anatomia comparativa vertebrados vol 1 sistemas cardio respiratorio

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  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    Volume I

    SISTEMAS

    CARDIOVASCULAR

    E RESPIRATRIO

    CHONDRYCHTHIES

    TELEOSTEI

    AMPHIBIA

    TESTUDINEA

    SQUAMATA

    CROCODYLIA

    AVES

    MAMMALIA

    DIPNOI

    CARDIOVASCULAR

    RESPIRATRIO

    URINRIO

    GENITAL

    NERVOSO

    ESQUELETICO

    MUSCULAR

    TEGUMENTAR

    DIGESTRIO

    Antonio SebbenLeandro Ambrsio CamposCarlos Alberto SchwartzHlio Ricardo da SilvaLuciana BarretoNascimentoLuiza Helena Rocha da Silva

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  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    Antonio SebbenLeandro Ambrsio Campos

    Carlos Alberto SchwartzHlio Ricardo da Silva

    Luciana Barreto Nascimento

    Luiza Helena Rocha da Silva

    Anatomia comparativa de vertebradosAtlas fotogrfico

    Volume 1. Sistemas cardiovascular e respiratrio

    BrasliaUniversidade de Braslia

    2015

  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    Antonio Sebben

    Prof. Associado LACV CFS IB UnBConcepo, preparaes, fotografia, edio de imagens, layout e editorao

    Leandro Ambrsio Campos

    Dr. Biologia Animal UnBPreparaes, fotografia, edio de imagens, ilustrao

    Carlos Alberto SchwartzProf. Associado CFS IB UnBProduo de textos e anlise de dados

    Helio Ricardo da SilvaProf. Adjunto IB UFRRJ - RJProduo de textos e anlise de dados

    Luciana Barreto Nascimento

    Profa. Adjunta - PUC Minas MGProduo de textos e anlise de dados

    Luisa Helena Rocha da SilvaMsC UnB Med. Vet. Jardim Zoolgico de Braslia - DFPreparaes, fotografia, textos e anlise de dados

    AUTORES

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    Ilustraes

    Angela Midori

    Carolina Nappo Molina

    Editorao eletrnica

    Prof. Dr. Carlos Alberto Gonalves

    Prof. Associado CFS UnB

    Patrcia Souza Wanderley

    MsC Biloga CFS IB UnB

    Apoio tcnico

    Pedro Ivo Molina Pellicano

    MsC - Bilogo - FCE UnB

    Jos Luiz Jivago - Md Vet.

    Biotrio IB UnB

    Valter Csar Silveira

    Tcnico de Laboratrio - CFS UnB

    Washington Jos Oliveira

    Tcnico de Laboratrio - CFS UnB

    Maria Magalhes Viana

    Auxiliar de Manuteno

    EQUIPE

    Normatizao, Ficha Catalogrfica, ISBN e DOI

    Janana Barcelos Resende Bibliotecria UnB/BCE

    Miguel ngelo Bueno Portela - Bibliotecrio UnB/BCE

    Heloiza Faustino dos Santos - Bibliotecria UnB/BCE

    Revisores

    Leandro de Castro Siqueira Bilogo MsC. UnB

    Vernica Melo Borges Biloga - Dra. - CNPq

    Adriene Fernandes Biloga Dra. - CNPq

    Pedro De Podest Bilogo Dr. - UnB

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    COLABORADORES

    Estagirios de Graduao - IB - UnB

    Anderson LimaAndra Benedetti

    Anna Carolina RamalhoBeatriz RapozoCarolina Nappo MolinaConrado VieiraCristiana Vieira de SousaDanilo Gustavo R. de OliveiraFelipe AvilaFlavio Henrique C. Brando

    Gianlucca RechGraciele RodriguesKarla Pessoa T. MartinsLuisa G. M. R. ArakeMarlia Castro de MeloMarina MoreiraNathalia Melo CavalcanteNicole Meireles DuboisPaula Jezuno de Carvalho

    Raphael Felix MagalhesRafael dos Santos de BessaRaquel Vieira SantosRogrio Fadul de OliveiraThalita Melo de Lima

    Ps-graduandos

    Luclia Gonalves Vieira MsCDoutora BIOANI - UnB

    Tain Rapp Py-Daniel MsCDoutoranda BIOANI UnB

    Fabiano Campos Lima - MsCDoutorando BIOANI UnB

    Marcela dos Santos Magalhes - MsCDoutoranda INPA - AM

    Nbia Esther de Oliveira Miranda - MsCDoutoranda UFG GO

    Thiago Silva Soares - MsCDoutorando MNRJ UFRJ RJTain de Abreu

    Doutoranda Bioani UnBBrbara de Queiroz Carvalho Zimbres

    Doutoranda Zoologia UnBPaula Galvo Teixeira

    Doutoranda Zoologia UnB

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    AGRADECIMENTOS

    Manifestamos nossos agradecimentos:

    Aos Estudantes de graduao em CinciasBiolgicas da Universidade de Braslia, pelasdiscusses, sugestes e crticas ao longo do

    desenvolvimento dessa obra.

    Aos Docentes do Departamento de CinciasFisiolgicas da Universidade de Braslia, pelo apoio.

    Ao Instituto de Cincias Biolgicas, pelo apoio nainfra estrutura.

    Ao Decanato de Ensino de Graduao daUniversidade de Braslia, pelo apoio ao projeto.

    Direo da Fundao Jardim Zoolgico deBraslia, pelo apoio e pela cooperao.

    Aos Bilogos e Veterinrios da Fundao JardimZoolgico de Braslia e do Programa Fauna nos

    Aeroportos CDT/UnB INFRAERO, pelo auxliona preparao e documentao fotogrfica de peasanatmicas, possibilitando a produo de materialdidtico fundamental para a concluso do presentetrabalho.

    s Professoras Doutoras Maria Jlia Martins Silva eSonia Nair Bao, pelo apoio na fase inicial desseprojeto.

    Aos Professores Doutores Natan Medeiros Maciel,Reuber Albuquerque Brando, Mrcia RenataMortari, Osmindo Rodrigues Pires Junior, Marcos

    Clio de Oliveira, Adriana Bocchiglieri, Andr FariaMendona, Otto B. F. Gadig, ao Bilogo MarceloMukyra Reis e Mdica Veterinria Nrjara VerasGrossmann pela cooperao, discusses esugestes.

    Aos Professores Doutores Sergio Koide, CristinaBrando, Elisabeth Ferroni, Pedro Murrieta, Jos

    Augusto Fortes, Antonio Nepomuceno, Joo CarlosTeatini, Paulo Csar Marques da Silva, Joo LuizHomem de Carvalho, Isaac Roitman, AugustoShinya Abe, Jos Perez Pombal Jnior, e UlissesCaramaschi, pelo apoio e incentivo permanente.

    Aos bilogos Leandro de Castro Siqueira, VernicaMelo Borges, Adriene Fernandes, Luclia GonalvesVieira, Pedro De Podest e Marlia Castro de Melo,pelas revises parciais.

    A todos aqueles que, direta ou indiretamente,contriburam para a realizao desse projeto.

    Ao Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientfico e Tecnolgico - CNPq, pelo apoiofinanceiro.

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    O estudo da anatomia permite revelar e compreender osdiferentes nveis da organizao, do funcionamento e dabiologia dos organismos animais. Em meio a surpresas einquietaes, percebemos que ainda temos muito o queaprender e a ensinar com a anatomia. Essa constataoaumenta nossa responsabilidade e aprofunda, ainda mais,nosso respeito e admirao pelos seres vivos.

    Os autores

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    Aos meus filhos Bruno, David e Francisco Italo,ao Guilherme e Vernica

    A. Sebben

    Aos meus irmos Flvio, Luciano e Elianee aos meus pais Joo e Corina

    Leandro A. Campos

    Aos meus filhos Matheus e IsabelCarlos Alberto Schwartz

    Aos mestres do passado eaos estudiosos sobre o assunto, do presente e do futuro

    Hlio Ricardo da Silva

    Aos meus pais, irmos e sobrinhose aos meus filhos acadmicosLuciana Barreto Nascimento

    Ao meu filho Gabriel,amante das serpentes desde muito cedo

    Luisa Helena Rocha da Silva

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    Amniota Sistema Cardiovascular 74

    Testudinata 77

    Serpentes 79

    Lacertilia 85

    Crocodylia 87

    Animais endotrmicos 90

    Aves 91

    Mammalia 96

    Tetrapoda Respiratrio 111

    Respirao em Amphibia 114

    Pulmes dos Amniota 121

    Amphisbaenidae 123Serpentes 125

    Lacertilia 131

    Testudinata 134

    Pulmo de Crocodylia 136

    Parabrnquios de Aves 137

    Pulmo de Mammalia 139

    Referncias Bibliogrficas 143ndice das espcies utilizadas 144

    Apresentao 1

    Objetivos 3

    Metodologia 5

    Animais utilizados 6

    Anestesia e Eutansia 7

    Introduo 9

    Planos de orientao/seco 11

    Artrias e veias 13

    Sangue e oxignio 15

    Veias-Porta 16

    Ductos arteriosos 18

    Capilares 20Sistema linftico 21

    Corao dos Vertebrata 23

    Cmaras cardacas 26

    Marca-passo cardaco 27

    Ciclo cardaco 28

    Corao dos Anamniotas 29

    Corao e brnquias de Chondrichthyes 30Corao e brnquias de Teleostei 42

    Respirao area em peixes 49

    Corao e vasos de Amphibia 63

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    O ATLAS FOTOGRFICO DE ANATOMIA DOSSISTEMAS CARDIOVASCULAR E RESPIRATRIO composto por imagens de estruturas anatmicas dediversas espcies de vertebrados, produzidas aolongo de duas dcadas de trabalho junto ao

    Laboratrio de Anatomia Comparativa de Vertebradosda Universidade de Braslia.

    As imagens so apresentadas com razovel nvel dedetalhes e com o necessrio cuidado esttico,possibilitando a visualizao de estruturas anatmicasntegras, com fidelidade de colorao, forma, texturae relaes anatmicas, mesmo em espcimes topequenos quanto um Brachycephalus ephippium, umanfbio com cerca de 12 mm de comprimento.

    Produzidas por meio de preparaes a fresco etcnicas de microdissecao, segundo metodologiadesenvolvida por Sebben (2007), algumas imagenspermitem a visualizao de estruturas quenormalmente s so evidenciveis por meio detcnicas histolgicas ou microscopia eletrnica devarredura MEV.

    Estruturas relacionadas aos sistemas sensoriais eendcrino so apresentadas juntamente com osdemais sistemas.

    A abordagem por sistema orgnico tem por objetivopossibilitar a comparao direta de estruturas ergos que compem o organismo dos vertebrados.

    As pranchas so organizadas por Sistema Orgnico.No presente volume, apresentamos aspectos daA n a t o m i a C o m p a r a t i v a d o s S i s t e m a sCardiovascular e Respiratrio de vertebradosgnastotomados (mandibulados). Foram utilizadas

    aproximadamente 150 espcimes de vertebradosrepresentadas por 63 espcies.

    Dois volumes seguintes abordaro a AnatomiaComparativa dos Sistemas Digestrio (vol. 2) eUrinrio e Genital (vol. 3).

    Encontram-se, ainda, em fase de produo outrosdois volumes, que trataro da anatomia comparativados Sistemas Nervoso e Sensorial (vol.4) e

    Esqueltico e Muscular (vol. 5).

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    Por meio microdissecaes cuidadosas, foramgeradas preparaes que tem como meta tornarvisvel muito do que j se conhece, mas poucosveem. Com o emprego de tcnicas fotogrficasadequadas, obtivemos imagens ricas em detalhes,

    fundamentadas na perspectiva e na luz, alm donecessrio cuidado esttico.

    A observao detalhada das estruturas orgnicasvaloriza as peculiaridades e a beleza intrnseca dosdiferentes organismos animais, enquanto o registrofotogrfico perpetua, em imagens, os animais queforam mortos para a obteno das informaescientficas aqui apresentadas.

    Ao lanarmos novos olhares sobre os organismosanimais, pretendemos contribuir para ampliar nossacompreenso a respeito da forma e da funo,estimulando reflexes sobre aspectos adaptativos eevolutivos dos vertebrados.

    Buscamos, ainda, mostrar a complexidade doorganismo animal, especialmente daqueles grupospouco explorados pelos livros texto ou materiaisdidticos, como os peixes, os anfbios e os rpteis.

    Pretendemos, assim, estimular o estudante aobservar, de forma detalhada e interpretativa, amorfologia e suas relaes funcionais, derepresentantes de diversos grupos dos Vertebrata.

    A abordagem comparativa tem como objetivoestabelecer a integrao entre os estudos deanatomia e o conhecimento construdo sobre aevoluo dos vertebrados. Deste modo, pretendemosmostrar que a Anatomia Comparativa instigante e

    complexa, e no um mero elenco de nomes deestruturas a serem memorizados.

    Por falta de material biolgico, no foram includosrepresentantes dos Agnata, o que poder sercontemplado oportunamente.

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    Optamos por iniciar pelos sistemas Cardiovascular eRespiratriopela ntima relao que guardam entresi, alm de ser o sistema circulatrio o primeiro a seestabelecer funcionalmente no embrio, constituindoa base para o desenvolvimento dos demais sistemas.

    Consideramos, ainda, que o conhecimento daestrutura morfofuncional dos vasos sanguneosservir de base para o estudo dos demais sistemas,na medida em que artrias e veias representamimportantes referncias anatmicas.

    Esse novo olhar sobre a anatomia animal podeauxiliar estudantes e profissionais das reasbiolgicas, biomdicas e veterinrias, na

    compreenso do organismo animal.

    No ensino de graduao, esta obra torna acessveluma quantidade significativa de informao, quepoderser utilizada em diferentes disciplinas, tanto decursos presenciais quanto a distncia.

    A produo dessa obra e sua disponibilizao gratuitavisa contribuir para a reduo e mesmo a substituiode animais em aulas prticas.

    Ao optarmos por no util izar apenas algumasespcies como modelos, visamos apresentar aosestudantes a diversidade morfolgica e acomplexidade do organismo animal.

    Orientados para a comparao entre sistemas,utilizamos apenas o nmero suficiente de espcimespara cobrir os sistemas orgnicos estudados.

    Com poucos espcimes de cada espcie, no

    visamos a obteno de amostras estatisticamentesignificativas. Tambm no nos preocupamos emavaliar possveis variaes anatmicas intra- einterespecficas.

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    Outros objetivos do presente trabalho so os deresgatar o prestgio e a importncia da disciplina deanatomia comparativa e contribuir para orenascimento dos interesses pelos estudos dotema entre estudantes e profissionais de Biologia e

    reas afins. Acreditamos que tais objetivos possamser obtidos pela simplificao da apresentao doscontedos e atravs do impacto causado porimagens criteriosamente elaboradas.

    consenso entre os especialistas na rea, que ointeresse por estudos de anatomia animal tenhadiminudo e atraia menos estudantes.

    Embora, ao longo de mais de 500 anos de

    investigao, os estudos anatmicos tenham geradoum amplo conhecimento, poucos parecemreconhecer sua importncia atualmente. importante ressaltar que esse conhecimento foichave para a compreenso do funcionamento dossistemas orgnicos e contribuiu na elaborao dateoria da evoluo.

    Qualquer investigao de grupos no tratado nosclssicos sobre o assunto (Gaupp, de Beer) ou empublicaes mais recentes, evidencia o quantoainda precisamos continuar investigando eaprendendo.

    Embora o nmero de espcies descritas de todos osgrupos taxonmicos tenha mais do que dobradodurante o sculo XX, estudos anatmicos desses

    organismos ainda no foram elaborados.

    Alguns estudos, no entanto, relatam a descobertade novos rgos (rgo de gordura em saposBufondeos), de novas estruturas sseas

    (Brachycephalus) e mesmo do funcionamento deestruturas que ainda eram desconhecidas (Bico doOrnitorrinco).

    Uma v e z q u e e s t e c o n h e c ime n t o t e mdesdobramentos que influenciam reas todistantes e distintas como medicina e engenharia demateriais, como, por exemplo, no caso da funodissipadora de calor do bico dos tucanos*; seudesenvolvimento continuado torna-se estratgico e

    absolutamente necessrio.

    Anatomia comparativa foi, continua e continuarsendo uma disciplina vital para compreenso dosmecanismos associados aos processos geradoresda diversidade biolgica.

    *(Tattersal, G.J., Andrade, D.V. & Abe, A.S., 2009).

    R!lo`HKR/

    L

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    Opo pelo formato digital

    O formato de e-book gratuito permite agilidade, baixocusto de produo e , pr inc ipa lmente, auniversalizao do acesso.

    Queremos preservar a liberdade de intervenosobre nossa obra, de modo a que possamos, emqualquer tempo, ampli-la e aprimor-la.

    O formato apresentado permite boa visualizao emdiferentes mdias, possibilitando inclusive suaprojeo direta em aulas.

    As imagens, obtidas com cmaras fotogrficas

    digitais, foram editadas para uniformizao dedimenses e resoluo final. Ajustes de parmetrosde iluminao e correes de cor tambm foramefetuados, bem como recortes para definio deenquadramento final. Assim, as imagens refletemsobretudo o resultado do trabalho de dissecao e dacondio do animal dissecado.

    Com o objetivo de estimular a observao, a anlisee a interpretao das imagens, apresentamos aslegendas em separado , p rese rvando ascaractersticas originais das estruturas e das peasanatmicas.

    Nomenclatura Anatmica

    Nesta obra, adotamos, sempre que possvel, aNomina Anatmica Veterinria, adaptada para alngua portuguesa.

    Na falta de nomenclatura anatmica consolidada parapeixes, anfbios e rpteis, empregamos termos edesignaes propostas por diversos autores, cujasobras se encontram listadas nas RefernciasBibliogrficas.

    No entanto, consideramos que, em vrios aspectos, anomenclatura anatmica merece reviso elaborada emais consistente.

    METODOLOGIA

    1

    3

    6

    2

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    4

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    A obteno de espcimes para as dissecaes efotografias aqui apresentadas seguiu os critrioslegais para tal, adotados pelo Governo Federal eestabelecidos para a concesso de licenas de coletapelo Instituto Chico Mendes (ICMBio website) e os

    potenciais benefcios educacionais de sua utilizao,observadas as seguintes premissas:

    a) utilizao do menor nmero possvel deexemplares;b)

    aproveitamento de material biolgico composto poranimais recm mortos, descartados ou emprocessamento para fins comerciais;c) aproveitamento de animais mortos, utilizados emprojetos de pesquisa autorizados pela CEUA UnB e

    destinados ao descarte;d) busca pelo refinamento tcnico necessrio para aobteno de resultados com qualidade cientfica eesttica.

    Nosso trabalho segue a DIRETRIZ BRASILEIRAPARA O CUIDADO E A UTILIZAO DE ANIMAISPARA FINS CIENTFICOS E DIDTICOS DBCA CONCEA MCT disponvel no endereo:www. mct.gov.br/upd_blob/0226/226494.pdf

    Aproveitamos tambm estruturas e rgos de animaisnecropsiados, cedidos pela Fundao JardimZoolgico de Braslia, e pelo 01'$1-2- 3-#+- +'%"/1'4'1&'% 56789+: ; "?>@ A .:"363"23

    H12:"1#5'31#& P":$'9:12: lO$5:&'13 {O;'2$5T:|G !"#$%&'# ENQB

    Tambm foram utilizados espcimes mortos, oriundosde pesquisas realizadas na Universidade de Braslia,devidamente autorizadas pela Comisso de tica noUso Animal da Universidade de Braslia - CEUA UnB.

    Diversos exemplares foram obtidos junto aentrepostos de pesca comercial (peixes cartilaginosose e peixes sseos) ou doados por abatedouroscomerciais de bovinos, sunos e caprinos.

    Peixes marinhos foram obtidos na Colnia dePescadores da Prainha, Municpio de Itanham, SP;espcimes de Chondrychthies foram cedidos peloProf. Dr Otto Bismark Gadig, da Universidade

    Estadual Paulista - NESP So Vicente SP.

    Testudines de espcie extica (tigre-dgua),apreendidos de comrcio irregular, foram doados peloIBAMA DF.

    Trs exemplares juvenis de jacars (Caimancrocodyllus) foram repassados pelo grupo depesquisa liderado pelo Prof. Dr. Andr Quagliatto, daUniversidade Federal de Uberlndia, devidamenteautorizado pelo SISBIO ICMBio .

    ANIMAIS UTILIZADOS

    ]

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    Com exceo dos animais j obtidos mortos, osdemais foram eutanasiados com sobredose deanestsico adequado, capaz de induzir morte semdor ou estresse.

    Em todos os casos, as doses utilizadas foramsuficientes para causar perda de conscincia eparada cardio-respiratria irreversvel.

    Os seguintes agentes anestsicos foram utilizadospara a sedao e eutansia dos animais.

    Cloridrato de Lidocaina

    L idocana um anests ico u t i l izado emprocedimentos de rotina mdica, tanto paraanestesia local quanto em bloqueios medulares anestesia raquidiana e peridural. Tambm utilizadoem anestesia odontolgica.

    A lidocana possui o mesmo mecanismo de ao deanestsicos como o MS222 e a Benzocana,representado pelo bloqueio de canais de sdio (Na+)voltagem dependentes.

    Em peixes, as brnquias absorvem de maneira eficazo anestsico, possibilitando eficiente pr-anestesia. Amorte, por parada cardio-respiratria, ocorre com oaumento do tempo de exposio ou apsadministrao parenteral de volumes compatveis doanestsico. Utilizamos tambm o anestsicoBupivacana (0,5%), mais potente que a Lidocana.

    Nos anfbios, esses anestsicos so rapidamenteabsorvidos pela pele e tambm pela mucosa oral epelas brnquias dos girinos.

    Nos adultos, a via intra-cerebroventricular (icv),

    atravs do foramem magnum, produz efeitopraticamente instantneo, com administrao devolumes entre 0,05 e 1,0 ml.

    Tionembutal Sdico Tiopental

    O Tiopental, assim como o Nembutal Sdico (50 mg/ml) so preconizados para eutansia de rpteis emgeral.

    Promovem rpida depresso do sistema nervosocentral, inconscincia e morte por parada cardio-respiratria, quando aplicado em doses superiores a100 mg/kg de animal.

    Essa formulao pode ser administrada juntamentecom anestsicos locais, como Cloridrato deLidocana 2%.

    ANESTESIA E EUTANSIA

    [

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    ANESTESIA E EUTANSIA

    Peixes cartilaginosos Chondrichtyes

    Exemplares de Chondricthyes resgatados dedescartes de pesca foram pr-anestesiados porsubmerso em soluo de Cloridrato de Lidocana 2%

    e, em seguida, eutanasiados por injeo intra-cerebroventricular do mesmo anestsico, comvolumes entre 0,5 e 2 ml.

    Peixes sseos Teleostei

    Os espcimes foram pr-anestesiados por submersoem soluo de cloridrato de lidocana 2%, seguida deadministrao parenteral de volumes variveis domesmo anestsico, conforme o tamanho do animal.

    Para espcimes pequenos, os intervalos de tempovariaram entre dois e cinco minutos de contato coma soluo.

    Anfbios

    Os anuros foram eutanasiados com Cloridrato deLidocana (soluo 2 a 5% ), com inoculao devolumes de 0,1 a 1,0 ml, por via icv, atravs do

    foramem magnum. Espcimes maiores, com CRCentre 10 a 15 cm, receberam volumes de at 2 ml desoluo. Os anuros miniaturizados, medindo cerca de15 mm de comprimento rostro-cloacal (CRC),receberam de 0,05 a 0,1 ml, pela mesma via. Girinosforam submersos em soluo anestsica.

    Anfbios podos, como o Siphonops paulensis, forampr-anestesiados por contato, seguido deadministrao parenteral dos mesmos anestsicos.

    Alguns anfbios foram dissecados a partir da

    instalao do quadro anestsico em plano cirrgico,portanto, com persistncia de atividade cardaca, quefoi registrada e documentada por meio de vdeosdigitais. Em seguida, os espcimes receberam dosecomplementar de anestsico, o suficiente para induzira cessao irreversvel da atividade cardiovascular.

    Rpteis e Aves

    Rpteis e aves receberam soluo 50 mg/ml de

    Tionembutal Sdico (Tiopental) por via intra-pleuroperitoneal (ipp), em dosagens iguais ousuperiores a 100 mg/kg de animal.

    Mamferos

    Os roedores, como ratos, pres e camundongos,marsupiais e morcegos receberam Nembutal Sdico50 mg/ml, por via intraperitoneal (ip).

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    LACV

    UNB

    ANATOMIAANIM

    ALCOMPARATIVA

    A teoria da evoluo biolgica figura entre as de maiorimpacto sobre a compreenso de como processosnaturais alteraram a configurao bsica da natureza nonosso planeta, ao longo do tempo. Esta teoria nospermite no s compreender padres e processos

    biolgicos (presente e passado), mas tambm o usodeste conhecimento para remediao de problemasambientais, de sade humana e de animais (na naturezaou criados por ns).

    Grande parte do material que serviu ao pesquisadoringls Charles Darwin, no sculo XIX, durante aelaborao do livro A Origem das Espcies",representava o conhecimento acumulado poranatomistas ao longo de alguns sculos de estudosdedicados a compreender a morfologia dos organismosvivos. A teoria proposta por Darwin deu sentido ssemelhanas anatmicas observadas e descritas poresses pesquisadores. Em grande parte, a aceitao dateoria pela comunidade de bilogos contemporneos aoDarwin e pelos bilogos desde ento, se deve possibilidade de explicao natural para o mundo do vivoe sua histria e interpelaes.

    Para a maioria de ns, o primeiro contato comorganismos vivos no-humanos, ocorre atravs da

    apreciao visual de belezas, estranhezas e desemelhanas e dessemelhanas. Em geral, a admirao,questionamentos, ou mesmo repulsa com relao aosoutros organismos, se d atravs da observao de suasmorfologias. O aprofundamento de questes ligadas aeste estranhamento deve estar ligado s origens doconhecimento sobre anatomia.

    INTRODUO

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    LACV

    UNB

    ANATOMIAANIM

    ALCOMPARATIVA

    O estudo de caracteres morfolgicos de animais serve debase para inmeras reas do conhecimento. Atravs daanatomia podemos efetivamente compreender o passado,tanto distante (fsseis) quanto recente (ontogenia), edesvendar (estabelecer) as relaes de parentesco e dos

    organismos com o ambiente onde vivem. Algumas dasinformaes morfolgicas nos permitem at inferircomportamentos complexos.

    A despeito de sua importncia e aplicabilidade, o ensino deanatomia vem perdendo terreno para outras reas doconhecimento, tanto nos cursos de biologia e reas afins,quanto nos de reas mdicas e paramdicas.

    comum vermos estudantes se esforarem paracompreender complexas relaes fisiolgicas, bioqumicase fisio-ecolgicas de organismos sobre os quais eles poucoou nada conhecem.

    A base morfolgica fornece suporte concreto para acompreenso de muitas dessas relaes, alm de permitircomparaes e inferncias bastante teis ou pelo menosinstigantes.

    Por outro lado, a excessiva fragmentao dos contedos

    curriculares dificulta a compreenso de fenmenosintegrativos dos sistemas biolgicos. Compreender osorganismos condio elementar para entender suaimportncia nas comunidades e nos ecossistemas.

    INTRODUO

    ,+

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    OS O O S CO

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    LACV

    UnB

    PLANOSDESEC

    OE

    ORIENTA

    O

    esquerdo

    direito

    S

    T

    cranial / anterior caudal / posterior

    F

    dorsal

    ventral

    Planos de seco:

    A regra se aplica a todos os vertebrados ou aosrgos e estruturas do corpo.

    PLANOS DE ORIENTAO E SECO

    ,*

    ARTRIAS E VEIAS

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    LACV

    UnB

    VASOSSA

    NGUNEOS

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    ARTRIAS E VEIAS

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    UnB

    SISTE

    MASCARDIOVAS

    CULAR

    ERESPIRATRIO

    A constituio dos vasos sanguneosdetermina suas propr iedadesfuncionais e diferencia artrias,arterolas, veias, vnulas e capilares.

    As artriasso vasos que conduzemo sangue para os tecidos e rgos. Asgrandes artrias, como a artria aortae artria femoral, so capazes deresistir s presses mais altas dosistema - a presso sistlica, graas presena de grandes quantidades detecido elstico em sua parede.

    Artrias de calibre intermedirio earterolas possuem tecido muscularliso em sua parede, o que permiteregulao de seu calibre por meio de

    con t rao / re laxamen to dessamusculatura. Artrias apresentammenores calibres que as veiascorrespondentes, porm, atuam compresses maiores que as veias.Observe ao lado que as artrias sosempre de menor dimetro.

    As veiasso vasos de baixa presso,que tm por funes promover o

    retorno sanguneo e atuar comoreservatrio de sangue.As veias de maior calibre, localizadasabaixo do nvel do corao, possuemvlvulas que auxiliam o retorno dosangue em direo ao corao.

    Vlvulas venosas tambm estopresentes nas veias jugulares degirafas (figura abaixo), localizadas nopescoo. As vlvulas impedem oacmulo de sangue e o consequenteaumento da presso na cabea doanimal quando este abaixa para bebergua.

    A. Artrias e veias da base do corao deave.

    B. Ramos da artria (1) e da veia coronria (2)em corao de serpente.

    C. Vlvulas venosas presentes nas veiasjugulares de girafa.

    D. Artria (1) e veia cutnea (2) na faceinterna da pele de anfbio anuro.

    1 2

    1

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    .

    !

    J

    N

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    SANGUE E OXIGNIO

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    LACV

    UnB

    SISTE

    MASCARDIOVAS

    CULAR

    ERESPIRATRIO

    Ramos da artria (1) e da veia (2) esofgicade serpente.

    1

    2

    Ramos da artria pulmonar de anfbio anuro(acima) e seco transversal de artria (1) eveia (2) coronria de mamfero (ao lado).# Vdeo sobre Microcirculao Pulmonar emAmphisbaena, disponvel em:

    http//facebook.com/lacv.unb

    Classicamente se adotam asdesignaes sangue arterial esangue venoso para indicar apresena de maior ou menorconcentrao de oxignio no sangue.Tais relaes, no entanto, soimprecisas, inadequadas e podem

    levar a interpretaes equivocadas,em muitos casos.

    Artrias so vasos que conduzem osangue, a partir do corao, para ostecidos e rgos.

    O sangue contido na artria Aorta enas artrias que dela derivam ricoem oxignio (via sistmica), enquantoo sangue conduzido pelas artrias

    pulmonares pobremente oxigenado.

    Diversos exemplos mostram que essarelao tambm ocorre em outrasartrias (vide abaixo).

    As veias, em sua maioria, conduzemsangue pobre em oxignio, do corpoem direo ao corao (retornovenoso). No entanto, muitas veias

    conduzem sangue oxigenado.

    Desta forma, optamos por abandonaros termos arterial e venoso paradesignar o teor de oxignio nosangue. Para essas designaes,usamos aqui sangue rico ou pobre emoxignio.

    Apresentamos abaixo exemplos deartrias que conduzem sangue pobreem oxignio e veias que conduzemsangue oxigenado.

    Artrias (aa) que conduzem sanguepobre em oxignio:

    a. aorta ventral - peixesaa. branquiais aferentes- peixesa. cutnea anfbiosa. umbilical fetos de mamferos

    Veias (vv) que conduzem sanguerico em oxignio:

    v. umbilical fetos de mamferosv. cutnea anfbios

    v. caudal girinosv. pulmonares diversos grupos

    Assim, melhor esquecer o conceitode sangue arterial e sangue venoso, eadotar as referncias sangue rico esangue pobre em oxignio.

    1

    2

    ,-

    VEIAS-PORTA

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    LACV

    UnB

    SISTE

    MASCARDIOVAS

    CULAR

    ERESPIRATRIO

    Veias-porta conduzem sangue de uma regio docorpo para um rgo, que no o corao.

    A veia porta-heptica (A), presente em todos osvertebrados, drena o sangue da circulaomesentrica, que irriga o trato gastrointestinal,

    pncreas e bao. As veias mesentricas (B) conduzemo sangue contendo os nutrientes absorvidos nosintestinos para o fgado, viaveia-porta-heptica. A veiaepigstrica (C) se une s veias mesentricas formandoa veia-porta-heptica.

    A veia ilaca constitui o sistema porta-renal (D)presente nos rins dos vertebrados, exceto nosmamferos. Ela drena o sangue dos membrosposteriores e da regio caudal para os rins, formandouma rede venosa que envolve as unidades renais osnfrons. Essa microcirculao responsvel pelareabsoro de parte do filtrado renal.

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    ! J

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    VEIAS-PORTA

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    UnB

    SISTE

    MASCARDIOVAS

    CULAR

    ERESPIRATRIO

    1. v. porta-heptica2. v. mesentrica3.

    v. epigstrica

    4.

    v. Ilaca (v. porta-renal)5.

    estmago6.

    duodeno7. vescula biliar8. fgado9. rim face dorsal10. ovrio11.

    bao

    As setas indicam a direo do fluxo sanguneo.

    3

    5

    1

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    .DUCTOS ARTERIOSOS

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    LACVUnB

    -CIRCUITO

    PULMONAR

    ESIS

    TMICO

    DUCTOA

    RTERIOSO

    O s d u c t o s a r t e r i o s o scomunicam os circuitos pulmonarao s i s tmico de aves emamferos durante a fase fetal.Essa condio persiste at oincio da respirao pulmonar,que ocorre com a ruptura dacasca do ovo e da ecloso daave ou o nasc imento domamfero. Na ave (A), doisductos arteriosos conectam asartrias pulmonares Aorta. Nomamfero (B), o ducto arterioso mpar, e conecta o troncopulmonar ao arco artico.A l g u m a s h o r a s a p s onascimento, essa conexo se

    fecha, se torna fibrosa e se tornaum ligamento arterioso.

    Em A, vista ventral dos pulmesde juvenil de Gallus sp, aps aremoo das estruturas peitoraise do corao. Os ductosa r t e r i o s o s s e c o n e c t a mc r a n i a l m e n t e s a r t r i a spulmonares e caudalmente artria aorta descendente.

    Em B, vista ventral de corao deRattus sp. Com cerca de 12horas aps o nascimento, o ductoarterioso j aparece constricto,sem fluxo sanguneo.

    .

    !

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    LACVUnB

    -CIRCUITO

    PULMONAR

    ESIS

    TMICO

    DUCTOA

    RTERIOSO

    1.

    a. aorta2.

    a. pulmonar direita3. a. pulmonar esquerda4. ducto arterioso direito5. ducto arterioso esquerdo6. pulmo direito7. pulmo esquerdo8.

    brnquio9.

    v. pulmonar

    10.

    a. celaco-mesentrica11. arco artico12. tronco pulmonar

    13.

    ducto arterioso14.

    tronco braquioceflico15. a. cartida comum esquerda16. a. subclvia esquerda17. trio direito18. trio esquerdo19. ventrculo direito20.

    ventrculo esquerdo

    11

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    14 15 16

    17

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    9 9

    11

    ,M

    CAPILARES

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    LACVUNB

    -M

    ICROCIRCULAO

    REDE

    CAPILAR

    Os capilares so a razo de ser do sistemacirculatrio. Suas caractersticas morfofuncionaisso peculiares e adequadas para o desempenhodas funes de difuso de gua, de solutos e degases respiratrios entre o plasma sanguneo eo lquido intersticial, tambm designado de

    lquido extracelular LEC. Esse lquido constituio meio interno que banha as clulas.

    Os capilares so os vasos mais numerosos docorpo - somados, representam a maior rea deseco transversal do sistema vascular.Juntamente com outros vasos, compe amicrocirculao, presente em praticamente todosos tecidos e rgos.

    A microcirculao composta por arterolas,arterolas pr-capilares, capilares, vnulas eanastomoses arteriovenosas (ligam diretamenteas arterolas s vnulas). As setas vermelhasindicam a direo do sangue.

    Todos os componentes da microcirculaopodem ser visualizados em uma simples caudade girino de anuro, como mostra o vdeoMicrocirculao em Cauda de Girino ,disponvel em http//facebook.com/lacv.unb

    .9#62#93 9: X#19#& :2B #&&BG *+++

    *+

    SISTEMA LINFTICO.

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    SISTEMA LINFTICO

    O Sistema Linftico compostopor uma ampla rede de vasoslinfticos, que se originam nostecidos, e por linfonodos quearmazenam clulas de defesa os linfcitos. Com trs funesprincipais, o sistema linfticoatua na defesa do organismo, naregulao do volume do lquidoextracelular e na absoro etransporte de cidos graxos egordura do trato gastrointestinalpara a circulao.

    O s v a s o s l i n f t i c o s s eassemelham s veias, pormpossuem fundo cego e vlvulas.Drenam o lquido do espaointersticial denominado linfa oulquido extracelular, conduzindo-o d e v o l t a a o s i s t e m acirculatrio. Os l inft icosabdominais tambm drenam oqui lo contedo l ipdicoa b s o r v i d o p e l a m u c o s aintestinal, que conduzido paraas veias cava e subclvia.

    LACVUnB

    SISTEMALINFTICO

    LINFONODO

    S

    Linfonodo retroperitoneal (A - B) e mesentrico (C) de Rattusnorvergicus. Vista ventral (A) com detalhe da irrigao e vista dorsal(B). As setas indicam vasos linfticos.

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    * 44

    !

    *,

    CORAES LINFTICOS

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    Coraes linfticos de Anfbios

    Alm dos vasos e dos gnglioslinfticos, estruturas pulsteisd e n o m i n a d a s c o r a e slinfticos (CL) esto presentesem anfbios, rpteis e embriesde aves.Anfbios possu em diversoscoraes linfticos distribudospelo corpo. Os mais fceis deserem observados so osencontrados na regio dorsalprximo cloaca, abaixo da pele,lateralmente poro terminal doosso urstilo. Essas estruturasso vasos pu l s te i s quebombeiam gua absorvidaatravs da pele em direo veiaps-cava. Os coraes linfticospulsam em frequncias maioresque a frequncia cardaca e socomandados pe lo s is temanervoso autonmico. Eles soespecialmente evidentes em rsdo gnero Pipa.

    # Vdeo sobre Coraes Linfticos deAnfbios, disponvel em:http//facebook.com/lacv.unb

    LACVUnB

    SIST

    EMALINFTICO

    CORAESLINFTICOS

    Absoro de gua e eletrlitosA pele ventral das coxas dos anuros pouco

    pigmentada e muito vascularizada. Essa regiopermanece em contato com o substrato e responsvel pela absoro de gua e eletrlitos, queso transferidos para os sacos linfticos etransportados pela microcirculao e pelo sistemalinftico. Desta forma, os anuros em geral noingerem gua. A pele tambm tem importanteparticipao na respirao dos anfbios.

    CL

    **

    O CORAO DOS VERTEBRATA

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    LACVUnB

    SISTEMACARDIOVASCULAR

    Os sistemas cardiovascular e respiratrio sedesenvolveram concomitantemente, preservandoimportantes relaes morfo-funcionais. Assim,muitas das diferenas observadas no sistemacardiovascular dos vertebrados so resultado doprocesso evolutivo.

    O corao dos vertebrados a estrutura centraldo sistema circulatrio. Sua funo primria ade bombear o sangue atravs dos vasos paratodos os tecidos e rgos, em quantidades epresso compatveis com as necessidadesmetablicas de cada um.

    Composto por msculo estriado cardaco oumiocrdio, e por um conjunto de vlvulas, o

    corao apresenta caractersticas fisiolgicassimilares entre os diferentes vertebrados.

    Comparativamente, podemos observar variaesimportantes no nmero e, especialmente, naorganizao das cmaras cardacas dosdiferentes grupos de vertebrados.

    Na literatura existem divergncias quanto nomenclatura de estruturas cardacas. Deste

    modo, adotamos a que julgamos mais adequada,conforme breve descrio apresentada a seguir.

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    LA

    CVUnB-SISTE

    MACARDIOVASCU

    LAR

    CORAOD

    OSVERTEBRADOS

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    LA

    CVUnB-SISTE

    MACARDIOVASCU

    LAR

    CORAOD

    OSVERTEBRADOS

    *-

    Seio-venoso SV CMARAS CARDACAS

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    V

    SV

    V

    CA

    BA

    A

    A

    SV

    CHONDRICHTHYES

    OSTEICHTHYES

    LA

    CVUnB-SISTE

    MACARDIOVASCU

    LAR

    CMARAS

    CARDACAS

    O seio venoso (SV) formado pelaunio das veias cardinais nos peixes,e pelas veias pr- e ps-cavas nosanfbios e nos rpteis. Alm dereceber o sangue da circulaosistmica, o seio venoso abriga omarca-passo cardaco conjunto dec l u l a s r e s p o n s v e i s p e l a

    excitabilidade cardaca. Ali seoriginam os potenciais de ao quedesencadeiam a contrao muscular,base da atividade cardaca. Na pginaseguinte, os esquemas indicam apresena de marca-passos emcorao de peixes. Nas aves emam fe ros o se io venoso incorporado ao trio direito durante odesenvolvimento embrionrio.

    trio A

    O trio (A) possui miocrdio delicado,organizado em trabculas. O trabalhoe a presso exercida so pequenosquando compar ados aos doventrculo. Nos tetrpodos, os triosdireito e esquerdo apresentamconst i tu io e caracter s t icasfuncionais semelhantes.

    Ventrculo V

    O ventrculo (V) a cmara cardacaresponsvel pelo trabalho muscularque se traduz em presso sangunea.Nos animais com dois ventrculos, amassa muscular de cada um deles diretamente proporcional pressoexercida sobre o sangue.

    As si m, a pr es s o ge rad a pe loven t r cu lo esquerdo (c i rcu i tosistmico) trs a quatro vezes maiorque a do circuito pulmonar. Nas avese nos mamferos observam-se asmaiores diferenas entre as pressessistlica e diastlica.

    Cone arterioso CA

    Constitudo de miocrdio, como oventrculo, o cone arterioso (CA) uma cmara que acrescenta pressoao sistema de forma ativa, porcontrao muscular e trabalho dasvlvulas semilunares situadas natransio do cone com a a. Aortaventral. Nos elasmobrnquios, parecehaver relao direta entre o tamanhocorporal e as dimenses do conearterioso.

    Bulbo-arterioso BA

    Ao co nt r ri o do cone, o bu lboa r te r ioso (BA) cons t i t u dopredominantemente de tec idoelstico. Internamente apresentapregas ou trabculas orientadaslongitudinalmente. Assim, o bulboarterioso atua passivamente no

    incremento de presso durante adistole.

    .9#62#93 9: X#19#& :2B #&BG ^*+++_

    *]

    MARCA-PASSO CARDACO

  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    LA

    CVUnB-SISTE

    MACARDIOVASCU

    LAR

    MARCA-PAS

    SOC

    ARDACO

    Marca-passos so estruturas compostas por um conjunto declulas responsveis pela excitabilidade cardaca. Os esquemas aolado indicam a presena de marca-passos em corao de peixes

    cartilaginosos e sseos, e de mamferos (acima). Noselasmobrnquios, o seio venoso abriga o marca-passo. Almdeste,atividade marca-passo foi identificada na regio trio-ventricular e na poro proximal do cone arterioso. Em espcies deenguia, marca passos foram identificados no seio-venoso e naregio trio-ventricular. Porm, na maioria dos peixes sseos doismarca-passos so localizados na transio sino-atrial e na trio-ventricular. Nas aves e nos mamferos o seio venoso, presente na

    fase embrionria, incorporado ao trio direito durante odesenvolvimento. Assim, o marca-passo - nodo sinoatrial - se situano trio direito, entre as veias pr e ps-Cava. Um segundo ndulo,

    o trio-ventricular, conecta fibras que compem o sistema deconduo cardaco. Os potenciais de ao gerados no ndulo sino-atrial excitam as clulas do miocrdio atrial; entre os micitosocorre propagao atravs das junes comunicantes. As fibras dosistema de conduo, mais rpidas, aceleram a propagao dospotenciais para o pice do corao, para os msculos papilares epara as paredes laterais dos ventrculos.

    ELASMOBRNQUIO

    TELESTEO - ENGUIA

    TELESTEOS.9#62#93 9: Scheer, 1969.

    Y393 $'13#2"'#&Y393 #2"'3)8:12"'5O"

    Q';"#$ 93 $'$2:4#9: 5319Ohi3

    MAMFEROS

    P32:15'#'$ 9: #hi3

    .9#62#93 9: X#19#& :2B #&&BG *+++

    *[

    CCLO CARDACO

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    Ciclo Cardaco corao de anfbio anuroEtapas do ciclo cardaco de Pipa carvalhoi. As imagens superioresmostram o incio e o trmino da sstole ventricular, enquanto asinferiores mostram o incio e o trmino da distole ventricular. Asimagens foram extradas de vdeo digital, gravado a 25 quadros porsegundo. O vdeo original se encontra disponvel em: http//facebook.com/lacv.unb

    Alguns parmetros da atividade cardacaVolume Sistlico (VS) = volume de sangue bombeado na sstole;Frequncia Cardaca (FC) = nmero de batimentos por minuto;Dbito Cardaco (DC) = volume de sangue bombeado por minuto.Assim, temos que: DC= FCxVS. Este parmetro varia em funo daatividade fsica e metablica do animal. Em climas tropicais, no vero,a FC de anfbios varia entre 30 e 50 batimentos por minuto.

    LA

    CVUnBSISTE

    MACARDIOVASCU

    LAR

    CICLOCARDACO

    /~/`RIo KoY`XHJFI.X

    NHn/`RIo KoY`XHJFI.X

    *\

    CORAO DOS ANAMNIOTAS

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    Com quatro cmaras ligadas em srie,o corao dos peixes representa omodelo mais simples de organizaodeste rgo entre os vertebrados. Acada ciclo, o sangue passa pelabomba, conduzido ao rgo

    respiratrio e depois distribudo paratodo o corpo.

    Portanto, nos Chondrichthyes eOsteichthyes, o sangue retorna aocorao pelas veias cardinais, epercorre o seguinte trajeto: seiovenoso trio ventrculocone arterioso (ou bulbo arterioso)

    artria aorta ventral artriasbranquiais aferentes rede capilarbranquial artrias branquiaiseferentes artria aorta dorsaltecidos e rgos.

    A partir do modelo acima, variaesna organizao morfofuncional e nonmero de cmaras cardacassurgiram ao longo da evoluo.Conhecemos os modelos presentesnos grupos atuais, mas sabemos

    pouco a respeito da circulao dosgrupos extintos. Porm, podemosinferir que a evoluo do sistemacirculatrio nos animais ocorreu emfuno ou de maneira concomitanteao desenvolvimento de estruturas quecompem os sistemas respiratrios.

    Ainda nos peixes, alm da respiraobranquial, surgiram diversos modelosde respirao area baseados emestruturas orais, orofarngeas e outrasderivadas do tubo digestrio, como ab e x i g a d e g s ; s e m p r e

    acompanhadas de modificaes deestruturas vasculares e, por vezescardacas. Alguns desses modelosso apresentados adiante.

    Os anfbios apresentam vriasestruturas respiratrias alm dasbrnquias, tais como a pele, acavidade orofarngea e os pulmes;estes tambm esto presentes empeixes dipnicos. Nos anfbios, umsegundo trio passa a receber sangueda via pulmonar. Assim, alm do seio-venoso, os anfbios possuem doistrios, um ventrculo e um conearterioso, cmara que antecede otronco arterioso. O ventrculoapresenta trabculas que conferemaspecto multicameral que, segundoalguns autores, auxilia a separaosangunea nesta cmara.

    LACVUnB

    SISTEMACARDIOVASCULAR

    *M

    CHONDRYCHTHIES CARDIOVASCULAR

  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SIST

    EMASCARDIOVAS

    CULAR

    ERESPIR

    ATRIO

    RESPIRATRIO

    0+

    CHONDRICHTHYES

  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SIST

    EMASCARDIOVAS

    CULAR

    ERESPIR

    ATRIO

    Corao

    O corao dos Elasmobranchii apresenta quatrocmaras ligadas em srie: seio venoso ! trio !ventrculo! cone arterioso. O sangue que retorna docorpo pelas veias cardinais, pobre em oxignio,

    bombeado para as brnquiasviaartria aorta ventrale aa. branquiais aferentes.Das brnquias, o sangue oxigenado conduzido pelas aa.branquiais eferentes, que se renem formando a artriaaorta dorsal. Esta distribui o sangue oxigenado para ocorpo. As artrias coronrias, que irrigam o miocrdio,se originam a partir das artrias branquiais eferentes quedrenam o 1 par de brnquias. O tamanho do conearterioso varia entre as espcies, sendo maior nas raias.

    Brnquias

    As brnquias so estruturas respiratrias altamenteirrigadas, que se localizam entre a cavidade oral e asfendas branquiais.O trajeto unidirecional da gua : boca !cmara oral !faringe ! fendas farngeas ! cmaras branquiais !fendas branquiais.Espcies bentnicas como raias e caes-anjo possuemuma fenda farngea modificada, localizada dorsalmente.Essa estrutura, denominada espirculo, provida devlvulas, e tem importante papel na captao da gua,especialmente quando esses animais se apoiam nosubstrato.

    A Classe Chondrichthyes composta por vertebradosaquticos que possuem esqueleto cartilaginoso, compostapor tubares, caes, raias e quimeras. OsElasmobranchii (tubares, caes e raias) possuem a pelerecoberta por escamas placides, apresentam de cinco asete pares de fendas branquiais. As quimeras possuem

    um par de membranas operculares semelhantes aosoprculos dos peixes sseos.Os espcimes de elasmobrnquios utilizados no presentetrabalho foram obtidos junto a pescadores ou emestabelecimentos comerciais. Todos j estavam mortos,alguns mantidos resfriados e outros congelados. Osmaiores exemplares (Mobula thurstoni) mediram 1,20 mde envergadura, pesando cerca de 80 Kg. Os demais, emsua maioria juvenis, mediram entre 15 e 50 cm.

    Algumas destas espcies so capturadas por redes de

    arrasto, na pesca do camaro, e so consideradasvulnerveis ou ameaadas de extino.

    0,

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    Circulao em Chondrichthyes

    Nos peixes cartilaginosos, o sanguepercorre um circuito unidirecional. Apartir do corao, o sangue pobre emoxignio bombeado para as brnquias

    e, em seguida, distribudo para o corpo.O retorno venoso se d pelas veiascardinais, que se conectam ao seio-venoso. No feto da mesma espcie,podemos localizar diversas estruturascomo olhos, espirculos e as cmarasbranquiais.

    Ventralmente se evidenciam os sacosolfatrios, boca, cmaras branquiais,cavidades pericrdica e peritoneal ecloaca.

    - 54

    1 cm

    10 cmPotamotrygon motoro - vista dorsal de embrio(esquerda) e vistas dorsal e ventral de fmea adulta.

    Brnquias Circulaosistmica

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SISTEMASCA

    RDIOVASCULAR

    0*

    A B C

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    A. Vista ventral de embrio deP o t a m o t r y g o n m o t o r o ,evidenciando a cavidadepericrdica (B).

    C. Vistas ventral e dorsal decorao de Mobula thurstoni.

    D. Vista dorsal do corao dec a o - f r a n g o Rhizoprionodon lalandei. Emvista posterior (dorsal) apsremoo do seio-venoso (E) edo trio (F).

    D E F

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SISTEMASCA

    RDIOVASCULAR

    00

    311

    3

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    4

    4'

    3

    2

    3

    5

    1

    7

    6

    4

    8

    1

    8

    1

    6

    9

    10

    1. ventrculo2. cone arterioso3. a. aorta ventral4. trio e vlvula

    atrioventricular (4)5. seio venoso6. cavidade pericrdica

    7.

    vv. cardinais8. aa. branquiais aferentes9. arcos branquiais10. fendas branquiais11. sacos olfatrios

    2

    7

    4

    vista ventral

    vista dorsal vista dorsalvista ventral

    1

    6

    5

    vista dorsalvista ventral

    9

    9

    11

    8

    8

    8

    3

    4

    7

    1 cm

    9 9

    8

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    HONDRICHTHYES

    SISTEMASCA

    RDIOVASCULAR

    0L

    A D F

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    Cmaras e Vlvulas Cardacas

    A. Vista dorsal da cavidade pericrdicade Rhinobatos sp. evidenciando asveias cardinais, seio venoso e trio.B e C. Seio venoso, cavidade atrial evlvula sinoatrial de Mobula thurstoni,com detalhe do miocrdio atrial e davlvula atrioventricular.D e F. Vista anterior do corao deRhizoprionodon lalandei aps remoodo trio (D) e vista interna do corao(E) evidenciando a vlvula trio-ventricular, miocrdio ventricular evlvulas do cone arterioso (F).

    B

    C

    E

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SISTEMASCA

    RDIOVASCULAR

    0-

    64

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    3

    7

    10

    10

    10

    8

    9

    811

    1

    2

    2

    1

    1212

    5Cmaras e Vlvulas Cardacas

    1. trio2. seio venoso3. vlvula sino-atrial4. aorta ventral5. cavidade atrial6. cone arterioso7. Trabculas - miocrdio atrial

    8.

    Trabculas - miocrdio ventricular9. vlvula do cone arterial10. vlvula trio-ventricular11. ventrculo12. vv. cardinais

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SISTEMASCARDIOVASCULAR

    0]

    D

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    No corao dos elasmobrnquios, as vlvulasdo cone arterioso so mltiplas e do tiposemilunar, sustentadas por cordoalhasfibrosas. Vlvulas semilunares situadas naextremidade distal do cone (1), geralmente

    maiores que as demais, impedem o refluxosanguneo durante a distole. direita, secolongitudinal da artria aorta ventral, permitindoa visualizao dos stios das artriasbranquiais aferentes.

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    SISTEMASCARDIOVASCULAR

    ,

    ,

    Vlvulas do Cone Arterioso

    0[

    S

    A

  • 7/23/2019 Anatomia Comparativa Vertebrados Vol 1 Sistemas Cardio Respiratorio

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    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    CAVIDADEOROFARNGEA,

    BR

    NQUIASEFENDAS

    BRANQUIAI

    Arcos, cmaras e fendas branquiaisEm A, maxila, mandbula e cavidadeorofarngea de cao-martelo Sphyrnalevini. A lngua ampla, porm compouca mobilidade.A maioria dos elasmobrnquios possuicinco pares de arcos branquiais sobreos quais se apoiam as brnquias. Agua que entra pela boca, passa pelascmaras branquiais e sai pelas fendas.Nos tubares as aberturas das cmarasbranquiais so dispostas lateralmente.

    Em espcies com o corpo achatadodorsoventralmente, como Squatina sp(B) e na maioria das raias, as fendasbranquiais (1) se abrem ventralmente.Nestas, o espirculo (2) pemite quepermaneam parados em fundosarenosos ou lodosos, captando guasem conduzir material do substrato paraas brnquias.

    1

    ,

    *

    *

    B

    0\

    O

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    ,

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    CAVIDA

    DEOROFARNGE

    AESISTEMARES

    PIRATRIO

    Arcos, cmaras e fendas branquiais

    Nas quimeras Holocephalii, os arcos branquiais so reduzidos a 4pares. As brnquias (1) se situam lateral e posteriormente cavidadeorofarngea, formando um par de cmaras que so recobertas porpele, em uma estrutura semelhante a oprculos (2).

    Exemplar cedido pelo Prof. Dr. Otto Gadig UNESP So Vicente - SP

    1

    0"/'%+& 1 234+(5&6", '&$&55&7&,/

    *

    0M

    BrnquiasAs cmaras branquiais da raiaPotamotrygon motoro se abremexternamente atravs de cinco

    1

    2O

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    externamente atravs de cincopares de fendas branquiais.Os f i lamentos branquiais,tambm denominados lamelasprimrias, suportam os vasossanguneos e as lamelass e c u n d r i a s , e s t r u t u r a s

    delicadas que se projetamlateralmente, e abrigam oscapilares sanguneos (cao-martelo Sphyrnasp.).

    6

    4

    3

    4

    5

    4

    5

    1.

    cmaras branquiais2. hemibrnquia3. holobrnquia4.

    arco branquial5.

    filamentos branquiais6.

    lamelas branquiais

    6

    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    CAVIDA

    DEOROFARNGE

    AESISTEMARES

    PIRATRIO

    6

    O

    Ratros branquiais

    Vista ventral da cabea evista interna da cavidade

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    LACVUnBC

    HONDRICHTHYES

    CAVIDA

    DEOROFARNGE

    AESISTEMARES

    PIRATRIO oral de Mobula thurstoni,

    com detalhe do aparelhofiltrador recobrindo osfilamentos branquiais.

    Em espcies filtradoras,

    como Mobula thurstoni eoutras espcies ocenicas,o s a r c o s b r a n q u i a i sapresentam projees emd i r e o c a v i d a d eorofarngea, que compemo aparato filtrador. Essasestruturas cartilagneas , osrastros branquiais, formamuma espcie de rede por

    onde a gua passa e filtrada antes de chegar sbrnquias.O espao livre entre osrastros branquiais decerca de 1,5 mm.

    L,

    TELEOSTEI CARDIOVASCULAR

    RESPIRATRIO

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    LACVUN

    BTELEOSTEI

    SIST

    EMASCARDIOVASCULAR

    ERESPIR

    ATRIO

    RESPIRATRIO

    L*

    TELEOSTEI

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    Brnquias

    Circulaosistmica

    LACVUN

    BTELEOSTEI

    SISTEMACA

    RDIOVASCULAR

    O sistema cardiovascular e o corao dosTeleostei tm organizao geral semelhanteaos dos Chondrichthyes. Nos peixes sseos,no entanto, no lugar do cone arterioso,encontramos um bulbo arterioso, uma cmaracom parede formada por tecido elstico,organ izado in ternamente com pregaslongitudinais.Como ilustra o esquema ao lado, o sanguepobre em oxignio (azul) bombeado peloventrculo e bulbo arterioso at as brnquias, deonde segue, agora rico em oxignio (vermelho),para todo o corpo.

    Abaixo, vista ventral do corao e da cavidadepericrdica de telesteo (acima) e vista interna

    do bulbo arterioso

    .9#62#93 9: l3T#1$:1G ,M]\

    L0

    A C D

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    B

    As dimenses e o formato do seio-venoso,dos trios e do bulbo arterioso so variveisentre diferentes espcies de Telesteos.

    Ao erguermos o corao (D) a partir do picedo ventrculo, podemos observar as veiascardinais posteriores que se unem paraformar o seio venoso, estrutura que abriga omarca-passo cardaco e se comunica com otrio.

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    C

    ORAOe

    SISTE

    MACARDIOVASCULAR

    Vista ventral de corao de telesteos.

    Rivulus sp. (A)Gymnotus sp sarap (B)Synbranchus marmoratus muum (C e D).

    LL

    5

    7

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    56/161

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    C

    ORAOe

    SISTE

    MACARDIOVASCULAR

    1. seio venoso2. trio

    3.

    ventrculo4.

    bulbo arterioso

    5. artria aorta ventral6. v. cardinal

    7.

    arcos branquiais

    5

    6

    2

    1

    3

    2

    4

    6

    5

    2

    6

    3

    4

    1

    3

    4

    2

    3

    2

    L-

    A C D

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    B

    Vlvulas cardacas de TelesteosVista interna do corao de atum Thunnussp.

    A . bulbo arteriosoB. vlvula semilunar ventrculo-bulbar.C. vlvula trio-ventricular.D. vlvula sino-atrial.

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    C

    ORAOe

    SISTE

    MACARDIOVASCULAR

    L]

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    Brnquias

    Os peixes sseos possuem4 pares de arcos branquiaisl o c a l i z a d o s e m d u a sc m a r a s b r a n q u i a i s .Situadas lateralmente cavidade orofarngea, ascmaras so recobertas pore s t r u t u r a s s s e a s emusculares que compem ooprculo.Movimentos coordenadosentre a boca e o oprculomovem a gua atravs das

    brnquias.

    Os arcos so constitudospela barra branquial, quesustenta os rastros e osfilamentos branquiais. Osr a s t r o s p r o t e g e m a sbrnquias de contato comobjetos slidos ou presas.E m p e i x e s c o m o a scavalinhas Scomber sp., osrastros so adaptados parapromover a filtrao da gua,para obteno de alimento.

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    SISTEMASR

    ESPIRATRIOS

    Vista ventral da cmarabranquial de peixe sseo( R i v u l u s p i c t u s ) apsafastamento lateral dosoprculos (A)

    A B

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    oprculos (A).

    Os arcos branquiais e ocorao so visualizadosa p s a r e m o o d o soprculos e abertura da

    cavidade pericrdica (B).

    A r c o s b r a n q u i a i s d eHypophthalmichthys molitrix carpa-prateada (C e D).

    Filamentos branquiais (1) elamelas branquiais (2).

    F

    C D

    2

    1

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    SISTEMARESPIR

    ATRIO

    BRNQU

    IAS

    RESPIRAO AREA EM PEIXES

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    Respirao area em Dipnoi e Actinopterigii

    Diversas espcies de peixes sseos apresentammecanismos e estruturas adaptadas respirao

    area, sem abrir mo das estruturas branquiais.Algumas resistem horas ou dias em poas de lama,onde outras espcies perecem devido a estiagem. Nagua, espcies como o pirarucu e o poraqu chegama captar cerca de 80% do oxignio de quenecessitam por meio dos rgos de respirao area.Os peixes dipnicos, com duas respiraes,evoluram para um modo de vida anfbia,desenvolvendo pulmes capazes de suprir anecessidade de oxignio de seus organismos.Mesmo sem pulmes, espcies como o poraqu,Electrophorus electricus e o sarap, Gymnotus spp,utilizam o epitlio oral modificado, adaptado para arespirao area. Em todos os casos acima, arespirao area obrigatria. Outros, como omuum, passam mais tempo respirando na gua, pormeio de brnquias. Porm, possuem epitlio dacavidade oral muito vascularizado, o que permiteextrair oxignio do ar, quando necessrio. Nessecaso, a respirao area facultativa.

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    SISTEMASRESPIRATRIOS

    LM

    A

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    LACVUn

    BTELEOSTEI

    BEXIG

    ADEGS

    Bexigas de gs

    As bexigas de gs soformadas a partir de umaevaginao do tubod i g e s t r i o d eOsteichthyes, tambmc o n h e c i d o c o m odivertculo esofgico. Emalgumas espcies, aconexo entre o esfago ea bexiga mantida cond i o des ignadafisstoma. Nas espciesque pe rderam essaconexo, a bexiga denominada fisclista.

    E s s a s e s t r u t u r a sacumulam gases comooxignio, gs carbnico enitrognio.A l m d e a t u a r n aflutuabilidade dos peixesem geral, as bexigas deg s p a r t i c i p a m d eprocessos respiratrios dea l g u m a s e s p c i e s ,atuando como rgorespiratrio acessrio.P e i x e s d e h b i t o sbentnicos ou abissais,como os linguados, nopossuem bexiga de gs.

    Bexiga de gs isolada de peixe-cachorra Hydrolycus scomberoidesPreparao e fotografia: Fabiano Campos Lima

    3*%H%&'2- 3*%HIJ*%&-

    esfago esfago A bexiga de gs (seta) pode ser visualizada portransparncia em espcies de pequeno porte..9#62#93 9: X#19#&& :2 #&BG ,M\, -+

    A B

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    Bexigas de gs podem ser uni- oubicamerais. Na carpa-prateada Hypophthalmichthys molitrix divididaem cmaras anterior e posterior (A B).Em bagres, as cmaras so pareadas(C e D).

    No sarap Gymnotus sp. a bexigade gs unicameral e apresentai n t e n s o a p o r t e c i r c u l a t r i o econsidervel acmulo de tecido adiposo(E F).

    E

    F

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    BEXIG

    ADEGS

    C

    D

    -,

    A B C

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    LACVUn

    BTELEOSTEI

    PEIXESSEM

    BEXIGADEGS

    A C. Linguado marinho Trinectesmicrophthalmus , com detalhe da

    cabea e vista lateral da cmarabranquial aps a remoo dooprculo e cavidade abdominaldissecada.

    No exemplar diafanizado e coradocom azul de alcian e alizarina, possvel verificar a ausncia dabexiga de gs (D).

    E. Linguado de gua-doce Achirus

    sp. O lado direito do peixe ficavoltado para a superfcie e oesquerdo para o fundo.

    E

    D

    -*

    A B

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    LACV

    UnBDIPNOI

    RESPIRAOP

    UL

    MONAR

    emP

    IRAM

    BIA

    Na pirambia Lepidosirenparadoxa (A) , a respiraoarea obrigatria. O pulmo unicameral e trabecular,semelhante ao encontrado emanfbios anuros (B C), e seconecta poro cranial doesfago.

    No corao, o sangue nooxigenado separado dooxigenado por um septoventricular e uma vlvulasituada no bulbo arterioso (D).

    C D

    brnquias pulmo

    Adaptado de Johansen, 1968.

    -0

    A B

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    LACVUn

    BTELEOSTEI

    RESPIRAOA

    REAEMP

    IRARU

    CU

    O Pirarucu Arapaima gigas um peixe de respirao areaobrigatria. A estrutura, semelhante a um pulmo, apresentaorganizao trabecular multicameral, ocupando toda a extensodorsal da bexiga de gs.

    Vista do rgo respiratrio contido no interior da bexiga de gsde pirarucu .

    Preparao e fotografia: Fabiano Campos Lima

    bexiga de gs

    esfago.9#62#93 9: X#19#& :2 #&BG ,M\,

    A B

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    ,

    LACVUn

    BActinopterigii

    RESPIRAOA

    REAEMP

    IRARU

    CU

    ,B ;:q'># 9: >?$*B S">i3 9: ":$6'"#hi3 #a":#0B #B #3"2#LB 53&O1# 8:"2:;"#&

    -B

    2O;3 9'>:$783]B 5#8'9#9: 6:"'231:#&[B 6#":9: 93 53"63

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    ,

    *

    0

    L

    - ] [

    Estrutura circulatria de Pirarucu Arapaima gigas.As setas indicam sentido do fluxo sanguneo.

    *

    --

    Estruturas respiratrias deTrichogaster leerii

    Esse peixe asitico resistente a Em vista ventral (B D) a

    .

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    Esse peixe asitico resistente aambientes com pouco oxignio,graas a uma estrutura que atua narespirao area: as cmarassuprabranquiais. Cerca de 60% dooxignio captado por respiraoarea. Diversas espcies deOste ichthyes d ispem dessem e c a n i s m o . A s c m a r a ssuprabranquiais so evidenciadasaps a remoo da mandbula e daporo inferior do oprculo (A).

    Em vista ventral (B D), adissecao progressiva mostra asbrnquias e, aps a remoo destas,uma vlvula larngea, rica em tecidoadiposo, que protege a entrada dascmaras de respirao area. Noin te r io r destas cmaras seencontram os labirintos, estruturaca r t i l a g n e a q u e su p o r ta amicrocirculao responsvel pelarespirao area.

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    RESPIRAOA

    REAemT

    richogaster

    ! J N N

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    1. oprculo2. cavidade orofarngea3. brnquias4. labirinto5. vlvula farngea6. cmaras branquiais

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    RESPIRAOA

    REAemT

    richogaster

    ,

    -,

    *

    *

    0

    *

    *

    -

    L

    0

    --, 0

    *

    ]]

    Trichogaster leerii

    ,

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    ,

    0

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    , 44

    Labirinto sseo de Trichogaster leerii1. cmara respiratria2. labirinto a fresco3. labirinto corado com alizarina e azul de alcian

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    RESPIRAOA

    REAemT

    richoga

    ster

    * *

    *

    [0

    *

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    O bagre-africano, Clarias sp.,

    possui brnquias desenvolvidase uma cmara suprabranquialque abriga o rgo de respiraoarea a rvore-respiratria.Oprculos internos impedem apassagem da gua para acmara suprabranquial, ondeocorre apenas a entrada de ar.

    As artrias branquiais eferentes,

    conectadas aos dois arcosbranquiais anteriores, irrigam arvore respiratria. Com essesdois sistemas, esses peixes soaptos a viver em guas combaixos nveis de oxignio e atmigrar por terra em busca deoutros cursos dgua.

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    R

    ESPIRAOA

    RE

    AemB

    AGRE-AFR

    ICANO

    1

    6

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    23

    4

    4

    5

    4

    6

    LACVUn

    BTELEOSTEI

    R

    ESPIRAOA

    RE

    AemB

    AGRE-AFR

    ICANO

    1. oprculo2. oprculo seccionado3. brnquias4. oprculos internos5. rgo de respirao area6. cmara suprabranquial7. a. branquiais aferentes8. a. branquiais eferentes9. a. aorta ventral anterior10.

    a. aorta ventral posterior11. a. aorta dorsal12. v. cardinal anterior13. 4 brnquia

    adaptado de Eckert, et al. (2000)

    5

    8 8

    3 3 3 13

    9 10

    11

    12

    7 7

    8

    7

    8

    7

    ]+

    B CA

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    A

    CA

    Respirao area em muumSynbranchus marmoratus (A) umpeixe com formato alongado conhecidocomo muum. Essa espcie possuibrnquias muito desenvolvidas eestruturas que atuam como rgosrespiratrios areos, de carter

    facultativo. O muum sobe superfciepara pegar ar, mantendo-o em suacavidade orofarngea, que possui uma

    mucosa de revestimento intensamenteirrigada (B e C). Alm disso, seusfilamentos branquiais (D F) so poucomaleveis e se entrelaam quando oanimal removido da gua, evitando aaderncia e compactao. Essascondies garantem as trocas gasosas

    entre o sangue e o ar (esquemaadaptado de Johansen, 1968).

    Brnquias

    Boca

    Corao

    Corpo

    D E FLACVUn

    BTELEOSTEI

    RESPIRAO

    AREAemM

    UU

    M

    O poraqu, Electrophorus electricus, um peixeda famlia Gymnotidae, endmico das bacias

    Amaznica e do Orinoco. uma espcie derespirao area obrigatria. Suas brnquiaspossuem f i lamentos branquiais poucodesenvolvidos e sua cavidade orofarngea

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    desenvolvidos e sua cavidade orofarngea revestida de mucosa altamente irrigada, repletade salincias e reentrncias. Esse arranjoaumenta consideravelmente a rea desuperfcie, propiciando o maior contato do ar

    com a mucosa oral e as trocas gasosas.Ao lado, exemplar dissecado a partir da margemlateral da boca, evidenciando as cavidadesorofarngea e peritoneal. Na ampliao abaixo,note os arcos branquiais (1) com filamentosbranquiais pouco desenvolvidos.

    cavidadeoral

    brnquias

    Esquema adaptado de Johansen, 1968.

    1

    LACVUnBTELEOSTEI

    RESPIRAOA

    REAemP

    ORAQ

    U

    O

    AMPHIBIA CARDIOVASCULAR

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    LACVU

    nB-AMPHIBIA

    SIS

    TEMASCARDIOVA

    SCULAR

    eRESPI

    RATRI

    ]0

    IO

    AMPHIBIAOs anfbios so um grupo de vertebradosrepresentado por trs classes: Anura (sapos, rs epererecas), Caudata (salamandras e trites) eGimnophiona (ceclias e cobras-cegas).Esses animais apresentam impressionantes

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    LACVU

    nB-AMPHIBIA

    SIS

    TEMASCARDIOVASCULAR

    eRESPIRATRI

    t ransformaes morfofuncionais durante odesenvolvimento, especialmente nos anuros. Natransio larva-juvenil-adulto, alm de mudanasvisveis externamente, como o remodelamento da

    boca e o desaparecimento da cauda, ocorrereabsoro de parte do intestino, desaparecimentodas brnquias, formao e desenvolvimento dospulmes, modificao na composio do tegumento eexpressivo desenvolvimento dos membros, levando amudanas no modo de vida para terrestre, aquticoou semi-aqutico, dependendo da espcie.

    A respirao dos anfbios apresenta a maiordiversidade de formas e combinaes entre osvertebrados. Brnquias, pulmes, pele e cavidadebuco-farngea atuam simultaneamente, com grausvariveis de participao.

    ]L

    89355('%4",& &:"+%&:4 9'=:":12:$ :$2?>'3$ 9: 9:$:183&8'4:123

    IO

    AMPHIBIA

    O Sistema cardiovascular dos anfbios se desenvolveuem funo dos diferentes modos respiratrios. A maioriados anuros possui corao composto por cinco cmaras:seio-venoso, trio direito, trio esquerdo, ventrculo e conearterial.Em vista posterior possvel reconhecer o seio venoso

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    LACVUnB

    AMPHIBIA-ANUR

    A

    SIS

    TEMASCARDIOVASCULAR

    eRESPIRATRI

    PELE

    PULMES

    TECIDOS

    a. aorta

    a. pulmocutnea

    a. cutnea

    seiovenoso

    triodireito

    trioesq.

    ventrculo

    Adaptado de Schmidt-Nielsen

    veias cavas

    Em vista posterior, possvel reconhecer o seio-venosoque, alm de conter o marca-passo cardaco (ndulosinusal), representa a via de retorno venoso sistmico,formado pelas veiaspr-cavase ps-cava.O sangue oxigenado nos pulmes retorna ao trio

    esquerdo, enquanto o sangue oxigenado na pele retornaao seio-venoso, onde se mistura com o sangue poucooxigenado que retorna do restante do corpo. As veiascutneas se conectam s jugulares para formar as vv.pr-cavasdireita e esquerda, constituindo local de misturade sangue rico e pobre em O2 quando a respiraocutnea est ativa. Assim, com um nico ventrculo, no necessrio separar sangue rico e pobre em oxignio. Noentanto, alguns autores afirmam que ocorre separaosangunea em algumas espcies.A maioria das espcies possui dois trios, embora no seja

    incomum encontrar diferenas de tamanho entre ascmaras direita e esquerda. No entanto, anfbios sempulmes possuem apenas um trio. As salamandrasPletodontidae - Bolitoglossa spp, o anuro Barbourulakalimantanensis e o podo Atretochoana eiselti, daAmaznia, so apulmonados e respiram exclusivamentepela pele.A pele dos anfbios , talvez, a caracterstica maismarcante desse grupo. A permeabilidade cutnea , aomesmo tempo, responsvel pela captao de gua e pelarespirao, funo tambm exercida pelos pulmes, pelasbrnquias dos girinos e pela mucosa oral. A v. abdominal

    uma importante via de retorno sanguneo que drena aregio plvica e a bexiga. A pele dessa regio a principalresponsvel pela absoro de gua. Os anfbios noingerem gua pela boca. Os esquemas ao ladorepresentam a posio relativa do corao de uma r e aorganizao geral do sistema circulatrio dos anuros.

    ]-

    A B

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    Vista ventral do corao eestruturas relacionadas deLeptodactylus latrans (A),Brachycephalus ephippium (B),Lithobates catesbeianus (C) eHipsiboas raniceps (E). Trspares de artrias derivam dotronco arterial: aa. cartidascomuns, arcos articos e aa.pulmocutneas.A a. aorta dorsal, formada a

    partir da juno dos arcosarticos, a provedora para a

    circulao sistmica, enquantoa a. celaco-mesentrica irrigao trato gastrointestinal e rgosanexos.As aa. renais e aa. gonadaisderivam da poro mdia daaorta . Pos ter iormente, abifurcao da a. aorta formaduas aa. Ilacas, que irrigam aregio da pelve e os membrosplvicos.

    DC

    LACVUnB

    AMPHIBIA-ANUR

    A

    SISTEMAC

    ARDIOVASCULAR

    4 31

    55

    5 5

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    1.

    ventrculo2. cone arterioso3. trio direito4. trio esquerdo5. tronco arterioso6. a. cartida comum7. a. cartida externa8. a. cartida interna9. arcos articos10. a. pulmocutnea11. a. pulmonar

    12.

    a. cutnea13. v. ps-cava14. a. aorta dorsal15. a. celaco-mesentrica16. aa. renais17. v. ilaca (porta-renal)

    18.

    v. abdominal19. lobo heptico direito20. lobo heptico esquerdo21. lobo heptico mdio22. vescula biliar23. rim esquerdo (dorsal)24. rim direito (dorsal)25. estmago26. pulmo direito27. pulmo esquerdo28. v. pr-cava

    * O pericrdio foi removido

    23 24

    6

    9

    8

    25 13

    9

    11

    10

    14

    7

    17

    9

    12

    15

    16

    16

    5

    27

    5 mm 1 mm

    2

    26 1 2718

    4

    19 20

    13

    19

    20

    21

    22

    2828

    LACVUnB

    AMPHIBIA-ANUR

    A

    SISTEMAC

    ARDIOVASCULAR

    Retorno venoso veias cavas e veias pulmonares

    Em vista dorsal, podemos identificar no corao dosanfbios anuros o seio venoso (SV), os trios direito eesquerdo e o ventrculo. O SV recebe o sanguesistmico pelas veias pr-cavas, que drenam acabea, a regio peitoral e os membros peitorais, e a

    A B

    OSO

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    , g p p ,veia ps-cava, que formada a partir das veiasrenais e drena grande parte do sangue sistmicoposterior ao corao.O SV abriga o marca-passo cardaco e se comunica

    com o trio direito. As veias pulmonares drenam ospulmes e se conectam com o trio esquerdo.

    Corao de Phyllomedusa azurea (A), Leptodactylus

    latrans(B), Pseudis fusca (C) e Xenohyla truncata (D).

    C D

    LACVUnBAMPHIBIA-ANUR

    A

    SIST

    EMACARDIOVASCULAR

    RETORN

    OV

    ENO

    OSO

    1.

    ventrculo2.

    trio direito3.

    trio esquerdo4.

    septo inter-atrial5.

    seio venoso6.

    v. ps-cava

    1

    9

    1

    3

    2

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    LACVUnBAMPHIBIA-ANUR

    A

    SIST

    EMACARDIOVASCULAR

    RETORN

    OV

    ENO 7. v. pr-cava direita

    8. v. pr-cava esquerda9.

    vv. pulmonares10.

    a. pulmonar11.

    pulmo direito12.

    pulmo esquerdo13.

    tronco arterioso14. ramos cardacos do nervo vago

    * Seio das veias pulmonares

    4 32

    6

    7

    8

    5

    1

    7

    8

    9

    912

    11

    9

    125

    6

    14

    2

    6

    914

    9

    5

    2

    9

    9

    *

    *

    10

    13

    BA

    OSO

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    Retorno venoso v e i a s p s - c a v a eabdominal

    A v. ps-cava formada apartir das veias renais,como se observa em A e B.

    A veia abdominal drena ar e g i o p o s t e r i o r , o smembros plvicos e abexiga ur inr ia , e sec o n e c t a a o f g a d o ,formando um sistema porta-abdominal (C e D).

    A. Leptodactylus latransB. Ameerega flavopicta

    C. L. mystacinus

    D. Pipa carvalhoi

    C D

    LACVUnBAMPHIBIA-ANUR

    A

    SIST

    EMACARDIOVASCULAR

    RETORN

    OV

    ENO

    [+

    Retorno venoso veias ps-cava e abdominal

    A veia abdominal drena aregio posterior, os membrosplvicos e a bexiga urinria, ese conecta ao f gado,f

    A

    C

    B

    OSO

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    formando um sistema porta-abdominal.

    Vista ventral da veia abdominalde Leptodactylus mystacinus(A), rins e veias renais deAmeerega flavopicta (F) e deLeptodactylus latrans (G).

    C D

    LACVUnBAMPHIBIA-ANUR

    A

    SIST

    EMACARDIOVASCULAR

    RETORN

    OV

    ENO

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    Cmaras e Vlvulas Cardacas

    O cone arterioso uma cmara de naturezamuscular dotada de vlvula com formato espiral.Sua funo na distribuio do sangue permaneceincerta. Aparentemente ela atua na regulaodiferencial da presso sangunea para as viassistmicas (aa. cartidas e aorta) e aa.pulmocutneas. O septo inter-atrial e as vlvulasA-V so estruturas deli cadas. O miocrdioventricular apresenta organizao trabecular, oque gera uma srie de espaos no interior doventrculo.

    LACVUnBAMPHIBIA-ANUR

    A

    SISTEMAC

    ARDIOVASCULAR

    5 5

    55

    9

    10

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    1. ventrculo2. trio direito3. trio esquerdo4. cone arterioso5. tronco arterioso

    6.

    vlvula em espiral do cone7. vlvula ventricular do cone8. vlvulas trio-ventriculares9. seio venoso10. vlvula sino-atrial11. septo inter-atrial12. trabculas ventriculares

    LACVUnBAMPHIBIA-ANUR

    A

    SISTEMAC

    ARDIOVASCULAR

    3 mm

    mm

    1 mm

    12

    6

    7

    8

    12

    4

    1

    32

    4

    4

    8

    11

    32

    8

    88

    12

    12

    11

    CARDIOVASCULARTESTUDINEA

    SQUAMATA

    CROCODYLIA

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    LACVU

    nBAMNIOTAS

    SISTEMAC

    ARDIOVASCULAR

    AVES

    [L

    O CORAO DOS AMNIOTA

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    LACVU

    nBAMNIOTAS

    SISTEMASCARDIOVASCULAR

    Os Aminiotas consolidaram a ocupao doambiente terrestre graas ao desenvolvimentode uma srie de caractersticas, tais comofecundao interna, desenvolvimento direto,rins metanfricos e respirao pulmonar.Com o tegumento relativamente impermevel,

    a respirao pulmonar se desenvolveu,originando diversos modelos de pulmes.O sistema cardiovascular apresenta modelosdiferenciados entre os grupos, especialmentequanto a estrutura cardaca e organizao dasartrias da base.

    [-

    Nos Rhynchocephalia, Testudinata enos Squamata o corao apresentaum seio venoso , situado naconfluncia das veias cavas, doistrios e um ventrculoparcialmente

    O septo interatrial e a vlvulasatrioventricular so mostrados napreparao abaixo, direita

    Em alguns lagartos, como os do Cavumvenosum

    Arcosarticos

    Artriaspulmonares

    Veias