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ANÁLISE REGIONAL DA DINÂMICA DO CRESCIMENTO DO EMPREGO NAS MESORREGIÕES DO PARANÁ 2000 A 2008 Resumo: Este artigo analisa a dinâmica do crescimento do emprego nas mesorregiões do Estado do Paraná no período de 2000 a 2008. Utilizou-se a abordagem teórica da Base de Exportação explicitada por Douglas North, na qual o crescimento de uma economia depende das atividades básicas, que vendem seus produtos além de suas fronteiras, que, por suas vendas possibilitam a compra de bens e serviços não produzidos localmente e induz o crescimento das atividades não- básicas (ou residenciais). Foram utilizadas medidas de localização, especialização e o multiplicador de emprego para estimar o emprego básico e não-básico das Mesorregiões Paranaenses. Os resultados obtidos indicam que as mesorregiões paranaenses cresceram e inseriram-se na dinâmica nacional através de sua base de exportação, principalmente, através dos setores agropecuária, indústria e comércio, decorrentes da dinâmica nacional, determinado pelos fatores exógenos (conjuntura mundial favorável, principalmente pelas políticas de desenvolvimento nacional, particularmente a política agrícola e outros), e pelos fatores endógenos da região que responderam favoravelmente aos estímulos externos. Enfim, as Mesorregiões Paranaenses cresceram em função da dinâmica nacional através de sua base de exportação, que impulsionou o crescimento de outros setores bem como de outros ramos de atividades na região. Palavras-Chave: Base de exportação; economia regional; multiplicador de emprego. INTRODUÇÃO O objetivo deste artigo é analisar a dinâmica territorial das Mesorregiões do Paraná no período de 2000 a 2008, identificando quais os ramos de atividade que geravam mais postos de trabalho nesse período. Utilizou-se, para compreensão e interpretação do crescimento regional, a contribuição teórica de Douglass C. North, quando analisa o crescimento de regiões que tiveram seu desenvolvimento a partir de uma base de exportação. Souza (2005) diz que a teoria da Base de Exportação parte da constatação de que é admissível a separação dos setores de atividades econômicas de uma região em dois grupos: os das atividades básicas (exportadoras) e as não básicas (residenciais). As atividades básicas são direcionadas aos mercados fora da região e as não básicas, têm como destino os mercados locais. A ampliação das atividades não básicas resultaria em crescimento das atividades endógenas da região decorrente das atividades básicas. De acordo com Souza (2005), a idéia fundamental da teoria da base exportadora é a de que o crescimento das exportações gera efeitos de multiplicação e de aceleração sobre o mercado interno, não exportador. North (1977) sustenta que as exportações das regiões com alta especialização local na produção de produtos agrícolas, seriam decisivas para o seu desenvolvimento, dadas a existência de um mercado (mundial) capitalista já estabelecido. Após esta fase, a especialização passaria a ser

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ANÁLISE REGIONAL DA DINÂMICA DO CRESCIMENTO DO EMPREGO NAS

MESORREGIÕES DO PARANÁ – 2000 A 2008

Resumo: Este artigo analisa a dinâmica do crescimento do emprego nas mesorregiões do Estado do

Paraná no período de 2000 a 2008. Utilizou-se a abordagem teórica da Base de Exportação

explicitada por Douglas North, na qual o crescimento de uma economia depende das atividades

básicas, que vendem seus produtos além de suas fronteiras, que, por suas vendas possibilitam a

compra de bens e serviços não produzidos localmente e induz o crescimento das atividades não-

básicas (ou residenciais). Foram utilizadas medidas de localização, especialização e o multiplicador

de emprego para estimar o emprego básico e não-básico das Mesorregiões Paranaenses. Os

resultados obtidos indicam que as mesorregiões paranaenses cresceram e inseriram-se na dinâmica

nacional através de sua base de exportação, principalmente, através dos setores agropecuária,

indústria e comércio, decorrentes da dinâmica nacional, determinado pelos fatores exógenos

(conjuntura mundial favorável, principalmente pelas políticas de desenvolvimento nacional,

particularmente a política agrícola e outros), e pelos fatores endógenos da região que responderam

favoravelmente aos estímulos externos. Enfim, as Mesorregiões Paranaenses cresceram em função

da dinâmica nacional através de sua base de exportação, que impulsionou o crescimento de outros

setores bem como de outros ramos de atividades na região.

Palavras-Chave: Base de exportação; economia regional; multiplicador de emprego.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é analisar a dinâmica territorial das Mesorregiões do Paraná no

período de 2000 a 2008, identificando quais os ramos de atividade que geravam mais postos de

trabalho nesse período.

Utilizou-se, para compreensão e interpretação do crescimento regional, a contribuição

teórica de Douglass C. North, quando analisa o crescimento de regiões que tiveram seu

desenvolvimento a partir de uma base de exportação.

Souza (2005) diz que a teoria da Base de Exportação parte da constatação de que é

admissível a separação dos setores de atividades econômicas de uma região em dois grupos: os das

atividades básicas (exportadoras) e as não básicas (residenciais). As atividades básicas são

direcionadas aos mercados fora da região e as não básicas, têm como destino os mercados locais. A

ampliação das atividades não básicas resultaria em crescimento das atividades endógenas da região

decorrente das atividades básicas.

De acordo com Souza (2005), a idéia fundamental da teoria da base exportadora é a de que o

crescimento das exportações gera efeitos de multiplicação e de aceleração sobre o mercado interno,

não exportador.

North (1977) sustenta que as exportações das regiões com alta especialização local na

produção de produtos agrícolas, seriam decisivas para o seu desenvolvimento, dadas a existência de

um mercado (mundial) capitalista já estabelecido. Após esta fase, a especialização passaria a ser

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inter-regional, que abriria os caminhos para a industrialização e posterior surgimento das atividades

terciárias. Para North, “o sucesso da base de exportações foi o fator determinante da taxa de

crescimento das regiões”, e finalmente, conclui que “a importância da base de exportação é o

resultado de seu papel básico na determinação do nível de renda absoluto de uma região, e

conseqüentemente na quantidade das atividades locais, secundárias, e terciárias que se

desenvolverão”.

Neste sentido este estudo teve como fundamentação teórica a teoria da base de exportação

de North (1955), que embasou as orientações dos propósitos das análises feitos para o período

2000-2008.

2 ELEMENTOS METODOLÓGICOS

Ao estudar uma determinada região devem-se analisar os elementos propulsores de seu

crescimento, a sua inserção à dinâmica e, organização da economia nacional, examinando-a como

parte de um todo. Para a compreensão e interpretação do crescimento regional, baseado na estrutura

de exportação, utilizou-se a contribuição teórica de North (1955), que analisa o crescimento das

regiões que tiveram seu desenvolvimento a partir de uma base de exportação, além de outros

instrumentais de análise regional que foram utilizados neste estudo.

Figura 1 - mesorregiões paranaenses – 2009

Fonte: IBGE (2009).

A variável-base utilizada foi o emprego formal, extraído da Relação Anual de Informações

Sociais (Rais). O período-base da análise foram os anos de 2000 a 2008, distribuiu-se em 3

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períodos, tendo intervalos de 4 anos, para facilitar a análise, possibilitando uma melhor leitura para

a interpretação dos resultados. Os ramos de atividades foram agregados e foram utilizados os

setores indústria, agropecuário, serviço, comércio e construção civil neste artigo.

No tocante ao recorte espacial-territorial usado, optou-se, para facilitar a análise e a

visualização dos resultados, as Mesorregiões do Estado do Paraná (Figura 01). A mesorregião é

uma subdivisão regional criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no final dos anos

1960, e cada mesorregião congrega diversos municípios de uma área geográfica (PIFFER et al.,

2002).

Segundo Haddad (1989), o emprego tem sido utilizado como variável-base em diferentes

estudos empíricos pelos seguintes motivos: a) Maior disponibilidade de informações em nível de

desagregação setorial e espacial desejável; b) Certo grau de uniformidade para medir e comparar a

distribuição dos setores ou atividades no espaço; c) Segundo North (1977), essa variável cabe

corretamente para estudo em regiões agrícolas, onde o fator da automação é pouco presente.

Contudo, essa variável reflete-se na geração e distribuição da renda regional, fato que estimula o

consumo e, conseqüentemente, a dinâmica econômica das mesorregiões do Paraná.

Para responder ao objetivo geral desse artigo, utilizou-se o seguinte padrão de análise

regional:

1) Para identificar as atividades básicas, as atividades não-básicas, a sua capacidade de criar

empregos, bem como o padrão de especialização nas mesorregiões do Estado do Paraná, foram

utilizados os indicadores que North (1955) usou no seu estudo original, ou seja, o “quociente

locacional” e o “coeficiente de especialização”.

2) Para demonstrar o impacto diferenciado regionalmente das atividades de base ou

exportação foi utilizado o multiplicador de emprego. Os seus resultados ilustram o impacto das

atividades de base ou de exportação na economia das mesorregiões, especificamente nas atividades

não-básicas. Esses indicadores são descritos a seguir:

a) Quociente Locacional (QL): Foi utilizado para comparar a participação percentual de uma

mesorregião em um setor particular com a participação percentual da mesma mesorregião no total

do emprego da economia brasileira. No estudo original de North (1955), o autor compara a região

objeto com a nação, por isso foi utilizado esse mesmo padrão nesta pesquisa. Isso não distorce a

análise, pois, além de apresentar as atividades básicas, visualiza-se também a evolução dessas

atividades com relação ao Brasil, demonstrando a sua importância no contexto da economia

nacional. Os quocientes locacionais serão calculados para as mesorregiões do Paraná em relação ao

Brasil.

QL =(Si/S)/(Ni/N)

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Em que: QL = quociente locacional; Si = emprego, na atividade i na mesorregião do Paraná;

S = emprego total, na mesorregião; Ni = emprego na atividade i, no Brasil; N = emprego total, no

Brasil.

Em modelos de projeção do crescimento regional é usual conjugar os quocientes locacionais

com a teoria da base econômica ou de exportação, considerando-se como atividades ou setores

básicos aqueles para os quais o valor seja maior ou igual à unidade (1), pois estes setores teriam

uma ocupação de mão-de-obra mais significativa no contexto regional, marcando a especialização

relativa nas mesorregiões. Assim, os setores com valores iguais ou superiores à unidade seriam

indutores das atividades não-básicas. Optou-se por critério particular na interpretação do Quociente

locacional sendo divido-o em três partes: QL<0, franco; 1<QL <1,50, médio e QL>1,50

considerado forte. Para quantificar o impacto desses ramos nos outros ramos da economia,

principalmente urbano, calculou-se o multiplicador do emprego

b) Multiplicador de Emprego: uma das grandes preocupações dos estudiosos em economia

regional é medir a sensibilidade da demanda dos produtos locais perante os impactos que

determinadas medidas exógenas provocam nessa economia. Dessa maneira, recorre-se ao conceito

de multiplicador e, em particular, ao de multiplicador de emprego.

Bi = Si – St(Ni/NT)

Em que: Bi = emprego básico da atividade na mesorregião x; Si = emprego na atividade i na

mesorregião x; St = emprego total da mesorregião x; Ni = total de emprego nas atividades do País;

Nt = total de emprego no País.

O valor mínimo do multiplicador de emprego é um, quando a variação do emprego não

básico por uma variação de emprego total for nula. Nesse caso, o acréscimo da procura local

associado à expansão das exportações é integralmente satisfeito pelas importações.

Conseqüentemente, quanto maior for o acréscimo do emprego local gerado por uma unidade

adicional do emprego total, induzida pelo crescimento do emprego básico, menor será o nível total

de fugas para o exterior da região e, logo, maior será o valor do multiplicador, ou seja, quanto maior

for à capacidade de criação do setor básico sobre o setor não básico, isto é, quanto maior for à

propensão marginal à criação de empregos endógenos (ΔENB/ΔSt), maiores serão os efeitos

multiplicadores.

c) Coeficiente de Especialização (CE): Consiste em uma medida de natureza regional para a

análise produtiva de uma determinada região e tem por objetivo investigar o grau de especialização

das economias das mesorregiões num dado período, ou seja, compara a estrutura produtiva da

mesorregião com a estrutura produtiva nacional. O CE será calculado para as mesorregiões do

Paraná em relação ao Brasil.

O CE é obtido da seguinte maneira:

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2

.

i

eej ii

CE

Em que: CE = Coeficiente de especialização; i = Somatório das atividades na mesorregião

j; iej = Distribuição percentual do emprego na mesorregião j; i

e. = Distribuição percentual do

emprego no Brasil.

O coeficiente de especialização compara a estrutura produtiva da região j com a estrutura

produtiva nacional. O valor do coeficiente será igual a 0 quando a região tiver uma composição

setorial idêntica à da nação. Se o valor do coeficiente for igual a 1, a região j está com elevado grau

de especialização em atividades ligadas a um determinado setor, ou está com uma estrutura de

emprego totalmente diversa da estrutura de emprego nacional.

3 EMBASAMENTOS TEÓRICOS

Segundo Friedman (1966), ao analisar o desenvolvimento regional, uma das características

das regiões que se deve levar em conta é que “as economias regionais são abertas ao mundo exterior

e sujeitas à influencias externas”. As teorias de crescimento regional muitas vezes centram suas

análises nas relações da região com o exterior, particularmente na sua capacidade de exportar, desde

que, num contexto de abertura inter-regional, as atividades de exportação sirvam de suporte ao

crescimento da região exportadora. Nesta condição reside a origem da teoria da base de exportação.

North (1977) diz que a exportação regional é o principal fator determinante do crescimento

de uma região e de sua interação com as demais regiões e com o resto do mundo. Para compreender

uma região é preciso entender as suas relações com as demais regiões que compõem o sistema

nacional e com outros países. Nesse sentido, o foco de interesse está voltado para os fluxos inter-

regionais de produtos e serviços, capital, mão-de-obra e população. No entanto, o ponto de partida

para a existência dos fluxos comerciais está na especialização ou diversificação regional.

Em análise regional, a base de exportação é um dos elementos fundamentais para explicar o

desenvolvimento de uma região especialmente das mesorregiões do Estado do Paraná. A base de

exportação é constituída por atividades básicas, que produzem bens e serviços vendidos fora da

região, e as atividades não-básicas, destinadas ao consumo interno (PIFFER et al., 2002). Além

disso, a expansão das atividades básicas induziria o crescimento das não básicas. A fim de

compreendermos este crescimento, deve-se examinar os fatores que propiciaram o desenvolvimento

dos produtos básicos regionais (NORTH, 1977).

De acordo com North (1977),

[...] a importância da base de exportação é o resultado de seu papel básico na determinação

do nível de renda absoluta e per capita de uma região e, conseqüentemente, na quantidade

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de atividades locais, secundárias e terciárias que se desenvolverão. A base de exportação

também influência, significativamente, o tipo de indústria subsidiária, a distribuição da

população e o padrão de urbanização, o tipo da força de trabalho, as atitudes sociais e

políticas da região e sua sensibilidade a flutuações da renda e do emprego [...] (1977, p.

292-293).

As atividades básicas independem do nível da renda interna e constituem o motor do

crescimento regional, porque engendram um efeito multiplicador sobre as atividades de mercado

local, que delas dependem. Os bens e serviços produzidos no setor básico são consumidos no

exterior, dependendo, pois, do nível de renda do resto do mundo.

Segundo Haddad (1975) a região pode crescer mesmo se grande parcela de sua população

não tenha poder de compra em expansão. O setor básico será o que apresentará maior dinamismo de

crescimento e o setor de mercado local terá seu crescimento limitado pela distribuição interna da

renda e pelas interdependências que poderão criar-se entre as exportações e as atividades de

mercado interno. A expansão da base pode resultar: a) No crescimento da demanda do bem

exportado pela região, devido a um aumento na renda na área do mercado, ou decorrente de

mudança no gosto; b) No melhoramento dos custos de processamento ou de transferência

(transporte) dos produtos de exportação da região em relação às regiões competidoras.

Apesar de se referirem explicitamente ao desenvolvimento dos Estados Unidos, a teoria da

base de exportação poderia aplicar-se, da mesma forma, a outras áreas. É com esse intuito que se

buscou nessa teoria o suporte teórico para explicar o crescimento das Mesorregiões do Estado do

Paraná. A dinamicidade das atividades econômicas básicas (exportadoras) incentiva o

desenvolvimento de atividades complementares e, portanto, o crescimento econômico regional. As

atividades básicas são as que produzem bens e serviços vendidos fora da região, sendo, portanto, a

força motriz da economia, e as atividades complementares dão suporte às atividades básicas.

Quanto maior for o multiplicador de emprego, mais a região será sensível a uma variação

em sua base econômica e mais dependente estará da conjuntura nacional e internacional. O valor do

multiplicador depende da magnitude da propensão marginal da região a absorver o seu próprio

produto. Quanto maior for essa propensão, maiores serão os efeitos da base econômica sobre as

atividades totais da área.

A magnitude do efeito multiplicador e sua incidência dependerão da capacidade de difusão

dos benefícios da base à região. Isto dependerá da diversidade dos recursos naturais existentes e das

características do produto de exportação. Estas características influem no número de encadeamentos

aos demais setores e no padrão de distribuição da renda (SCHWARTZMAN, 1975).

O multiplicador também será influenciado pelo maior ou menor dinamismo do produto de

exportação. Este dinamismo dependerá da elasticidade-renda da procura do produto de exportação e

da capacidade da região em aumentar a sua participação no mercado nacional.

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Não basta produzir o produto demandado por outra região nacional ou internacional. A

região produtora terá de colocá-lo no mercado à preços competitivos. O preço do produto que a

região terá de colocar no mercado dependerá dos seus custos de produção: a) Custos de

transferência, ou seja, os custos incorridos para trazer os insumos necessários até o local de

produção e os custos de levar o produto até o consumidor; b) Custo de processamento, ligado à

fabricação do produto e que depende do estágio de desenvolvimento da região, o qual definirá o

nível tecnológico para a produção, especialmente a relação capital/trabalho.

De acordo com Souza (2000), o atendimento à demanda externa e sua repercussão no nível

de renda via multiplicador regional é insuficiente, por si só, para a compreensão do processo de

desenvolvimento regional, e esse só será possível se a região for capaz de interiorizar e difundir as

vantagens de sua base de exportação. Se o produto de exportação estiver apenas desenvolvendo-se

sem atingir outros setores da economia, não se está diante de um verdadeiro processo de

desenvolvimento. É necessário que outras atividades produtivas surjam, que a distribuição de renda

atinja o maior número de pessoas e que, eventualmente, apareçam outras “bases” de exportação.

O dinamismo da base de exportação depende de fatores internos e externos:

a) Da elasticidade-renda da procura, isto é, se o produto (único) tem baixa elasticidade-renda

não haverá uma tendência secular para o aumento de suas vendas, à medida que as regiões

importadoras se desenvolvam;

b) Da capacidade de reduzir o custo de produção de exportação, seja pela melhoria da rede

de transporte, seja por meio da melhoria na produtividade pela inovação tecnológica ou pelo maior

e melhor uso do capital e de recursos humanos.

Nesta perspectiva, esta análise está assentada nos estudos empíricos utilizados pelos autores

que antecederam em suas análises de verificações sobre as regiões estudadas anteriormente.

7 ANÁLISE DOS RESULTADOS

7.1 NOROESTE PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Noroeste Paranaense utilizando a variável

emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, os setores indústria, agropecuária e

comércio apresentaram um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000. No período de 2000 a 2008 a

agropecuária sofreu uma baixa em seu QL para 2.41, e no mesmo período a indústria teve um

aumento para 2.04, os outros setores não houve mudanças expressivas no QL, conforme a Tabela

01.

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Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Noroeste Paranaense foi o setor de

agropecuário, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio.

Tabela 01 – Quociente locacional da mesorregião Noroeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Nesse contexto, verificou-se pelo QL que, se a concentração de emprego na região para

determinado setor de atividade for maior que a concentração do país para o mesmo setor de

atividade, pode-se supor que a região exporta o excedente para o resto do país e/ou para outras

regiões.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Noroeste Paranaense é

de 82.817 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 36.540 de empregos

básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 2,27, esta quer dizer que cada

emprego gerado no setor básico, gerou 2,27 empregos no setor não-básico da economia (conforme

Tabela 02). Vale destacar que o aumento da demanda dos produtos de exportação de uma região

implica a geração de efeitos múltiplos na região, ou seja, induz ao aumento de investimentos não

apenas na indústria de exportação, mas em todas as atividades econômicas.

Tabela 02 – Emprego na base de exportação da mesorregião Noroeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região reduziu em 1.55,

recuperando-se no ano de 2008, mesmo assim, no período de 2000 a 2008 houve uma pequena

queda no multiplicador de emprego para 2.02.

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Em 2008 a mesorregião Noroeste Paranaense obteve uma especialidade regional na

indústria, agropecuária e comércio e em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais

pessoas trabalhando nessas atividades que o país o que a caracteriza como atividade exportadora.

Tabela 03 – Coeficiente de especialização da mesorregião Noroeste Paranaense – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,13

2004 0,11

2008 0,18

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 03, pode-se observar

que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto

brasileiro. Todavia, o valor do índice vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende

a se diferenciar da estrutura do conjunto do país.

Assim, o que se percebeu é que através do QL, que analisa separadamente cada setor, a

agropecuária, indústria e o comércio possibilitaram o surgimento de uma matriz de produção

especializada na mesorregião. O número de empregos do setor indústria passou de 6.280,48 em

2000 para 28.403,32, demonstrando uma forte especialização neste setor. Demonstrando que essa

mesorregião está deixando de ser menos especializada em agropecuária e mostrando um aumento

no índice de especialização na indústria, como demonstra o CE da Tabela 03.

7.2 CENTRO OCIDENTAL PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Centro Ocidental Paranaense utilizando a

variável emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, a agropecuária e o

comércio que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000. Para os anos seguintes,

observou-se uma difusão e um crescimento no QL da indústria e o comércio como demonstra na

Tabela 04.

Tabela 04 – Quociente locacional da mesorregião Centro Ocidental Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

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Em 2008 o QL mais representativo dessa Mesorregião foi o setor de agropecuário, em

seguida a comércio e ficando em terceiro colocado o indústria (Tabela 04).

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Centro Ocidental

Paranaense era de 18.247 em 2000, aumentando para 32.507 no ano de 2008. Com isso, foram

verificados 32.507 de empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego

de 1.66, esta quer dizer que cada emprego do setor básico gerou 1.66 empregos no setor não-básico

da economia, conforme a Tabela 05.

Tabela 05 – Emprego na base de exportação da mesorregião Centro Ocidental Paranaense – 2000 a

2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

A mesorregião Centro Ocidental Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,

agropecuária e comércio em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas

trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora. A indústria

merece um destaque nesta mesorregião devido ao crescimento do número de empregos durante o

período de 2000 a 2008.

Tabela 06 – Coeficiente de especialização da mesorregião Centro Ocidental Paranaense – 2000 a

2008

Ano CE

2000 0,13

2004 0,11

2008 0,18

Fonte: Resultados da Pesquisa.

O coeficiente de especialização entre o período de 2000 e 2008 tem aumentado,

demonstrando que está tendo uma estrutura de emprego nos setores da indústria, comércio e

agropecuária diversa da estrutura de emprego nacional, conforme Tabela 06.

7.3 NORTE CENTRAL PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Norte Central Paranaense utilizando a variável

emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, a indústria, construção civil,

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comércio e a agropecuária que apresentaram um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela

07). Para os anos de 2000 e 2008, o QL da construção civil reduziu para 0.77, passando a ser

considerado fraco. No ano de 2008, ocorreu um novo aumento do QL para a indústria e comércio,

demonstrando especialização nesses setores. A agropecuária desde o ano de 2000 a 2008 teve seu

QL reduzido, passando a ser médio, demonstrando a redução da participação percentual do número

de empregado em relação à participação percentual do país.

Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Noroeste Paranaense foi o setor

indústria, em seguida o comércio e ficando em terceiro colocado a agropecuária (Tabela 07).

Tabela 07 – Quociente locacional da mesorregião Norte Central Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Norte Central

Paranaense é de 316.047 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados

278.361 de empregos básicos no ano de 2008, os quais corresponderam a um multiplicador de

emprego de 1.74, está quer dizer que cada emprego gerado no setor básico, gerou 1.74 empregos no

setor não-básico da economia, conforme Tabela 08.

Tabela 08 – Emprego na base de exportação da mesorregião Norte Central – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

No ano de 2000 a quantidade de emprego na agropecuária foi de 8.316,61, reduzindo para o

ano de 2008 para 3.245,25 empregos. O comércio e a indústria tiveram um aumento na quantidade

de emprego no período de 2000 a 2008.

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Tabela 09 – Coeficiente de especialização da mesorregião Norte Central – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,13

2004 0,13

2008 0,15

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 09, pode-se observar

que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada nos setores da

indústria, comércio e agropecuária, como mostra o QL da Tabela 07. Todavia, o valor do índice

vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende a se diferenciar da estrutura do

conjunto do país.

7.4 NORTE PIONEIRO PARANAENSE

A mesorregião Norte Pioneiro Paranaense apresentou atividade básica no ano de 2000 na

agropecuária, com um QL de 5.66 (Tabela 10). Nos anos de 2004 e 204 houve um difusão da base

de exportação para outros setores. Em 2008 a indústria e o comércio se juntaram com a

agropecuária como atividade de exportação nesta mesorregião.

Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Norte Paranaense foi o setor de

agropecuário, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio (Tabela 10).

Tabela 10 – Quociente locacional da mesorregião Norte Pioneiro – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Norte Pioneiro

Paranaense é de 61.357 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2008. Com isso, foram verificados 26.376

de empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1,61, está quer

dizer que cada emprego do setor básico gerou 1,61 empregos no setor não-básico da economia, de

acordo com a Tabela 11.

Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu

praticamente constante e que, no ano de 2008, seu valor reduziu para 1.61. Assim, como dito

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anteriormente e comprovando os valores do QL, os setores indústria, comércio e agropecuária

apresentaram um valor positivo no cálculo da base de exportação para o ano de 2008, ou seja, são

setores de atividades considerados como de base econômica.

Tabela 11 – Emprego na base de exportação da mesorregião Norte Pioneiro Paranaense – 2000 a

2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

A mesorregião Norte Pioneiro Paranaense obteve uma especialidade regional principalmente

no setor agropecuário, comprovado pelo alto valor do QL de 5.04 no ano de 2008. Na agropecuária

dessa região é possível perceber facilmente mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o

que a caracteriza como atividade exportadora.

Tabela 12 – Coeficiente de especialização da mesorregião Norte Pioneiro Paranaense – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,19

2004 0,18

2008 0,20

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 12, pode-se observar

que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto

brasileiro. Todavia, o valor do índice vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende

a se diferenciar da estrutura do conjunto do país.

7.5 CENTRO ORIENTAL PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Centro Oriental Paranaense utilizando a

variável emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, construção civil,

comércio e a agropecuária que apresentou um quociente locacional maior que 1 (um) para o ano de

2000. Para o ano de 2004, o QL da construção civil reduziu para 0.76, passando a ser considerado

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baixo. No ano de 2000 a 2008, ocorreu um aumento do QL no setor comércio dessa região,

ganhando importância na economia regional como mostra a Tabela 13.

Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Centro Oriental Paranaense foi o setor

de agropecuário, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio.

Tabela 13 – Quociente locacional da mesorregião Centro Oriental Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Centro Oriental é de

93.110 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 54.582 de empregos

básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.71, está quer dizer que cada

emprego do setor básico gerou 1.71 empregos no setor não-básico da economia (Tabela 14).

Tabela 14 – Emprego na base de exportação da mesorregião Centro Oriental Paranaense – 2000 a

2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu

praticamente constante e que, no ano de 2008, seu valor foi de 1.80, havendo uma expansão na base

de exportação da mesorregião Centro Oriental Paranaense.

A mesorregião Centro Oriental Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,

comércio e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas

trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora e induziu

outras atividades de base.

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Tabela 15 – Coeficiente de especialização da mesorregião Centro Oriental Paranaense – 2000 a

2008

Ano CE

2000 0,14

2004 0,17

2008 0,13

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 15, pode-se observar

que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto

brasileiro. Todavia, o valor do índice vem diminuindo, o que sugere que a estrutura regional tende a

se comparar a estrutura do conjunto do país.

7.6 OESTE PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Oeste Paranaense utilizando a variável

emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, construção civil, agropecuária e o

comércio que apresentou um quociente locacional maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela

16). O comércio foi o único no período de 2000 que apresentou um quociente forte, acima de 1,5.

Para o ano 2004, observou-se a inclusão da indústria e a construção civil teve seu valor reduzido,

passando a ser considerado como um setor fraco.

Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Oeste Paranaense foi a indústria, em

seguida a comércio e ficando em terceiro colocado o agropecuária (Tabela 16).

Tabela 16 – Quociente locacional da mesorregião Oeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Oeste Paranaense é de

151.125 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 80.427 de empregos

básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.88, está quer dizer que cada

emprego do setor básico (de exportação, ou seja, ramos de atividades que obtiveram valores

positivos na base de exportação) gerou 1.88 empregos no setor não-básico da economia, ver Tabela

17.

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Vale destacar que no período de 2000 a 2008, o multiplicador de emprego da região reduziu,

no ano de 2008, seu valor foi de 1.78. Mesmo assim em números absolutos são um dos maiores de

todas as mesorregiões do Paraná.

Tabela 17 – Emprego na base de exportação da mesorregião Oeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente apresentado na Tabela 18, pode-se observar que o valor do índice

vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende a se diferenciar e diversificar da

estrutura do conjunto do país.

Tabela 18 – Coeficiente de especialização da mesorregião Oeste Paranaense – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,09

2004 0,12

2008 0,14

Fonte: Resultados da Pesquisa.

O coeficiente de especialização de 2000 a 2008 tem aumentado chegando em 2008 ao valor

de 0.14. A mesorregião Oeste Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria, comércio

e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas trabalhando

nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora. Mas sua base econômica

é muito próxima do Brasil, por isso seu coeficiente de especialização é próximo de 0.

7.7 SUDOESTE PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Sudoeste Paranaense utilizando a variável

emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, comércio e a

agropecuária que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela 19). Para os anos

2000 a 2008, a agropecuária oscilou seu QL, indo ao valor de 1.33, e a indústria foi o setor de maior

crescimento e importância nessa região.

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Tabela 19 – Quociente locacional da mesorregião Sudoeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Sudoeste Paranaense é

de 48.547 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 28.186 de empregos

básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.72, está quer dizer que cada

emprego do setor básico gerou 1.72 empregos no setor não-básico da economia, de acordo com a

Tabela 20.

Tabela 20 – Emprego na base de exportação da mesorregião Sudoeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Para o ano de 2000 a 2008 observou-se que o multiplicador de emprego da região reduziu

para 1.55, houve uma redução na base de exportação da mesorregião Sudoeste Paranaense. No ano

de 2000 de 1.72 e para o ano de 2008 de 1.55.

A mesorregião Sudoeste Paranaense obteve uma especialidade regional no comércio,

agropecuária e principalmente na indústria em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente,

mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade

exportadora.

Tabela 21 – Coeficiente de especialização da mesorregião Sudoeste Paranaense – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,18

2004 0,20

2008 0,22

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente apresentado na Tabela 21, pode-se observar que a mesorregião

possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto brasileiro. Todavia, o valor

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do índice vem aumentando, o que sugere que a estrutura regional tende a se diferenciar da estrutura

do conjunto do país.

7.8 CENTRO-SUL PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Centro-Sul Paranaense utilizando a variável

emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, comércio e a

agropecuária que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000. A agropecuária

apresentou entre o período de 2000 e 2008 um QL forte, sendo em 2008 no valor de 2.58. Para o

ano 2004 e 2008, observou-se uma redução significativa do QL da indústria deixando de ser forte e

passando para médio, enquanto o QL da agropecuária e comércio neste mesmo período de tempo

houve um crescimento (Tabela 22). A agropecuária foi o setor que apresentou crescimento

constante entre 2000 e 2008, sendo neste último ano o QL de 2.58, sendo considerado forte.

Tabela 22 – Quociente locacional da mesorregião Centro-Sul Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Nesse contexto, verificou-se pelo QL que, se a concentração de emprego na região para

determinado setor de atividade for maior que a concentração do país para o mesmo setor de

atividade, pode-se supor que a região exporta o excedente para o resto do país e/ou para outras

regiões.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Centro-Sul Paranaense

é de 50.186 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 28.601 de

empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.75, está quer dizer

que cada emprego do setor básico gerou 1.75 empregos no setor não-básico da economia, conforme

Tabela 23.

Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu

praticamente constante e que, no ano de 2008, seu valor aumentou sendo de 1.84, havendo um

aumento na base de exportação da mesorregião Centro-Sul Paranaense.

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Tabela 23 – Emprego na base de exportação da mesorregião Centro-Sul Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 24, pode-se observar

que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva diversificada no contexto brasileiro. Todavia, o

valor do índice vem diminuindo a cada período, o que sugere que a estrutura regional tende a se

comparar a estrutura do conjunto do país. Essa mesorregião apresenta uma especialização no setor

agropecuária, pois de 2000 a 2008 seu QL foi forte.

Tabela 24 – Coeficiente de especialização da mesorregião Centro-Sul Paranaense – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,17

2004 0,14

2008 0,12

Fonte: Resultados da Pesquisa.

A mesorregião Centro-Sul Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,

comércio e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas

trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora.

7.9 SUDESTE PARANAENSE

Ao analisar a base econômica da mesorregião Sudeste Paranaense utilizando a variável

emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, indústria, comércio e a

agropecuária (Tabela 25) que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000, sendo neste

período a indústria o principal setor econômico com um QL forte. Para o ano 2004 e 2008,

observou-se uma redução do QL da indústria, enquanto o comércio e a agropecuária tiveram um

crescimento, conforme a Tabela 25.

Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Noroeste Paranaense foi o agropecuário,

em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio (Tabela 25).

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Tabela 25 – Quociente locacional da mesorregião Sudeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Sudeste Paranaense é

de 38.992 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 24.855 de empregos

básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.57, está quer dizer que cada

emprego do setor básico gerou 1.57 empregos no setor não-básico da economia, demonstrado pela

Tabela 26.

Tabela 26 – Emprego na base de exportação da mesorregião Sudeste Paranaense – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região permaneceu

praticamente constante, mas houve uma redução indo para 1.53. No ano de 2008, seu valor voltou

ao patamar do ano de 2000, sendo de 1.57. Vale ressaltar a mudança de setor com o maior

quociente locacional, sendo em 2000 a agropecuário e a indústria em seguida e no ano de 2008 a

indústria um QL maior em seguida a agropecuária.

Tabela 27 – Coeficiente de especialização da mesorregião Sudeste Paranaense – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,23

2004 0,23

2008 0,22

Fonte: Resultados da Pesquisa.

A mesorregião Sudeste Paranaense obteve uma especialidade regional na indústria,

comércio e agropecuária em relação ao Brasil, ou seja, possui, proporcionalmente, mais pessoas

trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza como atividade exportadora.

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Visualizando o coeficiente de especialização apresentado na Tabela 27, pode-se observar

que a mesorregião possuía uma estrutura produtiva relativamente especializada no contexto

brasileiro. Todavia, o valor do índice vem diminuindo, o que sugere que a estrutura regional tende a

se comparar em relação a estrutura do conjunto do país.

7.10 METROPOLITANA DE CURITIBA

Ao analisar a base econômica da mesorregião Metropolitana de Curitiba utilizando a

variável emprego, foi verificada como atividade básica ou de exportação, construção civil e serviços

que apresentou um QL maior que 1 (um) para o ano de 2000 (Tabela 28). Para os anos seguintes,

observou-se uma difusão para outros setores, como a indústria com seu QL de 1.01 em 2004, 1.04

em 2008 e o comércio apresentando um quociente de 0.99 para os anos de 2004 e 2008. O setor

construção civil teve uma redução em seu quociente sendo em 2004 e 2008 menores que 1. A

agropecuária foi o com o menor valor expressivo, sendo em 2008 no valor de 0.24.

Em 2008 o QL mais representativo da Mesorregião Metropolitana de Curitiba foi o setor de

serviços, em seguida a indústria e ficando em terceiro colocado o comércio (Tabela 28).

Tabela 28 – Quociente locacional da mesorregião Metropolitana de Curitiba – 2000 a 2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em termos de valores tem-se que o total do emprego da mesorregião Metropolitana de

Curitiba é de 774.066 e a do Brasil, de 26.226.902, em 2000. Com isso, foram verificados 655.770

de empregos básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 1.18, está quer

dizer que cada emprego gerado no setor básico, gerou 1.18 empregos no setor não-básico da

economia (Tabela 29). Vale destacar que o aumento da demanda dos produtos de exportação de

uma região implica a geração de efeitos múltiplos de atividade, ou seja, induz ao aumento de

investimentos não apenas na indústria de exportação, mas em todas as atividades econômicas.

Para o ano de 2004 observou-se que o multiplicador de emprego da região cresceu em 1.26.

No ano de 2008, seu valor cresceu novamente, sendo de 1.29. Assim, como dito anteriormente e

comprovando os valores do QL, os setores indústria e serviços apresentaram um valor positivo no

cálculo da base de exportação para o ano de 2008, ou seja, são setores de atividades considerados

como de exportação. As atividades não básicas dependem das atividades básicas, visto que há uma

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necessidade de uma “mola” propulsora para o crescimento de determinados setores. No ano de 2008

o multiplicador de emprego foi de 1.29, ou seja, a cada emprego gerado nos setores básicos

impulsionou 1,29 empregos em outras atividades no espaço da Mesorregião de Curitiba.

Tabela 29 – Emprego na base de exportação da mesorregião Metropolitana de Curitiba – 2000 a

2008

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Em 2008 o QL da indústria apresenta-se alto, com crescimento continuo entre o período

estudado, e o setor serviço também apresenta um QL acima de 1, assim percebe-se que

proporcionalmente tem mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o que a caracteriza

como atividade exportadora, demonstrando uma especialização nestes setores. Desta forma a

mesorregião Metropolitana de Curitiba é diversificada e ao mesmo tempo especializada nos setores

serviço e indústria.

Tabela 30 – Coeficiente de especialização da mesorregião Metropolitana de Curitiba – 2000 a 2008

Ano CE

2000 0,05

2004 0,04

2008 0,03

Fonte: Resultados da Pesquisa.

Como a base da mesorregião Metropolitana de Curitiba é a região do estado do Paraná que

possui uma composição setorial mais idêntica à do Brasil, seu coeficiente de especialização se torna

muito próximo de 0, conforme a Tabela 30, o que demonstra que está região é diversificada em

relação a estrutura do país bem como as demais regiões do estado do Paraná.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O principal objetivo deste artigo foi analisar a dinâmica do crescimento do emprego das

mesorregiões do Estado do Paraná no período de 2000 a 2008.

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A base de exportação da agropecuária é o principal setor em quase todas as mesorregiões do

Paraná, demonstrado pelo elevado quociente locacional e multiplicador de emprego para este setor.

A única mesorregião que apresentou um QL baixo com o setor agropecuário foi região a

Metropolitana de Curitiba. A agropecuária impulsionou o crescimento de outros setores bem como

de outros ramos de atividades nas regiões.

O setor indústria é considerado um indutor a base de exportação do Paraná, pois nos anos de

2004 e 2008 todas as mesorregiões do estado, apresentam-se com quociente locacional maior que 1

(um). As regiões Noroeste Paranaense, Sudoeste Paranaense e Sudeste Paranaense

apresentaram um QL forte, mostrando ser uma de suas principais especializações, ou seja,

possuindo proporcionalmente mais pessoas trabalhando nessa atividade que o país o que a

caracteriza como atividade exportadora.

O setor de serviços apresentou-se com um QL médio na mesorregião Metropolitana de

Curitiba, nas outras regiões apresentou-se com QL fraco, sendo considerado um baixo indutor para

base de exportação na maioria das mesorregiões.

O setor construção Civil no ano de 2000 apresentou um QL médio para as mesorregiões

Oeste Paranaense, Norte Central Paranaense, Centro Oriental Paranaense e Metropolitana de

Curitiba. De 2004 a 2008, todas as mesorregiões tiveram um QL fraco, sendo considerado um

baixo indutor para base de exportação.

O setor comércio no ano de 2000, na mesorregião Oeste Paranaense apresentou um QL

forte. As regiões Metropolitana de Curitiba e Norte Pioneiro Paranaense um QL fraco e as demais

mesorregiões um QL médio. Em 2008 o QL do Oeste Paranaense reduziu para 1.34, a região Norte

Pioneiro Paranaense teve seu valor de 1.01 e região Metropolitana de Curitiba manteve seu QL

fraco. Assim percebemos que o comércio é um indutor ao crescimento da base de exportação do

Paraná, pois a maioria das mesorregiões teve um aumento significativo do emprego básico.

Ao analisar a base econômica das mesorregiões do Paraná, verificou-se uma intensificação

do multiplicador de emprego e da base de exportação no período 2000 a 2008, na mesorregião

Metropolitana de Curitiba e Centro Oriental Paranaense. As mesorregiões Norte Central

Paranaense e Sudeste Paranaense houve pequenas variações, porém em 2008 o multiplicador de

emprego manteve-se nos mesmos valores de 2000.

A magnitude do multiplicador foi maior nas mesorregiões com um quociente locacional

mais significativo da indústria, agropecuária e comércio. Assim, as rendas geradas nas atividades

básicas produziram um efeito multiplicador sobre as demais atividades (não básicas) do mercado

regional, induzindo o seu crescimento. Essa indução confirma-se com a elevação dos valores do

quociente locacional para os demais setores da economia para os anos seguintes, o que quer dizer

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que a base de exportação das mesorregiões proporcionou uma difusão da renda para outros setores

ou ramos de atividades.

Em todas as mesorregiões houve multiplicador de emprego acima de 1 e com ampliação das

atividades não básicas resultaria em crescimento das atividades endógenas da região decorrente das

atividades básicas. Demonstrando que o crescimento das exportações gerou um efeito de

multiplicação e difusão das matrizes produtivas em seus setores internos das mesorregiões.

Há um apontamento das análises feitas que está havendo uma especialização muito forte em

quase todas as mesorregiões, bem como algumas indicações para uma tendência de diversificação.

Portanto, a mesorregião Metropolitana de Curitiba tem-se destacado poli-especializada com maior

grau de diversificação. Demonstrado que o multiplicador de emprego está mais especializado na

matriz produtiva da mesorregião Metropolitana de Curitiba. Enquanto que outras regiões o

multiplicador de emprego está mais centrado em algumas atividades, como agropecuária, indústria e

comércio tendendo para o período de longo prazo uma maior diversificação na matriz produtiva e

uma tendência de difusão para outras atividades.

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