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ANEXO 2 – TERMOS DE REFERÊNCIA
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA DESENHO E ELABORAÇÃO DA LINHA
DE BASE PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS DO PROJETO DOM TÁVORA
PROJETO BRA/14/008
1. CONTEXTO DA CONTRATAÇÃO
• O FIDA conta com uma carteira de seis projetos de financiamento em curso na região do
nordeste brasileiro, com o objetivo comum de reduzir a pobreza rural. Os projetos são
desenvolvidos em territórios selecionados dos Estados, sendo que cinco dos projetos são
iniciativas estaduais, com os Governos dos Estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí e
Sergipe; por sua vez, o sexto projeto é executado pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) do Governo Federal, abrangendo territórios em sete estados do nordeste
(Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). Para fins de
monitoramento e avaliação, definiu-se que a unidade de produção para cada projeto é a
família ou domicílio.
• O Projeto Dom Távora, de Sergipe, tem como objetivo promover a redução da pobreza
rural em 15 municípios nos territórios: Centro Sul, Agreste Central, Médio Sertão e Baixo
São Francisco, estando boa parte dos três primeiros territórios localizados na Região
Semiárida Sergipana. A meta do projeto é reduzir a pobreza extrema de 10 mil famílias de
pequenos produtores rurais, com ou sem terra, o que representa cerca de 40 mil pessoas,
dentre as quais terão prioridade: jovens rurais, grupos étnicos e mulheres chefes de
família através da implementação de 300 planos de negócios. Para tanto, a iniciativa conta
um investimento da ordem dos US$ 28,6 milhões, sendo US$ 16 milhões oriundo de
empréstimo do FIDA, outorgado ao Governo de Sergipe com a garantia do Governo
Federal, e US$ 12,6 milhões do Governo Estadual como contrapartida.
• O objetivo do Projeto Dom Távora é contribuir para a redução da pobreza rural na área de
atuação do projeto, por meio do desenvolvimento do capital humano e social e do
desenvolvimento produtivo sustentável pautado na geração de renda, no âmbito agrícola
e não agrícola, com foco principal em jovens e mulheres. Os objetivos específicos do
Projeto Dom Távora são os seguintes:
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a) Fortalecer as capacidades da população rural e das organizações comunitárias para
identificar, priorizar e solucionar seus problemas, formar lideranças e melhorar sua
capacidade de participação nos processos decisórios locais;
b) Apoiar o estabelecimento e fortalecimento de iniciativas produtivas comunitárias e
familiares, aumentando suas capacidades e habilidades para desenvolver negócios
rurais e acessar aos mercados, incluindo os mercados institucionais (PAA, PNAE e
outros), assim como as políticas públicas de agricultura familiar;
c) Fomentar o desenvolvimento produtivo sustentável – agrícola e não agrícola – que
incremente a produtividade de comunidades e unidades familiares gerando
oportunidades de renda e emprego e levando em conta à adoção e promoção de
práticas agroecológicas e o manejo sustentável de recursos naturais.
• Para o alcance de seus objetivos, o Projeto Dom Távora conta com um conjunto de ações
que se organizam em três componentes: 1) o desenvolvimento de negócios rurais de
pequenos produtores, visando a geração sustentável de renda; 2) o desenvolvimento de
capacidades para a promoção de negócios rurais, incluindo o desenvolvimento das
capacidades pessoais dos envolvidos diretamente na ação do projeto; e 3) o
monitoramento, avaliação e gestão do projeto, que financiará todo o investimento e
custos operacionais da UEGP, localizada na sede da SEAGRI, e das Unidades Locais (ULGP),
sediadas em escritórios da EMDAGRO ou sedes alugadas, além de todo o sistema de
Monitoramento e Avaliação do Projeto. A ação coordenada destes três componentes
permitirá alcançar os objetivos almejados.
• A população da área abrangência do projeto corresponde a 12% da população do Estado
de Sergipe e seu PIB representa apenas 6,3% do PIB estadual. Em 13 dos 15 municípios da
área de atuação, as transferências do Governo Federal são a principal fonte de renda da
população. Neste contexto, o projeto tem como área de atuação, 15 dos mais pobres
municípios do Estado, localizados nos territórios do Centro Sul (Poço Verde, Simão Dias,
Tobias Barreto) Agreste Central (Carira, Aparecida, Pinhão), Médio Sertão (Aquidabã e
Gracho Cardoso) e Baixo São Francisco (Neópolis, Pacatuba, Brejo Grande, Santana do São
Francisco, Ilha das Flores, Japoatã e Canhoba) estando boa parte dos três primeiros
territórios localizados na Região Semiárida Sergipana. A meta do projeto é atender
diretamente a 10 mil famílias de pequenos produtores rurais, com ou sem terra, o que
representa cerca de 40 mil pessoas, dentre as quais terão prioridade: jovens rurais, grupos
étnicos e mulheres chefes de família.
• A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI) é a
agência executora do Projeto Dom Távora, ou seja, a responsável técnica e executiva pela
sua implementação. Para tanto, foi constituída no âmbito desta secretaria uma Unidade
Gestora do Projeto (UEGP). Tendo em vista a complementaridade de ações, a UEGP atuará
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em estreita articulação com as Coordenadorias da SEAGRI e coma a EMDAGRO. A
estrutura organizacional do projeto prevê uma equipe central (UEGP) sediada em Aracaju
e quatro equipes locais (ULGPs), que funcionarão em unidades descentralizadas da
EMDAGRO ou sedes alugadas, nos territórios de atuação do Projeto (ULGPs):
• O principal instrumento de ação dos projetos financiados pelo FIDA é o Plano de Negócio
desenvolvido pela própria comunidade com apoio técnico especializado das equipes das
ULGPs. O plano de negócio torna-se uma referência e um instrumento de gestão, para que
a comunidade busque fontes de financiamento complementares tanto para o
investimento, quanto para serviços associados ao seu instrumento de gestão (capacitação,
assistência técnica, comercialização entre outros). A principal unidade de intervenção dos
projetos é a própria comunidade, sendo as famílias residentes partícipes dos “Planos de
Negócios”, os beneficiários diretos de cada projeto.
• Os projetos financiados pelo FIDA têm o planejamento de suas ações fundamentado em
três componentes comuns: (1) desenvolvimento produtivo, acesso a mercado e
sustentabilidade ambiental; (2) desenvolvimento de capital humano e social; (3)
desenvolvimento institucional. Os projetos também têm uma forte estratégia de
promoção da sinergia entre suas ações e as políticas públicas de apoio à produção familiar
e de combate à pobreza rural. A citada fundamentação foi concebida com base em três
componentes que se complementam: i) Gestão de Recursos Naturais, Investimentos em
Ativos e Desenvolvimentos Econômicos; ii) Inclusão e proteção financeira; e iii) Programa
de Gestão.
• Durante o desenho do projeto foram definidos indicadores para avaliação dos seus
impactos, assim como indicadores para o monitoramento ou gestão do projeto. Foi
definida a família como a unidade de obtenção dos dados dos indicadores. O conjunto
desses indicadores descreve o marco lógico de cada projeto e foram consolidados em uma
matriz de indicadores harmonizada para permitir o monitoramento e avaliação da carteira
de projetos FIDA no Brasil. O estudo da linha de base priorizará o levantamento de
informações de indicadores de avaliação, ou seja, de informações provenientes da
aplicação de um questionário em amostra representativa. Adicionalmente, caberá aos
projetos individualmente escolher indicadores de monitoramento ou gestão para inclusão
no estudo da linha de base. Sabe-se que vários dos indicadores de monitoramento ou
gestão ainda não têm informações disponíveis, pois dependem dos avanços específicos na
execução dos projetos.
• O presente documento estabelece os Termos de Referência (TdR) para realização dos
trabalhos da instituição de consultoria para elaborar o estudo de linha de base e avaliação
de impactos do Projeto Dom Távora. Os parâmetros que definem este estudo permitirão
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medir qual foi a contribuição que o projeto promoveu sobre as mudanças observadas nos
indicadores selecionados, quando chegar ao final de suas atividades.
2. OBJETIVO DA CONSULTORIA
• Elaborar o Estudo de Linha de Base (LB) através de instrumentos técnicos e metodológicos
para que permita fazer o levantamento da situação da área de intervenção do mesmo em
sua fase inicial, com base no instrumento de coleta de informações para indicadores de
avaliação. Além disso, o estudo da linha de base poderá, de acordo com as demandas
específicas do projeto, elaborar um levantamento de informações já disponíveis de
indicadores de monitoramento/gestão com base nos parâmetros estabelecidos no marco
lógico do projeto e indicadores RIMS do FIDA, tendo como fonte informações a Unidade de
Gerenciamento do Projeto (UEGP).
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
• Revisão da documentação disponível. A instituição irá analisar a documentação pertinente
desenvolvida durante a própria concepção do projeto, incluindo os documentos de
trabalho. Além disso, deverão ser analisados outros estudos de linha de base relevantes
realizados no Brasil ou em outro país. Os documentos de referência para o desenho do
estudo de linha de base do projeto deverão ser analisados cuidadosamente.
• Aplicação do Questionário para Coleta de Informações Beneficiário/Controle, instrumento
contido no Adendo I, durante o processo de elaboração do estudo da linha de base. Este
instrumento de coleta de dados se baseia em uma lista de indicadores definidos pelos
próprios projetos. Informações adicionais sobre os indicadores propostos podem ser
encontradas no Documento de Desenho do Projeto e do Marco Lógico do Projeto. Para
simplificação, o Adendo II contém as tabelas com uma listagem resumida dos indicadores
de avaliação, por um lado, e gestão, por outro, dos Projetos FIDA no Brasil.
• Há duas estratégias de mensuração e coleta de informações para os indicadores do
projeto. Os dados para os indicadores de avaliação são coletados por meio de pesquisas de
campo, ou aplicação de questionário para coleta de dados amostrais. Outras informações,
principalmente referentes a indicadores de monitoramento e gestão poderão ser
coletadas através dos relatórios de progresso do Projeto, elaborados pela UEGP. O estudo
de linha de base coletará prioritariamente informação para os indicadores de avaliação
advinda dos dados dos questionários aplicados no campo. Os indicadores de avaliação que
requerem análise estatística e para os quais será necessário utilizar o instrumento de
coleta de informações/ questionário, no campo, são:
• Índice de pobreza extrema;
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• Valor do patrimônio das famílias rurais;
• Nível de segurança alimentar das famílias rurais;
• Participação dos jovens e mulheres das famílias no mercado de trabalho;
• Produção agrícola e vendas;
• Práticas agroecológicas e sustentáveis;
• Perdas associadas a fenômenos climáticos;
• Nível de associativismo;
• Nível da condição da moradia;
• Acesso a políticas públicas.
• Detalhamento do desenho amostral. Uma vez aprovada a proposta técnica, deve-se exigir
da instituição consultora a elaboração detalhada do desenho amostral para a aplicação do
questionário para a obtenção dos dados de avaliação da linha de base. A instituição
utilizará, para tanto, a análise da documentação disponível sobre o projeto. A Tabela 1
mostra um possível desenho preliminar em que o tamanho da amostra é definido para
cada um dos grupos de estudo. Durante a revisão do desenho da amostra, a consultoria
deve ter em conta a metodologia proposta para obtenção de resultados parciais e
representativos do público beneficiário do projeto.
Tabela 1. Tamanho e estratificação da amostra.
Território Grupo Município Número de
comunidades
Número de
famílias
Tamanho da amostra
Grupo Tratamento
Grupo Controle
Centro Sul
Participante
Não participante
Agreste Central
Participante
Não Participante
Médio Sertão
Participante
Não Participante
Baixo S. Francisco
Participante
Não Participante
*OBS: Considerando que os municípios beneficiários do Projeto abrangem 04 territórios,
ficam indicados os seguintes municípios fora da área de atuação do Projeto, onde serão
identificados os “Grupos Controle”: Território Agreste Central Sergipano – Frei Paulo e
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Ribeirópolis; Território Médio Sertão Sergipano – Feira Nova e Cumbe; Baixo; Território
Baixo São Francisco – Malhada dos Bois e Propriá, Território Sul Sergipano – Lagarto e
Riachão do Dantas
Durante a concepção do projeto, foram preliminarmente identificados os municípios e
comunidades elegíveis. Em 2015, a UEGP selecionou, com base em critérios de
elegibilidade e de priorização, comunidades distribuídas nos territórios de atuação,
conforme Tabela 2, a seguir.
Tabela 2. Comunidades Selecionadas em 2015 pelo Projeto Dom Távora.
Território Município Comunidade/Organização Produtiva
CENTRO SUL SEGIPANO
POÇO VERDE
Comunidade Cacimba Nova – Grupo de Negócios para produção de derivados do Leite de Cabra.
Assentamento Francisco José – Grupo de Negócios para produção de derivados da Palma Forrageira
TOBIAS BARRETO
Comunidade Capitôa - Grupo de Negócios da Renda Richellieu e bordados.
SIMÃO DIAS
Assentamento 08 de Outubro – Grupo de Negócios para beneficiamento de produtos Agrícolas
Assentamento Padre Nestor – Negócio da produção de Óleo de Coco extra virgem.
POÇO VERDE
Comunidade Ladeira do Tanquinho – Associação dos Apicultores de Poço Verde - Negócio da Produção,
beneficiamento e certificação do mel.
Comunidade Amargosa–Associação de Cultura Artesanal de Poço Verde – Grupo do Negócio da Produção de Rede.
MEDIO SERTÃO
SERGIPANO
AQUIDABÃ
Comunidade Cruz Grande - Grupo de Negócios do artesanato em tecido bordado.
Comunidade Moita Redonda – Grupo de Negócios da produção de abacaxi.
GRACHO CARDOSO
Comunidade Três Barras – Grupo de Negócios da aquicultura em Tanque Rede
AGRESTE CENTRAL
SERGIPANO
CARIRA Povoado Bezerro – Associação dos Apicultores do Alto Sertão
Sergipano – Negócios da produção, Beneficiamento e certificação do Mel
NOSSA SENHORA
APARECIDA
Comunidade Itaquatiara – Grupo de Negócios do Artesanato em bordado e pecuária de leite
Assentamento Adão Preto – Grupo de negócios da Pecuária e Agricultura.
PINHÃO Comunidade Rajas – Negócio da Avicultura e cultura do Milho
Assentamento Vaza Barris – Negócio da Produção de milho
BAIXO SÃO FRANCISCO
PACATUBA
Comunidade Tigre – Grupo de Negócios do Artesanato em Taboa (junco).
Comunidade Tigre – Grupo de Jovens - Negócios do Turismo Rural de base comunitário.
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BREJO GRANDE
Comunidade Brejão dos Negros – Grupo de Negócios para produção e beneficiamento de Ostras e Turismo Rural de base
comunitária.
NEÓPOLIS
Comunidade Betume – Grupo de Negócios da produção de Peixes em Tanques Rede
Comunidade Betume – Grupo de Jovens – Negócios do Beneficiamento de Pescado.
PACATUBA
Assentamento Santana dos Frades – Grupo de Negócios da Piscicultura em viveiros
Comunidade Ponta de Areia - Grupo de Jovens – Negócios da produção de Mudas
CANHOBA
Assentamento Borda da Mata – Grupo de Negócios da Pesca artesanal, hortaliças e artesanato em palha
Comunidade Quilombola Caraíbas – grupo de Negócios do Bordado em tecido
JAPOATÂ Comunidade Ladeirinhas – Escola Família Agrícola – Negócios da Gestão, produção e beneficiamento de Hortaliças e frutas.
SANTANA DO SÃO
FRANCISCO
Associação dos Artesãos de Santana do São Francisco – Grupo de Negócios do Artesanato em Barro.
Esta identificação permite definir um tamanho de amostra que possa ser ajustado com
base na proposta da consultoria e no plano final de estratificação. Por sua vez, a Tabela 3
deverá ser objeto do plano de trabalho da consultora para definir o tamanho da amostra:
Tabela 3. Indicação preliminar do tamanho da amostra
Grupo Tratamento Grupo Controle
Número de comunidades XXXX XXXX
Número de famílias XXXX XXXX
Erro esperado 3% 3%
Intervalo de confiança 95% 95%
Tamanho da amostra XXXX XXXX
O detalhamento do desenho amostral deve descrever a proposta da instituição sobre o
tamanho da amostra para a aplicação do questionário em campo para reduzir viés nas
estimativas dos indicadores. Esta proposta será avaliada e terá uma pontuação específica.
• Aplicação do questionário para pesquisa de campo. A instituição irá utilizar o questionário
beneficiário/controle para coleta de informações, contido no Adendo I. Os diferentes
blocos do questionário servem para responder aos indicadores específicos estabelecidos
neste documento, cujas variáveis e dados serão centrais no estudo da linha de base. A
instituição pode estabelecer o seu próprio sistema de tabulação e banco de dados, tendo
em conta que a informação é de propriedade da UEGP e do FIDA. Os dados deverão ser
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coletados e transpostos a uma plataforma comum, em Excel e formato "csv", que possa
ser facilmente lida por uma plataforma de software econométrico, como Stata.
• Treinamento dos entrevistadores e elaboração do manual de aplicação do questionário.
A instituição será responsável pelo treinamento e formação dos entrevistadores para
garantir a qualidade dos resultados. Esta formação deverá usar um manual simples de
aplicação do questionário, a ser elaborado pela consultoria, e acordado juntamente à UGP
e o FIDA. Este manual de aplicação deverá utilizar o código de chaves comum de respostas,
contido no Adendo III. Qualquer alteração ao código de chaves deverá ser comunicado à
UEGP que comunicará ao FIDA no Brasil, de forma que seja compartilhada. O treinamento
deve ser fornecido a todos os entrevistadores. Os entrevistadores que não fizerem o
treinamento não poderão participar do trabalho de campo. Em princípio, todas as
questões do instrumento de coleta de dados deverão ser respondidas pelos entrevistados.
Isso permitirá confecção de banco de dados de avaliação comum para todos os Projetos do
FIDA no País.
• Levantamento e trabalho de campo. A instituição irá planejar e estabelecer a logística
para transportar equipe para as áreas de projeto com base no seu plano de trabalho e
cronogramas atualizados. Relatará o progresso regularmente para a UEGP, que
comunicará o FIDA e analisará a evolução semanal de trabalho de campo, devendo
acompanhar as equipes para verificar a qualidade do trabalho de campo. A instituição
deve garantir a integridade e a segurança dos dados constantes dos questionários e
qualquer material eletrônico gerado durante o trabalho de campo.
• Digitação e tabulação. A instituição deve estabelecer sua própria estratégia para tabulação
e digitação dos dados. O armazenamento de informações deve estar em um banco de
dados com capacidade suficiente para lidar com a quantidade de informação gerada
durante o trabalho de campo. Recomenda-se a utilização de sistema de software que gere
arquivos de formato Excel e em formato "csv", que possa ser facilmente lido por
plataformas de software de econometria. A digitação e tabulação dos dados obtidos com o
instrumento deverão conter um dicionário de dados, para que fique clara a leitura das
informações relativas a cada questão. A instituição deve estabelecer os protocolos
necessários para revisar, completar e corrigir a informação que é gerada no campo. As
correções nas entrevistas devem ser anotadas e relatadas à UEGP, que comunicará ao
FIDA.
• Informe Preliminar dos Resultados ao FIDA. A instituição deverá entregar o banco de
dados, em formato eletrônico, e seguindo as especificações deste documento, obtido com
a aplicação do instrumento de coleta de dados no campo (questionário), acompanhado de
uma análise preliminar dos resultados. Além do banco de dados deverá apresentar um
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relatório analítico de cada variável presente no questionário contendo, no mínimo: i)
média; ii) número de observações; iii) desvio padrão; iv) mediana; v) percentis e valores de
mínimo e máximo. Este informe deverá ser acompanhado de um dicionário para leitura do
banco de dados e poderá também ser acompanhado de tabelas e gráficos para facilitar a
compreensão dos resultados. A instituição consultora deverá disponibilizar o material para
a UGP, que, por sua vez, os repassará ao FIDA durante uma missão que o FIDA fará junto
ao Projeto.
• Relatório Final do Estudo da Linha de Base. A instituição deve apresentar um relatório
final de sistematização dos resultados dos trabalhos, que constituirá o Estudo da Linha de
Base. Este relatório deverá ser entregue em via impressa e eletrônica. Esse relatório deve
incluir: i) sumário executivo; ii) desenho da amostra; iii) identificação e seleção das
observações; iv) uma descrição da metodologia de estudo e de cálculo dos dados dos
indicadores; v) apresentação da análise dos dados dos indicadores de avaliação, listados
neste documento, e levantados por meio do instrumento de coleta de informações
(questionário); vi) apresentação da análise dos dados dos indicadores de
monitoramento/gestão, quando disponibilizados pela UEGP; e vii) conclusões e
recomendações. O relatório deverá incluir, como anexo, o banco de dados, sumarizado em
formato impresso e na sua formal integral em formato eletrônico Excel e "csv", além de
outros materiais relevantes para o estudo.
Os resultados do estudo, principalmente a análise dos dados relativos às variáveis de
indicadores de avaliação, provenientes da aplicação do questionário, listados neste
documento, devem ser também apresentados por meio de tabelas de estatísticas
descritivas e gráficos ilustrativos, enfatizando diferenças entre os estratos, a serem
definidos com a UEGP.
4. DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS
A consultoria deverá entregar os seguintes produtos:
A. Relatório Inicial - contendo o detalhamento do desenho amostral, plano para
aplicação do questionário no campo e entrega do manual do instrumento de coleta
dos dados em campo, como descrito neste documento.
B. Relatório Preliminar - contendo a descrição detalhada das atividades realizadas de
aplicação do questionário em campo, a entrega do banco de dados e informe
preliminar dos resultados do trabalho de campo, como descrito neste documento.
C. Relatório Final do Estudo da Linha de Base - como descrito neste documento.
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5. CRONOGRAMA DE ENTREGA E FORMA DE PAGAMENTO
Produto Prazo de entrega a partir da
assinatura do contrato
Valor da Parcela
A – Relatório Inicial 20 dias 30%
B – Relatório Preliminar 40 dias 30%
C – Relatório Final 60 dias 40%
• Pagamento das parcelas: está condicionado à aprovação do produto pela Unidade de
Gerenciamento do Projeto Dom Távora e da SEGRI;
• Prazos: a UEGP ficará responsável pelo monitoramento dos prazos para a execução dos
trabalhos e entrega e apresentação do relatório final, que não deverá exceder 2 (dois)
meses de execução. O cronograma será o que segue:
• Conclusão da aplicação do instrumento de campo: até 40 dias após assinatura;
• Processamento dos dados: até 50 dias após assinatura do contrato;
• Entrega do relatório final: até 60 dias após assinatura do contrato.
6. REGRAS E FORMATOS PARA A APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS
A contratada deverá exercer um rigoroso controle de qualidade sobre as informações
apresentadas, tanto no texto como nos memoriais, mapas, quadros, desenhos, fotografias
e figuras (se pertinentes) para melhor demonstração dos resultados. O controle deve ser
orientado para permitir clareza, objetividade, consistência das informações, justificativas
de resultados, texto isento de erros de português ou digitação. A apresentação dos
trabalhos deverá ser da melhor qualidade, de modo a refletir o padrão de qualidade da
própria contratada.
• Formatação: toda a parte textual deverá ser apresentada considerando os formatos
indicados no quadro abaixo:
Item Descrição Formato
1 Corpo do texto Fonte: Arial / tamanho: 12/ regular (sem negrito)
2 Capítulos Fonte: Arial maiúscula/ tamanho: 12 / negrito / itálico /
sublinhado.
3 Subcapítulos Fonte: Arial maiúscula / tamanho: 12 / negrito.
4 Subitens Fonte: Arial minúscula/ tamanho: 12 / negrito.
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5 Margens Superior: 1,5 cm / inferior: 1,5 cm / me: 2,5 cm / md: 2,5 cm.
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Figuras,
fotografias,
tabelas e gráficos
Deverão ser numerados e discriminados sequencialmente
sendo que a legenda destes dados deverá estar centralizada
na parte inferior da página.
Fonte para legenda: Arial negrito tamanho 8.
7 Parágrafos Espaçamento entre linhas: 1,5 cm.
• Unidades: Deverão ser utilizados nos relatórios, desenhos e memoriais das unidades
do Sistema Métrico Internacional. Havendo necessidade de citar outras unidades, os
valores expressos nestas serão indicados entre parênteses, ao lado da
correspondente unidade oficial.
• Redação: A redação de todos os documentos do projeto deverá ser obrigatoriamente
na língua portuguesa. Toda a parte descritiva deverá ser digitada, excetuando-se as
memórias de cálculo que poderão ser manuscritas, mas legíveis.
• Número de Vias: Todos os relatórios correspondentes aos produtos estabelecidos
neste Termo de Referência serão apresentados em 3 (três) vias impressas em papel
timbrado, e encadernadas adequadamente, e 3 (três) vias em meio digital, gravadas
em CD/DVD, em formato aberto (BrOffice, documento do Microsoft Office, Corel,
InDesign, etc.), desde que editáveis (livres de qualquer processo de bloqueio), e
fechado (PDF navegável e pesquisável por palavra-chave).
7. ACOMPANHAMENTOE SUPERVISÃO DA CONSULTORIA
• A consultoria a ser contratada terá supervisão e aprovação de seus produtos pela Unidade
de Gerenciamento do Projeto Dom Távora (UEGP) e da Secretaria de Estado da
Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, do Governo do Estado de Sergipe. No
FIDA, uma equipe liderada pelo Oficial de Programas para o Brasil (CPO) no Escritório do
FIDA no Brasil coordenará a revisão e o apoio técnico do FIDA. Por sua vez o contrato será
gerenciado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
• Toda a comunicação entre a contratada e a SEAGRI/UEGP deverá ser feita por escrito e
protocolizada. As comunicações informais (via telefone, e-mail, dentre outras) devem ser
confirmadas formalmente por escrito tempestivamente.
• Durante o desenvolvimento dos trabalhos haverá, entre a contratada e a SEAGRI/UEGP, a
necessária comunicação a fim de facilitar o acompanhamento e a execução do contrato.
Para este fim, a referida Secretaria convocará, por sua iniciativa ou da contratada, quantas
reuniões considerar convenientes. Inicialmente, fica estabelecido que serão realizadas as
seguintes reuniões:
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Quando do início para discutir a programação definitiva para execução dos serviços;
Após a entrega da versão preliminar de cada produto, com a finalidade de discutir a
análise e os pareceres técnicos antes da entrega da versão final dos produtos;
Quando do encerramento dos trabalhos para apresentação, em um evento específico,
de todo o trabalho desenvolvido.
• Nessas reuniões serão discutidos os problemas surgidos no desenvolvimento dos
trabalhos. A depender da natureza do tema, as reuniões poderão ocorrer na coordenação
central do projeto em Aracaju, bem como nos escritórios locais do projeto nos municípios
de Neópolis, Carira, Poço Verde e Aquidabã.
• Fica assegurado à SEAGRI/UEGP e às pessoas físicas e/ou jurídicas por ela indicadas, o
direito de acompanhar e fiscalizar a execução dos serviços prestados pela contratada, com
livre acesso aos locais de trabalho para a obtenção de quaisquer esclarecimentos julgados
necessários à execução dos trabalhos.
• A fim de exercer o acompanhamento e fiscalização dos serviços, a SEAGRI/UEGP
indicará, por escrito, todos os interlocutores que a representarão no desenvolvimento
do Contrato, sendo que lhe caberá estabelecer os procedimentos detalhados de
fiscalização do contrato, conforme o presente Termo de Referência.
• Caberá à fiscalização verificar a ocorrência de fatos para os quais haja sido estipulada
qualquer penalidade contratual. A fiscalização informará ao setor competente quanto
ao fato, instruindo o seu relatório com os documentos necessários, e, em caso de
multa, a indicação de seu valor previsto contratualmente.
• A ação ou omissão, total ou parcial, da fiscalização não eximirá a contratada de
integral responsabilidade pela execução dos serviços contratados.
8. QUALIFICAÇÕES DA ENTIDADE E DA EQUIPE
• Poderão participar do processo de seleção instituições com atuação comprovada no tema
objeto deste TdR, incluindo experiências comprovadas em trabalhos dessa natureza, cujas
finalidades estatutárias dialoguem com o cumprimento dos objetivos do presente TdR.
Entidades que já prestam serviços ao Projeto não poderão participar deste certame, caso
tenham participado (ou seus contratados) na elaboração deste TdR, pois configurará
conflito de interesse, de acordo com as normas e procedimentos estabelecidos no Acordo
firmado entre o Estado de Sergipe e o FIDA.
• A equipe deverá demonstrar experiência em realização de entrevistas de domicílios em
áreas rurais, análise estatística, estudo de linha de base, gerenciamento de bases de dados
e sistematização da informação coletada. A equipe técnica mínima que deverá se
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apresentar por meio da instituição será formada por: i) coordenador; ii) economista,
estatístico e profissional na área de processamento de dados; e iii) entrevistadores. Os
profissionais i) e ii) serão considerados no processo de avaliação.
• A critério da contratada, outros profissionais poderão ser agregados no desenvolvimento
do trabalho, complementando a equipe de apoio, notadamente profissionais de nível
técnico especializado e de apoio administrativo sem que, contudo, haja acréscimo de valor
ou que conste na proposta.
• O Coordenador dos trabalhos, por parte da contratada, deverá ser por ela designado e
desempenhar as suas funções até o encerramento do Contrato, salvo comunicação em
contrário.
• A substituição de qualquer membro da equipe técnica prevista na proposta da licitante ou
de apoio só poderá ser feita mediante a prévia autorização da contratante, o qual deverá
observar o mesmo perfil exigido.
• Adicionalmente, a contratada fica obrigada a indicar nominalmente um responsável pela
chefia dos trabalhos, com capacidade para responder pelas partes técnica e administrativa
do contrato, bem como para assumir a representação da contratada perante a SEAGRI e o
PNUD, em todos os assuntos relativos à execução dos serviços e ao contrato.
9. PROPOSTA COMERCIAL
• Custo estimado e forma de pagamento. O custo estimado da consultoria dependerá da
qualificação e experiência da equipe. Os serviços serão remunerados de acordo com um
montante fixo. Todos os custos associados à consultoria deverão se incluídos na Proposta
Financeira.
• No valor global da proposta financeira deverão ser incorporados recursos para aplicação
nos seguintes itens de despesa:
Honorários e Encargos sociais, BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), tributos e
outros compromissos fiscais;
Reembolsáveis: Viagens (Passagens, hospedagens, deslocamentos) do pessoal
utilizado para os trabalhos de levantamentos e contatos relativo ao objeto dos
serviços, se e quando necessário.
Apoio Logístico (veículos, combustível, equipamentos, computadores e material de
escritório)
Outros custos considerados relevantes para a obtenção do produto final.
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F. Informações Complementares
• Fonte dos Recursos. Os recursos para pagamento do Contrato de prestação de serviços
regulado por este TdR são oriundos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola –
FIDA, sob amparo do Acordo de Empréstimo Nº I-883-BR.
• Propriedade dos Produtos - Todos os produtos resultantes da execução dos serviços ora
contratados serão de propriedade do Estado de Sergipe e do FIDA, não podendo ser
divulgados, reproduzidos ou utilizados sem anuência escrita do Estado. Somente poderão
ser citados como referência após a sua aprovação em definitivo.
• Da Fraude e da Corrupção - Os proponentes devem observar e o contratado/convenente
deve observar e fazer observar, por seus fornecedores e subcontratados, se admitida
subcontratação, o mais alto padrão de ética durante todo o processo de licitação/seleção,
de contratação e de execução do objeto contratual. Para os propósitos desta cláusula,
definem-se as seguintes práticas:
“prática corrupta”: oferecer, dar, receber ou solicitar, direta ou indiretamente,
qualquer vantagem com o objetivo de influenciar a ação de servidor público no
processo de licitação/seleção ou na execução de contrato/convênio;
“prática fraudulenta”: a falsificação ou omissão dos fatos, com o objetivo de
influenciar o processo de licitação/seleção ou de execução de contrato/convênio;
“prática colusiva”: esquematizar ou estabelecer um acordo entre dois ou mais
licitantes/proponentes, com ou sem o conhecimento de representantes ou
prepostos do órgão licitador/convocador, visando estabelecer preços em níveis
artificiais e não competitivos;
“prática coercitiva”: causar dano ou ameaçar causar dano, direta ou indiretamente,
às pessoas ou sua propriedade, visando influenciar sua participação em um
processo licitatório/seletivo ou afetar a execução do contrato/convênio.
“prática obstrutiva”: (i) destruir, falsificar, alterar ou ocultar provas em inspeções
ou fazer declarações falsas aos representantes do FIDA, com o objetivo de impedir
materialmente a apuração de alegações prevista neste contrato; (ii) atos cuja
intenção seja impedir materialmente o exercício do direito de o FIDA promover
inspeção.
Na hipótese de financiamento, parcial ou integral, pelo FIDA, mediante adiantamento ou
reembolso, este organismo imporá sanção sobre uma empresa ou pessoa física, inclusive
declarando-a inelegível, indefinidamente ou por prazo determinado, para a outorga de
contratos financiados pelo organismo se, em qualquer momento, constatar o
envolvimento da empresa, diretamente ou por meio de um agente, em práticas
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corruptas, fraudulentas, colusivas, coercitivas ou obstrutivas ao participar da licitação ou
da execução um contrato financiado pelo organismo.
Considerando os propósitos das cláusulas acima, o proponente vencedor, como condição
para a contratação, deverá concordar e autorizar que, na hipótese de o contrato vir a ser
financiado, em parte ou integralmente, pelo FIDA, mediante adiantamento ou reembolso,
permitirá que o organismo financeiro e/ou pessoas por ele formalmente indicadas
possam inspecionar o local de execução do contrato e todos os documentos, contas e
registros relacionados à licitação/seleção e à execução do contrato/convênio.
10. INSUMOS A SEREM FORNECIDOS À EMPRESA CONTRATADA
Relatório de Desenho Final do Projeto Dom Távora (disponível em
http://operations.ifad.org/web/ifad/operations/country/project/tags/brazil/1619/docum
ents);
Manual de Implementação do Projeto Dom Távora;
Apoio logístico no escritório da UEGP (Central em Aracaju;) e escritórios locais ULGPs:
(Neópolis, Carira, Poço Verde e Aquidabã).
11. ADENDOS DOS TERMOS DE REFERÊNCIA
I. QUESTIONÁRIO: INSTRUMENTO DE COLETA DE INFORMAÇÕES BENEFICIÁRIO/CONTROLE
II. INDICADORES DE GESTÃO E AVALIAÇÃO - PROJETOS FIDA BRASIL
III. CHAVES DO QUESTIONÁRIO