fazer para e isso é entregue à tal equipa e vão tentar implementá-la e daí vai fazer um
relatório, porque depois lá no relatório da ação de melhoria aquilo tem lá quando é que deve
ser avaliado, e depois a equipa nesses passos vai fazer de x em x tempo vai fazer um relatório
sobre o que é que se está a passar com essa ação.
Como é feita a divulgação dos resultados?
Entrevistada – É feita através da página da escola, das reuniões de Departamento e acho que
é só.
Como se prepara o Agrupamento para a avaliação externa?
Entrevistada – Isso é feito pela Direção, essa preparação não cabe à equipa de autoavaliação,
a Direção é que tem de responder aquilo que lhes é pedido.
Qual o impacto da avaliação externa na avaliação interna do Agrupamento?
Entrevistada – Então quando é feito o relatório da avaliação interna tem sempre em
consideração o relatório da avaliação externa, portanto o relatório da avaliação interna tem
sempre em consideração vários aspetos. Aquilo que é inquirido, o que é observado, e todos
os documentos que existem no agrupamento e, um desses documentos é o relatório de
avaliação externa ou das diferentes avaliações externas.
De que modo a avaliação externa interfere na vida do Agrupamento?
Entrevistada – Então, estamos a sentir agora porque entretanto a avaliação interna concluiu
o seu relatório, ou melhor já fez o projeto para a ação de melhoria, e foi-nos transmitido agora
no Pedagógico quais são as áreas de melhoria para este ano e aquilo que estamos a fazer já
vai de encontro ao que foi dito. Por exemplo, aqui nós na biblioteca agora quando fizermos
o nosso Plano de Atividades já ter em conta as diretrizes que nos foram dadas.
Deseja acrescentar mais algum aspeto que não tenha sido contemplado na entrevista?
Entrevistada – Não, não... Muito obrigada.
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Transcrição Entrevista 2 – Coordenadora da EA do AE A
Antes de mais, queria agradecer pela sua participação, esta entrevista é no âmbito do
relatório de estágio do Mestrado em Ciências da Educação especialização em
Administração Educacional. Esta entrevista é confidencial e exclusivamente usada para
o projeto. Importa-se que grave a entrevista?
Entrevistada - Não, pode ser gravada. Ótimo…
Na sua opinião, porque é importante a autoavaliação numa escola?
Entrevistada – De forma direta para nos estabelecer feedback sobre o seu
funcionamento, sobre as metodologias de trabalho, sobre os nossos processos de ensino
aprendizagem, acima de tudo para nos estabelecer feedback para melhorarmos e para
implementarmos ações que visem a melhoria principalmente do processo de ensino
aprendizagem.
Podemos falar na existência de uma política de autoavaliação neste agrupamento?
Se sim, porquê?
Entrevistada – Eu estou nesta equipa desde o ano passado e fui repescada, fui
convidada a coordenar a equipa quando o ano letivo já tinha começado, e desconheço
um pouco o processo de modo que o meu conhecimento sobre a política é o
conhecimento que todos os professores têm que é quase nenhum, confesso. Fiquei mais
a par do que está a ser feito depois de coordenar a equipa, poderá parecer estranho como
é que os professores quando não estão envolvidos na equipa de autoavaliação da escola
como é que poderão estar tão à margem como eu estive e a maioria está. Primeiro,
porque acontecem imensas coisas numa escola e depois não conseguimos estar a par de
tudo, claro que as coisas são divulgadas mas depois o envolvimento que se gera é muito
pouco. Eu tive conhecimento do que se estava a fazer, das finalidades, das ações de
Data: 28 de Setembro de 2015
Local: Escola Sede do Agrupamento
Duração da Entrevista: 20 minutos e 42 segundos
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
melhoria mas depois não há grande envolvimento, não há grande conhecimento e eu
passei por isso. Agora de um ano para cá estou mais informada, sei que tem havido um
grande esforço da parte da Direção essencialmente para criar uma cultura de
autoavaliação na escola.
Qual a metodologia de autoavaliação utilizada? E que razões presidiram a esta
escolha?
Entrevistada – É aquele processo… o CAF que já estava implementado anteriormente.
Qual o impacto da autoavaliação no planeamento, organização e práticas
profissionais do AE?
Entrevistada – Faz-me uma pergunta que eu não sei responder sinceramente, eu nem
sei se há alguém que saiba responder. Atualmente, confesso que.. o impacto.. para já
tinha que haver um estudo de impacto e eu não sei se há isso feito. As ações de melhoria
que foram implementadas anteriormente visaram vários aspetos simplificar os nossos
documentos internos, inclusive o projeto educativo, o plano de estudos, enfim eu sei que
foi feito e foi conseguido. Houve uma série de documentos que foram reformulados,
uma ou outra transação ligada ao processo dos alunos, diminuir os níveis de insucesso a
português a matemática, temos vindo a conseguir.. acho que sim acho que já
melhorámos. Agora impacto? Impacto de que forma? No sentido em que os
professores trabalham com base nessas diretrizes.. Ah isso não (risos). A professora
quando não pertencia à equipa de autoavaliação trabalhava tendo em conta as
ações de melhoria? Sim, nós nas reuniões de Departamento víamos as ações de
melhoria e em que aspetos é que podíamos ajudar, desenvolver ou mudar para contribuir
para o sucesso dos alunos por exemplo que era o mais falado.. sim isso tem se feito em
Departamento, o que acho é que falta no trabalho diário do professor isso é que não é
feito, planear o seu trabalho diário com base nas ações de melhoria isso é que não é
feito, não temos tempo.
Em que medida a autoavaliação poderá ser considerada um instrumento de
gestão?
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Entrevistada – Precisamente por aquele feedack que ela nos proporciona, que pode dar
informação aos órgãos de gestão da escola para agirem de acordo com os resultados de
autoavaliação. Porque não se deve fazer uma autoavaliação só porque a lei manda fazer,
por isso depois é orientar os resultados dessa autoavaliação.
Que reflexão faz do percurso de autoavaliação do seu agrupamento?
Entrevistada – Vou ser redundante, eu acho que tem havido um grande esforço para
que exista de forma continuada, que se crie essa cultura de autoavaliação isso tem
havido esse esforço… perdi-me… a pergunta era? A reflexão que faz do percurso de
autoavaliação até agora… Ah o que eu acho é que o que a atual equipa está a fazer,
que eu estou a coordenar, acho que estamos a fazer mais do mesmo porque eu
pessoalmente reunimos novamente a informação, fazer nova equipa, fazer as novas
ações de melhoria, quando as da equipa anteriormente não foram todas levadas a bom
termo, ficaram muitas coisas por fazer e nós estamos a reiniciar um processo que devia
continuo e não reiniciado, esta é a reflexão que eu faço. Nós devíamos estar a continuar
o processo anterior. Eu acho que estamos a perder tempo.
Quais as razões que levaram ao início de um novo ciclo de autoavaliação?
Entrevistada – Primeiro porque a equipa anterior não quis continuar, a maior parte dos
professores no quiseram continuar, outros não houve oportunidade… enfim. Então
houve a necessidade de criar uma nova equipa, que toda, à exceção de três elementos
que se manteve, o resto é tudo novo e pessoas que não percebiam nada do assunto. O
nosso conhecimento sobre isto é muito vago é-nos difícil perceber toda a complexidade
inerente, é muito complexo e burocrático.
Como foi formada a equipa?
Entrevistada – A professora, a Diretora falou comigo em Outubro se estava interessada
em coordenar a equipa e eu não estava, até porque apanhou uma altura em que o meu
horário já estava cheio isto veio acrescer mais trabalho mas pronto a Direção precisava e
não é nada que não se aprenda. A partir daí, tentámos formar então a equipa, a Diretora
juntamente comigo vamos lá ver então quem é que podemos e formámos a equipa de
voluntários.
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Quem a compõe?
Entrevistada – Temos representantes de todos os ciclos, do pré-escolar, 1º ciclo, 2º
ciclo, pessoal não docente, representantes dos alunos, dos pais, enfim de todas as áreas
que estão aqui representadas.
Como procedem à planificação da autoavaliação?
Entrevistada – Este ano ainda não iniciámos os trabalhos, o ano passado foi muito
complicado, primeiro porque estamos a fazer formação e vamos fazendo cumprindo as
fases todas com a formação. Em termos de planificação, nós tentamos reunir mas tem
sido difícil a maior parte das vezes tinha que avançar sozinha porque não havia como
reunir os colegas, por vezes sim reunimos, quarenta e cinco minutos com uns quarenta e
cinco minutos com outros mas tinha que ser eu.. dentro das horas porque não havia um
tempo comum em que toda a equipa reunisse então eu como coordenadora é que fui
reunindo com os diferentes elementos da equipa, mas muito orientados pelas
formadoras.
De que modo garantem a continuidade da autoavaliação?
Entrevistada – Eu acho que é um bocado iniciativa da gestão que vai tentando envolver
as pessoas e sensibilizá-las para que participem na autoavaliação. Mas acho que a
Direção tem feito tudo para isso, já desde que foi iniciado já em 2006.. acho que a
Direção tem tido um grande empenho tem conseguido.
A sistematicidade da recolha de dados é uma preocupação vossa? Porquê?
Entrevistada – Em relação à equipa que iniciou agora a recolha de dados foi feita e
depois foram enviados para a Universidade Católica e ainda não temos os resultados
desses questionários. Temos os do ano passado, tem havido sempre recolha de dados
que são recebidos por nós, foram feitos pela equipa anterior e agora vamos fazer de
novo não sei se vão trazer alguma coisa de novo mas pronto por cada ciclo tem se feito
recolha de dados.. os resultados do últimos ainda não.
A recolha de informação obedece a que critérios? Quem são as fontes dos dados?
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Entrevistada – Os questionários? Os questionários essencialmente, claro que nós temos
também informação de reuniões de pais, de diretores de turma, em reuniões de
Departamento, uma série de documentos, atas, onde fica registado mas o tratamento que
lhes é dado não é tão formal nem tão fiel como no caso dos questionários.
Quais as principais preocupações que subjazem ao processo de autoavaliação?
Entrevistada – Neste momento, preocupações… para mim é como é que vamos
trabalhar novamente, eu tenho o meu horário outra vez sem horas para estar com a
equipa porque não há, essa é a minha grande preocupação para já porque se eu tivesse
horas comuns para trabalhar as coisas pareciam diferentes. Vindo agora os resultados
dos questionários aplicados, vindo agora as ações de melhoria como é que vou fazer
isso, em que tempo? Porque depois as coisas acabam por cair em cima de uma só
pessoa, de mim ou de dois ou três e aquilo acaba por não ser um trabalho de todos mas
de dois ou três e depois começamos a achar que o processo não funciona.
Como é elaborado o relatório de autoavaliação?
Entrevistada – Ainda não elaborei nenhum, portanto o anterior sei que é elaborado pela
equipa, depois cada equipa tem um setor das ações de melhoria pelo qual vai ser
responsável e depois elaboram o relatório final mas nós ainda não fizemos, ainda não
cheguei a essa parte.
Como são determinadas e priorizadas as ações de melhoria que constituem o
plano?
Entrevistada – Agora vamos ver conforme os resultados que temos dos questionários e
conforme a nossa sensibilidade e aquilo que sabemos da escola. Porque nós estamos no
terreno e às vezes os questionários, para já damos uma pontuação aos resultados que
obtemos e depois vemos o que é prioritário. Qual é a missão da Direção, as grandes
finalidades e depois vamos traçar metas... eu confesso ainda estou um bocado a navegar.
Como é feita a divulgação dos resultados?
Entrevistada – Agora tem sido pela página, temos também divulgado em reuniões de
Departamento.
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Como se prepara o Agrupamento para a avaliação externa?
Entrevistada – Em relação à equipa de autoavaliação nós sabíamos que íamos fazer
parte do painel ok, reunimos dentro do possível como é que íamos fazer se íamos todos
se não, decidimos que gostávamos de estar todos os deste ano embora pouco
pudéssemos responder porque as perguntas iriam incidir sobre o ciclo anterior. Mas não
fizemos grande preparação, os que lá estávamos sabíamos o que tinha sido feito nós não
fizemos nenhuma preparação, quando as pessoas trabalham e trabalham em
consciência… não houve nenhuma preparação. Agora a Direção é diferente, iria ser
questionada, tinha que ter documentos.
Qual o impacto da avaliação externa na avaliação interna do Agrupamento?
Entrevistada – Eu às vezes acho que não se devia valorizar tanto.. Quando refere a
avaliação externa está a referir-se à avaliação da IGEC? Sim sim.. ah ok.. Para mim,
devemos dar importância mas não podemos exagerar e eu digo isto porquê? Não porque
eu não respeite a opinião e os responsáveis mas saiu o relatório, e com umas coisas
concordo com outras discordo obviamente porque eu estou aqui e vejo o que se passa no
dia a dia, sou desta escola há vinte e um anos e conheço esta escola como a palma das
minhas mãos, conheço os meus colegas, conheço os alunos e portanto leio o relatório
sim há algumas coisas que concordo mas há outras que discordo e não têm nada a ver
com a realidade, acho que é desconhecimento mesmo da realidade. Vêm cá uns dias
sim, têm acesso à documentação mas não têm o acesso completo à realidade aquilo que
se passa. Deve dar-se a importância qb…
De que modo a avaliação externa interfere na vida do Agrupamento?
Entrevistada – No fundo é isto, nós acabamos por pensar nas ações de melhoria
logicamente que sim, pensa-se sobre isso... eu estou a ser redundante outra vez porque
no fundo isto tem a ver com a pergunta anterior... Mas aqui é mais na prática... Sentiu
efeitos da presença da Inspeção aqui no Agrupamento? Desta ainda não, mas da
anterior sim, foram reformulados muitos documentos, foi feito um esforço para reduzir
o insucesso da matemática e do português e sim houve uma grande preocupação da
escola em dar resposta aos pontos fracos que nos foram apontados na altura, isso notou-
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
se muito. Houve uma altura que já havia uma fixação para atingir o sucesso escolar, já à
beira da histeria. Não, mas houve…
Deseja acrescentar mais algum aspeto que não tenha sido contemplado na
entrevista?
Entrevistada – Não, não... Muito obrigada.
Transcrição Entrevista 3 – Diretora do AE A
Antes de mais, queria agradecer pela sua participação, esta entrevista é no âmbito do
relatório de estágio do Mestrado em Ciências da Educação especialização em
Administração Educacional. Esta entrevista é confidencial e exclusivamente usada para
o projeto. Importa-se que grave a entrevista?
Entrevistada - Concerteza. Então pronto…
Na sua opinião, porque é importante a autoavaliação numa escola?
Entrevistada – A autoavaliação para mim é um momento de reflexão e criar esse
momento de reflexão dentro da escola, dentro do Agrupamento, é o ideal para nós
percebermos o caminho que devemos tomar perante os problemas detetados. Portanto
eu achava e ainda não consegui pôr isso em prática que a autoavaliação é uma forma de
nos conhecermos a nós próprios e à organização onde estamos inseridos, eu gosto de
fazer eu própria não diria autoanálise mas deve ser um bocadinho isso, para me
conhecer bem e para saber até onde posso ir e acho que a escola, as escolas, os
professores, deveriam ter esse momento também porque há pessoas que não têm
realmente esse momento pessoalmente, como não o têm pessoalmente também não
sabem pensar, nem refletir e isso era bom nós criarmos, não digo diariamente,
semanalmente ou uma vez por mês como eu digo que devia ser para a formação e a
formação poderia passar pela autoavaliação, em que era o tal momento de paragem de
reflexão e assim sim, a pessoa parece que tomava consciência de onde estava, o ponto
em que está a escola, as aprendizagens dos alunos, em que ela própria como ser humano
está que é para depois definir então o caminho para todos, teríamos estas três vertentes o
caminho pessoal, o caminho dos alunos e parte da organização no fundo, que é
essencial. Eu acho a autoavaliação importantíssima por isso mesmo, é pena nós nem
sempre conseguirmos essa paragem de todos é que tinha de ser de todos, inclusivamente
dos assistentes operacionais, dos assistentes técnicos, fazia falta também parar um
Data: 28 de Setembro de 2015
Local: Escola Sede do Agrupamento
Duração da Entrevista: 38 minutos e 32 segundos
bocadinho para elas próprias falarem, se calhar tenho que arranjar aqui uma maneira de
criar esta situação (risos)… vamos ver se nós conseguimos criar.
Podemos falar na existência de uma política de autoavaliação neste agrupamento?
Se sim, porquê?
Entrevistada – Informal, eu acho que a nossa política de autoavaliação é mais informal
do que formal. Formal é aquilo que nos é exigido por lei com a ajuda dos formadores
que temos que nos vão incutindo no fundo essa situação e porque é necessário realmente
porque às vezes precisamos de uma ajuda exterior até para nos ajudar a pensar e a
refletir. Em termos, se perguntar a qualquer professor do 1º ciclo se calhar não lhe
respondem logo, nem sabem em que ponto de situação o processo está. Eu este ano fiz
reunião do principio do ano letivo foi com a estratégia para este ano, em consequência
da avaliação externa, em que aparecia a autoavaliação e parece que as pessoas estavam
a ouvir aquilo pela primeira vez, fico zangadíssima mas pronto… respiro fundo e volto.
Há informal, informal acho que as pessoas conversam muito sobre aquilo que fazem no
espaço de sala de aula já é bom, já é um caminho, só que depois não passam muitas
vezes para o papel, não tornam a sua informação consistente, mas ajuda a refletir sobre
esse espaço que é a sala de aula e que precisa de inovação.
Qual a metodologia de autoavaliação utilizada? E que razões presidiram a esta
escolha?
Entrevistada – Nós começámos com um método simples, digamos interno, caseiro, que
tinha a ver com alguns membros da antiga assembleia de escola, da antiga escola e
então começámos a pouco e pouco. Entretanto vimos que sozinhos não estávamos a
avançar muito e então pedimos a ajuda dos formadores, que nos viessem explicar por
exemplo o CAF, o tal modelo que nós utilizamos, e viessem no fundo ajudar-nos na
leitura dos questionários, de tudo isso... e tem sido com essa ajuda que temos andado
um bocadinho mais rápido porque se não eu acho que fica de lado, as pessoas fazem
informalmente, formalmente custa muito... acham que as vezes não vale a pena, embora
já façam isso normalmente. A razão porque nos levou, foi mesmo isso, porque sozinhos
é um assunto que nem sempre é aceite por todos, a autoavaliação porque acham que não
têm essa posição autocrítica, não conseguem dizer aquilo que estamos a fazer de mal, ou
de mal ou de menos bem, ou de bem … sim sim ou de bem, mas nós de bem queremos
continuar a fazer o mal é que é um bocadinho como mexer na ferida e isso é que acho
que ainda não temos coragem, como organização, de dizer. Por isso pedimos ajuda
exterior e temos estado com formadores a desenvolver o processo CAF.
Qual o impacto da autoavaliação no planeamento, organização e práticas
profissionais do AE?
Entrevistada – No terreno eu acho que vai-se desvanecendo, ou seja, temos o plano
estratégico neste momento vamos tentar concluir para mandar até à Inspeção, já
recolhemos um conjunto de informação junto de todos e agora estamos a organizar a
informação. No terreno, as pessoas orientam-se mas depois esquecem-se, já percebi que
tenho de estar sempre a relembrar que esta decisão teve como início o processo de
autoavaliação, o processo disto ou o processo daquilo porque se não os professores às
vezes surgem com “mas porque é que isto é assim? Já não me lembro”... nem sabem
porque é que nós tomámos aquela decisão porque é que tivemos que fazer por exemplo
a articulação vertical em relação à matemática com a parceria da ESE, “lembram-se que
teve a ver com a sugestão do Senhor Inspetor e porque realmente temos maus resultados
na matemática do 3º ciclo, ora vamos começar desde o 1º para tentar evitar...” … “Ah já
não me lembrava”. Na prática as pessoas ouvem a mensagem mas depois também
entendem que isso é um trabalho da Direção porque ouvem só aquilo que entendem e
que querem, também porque neste momento o mundo está cheio de informação, é
informação de vária ordem e portanto as pessoas já vão retendo só o essencial aquilo
que diz respeito aos seus interesses e acham que isto é responsabilidade da escola e da
Direção se calhar nem sempre se lembram destas coisas.
Em que medida a autoavaliação poderá ser considerada um instrumento de
gestão?
Entrevistada – Devia ser essencial, devíamos ter sempre de lado um livrinho antes de
dizer qualquer coisa relembrar porque é que estamos a tomar essa decisão mas eu
também acabo por perceber que a autoavaliação é muito importante para mim, para a
escola e, muitas das vezes faço quase uma autoavaliação informal com os meus colegas,
apesar de estar escrito vou conversando com eles, aproximando-me no fundo e tentando
falar sobre determinados assuntos e ir relembrando que há situações que são necessárias
pôr em prática, e porquê? Por causa dessa autoavaliação, eu acho que utilizo quer o
diálogo com os colegas para lhes relembrar a necessidade da autoavaliação, quer a parte
mais teórica do relatório que vem da autoavaliação deste processo todo e junto as duas
partes para tentar tomar as decisões que são necessárias. A autoavaliação para mim é
muito importante, nem que seja a tal informal.
Que reflexão faz do percurso de autoavaliação do seu agrupamento?
Entrevistada – Eu tenho lembrança do processo todo (risos)... Eu a bocado estava a
dizer, começámos com um grupo pequeno, com duas pessoas da Assembleia de Escola
em que utilizava-se... começámos por ler a legislação e tentar pôr em prática um modelo
nosso, uma maneira nossa de tentar perceber porque já nessa altura eu achava que só
melhoramos os resultados se conseguirmos entrar dentro da sala de aula e entrar dentro
da sala de aula significa que os professores não tenham medo de conversar abertamente
sobre os seus receios no seu trabalho. Eu tenho receios por exemplo nas turmas dos
Cursos Vocacionais são miúdos muito difíceis, é uma área que eu digo mesmo eu
gostava de trabalhar com alguém que soubesse para eu deixar de ter medo. Claro que
não vou fazer cara de quem tem medo mas confesso que tenho que respirar fundo e
pensar com este amigos não podemos estar aqui a rir não podemos estar a… temos de
estar muito concentrados naquilo que estamos a fazer para eles perceberem que não
podem pôr ali mal o pé. Eu gostava que já nessa altura que os professores tivessem essa
abertura para que quase como em terapia se conseguisse entrar na sala de aula, inovar
fazer de maneira diferente para que os miúdos sintam já diferenças. E foi a partir daí
com a professora I que na altura começámos a trabalhar, vimos que era preciso mais
informação mais ajuda e fomos a seminários sobre autoavaliação, à Universidade Nova,
a outros seminários que faziam sobre o assunto e tentámos perceber e então não...
“temos que partir para uma formação a sério com ajuda no tratamento de questionários
porque não temos tempo” e havia menos margem de manobra para fazermos o nosso
trabalho e assim progressivamente até aos dias de hoje. Mudámos ligeiramente a equipa,
porque entretanto aqueles que estavam a desenvolver os trabalhos foram para a
reforma... e eu própria tive que começar a perceber estas coisas da autoavaliação apesar
de eu aceitar, e acho que aceito bem a crítica disto ou daquilo, a conversa com os
docentes, eu acho que converso muito com eles como forma de perceber o que está mal
o que está bem. A autoavaliação informal vi que também não era suficiente então
estamos a trabalhar com a ajuda da empresa, dos tais formadores que tem a ajuda da
Universidade Católica e tudo isso, para nos dar também esta parte mais formal e eu acho
que aqui tem a ver com a minha maneira de ser, como eu gosto de conversar com os
colegas sou muito próxima deles acabo por arrastar determinadas decisões porque estou
à espera que eles mudem para por eles próprios perceberem a necessidade e isto leva
mais tempo do que eu pensava porque ou se é muito mais determinada e rápida ou então
fazemos como eu que levamos muito mais tempo até que vejam por eles próprios que é
necessário fazer de outra maneira e tem que ver essencialmente com isso, com a minha
maneira de ser, que gosto que eles apreendam as coisas.
Quais as razões que levaram ao início de um novo ciclo de autoavaliação?
Entrevistada – Porque entretanto teve a ver com as mudanças da equipa e, quando
vimos que no 1º ciclo concluímos alguns objetivos agora queríamos ver, que passo é
que conseguimos dar mais à frente... porque dar à frente significa mais para a inovação
tecnológica, o de entrar dentro da sala de aula, que passados dez anos ainda não
consegui entrar livremente na sala de aula, entrar livremente significa isso mesmo que
as pessoas reflitam mais abertamente sobre o que fazem na sala para ver se conseguimos
ultrapassar os maus resultados especialmente a matemática.
Como foi formada a equipa?
Entrevistada – Olhe inicialmente foi com a colega A, que é uma pessoa cá da casa, que
traz consigo a história da Escola H que é a Escola Sede e foi-se apercebendo mais ou
menos também do Agrupamento porque ela está cá desde esse tempo. Depois os outros
foi ir buscando pessoas mais novas e umas mais antigas para misturar digamos essa
tradição e essa modernidade que é necessária neste Agrupamento.
Quem a compõe?
Entrevistada – São professores do 1º ciclo, do 2º ciclo, do 3º ciclo, os pais, assistentes
operacionais, assistentes técnicas e acho que é só… a Direção está às vezes também, o
Conselho Geral também está presente na equipa alargada, quando é para tomarmos
decisões e na formação que ainda continuamos a ter, e penso que estão todas as áreas.
Percebi que procederam à reformulação (quase total) da equipa de autoavaliação.
Podia falar-nos das razões que levaram a esta decisão?
Entrevistada – Teve a ver com a aposentação de alguns elementos e portanto houve
aqui uma quebra de uns meses até recompormos, porque deram a possibilidade de
rescisão do contrato aquelas pessoas mais antigas digamos assim e como só foi
confirmado a 1 de Setembro tivemos muito tempo a tentar criar a nova, teve a ver
essencialmente com a saída de alguns elementos, saíram também do Agrupamento.
Como procedem à planificação da autoavaliação?
Entrevistada – Planificação em termos anuais? Ou planificação... Como é que
começam o processo de autoavaliação? Como o planificam? Então este vai ter como
pano de fundo as áreas menos boas digamos assim, as áreas a melhorar determinadas
pela Inspeção e vamos tentar conjugar os resultados dos questionários e tentar arranjar
aqui um plano que consigamos pôr em prática. De qualquer forma, para além das áreas
a melhor já recolhi junto dos colegas um conjunto de ações que gostaríamos de pôr em
prática, agora vamos ver se essas ações vão coincidir com os resultados dos
questionários e portanto aí fica o plano estratégico mais enriquecido.
De que modo garantem a continuidade da autoavaliação?
Entrevistada – Pois isso é um trabalho... difícil (risos). Embora eu ache que como a
equipa está constituída e tem horas atribuídas no seu horário eu acho que já vai facilitar
a continuidade porque sem horas é impossível as pessoas fazerem o seu trabalho porque
não têm aquela “obrigação” no seu horário. Como agora coloquei horas e na
Coordenadora coloquei até mais que uma hora, duas ou três horas já existe a certeza de
que vão trabalhar semanalmente sobre o assunto... as horas nos horários dos docentes
são essenciais para que isso aconteça.
Quais as principais preocupações que subjazem ao processo de autoavaliação?
Entrevistada – Para mim é a própria equipa não se cansar com o trabalho por um lado,
porque nós temos a noção que como eles já perceberam que nem sempre os outros
docentes reconhecem que gostam deste trabalho desmotivam-se mais facilmente, porque
se todos os colegas reconhecessem que este é um trabalho árduo que é necessário fazer
e que alguém tem que fazer e que é se calhar de agradecer que alguém o esteja a fazer
por nós... mas não, acho que não é visto dessa forma. Eu pensava que sim, mas pronto
temos que ir sempre trabalhando quer a equipa quer o resto.
Como é elaborado o relatório de autoavaliação?
Entrevistada – O relatório de autoavaliação é elaborado pela equipa e com base nas
três áreas a melhorar e depois é levado à equipa alargada com todas as pessoas
incluindo a Direção. Cada área é realizada por sub equipas agora imaginemos as áreas a
melhorar apontadas pela Inspeção, temos algumas já para implementar este ano vamos
conjugar o relatório dos questionários com estas áreas a melhorar e daqui vão ficar três
sub equipas que vão garantir que as ações são implementadas. Estas sub equipas que são
conjuntos de professores que vou tentar que não nos esqueçamos as ações que são
precisas pôr em prática.
Como são determinadas e priorizadas as ações de melhoria que constituem o
plano?
Entrevistada – Tem a ver com o tal CAF, são pontuadas as ações, aquelas que tiverem
mais pontuação, em conjunto com a Direção vamos perceber quais são as principais
para este ano letivo por exemplo. Neste ano letivo o que é que temos já em mente? De
acordo com o relatório da Inspeção sabemos o que é que queremos pôr em prática se as
ações mais pontuadas coincidirem com estas ações temos o que é prioritário para este
ano. Para além da formação, que já está definido, pode haver um conjunto de ações que
eu penso que são necessárias para já mas que se não coincidirem com a tal pontuação
das áreas a melhorar do tal processo do modelo CAF aí vai ajudar-nos a saber o que é
que podemos melhorar.
Essas ações são monitorizadas e avaliadas continuamente? De que forma?
Entrevistada – Sim, até ser concretizado.. Por exemplo nós queremos um projeto
educativo menos denso, mais simples, de leitura, em que olhamos e pensamos sim este
ano temos que pensar nestas áreas, agora a análise e a leitura do mesmo durante o ano já
verificámos que estamos a cumprir quase todas as áreas porque é fácil de analisar, é um
documento de fácil acesso e já sabemos que temos de trabalhar naquele sentido.
Como é feita a divulgação dos resultados?
Entrevistada – Pela página da escola, de qualquer modo aproveitamos reuniões de
Departamento, reuniões de ano, 1º, 2º, 3º e 4º ano, reuniões de estabelecimento,
reuniões de Pedagógico, não iriamos criar mais reuniões para não sobrecarregar
ninguém, mas aproveitando os momentos já existentes para ir lá e dizer, não esquecer o
processo, agora iriamos dar o resultado do ano passado.
Como se prepara o Agrupamento para a avaliação externa?
Entrevistada – Eu comecei, eu própria, comecei a ler relatórios dos outros
agrupamentos para perceber se estava a fazer coisas muito diferentes e vi que o nosso
trabalho estava no sentido positivo digamos assim. Dei continuidade em termos de
trabalho, e fui lendo durante o mês de Agosto alguns relatórios, lembrando algumas
situações que por vezes nos esquecemos ou não damos tanta importância e essa leitura é
importantíssima para nós vermos e chamarmos à atenção até dos nossos colegas de algo
que nos estejamos a esquecer. Depois, logo em Setembro antes da nossa reunião geral
comecei a preparar e a dizer para os colegas que deveríamos ter a Inspeção este ano, que
vamos dar o nosso melhor mais uma vez, agradecia a colaboração e o empenho de
todos, tentarmos que não nos escapasse em termos de organização dos simples
documentos. Este ano não era um ano para brincar, tínhamos que ter as coisas mais
organizadas, ver se tínhamos toda a documentação na página da escola porque às vezes
aquilo dá erro, fui-me reunindo com todas as estruturas, quer a equipa de autoavaliação,
quer os coordenadores de estabelecimento, quer do Pedagógico, fomos sempre falando
no assunto e tentar com que o nosso trabalho fosse nesse sentido de não esquecer de
algo. Não podemos fazer muito para além do que já fazemos porque se não os
inspetores notam.. não é por aí não podemos alterar rotinas porque percebem logo,
penso que eu devem perceber ou porque as pessoas ficam mais nervosas.. isso já tinha
percebido noutra ação da Educação Especial, havia ali um conjunto de coisas que não
estavam muito bem organizadas e eu queria que aquilo que ficasse bem organizado
então estivemos dois ou três dias a tentar organizar. Claro que organizámos tão bem e
tão à pressa, que depois o Sr.º Inspetor pegou logo num que não estava, ou que tinha
umas folhas do outro do lado (risos). Pronto, o Agrupamento trabalhou nesse sentido eu
depois comecei também para além e falar nas situações, nos projetos, nas planificações
para estar tudo organizado, o trabalho na escola, tentar também falar nas áreas a
melhorar que deixaram da outra vez, isso também fez parte da nossa reunião gera logo
no inicio e depois fomos sempre falando sobre isto. Posteriormente, logo em Fevereiro
os senhores vinham cá em Março fiz novamente uma reunião, a relembrar aquilo que já
tínhamos feito para todas as áreas a melhorar e aquelas que já tínhamos, as que estavam
bem estamos a dar continuidade. Tudo aquilo foi um bocadinho.. teve que ser batalhado
e falado constantemente se não era aquilo que lhe estava a dizer as pessoas esquecem-se
por terem outras preocupações. Mas fui sempre trabalhando para que as pessoas
soubessem, para que se fossem questionadas também soubessem responder. Porque
efetivamente as coisas são feitas só que por vezes as pessoas não associam.. ou não sei
não têm a preocupação que nós temos. Fui também falando com as estruturas, quer da
Câmara, quer dos parceiros que trabalham connosco normalmente, só lhes disse nós
vamos ter uma avaliação externa concerteza que vou convidá-los para uma sessão de
apresentação gostava muito que estivessem presentes e foi por isso que tivemos também
muita gente. Foi sempre reuniões sistemáticas para que não nos esquecêssemos daquilo
que fazemos e mostrar o que fazemos bem.
Qual o impacto da avaliação externa na avaliação interna do Agrupamento?
Entrevistada – Eu acho que é muito grande, grande no sentido que tem muito peso...
porque o facto das pessoas mesmo em painel, há assuntos que nós próprios debatemos
mas que não vemos soluções à vista por diversas situações, e então às vezes o que é que
aconteceu, isto tem a ver com o apoio educativo aqueles alunos que vêm desde o
primeiro ano com dificuldades de aprendizagem mas que não são alunos com
necessidades educativas, têm problemas em casa, não são estimulados, não estão aí para
as aprendizagens, são pessoas muito humildes.. e nós nem sempre temos a resposta
certa para este tipo de alunos, e as minhas colegas diziam-me “mas temos que arranjar
uma maneira… vou colocar isso no painel da Inspeção” e acho que algumas delas
colocaram essa situação. Ou seja, o que é que quero dizer, o facto de estarem a falar
com os nossos superiores quase que hierárquicos ajuda a que as pessoas desabafem e
tenham essa ideia de que nós estamos cá a trabalhar mas precisamos de ajuda, o vir
gente diferente à escola leva a que as pessoas também pensem de maneira diferente,
oiçam outras formas de pensar e juntem as duas coisas e trabalhem no terreno isso. É vir
uma equipa de fora que diz sim senhora está a fazer bem ou está a fazer mal, ou então
aconselho-a a fazer desta forma. Realmente eu lembro-me do senhor inspetor, que me
aconselhava a fazer um protocolo com a ESE, este ano já temos o protocolo com a ESE,
eu pensava que fosse uma coisa muito mais difícil de fazer confesso, se calhar nunca
tinha chegado à conversa com alguém próximo para o fazer e realmente é fácil, claro
que tem custos, o agrupamento vai pedir ajuda para a formação, os professores vão
colaborar em termos económicos, o agrupamento também vai dar uma parte e se calhar
até vão ter um alento novo na matemática, uma forma diferente de como dar a
geometria, outras coisas que ajudem. Portanto, eu acho que tem um peso, eu não diria
determinante, mas ajuda imenso na reflexão e na conversa estabelecida entre pares.
De que modo a avaliação externa interfere na vida do Agrupamento?
Entrevistada – Porque esse objetivo comum une as pessoas eu acho que mesmo
havendo quem não concorde ou com a Direção ou mesmo com a Inspeção, a maioria
une-se, algo exterior serviu para nos fazer conversar, unir, refletir, mostrar aquilo que
nós fazemos. Apesar de que dá muito trabalho, acho que é essencial para que haja
aquele momento em que nós trabalhamos e até gostamos uns dos outros e.. (risos).
Aqueles dias correram, acho eu, muito bem, porque muitos deles gostaram dos painéis,
da reflexão que era feita em termos de painel, e a equipa de inspetores foi diferente da
outra que cá tivemos e os meus colegas também gostaram. Alguns tiveram nas duas e
fizeram essa diferença e gostaram muita da reflexão que é feita agora nesses momentos.
Foi essencial para que as pessoas sintam que pertençam a esta escola ou a este
Agrupamento e isso ajuda imenso à avaliação que tivemos, é modesta mas é nossa!
Deseja acrescentar mais algum aspeto que não tenha sido contemplado na
entrevista?
Entrevistada – Não, eu acho que o nosso Agrupamento em particular acho que está
inserido num local em que tem esta parte que é a mistura urbana e o rural e acabamos
por ter este mistura que as vezes não nos deixa ter uma linha mais contínua no trabalho
e portanto os resultados nem sempre são aqueles que esperamos. Mas eu acho que todos
nós trabalhamos no sentido que lhes é pedido, trabalhar com os alunos, trabalhar para a
melhoria, mas acho que todas estas particularidades não nos deixam às vezes atingir os
tais níveis dos clusters que existiam, que agora não existem. Acho que a Inspeção
apesar de todos os constrangimentos que possam trazer poderia realmente na parte mais
pedagógica, os painéis que possam eventualmente existir, não digo logo entrar na sala
de aula porque as pessoas ficam muito assustadas mas pelos vistos é o caminho que está
a tomar. Ainda assim, primeiro antes de entrarem na sala de aula para observar as aulas,
deviam primeiro fazer sessões mais pedagógicas, ambientar as pessoas, tornar as
pessoas mais próximas para depois ser mais fácil ir à sala de aula... Muito obrigada.
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Transcrição Entrevista 4 – Avaliador Externo da AEE
Antes de mais, queria agradecer a sua participação, esta entrevista é no âmbito do
relatório de estágio do Mestrado em Ciências da Educação especialização em
Administração Educacional. Esta entrevista é confidencial e exclusivamente usada para
o projeto. Importa-se que grave a entrevista?
Entrevistado - Concerteza. Então…
Qual a importância que tem para si a autoavaliação de escola?
Entrevistado – Bem essa é uma questão genérica... a autoavaliação da escola tem duas
importâncias digamos. Por um lado, principal é um instrumento que a escola pode
utilizar para a sua própria melhoria, portanto informa a tomada de decisão e monitoriza
o desenvolvimento da escola, o trabalho que é desenvolvido na escola. Por outro lado,
para quem está no exterior, é um instrumento digamos de prestação de contas, para
mostrar aos pais e à comunidade aquilo que a escola está a fazer.
O que mais valoriza relativamente à política de autoavaliação nos AE?
Entrevistado – Bom, há várias coisas que eu valorizo. Temos que ver que existem
diferentes políticas e diferentes níveis de desenvolvimento da autoavaliação na escola.
Um deles é a consciencialização das escolas da importância da autoavaliação, cada vez
se nota mais que há uma consciencialização de que é importante desenvolver a
autoavaliação e dificilmente vemos uma escola que não tenha a sua própria política de
autoavaliação, umas mais recentes, outras mais consistentes outras menos, mas isso já
conseguimos encontrar em todas as escolas uma política mais ou menos organizada de
autoavaliação, às vezes ainda muito no papel pouco na prática, mas pronto. Por outro
lado, é também a valorização que é feita pela comunidade escolar, nesta altura a
comunidade escolar se a escola não tem autoavaliação existe uma pressão de tal ordem
Data: 29 de Outubro de 2015
Local: Inspeção-Geral da Educação e Ciência
Duração da Entrevista: 20 minutos e 41 segundos
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
que a escola cria os seus próprios mecanismos de autoavaliação porque os pais, as
autarquias, querem saber como é que a escola sabe da qualidade do seu trabalho,
querem saber sobre os resultados, que reflexão, que estratégia é que a escola está a
desenvolver para melhorar os seus resultados. Portanto, o que eu valorizo é isto é a
consciencialização e por outro lado também a valorização dos stakeholders, da
importância que a autoavaliação tem. Por seu turno, indo mais atrás, é o reconhecimento
da tutela, quando foi publicada a lei 31/2002 da importância da autoavaliação para as
escolas. Diga-se a verdade que não funcionou muito nos anos seguintes a 2002, mas já
houve nessa altura um reconhecimento por parte da tutela de importância da
autoavaliação para as próprias escolas.
Na sua opinião, quais deverão ser as principais preocupações das Escolas
relativamente ao processo de autoavaliação?
Entrevistado – A primeira coisa é que seja uma autoavaliação útil, tem que ser útil se
não for útil, se for só perguntar por perguntar, saber por saber, e não tenha depois
nenhuma utilidade, isso não. Tem que ser eficaz, portanto tem que estar ligada a
processos de tomada de decisão e resultar em alguma coisa, se uma autoavaliação for
consequente é muita informação amontoada mas depois não é valorizada. A
sistematicidade, não é fazer a autoavaliação hoje e depois perdeu-se tudo, tem que ser
feito algum trabalho regular na autoavaliação. E tem de ser um processo sustentável,
tem que se alocar recursos, os recursos necessários para desenvolver as práticas de
autoavaliação, tem que haver uma visão para que a autoavaliação não seja algo de
imediato… sistematizando isto é, a utilidade, eficácia, sistematicidade e a
sustentabilidade da própria autoavaliação.
O que é para si um processo de autoavaliação bem conseguido?
Entrevistado – É ser consequente, informar a tomada de decisão, tem de ser algo que é
institucionalizado, o que é que isto quer dizer, tem que ser assumido pela instituição
como seu, portanto os órgãos de decisão da escola tem que reconhecer que aquela
autoavaliação é sua. Uma autoavaliação da escola, não é uma autoavaliação de um
determinado grupo de pessoas e depois tem que ser reconhecida pelos stakeholders. Por
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
um lado, tem que informar a decisão, tem que estar institucionalizada, ser da escola e,
tem que ser reconhecida pelos vários parceiros que a escola tem.
Existem preferências quanto às metodologias/modelos de autoavaliação utilizados
pelas escolas? Se sim, porquê?
Entrevistado – Não, não existe nenhuma preferência. O importante é que sejam o
máximo genuínos e têm que ser uteis. Não existe um modelo correto, não existe um
modelo que deve ser imposto, nem CAF, nem FQM, nem PQM, nem nada, tem que ser
um modelo assumido pela própria escola... pode ser um desses modelos mas não é
obrigatório.
Quais as maiores diferenças entre escolas no que respeita aos processos de
autoavaliação?
Entrevistado – Elas estão em estados de desenvolvimento completamente diferentes,
algumas têm até a matriz muito bem desenhada no papel mas ainda não foi
implementada, outras escolas já vão desenvolver o 2º, 3º, 4º ciclo de autoavaliação. O
estado de desenvolvimento é muito diferente entre elas. Depois tem a ver com
consistência metodológica, algumas escolas fazem um pouco a “olhómetro”, outras
utilizam metodologias bastante consistentes. Existe alguma tendência, alguma obsessão
com os questionários, os questionários não são tudo para a autoavaliação, existem
muitas outras coisas, muitas outras metodologias que podem ser utilizadas e não apenas
os questionários. A utilização da autoavaliação também há escolas que têm tanta
informação que depois não sabem o que fazer com tanta informação, interessa que as
escolas utilizem, portanto o estado de desenvolvimento também é diferente em termos
da utilização da informação para a autoavaliação. Agora, há escolas que veem a
autoavaliação como parte da sua política de desenvolvimento e, há outras que utilizam a
autoavaliação para reagir a determinadas situações. Imaginemos que os resultados
foram maus numa determinada disciplina, vamos fazer aqui um questionário a
professores e a alunos para saberem porque razões foram maus, é mais reativa enquanto
outra é uma autoavaliação mais proativa.
Qual o grau de importância que o processo de constituição das equipas de
autoavaliação tem para a IGEC?
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Entrevistado – Bem, é uma parte visível do iceberg.. se não há equipa às vezes é difícil
chegar à autoavaliação, às vezes equipa confunde-se com o órgão de gestão mas isso é
outra questão. Se há uma equipa de autoavaliação, para já existe um reconhecimento da
autoavaliação por parte da escola. Depois também constitui uma oportunidade para
separar, quando não se confunde com o órgão de gestão, é uma hipótese para separar
poderes dentro da escola. Por um lado temos a equipa de autoavaliação, por outro temos
os órgãos de gestão e administração da escola portanto há uma maior separação de
poderes. Pronto e por outro lado, também há uma valorização de recursos humanos da
escola porque muitas vezes quem integra essas equipas são professores com alguma
apetência para desenvolver esse tipo de trabalho… Ou esperemos que seja… Sim, ou
esperemos que seja, que não seja porque A ou B têm horas disponíveis.
Enquanto avaliador externo, como faz a mediação entre a avaliação interna e a
avaliação externa de cada escola?
Entrevistado – Bom enquanto avaliador externo, ouvindo, interpelando e questionando.
Ouvindo o que a avaliação interna tem para nos dizer utilizando essa informação para
interpelar a escola nos painéis por exemplo e, aproveito também para questionar a
própria consistência da avaliação interna. No momento em que as equipas nos
apresentam os seus resultados, os seus processos, aproveito para questionar a sua
consistência, é para testar... não quer dizer que esteja mal mas para saber se a equipa
tem consciência da solidez dos seus processos. Mas sobretudo para ouvir a informação
que têm e questionar esse e outros painéis.
Como avalia os efeitos da autoavaliação nos AE?
Entrevistado – Essa aí é muito difícil, porque nós nesta altura não temos forma de
avaliar os efeitos e a eficácia da autoavaliação. Há casos em que vemos claramente que
a autoavaliação serviu para informar as decisões da escola, ou pelo menos algumas, há
outras escolas em que é o contrário são tomadas decisões e depois vão fazer uma
avaliação para legitimar a decisão que tomaram. O efeito da autoavaliação, ou seja, no
primeiro caso a autoavaliação foi útil, outros casos em que a autoavaliação apenas
complementa alguma informação que a Direção recolheu de outra forma e que acaba
por legitimar um pouco as decisões.
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Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
Qual a importância do relatório de autoavaliação no quadro da avaliação externa?
Entrevistado – O relatório de autoavaliação é como as entrevistas que temos com a
equipa de autoavaliação, vai servir para interpelarmos os painéis, utilizamos aquela
informação confrontando com dados que nós temos e interpelamos os painéis também
com base naquela informação. Por vezes é-lhes questionado, o que nós constatamos
frequentemente nos relatórios é que há uma legitimação das práticas da escola, ou seja,
quando as coisas correm bem existe uma série de justificações das práticas da escola,
quando os resultados não são tão bons é apontado o contexto e há uma
desculpabilização do fator escola e há uma culpabilização do contexto. Há casos onde
existe muita honestidade e é dito que as práticas ainda não correspondem a
determinadas necessidades. Portanto, nós olhamos para os relatórios de autoavaliação
com um espírito crítico, utilizamos para interpelar a escola e os painéis, mas também é
uma oportunidade que nós temos para contribuir de alguma forma para consolidar as
práticas de autoavaliação.
O modo como os AE procedem à elaboração do relatório final de autoavaliação é
tido em conta na avaliação externa? De que forma?
Entrevistado – Nós olhamos mais para o produto, existem vários itens que são
considerados, a coerência entre a autoavaliação e a ação para a melhoria, mas não
propriamente o modo como o relatório final é elaborado. Não olhamos tanto para o
processo mas para o produto, neste caso, se me perguntar se olhamos para o processo de
autoavaliação isso sim aí olhamos, para o modo como o relatório é elaborado não tanto.
A disseminação dos resultados da autoavaliação pelas Escolas/AE é apreciada pela
equipa de avaliação externa? De que modo?
Entrevistado – É apreciada, é apreciada de diversas formas. Para já, para saber se a
comunidade, os stakeholders, têm conhecimento do trabalho que é desenvolvido pelas
escolas em termos de autoavaliação. Há um item que é o envolvimento e a participação
da comunidade educativa na autoavaliação, a disseminação envolve de alguma forma a
comunidade no processo de autoavaliação, este é um dos aspetos. Outro aspeto tem a
ver com os circuitos de comunicação, é interessante não só para a autoavaliação mas
também a nível da gestão e da liderança, os circuitos de comunicação internos. Por um
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Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
lado, é saber como é que a comunidade está envolvida na autoavaliação e por outro
saber se os circuitos de comunicação interna funcionam ou não.
O que acontece na vida interna das escolas após a avaliação externa?
Entrevistado – Boa pergunta… Nós aplicamos os questionários à escola, em que de
alguma forma procuramos saber a satisfação e utilidade da avaliação externa. Estes
questionários são aplicados alguns meses após a presença da equipa na escola e temos
uma pequena perceção do impacto, em termos das metodologias, em termos das nossas
entrevistas, em termos do relatório, pronto procuramos saber o impacto que teve nas
escolas. Sabemos de uma forma muito genérica, que pelo menos são discutidos os
resultados na escola, mexe de alguma forma com a vida da escola, pronto isso é o
impacto. Depois quando sinalizamos os pontos fortes e áreas de melhoria as escolas
atualmente preparam os seus planos de melhoria na sequência da avaliação externa e
têm em consideração os pontos que sinalizámos como fortes como as áreas de melhoria
que são as que constituem uma prioridade nos planos das escolas. Portanto, é a nossa
perceção do impacto, quando lá voltamos na sessão de acompanhamento da ação
educativa, de momento às que tiveram menor classificação mas em breve a todas as
escolas avaliadas, ou quando lá voltamos para uma outra avaliação externa vemos
realmente se mexeu alguma coisa nesses quatro anos e agora como estamos a concluir o
2º ciclo temos perceções diversas. Há escolas onde realmente houve um impacto com
mudanças muito significativas, há outras em que houve um passo ao lado pouco mexeu
e então aí existem mais alguns aspetos sinalizados como áreas de melhoria. Agora com
os planos de melhoria a tendência é também para que o impacto seja cada vez maior da
avaliação externa, nos próprios processos de autoavaliação também.
Deseja acrescentar mais algum aspeto que não tenha sido contemplado na
entrevista?
Entrevistado – O facto de estar a trabalhar a autoavaliação de escolas como académica,
denota que este é um tema cada vez mais importante, posso acrescentar também que
constitui uma das maiores fragilidades, não só das escolas de cá mas também a nível das
escolas europeias é também dos pontos mais fracos, a Qualitive Ensurance, não é só a
autoavaliação mas toda a Garantia da Qualidade por parte da escola mas estou muito
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Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
satisfeito porque cada vez é dispensada um atenção maior por parte do mundo
académico, por parte dos stakeholders e por parte da tutela à autoavaliação de escola.
Muito obrigada.
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Grelha de análise de conteúdo da entrevista – Anterior Coordenadora da EA
Categoria Sub-categoria Indicadores Unidades de registo Autoavaliação no
Agrupamento
Utilidade do processo Reflexão sobre o trabalho
realizado
“A autoavaliação é um processo eu acho muito
importante porque pelo menos conseguimos
fazer uma reflexão (...) sobre aquilo que
andamos a fazer (...)”
Perceção das áreas de
melhoria
“(…) sobre o que é que pode ser melhorado o
que é não está bem (…) o que é que pretendemos
portanto é muito mais fácil se nos
autoavaliarmos ter essa perceção.. acho
importante.”
Natureza e teor da prática Existência de uma política de
autoavaliação
“Sim… Eu acho que sim. Já há alguns anos que
iniciámos o processo temos sistematicamente
feito avaliações… avaliamos num ano é feito o
relatório depois aplicamos o processo de
melhoria as ações de melhoria (…) acho que
estamos a conseguir mentalizar as pessoas para a
importância disto que é o mais importante.”
Metodologia aplicada Modelo CAF “Nós estamos a utilizar o método CAF.”
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Razões de escolha do modelo Parceria externa “(…) sempre sentimos a necessidade de ter
formação, no ano seguinte conseguimos uma
empresa com a iniciação no método CAF
começámos a utilizar e achámos que encaixava
bem que nos facilitava a sistematização do
processo.”
Impacto no planeamento,
organização e práticas
profissionais
Orientações mais objetivas e
direcionadas para as áreas de
melhoria
“(…) esse impacto está a ser sentido aos poucos
(…) as orientações já são mais objetivas mais
direcionadas (…) as pessoas estão a seguir
orientações muito especificas que vêm das áreas
de melhoria que se implementam (…)”
Aplicabilidade do modelo Autoavaliação utilizada como
instrumento de gestão
“Porque a autoavaliação vai dar as orientações e
as diretrizes necessárias à Direção e aos órgãos
intermédios de qual o caminho a seguir do que se
tem que fazer.”
Reflexão do percurso de
autoavaliação
Percurso complexo “É um bocadinho o que já tinha dito, não tem
sido um percurso fácil porque primeiro o
impacto quando se fala de autoavaliação a
maioria dos colegas fica… “para que é que
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Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
serve?”.
Dúvida inerente “Depois começam a duvidar e a pensar mas vai
ser para nos controlar, vai ser para nos pôr a
fazer alguma coisa, há sempre ali uma
desconfiança e alguns receios relativamente a
este assunto.”
Mais trabalho “Depois também acho que se calhar vão ter mais
trabalho por causa disso e de maneira que é
difícil que encaixem bem o que é que é a
autoavaliação tem que ser com um trabalho
continuado só assim é que se consegue.”
Percurso realizado com muito
esforço
“Acho que dentro daquilo que me apercebo, o
balanço que eu faço tem sido com muito esforço
por parte das equipas para conseguir chegar às
pessoas (…)”
Justificação do início de um
novo ciclo de autoavaliação
Autoavaliação cíclica “Porque a autoavaliação é mesmo assim tem que
ser cíclica... a avaliar continuamente.”
Equipa de autoavaliação Formação Convite da Direção “Foi por convite da Direção.”
Elementos Professores de todos os ciclos “(…) Então são sempre os professores (…)”,
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“(...) em relação aos professores são sempre
professores de 1º ciclo, da Pré, dos diferentes
ciclos, abrange todos os ciclos.”
Assistentes técnicos “(…) pelo menos da minha equipa existia a
presença de dois funcionários, da secretaria (…)”
Assistentes operacionais “(…) e outro dos não operacionais (…)”
Encarregados de educação “um encarregado de educação e acho que é só
(...)”
Direção “(…) um elemento da Direção que não está para
trabalhar diretamente mas que colabora em
algumas reuniões quando necessário (…)”
Assembleia “(…) nós chegámos até ter um elemento da
Assembleia, para muitas vezes dar opinião.”
Critérios de reformulação da
equipa
Disponibilidade de horário “(…) tem que ver às vezes com questões de
horário, com a parte da Direção e com quem está
disponível no momento. (…) Depois os outros
professores penso que também tem que ver com
questões de horário, quem é que tem horas para
isso.”
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Processo de
autoavaliação
Planificação Realização de questionários “(…) Então, são sempre escritos os indicadores,
ou seja são feitos questionários à população, são
escritos os indicadores mais importantes para
avaliar, isso tem que ver essencialmente com o
conhecimento que a equipa tem da escola ou do
agrupamento (…)”
Recolha de dados “(…) e depois são reunidos os dados dos
questionários”
Preenchimento de grelha pela
equipa
“(…) é preenchida uma grelha pela equipa onde
vão colocar algumas coisas que observam que
conhecem sempre com base em evidências.”
Análise de dados “(…) Depois de termos os dados todos, vamos
ver o que é preciso melhorar (…)”
Pontuação de acordo com o
modelo CAF
“(…) o que está bem, as coisas são pontuadas
como está previsto no método CAF o que é visto
como mais importante e o que não é através de
vários critérios muito objetivos e específicos
onde chegamos depois à parte do que é mais
importante para o agrupamento, o que é que tem
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mais relevância alterar.”
Garantia da continuidade do
processo
Acompanhamento do
processo pela equipa
“Há reuniões de equipa… e essa equipa
acompanha sempre o processo.”
Preocupação com a
sistematicidade dos dados
Inerente ao modelo CAF “Isto deve-se ao programa CAF... e é assim há
dados que são recolhidos numa altura e depois
poderão não ser necessários num outro ano. Mas
há dados que se alteram (…) há coisas que
mudam e que são importantes também recolher
novamente.”
Fontes dos dados Alunos “São as pessoas.. alunos (…)”
Professores “(…) professores (…)”
Encarregados de educação “(…) encarregados de educação (…)”
Funcionários “(…) funcionários (…)”
Documentos “(…) depois são os documentos, podem ser atas
mediante aquilo que a equipa está a avaliar ou a
observar, pode ter até a observação.”
Preocupações inerentes ao
processo de autoavaliação
Processo de ensino
aprendizagem dos alunos
“(…) Se calhar os resultados, queremos sempre
estar no topo, porque infelizmente ou felizmente
estamos muito virados para os resultados, o
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processo de ensino aprendizagem acho que esses
são os principais.”
Relatório de
autoavaliação
Elaboração Estrutura definida pelo
modelo CAF
“O relatório tem, já tem uma estrutura que foi
feita, é sempre feito com base nos dados e na
análise desses dados (…) O relatório já está
definido pelo modelo CAF, claro que pode ter
pequenas alterações mas é isso.”
Priorização das áreas de
melhoria
Tabela de pontuação do
modelo CAF
“(…) existe uma tabela com pontos que dá os
vários critérios, pomos lá todas as melhorias
encontradas, e depois isso vai-se pontuado e
depois aquelas duas ou três mais pontuadas são
essas que vão ser aplicadas.”
Avaliação das ações de melhoria Grupo definido para cada
área
“(…) nós arranjamos um grupo para cada uma
das ações para garantir que a ação é aplicada
(…)”
Supervisionamento e apoio a
cada equipa por outro
elemento
“(…) depois alguém da equipa de autoavaliação
vai supervisionar ou vai dar apoio a essa equipa
(…)”
Divulgação dos resultados Página da escola “(…) É feita através da página da escola (…)”
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Reuniões de Departamento “(…) das reuniões de Departamento e acho que é
só.”
Avaliação externa Preparação do Agrupamento Direção “(…) Isso é feito pela Direção, essa preparação
não cabe à equipa de autoavaliação, a Direção é
que tem de responder aquilo que lhes é pedido.”
Impacto da avaliação externa na
avaliação interna do
Agrupamento
Inclusão das áreas de
melhoria da avaliação externa
na avaliação interna
“(…) quando é feito o relatório da avaliação
interna tem sempre em consideração o relatório
da avaliação externa.”, “(…) entretanto a
avaliação interna concluiu o seu relatório, ou
melhor já fez o projeto para a ação de melhoria,
e foi-nos transmitido agora no Pedagógico quais
são as áreas de melhoria para este ano e aquilo
que estamos a fazer já vai de encontro ao que foi
dito.”
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Grelha de análise de conteúdo da entrevista – Coordenadora da AE
Categoria Sub-categoria Indicadores Unidades de registo
Autoavaliação no
Agrupamento
Utilidade do processo Estabelecer feedback “(…) para nos estabelecer feedback sobre o seu
funcionamento, sobre as metodologias de
trabalho, sobre os nossos processos de ensino
aprendizagem, acima de tudo para nos
estabelecer feedback para melhorarmos (…)”
Implementar ações que visam
a melhoria
“(…) para implementarmos ações que visem a
melhoria principalmente do processo de ensino
aprendizagem.”
Natureza e teor da prática Existência de uma política de
autoavaliação
“(…) desconheço um pouco o processo de modo
que o meu conhecimento sobre a política é o
conhecimento que todos os professores têm que
é quase nenhum (…) de um ano para cá estou
mais informada, sei que tem havido um grande
esforço da parte da Direção essencialmente para
criar uma cultura de autoavaliação na escola.”
Metodologia aplicada Modelo CAF “É aquele processo... o CAF que já estava
implementado anteriormente.”
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Aplicabilidade do modelo Autoavaliação informa os
órgãos de gestão
“(…) pode dar informação aos órgãos de gestão
da escola para agirem de acordo com os
resultados de autoavaliação (…)”
Reflexão do percurso de
autoavaliação
Esforço para que exista de
forma continuada
“(…) acho que tem havido um grande esforço
para que exista de forma continuada, que se crie
essa cultura de autoavaliação isso tem havido
esse esforço (…)”
Atual reinício do processo “(…) acho que estamos a fazer mais do mesmo
porque eu pessoalmente reunimos novamente a
informação, fazer nova equipa, fazer as novas
ações de melhoria, quando as da equipa
anteriormente não foram todas levadas a bom
termo, ficaram muitas coisas por fazer e nós
estamos a reiniciar um processo que devia
continuo e não reiniciado (…)”
Justificação do início de um
novo ciclo de autoavaliação
Fim da equipa anterior “(…) porque a equipa anterior não quis
continuar, a maior parte dos professores no
quiseram continuar, outros não houve
oportunidade… enfim. Então houve a
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necessidade de criar uma nova equipa (…)”
Equipa de autoavaliação Formação Convite da Direção “(…) a Diretora falou comigo (…) se estava
interessada em coordenar a equipa e eu não
estava (…) mas pronto a Direção precisava e não
é nada que não se aprenda. A partir daí, tentámos
formar então a equipa (…)”
Elementos Professores de todos os ciclos “Temos representantes de todos os ciclos, do
pré-escolar, 1º ciclo, 2º ciclo (…)”
Pessoal não docente “(…) pessoal não docente (…)”
Representantes dos alunos “(…) representantes dos alunos (…)”
Encarregados de educação “(…) dos pais, enfim de todas as áreas que estão
aqui representadas.”
Processo de
autoavaliação
Garantia da continuidade do
processo
Incentivo da Direção “(…) é um bocado iniciativa da gestão que vai
tentando envolver as pessoas e sensibilizá-las
para que participem na autoavaliação. Mas acho
que a Direção tem feito tudo para isso (…)”
Fontes dos dados Questionários “(…) Os questionários essencialmente (…)”
Reuniões de pais “(…), claro que nós temos também informação
de reuniões de pais (…)”
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Reuniões de diretores de
turma
“(…) de diretores de turma (…)”
Reuniões de Departamento “(…) em reuniões de Departamento (…)”
Documentos “(…) uma série de documentos, atas, onde fica
registado mas o tratamento que lhes é dado não é
tão formal nem tão fiel como no caso dos
questionários.”
Preocupações inerentes ao
processo de autoavaliação
Indisponibilidade de horário
da própria equipa
“(…) para mim é como é que vamos trabalhar
novamente, eu tenho o meu horário outra vez
sem horas para estar com a equipa porque não há
(…) se eu tivesse horas comuns para trabalhar as
coisas pareciam diferentes.”
Relatório de
autoavaliação
Priorização das áreas de
melhoria
Tabela de pontuação do
modelo CAF
“(…) Porque nós estamos no terreno e às vezes
os questionários, para já damos uma pontuação
aos resultados que obtemos e depois vemos o
que é prioritário (…)”
Divulgação dos resultados Página da escola “Agora tem sido pela página (…)”
Reuniões de Departamento “(…) temos também divulgado em reuniões de
Departamento.”
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Avaliação externa Preparação do Agrupamento Reuniões da equipa de
autoavaliação
“Em relação à equipa de autoavaliação nós
sabíamos que íamos fazer parte do painel ok,
reunimos dentro do possível como é que íamos
fazer (…)”
Impacto da avaliação externa na
avaliação interna do
Agrupamento
Reflexão sobre as áreas a
melhorar
“No fundo é isto, nós acabamos por pensar nas
ações de melhoria logicamente que sim, pensa-se
sobre isso (...)”
Preocupação em dar resposta
aos pontos fracos
“(…) Desta ainda não, mas da anterior sim,
foram reformulados muitos documentos, foi feito
um esforço para reduzir o insucesso da
matemática e do português e sim houve uma
grande preocupação da escola em dar resposta
aos pontos fracos que nos foram apontados na
altura (…)”
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Grelha de análise de conteúdo da entrevista – Diretora do AE A
Categorias Sub-Categorias Indicadores Unidades de registo Autoavaliação no Agrupamento Utilidade do processo Reflexão sobre o caminho a
seguir perante os problemas
detetados
“(…) é um momento de reflexão e
criar esse momento de reflexão
dentro da escola, dentro do
Agrupamento, é o ideal para nós
percebermos o caminho que devemos
tomar perante os problemas
detetados.”
Conhecer-nos a nós próprios e
à organização
“(…) a autoavaliação é uma forma de
nos conhecermos a nós próprios e à
organização onde estamos inseridos
(…)”
Teor da prática
Existência de uma política de
autoavaliação informal
“Informal, eu acho que a nossa
política de autoavaliação é mais
informal do que formal (…) informal
acho que as pessoas conversam
muito sobre aquilo que fazem no
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espaço de sala de aula já é bom, já é
um caminho, só que depois não
passam muitas vezes para o papel,
não tornam a sua informação
consistente (…)”
Metodologia aplicada
Modelo CAF
“(…) então pedimos a ajuda dos
formadores, que nos viessem
explicar por exemplo o CAF, o tal
modelo que nós utilizamos (…)”
Razões para a escolha do modelo Ajuda exterior de formadores “(…) Entretanto vimos que sozinhos
não estávamos a avançar muito e
então pedimos a ajuda dos
formadores (…) ajuda exterior e
temos estado com formadores a
desenvolver o processo CAF.”
Impacto no planeamento,
organização e práticas
profissionais
Plano estratégico realizado “(…) temos o plano estratégico neste
momento vamos tentar concluir para
mandar até à Inspeção, já recolhemos
um conjunto de informação junto de
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todos e agora estamos a organizar a
informação (…)”
Dissipação das orientações
quando aplicadas na prática
“(…) No terreno eu acho que vai-se
desvanecendo (…) as pessoas
orientam-se mas depois esquecem-se,
já percebi que tenho de estar sempre
a relembrar que esta decisão teve
como início o processo de
autoavaliação, o processo disto ou o
processo daquilo (…)”
Aplicabilidade do modelo Autoavaliação para tomar
decisões necessárias
“Devia ser essencial, devíamos ter
sempre de lado um livrinho antes de
dizer qualquer coisa relembrar
porque é que estamos a tomar essa
decisão (…)”
Reflexão do percurso de
autoavaliação
Modelo próprio “(…) começámos com um grupo
pequeno, com duas pessoas da
Assembleia de Escola em que
utilizava-se... começámos por ler a
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legislação e tentar pôr em prática um
modelo nosso, uma maneira nossa de
tentar perceber (…)”
Procura de informação em
Seminários
“(…) E foi a partir daí com a
professora I que na altura
começámos a trabalhar, vimos que
era preciso mais informação mais
ajuda e fomos a seminários sobre
autoavaliação, à Universidade Nova,
a outros seminários que faziam sobre
o assunto (…)”
Mudança de equipa “(…) Mudámos ligeiramente a
equipa, porque entretanto aqueles
que estavam a desenvolver os
trabalhos foram para a reforma... e eu
própria tive que começar a perceber
estas coisas da autoavaliação (…)”
Autoavaliação informal
insuficiente
“(…) A autoavaliação informal vi
que também não era suficiente (…)”
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Trabalho conjunto com
formadores externos
“(…) estamos a trabalhar com a
ajuda da empresa, dos tais
formadores que tem a ajuda da
Universidade Católica e tudo isso,
para nos dar também esta parte mais
formal (…)”
Justificação do início de um novo
ciclo de autoavaliação
Mudança da equipa “Porque entretanto teve a ver com as
mudanças da equipa (…)”
Conclusão de objetivos no 1º
ciclo
“(…) vimos que no 1º ciclo
concluímos alguns objetivos agora
queríamos ver, que passo é que
conseguimos dar mais à frente (…)”
Equipa de autoavaliação
Formação Convite da Direção “(…) inicialmente foi com a colega
A, que é uma pessoa cá da casa (…)
Depois os outros foi ir buscando
pessoas mais novas e umas mais
antigas para misturar digamos essa
tradição e essa modernidade que é
necessária neste Agrupamento.”
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Elementos Professores de todos os ciclos “(…) São professores do 1º ciclo, do
2º ciclo, do 3º ciclo (…)”
Assistentes técnicos “(…) assistentes técnicas (…)”
Assistentes operacionais “(…) assistentes operacionais (…)”
Encarregados de educação “(…) os pais (…)”
Direção “(…) a Direção está às vezes também
(…)”
Conselho Geral “(…) o Conselho Geral também está
presente na equipa alargada, quando
é para tomarmos decisões e na
formação que ainda continuamos a
ter, e penso que estão todas as áreas”
Critérios de reformulação da
equipa
Aposentação de alguns
elementos
“Teve a ver com a aposentação de
alguns elementos e portanto houve
aqui uma quebra de uns meses até
recompormos (…)”
Processo de autoavaliação Planificação Áreas a melhorar determinadas
pela avaliação externa
“Então este vai ter como pano de
fundo as áreas menos boas digamos
assim, as áreas a melhorar
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determinadas pela Inspeção (…)”
Resultados dos questionários “(…) vamos tentar conjugar os
resultados dos questionários e tentar
arranjar aqui um plano que
consigamos pôr em prática (…)”
Formulação de um plano
estratégico conjunto
“(…) agora vamos ver se essas ações
vão coincidir com os resultados dos
questionários e portanto aí fica o
plano estratégico mais enriquecido.”
Garantia da continuidade do
processo
Atribuição de horas para a
autoavaliação aos elementos da
equipa
“(…) como a equipa está constituída
e tem horas atribuídas no seu horário
eu acho que já vai facilitar a
continuidade porque sem horas é
impossível as pessoas fazerem o seu
trabalho porque não têm aquela
“obrigação” no seu horário (…)”
Preocupações inerentes ao
processo de autoavaliação
Desmotivação da equipa “(…) é a própria equipa não se
cansar com o trabalho por um lado,
porque nós temos a noção que como
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eles já perceberam que nem sempre
os outros docentes reconhecem que
gostam deste trabalho desmotivam-se
mais facilmente (…)”
Relatório de autoavaliação Elaboração
Base em três áreas a melhorar “O relatório de autoavaliação é
elaborado pela equipa e com base nas
três áreas a melhorar (…)”
Análise pela equipa alargada “(…) e depois é levado à equipa
alargada com todas as pessoas
incluindo a Direção (…)”
Criação de sub equipa que
garantem as ações
implementadas
“(…) Cada área é realizada por sub
equipas (…) daqui vão ficar três sub
equipas que vão garantir que as ações
são implementadas. Estas sub
equipas que são conjuntos de
professores que vou tentar que não
nos esqueçamos as ações que são
precisas pôr em prática.”
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Priorização das áreas de melhoria Tabela de pontuação do
modelo CAF
“Tem a ver com o tal CAF, são
pontuadas as ações, aquelas que
tiverem mais pontuação, em conjunto
com a Direção vamos perceber quais
são as principais para este ano letivo
por exemplo (…)”
Avaliação das ações de melhoria Processo contínuo “Sim, até ser concretizado (…)”
Divulgação dos resultados Página da escola “Pela página da escola (…)
Reuniões de Departamento “(…) de qualquer modo
aproveitamos reuniões de
Departamento”
Reuniões de ano “(…) reuniões de ano, 1º, 2º, 3º e 4º
ano (…)”
Reuniões de estabelecimento “(…) reuniões de estabelecimento
(…)”
Reuniões de Pedagógico “(…) reuniões de Pedagógico (…)”
Avaliação externa Preparação do Agrupamento Leitura de relatórios de outros
Agrupamentos
“(…) comecei a ler relatórios dos
outros agrupamentos para perceber
se estava a fazer coisas muito
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diferentes e vi que o nosso trabalho
estava no sentido positivo digamos
assim (…)
Preparação dos colegas para a
presença da Inspeção
“(…) comecei a preparar e a dizer
para os colegas que deveríamos ter a
Inspeção este ano, que vamos dar o
nosso melhor mais uma vez,
agradecia a colaboração e o empenho
de todos, tentarmos que não nos
escapasse em termos de organização
dos simples documentos.”
Reuniões sistemáticas com
todas as estruturas
“(…) fui-me reunindo com todas as
estruturas, quer a equipa de
autoavaliação, quer os coordenadores
de estabelecimento, quer do
Pedagógico (…) Foi sempre reuniões
sistemáticas para que não nos
esquecêssemos daquilo que fazemos
e mostrar o que fazemos bem (…)”
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Convite dos parceiros para a
sessão de apresentação
“(…)Fui também falando com as
estruturas, quer da Câmara, quer dos
parceiros que trabalham connosco
normalmente, só lhes disse nós
vamos ter uma avaliação externa
concerteza que vou convidá-los para
uma sessão de apresentação (…)”
Impacto da avaliação externa na
avaliação interna do Agrupamento
Reflexão sobre o trabalho
realizado
“(…) Portanto, eu acho que tem um
peso, eu não diria determinante, mas
ajuda imenso na reflexão
Conversa estabelecida entre
pares
“(…) o facto das pessoas mesmo em
painel, há assuntos que nós próprios
debatemos mas que não vemos
soluções à vista por diversas
situações (…) as minhas colegas
diziam-me temos que arranjar uma
maneira.. vou colocar isso no painel
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Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
da Inspeção (…) Ou seja, o que é que
quero dizer, o facto de estarem a
falar com os nossos superiores quase
que hierárquicos ajuda a que as
pessoas desabafem e tenham essa
ideia de que nós estamos cá a
trabalhar mas precisamos de ajuda, o
vir gente diferente à escola leva a
que as pessoas também pensem de
maneira diferente, oiçam outras
formas de pensar e juntem as duas
coisas e trabalhem no terreno isso.”
União da comunidade escolar “Porque esse objetivo comum une as
pessoas (...)”
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Grelha de análise de conteúdo da entrevista – Avaliador Externo da AEE
Categorias Sub Categorias Indicadores Unidades de registo Práticas de autoavaliação
Utilidade do processo Instrumento de melhoria “(…) é um instrumento que a escola
pode utilizar para a sua própria
melhoria, portanto informa a tomada
de decisão e monitoriza o
desenvolvimento da escola, o trabalho
que é desenvolvido na escola (…)”
Instrumento de prestação de
contas
“(…) para quem está no exterior, é um
instrumento digamos de prestação de
contas, para mostrar aos pais e à
comunidade aquilo que a escola está a
fazer.”
Aspetos valorizados Consciencialização “(…) é a consciencialização das
escolas da importância da
autoavaliação, cada vez se nota mais
que há uma consciencialização de que
é importante desenvolver a
autoavaliação e dificilmente vemos
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uma escola que não tenha a sua
própria política de autoavaliação (…)”
Valorização pela comunidade
escolar
“(…) é também a valorização que é
feita pela comunidade escolar, nesta
altura a comunidade escolar se a
escola não tem autoavaliação existe
uma pressão de tal ordem que a escola
cria os seus próprios mecanismos de
autoavaliação (…)”
Reconhecimento da tutela “(…) é o reconhecimento da tutela,
quando foi publicada a lei 31/2002 da
importância da autoavaliação para as
escolas (…) já houve nessa altura um
reconhecimento por parte da tutela de
importância da autoavaliação para as
próprias escolas.”
Preocupações com o processo Utilidade
“A primeira coisa é que seja uma
autoavaliação útil, tem que ser útil se
não for útil, se for só perguntar por
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perguntar, saber por saber, e não tenha
depois nenhuma utilidade, isso não
(…)”
Eficácia “(…) tem que ser eficaz, portanto tem
que estar ligada a processos de tomada
de decisão e resultar em alguma coisa,
se uma autoavaliação for consequente
é muita informação amontoada mas
depois não é valorizada (…)”
Sistematicidade “(…)A sistematicidade, não é fazer a
autoavaliação hoje e depois perdeu-se
tudo, tem que ser feito algum trabalho
regular na autoavaliação (…)”
Sustentabilidade “(…) E tem de ser um processo
sustentável, tem que se alocar
recursos, os recursos necessários para
desenvolver as práticas de
autoavaliação, tem que haver uma
visão para que a autoavaliação não
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seja algo de imediato..”
Processo bem conseguido Apoio à tomada de decisão “É ser consequente, informar a tomada
de decisão (…)”
Institucionalização “(…) tem de ser algo que é
institucionalizado, o que é que isto
quer dizer, tem que ser assumido pela
instituição como seu, portanto os
órgãos de decisão da escola tem que
reconhecer que aquela autoavaliação é
sua. Uma autoavaliação da escola, não
é uma autoavaliação de um
determinado grupo de pessoas (…)”
Reconhecimento dos
parceiros
“(…) e depois tem que ser reconhecida
pelos stakeholders (…)”
Modelos Preferências “Não, não existe nenhuma preferência.
O importante é que sejam o máximo
genuínos e tem que ser uteis (…)”
Diferenças nos processos Matriz “(…) algumas têm até a matriz muito
bem desenhada no papel mas ainda
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não foi implementada (…)”
Autoavaliação como parte da
política
“(…) há escolas que veem a
autoavaliação como parte da sua
política de desenvolvimento (…)”
Autoavaliação para reagir a
situações
“(…) há outras que utilizam a
autoavaliação para reagir a
determinadas situações. Imaginemos
que os resultados foram maus numa
determinada disciplina, vamos fazer
aqui um questionário a professores e a
alunos para saberem porque razões
foram maus, é mais reativa (…)”
Processo de constituição das
equipas de autoavaliação
Reconhecimento “(…) Se há uma equipa de
autoavaliação, para já existe um
reconhecimento da autoavaliação por
parte da escola (…)”
Separação de poderes “(…) também constitui uma
oportunidade para separar (…)
poderes dentro da escola. Por um lado
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temos a equipa de autoavaliação, por
outro temos os órgãos de gestão e
administração da escola portanto há
uma maior separação de poderes (…)”
Valorização dos recursos
humanos
+“(…) há uma valorização de recursos
humanos da escola porque muitas
vezes quem integra essas equipas são
professores com alguma apetência
para desenvolver esse tipo de
trabalho.”
Avaliação externa dos
Agrupamentos
Mediação entre avaliação interna
e avaliação externa
Auscultação “Bom enquanto avaliador externo,
ouvindo, Ouvindo o que a avaliação
interna tem para nos dizer (…)”
Interpelação “(…) interpelando (…) utilizando essa
informação para interpelar a escola
nos painéis por exemplo (…)”
Questionamento “(…) e questionando (…) aproveito
também para questionar a própria
consistência da avaliação interna. No
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momento em que as equipas nos
apresentam os seus resultados, os seus
processos, aproveito para questionar a
sua consistência, é para testar (…)”
Avaliação dos efeitos da
autoavaliação
Apoio à decisão “(…) Há casos em que vemos
claramente que a autoavaliação serviu
para informar as decisões da escola, ou
pelo menos algumas (…)”
Legitimação das decisões “(…) há outras escolas em que é o
contrário são tomadas decisões e
depois vão fazer uma avaliação para
legitimar a decisão que tomaram (…)”
Importância do relatório de
autoavaliação
Interpelação “(…) vai servir para interpelarmos os
painéis, utilizamos aquela informação
confrontando com dados que nós
temos e interpelamos os painéis
também com base naquela informação
(…) Portanto, nós olhamos para os
relatórios de autoavaliação com um
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espírito crítico, utilizamos para
interpelar a escola e os painéis (…)”
Consolidação de práticas de
autoavaliação
“(…) mas também é uma oportunidade
que nós temos para contribuir de
alguma forma para consolidar as
práticas de autoavaliação.”
Processo de elaboração do
relatório final
Enfoque “ Nós olhamos mais para o produto,
existem vários itens que são
considerados, a coerência entre a
autoavaliação e a ação para a
melhoria, mas não propriamente o
modo como o relatório final é
elaborado (…) Não olhamos tanto para
o processo mas para o produto, neste
caso (…)”
Disseminação dos resultados da
autoavaliação
Envolvimento e participação
da comunidade educativa
“É apreciada (…) Para já, para saber
se a comunidade, os stakeholders, têm
conhecimento do trabalho que é
desenvolvido pelas escolas em termos
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Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
de autoavaliação. Há um item que é o
envolvimento e a participação da
comunidade educativa na
autoavaliação, a disseminação envolve
de alguma forma a comunidade no
processo de autoavaliação (…)”
Circuitos de comunicação
interna
“(…) os circuitos de comunicação, é
interessante não só para a
autoavaliação mas também a nível da
gestão e da liderança, os circuitos de
comunicação internos (…) é saber se
os circuitos de comunicação interna
funcionam ou não.”
Impacto da avaliação externa nos
Agrupamentos
Discussão dos resultados nas
escolas
“(…) Sabemos de uma forma muito
genérica, que pelo menos são
discutidos os resultados na escola,
mexe de alguma forma com a vida da
escola, pronto isso é o impacto (…)”
1
GrelhadeObservação(GO1)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 2 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
9 h Auditório da Caixa Agrícola
Sessão de Apresentação
Chegamos ao local juntamente com os dois inspetores, o perito externo e Sr.ª Diretora. Diversas pessoas na assistência, desde elementos da Câmara, Presidente da Junta de Freguesia, professores do Agrupamento, elementos da Direção, professores aposentados, elementos da GNR A, Encarregados de Educação, Presidente da Associação de Pais, elementos do Conselho Geral a elementos representantes de inúmeras instituições com as quais estabelecem parcerias para o proveito da sua comunidade educativa. As pessoas parecem naturalmente descontraídas sem grandes nervosismos. Na entrada na escola pareceram também muito descontraídos e recetivos à nossa chegada.
A Dr.ª Rosa Micaelo precede à apresentação do Programa de AEE no que respeita aos objetivos, Quadro de referência, domínios e campos de análise, metodologia, níveis da escala de classificação e divulgação dos resultados da avaliação. A Sr.ª Diretora realiza a apresentação do Agrupamento. Faz-se sentir um ambiente completamente descontraído começando pela apresentação do hino da escola. Todos se levantam dizendo que: “hino é hino”. Em simultâneo passam imagens sobre atividades desenvolvidas pelo Agrupamento como: “Cantando as janeiras”, “Maratona da leitura”, entre outras. A Sr.ª Diretora continua a apresentação referindo que: “É essa a minha função tirar de todos o melhor para gerir estes tempos que não são fáceis”.
2
De seguida, passamos à apresentação das várias parcerias que o Agrupamento estabelece dando a palavra aos seus representantes. O responsável da Edugep falou acerca das atividades de enriquecimento curricular com as quais realizam uma articulação vertical entre o inglês do Agrupamento e o inglês na Edugep segundo as metas curriculares desta área disciplinar. Segue-se a apresentação do Conservatório de Música, com o convite de uma ex-aluna do Agrupamento com apenas 16 anos que frequentou o ensino articulado. Esta jovem mais um colega vieram tocar piano e violoncelo.
Alguns professores aposentados têm o seu tempo para falar do Agrupamento, da Direção e das suas funções enquanto docentes e, responsáveis por diversos cargos de gestão intermédia. Esta escolha pelos professores aposentados parece-me ter duas leituras, uma por um lado positiva, que é a de que podem trazer o seu testemunho de experiência e profissionalismo apresentando-se como um membro ainda presente no Agrupamento uma vez que os docentes atualmente em exercício terão oportunidade de se manifestar durante os painéis de entrevistas decorrentes da AE. Ou por outro lado, uma visão menos positiva, que é a de que as boas práticas ou até mesmo a boa relação entre Direção e docentes que se faz sentir poderão já não estar presentes atualmente, daí a necessidade de lhes dar alguma atenção. Os exemplos contados por estas professoras vão desde a prática da atividade experimental na área de Ciências Naturais, a apresentação de estratégias para combater o insucesso, com atividades que realizavam nas reuniões, planificações, assistir às aulas dos colegas, presença dos professores de Matemática nas reuniões de Período, etc. Uma antiga Coordenadora de Projetos fala também do seu papel no Agrupamento, dos projetos que desenvolveu em operacionalização com o PE de acordo com as metas que estabeleciam como por exemplo: Parlamento dos Jovens, Um dia na Idade Média, Promoção e Educação para a Saúde, Toca a Mexer e Magia do Verde.
3
A Diretora salienta a formação dos professores enquanto instrumento de melhoria dos resultados. Apresenta assim, o projeto que pretendem desenvolver de Supervisão Pedagógica com a participação da professora Carmo Clímaco juntamente com o Centro de Formação Contínua de professores em áreas como: TIC, Avaliação Externa de desempenho escolar, Liderar/gerir em contexto escolar, Desenvolvimento Curricular, Educação Especial, entre outras.
Muitas são as crianças com NEE neste Agrupamento (70 alunos) a que é necessário dar resposta. Um elemento da Proteção civil é também chamado a intervir e ressalva a participação do Agrupamento em ações de simulacro
Abrem as portas às crianças do Pré-escolar de alguns JI pertencentes ao Agrupamento para dizerem que sonhos têm, o que querem ser quando forem grandes? Os meninos apresentam-se dizendo o seu nome, quantos anos têm e qual a sua profissão futura. Uns dizem astronautas, outros médicos dos animais, uma menina diz que quer ser pop star mas o mais engraçado é o Gaspar que diz: “Quero ser bombeiro..” e a Educadora pergunta “bombeiro mas para quê?” ao qual ele responde “Para salvar os gatos das árvores”.
O Sr. Vereador começa por dizer que é importante vir a dar resposta aos sonhos destas crianças pois é uma responsabilidade que nos assiste como políticos ou cidadãos do mundo. Fala também da importância da formação para a cidadania e a pertença do município à escola, ressalvando as dificuldades que vivem cada vez mais na crescente atribuição de competências aos municípios. “São 308 maneiras diferentes de fazer educação tem que existir uma base de universalidade..”
4
A Sr.ª Diretora procede agora à apresentação dos resultados de sucesso do ano de 13/14 segundo a média nacional. Estes são resultados que lhe permitem fazer uma comparação positiva do seu Agrupamento sendo fácil de perceber a sua escolha. Se pegasse no valor esperado não seria uma análise tão positiva assim. Esta escolha demonstra-se estratégica no que consiste em passar uma imagem da instituição e do seu trabalho maioritariamente positiva.
Abrem o debate para quem queira dar uma opinião ou fazer alguma observação. As pessoas parecem um pouco constrangidas inicialmente mas começam a querer participar. Várias foram as intervenções como: Representante dos pais do 5º H que refere que o Agrupamento tem “promovido e desenvolvido a boa formação dos alunos”; Representante do CAFA que salienta a realidade de alunos com escassez de recursos emocionais e cognitivos muito mais que financeiros com que a escola lida com tanto carinho e atenção; Diretor da Escola Secundária que ressalva a parceria da sua Escola com o Agrupamento “As escolas podem estar agrupadas mesmo sem ser Agrupamento” e ainda, a Diretora técnica do Centro de Acolhimento “Porta Aberta” onde existem problemas de indisciplina e absentismo sendo o discurso direcionado como uma forma de agradecimento ao Agrupamento salientando uma evolução positiva no trabalho desenvolvido.
A sessão conclui-se com a distribuição de águas e fogaças a todos os participantes sendo que a seguir iremos para a escola sede de novo.
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GrelhadeObservação(GO2)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 2 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
11:15 h Sala de reuniões 1º piso da Escola Sede
Entrevista Conselho Geral
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos do Conselho Geral. A Dr.ª Rosa começa por explicar ao grupo que a entrevista se baseará no levantamento de questões pela equipa da Inspeção mas também na auscultação de pontos que queiram levantar e que achem importantes para esta conversa.
Começam por ser lidas as competências deste órgão de forma a que possam confrontá-las com a sua prática, será que são cumpridas? Todas elas? A atual configuração da equipa tem cerca de um ano e têm como objetivo da sua ação na escola melhorar as práticas com a noção das limitações. Já produziram recomendações para a ação do Agrupamento como por exemplo a aprovação e análise do Projeto Educativo – documento pouco explícito quando lhes chegou às mãos, existiu melhoria uma vez que retiraram muita informação que não era necessária. A Dr.ª Rosa questiona o grupo acerca da avaliação desse mesmo documento, como é que tem sido feita? A avaliação só será feita no final do ano letivo. Fazem também o acompanhamento do PAA, se foram ou não realizadas as tarefas propostas. Se o PAA está de acordo com o PE essas áreas de intervenção estão adequadas. Assim, esta avaliação prende-se com a realização ou não das atividades e o seu enquadramento. Um dos problemas que uma das entrevistadas levanta é o seguinte: “Temos metas demasiado específicas que se tornam difíceis
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de escolher no sentido de justificar as atividades segundo essas metas”.
Em relação à estratégia utilizada pela escola para colmatar as suas falhas, a Dr.ª Rosa questiona se existe? E em existindo se é clara e transversal a todas as ações que ocorrem na escola. O grupo afirma que o plano está a aproximar o Agrupamento, as escolas e os níveis de ensino, anteriormente existia uma política de individualidade. Conseguiram realizar um PAA de Agrupamento e não de escola, existindo apenas algumas mais específicas para algumas escolas com realidades muito diferentes uma vez que se trata de um Agrupamento bastante heterogéneo. Ainda assim, a equipa de avaliação refere que não se traduz na forma como o documento está apresentado.
No que respeita ao acompanhamento feito pelo CG ao processo de autoavaliação é questionado de que forma é que o fazem. O grupo refere que a autoavaliação é acompanhada por eles através de reuniões. Trabalharam o relatório verificando a existência ou não de conformidade com o PE uma vez que era essa a sua base apesar do constrangimento do tempo para as reuniões.
Relativamente aos órgãos com quem trabalham diretamente mencionam a Diretora em articulação com os outros órgãos, têm vindo a estabelecer ligações com interpelações, uma maior aproximação, embora lenta tem sido realizada.
A estratégia enunciada na apresentação “Melhorias para a aprendizagem da Matemática” foi referida mas, de acordo com a equipa de avaliação, não se encontra ainda a ser desenvolvida. Segundo os professores, o fim do estudo acompanhado veio prejudicar o apoio à Língua Portuguesa e à Matemática. O grupo afirma que as ações em curso para dar apoio a esta prioridade são a motivação dos alunos, a redução dos alunos nos apoios de forma a melhorar a sua eficácia e a realização de testes de diagnóstico.
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Os elementos do CG dizem que já se nota um convergir para as ações de melhoria, anteriormente trabalhavam sem uma linha orientadora e de momento já foi conseguida. Tem sido uma tentativa de todos também a ênfase dada ao Pré-escolar, delineando e integrando este nível de ensino no Agrupamento e nas suas atividades. Um dos elementos refere: “Os meninos não chegam ao 1º ciclo como tábua rasa e isso não pode ser esquecido”.
De seguida, passam à apresentação do valor esperado, a equipa refere que têm grandes desafios pela frente e questionam o grupo acerca dos factores intrínsecos ao processo de ensino aprendizagem. Relativamente ao contexto pouco pode ser mudado, deste modo é ao longo deste processo que pode ser pedida a tal profissionalidade. No que toca aos resultados menos positivos, destaca-se a disciplina de Matemática e o 3º ciclo em geral. Existiu uma melhoria no ano passado a Matemática e a equipa questiona o grupo se alguém sabe justificar esses valores. Os professores referem que não existiram grandes diferenças no que respeita ao tipo de alunos, ainda assim existiu um maior esforço por parte dos alunos menos bons dada a vontade de ingressar numa escola profissional onde são contabilizadas as notas da avaliação externa. Os exames ganharam assim um novo sentido para quem só se aplica se existir um motivo para o qual estejam motivados. Referem que a estratégia talvez passe por aí, pela importância da nota do exame para algo da vida deles na prática.
Reconhecem a importância do aumento da formação de professores uma vez que as crianças são diferentes e devem estar em constante renovação das práticas. O Plano de formação é aprovado pelo Conselho Geral.
14:30h Escola Sede Visita à Escola Realizámos a visita às principais salas da Escola Sede juntamente com alguns elementos da Direção que foram entrando nas salas e apresentando a equipa.
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Fomos à sala de multideficiência (com 4 meninos), sala de Diretores de turma, salas de informática, refeitório e bar, sala de música de uma turma de 5º ano, ginásio, CRE, secretaria, sala de professores e espaços exteriores.
GrelhadeObservação(GO3)
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Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 2 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
16:30h Sala de reuniões 1º piso da Escola Sede
Entrevista com a equipa de autoavaliação
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos da equipa de autoavaliação. Os professores começam por fazer um pequeno resumo do percurso da sua equipa explicando que no ano seguinte à presença da IGEC realizaram o Plano de melhoria (11-12) do qual resultaram três ações de melhoria. Assim, iniciaram uma nova coordenação com a utilização do modelo CAF passando a um novo ciclo de autoavaliação. Realizaram o projeto de ação de melhoria que terminou com a aplicação dessas ações. A opção pelo modelo CAF surgiu da dificuldade que sentiam em sistematizar o processo sem formação. Como tal, efetuaram formação nessa área o que lhes permitiu colmatar algumas das dificuldades. A formação foi direcionada diretamente para o modelo que desejavam utilizar. As ações foram implementadas por sub equipas com um relatório correspondente. O PE (3ªação de melhoria) surgiu de uma das ações desta equipa. O novo Plano de ações de melhoria (12/13) realizou-se com base no relatório de 11/12. (Inspeção? Ou da escola?) A recolha de dados foi implementada com base nas seguintes fontes de informação: questionários, consulta de atas, grelhas com dados estatísticos (resultados, dados das famílias dos alunos, etc.)
Relativamente à aplicação do processo, os professores referem que foram formadas sub equipas para cada uma das ações de melhoria. O PE foi reformulado e nasceu um novo projeto. Para a 1ª ação de melhoria foram desenvolvidas estratégias como a criação de um espaço de investigação, novas práticas pedagógicas e partilha das mesmas. Porém, não
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resultou e foram criadas como alternativas a supervisão pedagógica (atualmente a decorrer). A equipa de avaliação externa menciona que não é possível compreender através dos documentos que lhes foram apresentados se as ações são implementadas e desenvolvidas e de que forma é que são monitorizadas (Plano inicial, intermédio e final que deveria existir). Não parecendo existir uma monitorização intencional. Ainda assim, o grupo de professores refere que essa monitorização existe, inclusivamente descrita em documentos, as ações são avaliadas ao longo da sua implementação porém esses documentos não foram enviados para os inspetores. Quanto ao PE, será avaliado no final do ano letivo pela equipa de autoavaliação e pela formação com a nova equipa. Os novos elementos estão ainda a familiarizar-se com o modelo CAF, encontrando-se a definir indicadores para os questionários no início deste novo ciclo (2º ciclo de autoavaliação). A avaliação do PE já será tida em conta na escolha destes novos indicadores. A equipa de avaliação externa questiona o grupo se lhes parece necessário investir de novo no diagnóstico organizacional, ao qual os professores respondem que lhes parece útil embora o que já foi feito não será quebrado nem esquecido, existirá uma continuidade. São novamente questionados pela equipa, desta vez acerca da 1ª ação de melhoria.. “O que foi feito?”, “Como está a ser realizada?”, “E que impacto teve no Agrupamento?”, uma vez que existem algumas áreas que continuam a merecer a atenção da escola como a Matemática e os resultados do 3º ciclo. O grupo refere que essa é uma área que terá continuidade ainda. Segundo os inspetores não existe estratégia evidente no Plano Anual de Atividades do Agrupamento. O PAA está organizado segundo áreas de intervenção e é necessário justificar o que já foi desenvolvido e o caminho que já foi feito. É notável que as ações estão a ser implementadas porém não existe ainda uma visão plena do Agrupamento.
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Continua a ser visível uma diferença entre a intenção e a realização.
De momento, os elementos da equipa de autoavaliação referem que a prioridade atual se debruça no projeto de supervisão incluído na 1ª ação de melhoria de forma a melhorar as práticas pedagógicas e consequentemente o processo de ensino aprendizagem. O objetivo atual é que a supervisão não seja associada à avaliação mas sim à partilha de boas práticas, levada de forma natural contribuindo para a qualidade do ensino e desenvolvimento profissional.
No que respeita à composição da equipa e ao seu alargamento, uma vez que é composta também pelo pessoal não docente e por uma representante dos alunos, referem que se deve ao enriquecimento que traz para a discussão que passa a ser feita segundo vários olhares. A presença da aluna é benéfica para dar opinião dos alunos relativamente à melhoria das condições das salas de aula e do processo de aprendizagem. O pessoal não docente traz uma perspetiva exterior, do recreio, informações que os professores não conhecem uma vez que se focam no espaço de sala de aula (indisciplina, insegurança, etc.). Os pais, transmitem as suas preocupações e sobretudo para verificar se a informação é ou não divulgada.
As reuniões são realizadas às quintas feiras, ainda assim não dispõem de muito tempo para se juntarem.
Quando questionados acerca das lideranças referem que existe uma grande abertura e disponibilidade para implementar o que é proposto e são realizadas ações de sensibilização pela Direção acerca destas matérias. A Presidente do Conselho Geral costuma estar presente nas reuniões da equipa de autoavaliação ou informada por email.
A equipa de avaliação externa aconselha o grupo referindo que tem que existir um esforço na monitorização das ações. É necessário rentabilizar esforços na produção de documentos, uma vez que sem um acompanhamento das ações não levará ao objetivo
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esperado. Não basta produzir documentos é necessário colocá-los na prática. Os inspetores mencionam: “Das leituras que fizemos dos documentos não é clara a aplicação das ações na prática”; “Só poderão existir evidências de melhoria quando existirem reflexos práticos”; “Queremos que se traduza em ação, por isso é que se chamam planos de ação”; “Quando identificam as questões depois vão agir de acordo com elas”. A missão da equipa de autoavaliação é dar sentido a tudo isso. A equipa de avaliação externa ressalta ainda que se existe ineficácia numa medida tomada é essencial questionar o porquê e alterar essa mesma medida. São ainda questionados acerca da criação da nova equipa, “porque não existiram mais pessoas a transitar para a nova equipa?”. O grupo afirma que tal se deve à falta de tempo uma vez que passaram a coordenar outros projetos. Ainda assim, os inspetores apontam para a importância da presença dos antigos elementos para a equipa. Por fim, os inspetores chamam à atenção para a utilização de questionários uma vez que por vezes existem metodologias mais eficazes que implicam menos informação sem a dificuldade de digerir toda a informação.
GrelhadeObservação(GO4)
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Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 3 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
14h Biblioteca da Escola Básica de Aires
Entrevista com os alunos do 4º. Ano
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos alunos. Este é um painel de teor mais simples com perguntas um pouco diferentes uma vez que se tratam de alunos do 4º ano de escolaridade. A equipa começa por perguntar-lhes o que mais gostam na escola que frequentam, os alunos referem que são muitas coisas, têm muitas atividades que gostam de frequentar como a ginástica, a música, o inglês e a informática. Dizem que fazem pequenas pesquisas e investigações na sala de aula através do computador da professora (só um por sala). Nas aulas “habituais” como o Português e a Matemática encontram-se a preparar-se para os exames e no Estudo do Meio fazem experiências para compreender melhor o que lhes é explicado. Realizam projetos de que gostam muito como o Projeto dos Correspondentes, comunicam por cartas com os outros meninos (de outros países ou cidades) e constroem enigmas e atividades, no final do ano fazem uma viagem e encontram-se todos. Fazem também o Diário de turma onde escrevem situações durante a semana, à segunda feira em Assembleia resolvem as críticas com um delegado que troca todas as semanas (projeto realizado entre três turmas). Têm por hábito ir à biblioteca requisitar livros com a turma. Anteriormente, realizaram campeonatos de Matemática e Português. Frequentam ainda visitas de estudo com alguma frequência como o teatro, espaço fortuna e o pavilhão do conhecimento.
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Segundo os alunos as suas avaliações são feitas com base em fichas de treino e manuais, sendo sempre informados das metodologias pelas quais os professores se regem como estar atentos, não perturbar, etc. Realizam autoavaliação através de uma ficha que é entregue por eles à professora e da qual recebem feedback. Têm o dia de esclarecimento de dúvidas e fazem os exercícios sempre de acordo com as questões que apresentam.
Demonstram grande sentido de preocupação e cooperação com os colegas com deficiência.
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GrelhadeObservação(GO5)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 3 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
15:30 h Sala de reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com os Coordenadores de Departamento e Responsáveis de outras estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão Pedagógica
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos do painel. Este painel incidirá essencialmente sobre as questões dos processos de ensino aprendizagem e os resultados dos alunos. A equipa começa pela análise dos resultados referindo que no Departamento de Ciências Sociais e Humanas (História, Geografia e Educação Moral e Religiosa) não existe insucesso relevante. A análise dos resultados é também ela feita pelos professores nas reuniões de Departamento, assim como a avaliação, a definição de estratégias onde poderá existir alterações de planos de alguns professores (ex. redução da matéria nos testes). No final do ano letivo realizam também a análise estatística dos resultados escolares, relatórios dos alunos com resultados inferiores a 3 produzidos pelos professores e enviados aos coordenadores. O Departamento de Português, Inglês e Francês realiza a análise e avaliação das dificuldades detetadas nas suas reuniões. Mais ao nível do português, essa análise é feita ao longo do ano segundo um balanço de comparação do que é necessário reajustar, uma vez que passam pela Avaliação externa. Segundo este grupo de professores a escola e os Departamentos trabalham de acordo com as metas, com base no manual e vão reajustando entre o plano e o que é proposto. Atualmente tem tido uma dificuldade acrescida devido às novas metas, tendo em conta o número de alunos em cada turma.
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Quanto ao insucesso, os professores justificam-no com a imaturidade cada vez maior dos seus alunos, a falta de autonomia e de competências. A priorização de momento é realizada com base na escrita dos alunos do 4º ano e a leitura aos alunos do 2º.
A equipa de avaliação externa refere que deverá existir uma estratégia transversal que desencadeie uma intervenção focalizada em determinados alunos para dar resposta a essas áreas. O Projeto da Biblioteca é um exemplo desta vontade e gosto pela leitura e interesse por aumentar os empréstimos e fazer os alunos a ler mais. Deste modo, e tendo em conta a priorização da leitura, deverão ser desenvolvidas atividades direcionadas para a leitura.
Mais uma vez a equipa de avaliação frisa que, sendo a renovação das práticas de ensino uma das ações de melhoria do plano do Agrupamento, é necessário conhecer o que é feito na sala de aula para que possa ser dada uma resposta transversal às áreas de ensino.
Outros dos aspetos essencial no processo de ensino aprendizagem abordado pela equipa é a diferenciação pedagógica. Segundo os inspetores a diferenciação não foi visível nem nas visitas às turmas nem nos documentos que leram. Tem que existir um caminho realizado neste sentido, mais na planificação do que na implementação.
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GrelhadeObservação(GO6)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 4 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
9 h Sala de reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com Assistentes Técnicos e Operacionais
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos do painel. A equipa começa questionando os elementos acerca de quem faz a distribuição dos Assistentes Operacionais pelas áreas da escola e pedindo que façam uma pequena descrição da sua atividade. Quem organiza os assistentes é a Diretora com a colaboração da Encarregada (no início de cada ano letivo) utilizando como critérios de escolha a experiência e a formação dos funcionários. Os assistentes da escola são ouvidos para a escolha dos lugares caso estejam descontentes, não existindo muita rotatividade. O pessoal é insuficiente. Quanto às Assistentes Técnicas, as decisões são tomadas pela Diretora tendo em conta a capacidade de cada uma (duas pessoas pelo menos em cada área). A rotatividade aqui existe. Relativamente à colocação do JI esta é da responsabilidade da Câmara com alguma rotatividade. Uma das assistentes refere que tem aprendido com as educadoras uma vez que têm uma relação muito direta, trabalham em cooperação, mostram as avaliações, dão opiniões, participam nos planos de atividades e materiais. O contato com as famílias é próximo, fruto da experiência. A assistente do 1.º ciclo menciona que o contato com os pais também é muito próximo, facilidade em comunicar com base na experiência de acordo com a prática. Já realizou formação para o contato com os Encarregados de Educação e com as crianças. É uma relação “valorizada e acarinhada por todos”.
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Relativamente ao 2.º e 3.º ciclo o contato com os alunos é bom, uns são mais complicados e tem que ser realizado com base na experiência, utilizando estratégias para os alunos mais difíceis para dar a volta à situação. No caso de serem situações mais graves têm que ser passados aos Diretores de turma. Não existe tanta valorização do trabalho uma vez que é uma relação mais complicada. No que respeita ao Bar dos alunos e professores, é necessário, segundo uma das assistentes, maior firmeza para os alunos fazerem filas. Existem poucos recursos para quinze minutos de intervalo o que faz com que apresentem frequentemente sugestões de melhoria. Não costumam ter reuniões entre o grupo, apenas com a Diretora. As assistentes das Unidades de multideficiência não têm formação, apenas a nível de alimentação. Recebem indicações da Professora de Educação Especial durante o ano. Ressaltam como um constrangimento o espaço da Escola Sede, uma vez que é uma sala bastante pequena. O espaço da Biblioteca, é um espaço agradável de que os alunos gostam. Nem sempre se demonstra uma atividade fácil, mas em cooperação com a Coordenadora torna-se um pouco melhor. Reúnem e definem as regras e apoios para que estejam em sintonia. As alterações realizadas são feitas também com a sua opinião e vão para decisão da Direção. Nos Serviços Administrativos o contato com os alunos e os pais é personalizado. O processo de matrículas é o mais complicado, embora a comunicação com os alunos e os seus pais seja boa.
No que respeita aos aspetos gerais da escola o grupo refere que o ambiente é bom, porém existe falta de pessoal o que acresce o trabalho e o cansaço para quem está. A área do 2.º e 3.º ciclo é muito cansativa devido ao elevado número de alunos e pais.
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Relativamente à formação costumam pedir mais formação, sendo que já realizaram uma ação de primeiros socorros, outra nas áreas específicas, uma em TIC, e outras para lidar com as crianças.
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GrelhadeObservação(GO7)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 4 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
10h Sala de Reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com alunos Delegados de turma e Comissão de Estudantes
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos do painel. A equipa pede que comecem por destacar os aspetos mais positivos da escola, dos quais os alunos destacam a segurança, as boas relações entre todos, a sensibilização que é feita para cuidarem do espaço escolar, a união na escola, a disponibilidade da Direção e dos Diretores de turma para tirarem dúvidas, resolver problemas ou dificuldades no ensino. Outros aspetos positivos referidos foram: Projeto de Promoção da Saúde, a escola oferece comida saudável ao lanche; Projeto de Educação Sexual, métodos de prevenção; Atividade de sensibilização para o uso das drogas, sessão com uma enfermeira às terças feiras para tirarem dúvidas e ajudar os alunos; Consultas de dentista, para a prevenção de problemas; e Desporto, com atividades diversificadas como o golfe, ténis, natação, basket, futsal, badminton, entre outros.
A Comissão de Estudantes desenvolve atividades como a festa de Carnaval, de Halloween, música na escola, construção de uma esplanada. O dinheiro que conseguem é utilizado para melhorias na escola e para quem não pode pagar a viagem de finalistas (Foz do Arelho). Quando questionados acerca da presença de uma aluna no grupo de autoavaliação dizem nunca ter ouvido falar.
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Relativamente à Biblioteca referem que fazem pesquisas individualmente, vão em turma para requisitar livros, ver filmes ou para assistir a apresentações de convidados na biblioteca (como o Parlamento Jovem, Escola Segura, entre outros).
Quanto ao comportamento dos alunos o grupo afirma que existem casos pontuais como em todas as escolas, dentro da sala de aula existe sempre barulho de fundo que leva à distração.
No que toca às aulas “habituais” abrem a lição, usam o manual passado no projetor sob a forma de resumos, por vezes usam também ppt’s dependendo da disciplina. Existem outras aulas que são um pouco diferentes, como é o caso da Físico Química nas matérias mais difíceis que necessitam de exemplos visuais. Recorrendo assim a trabalhos de grupo, experiências, visitas ao CRE, visitas de estudo e aulas livres. Existem fichas diferentes para alunos com mais dificuldades feitas pela professora.
Relativamente aos critérios de avaliação mencionam as atitudes e valores, participação e os trabalhos. Estes critérios são-lhes transmitidos no início do ano letivo a todos os alunos. Realizam também a sua autoavaliação.
Como aspetos a melhorar mencionam as instalações (salas frias) e os espaços interativos como rádio, espaço para os estudantes, entre outros.
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GrelhadeObservação(GO8)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 4 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
11:30h Sala de reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com Docentes e Técnicos dos Serviços Técnico-Pedagógicos
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos do painel. De seguida, passam a uma breve descrição do CPCJ. O seu elemento representativo afirma que se trata de alunos em situações limite, para os quais é necessários sensibilizar os jovens e as Assistentes Operacionais, uma vez que deixou de existir o professor tutor que fazia um trabalho mais direto de articulação dos processos com os alunos e com as escolas acerca da violência no namoro, substâncias aditivas, entre outros assuntos. Têm também a oferta de formação para jovens com idade muito avançada em percurso escolar.
No que toca ao técnico de SPO este refere que procuram intervir quando se trata de uma situação de risco para resolver os assuntos antes de enviarem para CPCJ. Trabalham em contato com os Diretores de turma e outros parceiros. Situações como problemas familiares, alunos institucionalizados e Educação Especial. A orientação vocacional é feita durante as aulas de OEF, divulgando as ofertas, refletindo sobre o projeto de vida de cada aluno e análise swot individualizada.
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Quanto aos Serviços de Saúde trabalha uma equipa nuclear em conjunto com vários profissionais que colaboram entre si. Existe uma gestora para cada escola e realizam todos os anos reuniões com a Coordenação de escolas, são um dos vários parceiros no Projeto da saúde. Têm um Gabinete de Apoio ao Aluno para onde são remetidas as questões individualizadas para tirarem as suas dúvidas. Existem 76 alunos com Necessidades Educativas Especiais e apenas 10 professores para todo o Agrupamento. A aceitação, segundo o grupo de entrevistados, é clara. Existe o Dia Internacional da Multideficiência para potenciar as relações com os outros no Agrupamento. A interação com os docentes é realizada através de reuniões no inicio do ano letivo onde explicam a situação do aluno, depois é feita a partir de contatos informais e email ao longo do ano. A preparação dos materiais e a planificação é também feita em colaboração com os docentes para quando estes estão sozinhos.
Em relação à Unidade de Multideficiência em especifico todos sabem como lidar com cada aluno, realizam trabalho a pares.
Os apoios pedagógicos são utilizados como estratégia ao insucesso escolar para um grupo de alunos mais restrito, uma hora diária cada turma e em regime de voluntariado. Os apoios pedagógicos acrescidos que são obrigatórios a Língua Portuguesa, Matemática e Inglês, são realizados com regime de faltas no máximo três ausências.
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GrelhadeObservação(GO9)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 4 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
14:30h Sala de reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com Diretores de turma e respetivos Coordenadores
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos docentes. Este painel incidiu mais objetivamente em questões de natureza pedagógica, planificação do currículo e articulação com todas as ligações do Agrupamento. A equipa deu início à entrevista questionando o grupo acerca das razões para a escolha dos Diretores de turma. Como tal, estes referem que é dada prioridade aos professores do quadro. De seguida, no que respeita ao trabalho que desenvolvem este passa pela visita à escola com os pais, reuniões de Conselho de Diretores de turma, reuniões com os pais onde apresentam os documentos estruturantes. As preocupações dos pais são-lhes frequentemente transmitidas e, quase sempre, incidem sobre as instalações da escola e questões do ensino aprendizagem (ambiente de sala de aula, comportamento).
Um dos aspetos colocados pela equipa ao grupo foi o facto de sentirem necessidade de escreverem um Manifesto. Estes respondem que são apenas questões pontuais, não são situações graves de mau comportamento, ainda assim, poderão evitar que se banalizem algumas regras. Em caso de indisciplina são enviados para a biblioteca para o Gabinete de Indisciplina.
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No que toca ao Plano de turma este consiste na caraterização da turma, ajudando os professores a traçar um perfil, identificar as dificuldades e com base nesse trabalho são delineadas estratégias. Segundo a equipa, a diferenciação pedagógica não se encontra espelhada nesse plano e os Diretores de turma deveriam sensibilizar os professores para a sua importância.
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GrelhadeObservação(GO10)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 4 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
16:30h Sala de reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com os Representantes da Associação de Pais e Encarregados de Educação e Representantes dos Pais de grupo e de turma
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e Pais dos alunos. Este é um painel que incide em questões menos técnicas e foca a sua discussão em questões mais das instalações e organização do Agrupamento. Como tal, foi pedido aos pais que enunciassem os aspetos positivos, assim como as melhorias que deveriam ser realizadas. Todos deram a sua opinião o que resultou nas seguintes notas.
Relativamente aos aspetos positivos são referidos: boa sinergia entre os pais e a escola; comunicação com o Agrupamento muito acessível; e bons professores. No que toca aos aspetos a melhorar destacam a falta de assistentes operacionais que leva a pouca vigilância e dificuldade na relação dos pais e dos alunos com o auxiliares POC. Esta discussão alargou-se durante todo o painel tendo sido referidos muitos aspetos que não competem às áreas da avaliação externa.
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GrelhadeObservação(GO11)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 5 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
9h Sala de reuniões do 1º piso da Escola Sede
Entrevista com os Representantes da Autarquia
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos da autarquia. Começam por referir as atividades diretas em que cooperam com o Agrupamento, como por exemplo: Projeto no âmbito da Educação Pré-escolar, responsabilidade que partilham com a Escola realizaram o alargamento do horário das 8h as 20h; Fantasiarte, envolve toda a comunidade; Arte de brincar, realizado o ano passado pelos Jardins de Infância para o enriquecimento das crianças; Semana da Dança; Museu Municipal; “Eu participo, agir pelos direitos!”; Ciclovia, Câmara vai construir com base numa ideia dos alunos; Pequeno Plenário, grupo de alunos que apresentam as suas ideias em conjunto com o executivo de modo a desenvolver a responsabilidade social no seu Município; Desporto, logística pertence à Autarquia disponibilizando os transportes; “Mexa-se”, atividade juntamente com a Associação de Pais; e Programa Municipal de Prevenção das drogas e da toxicodependência. Para além de todos estes Projetos a Autarquia destaca o sentido de solidariedade muito marcante por parte da Escola.
Existe também, um Projeto Educativo Local em que identificam os recursos existentes da Escola e da Autarquia e que mais valias existem. Esta associação da Escola e da Autarquia tem como fundamento a lógica das Cidades Educadoras.
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GrelhadeObservação(GO12)
Local Data Atividade Observador
Agrupamento de Escolas A 5 de Março de 2015 Avaliação Externa de Escolas 14/15 Soraia Rodrigues
Tempo Local Atividade Observações
10h Sala de reuniões 1º piso da Escola Sede
Entrevista com Docentes
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos Docentes. Estes docentes são de lideranças intermédias, não acumulam cargos. A equipa inicia o painel questionando os docentes quanto à partilha da informação entre o grupo e as lideranças, estes referem que a comunicação é boa, têm facilidade no trato, realizam reuniões de pequenos grupos, cooperam com os colegas das direções de turma, recebem os resumos do Conselho Pedagógico e têm acesso às atas das reuniões de Departamento.
Quanto à planificação das aulas a longo prazo o grupo afirma que realizam reuniões de grupo onde monitorizam o plano de trabalho. Relativamente ao 3º ciclo é um pouco mais limitado pois têm os objetivos dos exames a cumprir. Por vezes, realizam esforços para ensinar de forma um pouco diferente estabelecendo relação dos cursos de Multimédia para a aprendizagem da Matemática por exemplo.
A discussão dos resultados do valor esperado foi também realizada neste grupo e a equipa chama à atenção para a necessidade dos docentes gerirem bem o currículo e para a importância da autonomia pedagógica e cientifica do professor. É necessário identificar prioridades e gerar uma estratégia global e não uma prática individualizada.
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Relativamente à avaliação das aprendizagens estes descrevem o processo da seguinte forma: avaliação diagnóstica, fichas de avaliação com grau de dificuldade similar com exercício prático ou oral e componente de atitudes e valores ao longo das aulas não incidindo apenas em conteúdos científicos.
A equipa volta a ressalvar a importância da diferenciação pedagógica como resposta em sala de aula para os alunos.
Por fim, quando questionados em relação às lideranças mencionam o lado humano, competência, impulsão das TIC, facilidade na chegada ao topo da hierarquia, firmeza, confiança, boa comunicação e atenção aos problemas.
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GrelhadeObservação(GO13)
Local Data Atividade Observador
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Tempo Local Atividade Observações
14h Sala de reuniões 1º piso da Escola Sede
Entrevista com a Direção
A entrevista começa com a apresentação da equipa da IGEC e dos elementos da Direção. Este painel tem como objetivo o levantamento e comunicação dos aspetos positivos e de melhoria, assim como um feedback final com as conclusões iniciais da equipa de avaliação externa.
Como pontos fortes a equipa refere: prestação do Serviço Educativo, estar ao lado dos alunos e dos professores compreendendo as necessidades de todos para o desenvolvimento do trabalho; tranquilizar o convívio dos alunos; resultados do 1.º ciclo; Projetos para a formação integral dos alunos; práticas de solidariedade social; colaboração da comunidade educativa (parceiros); cooperação dos profissionais (partilha de boas práticas); e importância da atuação imediata na indisciplina.
Relativamente aos aspetos a melhorar foram mencionados: importância de medir a eficácia das medidas; maus resultados a Matemática; existência de vários PAA, repensar em função do PE a forma como essas atividades estão inseridas numa estratégia; e falta de cultura de autoavaliação, poucos elementos da escola se apropriam desta informação. Estes três últimos são aspetos que se mantém no que se refere aos pontos fracos já enunciados no Relatório de Avaliação Externa de 2010.
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08/09/2014 – Reunião de apresentação
O primeiro contacto com a IGEC realizou-se através de uma reunião de apresentação,
que contou com a presença da Dr.ª L, subinspetora-geral, do Dr. H, responsável pela
Atividade Internacional, assim como da Professora Estela Costa, orientadora de estágio.
Nesta primeira reunião apresentei-me, referi quais os motivos de escolha da IGEC,
enquanto organização eleita para a realização do estágio, e quais as áreas de ação que
mais me suscitavam interesse.
Posteriormente a Dr.ª L e o Dr. H mencionaram, de modo sucinto, algumas das
atividades a realizar ao longo do estágio, a fim de nos preparar e enquadrar, de modo
geral, na ação da organização.
Definiu-se, ainda, o início do estágio, a começar no dia 15 de Setembro, bem como o
horário de trabalho, sendo este das 10h00 às 13h00.
15/09/2014 – Visita às instalações da IGEC. Consulta de informação sobre a IGEC,
a SICI e as Escolas Europeias
O primeiro dia de estágio iniciou-se com uma pequena reunião com a Dr.ª L e o Dr.
H. Informaram-nos que iríamos conhecer as instalações da IGEC, bem como os
elementos que integram cada departamento da organização.
Esta visita foi fundamental do ponto de vista da nossa integração na organização,
contribuindo, assim, para uma maior aproximação dos vários elementos.
No final da manhã recebemos a primeira tarefa: consultar os sites da IGEC, da SICI
e das Escolas Europeias. Esta atividade permitiu-me aprofundar o meu conhecimento
acerca das principais atividades desenvolvidas pela IGEC, bem como conhecer a SICI e
as Escolas Europeias, atividades que integram o programa “Atividade Internacional” da
IGEC. A consulta de informação tinha como finalidade o levantamento de questões ou
dúvidas a colocar, posteriormente, ao Dr. H e à Dr.ª L.
16/09/2014 – Leitura de documentos sobre a avaliação externa das escolas.
Iniciamos este dia com o esclarecimento, por parte da Dr.ª L, de algumas dúvidas
que persistiam sobre a natureza e consecução das atividades realizadas pela IGEC e
presentes no seu plano de atividades.
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Posto isto, e após uma breve introdução sobre a temática da avaliação externa das
escolas, por recomendação da Dr.ª L li o Decreto-Lei n.º 31/2002, que tem como objeto
o sistema de avaliação da educação do ensino não superior. Consultei ainda diversos
relatórios elaborados pela IGEC sobre o primeiro e o segundo ciclo de avaliação externa
das escolas, nomeadamente o “Relatório final da atividade do Grupo de Trabalho para a
Avaliação das Escolas” (2006), “Avaliação Externa das Escolas. Avaliar para a
melhoria e confiança 2006-2011” e “Propostas para um novo ciclo de avaliação externa
de escolas. Relatório Final” (2011).
Posteriormente, e dado a grande dimensão de cada documento, selecionei os
capítulos que considerei mais importantes e merecedores de uma leitura mais
aprofundada.
17/09/2014 - Leitura de documentos sobre a avaliação externa das escolas.
No dia seguinte a tarefa manteve-se, pelo que continuei com a minha leitura –
iniciada em casa – dos capítulos previamente selecionados.
Consultei, ainda, um quadro de comparação dos dois modelos de avaliação externa
das escolas dos dois ciclos de avaliação presentes no relatório de estágio de uma
anterior estagiária/colega.
A leitura de todos estes documentos, ainda que de modo superficial, permitiu-me
conhecer melhor o enquadramento legal do sistema de avaliação das escolas – através
do Decreto-Lei – compreender e situar o percurso evolutivo da avaliação externa das
escolas, enquanto campo de competência da IGEC, conhecer os modelos de avaliação
subjacentes aos dois ciclos, bem como as suas metodologias e conhecer as alterações e
as melhorias realizadas no segundo ciclo de avaliação externa das escolas.
18/09/2014 – Trabalho autónomo (Leitura de documentos sobre a avaliação externa
das escolas).
Iniciei a manhã com a leitura da recomendação n.º 1/2011, intitulada
“Recomendação sobre a Avaliação das Escolas”, elaborada pelo Conselho Nacional de
Educação. Este foi um dos documentos base que orientou o processo de melhoria do
segundo ciclo de Avaliação Externa das Escolas (AEE), pelo que considerei um
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documento muito pertinente para compreender o porquê das alterações realizadas no
presente ciclo.
A partir desta leitura, e, conjugando a informação consultada no dia anterior no
relatório “Propostas para um novo ciclo de avaliação externa de escolas. Relatório
Final”, da autoria da IGEC, e o relatório de estágio que compara os dois modelos de
AEE dos dois ciclos de avaliação, procurei sintetizar em tópicos as principais alterações
que se concretizaram neste segundo ciclo.
Este pequeno exercício permitiu-me, por um lado consolidar as alterações e as
melhorias realizadas no âmbito do segundo ciclo de AEE, por outro lado familiarizar-
me com o quadro referencial e a operacionalização do mesmo.
22/09/2014 – Organização da informação sobre a relação entre as Inspeções
europeias e a ação disciplinar.
Reunimo-nos logo pela manhã com o Dr. H para falar sobre a nossa próxima
atividade no âmbito da SICI. Foi feita uma pequena introdução sobre esta atividade
internacional, nomeadamente em que consiste, os seus objetivos, as suas principais
atividades, os seus órgãos administrativos. Foi, ainda, discutido o papel desempenhado
pela IGEC, enquanto representante de Portugal, nesta associação.
De seguida foi-nos atribuída a tarefa de organizar o conteúdo das respostas – às
perguntas colocadas pelo Dr. H aos vários países/regiões membros da SICI – sobre as
competências das diferentes inspeções no campo da ação disciplinar nas escolas. Foram
colocadas três questões, respondidas até à data por quatro países.
Numa primeira fase a nossa tarefa consistirá em organizar numa tabela as respostas
dos vários membros, para posteriormente fazer uma análise mais aprofundada, de modo
a compreender como cada inspeção lida com a ação disciplinar nas escolas, e se esse
processo se assemelha ou não ao de Portugal.
Após organizarmos as respostas decidi relê-las, desta vez com maior atenção. Senti
a necessidade de, para cada país, escrever um pequeno parágrafo que sintetizasse as três
respostas às questões. Conclui que os quatro países aparentam ter uma posição idêntica
em relação aos processos disciplinares, ou seja, nenhuma das organizações inspetivas é
responsável pela ação disciplinar nas escolas, este é um campo da responsabilidade das
administrações e autoridades de cada escola. Semelhante é a situação que se vive em
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Portugal, onde a IGEC tem vindo a minimizar a sua ação neste campo devido à recente
delegação de competências na administração de cada agrupamento/escola.
23/09/2014 – Preparação de certificados das Escolas Europeias. Trabalho
autónomo (pesquisa de informação sobre as Escolas Europeias).
Logo pela manhã recebemos a tarefa de preencher alguns certificados das Escolas
Europeias com os nomes dos participantes.
Finalizada a tarefa reunimos com o Dr. H, que nos falou acerca das Escolas
Europeias, nomeadamente a sua missão, objetivos, funcionamento e organização, o
processo de destacamento de professores portugueses para duas das escolas europeias
onde existem seções portuguesas, bem como as responsabilidades e o papel
desempenhado pela IGEC nas mesmas.
O resto da manhã foi considerado trabalho autónomo, neste sentido considerei
pertinente pesquisar mais informação acerca das Escolas Europeias e, simultaneamente,
familiarizar-me com o respetivo site.
24/09/2014 – Organização da informação sobre a relação entre as Inspeções
europeias e a ação disciplinar. Trabalho autónomo (pesquisa de informação sobre as
Escolas Europeias).
Neste dia o Dr. H recebeu e reencaminhou-nos as respostas de mais quatro países
membros da SICI. Assim, procedemos a uma leitura das várias respostas e completamos
a tabela, construída no passado dia 22 de Setembro, com a nova informação.
De seguida, completei o exercício iniciado anteriormente, ou seja, escrever um
parágrafo que resumisse a situação de cada país no que diz respeito ao campo de
responsabilidades das diversas inspeções na área da ação disciplinar nas escolas. À
exceção do caso da Estónia, cuja resposta não foi clara, a situação dos restantes países
assemelha-se à situação dos países anteriormente analisados, isto é, a responsabilidade
pelos processos disciplinares pertence à administração das escolas e à administração
local, logo as inspeções não intervêm neste campo. A sua intervenção verifica-se apenas
em casos extremos quando a administração interna não é capaz de resolver.
Consultei, ainda, o site da IGEC e li a informação que consta no mesmo acerca das
Escolas Europeias.
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25/09/2014 – Trabalho autónomo (leitura do Decreto n.º1/97 de 3 de Janeiro que fixa
o Estatuto das Escolas Europeias; exploração do site das Escolas Europeias).
Neste dia de trabalho autónomo considerei importante ler alguma documentação e
legislação portuguesa acerca das Escolas Europeias. Neste sentido, li o Decreto n.º1/97
de 3 de Janeiro que fixa o Estatuto das Escolas Europeias.
Posteriormente, explorei o site das Escolas Europeias, com o objetivo específico de
compreender como é organizado o ano letivo, quais os órgãos administrativos das
Escolas Europeias e quais as responsabilidades e funções dos Conselhos de Inspeção.
29/09/2014 – Organização da informação sobre a relação entre as Inspeções
europeias e a ação disciplinar. Trabalho autónomo (pesquisa sobre o tema da
aprendizagem organizacional; leitura de um texto sobre as estruturas organizacionais).
Iniciamos o dia com a leitura de mais quatro respostas de membros da SICI às
perguntas colocadas pelo Dr. H. De seguida completamos a tabela construída com a
nova informação.
Acabada a tarefa, usufruí do resto da manhã para pesquisar trabalhos académicos
e/ou artigos científicos sobre o tema da aprendizagem organizacional, especialmente
sobre a teoria de Argyris e Schӧn (1978), teoria que irá sustentar o meu projeto de
investigação.
Tive ainda a oportunidade de ler um texto sobre as estruturas organizacionais
defendidas por Mintzberg, autor sobre o qual me irei basear para analisar a estrutura
organizacional da IGEC.
30/09/2014 – Organização da informação sobre a relação entre as Inspeções
europeias e a ação disciplinar. Breve análise do novo modelo de agenda das
reuniões dos Conselhos de Inspeção das Escolas Europeias.
Começamos por ler e organizar na tabela as respostas de mais três países/regiões
membros da SICI, no seguimento da atividade anteriormente iniciada.
De seguida, reunimos com o Dr. H para fazer um ponto da situação, uma vez que
este se encontrara ausente nos dias anteriores.
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Propôs-nos, então, uma nova tarefa, nomeadamente observar o novo modelo de
agenda das reuniões dos Conselhos de Inspeção das Escolas Europeias. Esta atividade
tinha como objetivos conhecermos quais os temas discutidos nestas reuniões, qual o
nível de decisão destes conselhos acerca dos vários temas (decidir ou opinar) e qual a
posição dos restantes conselhos em relação aos mesmos.
Após uma breve análise de três documentos (duas agendas de reuniões e um
documento dirigido aos membros das reuniões com informação acerca do novo modelo
de agenda), reunimos algumas questões/dúvidas e colocamo-las ao Dr. H, que
atenciosamente nos esclareceu.
1/10/2014 – Organização da informação sobre a relação entre as Inspeções
europeias e a ação disciplinar. Análise de questionários de avaliação da ação de
formação de professores realizada no âmbito das Escolas Europeias.
Reunimos logo pela manhã com a Dr.ª L e o Dr. H para esclarecer algumas dúvidas
e fazer o “ponto de situação” em relação aos projetos de investigação. Ambos
mostraram muito interesse e entusiasmo acerca dos projetos, salientando o quão fruitivo
serão as suas conclusões/resultados, quer para a IGEC enquanto organização, quer para
a comunidade académica.
Em paralelo com o meu projeto de investigação (analisar os planos de melhoria
elaborados no decorrer da AEE no ano letivo de 2011/2012) a Dr.ª. L propôs – em
colaboração com a minha colega Soraia – percorrer todos os sites dos
agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE e verificar a presença dos planos de
melhoria nos mesmos, bem como a sua situação (ex.: acessibilidade, visibilidade,
instrumentos que validam a sua implementação). Este estudo permitirá registar e
notificar os agrupamentos/escolas cujo plano de melhoria não se encontra disponível
publicamente, como é exigido pela lei.
Uma segunda sugestão passa pela análise dos relatórios da atividade
“Acompanhamento da Ação Educativa” e dos planos de melhoria dos
agrupamentos/escolas ao abrigo desta atividade.
De seguida o Dr. H sugeriu-nos duas tarefas. Primeiramente, e no seguimento da
atividade que temos vindo a desenvolver no âmbito da SICI – sobre quais as
competências das diferentes inspeções no campo da ação disciplinar nas escolas –
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recolher a informação necessária, junto dos Serviços Jurídicos, no que diz respeito à
situação em Portugal e responder às três questões colocadas, como os restante membros
da SICI têm vindo a fazer nos últimos dias. Uma segunda tarefa consiste em analisar os
questionários de avaliação da ação de formação de professores da seção portuguesa,
desenvolvida no âmbito das Escolas Europeias.
Dada a indisponibilidade dos Serviços Jurídicos para nos receber, esta tarefa não se
concretizou neste dia. Deste modo, iniciamos a segunda tarefa após completarmos a
tabela com mais três respostas de países/regiões membros da SICI às perguntas
colocada pelo Dr. H.
02/10/2014 – Continuação da análise de questionários de avaliação da ação de
formação de professores realizada no âmbito das Escolas Europeias. Pequena
reunião com os Serviços Jurídicos, no âmbito do estudo para a SICI.
Continuamos e finalizamos a análise dos questionários de avaliação da ação de
formação de professores, designada “Portuguese Mother Tongue – The development of
written competencies”, realizada no âmbito das Escolas Europeias.
Numa primeira fase procedemos ao tratamento dos dados dos catorze
questionários. Construímos gráficos de barras para as questões de resposta fechada e
reunimos, numa tabela, as respostas às questões de resposta aberta.
Numa segunda fase analisamos e interpretamos os dados.
Esta atividade permitiu-me, assim, rever competências desenvolvidas, no âmbito da
licenciatura e do mestrado, sobre a análise de dados quantitativos.
Na parte da tarde reunimos com dois inspetores juristas no sétimo andar (Serviços
Jurídicos), a fim de colocarmos as três questões sobre as competências da IGEC no
campo da ação disciplinar nas escolas. Retiramos notas para no dia seguinte
construirmos três respostas claras e sucintas e, assim, comunicar à SICI qual a posição
da IGEC no que diz respeito a este tema.
7/10/2014 – Elaboração das três respostas que ilustram a situação vivida em
Portugal, no que diz respeito às competências da IGEC no campo da ação
disciplinar nas escolas. Trabalho Autónomo.
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Relemos as notas apontadas na reunião com os dois inspetores juristas.
Consultamos a informação presente no site da IGEC sobre a atividade “Provedoria e
Ação Disciplinar”, o Decreto-Lei n.º 184/2004 – que estabelece o estatuto específico do
pessoal técnico-profissional, administrativo e de apoio educativo dos estabelecimentos
públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário – e o Decreto-Lei
n.º 152/2013 – que estabelece o estatuto do ensino particular e cooperativo de nível não
superior.
Com base na informação recolhida e nos documentos consultados elaboramos as
respostas às três questões colocadas pelo Dr. H, no âmbito do estudo para a SICI.
Esta atividade permitiu-me refletir sobre o quão complexo é o campo da ação
disciplinar nas escolas (e, provavelmente, em qualquer serviço público), apoiando-se
num vasto conjunto de legislação e conceitos jurídicos nem sempre claros para quem
não é da área de direito. Contudo, foi possível concluir que, em Portugal, e no que diz
respeito ao ensino público, a ação disciplinar nas escolas é da competência de várias
entidades (Diretor de Agrupamento, Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares,
IGEC e Ministério da Educação e Ciência) consoante a gravidade da situação
disciplinar.
Sem mais atividades de momento para realizar, li um texto sobre cultura
organizacional.
08/10/2014 – Organização da informação sobre a relação entre as Inspeções
europeias e a ação disciplinar. Início da atividade de verificação dos planos de
melhoria nos sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Recebidas mais duas respostas de membros da SICI às questões colocadas
completamos a tabela com a nova informação.
De seguida, iniciamos a atividade proposta pela Dr.ª L no passado dia 1 de
Outubro: percorrer todos os sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de
AEE e verificar a presença dos planos de melhoria nos mesmos, bem como a sua
situação (ex.: acessibilidade, visibilidade, entre outros). Começamos por construir três
tabelas (uma para cada ano letivo do 2.º ciclo de AEE) com a lista dos
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agrupamentos/escolas avaliados no respetivo ano. Esta lista foi feita com base na
informação disponibilizada pelo site da IGEC.
Decidimos distribuir tarefas, pelo que fiquei responsável pela procura dos planos
de melhoria nos sites de 231 agrupamentos/escolas avaliados no primeiro ano do 2.º
ciclo de AEE, ou seja o ano letivo 2011/2012. A minha colega ficou responsável pelo
ano letivo seguinte, 2012/2013 (144 agrupamentos/escolas). O último ano, 2013/2014,
poderá eventualmente ser analisado em conjunto.
09/10/2014 – Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Demos continuidade ao trabalho iniciado no dia anterior.
O método é simples: pesquisar o site do agrupamento em causa e procurar o plano
de melhoria; assinalar na tabela construída a presença ou não do plano e registar alguns
comentários.
Ao iniciar este exercício – e num primeiro contacto – foi possível constatar que
alguns sites dos agrupamentos são inexistentes, e outros carecem de informação básica.
Ainda, assim, encontrei sites nos quais dá gosto visitar, quer seja pela organização dos
vários conteúdos, quer pela acessibilidade aos documentos estruturantes do
agrupamento, ou mesmo pelo layout.
Neste dia a Dr.ª L explicou-nos, ainda, como será a preparação e o início da AEE
neste ano letivo, 2014/2015. Mencionou quais os critérios de seleção dos
agrupamentos/escolas a serem avaliadas neste ano letivo; como e quando ocorre a
notificação aos agrupamentos/escolas que serão avaliadas; como e por quem é calculado
o valor esperado que integra o modelo de AEE. A propósito deste último ponto,
sugeriu-nos a consulta do documento intitulado “Modelos para comparação estatística
dos resultados académicos em escolas de contexto análogo”, elaborado pela DGEEC.
13/10/2014 – Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Continuei a verificar a presença dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas avaliados no ano letivo 2011/2012.
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14/10/2014 – Visita ao 1.º Andar (Biblioteca, Centro de Documentação e
Informação e Arquivo da IGEC). Continuação da atividade de verificação dos
planos de melhoria nos sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de
AEE.
Nesta manhã o Dr. H convidou-nos a visitar o 1.º andar das instalações da IGEC,
um dos andares que ficou por conhecer no nosso primeiro dia de estágio. Neste andar
encontra-se o Centro de Documentação e Informação, o Arquivo e a Biblioteca da
IGEC.
Em tempos funcionou neste andar, para além das áreas já referidas, um café/cantina
considerado um grande espaço de convívio dos membros da IGEC.
O Centro de Documentação e a Biblioteca tiveram também, em tempos, uma
funcionária que se encontrava sempre presente e prestava o apoio necessário. Hoje,
talvez por falta de recursos humanos, o Centro de Documentação, a Biblioteca e o
Arquivo encontram-se fechados. Contudo, quem quiser consultar e/ou requisitar alguns
dos seus documentos/recursos basta informar a Dr.ª Ana Paula Gravito, a responsável
por estas áreas, ou consultar o Catálogo on-line da Biblioteca da IGEC.
No decorrer desta visita foi-nos oferecido pelo Dr. H o livro “As Escolas face a
novos desafios” do ano 2007, que resulta da conferência que se realizou em Portugal
neste ano no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
Finalizada a visita voltamos para o nosso gabinete e continuei a verificar a presença
dos planos de melhoria nos sites dos agrupamentos/escolas, avaliados no ano letivo
2011/2012.
15/10/2014 – Visita ao 2.º Andar (Equipa Multidisciplinar da Área Territorial do
Sul) e 3.º Andar. Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria
nos sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Começamos a manhã com uma breve visita ao 3.º andar e conhecemos a
responsável pela gestão de ‘dinheiros’ da IGEC. Tem a seu cargo o registo da
assiduidade e o processamento dos vencimentos dos funcionários, assim como a
disponibilização de verbas para atividades, eventos e formações.
Seguimos para o 2.º andar onde se encontra a Equipa Multidisciplinar da Área
Territorial do Sul (ATS). Previamente o Dr. H enquadrou-nos na atividade desta equipa,
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explicando-nos que anteriormente as Equipas Multidisciplinares eram quatro: Norte,
Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Nesta altura nenhuma das equipas
trabalhava efetivamente nas instalações da IGEC, sendo esta considerada a sede,
responsável apenas por dar apoio e orientação às equipas, bem como pela elaboração
dos relatórios finais de avaliação, entre outros assuntos. Atualmente existem três
equipas: Norte, Centro e Sul (que engloba Lisboa, Alentejo e Algarve). Com esta nova
divisão a ATS instalou-se no edifício da IGEC.
No 2.º andar conhecemos primeiramente a subchefe da ATS que nos falou sobre a
atividade da equipa, nomeadamente o planeamento e a consecução de todas as
atividades relacionadas com o acompanhamento, controlo, avaliação e provedoria em
todas as escolas que integram a ATS. De seguida, conhecemos a Chefe de Equipa e
percorremos os vários gabinetes do piso, a fim de nos apresentarmos e conhecermos a
restante equipa.
Quando voltamos para o nosso gabinete continuamos com a atividade em
desenvolvimento (verificação dos planos de melhoria). No final da manhã conclui a
Área Territorial de Inspeção do Norte.
16/10/2014 – Reunião com o Dr. H sobre a avaliação dos Diretores das Escolas
Europeias. Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Reunimos com o Dr. H que nos falou um pouco sobre uma das competências da
IGEC nas Escolas Europeias, nomeadamente a avaliação de Diretores e Diretores-
Adjuntos das várias organizações escolares. Estas avaliações têm a duração de um dia e
ocorrem no início do segundo, do quinto e, por fim, do nono ano de funções.
A equipa que avalia o Diretor é constituída pelo Secretário-Geral das Escolas
Europeias, pelo inspetor do ciclo secundário do respetivo país do Diretor avaliado e por
um inspetor do ciclo primário de um outro país-membro. O Diretor-Adjunto do ciclo
secundário é avaliado por um inspetor da mesma nacionalidade e do mesmo ciclo, pelo
Diretor da escola e por um inspetor do ciclo secundário de um outro país. Por fim, o
Diretor-Adjunto do ciclo primário é avaliado por um inspetor da mesma nacionalidade e
do mesmo ciclo, pelo Diretor da escola e por um inspetor do ciclo primário de um outro
país-membro.
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Em relação à metodologia das avaliações, esta baseia-se essencialmente em
painéis/entrevistas com os vários elementos da escola, tai como: Diretores-Adjuntos,
Administrador, Chefe de Delegação, representante da Associação de Alunos,
representante da Associação de Pais, representante de Pessoal e dois representantes da
Associação de Professores. Pode, ainda, ser consultada outro tipo de informação por
meio de documentos, como o relatório de avaliação externa da escola.
Os domínios avaliados são: Liderança, Desenvolvimento do Espírito Europeu,
Planeamento de Atividades, Administração e Organização, Comunicação e Relações
Humanas, Competências Linguísticas, Gestão de Recursos Financeiros e o Sistema de
Avaliação Interna e Qualidade.
No final do dia a equipa comunica a avaliação final (recomendações), que se
carateriza por ser totalmente qualitativa.
Enquanto o Dr. H falava, por vezes a Dr.ª Helena, também presente no gabinete e
responsável pelas Escolas Europeias, intervinha, partilhando o seu conhecimento sobre
o assunto e enriquecendo o diálogo.
Finalizada a reunião continuei a verificar a presença dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no ano letivo 2011/2012.
No final da manhã a Dr.ª L passou pelo nosso gabinete, pelo que aproveitamos a
oportunidade para lhe mostrar o trabalho já realizado. Mostrou-se satisfeita com a
evolução do trabalho. Comentou e propôs algumas sugestões relativamente à etapa
seguinte da atividade, ou seja a análise da informação recolhida e a necessária definição
de dimensões de análise da situação dos planos de melhoria (ex.. muito acessível,
acessível, pouco acessível, não disponibilizado, entre outras).
20/10/2014 – Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Iniciei a semana com a atividade em desenvolvimento desde o passado dia 8 de
Outubro: verificar a presença dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas avaliados no ano letivo 2011/2012. No final da manhã conclui a
Área Territorial de Inspeção do Centro.
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22/10/2014 – Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE. Início da análise de
informação sobre a relação entre as Inspeções europeias e a ação disciplinar.
Dado que no dia anterior o metro esteve fechado o dia todo por questões de greve,
pedimos à Dr.ª L para substituir a manhã desse dia pela tarde do dia seguinte. Assim,
nesta quarta-feira trabalhamos desde as 10h00 até às 17h00.
Na parte da manhã continuei a verificar a presença dos planos de melhoria nos sites
dos agrupamentos/escolas, tendo iniciado a análise da Área Territorial de Inspeção de
Lisboa e Vale do Tejo.
No início da tarde reunimos com o Dr. H que nos mostrou, primeiro, uma brochura
de apresentação, com informação e fotografias, de uma das Escolas Europeias. Através
das fotografias foi possível observar que uma grande parte das instalações apresenta
uma estética/ambiente muito moderna e agradável, combinada com um estilo mais
clássico em certas divisões antigas do edifício, que anteriormente foi uma escola militar.
De seguida, o Dr. H falou-nos de duas atividades a realizar. Uma primeira
atividade relacionar-se-á com a análise das respostas dos membros da SICI sobre as
competências das respetivas inspeções no campo da ação disciplinar nas escolas. Uma
vez que as respostas já se encontram organizadas numa grelha (atividade que temos
vindo a realizar ao longo do último mês), a próxima etapa proposta pelo Dr. H é
encontrar categorias de análise, consoante as perguntas, para, assim, chegar às
conclusões do pequeno estudo. A segunda atividade proposta consistirá na organização
da visita do Dr. H a uma das Escolas Europeias, no âmbito da avaliação de professores
portugueses nas respetivas seções portuguesas.
Optou-se por iniciar primeiro a análise das respostas dos membros da SICI, e
deixar a segunda atividade para o dia seguinte. Neste sentido, o Dr. H sugeriu-nos que
começássemos por encontrar as categorias de análise das respostas e, posteriormente,
encontrar-nos-íamos novamente para discuti-las.
Voltamos, então, para o nosso gabinete e começamos a tarefa. Como não sabíamos
exatamente que tipo de análise o Dr. H queria, optamos por fazer uma análise aplicando
o método de análise de conteúdo de entrevistas aprendido ao longo da Licenciatura e do
Mestrado. No entanto, tivemos muita dificuldade em encontrar categorias e
subcategorias que fizessem sentido.
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Após uma hora de reflexão e troca de ideias reunimos de novo com o Dr. H e
apresentamos o pouco que tínhamos da grelha e das categorias. Apesar de o Dr. H se
mostrar surpreendido com a nossa iniciativa e dedicação na elaboração de uma análise
tão profunda, este sugeriu-nos que nos focássemos num método de análise mais simples
e objetivo. Sendo assim, e a fim de nos explicar melhor o que pretendia da análise, fez
um esboço das grelhas e das possíveis categorias de análise.
Tendo em conta as suas sugestões reformulamos as nossas grelhas. Contudo, a
dificuldade em encontrar categorias de análise que abrangessem as tão distintas
respostas dos membros da SICI manteve-se. As constantes dúvidas a que chegamos e os
impasses na procura das categorias certas, revelaram-se numa tarde passada sem
alcançar qualquer tipo de progresso da tarefa.
Enquanto estávamos a definir as categorias de análise, a Dr.ª L entrou no nosso
gabinete para saber como estavam a correr as coisas, uma vez que naquele dia ainda não
nos tínhamos cruzado. Informou-nos que no início desta semana o conjunto de
agrupamentos/escolas que serão objeto de avaliação neste ano letivo, nomeadamente
nos meses de Janeiro e Fevereiro, foram já notificados via e-mail. Os
agrupamentos/escolas que serão avaliados no mês de Novembro e Dezembro, foram
avisados no final do mês de Agosto.
Após esta etapa a IGEC espera a resposta dos agrupamentos/escolas (é exigido que
estes confirmem a receção do e-mail, indicando quem – diretor, subdiretor – o recebeu e
tomou conhecimento), dado que por vezes nem sempre há disponibilidade por parte do
Diretor ou outros atores implicados no processo de avaliação externa.
Recebidas todas as respostas é elaborada uma lista no site da IGEC com todos os
agrupamentos/escolas que serão avaliadas no ano letivo 2014/2015. À medida que as
avaliações externas se concretizam, os relatórios finais vão sendo elaborados e quando
homologados serão disponibilizados no site da IGEC para consulta pública.
23/10/2014 – Análise de informação sobre a relação entre as Inspeções europeias e
a ação disciplinar.
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No início da manhã reunimos com o Dr. H para fazer um ponto da situação da
atividade de análise das respostas dos membros das SICI, para depois retomá-la no
nosso gabinete.
Passado aproximadamente uma hora, encontramo-nos novamente com o Dr. H.
Mostramos o que tínhamos feito até ao momento e recebemos mais algumas orientações
e sugestões no que diz respeito às categorias de análise. Voltamos para o nosso
gabinete, reformulamos o nosso trabalho e iniciamos o tratamento da informação, ou
seja, ‘arrumamos’ as várias respostas nas categorias definidas.
Dada a demora e diligência desta tarefa (que terá de ser concretizada até ao início
do mês de Novembro), o começo da atividade de organização da visita do Dr. H a uma
das Escolas Europeias foi adiado para a próxima segunda-feira.
No decorrer do nosso trabalho a Dr.ª L apareceu no gabinete e, no âmbito da
atividade em curso de verificação dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE, propôs-nos uma outra tarefa,
nomeadamente apresentar, na ação de formação sobre a AEE do ano letivo 2014/2015 a
realizar no dia 10 de Novembro, um slide ou dois com as conclusões mais importantes
que retiramos da atividade, recorrendo a gráficos ilustrativos.
27/10/2014 – Análise de informação sobre a relação entre as Inspeções europeias e
a ação disciplinar.
Neste dia estava combinado iniciarmos a atividade de organização da visita do Dr.
H a uma das Escolas Europeias. No entanto, ao reunirmos logo pela manhã, o Dr. H
informou-nos que a prioridade teria de ser dada à análise das respostas dos membros da
SICI, uma vez que o Senhor Inspetor-Geral mostrara interesse em conhecer as
conclusões deste pequeno estudo ainda no início desta semana.
Sendo assim, retomamos o nosso trabalho no ponto em que ficamos na semana
passada e continuamos a ‘arrumar’ as várias respostas nas categorias definidas.
No final da manhã finalizamos o tratamento da informação, pelo que revimos todas
as categorias de análise que, possivelmente, terão de ser reagrupadas novamente em
categorias mais abrangentes (como o Dr. H nos sugeriu no final da manhã quando nos
despedimos) para facilitar a leitura dos dados. Ficou combinado que no dia seguinte
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reviríamos em conjunto a análise, de modo a fazer os acertes necessários e, assim,
finalizar a atividade.
28/10/2014 – Análise de informação sobre a relação entre as Inspeções europeias e
a ação disciplinar.
Reunimos com o Dr. H que nos forneceu algumas orientações no sentido de
melhorar a análise das respostas dos membros da SICI, nomeadamente aglomerar
algumas categorias, retirar e adicionar outras.
Reformulamos o documento de acordo com as sugestões. Meia hora depois
reunimos de novo e em conjunto revimos a análise. Dado que esta não é uma tarefa fácil
– a de ‘arrumar’ as respostas todas nas categorias certas – implica que seja um trabalho
que necessite de ser visto e revisto as vezes necessárias, de modo a alcançar uma análise
da informação filtrada e, assim, chegar a uma interpretação clara e objetiva das
conclusões do estudo. Neste sentido, e após a revisão identificaram-se ainda pequenos
ajustes a fazer no documento, que foram terminados no que restou da manhã.
No final da manhã a Dr.ª L apareceu no nosso gabinete, Aproveitou a oportunidade
para nos contextualizar e fornecer algumas informações acerca da nossa próxima
atividade no âmbito da AEE, ou seja, organizar os conjuntos de questionários de
satisfação a enviar aos pais, alunos, docentes e não docentes dos agrupamentos/escolas
não agrupadas que serão avaliadas neste ano letivo.
29/10/2014 – Início da atividade de planificação da visita do Dr. H às Escolas
Europeias. Início da primeira fase do processo de aplicação dos questionários de
satisfação à comunidade educativa, no âmbito da AEE (organização de
questionários).
Neste dia decidimos trabalhar o dia todo, a fim de adiantarmos as várias tarefas que
nos foram incumbidas. Assim, começamos pelas 10h da manhã e finalizamos o dia às
18h. Dado que ficamos mais 4 horas do que o necessário, a Dr.ª L dispenso-nos no dia
seguinte.
Logo pela manhã iniciamos a planificação da visita do Dr. H às Escolas Europeias
de Bruxelas e Luxemburgo II – que se realizará entre o dia 2 e o dia 5 de Dezembro –
no âmbito da avaliação de professores portugueses nas respetivas seções portuguesas.
Começamos por reunir com o Dr. H que nos enquadrou na atividade e explicou, ao nível
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da metodologia, como são realizadas as avaliações dos professores portugueses.
Entregou-nos dois conjuntos de documentos, um com os horários dos professores a
avaliar na Escola de Bruxelas e o outro com os horários dos professores a avaliar na
Escola de Luxemburgo II. Forneceu-nos, ainda, algumas diretrizes (procedimentos e
duração das atividades) fundamentais para a elaboração da agenda.
Após visitarmos o 3.º andar para tirarmos fotocópias dos horários dos professores,
iniciamos a tarefa ao construir uma tabela para cada dia com três colunas: horas,
atividade e duração. E, assim, por tentativa-erro fomos tentando organizar e conciliar as
várias observações de aulas e as reuniões de painel com os horários dos professores e
disponibilidade dos pais e diretores.
Esta foi uma atividade que acabou por se revelar complicada de concretizar, um
verdadeiro “quebra-cabeças”, que exigiu algumas visitas ao gabinete do Dr. H para
esclarecer dúvidas, assim como constantes alterações na agenda a pedido do Dr. H e
devido a incompatibilidades de horários.
No decorrer do nosso trabalho, a Dr.ª. L passou pelo nosso gabinete e aproveitou a
oportunidade para nos perguntar em que fase de desenvolvimento se encontrava a
atividade de verificação dos planos de melhoria nos sites dos agrupamentos, apesar de
esta ser uma atividade que se encontra de momento parada devido a outras tarefas que
surgiram. Respondemos que talvez já tenhamos verificado quase metade de todos os
sites dos agrupamentos, pelo que já se poderá retirar algumas conclusões da atividade.
No seguimento da conversa sobre o número real de agrupamentos em Portugal, a
Dr.ª L mostrou-nos uma apresentação PowerPoint realizada no âmbito da visita da
Troika a Portugal, pois a IGEC é um dos serviços do Ministério da Educação e Ciência,
logo um serviço do Estado, que tem de prestar contas à Troika através da apresentação
de resultados das várias atividades que desenvolve. Com esta apresentação foi possível
observar, através de um quadro, todos os agrupamentos/escolas não agrupadas que já
foram objeto do programa de AEE e os que faltam ainda avaliar no ciclo presente.
No início da tarde continuamos a reorganizar a agenda da visita às Escolas
Europeias de acordo com as orientações e as condições propostas pelo Dr. H. Contudo,
ao reunirmos de novo surgiam outras condições e pedidos que exigiram uma nova
reformulação. Porém, e uma vez que tínhamos de iniciar a organização dos
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questionários de satisfação a aplicar à comunidade educativa, o Dr. H pediu-nos que
deixássemos esta tarefa de reorganização para a próxima segunda-feira.
Sendo assim, dedicamos o resto da tarde à organização dos questionários de
satisfação que se encontravam distribuídos pela mesa central do gabinete.
A Dr.ª L começou por nos explicar que existem seis (6) tipos de questionários de
satisfação, que se destinam aos docentes (Q1), não docentes (Q2), pais e encarregados
de educação EPE (Educação Pré-Escolar) (Q3), pais e encarregados de educação (Q4),
alunos do 1.º ciclo (respondem apenas os alunos do 4.º ano) (Q5) e alunos do 2.º e 3.º
ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário (Q6).
Para facilitar o processo, o editorial do Ministério da Educação – local onde foram
impressos os questionários de satisfação – separara por unidades os diferentes tipos de
questionário (ex.: para os questionários destinados aos docentes (Q1) um conjunto
continha duzentos (200) questionários, já os que se destinavam aos não docentes (Q2)
um conjunto continha quarenta (40). Deste modo, a nossa tarefa consistia na consulta da
folha do respetivo agrupamento, que continha o número de questionários de satisfação
(25% de cada universo) a enviar para cada grupo de respondentes, contabilizar e
organizar os questionários e respetivos envelopes. A fase seguinte seria coloca-los em
caixas devidamente identificadas, para posterior envio aos agrupamentos/escolas
avaliadas. No entanto, esta última fase não nos foi incumbida.
No entanto, e como a Dr.ª L já nos tinha informado, este ano letivo será introduzida
uma alteração no método de resposta dos questionários, isto é será ensaiado a aplicação
do questionário de satisfação, a determinados grupos de respondentes, por via on-line.
Partindo do princípio que nem todos os pais e encarregados de educação poderão ter
acesso à internet, a equipa de AEE optou por aplicar o questionário em formato on-line
apenas em certos agrupamentos/escolas a docentes (Q1), a não docentes (Q2), a alunos
do 1.º ciclo (Q5) e a alunos do 2.º e 3.º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário
(Q6). Assim, em alguns dos agrupamentos/escolas, não foi necessário contabilizar e
organizar os questionários de satisfação para estes últimos quatro universos, o que
facilitou muito o processo.
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03/11/2014 – Continuação da primeira fase do processo de aplicação dos
questionários de satisfação à comunidade educativa, no âmbito da AEE
(organização de questionários). Continuação da atividade de planificação da visita
do Dr. H às Escolas Europeias.
Reunimos logo pela manhã com o Dr. H. Como de momento não tinha nenhum
trabalho para nos atribuir disse-nos que, caso não tivéssemos nenhuma tarefa
relacionada com a organização dos questionários de satisfação, podíamos avançar com a
reformulação da planificação da visita, atividade que ficara pendente na semana
anterior.
Contudo, quando nos preparávamos para retomar essa atividade no nosso gabinete,
a Dr.ª L pede-nos para contabilizar e organizar os questionários de satisfação que seriam
enviados, ainda durante a manhã, para três agrupamentos. Sendo assim, concedemos
prioridade a esta tarefa visto ser de maior urgência. Repetimos todo o processo do dia
anterior.
Quando finalizamos esta tarefa dedicamos o resto da manhã à atividade de
planificação da visita às Escolas Europeias.
No final da manhã, apresentamos novamente o documento com as alterações ao Dr.
H. Este reviu e mostrou-se contente com o resultado quase finalizado da agenda, uma
vez que esta terá ainda de ser aprovada pelos vários professores avaliados/observados,
que poderão colocar outras condições e resultar numa nova reformulação da agenda.
04/11/2014 – Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE. Interação com o
sistema desenvolvido pelo GEPE que permite validar os questionários de
satisfação, aplicados no âmbito da AEE, à comunidade educativa.
Continuamos com a atividade de verificação dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Interrompemos a atividade para reunir com a Dr.ª L e o Dr. H, momento em que
fizemos o ponto da situação da atividade em curso. Ponderamos que conclusões
poderíamos vir a apresentar na formação sobre a AEE de 2014/2015, que se realizará no
dia 10 de Novembro, assim como o formato da apresentação dos dados, ou seja, em
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gráficos e em formato percentual ou em números absolutos. Optamos pela primeira
opção.
Decidimos, ainda, apresentar apenas os dados dos anos letivos de 2011/2012 e
2012/2013, uma vez que o processo de verificação dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas avaliados nestes dois anos letivos encontra-se quase finalizado.
Deste modo, os dados alusivos ao ano letivo 2013/2014, cuja verificação já foi iniciada
pela minha colega, não serão apresentados na formação.
Como combinado na reunião, elaborei uma lista de todos os agrupamentos
avaliados nos anos letivos 2011/2012 e 2012/2013 cuja designação se alterou, para
posteriormente verificá-la com o Dr. Carlos Roque, como nos indicou a Dr.ª L.
Como alguns dos sites de agrupamentos/escolas ainda não tinham sido verificados,
e, uma vez que ficamos incumbidas de apresentar os dados da nossa análise na
formação que se aproximava, decidimos trabalhar na parte da tarde.
Continuamos com a atividade de verificação dos planos até meio da tarde,
momento em que a Dr.ª L nos pediu que nos deslocássemos até ao gabinete ao lado do
Dr. H – e em princípio o nosso futuro gabinete –, a fim de conhecermos e
familiarizarmo-nos com o sistema informático, desenvolvido pelo Gabinete de
Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), que permite validar os questionários de
satisfação, aplicados no âmbito da AEE, à comunidade educativa.
Resolvido o problema de acesso ao sistema – que demorou alguns minutos e
necessitou do apoio do pessoal técnico de informática – a Dr.ª. Ana Paula Gravito,
presente também no gabinete e anterior responsável pelo processo de validação,
explicou-nos todos os passos a ter em conta. Através do computador e do software
específico, mostrou-nos as 3 principais fases do processo, nomeadamente a
digitalização, o reconhecimento manual e a validação dos questionários.
Esta será uma das tarefas que nos será incumbida futuramente, quando todos os
questionários retornarem à IGEC vindos dos agrupamentos/escolas.
05/11/2014 – Continuação da atividade de verificação dos planos de melhoria nos
sites dos agrupamentos/escolas avaliados no 2.º ciclo de AEE.
Continuamos com a atividade de verificação dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas avaliados nos anos letivos de 2011/2012 e 2012/2013. Dado que
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o último ano já estava finalizado, a minha colega ajudou-me a concluir o ano letivo
2011/2012.
No final da manhã terminamos, por fim, o ano. Combinamos que no dia seguinte
iríamos iniciar a análise dos dados obtidos, ou seja, determinar quantos
agrupamentos/escolas apresentam o plano de melhoria no site, bem como o seu grau de
visibilidade e acessibilidade, e quantos não apresentam o plano. Posteriormente iríamos
construir o PowerPoint com as principais conclusões da análise a apresentar na
formação de AEE no dia 10 de Novembro.
06/11/2014 – Início da análise dos dados resultantes da atividade de verificação
dos planos de melhoria nos sites dos agrupamentos/escolas avaliados nos anos
letivos de 2011/2012 e 2012/2013. Construção do PowerPoint a apresentar na
formação da AEE no dia 10 de Novembro.
Neste dia decidimos trabalhar o dia todo, a fim de concluirmos a análise dos dados
obtidos com a atividade de verificação dos planos de melhoria nos sites dos
agrupamentos/escolas.
Começamos pelo ano letivo 2011/2012. No respetivo ficheiro Excel, e através da
aplicação de filtros, determinamos quantos agrupamentos/escolas disponibilizam o
plano de melhoria no site e quantos não disponibilizam.
Posteriormente, e partindo dos agrupamentos que disponibilizam o plano,
analisamos o grau de acessibilidade do documento. Para tal, estabelecemos dois graus:
muito acessível, em situações em que o plano se encontra visível nos documentos
orientadores/estruturantes ou no separador da avaliação externa do agrupamento/escola;
pouco acessível, em situações em que o plano não se encontra visível. Logo, é
necessário fazer uma pesquisa específica pelo documento no próprio site do
agrupamento/escola ou no motor de busca da internet. Assim, e através da aplicação de
filtros na coluna das observações feitas ao longo do processo, foi possível selecionar os
agrupamentos cujo plano de melhoria se encontra muito acessível e pouco acessível.
Encontrados os números absolutos, procedemos à sua conversão para percentagens
e construímos os respetivos gráficos. Repetimos todo o processo para o ano letivo
2012/2013.
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Dado que, no ano letivo 2011/2012 muitas escolas integraram o processo de
reordenamento da rede escolar, optamos por apresentar – tendo por base a lista que
elaborei com todos os agrupamentos avaliados neste ano letivo cuja designação se
alterou – a percentagem de agrupamentos/escolas que se reagruparam e destacar a
possibilidade da análise deste ano letivo em particular não refletir o contexto real uma
vez que, as unidades de gestão mudaram e os planos de melhoria já não correspondem a
essas organizações.
No final da tarde construímos oito dispositivos, a integrar na apresentação
PowerPoint da Dr.ª L, com todos os gráficos elaborados e algumas informações e
destaques a comunicar na formação no dia 10 de Novembro.
Falamos, ainda, com o Dr. H para combinar a questão da deslocação de transportes
para o local onde se realizará a formação de AEE.
10/11/2014 – Ação de Formação Avaliação Externa das Escolas 14/15
Encontrámo-nos na estação de Sete Rios e fomos de comboio até ao local onde nos
esperava o Dr.º Helder por volta das 9:30 h para nos levar até ao Auditório da
Biblioteca Municipal e assistirmos à ação de formação Avaliação Externa das Escolas
2014-2015. Muitos inspetores se encontravam no local e a sessão começou por volta das
10:15. A Dr.ª Leonor encontrava-se um pouco nervosa e apreensiva, desejosa que tudo
corresse pelo melhor. Trocámos umas palavras e foi então que começou a sessão.
Iniciaram com um ponto de situação da Avaliação Externa de Escolas realizado pela
Dr.ª Leonor. Nesta primeira parte encontravam-se na mesa o Dr.º Luís Capela Inspetor-
Geral, a Dr.ª Leonor Sub-Inspetora e as duas Chefes da ATI do Sul. Foram então
relembrados os objetivos da AEE para o 4º ano do 2º ciclo e feita uma perspetiva
daquilo que já realizaram no presente ciclo. Este ciclo teve início em 2011/11
constituído por um grupo de trabalho e avaliando 12 escolas piloto. De seguida, no ano
de 2011/12 foram avaliados 231 Agrupamentos, no ano de 2012/13 foram avaliados 144
Agrupamentos e por fim em 2013/14 foram avaliados 137 Agrupamentos. No total,
foram avaliados 524 estabelecimentos escolares sendo que, atualmente passaram a 450
devido à reorganização da rede escolar.
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Posteriormente, a Sub-Inspetora passou a uma pequena apresentação sobre os Planos
de melhoria retirada do ppt que realizámos para este dia. Porém, sendo que as escolas
ainda não foram contatadas e não podemos admitir que por o plano não estar acessível
na página não signifique que não foi produzido ou não está disponível no site, numa
primeira abordagem optou-se por apenas informar que este trabalho estava a ser
realizado e apontar para a sua relevância, tendo sido uma medida recentemente
instituída que ainda não passou por nenhum processo de verificação deste tipo. Os
Planos de melhoria tiveram início em 2012/13 no ano seguinte à avaliação. As escolas
que obtiveram classificação de Suficiente ou Insuficiente em pelo menos dois domínios
serão sujeitas à atividade de acompanhamento desenvolvida pelos profissionais da
Inspeção que resultará num Plano de Melhoria. Em 2012/13 32 Escolas Agrupadas ou
não agrupadas participaram na atividade de acompanhamento, em 2013/14 25 e
em14/15 24. As áreas de incidência que a escola elege para o acompanhamento, aspetos
contemplados no PM, são por exemplo: avaliação das aprendizagens; hábitos de estudo;
observação de aulas entre pares; envolvimento dos pais; aumento das expetativas, entre
outros. O PM deverá ser realizado e publicado na escola. O nosso trabalho de
verificação dos planos de melhoria na página da escola resultará numa comunicação às
escolas em que este não foi encontrado questionando-as se o plano existe e se encontra
acessível.
A Inspeção no ano de 2014/15 propõe-se a avaliar 123 escolas agrupadas e não
agrupadas e demonstra a intenção de constituir um grupo de trabalho para a construção
de um novo ciclo (perspetiva daqui a dois anos) e refletir sobre novos desafios. Um dos
desafios que se demonstra como fundamental consiste na avaliação de 45 escolas que
celebraram contratos de autonomia. Relativamente às perspetivas futuras esperam a
aceitação do regime jurídico do Ensino Privado e Cooperativo, proposta que ainda não
foi aceite e implementação de um projeto que desenvolva a participação das autarquias
na Educação, delegar competências às Câmaras.
Numa segunda parte a Professora Luísa Alonso foi falar acerca de “O Currículo e as
Práticas Pedagógicas no 1º ciclo do Ensino Básico”. Esta começou por explicar que
existem três dimensões de desenvolvimento do seu trabalho como professora, o
Currículo e a Formação de professores com vista à inovação. A apresentação começou
com uma mescla dos conceitos importantes no trabalho de um professor, como por
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exemplo: Ação informada, Investigação, Experiência, Paixão, entre outros. Apresentou
também uma frase de Beane acerca da desfragmentação do currículo tendo em conta os
alunos, tratando-se de aprendizagens sucessivas sem que se liguem os conhecimentos.
A Educação Básica tem como fundamentos assegurar às crianças as aprendizagens
essenciais para o seu prosseguimento no percurso educativo e o pleno desenvolvimento
e máxima integração e realização social.
O 1º ciclo é considerado o ciclo “charneira”, tendo em vista transições equilibradas
entre o pré-escolar e o 2º ciclo. Estruturação de base do conhecimento e compreensão
do mundo, da inserção na sociedade e da entrada na comunidade do saber. É marcado
pelas seguintes caraterísticas: gestão integrada do currículo; identidade própria e
relações interpessoais num clima humanizado e de aproximação.
Um Educação de qualidade tem de ter em conta a questão da equidade, organização da
escola, do currículo e dos ambientes de aprendizagem de forma a promover o
desenvolvimento integrado e harmonioso de todos os alunos através da realização de
experiências de aprendizagem significativas e enriquecedoras que iram conduzir a:
conhecimento e valorização de si mesmo como pessoa; entendimento da realidade
cultural, física e social; e ainda, capacidade de intervenção responsável, crítica e
transformadora na realidade. Uma vez conseguidas todas estas características
poderíamos dizer que estaríamos presente um currículo integrado.
Segundo Luísa Alonso, o currículo é um “projeto de cultura e de formação que
fundamenta, articula e orienta as diferentes experiências de aprendizagem que a escola
oferece como valiosas e imprescindíveis para a educação integral e integrada das
crianças, consideradas na sua diversidade (finalidades, saberes, processos e meios,
avaliação). O currículo integrado, segundo a sua perspetiva, é um Projeto – tem uma
visão estratégica, uma intencionalidade, visibilidade (conhecido e aberto, disponível
para todos) e um compromisso partilhado; Formativo – pois preocupa-se com a
Educação equilibrada e global com uma aprendizagem construtiva e significativa; e é
Integrado – adequação/contextualização, articulado e coerente, equilíbrio e proporção.
Através da língua portuguesa é que todas as outras entidades se constroem. As
disciplinas são consideradas artefactos para compreender melhor o mundo. Segundo a
professora, numa árvore conseguimos concentrar todo o currículo. Trabalham-se as
áreas como se fossem uma finalidade em si mesmas. Deste modo, questionamo-nos:
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Mas para que serve o que se estuda? A conceção de áreas primárias e secundárias vai
contra a questão do currículo integrado uma vez que todas as áreas no seu conjunto são
importantes para o desenvolvimento de um aluno.
A professora Luísa Alonso apresentou também a matriz curricular para a Educação
Básica, deste modo o currículo deverá permitir: construir e utilizar saberes de forma
interativa; interagir em grupos heterogéneos e agir de forma autónoma. O projeto
curricular integrado por si proposto trabalha estas três dimensões. Existe um conjunto
de competências fundamentais que este currículo também deverá trabalhar, como por
exemplo: Matemáticas, Aprender a aprender, Social e cidadania, físico motora entre
outras.
De seguida, foi-nos apresentada a Matriz curricular dos Açores estabelecida no
Decreto Legislativo Regional n.º 21/2010/A, trabalho realizado para a EB dos Açores
pela professora Luísa Alonso e restante grupo de trabalho. Como tal, esta matriz é
baseada em algumas das competências fundamentais explicadas anteriormente.
Posteriormente, passámos aos modelos de organização curricular, sendo estes:
Modelo disciplinar – Academicista caraterizado por aprendizagens fragmentadas onde
se aprende, avalia e arruma; Modelo Integrado – Projeto Curricular Integrado
caraterizado por uma atividade integradora, áreas do currículo com especificidades
próprias, instrumentos para o desenvolvimento de autonomia, pensamento crítico e
resolução problemas.
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Atualmente, o currículo nacional continua a ser, segundo a professora Luísa Alonso
um jardim secreto. Destacando assim três aspetos fundamentais na análise do currículo
no nosso sistema educativo: Elemento chave na gestão do currículo –
Estado/Escola/Docente, o currículo nacional está de tal forma definido que não deixa
margem às escolas para o gerir, não lhes é dada a autonomia desejada que fazendo com
que os professores apenas tenham uma base pela qual se devem seguir; Melhor
metodologia para avaliar a gestão do currículo – A avaliação determina o currículo a
partir do 3º/4º ano trabalham em função da avaliação e não do currículo; e por fim
compartição das horas disciplinares – No currículo são estabelecidas o nº de horas para
cada uma das áreas o que constitui um entrave ao currículo integrado uma vez que, na
base do currículo flexível o docente deverá poder gerir a distribuição das horas em cada
uma das áreas da forma mais adequada. Professores cooperantes tentam trabalhar
segundo esta perspetiva integrada. Segundo a professora, “a inovação a nível do sistema
só se consegue através da escola. A partir de um papel regulador que garanta a equidade
mas não limite as práticas”.
Após terminada a manhã, seguiu-se o almoço juntamente com o Dr. Helder e a minha
colega Mariana. De seguida, iniciou-se a parte da tarde com a Dr.ª Luísa Loura
Diretora-Geral da DEEC com a apresentação “Modelos para comparação estatística dos
resultados académicos em escolas de contexto análogo” com o objetivo de clarificar
alguns aspetos e mudanças no que toca à utilização de dados estatísticos no processo de
avaliação externa de escolas.
Os modelos de “valor esperado” tiveram início em 2011 com o objetivo de apresentar
dados de contexto exportados pelas escolas para o sistema de informação do MEC.
Como tal, as variáveis de contexto utilizadas são: a idade, o género, habilitações da mãe,
habilitações do pai, ASE (apoio de ação social escolar), dimensão média das turmas e
percentagens de docentes do quadro. A metodologia de cálculo de valor esperado é a
regressão linear. A reorganização da rede escolar fez com que os sistemas escolares
ficassem mais homogéneos uma vez que formados agrupamentos quase todos oferecem
todas as modalidades de ensino (restando apenas as 12 escolas secundárias distribuídas
pela rede). Deste modo, uma das alterações realizadas foi a eliminação dos clusters
assim como a criação de um novo indicador, quão longe cada resultado da escola se
encontra do respetivo valor esperado.
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De seguida, o Dr. João Baptista Subdiretor-Geral da DGEEC procedeu à apresentação
de “Modelos para análise da progressão académica dos alunos em escolas secundárias”.
Este estudo, embora não contribua para o processo de AEE constitui um trabalho
interessante na área.
Por último, o Dr. João Moreira apresentou o estudo “Processos e Impactos da
Avaliação Externa das Escolas do Ensino Não Superior: Resultados do Inquérito aos
Diretores de Agrupamentos de Escolas”. Esta é uma investigação realizada em conjunto
com diversas Universidades do Minho, Porto, Coimbra, Lisboa, Évora, Algarve, que
permite aos intervenientes no processo de AEE obter uma visão dos efeitos do seu
trabalho em diferentes Agrupamentos. A média mais elevada é respeitante à área da
autoavaliação onde os efeitos se demonstram mais positivos. Já a média mais baixa,
onde os efeitos são menos positivos encontra-se em indicadores como o comportamento
e disciplina dos alunos, solidariedade entre os alunos e taxas de abandono e desistência.
Tal situação permite identificar que onde existe o menor efeito da AEE é nos alunos,
embora existam efeitos uma vez que os valores se encontram acima de zero (ex. 0.74).
Por fim, em jeito de conclusão o Inspetor-Geral despediu-se desejando uma excelente
abertura de trabalhos neste novo ano tão desafiador.
11/11/2014 – Digitalização e validação dos questionários
Início da tarefa de digitalização e validação dos questionários realizados às escolas.
Este foi um dia complicado, com muitas dúvidas e problemas técnicos. Embora alguns
dos colegas nos tivessem tentado a ajudar uma vez que, nem a Dr.ª Leonor nem a Dr.ª
Ana Paula Gravito, se encontravam presentes na Inspeção não foi possível realizar
praticamente nenhum trabalho. Sendo que, só trabalhámos de manhã ficou combinado
que começaríamos de novo no dia seguinte já com a contribuição valiosa da Dr.ª
Leonor.
12/11/2014 – Continuação da digitalização e validação dos questionários
Continuação da tarefa de digitalização e validação dos questionários realizados às
escolas. Tendo em conta o dia anterior iniciámos a tarefa com a Dr.ª Leonor de modo a
resolver algumas das questões que tinham surgido no passado dia. Um dos problemas
persistia e sendo que a Dr.ª Ana Paula Gravito ainda se encontra ausente a Dr.ª Leonor
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decidiu pedir à Inspetora Helena, que costuma colaborar nesta tarefa em anos anteriores,
que se deslocasse do campo à Inspeção para nos poder dar uma ajuda. Após a inspetora
Helena chegar tirou as dúvidas que todos tínhamos e iniciámos então o trabalho.
Fizemos duas experiências juntamente com a inspetora para ter a certeza que corria tudo
com normalidade e após verificarmos que sim a inspetora ausentou-se e continuámos o
trabalho sozinhas. Digitalizámos e validámos os questionários de diversos
Agrupamentos desta vez sem problemas. Esta é uma tarefa que se demonstra bastante
valiosa para a Inspeção todos os anos com o contributo das estagiárias. Para quem a
realiza pode considerar-se um pouco monótona e sem grandes aprendizagens uma vez
que, após dominar o programa, se demonstra bastante rotineira e consecutiva.
17/11/2014 – Continuação da verificação dos planos de melhoria nos sites das escolas
18/11/2014 – Continuação da verificação dos planos de melhoria nos sites das escolas.
19/11/2014 – Continuação da verificação dos planos de melhoria nos sites das escolas
20/11/2014 – Continuação da verificação dos planos de melhoria nos sites das escolas
Continuação da verificação dos planos de melhoria nos sites das escolas. Reunião com
o Dr.º Helder para instruções de novos trabalhos. Deveremos continuar com a tarefa dos
planos e dos questionários, ainda assim, em breve iremos iniciar a atualização do perfil
da inspeção na página da SICI. Esta tarefa já foi realizada por outras colegas em anos
anteriores, deste modo, iremos apenas atualizar os dados que já existem fazendo novas
pesquisas, novas entrevistas (Inspetor-Geral entre outros) e modificando os gráficos em
conjunto com a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).
Teremos também que concluir a tarefa da planificação da avaliação dos docentes de
duas Escolas Europeias uma vez que, existia um equívoco no horário, o que causará
alterações na planificação já realizada. Após concluirmos a fase de verificação dos
planos, passámos à conclusão da planificação.
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24/11/2014 – Ação de formação “Avaliação das Aprendizagens na Educação Pré-
Escolar”
A presente ação de formação “Avaliação das Aprendizagens na Educação Pré-
Escolar” a que assistimos consistia na última de quatro sessões. A professora Gabriela
Portugal foi responsável pela sessão durante todo o dia, apresentando-se como não
sendo especialista em avaliação mas tendo desenvolvido um projeto de
desenvolvimento na área de sistema de acompanhamento das crianças para a avaliação
da Educação Pré-escolar.
25/11/2014 – Reunião com a Dr.ª Leonor, Dr.ª Ana Paula Gravito, Dr.ª Filomena e
Dr.ª Teresa acerca da aplicação dos questionários. Início da leitura do perfil da
Inspeção realizado em anos anteriores.
26/11/2014 – Teste do sistema de digitalização dos questionários. Leitura do perfil
da Inspeção realizado em anos anteriores e consulta de legislação para futuras
alterações.
27/11/2014 – Reunião com o Dr.º Helder
Reunião com o Dr.º Helder para planificação de futuras tarefas entre elas a avaliação de
escolas nos meses de Janeiro e Fevereiro. Inscrição na Conferência Internacional
Multilinguismo, Competitividade e Mercados de Trabalho. Continuação da leitura do
perfil da Inspeção realizado em anos anteriores e consulta de legislação para futuras
alterações.
1/12/2014 – Continuação da leitura do perfil da Inspeção realizado em anos
anteriores e consulta de legislação para futuras alterações
2/12/2014 – Organização dos questionários de avaliação externa 14/15 da ATI do
Norte para seguirem para as escolas
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3/12/2014 – Mudança de sala de trabalho que passará a ser partilhada com a
Inspetora Adelina. Trabalho nos nossos projetos
4/12/2014 – Preparação dos questionários para enviar para as escolas. Conferência
“Multilinguismo, Competitividade e Mercados de Trabalho”
5/12/2014 – Conferência Internacional Multilinguismo, Competitividade e
Mercados de Trabalho
A Conferência Internacional teve lugar no Novotel Lisboa e realizou-se durante a
tarde do dia 4 de Dezembro de 2014 e o dia 5 de Dezembro de 2014.
Foi uma conferência organizada pela Agência Nacional para a Gestão do Programa
Aprendizagem ao Longo da Vida, no âmbito do programa Erasmus + Educação e
Formação. Como o título da conferência indica, foram apresentados e debatidos temas
relacionados com a importância e a necessidade, no contexto atual, de desenvolver
competências linguísticas, quer no campo académico, quer no campo profissional.
Cada um dos dias foi dedicado a um tema específico. Na tarde do primeiro dia
debateu-se o tema “Línguas e Culturas para os Mercados de Trabalho”.
O Professor Stephen Hagen, da Universidade de Wales Newport, apresentou o Projeto
“PIMLICO” (Promoting, Implementing, Mapping Language and Intercultural
Communication Strategies). Este projeto foi desenvolvido no âmbito de uma iniciativa
proposta pela Direção-Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia no ano de
2011, destinada a promover a utilização de “estratégias linguísticas” (language
management strategies (LMSs) pelas pequenas e médias empresas europeias. É um
projeto que identifica e descreve exemplos de boas práticas de pequenas e médias
empresas, cujo bom desempenho e grande número de trocas comerciais se deve à
implementação de “estratégias linguísticas”.
O Professor José Pascoal, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
apresentou o projeto “Voice of Employers and Employees to Good Practice”, que tem
como finalidade compreender quais as necessidades linguísticas dos empregadores e dos
empregados emigrados. O presente estudo foi desenvolvido em três países: Portugal,
Alemanha e Itália. Tem como objetivos divulgar boas práticas para promover a inclusão
de trabalhadores emigrantes, perceber a perspetiva dos stakeholders, entre outros.
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O segundo dia da conferência internacional iniciou-se com o tema “Apoios Europeus
para o Multilinguismo”.
A oradora Sarah Breslin apresentou a instituição a que pertence, nomeadamente o
European Centre of Modern Languages. Este centro foi fundado em Graz (Áustria), no
ano de 1994 pelo Council of Europe, com a finalidade de promover a aprendizagem de
línguas de modo mais eficiente e promover o ensino de línguas inovador e de qualidade.
Para tal, o centro apoia os seus países-membros na implementação de políticas eficazes
e práticas no ensino de línguas. Disponibiliza, ainda, um conjunto de recursos que se
destinam a vários públicos (formadores, professores, decisores políticos) e desenvolve
várias atividades, formações e projetos. Ao longo da sua apresentação, Sarah Breslin,
alertou para o facto de a diversidade linguística e cultural hoje em dia ser encarada
como um obstáculo, quando na verdade é uma mais-valia, e identificou alguns dos
riscos que existem quando essa diversidade é desvalorizada.
A segunda intervenção da manhã foi feita pela Kristina Cunningham, da Direção-
Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia (setor do multilinguismo). Nesta
apresentação debateu-se a importância do desenvolvimento de competências linguísticas
para a empregabilidade, mobilidade e crescimento. Ao concluir a apresentação, Kristina
Cunningham, salientou a importância de promover a mobilidade e reduzir as lacunas
linguísticas que se registam nos vários países europeus. Para tal, a participação no
Programa Erasmus + poderá constituir uma solução para estas duas necessidades.
Seguiu-se a intervenção de Denise Moura, do Departamento de Relações
Internacionais, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), que
consistiu na apresentação do Europass e na utilidade que este documento tem para a
FLUL. O Europass é composto por cinco documentos (Curriculum Vitae, Passaporte de
línguas, Europass-mobilidade, Suplemento ao certificado e Suplemento ao diploma) e
tem como finalidade apresentar as qualificações e as competências de uma forma clara e
compreensível na Europa. A FLUL solicita o Europass em situações de candidatura a
programas de mobilidade e candidatura a estágios curriculares.
Após o almoço retomaram-se as atividades com o tema “Certificação”,
nomeadamente a certificação de competências linguísticas.
Neste sentido, Franz Mittendorfer apresentou o programa europeu “Certilingua Label
of Excellence for Plurilingual, European and International Competences”. Este
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programa certifica as competências linguísticas dos estudantes que desejam continuar os
estudos num país europeu. Para além do certificado fornecido pela instituição
académica de origem, para ser admitido numa universidade internacional, o estudante
tem de apresentar um certificado – que, neste caso, poderá ser o Certilingua – que
comprove o domínio da língua do país de acolhimento.
Posteriormente realizou-se um debate que contou com a presença de Anne Ricordel
(Embaixada da França), Stephen Hoffmann (Goethe Institut) e Tim Perry (The British
Council). Neste debate os oradores explicaram como se processa a certificação de
competências linguísticas na França, na Alemanha e na Inglaterra. Concluiu-se que nos
três países a certificação se realiza de forma semelhante. Assim, na França são exigidos
o DELF ou o DALF e na Alemanha o KDS (Kleines Deutsches Sprachdiplom) e o GDS
(Großes Deutsches Sprachdiplom) (estes diplomas correspondem aos seis níveis do
Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas: DELF e KDS – A1, A2, B1 e B2
e o DALF e GDS – C1 e C2). No que diz respeito à Inglaterra, a certificação pode ser
realizada pela Cambridge English: Language Assessment e pelo Certificate of
Proficiency in English (CPE).
Sobre o sub-tema “Desafios Futuros no Presente”, Sandra Pereira do Instituto de
Avaliação Educativa, falou sobre o teste “Key for Schools”, um teste desenvolvido pela
Cambridge English Language Assessment e aplicado em contexto escolar a todos os
alunos que frequentam o 9.º ano de escolaridade em Portugal. Este teste avalia quatro
áreas de proficiência linguística: compreensão da leitura e expressão escrita,
compreensão do oral e produção oral e permite verificar se o aluno é capaz de usar a
língua inglesa em situações do dia-a-dia. Os últimos resultados obtidos com a aplicação
deste teste mostram que 53% dos alunos se encontram no nível B1 (utilizador
independente) e 47% encontram-se nos níveis abaixo, nomeadamente nos níveis A2 e
A1 (utilizador elementar).
A segunda intervenção foi realizada pelo Mário Filipe, do Instituto Camões, que
explicou o processo de certificação das aprendizagens dos alunos da rede do Ensino
Português no Estrangeiro (EPE), pelo Estado português. Este processo de
reconhecimento das aprendizagens realiza-se através de exames concebidos para
diferentes níveis de proficiência (nível A1, nível A2, nível B1, nível B2 e nível C1) e
visa reconhecer e acreditar as competências comunicativas dos alunos, residentes ou não
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em Portugal, no campo da língua portuguesa. Assim, esta certificação facilita a
mobilidade dos alunos entre os países em que a rede EPE existe.
A terceira e última apresentação ficou a cargo do Professor José Pascoal, que deu a
conhecer o Centro de Avaliação de Português como Língua Estrangeira (CAPLE),
membro da ALTE (Association of Language Testers in Europe). À semelhança do
programa certificação das aprendizagens dos alunos da rede do EPE, o CAPLE visa
acreditar as competências linguísticas, no que diz respeito à língua portuguesa, através
da aplicação de exames. Esta certificação permite reconhecer o nível de proficiência da
pessoa, nomeadamente o CIPLE (nível A2), DEPLE (nível B1), DIPLE (nível B2),
DAPLE (nível C1) e DUPLE (nível C2).
Em síntese, refletindo acerca das principais temáticas expostas nesta conferência e
tendo em conta o seu impacto na nossa formação profissional, foi-nos possível tecer
algumas considerações.
Ao longo de todo o evento salientou-se uma questão transversal: a importância do
multilinguismo na conjuntura atual ao nível profissional. Sendo que, vários estudos
comprovaram a influência das competências linguísticas no desempenho e sucesso no
mercado de trabalho.
A exigência, não só do domínio da língua materna, como de mais duas línguas
estrangeiras constituiu uma surpresa para nós. Uma vez que o inglês – correntemente
considerado como língua universal – tende a sobrepor-se à necessidade de dominar uma
segunda língua estrangeira, o que segundo os estudos apresentados não se verifica.
Torna-se, assim, imprescindível a aprendizagem de uma terceira língua (ou mais) para
vingar no atual mercado de trabalho.
Os resultados anunciados, referentes a Portugal, revelam que o país necessita de um
maior investimento e desenvolvimento na área das línguas estrangeiras, quer no campo
profissional, quer no campo da formação escolar. A nova medida anunciada pelo
Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário – que discursou no final da
conferência – a introdução da disciplina de Inglês no 3.º ano do 1.º ciclo do Ensino
Básico, poderá significar um passo em frente na promoção das línguas estrangeiras na
formação base dos cidadãos em Portugal.
Uma das principais conclusões referidas por muitos dos oradores, com a qual
concordamos, foi a de que já não podemos ser considerados cidadãos pertencentes
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apenas a um país, mas sim cidadãos de um mundo globalizado, em que a mobilidade é
uma constante e as competências linguísticas se demonstram fundamentais.
Em suma, esta conferência permitiu-nos refletir sobre a utilidade e a relevância do
multilinguismo no atual contexto profissional, assim como repensar possibilidades de
investir na formação linguística, de modo a tornar-nos profissionais mais competitivas e
multifacetadas.
9/12/2014 – Ponto de situação com o Dr.º Hélder. Trabalho no projeto de
investigação
10/12/2014 – Tarefas referentes ao projeto de investigação. Alterações do perfil da
IGEC
11/12/2014 – Reunião com o Dr.º Hélder acerca das alterações a realizar no perfil
da IGEC. Início da síntese da Conferência “Multilinguismo, Competitividade e
Mercados de Trabalho”
15/12/2014 – Resumo das comunicações da Conferência Internacional
“Multilinguismo, Competitividade e Mercados de Trabalho”
16/12/2014 – Continuação da segunda fase do processo de aplicação dos
questionários de satisfação à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação
de questionários). Almoço de Natal
17/12/2014 – Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação
à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários)
Continuação da segunda fase do processo de aplicação dos questionários de satisfação à
comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários). Reunião com a
Equipa Multidisciplinar da Educação Pré-Escolar e Ensinos Básico e Secundário.
Almoço com a equipa da IGEC com o que restou do almoço de Natal.
18/12/2014 – Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação
à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários)
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
35
19/12/2014 – Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação
à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários)
07/01/2015 – Digitalização de questionários. Preparação dos questionários para
enviar para as escolas
08/01/2015 – Preparação dos questionários para enviar para as escolas
12/01/2015 – Trabalho no projeto de investigação. Preparação em conjunto com a
Dr.ª Leonor dos questionários para enviar para as escolas.
13/01/2015 – Atualização das listas dos Agrupamentos que têm plano de melhoria
na página da escola. Continuação do trabalho no projeto de investigação
Atualização das listas dos Agrupamentos que comunicaram recentemente a presença
do seu plano de melhoria na página da escola. Continuação do trabalho no projeto de
investigação. Durante a manhã, o novo Sub-inspetor Geral foi apresentado a todos os
funcionários dos diferentes pisos. Como tal, veio à nossa sala acompanhado pelo
Inspetor Geral e a nova Chefe de Equipa Multidisciplinar, Dr.ª Leonor Duarte conhecer-
nos. O ambiente formal fez-se notar com a apresentação de um novo elemento nos
cargos de chefia na Inspeção. De seguida, um dos inspetores veio convidar-nos para
comermos uma fatia de bolo-rei com todos os outros colegas. Apesar do ambiente
formal que se faz sentir em alguns momentos o ambiente entre os colegas inspetores é
bastante descontraído e divertido.
14/01/2015 – Trabalho no projeto de investigação
15/01/2015 – Trabalho no projeto de investigação
19/01/2015 – Trabalho no projeto de investigação
Trabalho no projeto de investigação. Reunião com Dr.ª Leonor sobre a análise dos
planos de melhoria – Construção de listas (AE TEIP, AE que alteraram os seus nomes,
AE que têm o site indisponível, etc.) para passar à fase da comunicação com as escolas.
20/01/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
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21/01/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
22/01/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
26/01/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
27/01/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
02/02/2015 – Tratamento de questionários em Excel devido a um problema no
servidor de digitalização dos mesmos
03/02/2015 – Contagem de questionários para enviar para as escolas avaliadas em
Março
04/02/2015 – Contagem de questionários para enviar para as escolas avaliadas em
Março
Contagem de questionários para enviar para as escolas avaliadas em Março. Reunião
com o Dr.º Helder acerca da atualização do perfil da Inspeção, realização de contatos.
Continuação do trabalho de verificação dos Planos de melhoria.
05/02/2015 – Construção de listas dos Planos de melhoria anteriormente
verificados nos sites das escolas: Agrupamentos TEIP, Agrupamentos que não
apresentam plano, Agrupamentos com site indisponível, em manutenção, link
indisponível, entre outros
09/02/2015 – Atualização do perfil da Inspeção para o site da SICI
Atualização do perfil da Inspeção para o site da SICI: atualização dos dados do
sistema educativo português. Consulta do site da DGEEC para a atualização de
informação acerca do número de estabelecimentos escolares, alunos e docentes por ciclo
de estudos. Acesso ao Dec. Lei 91/2013 (139/12) e aos sites da DGEST, ANQEP e
CQEP para a alteração da estrutura curricular do sistema educativo português.
10/02/2015 – Contagem de questionários para estabelecer um ponto de situação.
Continuação da atualização do perfil da Inspeção
11/02/2015 – Continuação da atualização do perfil da Inspeção
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
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Continuação da atualização do perfil da Inspeção. Realização dos nossos projetos.
Reunião com a Dr.ª Leonor acerca do estado do relatório. Foram nos dados alguns
conselhos no que toca à direção a seguir no desenvolvimento do projeto.
12/02/2015 – Continuação da atualização do perfil
Continuação da atualização do perfil. Pedido de algumas informações à Dr.ª Sílvia sobre
os Recursos Humanos e o orçamento dado à IGEC para o ano de 2015.
16/02/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
19/02/2015 – Abertura de caixas e tratamento dos questionários
23/02/2015 – Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação
à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários)
24/02/2015 – Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação
à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários)
25/02/2015 – Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação
à comunidade educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários)
Continuação do processo de aplicação dos questionários de satisfação à comunidade
educativa, no âmbito da AEE (validação de questionários). Impressão de documentos
respeitantes ao Agrupamento A.
26/02/2015 – Contagem de questionários para enviar para as escolas avaliadas em
Março
Contagem de questionários para enviar para as escolas avaliadas em Março. Leitura e
análise de alguns documentos respeitantes ao Agrupamento A.
27/02/2015 – Reunião de preparação do processo de AE do Agrupamento A
Reunião de preparação do processo de AE do Agrupamento A, com a equipa
constituída por: Dr. Hélder, Dr. João Leal e a Dr.ª Rosa Micaelo Coordenadora da AE.
Iniciaram a reunião fazendo a apresentação dos elementos e explicando o nosso papel
enquanto estagiárias nesta Avaliação Externa. É-nos permitido que observemos e
Mestrado em Ciências da Educação Administração Educacional
Ano letivo 2015/2016 Docente: Estela Costa
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tiremos notas, porém não poderemos interferir no processo. A Dr.ª Rosa começou por
explicar a sua metodologia de trabalho, afirmando que se baseia no quadro de
referência, através do qual direciona as questões para os pontos que lhe parecem
apropriados, e ainda, pelas questões levantadas pelos participantes que constituem um
aspeto bastante importante nas avaliações uma vez que, a equipa não domina todas as
questões respeitantes ao Agrupamento. O que se pretende é um olhar macro da
organização não se podendo ir muito a pormenores.
De seguida, procedemos à identificação dos documentos a pedir ainda à Diretora,
como tal foram definidos como prioridade: taxa de abandono escolar, taxa de sucesso de
alunos com NEE, taxa de participação dos pais em reuniões e apoios aos Encarregados
de Educação, dados referentes às crianças do Pré-escolar, medida disciplinares
sancionatórias e, formação de docentes e não docentes no último triénio.
Após esta identificação procedemos à análise conjunta dos documentos
disponibilizados pelas escolas que nos pareciam de maior enfâse, resultando
observações e conclusões em grupo. Começando pela análise dos resultados académicos
segundo o valor esperado, os resultados de avaliação externa dos alunos no 3º ciclo são
bastante acentuados, demonstrando até uma tendência de agravamento Ainda assim, é
preciso ter em conta que existe uma quebrado nº de alunos, o que nos permite dizer que
provavelmente os alunos mudam de escola no 3º ciclo. É necessário transmitir-lhes a
mensagem de que se a qualidade de ensino for superior dificilmente os alunos deixarão
o Agrupamento. É preciso saber o que fizeram as lideranças para inverter estes
resultados? E os professores? Mudaram as suas práticas? Usaram a avaliação para
mudar o seu ensino? Poderão não conseguir identificar as áreas de melhoria ou alterar as
suas práticas. É esperado que o Agrupamento justifique os seus resultados com aspetos
externos à escola, falando sobre o contexto, o que não se verifica pois podemos afirmar
que este Agrupamento se encontre numa situação favorável para a prestação do serviço
educativo. Ainda assim, alguma indisciplina e alunos institucionalizados poderão estar
na ordem de algumas conversas.
A questão da indisciplina, poderá terna origem falta de vigilância e questões de
comunicação. Contudo, não parece existir grande nível de indisciplina, demonstrando
ser questões pontuais e residuais não muito graves nem pelo número nem pela
gravidade, como por exemplo: falta de material, falta de pontualidade, linguagem
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indevida e falta de respeito pelas regras. A realização de um manifesto parece não ser
muito relevante.
É importante que seja realizada uma análise do relatório de avaliação anterior assim
como, das áreas a melhorar destacadas pela equipa. Como tal, o Agrupamento foi
avaliado em 2010 com outra Diretora e obtiveram a classificação de Bom em todos os
domínios menos no último.
Quanto ao PAA, pareceu à equipa ser uma lista de atividades sem relação entre elas,
sem estratégia transversal à ação do Agrupamento e sem qualquer tipo de
intencionalidade. A ação da biblioteca é a única que parece ter alguma transversalidade.
Falta de envolvimento do Agrupamento na construção deste documento, fraca ligação
do PAA com o PE. Segundo a Dr.ª Rosa, as pessoas não parecem trabalhar direcionadas
para o currículo mas um pouco à volta.
No que respeita às questões da autoavaliação, o 1º ciclo teve início em 2008 e vão
neste momento iniciar o 2º ciclo de autoavaliação. O modelo utilizado é o modelo CAF
que parece estar ainda ao lado do que realmente importa.
A diferenciação pedagógica é assinalada no Ensino Especial e nos Apoios
individualizados, ainda assim ela deveria ocorrer na sala de aula.
De acordo com a análise do Plano de Formação, as áreas desenvolvidas são: áreas
curriculares, TIC, formação interna, formação da língua inglesa, formação nas
bibliotecas escolares e, segurança e primeiros socorros. Tendo em conta, o diagnóstico
realizado as áreas deveriam ser revistas.
Terminamos com o acordo de analisarmos os restantes documentos
individualizadamente para segunda-feira estarmos preparados para a avaliação.
02/03/2015 – Avaliação Externa do Agrupamento A
03/03/2015 – Avaliação Externa no Agrupamento A
04/03/2015 – Avaliação Externa no Agrupamento A
05/03/2015 – Avaliação Externa no Agrupamento A
09/03/2015 – Contagem de questionários para realizar um ponto de situação e
encomendar os do próximo ano e os que faltam para as avaliações de Abril e Maio
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12/03/2015 – Realização de uma síntese acerca dos pontos fortes e áreas a melhorar
relativamente à avaliação do Agrupamento A
Realização de uma síntese acerca dos pontos fortes e áreas a melhorar relativamente à
avaliação do Agrupamento A em conjunto com a minha colega para enviar ao Dr.º
Helder e à Dr.ª Rosa Micaelo. Trabalho no projeto de investigação.
16/03/2015 – Digitalização de questionários. Trabalho no projeto de investigação
17/03/2015 – Digitalização de questionários
18/03/2015 – Digitalização de questionários
19/03/2015 – Digitalização de questionários
23/03/2015 – Digitalização de questionários
06/04/2015 – Trabalho no projeto de investigação.
07/04/2015 – Contagem de questionários para enviar para as escolas avaliadas em
Maio
08/04/2015 – Observação de entrevista a um candidato de Físico-química ao lugar
de professor da Escola Europeia Bruxelas II
Observação da entrevista a um candidato de Físico-química ao lugar de professor da
Escola Europeia Bruxelas II. Ultimação de pormenores para o envio dos questionários
de AEE da ATI Norte. Reunião com o Dr. Hélder para a distribuição da tarefa de análise
dos currículos dos candidatos que irá entrevistar em Maio para as EE.
09/04/2015 – Observação de entrevista a um candidato de Filosofia ao lugar de
professor da Escola Europeia Bruxelas II
Observação da entrevista a um candidato de Filosofia ao lugar de professor da Escola
Europeia Bruxelas II. Conclusão da contagem dos questionários para o envio das
escolas. Realização da tarefa que nos foi atribuída pelo Dr. Hélder da construção de
tabelas para a análise dos currículos dos candidatos que irá entrevistar em Maio para as
EE.
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13/04/2015 – Trabalho no projeto. Continuação da Realização da tarefa que nos foi
atribuída pelo Dr. Hélder da construção de tabelas para a análise dos currículos
dos candidatos que irá entrevistar em Maio para as EE
14/04/2015 – Trabalho no projeto de investigação
15/04/2015 – Trabalho no projeto de investigação
16/04/2015 – Realização da planificação da visita às Escolas Europeias em Junho
pelo Dr.º Helder
20/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa. Trabalho no
projeto de investigação
21/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa. Trabalho no
projeto de investigação
22/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa
23/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa. Trabalho no
projeto de investigação
27/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa. Trabalho no
projeto de investigação
28/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa. Trabalho no
projeto de investigação
29/04/2015 – Digitalização de questionários de Avaliação Externa. Trabalho no
projeto de investigação
30/04/2015 – Trabalho no projeto de investigação
04/05/2015 – Participação na formação “Observação da prática letiva”
05/05/2015 – Trabalho no projeto de investigação
06/05/2015 – Trabalho no projeto de investigação
07/05/2015 – Trabalho no projeto de investigação
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11/05/2015 – Trabalho no projeto de investigação
12/05/2015 – Trabalho no projeto de investigação
13/05/2015 – Realização de gráficos acerca dos resultados das Escolas Europeias
avaliadas a pedido da Dr.ª Helena Coelho
18/05/2015 – Conclusão dos gráficos acerca dos resultados das Escolas Europeias
avaliadas a pedido da Dr.ª Helena Coelho
19/05/2015 – Trabalho no projeto de investigação
1
Resumo das comunicações da Conferência Internacional “Multilinguismo,
Competitividade e Mercados de Trabalho”
A Conferência Internacional teve lugar no Novotel Lisboa e realizou-se durante a
tarde do dia 4 de Dezembro de 2014 e o dia 5 de Dezembro de 2014.
Foi uma conferência organizada pela Agência Nacional para a Gestão do
Programa Aprendizagem ao Longo da Vida, no âmbito do programa Erasmus +
Educação e Formação. Como o título da conferência indica, foram apresentados e
debatidos temas relacionados com a importância e a necessidade, no contexto atual, de
desenvolver competências linguísticas, quer no campo académico, quer no campo
profissional.
Cada um dos dias foi dedicado a um tema específico. Na tarde do primeiro dia
debateu-se o tema “Línguas e Culturas para os Mercados de Trabalho”.
O Professor Stephen Hagen, da Universidade de Wales Newport, apresentou o
Projeto “PIMLICO” (Promoting, Implementing, Mapping Language and Intercultural
Communication Strategies). Este projeto foi desenvolvido no âmbito de uma iniciativa
proposta pela Direção-Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia no ano de
2011, destinada a promover a utilização de “estratégias linguísticas” (language
management strategies (LMSs) pelas pequenas e médias empresas europeias. É um
projeto que identifica e descreve exemplos de boas práticas de pequenas e médias
empresas, cujo bom desempenho e grande número de trocas comerciais se deve à
implementação de “estratégias linguísticas”.
O Professor José Pascoal, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
apresentou o projeto “Voice of Employers and Employees to Good Practice”, que tem
como finalidade compreender quais as necessidades linguísticas dos empregadores e dos
empregados emigrados. O presente estudo foi desenvolvido em três países: Portugal,
Alemanha e Itália. Tem como objetivos divulgar boas práticas para promover a inclusão
de trabalhadores emigrantes, perceber a perspetiva dos stakeholders, entre outros.
O segundo dia da conferência internacional iniciou-se com o tema “Apoios
Europeus para o Multilinguismo”.
A oradora Sarah Breslin apresentou a instituição a que pertence, nomeadamente o
European Centre of Modern Languages. Este centro foi fundado em Graz (Áustria), no
ano de 1994 pelo Council of Europe, com a finalidade de promover a aprendizagem de
línguas de modo mais eficiente e promover o ensino de línguas inovador e de qualidade.
Para tal, o centro apoia os seus países-membros na implementação de políticas eficazes
2
e práticas no ensino de línguas. Disponibiliza, ainda, um conjunto de recursos que se
destinam a vários públicos (formadores, professores, decisores políticos) e desenvolve
várias atividades, formações e projetos. Ao longo da sua apresentação, Sarah Breslin,
alertou para o facto de a diversidade linguística e cultural hoje em dia ser encarada
como um obstáculo, quando na verdade é uma mais-valia, e identificou alguns dos
riscos que existem quando essa diversidade é desvalorizada.
A segunda intervenção da manhã foi feita pela Kristina Cunningham, da Direção-
Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia (setor do multilinguismo). Nesta
apresentação debateu-se a importância do desenvolvimento de competências linguísticas
para a empregabilidade, mobilidade e crescimento. Ao concluir a apresentação, Kristina
Cunningham, salientou a importância de promover a mobilidade e reduzir as lacunas
linguísticas que se registam nos vários países europeus. Para tal, a participação no
Programa Erasmus + poderá constituir uma solução para estas duas necessidades.
Seguiu-se a intervenção de Denise Moura, do Departamento de Relações
Internacionais, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), que
consistiu na apresentação do Europass e na utilidade que este documento tem para a
FLUL. O Europass é composto por cinco documentos (Curriculum Vitae, Passaporte de
línguas, Europass-mobilidade, Suplemento ao certificado e Suplemento ao diploma) e
tem como finalidade apresentar as qualificações e as competências de uma forma clara e
compreensível na Europa. A FLUL solicita o Europass em situações de candidatura a
programas de mobilidade e candidatura a estágios curriculares.
Após o almoço retomaram-se as atividades com o tema “Certificação”,
nomeadamente a certificação de competências linguísticas.
Neste sentido, Franz Mittendorfer apresentou o programa europeu “Certilingua
Label of Excellence for Plurilingual, European and International Competences”. Este
programa certifica as competências linguísticas dos estudantes que desejam continuar os
estudos num país europeu. Para além do certificado fornecido pela instituição
académica de origem, para ser admitido numa universidade internacional, o estudante
tem de apresentar um certificado – que, neste caso, poderá ser o Certilingua – que
comprove o domínio da língua do país de acolhimento.
Posteriormente realizou-se um debate que contou com a presença de Anne Ricordel
(Embaixada da França), Stephen Hoffmann (Goethe Institut) e Tim Perry (The British
Council). Neste debate os oradores explicaram como se processa a certificação de
competências linguísticas na França, na Alemanha e na Inglaterra. Concluiu-se que nos
3
três países a certificação se realiza de forma semelhante. Assim, na França são exigidos
o DELF ou o DALF e na Alemanha o KDS (Kleines Deutsches Sprachdiplom) e o GDS
(Großes Deutsches Sprachdiplom) (estes diplomas correspondem aos seis níveis do
Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas: DELF e KDS – A1, A2, B1 e B2
e o DALF e GDS – C1 e C2). No que diz respeito à Inglaterra, a certificação pode ser
realizada pela Cambridge English: Language Assessment e pelo Certificate of
Proficiency in English (CPE).
Sobre o sub-tema “Desafios Futuros no Presente”, Sandra Pereira do Instituto de
Avaliação Educativa, falou sobre o teste “Key for Schools”, um teste desenvolvido pela
Cambridge English Language Assessment e aplicado em contexto escolar a todos os
alunos que frequentam o 9.º ano de escolaridade em Portugal. Este teste avalia quatro
áreas de proficiência linguística: compreensão da leitura e expressão escrita,
compreensão do oral e produção oral e permite verificar se o aluno é capaz de usar a
língua inglesa em situações do dia-a-dia. Os últimos resultados obtidos com a aplicação
deste teste mostram que 53% dos alunos se encontram no nível B1 (utilizador
independente) e 47% encontram-se nos níveis abaixo, nomeadamente nos níveis A2 e
A1 (utilizador elementar).
A segunda intervenção foi realizada pelo Mário Filipe, do Instituto Camões, que
explicou o processo de certificação das aprendizagens dos alunos da rede do Ensino
Português no Estrangeiro (EPE), pelo Estado português. Este processo de
reconhecimento das aprendizagens realiza-se através de exames concebidos para
diferentes níveis de proficiência (nível A1, nível A2, nível B1, nível B2 e nível C1) e
visa reconhecer e acreditar as competências comunicativas dos alunos, residentes ou não
em Portugal, no campo da língua portuguesa. Assim, esta certificação facilita a
mobilidade dos alunos entre os países em que a rede EPE existe.
A terceira e última apresentação ficou a cargo do Professor José Pascoal, que deu a
conhecer o Centro de Avaliação de Português como Língua Estrangeira (CAPLE),
membro da ALTE (Association of Language Testers in Europe). À semelhança do
programa certificação das aprendizagens dos alunos da rede do EPE, o CAPLE visa
acreditar as competências linguísticas, no que diz respeito à língua portuguesa, através
da aplicação de exames. Esta certificação permite reconhecer o nível de proficiência da
pessoa, nomeadamente o CIPLE (nível A2), DEPLE (nível B1), DIPLE (nível B2),
DAPLE (nível C1) e DUPLE (nível C2).
4
Em síntese, refletindo acerca das principais temáticas expostas nesta conferência e
tendo em conta o seu impacto na nossa formação profissional, foi-nos possível tecer
algumas considerações.
Ao longo de todo o evento salientou-se uma questão transversal: a importância do
multilinguismo na conjuntura atual ao nível profissional. Sendo que, vários estudos
comprovaram a influência das competências linguísticas no desempenho e sucesso no
mercado de trabalho.
A exigência, não só do domínio da língua materna, como de mais duas línguas
estrangeiras constituiu uma surpresa para nós. Uma vez que o inglês – correntemente
considerado como língua universal – tende a sobrepor-se à necessidade de dominar uma
segunda língua estrangeira, o que segundo os estudos apresentados não se verifica.
Torna-se, assim, imprescindível a aprendizagem de uma terceira língua (ou mais) para
vingar no atual mercado de trabalho.
Os resultados anunciados, referentes a Portugal, revelam que o país necessita de
um maior investimento e desenvolvimento na área das línguas estrangeiras, quer no
campo profissional, quer no campo da formação escolar. A nova medida anunciada pelo
Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário – que discursou no final da
conferência – a introdução da disciplina de Inglês no 3.º ano do 1.º ciclo do Ensino
Básico, poderá significar um passo em frente na promoção das línguas estrangeiras na
formação base dos cidadãos em Portugal.
Uma das principais conclusões referidas por muitos dos oradores, com a qual
concordamos, foi a de que já não podemos ser considerados cidadãos pertencentes
apenas a um país, mas sim cidadãos de um mundo globalizado, em que a mobilidade é
uma constante e as competências linguísticas se demonstram fundamentais.
Em suma, esta conferência permitiu-nos refletir sobre a utilidade e a relevância do
multilinguismo no atual contexto profissional, assim como repensar possibilidades de
investir na formação linguística, de modo a tornar-nos profissionais mais competitivas e
multifacetadas.
1. Is your Inspectorate responsible for the disciplinary proceedings against staff working in education?
Frequência Países Destaques Yes 7 Suécia (SE), Turquia, Chipre
(CY), Áustria (AT), Portugal (PT), Montenegro (ME)
In Montenegro, if the Education Supervision identifies a problem that requires disciplinary proceedings, it gives complete information to Education Inspectorate that will deal with it.
No 13 Baixa Saxónia – Alemanha, Holanda, Inglaterra, Noruega (NL), Escócia, Lituânia (LT), Comunidade Germanófona – Bélgica, Hessen – Alemanha, Renânia – Alemanha, País de Gales, Irlanda do Norte, República Checa (CZ), Estónia (EE)
República da Irlanda
The responsibility for disciplinary action rests at different levels, depending on the nature of the indiscipline. Initially, it will be tackled at in-school level, by the principal
Under some circumstances
1 Madeira – PT
the inspectorate is responsible for staff that work at kindergartens, and primary schools (from 1st to 4th grade – ages 6 to 9 years old). The schools are responsible for any disciplinary procedures against staff that work in schools that provide from the 5th until the 12th grade, are responsibility of their own schools.
2. In case the schools or their staff do not proceed according to the norms, what does your Inspectorate do?
Actions taken by the Inspectorate
Other institutions/individuals involved
Países Destaques
Informing Reporting (Whom?)
Headteacher NO SCO-UK IE LT TR Madeira – PT
NI - UK
Local Authority SCO-UK LT TR
School Board / Board of Governors
DE - RP
SCO - UK NI - UK
Employing Authority NI - UK Department of Education
NI. UK
Turkey
Special Board chaired by the National Board of Education
SE
Education Inspectorate
ME Reported by the Education Supervision
Inspectorate Ministry of Education
CY
Investigating School
DE - RP
Local Governor
TR
Register of Educational Facilities
CZ .
Minister of Education, General Secretary of the Ministry of Education
CY
Headteacher AT _
Portugal
Recomendações Inspeção Chipre
Inspeção
Noruega
Headteacher, Teachers, Board and patron of the school
República da Irlanda
Education Supervision Montenegro Monitorizar Inspeção
Inglaterra Não tem qualquer tipo de
ação ao nível dos funcionários, contudo em relação à escola e em caso de fraco desempenho são colocadas em medidas especiais.
Local Authority País de Gales Inspeção República
Checa
School Inspector Áustria Apoio jurídico Inspeção
Portugal
Relato no relatório final de avaliação externa
Inspeção
Comunidade Germanófona - Bélgica
Inspeção
Renânia – Alemanha
Avaliação do desempenho
Inspeção
República da Irlanda
Esta ação só se concretiza a pedido do diretor e em casos extremos (stage 3).
Retirar financiamento Inspeção
Noruega
Inspeção
Inglaterra
Processo disciplinar Inspeção
Madeira – Portugal
No caso de uma queixa por parte dos pais ou funcionários.
Inspeção
Portugal Instauração e instrução dos processos.
Propostas de decisão Headteacher Ministry of Education and Science, Director-General of School Settings
Portugal A arquivação ou aplicação de uma pena poderá assumir diferentes níveis: repreensão escrita – que compete ao Diretor do Agrupamento, a Inspeção apenas presta apoio jurídico; multa e suspensão – da competência do Diretor-
Geral dos Estabelecimentos Escolares; e por último, o despedimento – da competência do Ministro da Educação e Ciência que delega no Secretário de Ensino e Administração Escolar esta função.
Special Board for disciplinary issues, Local schoolboard
Áustria No caso de o comportamento persistir, as entidades referidas aplicam um conjunto de sanções que podem incluir a aplicação de multas e o despedimento do funcionário.
Register of Educational Facilities, Local Authorithy
República Checa
Head teacher, Local Authority
Baixa Saxónia – Alemanha
Ministry of Education, Educational Service Commission
Chipre
Headteacher, Chair of Governors
País de Gales
Headteacher, Board of Governors, Department of Education
Irlanda do Norte
Local Educational Directorate
Turquia
Education Inspectorate
Montenegro
School Authorithy Renânia – Alemanha
Local School Authorithy
Hessen – Alemanha
Nation Board of Education
Suécia
School Inspectors Comunidade Germanófona – Bélgica
Headteacher, Local Authorithy
Lituânia
Ministry of Education, County Governor
Estónia
Headteacher, Board of Governors
Escócia
Headteacher, Governors
Inglaterra
3. If the Inspectorate has nothing to do with disciplinary issues, who has that responsibility?
Ações Entidades Países Destaques Pareceres e recomendações
Principal, Teachers, Board, Patron of the school
República da Irlanda
Pedido de ajuda Teacher Union Holanda A ação disciplinar do staff é da responsabilidade do Board of Governors. Se este conselho for alvo de um processo disciplinar os funcionários recorrem ao respetivo sindicato.
Atividades de acompanhamento
Headteacher, Chair of Governors
País de Gales Oportunidade de melhoria anterior à ação disciplinar formal.
Tomada de decisão Education Inspectorate
Montenegro
Headteacher Irlanda do Norte
Num nível inicial. Department of Education
Em última instância.
Sanções Headteacher, Local Authority
Lituânia
Aplicação de multa Local Authority, Ministry of Education
Estónia Estas entidades atuam sobre o staff da escola, a Inspeção apenas sugere pareceres e recomendações.
Revogar a licença de ensino
General Teaching Council
Escócia
Local Authority, Ministry of Education
Estónia Estas entidades atuam sobre o staff da escola, a Inspeção apenas sugere pareceres e recomendações.
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Headteacher República Checa Baixa Saxónia – Alemanha
School Inspectors Comunidade Germanófona - Bélgica
Local Authority Hessen – Alemanha School Authority Renânia –
Alemanha
Baixa Saxónia – Alemanha
Is your Inspectorate responsible for the disciplinary proceedings against staff working in education?
A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) é responsável pela ação disciplinar
de docentes e não docentes do Ensino Público. Esta atividade desenvolve-se na vertente
inspetiva com a instauração e instrução de procedimentos disciplinares, e no apoio
jurídico prestado às escolas que, com a desconcentração do exercício da ação
disciplinar, adquiriram competências no que diz respeito a estes procedimentos.
Em relação ao Ensino Privado e Cooperativo a ação disciplinar é da competência da
entidade proprietária do estabelecimento de ensino, nos termos da legislação disciplinar
laboral aplicável. Sendo competência da IGEC a fiscalização do cumprimento da lei
neste tipo de estabelecimentos poderá, no decorrer da sua avaliação, verificar
irregularidades, e deste modo instaurar processos.
In case the schools or their staff do not proceed according to the norms, what does your Inspectorate do?
No que respeita à instauração de processos disciplinares aos docentes, a IGEC rege-se
através das normas inscritas no Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos
Professores dos Ensinos Básico e Secundário. Relativamente aos não docentes, em caso
de processos disciplinares, a IGEC rege-se pelo Regime Estatutário Específico do
Pessoal Não Docente dos Estabelecimentos Públicos de Educação Pré-escolar e dos
Ensinos Básico e Secundário.
Na sequência de uma inspeção a IGEC poderá instaurar processos disciplinares aos
docentes e não docentes, procedendo primeiramente a uma averiguação ou inquérito.
Deste modo, o processo ocorre segundo diferentes momentos. Os dois primeiros
momentos, instaurar e instruir o processo, são da competência da IGEC. O último
momento, decidir a aplicação de uma sanção, não compete à IGEC. Neste sentido, a
arquivação ou aplicação de uma pena poderá assumir diferentes níveis: repreensão
escrita – que compete ao Diretor do Agrupamento, a IGEC apenas presta apoio jurídico;
multa e suspensão – da competência do Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares; e
por último, o despedimento – da competência do Ministro da Educação e Ciência que
delega no Secretário de Ensino e Administração Escolar esta função.
If the Inspectorate has nothing to do with disciplinary issues, who has that responsibility?
Quando não compete à IGEC intervir nos processos disciplinares, o Diretor do
Agrupamento, o Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares e o Ministro da
Educação e Ciência assumem essa competência.