anÁlise preliminar de riscos em um setor da...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO RODRIGO VILLACA SANTOS ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDÚSTRIA QUÍMICA MONOGRAFIA PONTA GROSSA 2011

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UNIVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM ENGENHARIA DE SEGURANCcedilA DO

TRABALHO

ESPECIALIZACcedilAtildeO EM ENGENHARIA DE SEGURANCcedilA DO TRABALHO

RODRIGO VILLACA SANTOS

ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDUacuteSTRIA QUIacuteMICA

MONOGRAFIA

PONTA GROSSA 2011

RODRIGO VILLACA SANTOS

ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDUacuteSTRIA QUIacuteMICA

Monografia apresentada como requisito parcial ao Curso de Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute - UTFPR como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Orientador Prof Dr Guataccedilara dos Santos Juacutenior

PONTA GROSSA 2011

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDUacuteSTRIA QUIacuteMICA

por

RODRIGO VILLACA SANTOS

Esta Monografia foi apresentada em 19 de novembro de 2011 como requisito

parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia de Seguranccedila do

Trabalho O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos

professores abaixo assinados Apoacutes deliberaccedilatildeo a Banca Examinadora considerou

o trabalho aprovado

__________________________________ Guataccedilara dos Santos Juacutenior

Prof(a) Orientador(a)

___________________________________

Ivanir Luiz de Oliveira Membro titular

___________________________________

Jeferson Joseacute Gomes Membro titular

- O Termo de Aprovaccedilatildeo assinado encontra-se na Coordenaccedilatildeo do Curso -

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

Campus Ponta Grossa

Nome da Diretoria

Nome da Coordenaccedilatildeo

Nome do Curso

RESUMO

SANTOS Rodrigo Villaca Anaacutelise preliminar de riscos em um setor da induacutestria quiacutemica 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011

Este trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco Checklist e Anaacutelise Preliminar de Riscos - APR Discute a teacutecnica APR servindo-se de dados coletados preliminarmente pelo Checklist detectando os riscos existentes no setor de filtragem de uma empresa pontagrossense que produz entre outras as resinas a base de solvente que necessita de equipamentos que oferecem perigos se natildeo forem devidamente monitorados Baseado em teacutecnica metodoloacutegica disponibilizada pela empresa multinacional DUPONT foi aplicado o Checklist como pesquisa preliminar que forneceu dados para serem registrados em uma planilha de APR e analisados sob as Referecircncias de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um Evento que apontaram os diferentes graus dos riscos detectados e classificados mediante a Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos Foram selecionados para discussatildeo apenas os riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo aqueles que oferecem grave risco impedindo a continuidade ou ateacute mesmo a paralisaccedilatildeo definitiva das atividades em torno do equipamento e do local avaliado ateacute que o risco seja amenizado ou eliminado totalmente Os resultados obtidos pelo uso da teacutecnica APR permitiram tanto apontar onde e quais as causas da ocorrecircncia do risco quanto apresentar sugestotildees para que estes fossem amenizados ou eliminados Conclui-se que o uso da teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist constituem-se em instrumentos que contribuem para conscientizar os administradores e empresaacuterios que o controle de riscos e de gerenciamento de processo que envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos natildeo eacute um processo complexo que necessite de grande aparato teacutecnico para ser realizado em uma empresa Palavras-chave Gerenciamento de riscos Anaacutelise Preliminar de Riscos Checklist

ABSTRACT

SANTOS Rodrigo Villaca Risk preliminary analysis on a sector of the chemical industry 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011 This study aimed at surveying the main risks in the filtering sector of a chemical industry using the risk analysis techniques Checklist and Risk Preliminary Analysis ndash RPA The RPA is discussed based on data previously collected through the Checklist detecting existing risks in the filtering sector of a company in Ponta Grossa ndash PR which produces among others solvent based resins which require equipment that might be hazardous if not properly monitored Based on methodological technique employed by the multinational company DUPONT the Checklist was applied as preliminary research The resulting data was then recorded in the RPA spreadsheet and analyzed employing the Support Reference for the Selection of Probability of Occurrence of an Event which pointed out the different degrees of risks detected and classified according to the Tolerability of Risks General Matrix Only substantial or intolerable risks were selected for discussion as these are the ones that offer severe risk impeding the continuation or imposing permanent interruption of activities around the equipment or the place evaluated until the risk is reduced or totally eliminated Results obtained by the use of the RPA technique permitted to point where and which were the causes of risk occurrence as well as to present suggestions for their reduction or elimination It was concluded that the RPA technique aided by the Checklist consists of an instrument that contributes to raise administratorsrsquo and entrepreneursrsquo awareness that the control of risks and process management which involve materials and equipment that offer risks is not a complex process that requires great technical apparatus to be carried out in a company Key-words Risk management Risk Preliminary Analysis Checklist

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco 28

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - MATERIAIS 44

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - REACcedilOtildeES 44

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - EQUIPAMENTOS 46

Quadro 5 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - CONTROLE DE

INSTRUMENTACcedilAtildeO 46

Quadro 6 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - OPERACcedilOtildeES 47

Quadro 7 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE

LOCACcedilAtildeO 48

Quadro 8 - Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR 49

Digite o

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

RODRIGO VILLACA SANTOS

ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDUacuteSTRIA QUIacuteMICA

Monografia apresentada como requisito parcial ao Curso de Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute - UTFPR como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Orientador Prof Dr Guataccedilara dos Santos Juacutenior

PONTA GROSSA 2011

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDUacuteSTRIA QUIacuteMICA

por

RODRIGO VILLACA SANTOS

Esta Monografia foi apresentada em 19 de novembro de 2011 como requisito

parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia de Seguranccedila do

Trabalho O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos

professores abaixo assinados Apoacutes deliberaccedilatildeo a Banca Examinadora considerou

o trabalho aprovado

__________________________________ Guataccedilara dos Santos Juacutenior

Prof(a) Orientador(a)

___________________________________

Ivanir Luiz de Oliveira Membro titular

___________________________________

Jeferson Joseacute Gomes Membro titular

- O Termo de Aprovaccedilatildeo assinado encontra-se na Coordenaccedilatildeo do Curso -

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

Campus Ponta Grossa

Nome da Diretoria

Nome da Coordenaccedilatildeo

Nome do Curso

RESUMO

SANTOS Rodrigo Villaca Anaacutelise preliminar de riscos em um setor da induacutestria quiacutemica 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011

Este trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco Checklist e Anaacutelise Preliminar de Riscos - APR Discute a teacutecnica APR servindo-se de dados coletados preliminarmente pelo Checklist detectando os riscos existentes no setor de filtragem de uma empresa pontagrossense que produz entre outras as resinas a base de solvente que necessita de equipamentos que oferecem perigos se natildeo forem devidamente monitorados Baseado em teacutecnica metodoloacutegica disponibilizada pela empresa multinacional DUPONT foi aplicado o Checklist como pesquisa preliminar que forneceu dados para serem registrados em uma planilha de APR e analisados sob as Referecircncias de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um Evento que apontaram os diferentes graus dos riscos detectados e classificados mediante a Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos Foram selecionados para discussatildeo apenas os riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo aqueles que oferecem grave risco impedindo a continuidade ou ateacute mesmo a paralisaccedilatildeo definitiva das atividades em torno do equipamento e do local avaliado ateacute que o risco seja amenizado ou eliminado totalmente Os resultados obtidos pelo uso da teacutecnica APR permitiram tanto apontar onde e quais as causas da ocorrecircncia do risco quanto apresentar sugestotildees para que estes fossem amenizados ou eliminados Conclui-se que o uso da teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist constituem-se em instrumentos que contribuem para conscientizar os administradores e empresaacuterios que o controle de riscos e de gerenciamento de processo que envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos natildeo eacute um processo complexo que necessite de grande aparato teacutecnico para ser realizado em uma empresa Palavras-chave Gerenciamento de riscos Anaacutelise Preliminar de Riscos Checklist

ABSTRACT

SANTOS Rodrigo Villaca Risk preliminary analysis on a sector of the chemical industry 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011 This study aimed at surveying the main risks in the filtering sector of a chemical industry using the risk analysis techniques Checklist and Risk Preliminary Analysis ndash RPA The RPA is discussed based on data previously collected through the Checklist detecting existing risks in the filtering sector of a company in Ponta Grossa ndash PR which produces among others solvent based resins which require equipment that might be hazardous if not properly monitored Based on methodological technique employed by the multinational company DUPONT the Checklist was applied as preliminary research The resulting data was then recorded in the RPA spreadsheet and analyzed employing the Support Reference for the Selection of Probability of Occurrence of an Event which pointed out the different degrees of risks detected and classified according to the Tolerability of Risks General Matrix Only substantial or intolerable risks were selected for discussion as these are the ones that offer severe risk impeding the continuation or imposing permanent interruption of activities around the equipment or the place evaluated until the risk is reduced or totally eliminated Results obtained by the use of the RPA technique permitted to point where and which were the causes of risk occurrence as well as to present suggestions for their reduction or elimination It was concluded that the RPA technique aided by the Checklist consists of an instrument that contributes to raise administratorsrsquo and entrepreneursrsquo awareness that the control of risks and process management which involve materials and equipment that offer risks is not a complex process that requires great technical apparatus to be carried out in a company Key-words Risk management Risk Preliminary Analysis Checklist

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco 28

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - MATERIAIS 44

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - REACcedilOtildeES 44

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - EQUIPAMENTOS 46

Quadro 5 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - CONTROLE DE

INSTRUMENTACcedilAtildeO 46

Quadro 6 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - OPERACcedilOtildeES 47

Quadro 7 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE

LOCACcedilAtildeO 48

Quadro 8 - Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR 49

Digite o

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS EM UM SETOR DA INDUacuteSTRIA QUIacuteMICA

por

RODRIGO VILLACA SANTOS

Esta Monografia foi apresentada em 19 de novembro de 2011 como requisito

parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia de Seguranccedila do

Trabalho O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos

professores abaixo assinados Apoacutes deliberaccedilatildeo a Banca Examinadora considerou

o trabalho aprovado

__________________________________ Guataccedilara dos Santos Juacutenior

Prof(a) Orientador(a)

___________________________________

Ivanir Luiz de Oliveira Membro titular

___________________________________

Jeferson Joseacute Gomes Membro titular

- O Termo de Aprovaccedilatildeo assinado encontra-se na Coordenaccedilatildeo do Curso -

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo

Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

Campus Ponta Grossa

Nome da Diretoria

Nome da Coordenaccedilatildeo

Nome do Curso

RESUMO

SANTOS Rodrigo Villaca Anaacutelise preliminar de riscos em um setor da induacutestria quiacutemica 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011

Este trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco Checklist e Anaacutelise Preliminar de Riscos - APR Discute a teacutecnica APR servindo-se de dados coletados preliminarmente pelo Checklist detectando os riscos existentes no setor de filtragem de uma empresa pontagrossense que produz entre outras as resinas a base de solvente que necessita de equipamentos que oferecem perigos se natildeo forem devidamente monitorados Baseado em teacutecnica metodoloacutegica disponibilizada pela empresa multinacional DUPONT foi aplicado o Checklist como pesquisa preliminar que forneceu dados para serem registrados em uma planilha de APR e analisados sob as Referecircncias de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um Evento que apontaram os diferentes graus dos riscos detectados e classificados mediante a Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos Foram selecionados para discussatildeo apenas os riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo aqueles que oferecem grave risco impedindo a continuidade ou ateacute mesmo a paralisaccedilatildeo definitiva das atividades em torno do equipamento e do local avaliado ateacute que o risco seja amenizado ou eliminado totalmente Os resultados obtidos pelo uso da teacutecnica APR permitiram tanto apontar onde e quais as causas da ocorrecircncia do risco quanto apresentar sugestotildees para que estes fossem amenizados ou eliminados Conclui-se que o uso da teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist constituem-se em instrumentos que contribuem para conscientizar os administradores e empresaacuterios que o controle de riscos e de gerenciamento de processo que envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos natildeo eacute um processo complexo que necessite de grande aparato teacutecnico para ser realizado em uma empresa Palavras-chave Gerenciamento de riscos Anaacutelise Preliminar de Riscos Checklist

ABSTRACT

SANTOS Rodrigo Villaca Risk preliminary analysis on a sector of the chemical industry 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011 This study aimed at surveying the main risks in the filtering sector of a chemical industry using the risk analysis techniques Checklist and Risk Preliminary Analysis ndash RPA The RPA is discussed based on data previously collected through the Checklist detecting existing risks in the filtering sector of a company in Ponta Grossa ndash PR which produces among others solvent based resins which require equipment that might be hazardous if not properly monitored Based on methodological technique employed by the multinational company DUPONT the Checklist was applied as preliminary research The resulting data was then recorded in the RPA spreadsheet and analyzed employing the Support Reference for the Selection of Probability of Occurrence of an Event which pointed out the different degrees of risks detected and classified according to the Tolerability of Risks General Matrix Only substantial or intolerable risks were selected for discussion as these are the ones that offer severe risk impeding the continuation or imposing permanent interruption of activities around the equipment or the place evaluated until the risk is reduced or totally eliminated Results obtained by the use of the RPA technique permitted to point where and which were the causes of risk occurrence as well as to present suggestions for their reduction or elimination It was concluded that the RPA technique aided by the Checklist consists of an instrument that contributes to raise administratorsrsquo and entrepreneursrsquo awareness that the control of risks and process management which involve materials and equipment that offer risks is not a complex process that requires great technical apparatus to be carried out in a company Key-words Risk management Risk Preliminary Analysis Checklist

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco 28

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - MATERIAIS 44

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - REACcedilOtildeES 44

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - EQUIPAMENTOS 46

Quadro 5 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - CONTROLE DE

INSTRUMENTACcedilAtildeO 46

Quadro 6 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - OPERACcedilOtildeES 47

Quadro 7 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE

LOCACcedilAtildeO 48

Quadro 8 - Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR 49

Digite o

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

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1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

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11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

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Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

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O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

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Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

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Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

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- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

RESUMO

SANTOS Rodrigo Villaca Anaacutelise preliminar de riscos em um setor da induacutestria quiacutemica 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011

Este trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco Checklist e Anaacutelise Preliminar de Riscos - APR Discute a teacutecnica APR servindo-se de dados coletados preliminarmente pelo Checklist detectando os riscos existentes no setor de filtragem de uma empresa pontagrossense que produz entre outras as resinas a base de solvente que necessita de equipamentos que oferecem perigos se natildeo forem devidamente monitorados Baseado em teacutecnica metodoloacutegica disponibilizada pela empresa multinacional DUPONT foi aplicado o Checklist como pesquisa preliminar que forneceu dados para serem registrados em uma planilha de APR e analisados sob as Referecircncias de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um Evento que apontaram os diferentes graus dos riscos detectados e classificados mediante a Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos Foram selecionados para discussatildeo apenas os riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo aqueles que oferecem grave risco impedindo a continuidade ou ateacute mesmo a paralisaccedilatildeo definitiva das atividades em torno do equipamento e do local avaliado ateacute que o risco seja amenizado ou eliminado totalmente Os resultados obtidos pelo uso da teacutecnica APR permitiram tanto apontar onde e quais as causas da ocorrecircncia do risco quanto apresentar sugestotildees para que estes fossem amenizados ou eliminados Conclui-se que o uso da teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist constituem-se em instrumentos que contribuem para conscientizar os administradores e empresaacuterios que o controle de riscos e de gerenciamento de processo que envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos natildeo eacute um processo complexo que necessite de grande aparato teacutecnico para ser realizado em uma empresa Palavras-chave Gerenciamento de riscos Anaacutelise Preliminar de Riscos Checklist

ABSTRACT

SANTOS Rodrigo Villaca Risk preliminary analysis on a sector of the chemical industry 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011 This study aimed at surveying the main risks in the filtering sector of a chemical industry using the risk analysis techniques Checklist and Risk Preliminary Analysis ndash RPA The RPA is discussed based on data previously collected through the Checklist detecting existing risks in the filtering sector of a company in Ponta Grossa ndash PR which produces among others solvent based resins which require equipment that might be hazardous if not properly monitored Based on methodological technique employed by the multinational company DUPONT the Checklist was applied as preliminary research The resulting data was then recorded in the RPA spreadsheet and analyzed employing the Support Reference for the Selection of Probability of Occurrence of an Event which pointed out the different degrees of risks detected and classified according to the Tolerability of Risks General Matrix Only substantial or intolerable risks were selected for discussion as these are the ones that offer severe risk impeding the continuation or imposing permanent interruption of activities around the equipment or the place evaluated until the risk is reduced or totally eliminated Results obtained by the use of the RPA technique permitted to point where and which were the causes of risk occurrence as well as to present suggestions for their reduction or elimination It was concluded that the RPA technique aided by the Checklist consists of an instrument that contributes to raise administratorsrsquo and entrepreneursrsquo awareness that the control of risks and process management which involve materials and equipment that offer risks is not a complex process that requires great technical apparatus to be carried out in a company Key-words Risk management Risk Preliminary Analysis Checklist

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco 28

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - MATERIAIS 44

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - REACcedilOtildeES 44

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - EQUIPAMENTOS 46

Quadro 5 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - CONTROLE DE

INSTRUMENTACcedilAtildeO 46

Quadro 6 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - OPERACcedilOtildeES 47

Quadro 7 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE

LOCACcedilAtildeO 48

Quadro 8 - Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR 49

Digite o

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

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Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

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O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

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Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

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Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

ABSTRACT

SANTOS Rodrigo Villaca Risk preliminary analysis on a sector of the chemical industry 2011 62f Monografia (Especializaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Ponta Grossa 2011 This study aimed at surveying the main risks in the filtering sector of a chemical industry using the risk analysis techniques Checklist and Risk Preliminary Analysis ndash RPA The RPA is discussed based on data previously collected through the Checklist detecting existing risks in the filtering sector of a company in Ponta Grossa ndash PR which produces among others solvent based resins which require equipment that might be hazardous if not properly monitored Based on methodological technique employed by the multinational company DUPONT the Checklist was applied as preliminary research The resulting data was then recorded in the RPA spreadsheet and analyzed employing the Support Reference for the Selection of Probability of Occurrence of an Event which pointed out the different degrees of risks detected and classified according to the Tolerability of Risks General Matrix Only substantial or intolerable risks were selected for discussion as these are the ones that offer severe risk impeding the continuation or imposing permanent interruption of activities around the equipment or the place evaluated until the risk is reduced or totally eliminated Results obtained by the use of the RPA technique permitted to point where and which were the causes of risk occurrence as well as to present suggestions for their reduction or elimination It was concluded that the RPA technique aided by the Checklist consists of an instrument that contributes to raise administratorsrsquo and entrepreneursrsquo awareness that the control of risks and process management which involve materials and equipment that offer risks is not a complex process that requires great technical apparatus to be carried out in a company Key-words Risk management Risk Preliminary Analysis Checklist

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco 28

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - MATERIAIS 44

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - REACcedilOtildeES 44

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - EQUIPAMENTOS 46

Quadro 5 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - CONTROLE DE

INSTRUMENTACcedilAtildeO 46

Quadro 6 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - OPERACcedilOtildeES 47

Quadro 7 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE

LOCACcedilAtildeO 48

Quadro 8 - Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR 49

Digite o

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

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59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco 28

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - MATERIAIS 44

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - REACcedilOtildeES 44

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - EQUIPAMENTOS 46

Quadro 5 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - CONTROLE DE

INSTRUMENTACcedilAtildeO 46

Quadro 6 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - OPERACcedilOtildeES 47

Quadro 7 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist) - LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE

LOCACcedilAtildeO 48

Quadro 8 - Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR 49

Digite o

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 7

11 OBJETIVOS 9

111 Objetivo Geral 9

112 Objetivo Especiacutefico 9

12 ESTRUTURA DO TRABALHO 9

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA

GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS 11

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO 11

22 PERIGO E RISCO 14

23 GEREcircNCIA DE RISCOS 16

24 ANAacuteLISE DE RISCOS 22

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO 24

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR 25

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST) 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 32

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA 32

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 34

33 ESTUDO DE CASO 34

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 35

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS 35

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X 37

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA 37

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE

SOLVENTE NA EMRPESA X 40

43 COLETA DE DADOS 42

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist 42

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco ndash APR48

44 RESULTADOS 53

441 Riscos Substanciais 54

442 Riscos Intoleraacuteveis 55

5 CONCLUSAtildeO 56

REFEREcircNCIAS 58

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS 61

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE

DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO 63

Digite o

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

7

1 INTRODUCcedilAtildeO

A seguranccedila industrial consagra-se no meio ambiente laboral como uma

situaccedilatildeo de baixa ocorrecircncia de eventos que causam danos e perdas tanto para o

meio ambiente quanto para os trabalhadores Dando ecircnfase para a abordagem da

seguranccedila industrial como uma praacutetica essencial nas organizaccedilotildees natildeo importando

o seu porte torna-se imperativo uma gestatildeo de seguranccedila apta a desenvolver

metodologias e teacutecnicas em acordo com as especificidades da organizaccedilatildeo

Tem-se observado nas induacutestrias que satildeo poucos os empresaacuterios que

investem e preocupam-se com a seguranccedila industrial Muitos natildeo compreendem o

custo dos acidentes ou outros acontecimentos que ocasionam perdas e alguns

aceitam esses fatores como ldquoparte do negoacuteciordquo ou que os custos devem ser

assumidos pelas companhias de seguro (SOUZA 2006)

Com este pensamento errocircneo a maioria dos proprietaacuterios somente enxerga

os custos dos salaacuterios dos profissionais de seguranccedila dos tratamentos meacutedicos e

da compensaccedilatildeo dos trabalhadores afastados Poreacutem aliado aos incidentes ou

acidentes tambeacutem estatildeo agraves perdas de eficiecircncia bem como problemas de

qualidade custo e imagem da empresa que vem a denegrir a organizaccedilatildeo (SOUZA

2006)

Pesquisas realizadas pelo Ministeacuterio do Trabalho e Emprego - MTE e pelo

Ministeacuterio da Previdecircncia Social - MPS relatam que acidentes de trabalho por falta

de seguranccedila faz parte da gestatildeo empresarial essencialmente com o ingresso de

empresas estrangeiras no parque industrial brasileiro A cultura empresarial

estrangeira mostra a necessidade de manter a seguranccedila pois esta eacute uma forma de

obter maiores lucros natildeo soacute por natildeo haver custos pelos acidentes como pela maior

eficiecircncia desenvolvida em termos de produccedilatildeo quando o ambiente laboral eacute

adequadamente revestido de seguranccedila

Assim observa-se que estaacute havendo no parque industrial brasileiro uma

tendecircncia generalizada das organizaccedilotildees investirem na gestatildeo de seguranccedila fato

que os dados das pesquisas do MTE e MPS comprovam Segundo estas pesquisas

no periacuteodo de 1970 a 2008 houve um decliacutenio consideraacutevel de ocorrecircncias nefastas

por falta de seguranccedila no trabalho Em todo o Brasil na deacutecada de 1970 foi

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

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59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

8

registrado uma meacutedia de 1575565 acidentes e 3604 oacutebitos na deacutecada de 1980

houve uma meacutedia de 1118071 acidentes e 4672 oacutebitos na deacutecada de 1990 houve

uma meacutedia de 470210 acidentes e 3925 oacutebitos e no periacuteodo de 2000 a 2008 a

meacutedia de acidentes foi de 486785 acidentes e 1833 oacutebitos (BRASIL 2009)

Nas quatro uacuteltimas deacutecadas observa-se que a meacutedia de acidentes e oacutebitos

foi declinando fato atribuiacutedo agrave postura das organizaccedilotildees em buscarem atraveacutes da

gestatildeo de seguranccedila evitar os riscos inerentes agrave atividade que exercem

Estes fatos justificam trabalhos empenhados em mostrar a importacircncia da

implantaccedilatildeo de gestatildeo de seguranccedila nas induacutestrias destacando metodologias e

teacutecnicas aptas a solucionar os riscos inerentes nas atividades industriais

Situando estes riscos na induacutestria do setor quiacutemico pode-se dizer que eacute um

dos setores que exigem maior atenccedilatildeo Dados revelados pela DuPont (2009)

revelam que entre a deacutecada de 1960 e a deacutecada de 1990 em todo o mundo o setor

quiacutemico foi responsaacutevel por gastos de 752 bilhotildees de doacutelares por conta de

acidentes

Estes dados revelam ser imperativo que dirigentes operadores de

manutenccedilatildeo trabalhadores operacionais do setor quiacutemico estejam conscientes da

importacircncia da prevenccedilatildeo de acidentes com eliminaccedilatildeo de riscos de forma a obter

excelecircncia da atividade da organizaccedilatildeo

Assim este trabalho dedica-se a apresentar um sistema de gerenciamento

de seguranccedila de processo realizado no setor de filtragem de uma empresa do ramo

quiacutemico da cidade de Ponta Grossa - Paranaacute utilizando o Checklist e a Anaacutelise de

Riscos de Processo ndash APR visando conscientizar os administradores e empresaacuterios

para a necessidade do controle de riscos e de gerenciamento de processo que

envolve materiais e equipamentos que oferecem riscos

Para tanto levantou-se como problemaacutetica eacute possiacutevel prevenir com eficaacutecia

os riscos do setor de filtragem de uma induacutestria quiacutemica usando a lista de verificaccedilatildeo

e a anaacutelise preliminar de riscos

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

9

11 OBJETIVOS

111 Objetivo Geral

O trabalho teve como objetivo levantar os principais riscos do setor de

filtragem em uma induacutestria quiacutemica utilizando as teacutecnicas de anaacutelise de risco

Checklist e APR

112 Objetivo Especiacutefico

Os objetivos especiacuteficos constaram de expor as normas legalmente

instituiacutedas para a seguranccedila do trabalho delinear teacutecnicas de anaacutelise de riscos para

detectar prevenir ou eliminar riscos no ambiente de trabalho descrever aplicaccedilatildeo da

teacutecnica APR auxiliada pelo Checklist em uma empresa do ramo quiacutemico

12 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho constou de cinco segmentos sendo que o primeiro

corresponde a presente introduccedilatildeo o segundo descreve inicialmente as normas e

regulamentos da seguranccedila de trabalho que regulamentam sistemas de prevenccedilatildeo

de riscos no ambiente laboral em seguida satildeo descritas as teacutecnicas e metodologias

dispostas na literatura que orientam para a implantaccedilatildeo de uma gestatildeo de riscos nas

empresas cujas atividades apresentam perigo suficiente para a ocorrecircncia de riscos

No terceiro segmento satildeo apresentados os procedimentos metodoloacutegicos adotados

para a realizaccedilatildeo da pesquisa No quarto segmento eacute descrito o estudo que foi

realizado na Empresa X detalhando o processo de aplicaccedilatildeo da teacutecnica APR que

teve como anaacutelise preliminar o Checklist Ainda neste mesmo segmento foram

apresentados e discutidos os dados coletados demonstrados pelo uso de planilhas

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

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59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

10

da APR bem como foram sugeridas accedilotildees visando amenizar e erradicar os riscos

pontuados na pesquisa O quinto e uacuteltimo segmento expotildee as conclusotildees obtidas

pela pesquisa

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

11

2 SEGURANCcedilA NO TRABALHO - PREVENCcedilAtildeO PELO MEacuteTODO DA GEREcircNCIA E ANAacuteLISE DE RISCOS

21 SEGURANCcedilA NO TRABALHO

De acordo com as diretrizes do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego (BRASIL

2009) seguranccedila do trabalho deve ser entendida como o conjunto de medidas

adotadas para erradicar ou minimizar os acidentes de trabalho do trabalhador Estas

medidas tecircm por finalidade assegurar a integridade do meio ambiente e da sauacutede do

trabalhador aleacutem de garantir o aumento da produtividade e a qualidade dos

produtos melhorando as relaccedilotildees humanas no trabalho

Cardella (2010 p 37) considera seguranccedila como ldquoum conjunto de accedilotildees

exercidas com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes

agressivosrdquo Para este autor a seguranccedila do trabalho deve ser considerada como

uma das principais funccedilotildees administrativas de uma empresa

Em termos de aplicaccedilatildeo metodoloacutegica a seguranccedila do trabalho congrega

estudos e pesquisas tendo como campo de atuaccedilatildeo todo tipo de empresa desde os

mais simples ateacute os maiores complexos conglomerados industriais Geralmente a

seguranccedila do trabalho estaacute prevista na organizaccedilatildeo poliacutetica do paiacutes sendo definida

por normas e leis

O Brasil apresenta legislaccedilatildeo especiacutefica de seguranccedila do trabalho por meio

das Normas Regulamentadoras e de outras leis complementares como portarias e

decretos e tambeacutem as ratificaccedilotildees das Convenccedilotildees Internacionais da Organizaccedilatildeo

Internacional do Trabalho

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 dedica no Capiacutetulo II - Dos Direitos Sociais o

artigo 6ordm e 7ordm incisos XXII XXIII XXVIII e XXXIII1 que dispotildee especificamente

sobre seguranccedila e sauacutede dos trabalhadores

1 Inciso XXII - reduccedilatildeo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sauacutede higiene e

seguranccedila Inciso XXIII - adicional de remuneraccedilatildeo para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indenizaccedilatildeo a que esta estaacute obrigado quando incorrer em dolo ou culpa Inciso XXXIII - proibiccedilatildeo do trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condiccedilatildeo de aprendiz (SIQUEIRA 2000)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

12

Conforme registra Siqueira (2000) a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho -

CLT dedica o seu Capiacutetulo V agrave Seguranccedila e Medicina do Trabalho de acordo com a

redaccedilatildeo dada pela Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 Os artigos 154 a 223 da

CLT trazem inuacutemeras normas para regulamentar os acidentes de trabalho sendo

enfatizada a prevenccedilatildeo como obrigaccedilatildeo do empregador O Ministeacuterio do Trabalho

instituiu a Portaria n 3214 de 08 de junho de 1978 para aprovar as Normas

Regulamentadoras - NR previstas no Capiacutetulo V da CLT Esta mesma Portaria

estabelece que as alteraccedilotildees posteriores das NRs seriam determinadas pela

Secretaria de Seguranccedila e Sauacutede do Trabalho oacutergatildeo do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego

Aleacutem destas normas exclusivas do Brasil ainda existem as Convenccedilotildees da

Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho ndash OIT que satildeo ratificadas por Decretos Haacute

tambeacutem a legislaccedilatildeo acidentaacuteria regulada pelo Ministeacuterio da Previdecircncia Social que

estabelecem os criteacuterios das aposentadorias especiais do seguro de acidente do

trabalho

Mediante toda esta legislaccedilatildeo as empresas tecircm como obrigaccedilatildeo cercarem-

se de aparatos que eliminem os riscos de acidentes tanto para as pessoas quanto

para o meio ambiente No entanto existem atividades que a eliminaccedilatildeo total de

riscos eacute impossiacutevel por isto os riscos devem ser monitorados constantemente de

forma a natildeo ocorrer acidentes

Cardella (2010 p 33) coloca entre estes aparatos a realizaccedilatildeo do

diagnoacutestico de seguranccedila considerando-o como ldquoo resultado do estudo que tem por

objetivo conhecer o estado de seguranccedila da organizaccedilatildeordquo Com este diagnoacutestico eacute

possiacutevel avaliar a situaccedilatildeo de seguranccedila comparando-se com um padratildeo preacute

estabelecido com as normas obtendo-se um desvio que serviraacute de insumo para

elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo para intervenccedilatildeo

Este diagnoacutestico deve abranger a organizaccedilatildeo o meio ambiente e as

relaccedilotildees entre ambos segundo explica Cardella (2010)

Na organizaccedilatildeo [abordam-se] sistemas operacionais e organizacionais relaccedilotildees entre esses sistemas e manifestaccedilotildees do risco em ocorrecircncias anormais acidentes danos e perdas O sistema operacional eacute avaliado nas dimensotildees anatocircmica (estrutura e forma) e fisioloacutegica (funccedilotildees) Satildeo focalizados homens equipamentos e instalaccedilotildees processos insumos e produtos

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

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ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

13

O diagnoacutestico exige uma inspeccedilatildeo planejada do ambiente de trabalho para

que sejam identificados agentes agressivos classificando-os segundo o niacutevel de

periculosidade e sistemas de controle classificando-os segundo o niacutevel de

qualidade

Os agentes agressivos podem ser mecacircnicos gravitacionais elaacutesticos e cineacuteticos eleacutetricos teacutermicos bioloacutegicos ergonocircmicos sonoros (ruiacutedos) e radiantes O sistema de controle de risco eacute constituiacutedo por contenccedilatildeo recomposiccedilatildeo isolamento alarme proteccedilatildeo evacuaccedilatildeo resgate salvamento combate e recuperaccedilatildeo (CARDELLA 2010 P 33)

Pelo diagnoacutestico obteacutem-se a dimensatildeo funcional do sistema operacional pela

avaliaccedilatildeo da anaacutelise de risco do processo sendo que esta anaacutelise eacute recorrente do

trabalho realizado em cada empresa

De acordo com Almeida Filho (1992) previnem-se acidentes por meio da

associaccedilatildeo do trabalho com o gerenciamento dos riscos Esta associaccedilatildeo requer

pesquisas meacutetodos e teacutecnicas especiacuteficas monitoramento e controle de forma que

os conceitos baacutesicos de seguranccedila estejam incorporados em todas as etapas do

processo produtivo do projeto agrave operaccedilatildeo Assim seraacute garantindo a seguranccedila dos

processos

Monteiro e Bertagni (1999) comentam que no passado seguranccedila do

trabalho significava apenas usar capacetes botas cintos de seguranccedila e uma seacuterie

de outros equipamentos de proteccedilatildeo individual contra acidentes no entanto hoje

quando a evoluccedilatildeo da tecnologia criou novos ambientes de trabalho novos riscos

tecircm aparecido e por isto eacute necessaacuterio que constantes pesquisas sejam realizadas e

o monitoramento seja uma prerrogativa essencial Sob esta condiccedilatildeo seguranccedila do

trabalho hoje exige uma abordagem multidisciplinar e a forma eficaz de prevenir

acidentes eacute conhecer e saber controlar os riscos

Na mesma linha de pensamento Cardela (2010 p 17) comenta que

A prevenccedilatildeo de acidentes requer o estudo de fenocircmenos que causam danos e perdas agraves pessoas ao patrimocircnio e ao meio ambiente [] O [seu] estudo requer uma ciecircncia multidisciplinar abrangendo a Engenharia de Seguranccedila do Trabalho a Engenharia de Seguranccedila Ambiental a Seguranccedila Puacuteblica a Seguranccedila do Lar e do Lazer e a Medicina

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

14

Ocupacional Analogamente ao que eacute feito na Fiacutesica definiriacuteamos conceitos baacutesicos como dano perda perigo risco agente agressivo energia agressiva contenccedilatildeo proteccedilatildeo e emergecircncia Com eles poderiacuteamos estudar fenocircmenos acidentais e resolver problemas no campo da prevenccedilatildeo de acidentes e do controle de emergecircncias

Este estudo multidisciplinar conforme orientam os autores necessita de

profissionais capacitados Fernandes (1991) alerta que para realmente prevenir o

acidente por riscos da atividade de trabalho eacute preciso conhecer e controlar estes

riscos adotando uma poliacutetica de seguranccedila tendo como condutores desta poliacutetica

profissionais especializados aptos a antecipar reconhecer avaliar e controlar os

riscos do ambiente de trabalho O bem estar fiacutesico e psicoloacutegico dos trabalhadores

reflete no seu desempenho profissional e eacute resultado de uma poliacutetica global de

investimento em seguranccedila sauacutede e meio ambiente

Para a realizaccedilatildeo desta poliacutetica eacute necessaacuterio sobretudo conhecer os riscos

e os perigos que uma empresa oferece sendo por isto interessante realizar estudo

sobre estes temas como seraacute feito adiante

22 PERIGO E RISCO

Os termos perigo e risco geralmente satildeo associados sempre que uma

atividade oferece certa inseguranccedila No entanto os dois termos tecircm significados

diferentes Perigo de acordo com Sanders e Mc Cormick (1993 p 675) eacute rdquouma

condiccedilatildeo ou um conjunto de circunstacircncias que tecircm o potencial de causar ou

contribuir para uma lesatildeo ou morterdquo Em uma visatildeo mais generalizada Kolluru

(1996 p 113) entende o perigo como ldquoum agente quiacutemico bioloacutegico ou fiacutesico

(incluindo-se a radiaccedilatildeo eletromagneacutetica) ou um conjunto de condiccedilotildees que

apresentam uma fonte de risco mas natildeo o risco em sirdquo Na mesma linha de

pensamento Grimaldi e Simonds (1989 p 236) explicam que o perigo eacute uma

situaccedilatildeo que conteacutem ldquouma fonte de energia ou de fatores fisioloacutegicos e de

comportamentoconduta que quando natildeo controlados conduzem a

eventosocorrecircncias prejudiciaisnocivasrdquo

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

15

Estes eventos nocivos satildeo os riscos que oferecem probabilidade de lesatildeo ou

morte segundo comentaacuterios de Sanders e Mccormick (1993)

Assim entende-se o risco como ldquouma funccedilatildeo da natureza do perigo

acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposiccedilatildeo) caracteriacutesticas da

populaccedilatildeo exposta (receptores) a probabilidade de ocorrecircncia e a magnitude da

exposiccedilatildeo e das consequumlecircncias (KOLLURU 1996 p 110)

Grimaldi e Simonds (1989 p 236) estabelecem a diferenccedila entre perigo e

risco afirmando que ldquorisco eacute um resultado medido do efeito potencial do perigordquo

A principal diferenciaccedilatildeo entre perigo e risco eacute que o perigo eacute avaliado em

funccedilatildeo da sua severidade e tem potencial de causar dano e o risco eacute avaliado em

termos de sua severidade e probabilidade de ocorrecircncia

Cicco e Fantazzini (2003 p 8) definem perigo e risco como sendo

Perigo (Hazard) uma ou mais condiccedilotildees de uma variaacutevel com o potencial necessaacuterio para causar danos Esses danos podem ser entendidos como lesotildees a pessoas danos a equipamentos ou estruturas perda de material em processo ou reduccedilatildeo da capacidade de desempenho de uma funccedilatildeo preacute-determinada Havendo um perigo persistem as possibilidades de efeitos adversos Risco (Risk) expressa uma probabilidade de possiacuteveis danos dentro de um periacuteodo especiacutefico de tempo ou nuacutemero de ciclos operacionais Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano vidas ou unidades operacionais (grifos no original)

Assim onde ocorre perigo eacute preciso um monitoramento para evitar o risco

De uma forma geral Pardo (2009) descreve o risco (R) como o produto da

probabilidade de ocorrecircncia de um perigo ou evento (P) pelo valor do dano

associado (D) ou severidade das suas consequumlenciais estabelecendo a foacutermula

R = P x D (21)

Para que o resultado desta foacutermula natildeo tenha um alcance incontrolaacutevel eacute

preciso haver o controle de risco o qual na opiniatildeo de Cardella (2010) tem por

objetivo manter os riscos abaixo de valores tolerados Este controle eacute realizado nas

empresas por um sistema de gerencia de riscos que seraacute descrita a seguir

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

16

23 GEREcircNCIA DE RISCOS

O empresaacuterio que tem consciecircncia do risco que as atividades de sua

empresa podem causar tanto aos trabalhadores quanto ao meio ambiente

estabelece entre as atribuiccedilotildees administrativas a gerecircncia de riscos

Cicco e Fantazzini (2003 p 16) entendem a gerecircncia de riscos como uma

ciecircncia uma arte direcionada para ldquoa proteccedilatildeo dos recursos humanos materiais e

financeiros de uma empresardquo Esta proteccedilatildeo pode ser realizada tanto pela

eliminaccedilatildeo ou reduccedilatildeo dos riscos quanto pelo financiamento dos riscos

remanescentes2 ou seja a gerecircncia de riscos tem por finalidade manter os riscos

abaixo dos valores tolerados pelas normas e regulamentos

Gerecircncia de riscos segundo Cardella (2010 p 69) utiliza ldquoum conjunto de

instrumentos para a organizaccedilatildeo [] planejar operar e controlar suas atividades no

exerciacutecio da Funccedilatildeo Controle de Riscosrdquo O autor explica estes instrumentos como

sendo os princiacutepios a poliacutetica as diretrizes os objetivos as estrateacutegias a

metodologia os programas os sistemas organizacionais e operacionais da

empresa

Seguindo a explicaccedilatildeo que Cardella (2010 p 70-75) assim resumem-se

estes instrumentos

- PRINCIacutePIOS DA GESTAtildeO DE RISCO

I - Nas organizaccedilotildees e sociedades o acidente eacute um fenocircmeno de natureza

multifacetada que resulta de interaccedilotildees complexas entre fatores fiacutesicos

bioloacutegicos psicoloacutegicos sociais e culturais

II - Todos os acidentes podem ser evitados

III - Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e

esquece do corpo

IV - Um indiviacuteduo natildeo consegue sozinho controlar os riscos de sua

atividade por isto releva-se o segundo princiacutepio que soacute tem validade dentro

de determinados limites que abrangem grande totalidade dos casos Estatildeo

fora desses limites as situaccedilotildees nas quais o homem natildeo dispotildee de

conhecimento ou tecnologia suficientes para evitar o acidente

2 Financiamento dos riscos remanescentes significa reter os riscos na empresa ou transferi-los total

ou parcialmente para as seguradoras

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

17

- OBJETIVOS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Manter os riscos associados agrave organizaccedilatildeo abaixo de valores tolerados

- POLIacuteTICA DE GESTAtildeO DE RISCOS

Estabelecer as regras comportamentais da organizaccedilatildeo Cada organizaccedilatildeo

famiacutelia pessoa ou sociedade deve estabelecer sua proacutepria poliacutetica que eacute

sempre um reflexo de seus valores propondo-se como regras baacutesicas

a preservaccedilatildeo de pessoas tem prioridade sobre a preservaccedilatildeo de bens

b quem responde por uma atividade deve responder tambeacutem pelos riscos

decorrentes dessa atividade

- DIRETRIZES PARA GESTAtildeO DE RISCOS

a deve ser exercida em todas as fases do ciclo de vida das instalaccedilotildees e

dos produtos

b deve ser parte integrante de todas as atividades da organizaccedilatildeo

- ESTRATEacuteGIA DA GESTAtildeO DE RISCOS

Deve ser considerada a natureza do fenocircmeno acidente como um evento

indesejaacutevel incerto e remoto Deve-se priorizar accedilotildees que integram a

funccedilatildeo seguranccedila portanto a estrateacutegia do sistema de gestatildeo deve ser

estabelecida de modo a reduzir o desequiliacutebrio das forccedilas impulsoras do

comportamento

- METODOLOGIA DO SISTEMA DE GESTAtildeO DE RISCOS

O processo de gestatildeo de riscos eacute composto pelas funccedilotildees identificar

perigos avaliar riscos comparar com risco tolerado e tratar riscos sendo

que identificaccedilatildeo de perigos e avaliaccedilatildeo de riscos constituem a anaacutelise de

riscos Identificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e comparaccedilatildeo constituem o monitoramento

Monitoramento e intervenccedilatildeo constituem o controle O tratamento dos riscos

inclui a intervenccedilatildeo para reduccedilatildeo eou transferecircncia (seguro) O processo

de gestatildeo eacute aplicado agraves aacutereas de accedilatildeo e agraves fases do ciclo de vida dos

elementos da organizaccedilatildeo (pessoas instalaccedilotildees e produtos) Cartela

(2010) resume a metodologia do sistema de gestatildeo de riscos expondo as

funccedilotildees essenciais de indentificar os perigos avaliar os riscos comparar

com o risco tolerado e tratar os riscos

- PROGRAMAS DA GESTAtildeO DE RISCOS

Pelo fato de nem toda intervenccedilatildeo para controle de riscos ter efeitos

imediatos as alteraccedilotildees almejadas requerem planos de accedilatildeo de longo

prazo denominados programas Assim deve ser criado um programa para

cada aacuterea de accedilatildeo programa de seguranccedila nas atividades da organizaccedilatildeo

programa de seguranccedila nas atividades fora do trabalho programa de

seguranccedila nos transportes programa de seguranccedila nas atividades

contratadas e programa de seguranccedila no uso dos produtos da organizaccedilatildeo

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

18

Em funccedilatildeo da natureza multifacetada da seguranccedila os programas devem

ser desenvolvidos por equipes multidisciplinares Essa eacute uma forma de

executar na praacutetica a gestatildeo holiacutestica da organizaccedilatildeo Aleacutem dos programas

por aacuterea de accedilatildeo podem ser criados programas baacutesicos para dar suporte

ao controle de riscos nas diversas aacutereas Eacute recomendaacutevel manter os

programas de forma permanente considerando-se poreacutem que haacute os de

existecircncia restrita agraves fases de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo de algum meacutetodo

de controle de risco Exemplos programas de desenvolvimento do sistema

de autorizaccedilatildeo para trabalho de implantaccedilatildeo do registro e anaacutelise de

ocorrecircncias anormais e de implantaccedilatildeo de anaacutelise de risco

- SISTEMAS ORGANIZACIONAIS E SISTEMAS OPERACIONAIS

A maioria das organizaccedilotildees tem uma estrutura funcional Cada unidade eacute

um sistema organizacional A configuraccedilatildeo da estrutura funcional varia de

organizaccedilatildeo para organizaccedilatildeo Cabe ressaltar a importacircncia do equiliacutebrio

entre a poliacutetica - a responsabilidade pela gestatildeo de riscos eacute dos

responsaacuteveis pela atividade - e o princiacutepio - um indiviacuteduo natildeo consegue

sozinho controlar os riscos de sua atividade Provavelmente o equiliacutebrio se

encontra numa estrutura que conte com uma equipe de especialistas em

seguranccedila que assessore os demais oacutergatildeos Essa equipe deve atuar de

maneira que os demais componentes natildeo venham a consideraacute-la como a

uacutenica responsaacutevel pela funccedilatildeo seguranccedila Na gestatildeo holiacutestica esse

problema eacute resolvido pela criaccedilatildeo de sistemas organizacionais

denominados comitecircs Os comitecircs funcionais satildeo constituiacutedos pelo dirigente

de uma unidade organizacional e seus imediatos comeccedilando pelo nuacutemero

um da organizaccedilatildeo com seu corpo gerencial e terminando com os

supervisores de primeira linha e sua equipe de executantes Nesses

comitecircs satildeo tratados temas de seguranccedila relativos agraves aacutereas de

responsabilidade de seus componentes Os comitecircs interfuncionais satildeo

constituiacutedos por pessoas de especialidades diferentes e envolvidas nos

programas das diversas aacutereas de accedilatildeo da funccedilatildeo seguranccedila Nesses

comitecircs os componentes adquirem a visatildeo global e executam as accedilotildees

locais em suas aacutereas especializadas Aleacutem dos comitecircs haacute outros sistemas

organizacionais que denominaremos Comissatildeo e Grupo de Trabalho A

Comissatildeo eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por missatildeo analisar

ocorrecircncias emitindo conclusotildees e recomendaccedilotildees O Grupo de Trabalho

tambeacutem eacute uma organizaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e tem por objetivo executar

um trabalho teacutecnico Dentre os sistemas operacionais pode-se citar

sistema de integraccedilatildeo de empregados de empresas contratadas sistema de

controle de EPIs sistema de estatiacutestica de acidentes sistema de emissatildeo

de permissotildees para trabalho

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

19

O uso destes instrumentos requer teacutecnicas especiacuteficas que segundo Hillson

(2010) requerem que alguns passos sejam realizados antes de decidir como estes

instrumentos seratildeo utilizados

Iniciando por definir objetivos que direcionam o risco a ser debelado para

saber quais teacutecnicas podem ser usadas Hillson (2010) elenca algumas destas

teacutecnicas como brainstorms workshops checklists prompt lists entrevistas

questionaacuterios etc sendo que existe uma variedade de teacutecnicas que podem ser

utilizadas para certificar que qualquer tipo de risco possa ser identificado e distinguir

quais satildeo as causas que contribuem para estes riscos

Neste primeiro passo deve-se registrar detalhando como o risco eacute produzido

pois pode haver causas com maior proeminecircncia de fazecirc-lo acontecer

Hillson (2010) comenta que a avaliaccedilatildeo das causas deve ser qualitativa

descrevendo-se as caracteriacutesticas em detalhes de tal forma que sejam suficientes

para permitir a definiccedilatildeo de como elas seratildeo combatidas Tambeacutem podem ser

quantitativas usando-se modelos matemaacuteticos para simular o efeito do risco de

acordo com o niacutevel de interferecircncia Os meacutetodos incluem fazer planilhas de riscos

numa grade de duas dimensotildees mostrando a probabilidade e impacto permitindo

que o risco seja priorizado e usado para a estrutura de decomposiccedilatildeo de risco para

agrupar os riscos por tipoorigem

A avaliaccedilatildeo destas planilhas deve produzir estrateacutegias para impedir

transferir ou reduzir os riscos Estas estrateacutegias requerem a implementaccedilatildeo de um

plano de accedilotildees para monitorar a efetividade do que estaacute sendo realizado bem como

a necessidade de ajustes das decisotildees quando necessaacuterio Hillson (2010) alerta que

qualquer processo de risco deve incluir revisatildeo e atualizaccedilatildeo pois pode ocorrer

mudanccedilas no sistema produtivo e as causas podem mudar seu grau de influecircncia

podendo inclusive surgir novas que natildeo estavam sendo avaliadas bem como as

antigas podem aumentar ou diminuir os efeitos que causam o risco

Sob toda esta concepccedilatildeo de gerenciamento de riscos entende-se que ele eacute

uma atividade especiacutefica realizada por especialistas que devem usar ferramentas e

teacutecnicas adequadas Com a intenccedilatildeo de obter todos os benefiacutecios da implantaccedilatildeo do

processo de risco para uma organizaccedilatildeo eacute importante que o gerenciamento de

riscos esteja completamente integrado com as accedilotildees estrateacutegicas e operacionais da

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

20

organizaccedilatildeo Se natildeo existir esta integraccedilatildeo os resultados podem ser nefastos e os

perigos verificados podem incorrer em riscos de alto potencial

Hillson (2010 p 43) ensina que uma integraccedilatildeo verdadeira requer algumas

mudanccedilas organizacionais tais como

reconhecimento da existecircncia de incertezas como parte natural dos negoacutecios Junto a isso a necessidade de ter interfaces apropriadas com os processos de negoacutecio e ferramentas Em adiccedilatildeo existe a necessidade de desenvolver um pensamento estrateacutegico baseado em risco dentro da cultura organizacional [] deve ser visto como parte integral do fazer negoacutecio e deve se tornar ldquoconstrutivo e natildeo-repreensivo

Havendo esta integraccedilatildeo segundo Cardella (2010 p 44) o gerenciamento

de riscos eacute proativo em uma organizaccedilatildeo por implantar na administraccedilatildeo

empresarial

- um conjunto de ferramentas e teacutecnicas de gerenciamento de riscos que

estaria plenamente integrado com o projeto e os processos de negoacutecios e

com o reconhecimento de que incertezas fazem parte de todos os niacuteveis

da organizaccedilatildeo (via integraccedilatildeo de gerenciamento de riscos)

- melhorias nas anaacutelises dos efeitos dos riscos no projeto e no desempenho

do negoacutecio endereccedilando seu impacto tambeacutem em assuntos mais amplos

do que tempo e custo (via aumento da profundidade das anaacutelises e

amplitude da aplicaccedilatildeo) e cobrindo ameaccedilas e oportunidades

- com a apropriada consideraccedilatildeo sendo tomada no fator humano no

processo de risco usando avaliaccedilotildees de atitudes de risco contabilizando

sistematicamente sua influecircncia e construindo equipes balanceadas por

riscos (via aspectos comportamentais)

O gerenciamento de riscos atendendo todos os condicionantes essenciais

para que realmente os riscos sejam reduzidos ou eliminados contribui

significativamente para o sucesso da organizaccedilatildeo

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

21

Considerando que a base do gerenciamento de riscos eacute estabelecer

paracircmetros na conduccedilatildeo das accedilotildees portanto a seguir satildeo detalhados os processos

de anaacutelise de risco e as principais teacutecnicas que podem ser utilizadas em uma

empresa do ramo quiacutemico

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

22

24 ANAacuteLISE DE RISCOS

Considerando as pesquisas que avaliam os riscos nas organizaccedilotildees a

anaacutelise de riscos situa-se como o ldquoestudo detalhado de um objeto com a finalidade

de identificar perigos e avaliar os riscos associadosrdquo (CARTELLA 2010 p 106)

Roessler (2001) relata que no Manual de Anaacutelise de Riscos Industriais da

Fundaccedilatildeo Estadual de Proteccedilatildeo Ambiental ndash FEPAM a anaacutelise de risco eacute uma

ferramenta administrativa que identifica e avalia qualitativamente e quantitativamente

os riscos inerentes agrave atividades de produccedilatildeo

Porto (2000) considera que esta ferramenta deve ser incorporada como

elemento essencial por todos os componentes de uma organizaccedilatildeo desde a alta

administraccedilatildeo ateacute o chatildeo da faacutebrica considerando que o principal foco da anaacutelise de

risco eacute a prevenccedilatildeo

O estudo da anaacutelise de risco tem por objetivo estabelecer a consciecircncia e o

controle dos riscos para o pessoal que estaacute desenvolvendo projetando operando e

mantendo os processos operacionais em uma organizaccedilatildeo As anaacutelises focam as

questotildees de seguranccedila de processos e ao mesmo tempo complementam as

atividades industriais de seguranccedila e sauacutede mais tradicionais

Os acidentes podem ocorrer na operaccedilatildeo de qualquer processo e a

preocupaccedilatildeo pela prevenccedilatildeo desses acidentes natildeo inclui apenas o compromisso da

gerecircncia ou da lideranccedila nas organizaccedilotildees mas requer tambeacutem um programa bem

definido para administrar todas as funccedilotildees e atividades que possam afetar a

seguranccedila em cada niacutevel da organizaccedilatildeo (DUPONT 2009)

Pelas orientaccedilotildees da DuPont (2009) a implementaccedilatildeo de programas de

anaacutelise de risco tem por objetivo conhecer os riscos relacionados agraves instalaccedilotildees e

aos processos industriais As anaacutelises satildeo realizadas por meio de ferramentas

estruturadas e por equipes multidisciplinares Os riscos satildeo identificados atraveacutes das

experiecircncias anteriores da equipe de resultados de auditorias inspeccedilotildees ou ateacute

mesmo anaacutelise de incidentes bem como de anaacutelises de riscos anteriormente

realizadas Os resultados por meio dessas anaacutelises alimentam planos de accedilatildeo de

emergecircncia bem como procedimentos operacionais reciclagem nos treinamentos

especificaccedilotildees das instalaccedilotildees e processos dentro de um enfoque de melhoria

contiacutenua

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

23

Souza (2006) destaca algumas irregularidades que podem afetar a empresa

e que satildeo abordados durante uma inspeccedilatildeo de riscos

Danos a propriedade (incecircndio explosatildeo etc)

Lesotildees pessoais (morte mutilaccedilotildees doenccedilas etc)

Parada de produccedilatildeo (quebra de maacutequina queima de motores

transformadores etc)

Perda de qualidade (falta de controle de processo instrumentos e

maquinaacuterios inadequados etc)

Poluiccedilatildeo ambiental (tratamento inadequado de efluentes gases e

resiacuteduos industriais soacutelidos etc)

Riscos agrave comunidade (vazamento de gases toacutexicos liacutequidos inflamaacuteveis

etc)

Esse mesmo autor tambeacutem destaca os principais benefiacutecios com a anaacutelise

de riscos

Reduz a frequumlecircncia e a gravidade de eventos indesejados (incecircndio

lesotildees interrupccedilatildeo da produccedilatildeo etc)

Adeacutequa o seguro aos reais riscos da empresa

Reduz eou elimina as indenizaccedilotildeesmultas provenientes de danos ao

meio ambiente

Aponta necessidades de treinamentos

Otimiza os investimentos

Manteacutem a continuidade do processo produtivo

Detecta as deficiecircncias e otimiza os gastos com manutenccedilatildeo

Preserva a imagem da empresa

Manteacutem os funcionaacuterios mais satisfeitos

Prioriza a tomada de decisotildees dos investimentos necessaacuterios em

prevenccedilatildeo e permite a anaacutelise da relaccedilatildeo custobeneficio

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

24

25 PRINCIPAIS TEacuteCNICAS DE ANAacuteLISE DE RISCO

As teacutecnicas de anaacutelise de risco vecircm sendo aplicadas nas induacutestrias de

processo basicamente por dois fatores para a decisatildeo acerca da aceitabilidade de

uma nova planta industrial e para a melhoria da confiabilidade dos sistemas teacutecnicos

e organizacionais existentes Segundo Souza (2006) os resultados obtidos dessas

teacutecnicas servem para

Localizar processos e operaccedilotildees perigosas

Decidir sobre investimentos em equipamentos de prevenccedilatildeo de acidentes

e limitaccedilatildeo de suas consequumlecircncias

Projetar processos de fabricaccedilatildeo e sistemas de controle

Criar rotinas operacionais e de manutenccedilatildeo

Escrever e registrar documentos de seguranccedila para a organizaccedilatildeo

Existem diversas teacutecnicas para a anaacutelise de risco diferenciando-as por seus

objetivos benefiacutecios custos e limitaccedilotildees Como cada teacutecnica aborda os riscos de

maneira diferente existem certas vantagens no uso de determinadas teacutecnicas para

um especiacutefico processo ou projeto Os meacutetodos de anaacutelise de risco podem ser

classificados em qualitativos ou quantitativos

Atraveacutes dos meacutetodos qualitativos pode-se verificar a graduaccedilatildeo dos riscos

em uma atividade ou processo Os riscos satildeo identificados pela probabilidade de

ocorrecircncia e sua severidade de suas consequumlecircncias No entanto esse meacutetodo

torna-se subjetivo pois natildeo existe uma definiccedilatildeo de categorias de probabilidade e

severidade oacutetima Assim esse meacutetodo de anaacutelise pode variar conforme a

sensibilidade dos avaliadores por essa anaacutelise (PARDO 2009 RAPOSO 2004)

No entanto os meacutetodos quantitativos podem ser utilizados em conjunto com

os qualitativos dando uma maior complementaridade a anaacutelise por serem meacutetodos

mais detalhados (RAPOSO 2004)

A avaliaccedilatildeo qualitativa tem como limite o fato de natildeo se poder prever tudo jaacute

os limites da avaliaccedilatildeo quantitativa estatildeo fundamentados na qualidade dos dados

com relaccedilatildeo a sua confiabilidade (BARRETTO 2008)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

25

Pelos estudos de Barretto (2008) Ferreira (2008) Raposo (2004) os

principais meacutetodos para anaacutelise de riscos qualitativos e quantitativos satildeo

Inspeccedilatildeo de Seguranccedila (Safety Review)

Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist Analysis)

Priorizaccedilatildeo Relativa (Relative Ranking)

Anaacutelise Preliminar de PerigosRiscos (Preliminary Hazard Analysis)

Anaacutelise What-If (What-If Analysis)

Anaacutelise What-If LV (What-If Checklist Analysis)

Anaacutelise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)

Anaacutelise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects

Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Eventos (Event Tree Analysis)

Anaacutelise por Aacutervore de Falhas (Fault Tree Analysis)

Anaacutelise de Causa e Consequumlecircncia (Cause-Consequence Analysis)

Anaacutelise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)

Anaacutelise Histoacuterica

Anaacutelise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)

Anaacutelise de Custo-Benefiacutecio

Anaacutelise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)

Anaacutelise Quantitativa de Riscos

Teacutecnicas Especiais

Para o estudo realizado no presente trabalho foi escolhido o meacutetodo da

Anaacutelise Preliminar de Riscos ndash APR e a Lista de Verificaccedilatildeo - Checklist que seratildeo

detalhadas com maior ecircnfase nos proacuteximos itens

26 ANAacuteLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR

Entre as metodologias mais utilizadas para anaacutelise de risco consta a Anaacutelise

Preliminar de Riscos mais conhecida como APR Segundo informes da DuPont

(2009) a APR eacute tambeacutem conhecida como Anaacutelise Preliminar de Perigo ndash APP

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

26

Aguiar (2009) aponta a APR como uma metodologia que examina como a

energia ou o material de processo pode liberar riscos e identifica para cada perigo

uma causa

A funccedilatildeo da APR eacute de realizar uma revisatildeo dos principais riscos de uma

aacuterea atividade operaccedilatildeo ou equipamento na qual para cada risco identificado satildeo

buscadas as causas os efeitos da materializaccedilatildeo do risco e definidas medidas

preventivas ou corretivas Eacute uma teacutecnica voltada agrave identificaccedilatildeo dos riscos de forma

tabulada em planilhas em que se detalham para cada risco levantado as causas

consequumlecircncias categoria de frequumlecircncia e severidade e medidas de controle

(DUPONT 2009)

Ferreira (2008) afirma que a APR eacute utilizada como precedente de outros

meacutetodos mais detalhados tendo em conta que natildeo eacute considerado um meacutetodo muito

aprofundado Eacute uma anaacutelise que identifica os perigos que poderatildeo traduzir-se em

eventos indesejados define cenaacuterios de acidentes e determina os riscos do sistema

Os perigos satildeo classificados de acordo com a sua gravidade e frequumlecircncia e definem-

se medidas preventivas ou corretivas para os riscos

Na mesma linha de pensamento Aguiar (2009) explica que a APR eacute uma

metodologia utilizada no iniacutecio de um projeto em desenvolvimento quando a equipe

de prevenccedilatildeo possui somente elementos baacutesicos e a anaacutelise do perigo eacute realizada

em materiais definidos assim esta metodologia pode ser considerada como

precursora de outros meacutetodos

O encaminhamento metodoloacutegico da APR eacute apresentado por vaacuterios autores

havendo certa diferenccedila de um para outro mas que tecircm em comum transmitir que a

APR eacute um processo de inicializaccedilatildeo para a prevenccedilatildeo dos riscos Entre estes

autores podemos citar o trabalho de Ferreira (2008) onde aponta como

procedimento metodoloacutegico da APR o seguinte

1 Definir a equipe de trabalho

2 Definir e descrever os sistemas a analisar

3 Recolher informaccedilotildees sobre sistemas semelhantes jaacute conhecidos

4 Identificar os perigos

5 Estimar a frequumlecircncia e as consequumlecircncias dos perigos

6 Classificar o risco

7 Definir medidas mitigadoras

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

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59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

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PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

27

Outros autores a determinarem o encaminhamento metodoloacutegico da APR

satildeo Camargo Almeida e Cugnasca (2006) que assim estabelecem

- Desenvolver recomendaccedilotildees especificaccedilotildees e criteacuterios a serem seguidos

- Controlar um perigo em particular

- Identificar responsabilidades teacutecnicas e gerenciais para a accedilatildeo e aceitaccedilatildeo

dos riscos

- Determinar a magnitude e complexidade dos problemas de seguranccedila

Esta metodologia apesar de ter validade somente para trabalhos iniciais

segundo Maia Neto et al (2010) apresentam a vantagem de ser possiacutevel realizar

rapidamente e com simplicidade a identificaccedilatildeo e a classificaccedilatildeo dos locais das

maacutequinas ou dos processos de trabalho que apresentam perigo ou risco

Nas instruccedilotildees da DuPont (2009 p 45) a APR natildeo eacute voltada para uma anaacutelise

profunda ldquouma vez que existem teacutecnicas de anaacutelise mais apuradas e adequadas

para tais finsrdquo No entanto ela possui a capacidade de ldquoidentificar as principais

situaccedilotildees de risco e de estabelecer linhas de accedilatildeo de controle desde o iniacutecio do

ciclo de vida do sistemardquo

Ferreira (2008) aponta como vantagens da APR otimizar a seguranccedila do

sistema identificar os perigos em fase preliminar permitir realizar modificaccedilotildees com

maior facilidade e custo mais baixo diminuir o tempo requerido para a fase de um

projeto e reduzir imprevistos

Maia Neto et al (2010) apontam como desvantagem da APR o fato de ela

natildeo ser um meacutetodo determiniacutestico desde que seus resultados satildeo gerados pela

sensibilidade dos profissionais que atuam na aacuterea natildeo haacute uma certeza de parecer

teacutecnico e unacircnime acerca de uma informaccedilatildeo o que pode gerar uma natildeo

convergecircncia para formular uma anaacutelise

A APR segundo Maia Neto et al (2010) utiliza criteacuterio definido por uma

matriz de risco que permite fazer um levantamento qualitativo das consequumlecircncias e

da frequumlecircncia dos riscos resultando na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo uma avaliaccedilatildeo de

risco qualitativa Os apontamentos da DuPont (2009) tambeacutem situam a APR como

uma anaacutelise qualitativa

A APR fornece uma categorizaccedilatildeo dos riscos envolvidos em um processo ou

atividade nele desempenhada Essa categorizaccedilatildeo eacute geralmente feita atraveacutes de

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

28

uma matriz resultado da probabilidade de sua ocorrecircncia e da severidade do

evento Os indicadores que constam em uma matriz satildeo escolhidos pelos

pesquisadores em acordo com os criteacuterios de avaliaccedilatildeo e da atividade da empresa

ficando esta escolha embasada nos indicadores mais comumente usados tais

como atividade perigo causa efeito categoria de risco medidas preventivas e

corretivas A DuPont (2009) fornece um modelo de matriz conforme exposto no

Quadro 1

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos

Local Setor Processo Atividade

Data Revisatildeo Paacutegina

Coordenador Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles Existentes

Cat Prob

Cat Sev

Grau Risco

Accedilotildees Tomadas

Quadro 1 Formulaacuterio para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

Por esta matriz a identificaccedilatildeo dos perigos eacute efetuada a partir do

preenchimento dos campos da planilha (colunas) conforme estaacute disponibilizado pela

DuPont (2009 p 48)

1ordf Coluna ndash Nuacutemero nuacutemero sequumlencial que identifica o risco 2ordf Coluna ndash Risco riscos identificados no setor processo ou atividade em

anaacutelise 3ordf Coluna ndash Causas as causas correspondentes a cada um dos riscos

identificados devem ser apontadas nesta coluna 4ordf Coluna ndash Efeitos os possiacuteveis efeitos que possam ser causados ao

empregado instalaccedilotildees comunidade eou ao meio ambiente devem ser apontados nesta coluna

5ordf Coluna ndash Controles Existentes devem ser apontados os controles existentes para a prevenccedilatildeo dos respectivos riscos ou minimizaccedilatildeo dos efeitos associados tais como equipamentos procedimentos ou sistemas de seguranccedila

6ordf Coluna ndash Categoria de Probabilidade deveraacute ser anotado o iacutendice qualitativo representativo da probabilidade de ocorrer o evento correspondente considerando os controles existentes praticados O anexo A e B apresentam as categorias de probabilidade

7ordf Coluna ndash Categoria de Severidade deveraacute ser anotado o iacutendice correspondente agrave categoria de severidade O anexo A apresenta as categorias de severidade

8ordf Coluna ndash Grau de Risco niacutevel de risco resultante da combinaccedilatildeo das categorias de probabilidade e de severidade de acordo com o criteacuterio estabelecido na Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos apresentada no anexo A

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

29

9ordf Coluna ndash Accedilotildees Tomadas devem ser apontadas as recomendaccedilotildees referentes agraves accedilotildees a serem implantadas para o gerenciamento dos riscos

A categorizaccedilatildeo para o preenchimento do formulaacuterio como jaacute relatado

considera duas categorias a severidade das consequumlecircncias do evento (coluna) e a

probabilidade de ocorrecircncia do evento (linha) conforme representado no Anexo A

Os graus de severidade variam do niacutevel 1 (mais baixo) ao 4 (mais alto) e os graus de

probabilidade variam do niacutevel A (mais baixo) ao D (mais alto) Como resultado o

grau de risco eacute classificado na matriz como (1) Toleraacutevel (2) Moderado (3)

Substancial e (4) Intoleraacutevel Essas denominaccedilotildees variam entre autores poreacutem

sempre mantecircm a divisatildeo entre as duas variaacuteveis que formam a matriz de risco

Os graus de severidade levam em consideraccedilatildeo quatro fatores danos as

pessoas danos materiais ou econocircmicos danos ao meio ambiente e danos agrave

imagem a companhia Para cada risco apontado deve-se utilizar algum desses

fatores quando for estimado o grau para a categoria de severidade

Para uma melhor interpretaccedilatildeo e anaacutelise da seleccedilatildeo dos graus de

probabilidade de ocorrecircncia de um evento o Anexo B complementa com algumas

caracteriacutesticas para um melhor entendimento de cada grau de probabilidade que

pode se enquadrar cada risco

Na literatura considera-se uacutetil utilizar Listas de Verificaccedilatildeo - Checklists jaacute

existentes como complementaridade para analisar se todos os perigos foram

identificados pela APR

27 LISTA DE VERIFICACcedilAtildeO (CHECKLIST)

A Lista de Verificaccedilatildeo ou Checklist eacute uma ferramenta de anaacutelise qualitativa

que se desenvolve utilizando um exaustivo questionamento sobre os pontos

estudados chegando a testar e avaliar as possiacuteveis omissotildees em projetos

procedimentos normas e ainda aferindo o comportamento e a capacitaccedilatildeo do

pessoal (BARRETO 2008)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

30

O Checklist consta de perguntas sobre o equipamento sistema ou aacuterea de

processos direcionada para detectar anormalidades natildeo cumprimento de tarefas ou

riscos potenciais podendo ser aplicado em qualquer fase do projeto da APR

Cooper et al (2005) pontuam que o Checklist eacute uma ferramenta raacutepida e de

uso facilitado que direciona o pesquisador para proceder a anaacutelise dos riscos Na

opiniatildeo de Elkington e Smallman (2002) o Checklist eacute de grande utilidade quanto

existe na organizaccedilatildeo um gerenciamento de risco informal

Para Arauacutejo e Lima (1998) o Checklist consta de uma lista de itens escritos

para verificar o estado de um sistema sendo usado para confrontar se o objeto

analisado estaacute de acordo com as normas e procedimentos

A finalidade de usar o Checklist eacute permitir um processo analisado

detalhadamente com os riscos jaacute identificados bem como a geraccedilatildeo de possiacuteveis

soluccedilotildees para os problemas levantados Tambeacutem eacute uacutetil para indicar a necessidade

de informaccedilotildees mais detalhadas para que a anaacutelise de um risco seja melhor

avaliada (BARRETTO 2008)

A qualidade da aplicaccedilatildeo desse tipo de anaacutelise depende da experiecircncia das

pessoas que criam e usam as listas de verificaccedilotildees Por outro lado essa teacutecnica

pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema processo ou atividade

especialmente em projetos para prevenccedilatildeo de acidentes (PARDO 2009)

A DuPont (2009) registra que a teacutecnica do Checklist eacute uma poderosa

ferramenta de avaliaccedilatildeo de riscos de processo pois ela fornece informaccedilotildees que

permitem

Identificaccedilatildeo completa de uma ampla gama de incidentes perigosos

Consenso entre as aacutereas (produccedilatildeo mecacircnica teacutecnica seguranccedila

pessoal mensalista e horista) sobre as accedilotildees recomendadas para

controlar o processo com seguranccedila

Relatoacuterio faacutecil de entender que pode ser utilizado como ferramenta de

treinamento

A literatura recomenda esta teacutecnica como uma etapa preliminar da APR de

qualquer sistema o que leva o presente trabalho adotar a APR e o Checklist como

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

31

teacutecnicas para detectar na empresa do ramo quiacutemico os riscos que a atividade pode

fornecer no departamento de filtragem

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

32

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capiacutetulo eacute descrita a metodologia proposta no presente trabalho para

a anaacutelise de risco de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando as teacutecnicas APR e

Checklist Para traccedilar o percurso metodoloacutegico na concretizaccedilatildeo do trabalho foi

necessaacuterio estabelecer alguns criteacuterios para a realizaccedilatildeo da pesquisa a

apresentaccedilatildeo e a discussatildeo dos resultados que satildeo detalhados nos itens que vecircm a

seguir

31 CLASSIFICACcedilAtildeO DA PESQUISA

Pelas orientaccedilotildees de Gil (2002) a pesquisa realizada neste trabalho do

ponto de vista de sua natureza classifica-se como pesquisa aplicada considerando

que esta gera conhecimentos suficientes para orientar soluccedilatildeo de problemas

especiacuteficos

Do ponto de vista da abordagem da pesquisa o estudo pauta-se pela

pesquisa qualitativa porque este tipo de pesquisa envolve verdades e interesses

locais Pelo fato de a anaacutelise dos resultados ter como objetivo final propor melhorias

a forma da abordagem do problema mais indicada eacute a pesquisa qualitativa

Richardson (1989 p 32) diz que ldquoa abordagem qualitativa de um problema aleacutem de

ser uma opccedilatildeo do investigador justifica-se sobretudo por ser uma forma adequada

para entender a natureza de um fenocircmeno socialrdquo

Na mesma linha de pensamento Barros e Lehfeld (1986) afirmam que a

abordagem pela pesquisa qualitativa permite descrever a complexidade de

determinado problema analisar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e

classificar processos dinacircmicos contribuir no processo de mudanccedila de determinado

grupo e possibilitar em maior niacutevel de profundidade o entendimento das

particularidades do tema pesquisado

Do ponto de vista dos objetivos o tipo de pesquisa aplicado eacute o descritivo

que segundo Moraes et al (1998) eacute uma pesquisa que permite descobrir e observar

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

33

fenocircmenos procurando descrevecirc-los classificaacute-los e interpretaacute-los Na pesquisa

descritiva o pesquisador interpreta a realidade sem contudo interferir para

modificaacute-la As descriccedilotildees dos fatos satildeo detalhadas e natildeo sofre interferecircncia pois o

pesquisador interessa-se em descobrir e observar fenocircmenos procurando descrevecirc-

los classificaacute-los e interpretaacute-los Vergara (1997) explica que a pesquisa descritiva

expotildee caracteriacutesticas de determinado fenocircmeno estabelecendo correlaccedilotildees entre

variaacuteveis e definindo sua natureza natildeo tendo compromisso de explicar os

fenocircmenos que descreve embora o estudo sirva de base para tal explicaccedilatildeo

Como jaacute dito as situaccedilotildees descritas no trabalho natildeo sofreratildeo interferecircncia

do pesquisador somente seratildeo procuradas as causas e consequecircncias dos

fenocircmenos Esta procura classifica o estudo do ponto de vista dos objetivos como

uma pesquisa exploratoacuteria e por isso classifica-se como uma pesquisa exploratoacuteria

e descritiva De acordo com o que diz Andrade (1999 p57)

Nesse tipo de pesquisa os fatos satildeo observados registrados analisados

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles Isto

significa que os fenocircmenos do mundo fiacutesico e humano satildeo estudados mas

natildeo manipulados pelo pesquisador [] satildeo finalidades de uma pesquisa

exploratoacuteria [] proporcionar maiores informaccedilotildees sobre determinado

assunto facilitar a delimitaccedilatildeo de um tema de trabalho definir os objetivos

ou formular as hipoacuteteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de

enfoque para o trabalho que se tem em mente [] na maioria dos casos

constitui um trabalho preliminar ou preparatoacuterio para outro tipo de pesquisa

Haacute ainda a opiniatildeo de Gil (2002) que conceitua a pesquisa exploratoacuteria como

aquela que proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a tornaacute-lo

expliacutecito ou a construir hipoacuteteses Esta pesquisa envolve levantamento bibliograacutefico

entrevistas com pessoas que tecircm experiecircncias praacuteticas com o problema pesquisado

anaacutelise de exemplos que estimulem a compreensatildeo Assume em geral as formas

de pesquisas bibliograacuteficas e estudos de caso

Portanto do ponto de vista teacutecnico esta pesquisa seraacute um Estudo de Caso

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

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59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

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PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

34

32 MEacuteTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA

Para validar a realizaccedilatildeo de um trabalho monograacutefico haacute necessidade de

estabelecer uma investigaccedilatildeo cientiacutefica a qual depende de um ldquoconjunto de

procedimentos intelectuais e teacutecnicosrdquo (GIL 2002 p26) para que o pesquisador

consiga alcanccedilar os objetivos propostos no planejamento da pesquisa

No presente trabalho o meacutetodo cientiacutefico utilizado foi o dedutivo pois Gil

(2002) considera que este meacutetodo explica o conteuacutedo da pesquisa a partir de dados

jaacute comprovados motivando o pesquisador a formular uma cadeia de raciociacutenio em

ordem descendente partindo de uma anaacutelise do geral para o particular

33 ESTUDO DE CASO

Pelo fato de tomar como objeto da pesquisa uma uacutenica empresa os

procedimentos teacutecnicos do presente trabalho eacute o estudo de caso que na visatildeo de Gil

(2002) envolve o estudo profundo e exaustivo de um objeto de maneira que se pode

detalhar o conhecimento obtido

Neste trabalho a teacutecnica de estudo de caso foi delineada pelas

classificaccedilotildees das pesquisas a pesquisa qualitativa que se concretiza em nortear o

estudo buscando responder os ldquocomordquo e os ldquoporquecircsrdquo da empresa abordada

identificando os riscos que envolvem sua operacionalidade

Da mesma forma o estudo de caso tem cunho descritivo porque como jaacute

dito o pesquisador natildeo interfere na situaccedilatildeo simplesmente a descreve tal como ela

se apresenta (RODRIGO 2008)

Aleacutem disso a caracterizaccedilatildeo da teacutecnica ser de estudo de caso se faz

presente pelo fato de o estudo realizar-se somente em uma empresa do ramo

quiacutemico Aleacutem disso o estudo de caso permite utilizar vaacuterias estrateacutegias e

instrumentos porque segundo Rodrigo (2008) ele natildeo precisa ser meramente

descritivo pois pode ter alcance analiacutetico pode interrogar a situaccedilatildeo pode

confrontar a situaccedilatildeo com outras jaacute conhecidas e com as teorias existentes pode

ajudar a gerar novas teorias e novas questotildees para futura investigaccedilatildeo

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

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59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

35

34 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para determinar os instrumentos da coleta de dados foi realizada uma

pesquisa dos meacutetodos de anaacutelise de risco que natildeo precisasse de amplo

conhecimento teacutecnico do pesquisador em relaccedilatildeo a atividade realizada no setor

pesquisado mas que fosse possiacutevel realizar um trabalho que contribuiacutesse para a

prevenccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos riscos detectados

Na busca de aplicaccedilatildeo de meacutetodo adequado houve a opccedilatildeo pelos

instrumentos indicados pela literatura como os mais simples e de menor

complexidade como o APR e o Checklist na certeza de que um complementa o

outro

A base da utilizaccedilatildeo destes instrumentos foi o Manual do Participante

elaborado pela DuPont empresa reconhecida mundialmente como uma das

melhores analisadoras de risco

Assim preliminarmente foi elaborado um Checklist para investigar junto aos

trabalhadores e administradores a situaccedilatildeo da empresa em relaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de

riscos Em seguida foi montada uma planilha de Anaacutelise Preliminar de Risco

seguindo as diretrizes da Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos (Anexo A)

utilizando a ldquoReferecircncia de Apoio na Seleccedilatildeo da Probabilidade de Ocorrecircncia de um

Eventordquo (Anexo B) Nesta matriz foram estabelecidos os dados coletados permitindo

a apresentaccedilatildeo dos resultados e a discussatildeo

35 ANAacuteLISE DE INFORMACcedilOtildeES E DADOS

A anaacutelise limitou-se ao setor de filtragem Utilizando o Checklist que foi

previamente preenchido foram identificados os principais riscos do setor de

filtragem da empresa em estudo que utiliza a resina a base de solvente

Pelo Checklist foram levantados os maiores riscos que foram registrados

na planilha da Anaacutelise Preliminar de Risco

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

36

Foram utilizados os iacutendices da probabilidade e da severidade com base na

Matriz Geral de Tolerabilidade de Riscos definindo-se o grau de risco como sendo

toleraacutevel moderado substancial ou intoleraacutevel

Pela tabela da APR foram classificados os riscos levantados na pesquisa

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

37

4 ESTUDO DE CASO NA EMPRESA X

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA EMPRESA

Os dados obtidos sobre a empresa foram obtidos do site disponibilizado no

seu endereccedilo eletrocircnico que por uma questatildeo de eacutetica natildeo eacute descrito no presente

estudo da mesma forma que seraacute omitido o nome da empresa sendo aqui

apresentada como Empresa X

Situada na cidade de Ponta Grossa ndash Paranaacute a Empresa X atua na

produccedilatildeo de resinas sinteacuteticas para tintas selantes adesivos plaacutesticos e lixas aleacutem

da distribuiccedilatildeo de produtos quiacutemicos Seu quadro funcional conta com 153

funcionaacuterios distribuiacutedo conforme a Figura 2

Organograma 1 ndash Empresa X Fonte Elaborado pelo autor

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

38

Destaca-se que os funcionaacuterios que trabalham na aacuterea de produccedilatildeo satildeo

admitidos mediante comprovaccedilatildeo de alta capacitaccedilatildeo teacutecnica

Entre os principais produtos que a empresa produz destacam-se as resinas

alquiacutedicas acriacutelicas fenoacutelicas melaminas poliuretacircnicas polieacutesteres resinatos

derivadas do breu e oacuteleos modificados

Devido ao alto grau de automaccedilatildeo e a variedade de tamanho de reatores

que vatildeo de 1m3 a 20m3 a empresa tem a flexibilidade de produzir ao mesmo

tempo resinas em grande escala e resinas com caracteriacutesticas especiacuteficas podendo

atender grandes e pequenos clientes aleacutem daqueles que tem necessidade de

produtos diferenciados O respeito ao meio ambiente satildeo algumas das

caracteriacutesticas que destacam a Empresa X no mercado de resinas

O atendimento dispensado aos clientes eacute personalizado tendo a Empresa X

jaacute adquirido certificaccedilatildeo internacional (ISO 9001)

A Empresa X possui duas plantas industriais que totalizam capacidade de

produccedilatildeo mensal de aproximadamente 2500 toneladas Em 2011 estaacute prevista a

inauguraccedilatildeo de uma terceira planta que aumentaraacute essa capacidade atual para

cerca de 5000 toneladas Dispotildee de tanques de armazenagem de solventes e

outras mateacuterias primas liacutequidas de grande rotatividade Atualmente satildeo 20 tanques

com capacidade de 60 msup3 cada e ateacute o final de 2011 a capacidade de

armazenagem aumentaraacute em pelo menos mais 6 tanques

As unidades satildeo totalmente automatizadas e equipadas com o sistema de

controle de volume PLC (controlador loacutegico programaacutevel) capaz de informar em

tempo real e com precisatildeo a quantidade de produto disponiacutevel Aleacutem disso para

garantir melhor qualidade aos produtos e serviccedilos haacute trecircs laboratoacuterios altamente

modernos laboratoacuterio de controle de qualidade laboratoacuterio de aplicaccedilatildeo e

laboratoacuterio de desenvolvimento

O diferencial tecnoloacutegico da nova planta seraacute a utilizaccedilatildeo de um inovador

sistema de transporte de mateacuteria-prima que permitiraacute que as principais mateacuterias

primas soacutelidas sejam adicionadas aos reatores atraveacutes de um sistema automatizado

aumentando a eficiecircncia da produccedilatildeo e praticamente eliminando desperdiacutecios e

riscos A nova estrutura apresentaraacute moderna tecnologia de automatizaccedilatildeo para

seus processos de produccedilatildeo permitindo que se obedeccedila rigidamente os padrotildees

estabelecidos em especificaccedilotildees e customizaccedilotildees

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

39

Complementarmente investimentos foram feitos levando em conta tambeacutem

o meio ambiente o que se traduz em uma planta livre de emissotildees de compostos

orgacircnicos volaacuteteis - VOC atendendo as especificaccedilotildees dos principais oacutergatildeos

fiscalizadores e certificadores como o Instituto Ambiental do Paranaacute - IAP e Agecircncia

Nacional do Petroacuteleo - ANP

A empresa tambeacutem possui estaccedilatildeo de tratamento de efluentes laboratoacuterio

dedicado ao estudo e diminuiccedilatildeo dos efeitos causados no meio ambiente controle

da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica dentre outras poliacuteticas ambientais

As caracteriacutesticas dos produtos que a Empresa X produz satildeo a seguir

elencadas

- RESINAS A BASE DE SOLVENTE satildeo poliacutemeros diluiacutedos com solventes

(aromaacuteticos acetatos ou alifaacuteticos) para facilitar seu manuseio e

utilizaccedilatildeo Existe uma linha completa de resinas a base de solventes que

inclui as seguintes famiacutelias Acriacutelicas Alquiacutedicas Amiacutenicas derivadas do

Breu Eacutester de Epoacutexi Fenoacutelicas Oacuteleos Modificados Polieacutester

Poliuretacircnicas e Resinatos

- RESINAS A BASE DE AacuteGUA satildeo poliacutemeros que aceitam quantidades

substanciais de aacutegua e geralmente formam filmes transluacutecidos e

transparentes sendo conhecidas tambeacutem como emulsotildees ou soluccedilotildees

hidrossoluacuteveis Elas satildeo menos agressivas ao meio ambiente e aos

usuaacuterios finais pois minimizam a emissatildeo de compostos orgacircnicos

durante o processo de secagem da tinta Entre a linha de resinas a base

de aacutegua destacam-se as Emulsotildees Acriacutelicas os Espessantes o

Dispersante e a Emulsatildeo Vinil-Acriacutelica

- RESINAS DE FONTES RENOVAacuteVEIS compotildeem o esforccedilo da Empresa X

em colaborar com o meio ambiente Sua primeira inovaccedilatildeo neste sentido

foi criar e melhorar continuamente suas resinas a base de aacutegua Seguindo

esta linha a empresa lanccedilou a Linha Verde Brasil Nesta linha existem

resinas com maior utilizaccedilatildeo de fontes renovaacuteveis e baixiacutessima emissatildeo

de compostos orgacircnicos (VOC) incluindo-se aiacute a inovadora alquiacutedica

base aacutegua

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

40

- SOLVENTES satildeo utilizados em diversas fases da fabricaccedilatildeo da tinta

Suas aplicaccedilotildees vatildeo desde a regulagem da viscosidade da pasta de

moagem ateacute o auxiacutelio agrave fluidez dos veiacuteculos e das tintas prontas na fase

de enlatamento A Empresa X eacute distribuidora de solventes certificada

pela Agecircncia Nacional de Petroacuteleo - ANP desde 2008 A Empresa X

possui uma linha completa de solventes incluindo Aguarraacutes Mineral

Toluol Xilol dentre outros

No presente estudo a pesquisa seraacute realizada somente no produto Resinas a

base de solvente

42 OPERACIONALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO DA RESINA A BASE DE SOLVENTE

NA EMRPESA X

Para a produccedilatildeo da resina a base de solvente utilizam-se trecircs tipos de

equipamentos o reator o diluidor e o filtro

No reator ocorre a reaccedilatildeo quiacutemica de esterificaccedilatildeo processo realizado em

torno de 24 horas e a uma temperatura aproximada de 240degC Nesta etapa trabalha-

se com a parte soacutelida do produto final No diluidor ocorre a diluiccedilatildeo com solvente da

parte soacutelida que estava no reator ocorrendo o ajuste de especificaccedilatildeo da resina A

filtragem do produto final eacute realizada no filtro Sparkler

Para a pesquisa em tela interessa a terceira etapa ou seja a filtragem

realizada no filtro Sparkler conforme exposto na Figura 3

Fotografia 1 ndash Filtro Sparkler Fonte Elaborado pelo autor

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

41

O sistema de filtragem eacute acionado por uma bomba e um motor eleacutetrico

conforme exposto na Figura 4

Fotografia 2 ndash Bomba e motor eleacutetrico do setor de filtragem Fonte Elaborado pelo autor

O trabalho da filtragem eacute realizado em trecircs etapas Na primeira etapa

acontece a preparaccedilatildeo quando a resina entra na caixa de separaccedilatildeo (Figura 3) onde

eacute adicionada uma quantidade de poacute de filtro que serve para fazer o polimento da

resina em tempo aproximado de aproximadamente 30 minutos

Apoacutes os 30min o auxiliar de produccedilatildeo retira uma amostra para verificaccedilatildeo

da qualidade da resina (verificaccedilatildeo realizada visualmente) Se aprovado o material

vai para a segunda etapa da filtragem

A segunda etapa eacute a filtragem que comeccedila quando a resina preparada entra

no processo atraveacutes de um filtro composto por 69 folhas de micragem de 01

microns

Apoacutes a filtragem inicia-se a terceira etapa quando o produto entra pela

tubulaccedilatildeo e inicia o envaze em tambores de 180 190 ou 200 kg para ser

armazenado conforme exposiccedilatildeo da Figura 5

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

42

Fotografia 3 ndash Tambores para acondicionamento da resina Fonte Elaborado pelo autor

43 COLETA DE DADOS

431 Coleta Preliminar - Preenchimento do Checklist

Seguindo as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) ficou determinado que as

preliminares para levantamento dos riscos fossem elaboradas pelo Checklist que foi

composto com questotildees adaptadas do Manual do Participante disponibilizado pela

DuPont

Foram seguidos quatro passos para a elaboraccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do Checklist

sendo eles

- Primeiro passo foi selecionado o setor a ser pesquisado

- Segundo passo foi realizada uma investigaccedilatildeo do sistema da produccedilatildeo no

setor

- Terceiro passo foram escolhidos os funcionaacuterios que tecircm maior

conhecimento teacutecnico e que trabalham direto ou indiretamente no setor de

filtragem para responder as questotildees do Checklist

- Quarto passo foi elaborado um rol de perguntas para montar o Checklist

utilizando como base as recomendaccedilotildees da DuPont (2009) adaptando-se

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

43

agraves caracteriacutesticas do setor pesquisado e as coerecircncias da ocorrecircncia do

risco

A formulaccedilatildeo das perguntas pautou-se nos procedimentos que podem

causar riscos essencialmente no setor de filtragem do produto ldquoresina a base de

solventerdquo Foi realizada uma inspeccedilatildeo no setor para melhor compreender a

operaccedilatildeo e melhor reconhecer as falhas apontadas pelos funcionaacuterios entrevistados

Buscou-se utilizar um Checklist bem simplificado mas suficiente para

apontar os riscos e possibilitar as respectivas anaacutelises conforme pode ser verificado

nos Quadros 2 3 4 5 6 7 e 8

Na construccedilatildeo do Quadro 2 a elaboraccedilatildeo das perguntas considerou os

materiais que satildeo produzidos e manipulados no setor de filtragem O objetivo foi

verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para a empresa Buscou-se

identificar itens como a classificaccedilatildeo dos materiais (perigosos ou inofensivos) se

satildeo inflamaacuteveis ou sensiacuteveis quanto ao impacto ou choque se formam poeiras ou

neacutevoas explosivas Tambeacutem se buscou identificar no setor os agentes extintores no

caso de um incecircndio ou explosatildeo quais satildeo os procedimentos de emergecircncia e qual

o risco de intoxicaccedilatildeo para os funcionaacuterios

1) Os materiais foram definidos como sendo ldquoperigososrdquo ou ldquoinofensivosrdquo (tanto componentes quanto produtos finais e seus derivados)

R - Foram definidos como perigosos 2) Quais dos materiais envolvidos no processo satildeo instaacuteveis ou naturalmente inflamaacuteveis R - Os materiais satildeo estaacuteveis neste setor devido ser o processo final poreacutem a resina a base

de solvente eacute inflamaacutevel em condiccedilotildees extremas (alta quantidade de solvente e oxigecircnio) 3) Foi efetuada alguma avaliaccedilatildeo sobre a sua sensibilidade a impactochoque mecacircnico R - Natildeo existe esta sensibilidade para estes materiais 4) Quais satildeo os riscos existentes de formaccedilatildeo de poeirasneacutevoa explosivas R - Natildeo existe este risco a uacutenica combinaccedilatildeo para existir o risco seria uma combinaccedilatildeo alta de

solvente e oxigecircnio para uma explosatildeo 5) Quais satildeo os materiais altamente toacutexicos aos funcionaacuterios R - A resina natildeo eacute toacutexica Somente as resinas aromaacuteticas (a base de solvente) 6) Quais satildeo as precauccedilotildees necessaacuterias para a utilizaccedilatildeo de materiais inflamaacuteveis R - Uso de EPIs disposiccedilatildeo de extintores e treinamento adequado para os funcionaacuterios 7) Quais agentes extintores de incecircndio satildeo compatiacuteveis com o material utilizado R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) e hidrantes com carretas de espuma 8) Que procedimentos de emergecircncia contra incecircndio estaacute sendo fornecido

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

44

R - Primeiro eacute realizado o Procedimento de Seguranccedila para Plano de Atendimento a Emergecircncia e apoacutes o Plano de Accedilatildeo a Emergecircncia (PAE)

9) Que controle de manutenccedilatildeo eacute necessaacuterio para garantir que a substituiccedilatildeo de materiais seja feita

por outros adequados evitando por exemplo corrosatildeo excessiva e produccedilatildeo de compostos perigosos com os reagentes

R - Toda tubulaccedilatildeo eacute feita com accedilo inox e os componentes satildeo aterrados (a balanccedila o tambor e o motorbomba)

Quadro 2 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MATERIAIS Fonte Elaborado pelo autor

No Quadro 3 foram consideradas as reaccedilotildees que poderiam ocorrer tanto na

manipulaccedilatildeo dos materiais como na manipulaccedilatildeo do produto dentro dos

equipamentos O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas

como para a empresa

Buscou-se identificar se existe alguma reaccedilatildeo perigosa que pode ocorrer na

manipulaccedilatildeo dos materiais na mistura dos materiais com algum componente

estranho e na ausecircncia ou na adiccedilatildeo de um componente no produto Tambeacutem se

pode ocorrer alguma reaccedilatildeo ou condiccedilatildeo de risco se houver alguma pane no

equipamento ou parada por um determinado periacuteodo

1) Como satildeo isoladas as reaccedilotildees potencialmente perigosas R - Natildeo existem estas reaccedilotildees 2) Que variaacuteveis do processo poderiam se aproximar ou se aproximam das condiccedilotildees limites de risco R- Se houver vazamentos ou entupimento da tubulaccedilatildeo podendo causar algum dano 3) Que misturas inflamaacuteveis podem ocorrer dentro do equipamento R - Natildeo existe devido o processo ser estaacutevel (processo final) 4) Quais satildeo as consequumlecircncias da ausecircncia de componentes ou proporccedilotildees erradas dos reagentes R- Natildeo existe 5) Que materiais estranhos podem contaminar o processo e gerar algum perigo R - Solvente em excesso gerando alta volatilidade 6) Que providecircncias foram tomadas para a raacutepida remoccedilatildeo de reagente necessaacuteria devido agrave

emergecircncia na planta R - Natildeo existe um procedimento adequado 7) Quais as reaccedilotildees perigosas que podem se desenvolver ocasionadas por falha de um mecacircnico

(bomba equipamento agitador etc) R - Natildeo existe 8) Que condiccedilotildees perigosas do processo de fabricaccedilatildeo podem resultar de uma pane repentina ou

gradual do equipamento R - Obstruccedilatildeo da tubulaccedilatildeo pela resina (endurecimento da resina) por falta de energia durante

um longo periacuteodo

Quadro 3 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- REACcedilOtildeES Fonte Elaborado pelo autor

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

45

Para a construccedilatildeo do Checklist apresentado no Quadro 4 consideraram-se

itens como agraves falhas nos equipamentos que estatildeo envolvidos em todo o processo e

a falta de seguranccedila por parte dos equipamentos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como o entupimento de vaacutelvulas e

tubulaccedilotildees o natildeo correto funcionamento dos equipamentos e acessoacuterios e o

rompimento do acoplamento que eacute feito de borracha

Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila no funcionamento e na

operaccedilatildeo dos equipamentos nas vaacutelvulas ou botoeiras que estatildeo dispostas em

lugares de difiacutecil acesso no risco com a falta do uso de proteccedilotildees das partes

girantes do motor no risco da eletricidade estaacutetica e nos equipamentos que

promovem a seguranccedila do setor em caso de emergecircncia

1) Haacute sistemas de respiro interligados Se haacute quais os riscos que podem resultar R - Natildeo haacute 2) Quais vaacutelvulas e botoeiras eou interruptores de emergecircncia natildeo podem ser alcanccedilados de forma

raacutepida e seguramente R - As vaacutelvulas do oacuteleo teacutermico e as vaacutelvulas de vapor teacutermico para aquecer o reator as quais

se localizam no outro setor onde se encontra o reator 3) Quando os equipamentos em questatildeo especialmente os tanques de estocagem tiveram sua

resistecircncia agrave pressatildeo verificada e qualificada pela uacuteltima vez R - Natildeo se sabe 4) O que acontece se as vaacutelvulas entupirem R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 5) O que acontece se a tubulaccedilatildeo entupir R - O acoplamento da bombamotor seraacute danificado podendo ateacute queimar o motor 6) O que acontece se o manocircmetro do filtro (bateria) aumentar a pressatildeo R - As vaacutelvulas ou a tubulaccedilatildeo pode estar entupidaobstruiacuteda 7) O que acontece se a bombamotor natildeo funcionar R - Paacutera o funcionamento do sistema 8) O que acontece se a borracha do acoplamento do eixo do motor eleacutetrico romper R - Paacutera o funcionamento do sistema 9) O que acontece se o motor eleacutetrico superaquecer devido agrave falta de troca de calor com o ambiente

por causa da camada de resina e sujeira em sua carcaccedila R - Pode gerar dano em longo prazo Jaacute foi feita uma proteccedilatildeo para o motor mas estaacute em

desuso 10) Que controle de seguranccedila eacute mantido sobre a aacuterea de estocagem R - Extintores (poacute seco e quiacutemico) hidrantes com carretas de espuma e faixas de delimitaccedilatildeo 11) Como foi determinada a adequaccedilatildeo da ventilaccedilatildeo

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

46

R - Espaccedilo aberto 12) Que providecircncias foram tomadas para a dissipaccedilatildeo de eletricidade estaacutetica para evitar o perigo

de igniccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 13) Que dispositivos foram instalados para atenuar as explosotildees nas aacutereas de construccedilatildeo ou

operaccedilatildeo R - Aterramento dos equipamentos 14) Quanto ao dispositivo de proteccedilatildeo do motor qual eacute a exigecircncia de seu uso quando o mesmo estaacute

em funcionamento R - Bom senso dos funcionaacuterios O acoplamento do motorbomba eacute feito de borracha para que

o motor natildeo queime em caso de dano e pode ocasionar o seu rompimento

Quadro 4 - Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- EQUIPAMENTOS Fonte Elaborado pelo autor

Para a elaboraccedilatildeo do Checklist relacionado ao controle de instrumentaccedilatildeo

considerou-se itens como falhas e falta de seguranccedila nos controles de

instrumentaccedilatildeo que estatildeo envolvidos em todo o setor

O objetivo foi verificar quais satildeo os riscos tanto para as pessoas como para

a empresa Buscou-se identificar falhas como a quebra de instrumentos que

controlam o processo Tambeacutem se buscou identificar a falta de seguranccedila quanto a

difiacutecil leitura dos instrumentos a existecircncia de dispositivos contra curto-circuito e

sobrecargas e a existecircncia de procedimentos e testes que asseguram a

confiabilidade e o desempenho dos instrumentos

1) Que escalas medidores e registradores natildeo podem ser lidos facilmente Que modificaccedilotildees estatildeo sendo feitas para solucionar esse problema

R - Falta de limpeza em manocircmetros ou substituiccedilatildeo

2) Quais satildeo os dispositivos de proteccedilatildeo contra sobrecarga e o curto-circuito R - Tubulaccedilotildees a prova de explosatildeo

3) A iluminaccedilatildeo eacute adequada para operaccedilatildeo normal para a manutenccedilatildeo de rotina e para o caso de queda de energia

R - A iluminaccedilatildeo eacute adequada e existe iluminaccedilatildeo de emergecircncia

4) O sistema eacute completamente livre de visores de observaccedilatildeo ou visores de leitura direta de niacutevel de liacutequido ou outros dispositivos que se quebrados poderiam permitir o vazamento de materiais do sistema

R - Existe o manocircmetro que possui uma vaacutelvula de retenccedilatildeo acoplada Somente vazaria o ar e natildeo o liacutequido interno

5) Que procedimentos tecircm sido estabelecidos com a finalidade de testes e verificaccedilotildees sobre o funcionamento dos instrumentos

R - Existe somente a manutenccedilatildeo corretiva para os instrumentos e equipamentos A bomba de engrenagem eacute ldquodescartaacutevelrdquo e a bomba centriacutefuga eacute reparada em caso de dano

6) Quais testes perioacutedicos estatildeo efetivamente programados com o objetivo de verificar o desempenho e falhas potenciais de instrumentos

R - Natildeo tem Quadro 5- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- CONTROLE DE INSTRUMENTACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

47

Na verificaccedilatildeo das operaccedilotildees foi elaborado Checklist considerando a falta de

seguranccedila nas principais operaccedilotildees do setor O objetivo foi verificar quais satildeo os

riscos tanto para as pessoas como para a empresa

Buscou-se identificar se existem procedimentos e instruccedilotildees de trabalho

gerais ou especiacuteficos que o funcionaacuterio tenha que seguir em suas atividades

assegurando a sua seguranccedila como tambeacutem identificar se existe uma ldquoreciclagemrdquo

dos funcionaacuterios por parte dos procedimentos operacionais Tambeacutem se buscou

itens como o uso de EPIrsquos a limpeza dos equipamentos e do setor e o risco que a

manutenccedilatildeo pode ocasionar no setor

1) Quando os procedimentos e instruccedilotildees operacionais foram verificados e revisados pela uacuteltima vez

R - Natildeo existe uma periodicidade Existe o procedimento de seguranccedila que eacute feito anualmente

2) Qual eacute a exigecircncia do uso dos EPIacutes (oacuteculos proteccedilatildeo luva proteccedilatildeo respirador de ar) R - Satildeo feitos treinamentos e orientaccedilotildees quanto ao uso

3) Existe um procedimento para a operaccedilatildeo de rolamento dos tambores de armazenagem de resina que estatildeo agrave alta temperatura

R - Natildeo existe este procedimento de manuseio

4) O que acontece se a resina a base de solvente entrar em contato com os olhos ou pele R - A resina eacute retirada com o uso de um solvente menos agressivo

5) Os operadores tecircm treinamento adequado para manipular as vaacutelvulas sendo que a resina tem que estar sempre em circulaccedilatildeo quando os equipamentos estiverem em uso (para que natildeo aumente a pressatildeo no filtro)

R - Natildeo tem

6) Como os novos funcionaacuterios ligados agrave operaccedilatildeo satildeo treinados nas operaccedilotildees iniciais e como os funcionaacuterios mais experientes se conservam em dia com o planejamento dos procedimentos de operaccedilatildeo especialmente em relaccedilatildeo a partidas paradas imprevistos ou emergecircncias

R - Natildeo existe este planejamento

7) Que dispositivos de seguranccedila o manual de operaccedilotildees da unidade apresenta para tratamento dos riscos de partidas parada imprevistos e emergecircncias

R - Natildeo tem

8) Que exigecircncias de limpeza existem antes das partidas e como satildeo checadas R - A cada termino de um lote ou troca de resina eacute feita a limpeza interna da tubulaccedilatildeo com solvente

9) Que precauccedilotildees de seguranccedila satildeo necessaacuterias no carregamento e descarregamento de liacutequidos de tanques A possibilidade de geraccedilatildeo de eletricidade estaacutetica foi adequadamente evitada

R - Natildeo existe tais precauccedilotildees Eacute feito o aterramento

10) Que riscos para o processo satildeo introduzidos pelos procedimentos de manutenccedilatildeo de rotina R - Para o ajuste das gaxetas da bomba o operadormanutentor deixa o eixo da bomba sem

proteccedilatildeo Haacute o risco quando o operadormanutentor ajusta a gaxeta com a bomba em funcionamento

Quadro 6- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- OPERACcedilOtildeES

Fonte Elaborado pelo autor

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

48

Na verificaccedilatildeo de mau funcionamento considerou-se para a elaboraccedilatildeo do

Checklist o incidente de maior gravidade que pode ocorrer no setor

1) Qual eacute o incidente verossiacutemil mais grave isto eacute a pior combinaccedilatildeo concebiacutevel e razoaacutevel de maus

funcionamentos que pode ocorrer

R - Pegar fogo no solvente gerando um princiacutepio de incecircndio

Quadro 7- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- MAU FUNCIONAMENTO

Fonte Elaborado pelo autor

Quanto a localizaccedilatildeo e planta de onde o setor estaacute alocado foi considerado

na elaboraccedilatildeo do Checklist quais os riscos que podem ocorrer para a comunidade

ao redor da empresa

1) Na ocorrecircncia dos tipos previsiacuteveis de derramamentos e liberaccedilotildees quais perigos existiratildeo para a

comunidade

R - Para comunidade nenhum visto o distanciamento e as contenccedilotildees existentes

Quadro 8- Lista de Verificaccedilatildeo (Checklist)- LOCALIZACcedilAtildeO E PLANTA DE LOCACcedilAtildeO Fonte Elaborado pelo autor

432 Disposiccedilatildeo dos Dados Coletados - Anaacutelise Preliminar de Risco - APR

Mediante as respostas obtidas no Checklist foram identificados os principais

riscos no setor de filtragem da empresa em estudo essencialmente na manipulaccedilatildeo

da resina a base de solvente

Foram levantados por meio do Checklist quinze riscos os quais estatildeo

enumerados conforme consta no Quadro 9 que foi adaptado das instruccedilotildees da

DuPont (2009) e expotildee o formulaacuterio para elaborar a APR

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

49

APR ndash Anaacutelise Preliminar de Riscos Local Empresa X Setor Filtragem Processo Filtragem da resina a base de solvente

Data 18072011 Revisatildeo

Coordenador Rodrigo Equipe Teacutecnica

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

1

Materiais

Inflamaacuteveis

(resina a base

de solvente)

Superaquecimento

da resina

(condiccedilotildees

extremas) e fonte

de igniccedilatildeo

Danificar os equipamentos

do setor Treinamento e

orientaccedilotildees para o

manuseio dos

equipamentos e

materiais

A 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de trabalho no

setor e dar

treinamento

perioacutedico

Causar queimaduras aos

funcionaacuterios

2

Vazamento em

tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

Manutenccedilatildeo dos

equipamentos

Causar queimaduras nos

funcionaacuterios

Manutenccedilatildeo

corretiva C 3 Substancial

Manutenccedilatildeo

preventiva

preditiva

Gerar alguma lesatildeo ao

funcionaacuterio quando a resina

a alta temperatura entrar em

contato com a pele ou olhos

3

Tubulaccedilatildeo

vaacutelvulas

obstruiacutedas

Manutenccedilatildeo e

limpeza dos

equipamentos e

tubulaccedilotildees

Parada do sistema podendo

causar algum dano A cada troca de

resina faz-se a

limpeza da tubulaccedilatildeo

com solvente

B 2 Moderado

Elaborar um

procedimento

de limpeza

perioacutedica do

sistema e dar

treinamento

Pode causar vazamento

4

Procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho no

setor

Falta de

procedimento

operacional no

setor

Retenccedilatildeo do conhecimento

por alguns funcionaacuterios

Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar

procedimentos

operacionais e

instruccedilotildees de

trabalho

Falta de padronizaccedilatildeo das

atividades do setor

Continua

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

50

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

5

ldquoReciclagemrdquo

dos

funcionaacuterios

quanto agraves

atividades

operacionais

Falta de

treinamentos e

instruccedilotildees de

trabalho

Riscos aos funcionaacuterios que

operam os equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaboraccedilatildeo de

treinamentos

perioacutedicos e

instruccedilotildees de

trabalho

6

Verificaccedilatildeo da

resistecircncia da

pressatildeo dos

tanques

Falta de um

procedimento

perioacutedico de testes

e de manutenccedilatildeo

Dano ao equipamento

Natildeo existe D 4 Intoleraacutevel

Elaborar um

procedimento

perioacutedico de

testes e de

manutenccedilatildeo Riscos aos funcionaacuterios que

operam o equipamento

7

Aacuterea de

estocagem dos

tambores

inapropriada

Falta de espaccedilo

para a alocaccedilatildeo

dos tambores em

aacutereas corretas

Riscos aos funcionaacuterios

Natildeo existe D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor

quanto ao

destino dos

tambores e

suas

disposiccedilotildees

no local

Obstruccedilatildeo da saiacuteda em

caso de emergecircncia do

setor

Continua

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

51

Continuaccedilatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

8

Visualizaccedilatildeo

dos

manocircmetros

Falta de limpeza

do visor Dificuldade na visualizaccedilatildeo

da pressatildeo principalmente

em casos de emergecircncia

Natildeo existe D 3 Intoleraacutevel

Procedimento

de limpeza ou

substituiccedilatildeo

do visor em

periacuteodos preacute-

determinados

Substituiccedilatildeo do

visor do aparelho

9

Falta de uma

manutenccedilatildeo

preventiva em

equipamentos

Natildeo haacute

manutenccedilatildeo

preventiva no

setor

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Manutenccedilatildeo

corretiva D 3 Intoleraacutevel

Elaborar um

programa de

manutenccedilatildeo

preventiva Perigo aos funcionaacuterios com

relaccedilatildeo agrave seguranccedila

10

Falta de testes

contra falhas

em

equipamentos

Natildeo haacute testes

para detecccedilatildeo de

falhas nos

equipamentos

Preservaccedilatildeo dos

equipamentos Natildeo existe D 2 Substancial

Elaborar um

programa de

testes para os

equipamentos

11 Eixo da bomba

sem proteccedilatildeo

Falta de proteccedilatildeo

do eixo

Riscos de acidente dos

funcionaacuterios Proteccedilatildeo moacutevel D 2 Substancial

Colocar uma

proteccedilatildeo

parafusada

para o eixo

Continua

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

52

Conclusatildeo

Ndeg Risco Causas Efeitos Controles

Existentes

Cat

Prob

Cat

Sev

Grau

Risco

Accedilotildees

Tomadas

12

Contato da

resina com a

pele ou olhos

Falta de

procedimentos

quanto ao

manuseio da

resina

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

No caso de contato

tem-se o

Procedimento de

Seguranccedila para

Plano de

Atendimento a

Emergecircncia

C 1 Moderado

Treinamentos

orientaccedilotildees e

elaboraccedilatildeo de

procedimentos

operacionais Natildeo utilizaccedilatildeo dos

EPIs

13 Natildeo utilizaccedilatildeo

dos EPIs

Conscientizaccedilatildeo

dos funcionaacuterios

Lesotildees a sauacutede dos

funcionaacuterios

Fornecimento dos

EPIs C 3 Substancial

Treinamentos

conscientizaccedilotildees

e orientaccedilotildees

14 Proteccedilatildeo do

motor

Falta de proteccedilatildeo

do motor

Pode gerar dano ao motor

em longo prazo

Existe uma proteccedilatildeo

mas em alguns

casos estaacute em

desuso

D 1 Moderado

Exigecircncia do

supervisor para

o uso da

proteccedilatildeo

15

Treinamento

para ligar o

motor em

sentido

correto de giro

(contato do

eletricista

pessoa

terceirizado e

operador)

Falta de

procedimento

operacional

Vazamento da resina para

fora da tubulaccedilatildeo Natildeo existe B 1 Moderado

Elaborar um

procedimento

para ligar o

motor

Quadro 9 ndash Planilha para elaboraccedilatildeo da Anaacutelise Preliminar de Risco - APR Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

53

Apoacutes a realizaccedilatildeo destes registros com base na Matriz Geral de

Tolerabilidade de Riscos (Anexo A) e com a Referecircncia de apoio na seleccedilatildeo da

probabilidade de ocorrecircncia de um evento (Anexo B) foi definido por meio da

probabilidade e da severidade o grau de risco como sendo toleraacutevel moderado

substancial ou intoleraacutevel Pela tabela da APR verifica-se pela combinaccedilatildeo entre

probabilidade e severidade que os riscos levantados compreendem riscos

moderados substanciais e intoleraacuteveis

44 RESULTADOS

Na elaboraccedilatildeo do Checklist estaacute limitada a aacuterea de pesquisa no setor de

filtragem da Empresa X analisando-se somente os riscos substanciais e

intoleraacuteveis considerando que nestes riscos a organizaccedilatildeo deve buscar de imediato

a reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do risco na fase de prevenccedilatildeo pois ocorrecircncia destes

riscos pode causar danos de grande monta tanto para as pessoas como para a

empresa ou aos equipamentos

Sendo este o objetivo da presente pesquisa dos quinze riscos principais

detectados no Checklist e expostos no Quadro 9 nove foram analisados por

enquadrarem-se como riscos substanciais e intoleraacuteveis No sistema SGI da

empresa multinacional Daimlerchrysler do Brasil quando eacute detectado risco

substancial as atividades natildeo devem ser realizadas ateacute que o risco tenha sido

reduzido e saia deste niacutevel de risco e se natildeo for possiacutevel reduzir o risco as

atividades devem ser definitivamente encerradas Da mesma forma em relaccedilatildeo ao

risco intoleraacutevel as atividades devem paralisar ateacute que o risco seja reduzido e no

caso de natildeo ser possiacutevel esta reduccedilatildeo devem ser encerradas as atividades ateacute

soluccedilatildeo do problema (COCHARERO 2007)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

54

441 Riscos Substanciais

Conforme os dados coletados nos instrumentos da presente pesquisa os

riscos substanciais encontrados foram

- vazamentos de tubulaccedilatildeo ou vaacutelvulas

- falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no setor

- falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

- falta de testes contra falhas nos equipamentos

- eixo da bomba natildeo ter proteccedilatildeo

- natildeo utilizaccedilatildeo dos EPIs por parte dos funcionaacuterios

Para o risco de vazamento em tubulaccedilatildeo ou em vaacutelvulas identificou-se a

necessidade de uma maior periodicidade na manutenccedilatildeo do sistema fazendo

assim uma manutenccedilatildeo preventiva

Quanto agrave falta de procedimentos operacionais e instruccedilotildees de trabalho no

setor haacute a necessidade de padronizar as operaccedilotildees bem como instruir todos os

funcionaacuterios sobre a correta operaccedilatildeo e manuseio dos materiais e equipamentos

A falta de ldquoreciclagemrdquo dos funcionaacuterios quanto agraves atividades operacionais

estaacute relacionada com a proacutepria seguranccedila dos colaboradores os treinamentos

perioacutedicos e as instruccedilotildees de trabalho atualizadas mitigariam esse risco

O risco da falta de testes contra falhas nos equipamentos pode ser evitado

elaborando programas de testes que identifiquem a vida uacutetil dos equipamentos para

que se possa fazer uma intervenccedilatildeo no mesmo antes da falha (se viaacutevel)

Quanto agrave falta de proteccedilatildeo do eixo da bomba e a natildeo utilizaccedilatildeo de EPIs

contribuem para aumentar o grau do risco pois estes procedimentos seriam uma

forma de evitar esses riscos

A proteccedilatildeo adequada e os treinamentos gradativamente formariam a

conscientizaccedilatildeo do grau de risco bem como haveria orientaccedilatildeo que mostraria o

grau de periculosidade que estes riscos acarretam

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

55

442 Riscos Intoleraacuteveis

Os riscos intoleraacuteveis detectados na pesquisa foram

- falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques

- dificuldade da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros

- falta de manutenccedilatildeo preventiva nos equipamentos

A falta de verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo dos tanques e a dificuldade

da visualizaccedilatildeo dos manocircmetros foram determinadas como intoleraacuteveis devido ao

alto risco que pode ocasionar em todo o setor

O risco pela verificaccedilatildeo da resistecircncia da pressatildeo seria atenuado elaborando

um procedimento perioacutedico de testes e de manutenccedilatildeo

A dificuldade de visualizaccedilatildeo dos manocircmetros poderia deixar de ser um

risco intoleraacutevel se fosse elaborado um procedimento de limpeza ou substituiccedilatildeo do

visor do equipamento em periacuteodos preacute-determinados sendo que esse equipamento

eacute de grande importacircncia para o processo

O risco da falta de uma manutenccedilatildeo preventiva para os equipamentos seria

mitigado elaborando um programa de manutenccedilatildeo preventiva que preveniria os

equipamentos contra danos ou falhas que poderiam ser evitadas antecipadamente

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

56

5 CONCLUSAtildeO

Os fatos relatados sobre acidentes ocasionados por riscos desenvolvidos em

determinadas atividades denotam a importacircncia do gerenciamento de riscos Os

riscos que determinados equipamentos substacircncias poluidoras ou ateacute sistemas

operacionais oferecem exigem que as empresas sejam de qual porte for tenham

um sistema de gestatildeo que atenda e respeite as determinaccedilotildees legais

empreendendo preceitos de prevenccedilatildeo e seguranccedila do trabalho bem como siga os

requisitos e as praacuteticas necessaacuterias para a realizaccedilatildeo de suas atividades cercada de

proteccedilatildeo que previna e diminua os riscos

O presente trabalho foi desenvolvido no sentido de apresentar uma

metodologia qualitativa que pudesse auxiliar no programa de gerenciamento de

riscos operacionais de uma empresa do ramo quiacutemico utilizando ferramentas

simples e que natildeo necessitasse de uma equipe teacutecnica especializada no setor

Comprovou-se que isto eacute possiacutevel para prevenir com eficaacutecia os riscos do setor de

filtragem de uma induacutestria quiacutemica e conscientizaccedilatildeo dos funcionaacuterios pela

seguranccedila no setor analisado

Vaacuterias satildeo as metodologias disponibilizadas pela literatura para anaacutelises de

riscos destacando-se que muitas delas satildeo simples faacuteceis de aplicar e natildeo

requerem um aparato teacutecnico complexo bastando que um profissional dedique sua

atenccedilatildeo para refinar e implementar um meacutetodo adequando-o ao processo produtivo

da empresa que atua

A DuPont (2009) disponibiliza em seu Manual do Participante vaacuterias

metodologias para anaacutelise de risco entre elas a APR que pode ser apontada como

um processo simples e de faacutecil aplicaccedilatildeo essencialmente se usar como fase

preliminar o Checklist

A importacircncia que a ARP apresentou no presente trabalho foi tornar possiacutevel

detectar riscos substanciais e intoleraacuteveis que satildeo notadamente os riscos que toda

empresa deve evitar acontecer seja por um sistema preventivo seja pela eliminaccedilatildeo

da atividade Destaca-se que esta detectaccedilatildeo ocorreu em uma empresa que cada

dia mais se consagra no municiacutepio de Ponta Grossa como uma organizaccedilatildeo que

segue normas ambientais de seguranccedila e obteacutem certificaccedilatildeo internacional

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

57

assumindo o compromisso de desenvolver e atingir niacuteveis de excelecircncia em seus

processos

Por isto conclui-se que a anaacutelise de riscos e sugestotildees de medidas de

controle satildeo fundamentais para toda e qualquer empresa O porte ou a qualificaccedilatildeo

da empresa natildeo interfere na necessidade constante de ajustes nas atividades para

prevenir ou destituir os riscos inerentes a atividades que possam oferecer perigo na

efetivaccedilatildeo do processo produtivo

Outro fator importante que uma APR pode levantar eacute a conscientizaccedilatildeo dos

trabalhadores em relaccedilatildeo aos riscos e o envolvimento da gerecircncia nas questotildees

que podem ser solucionadas a custos relativamente baixos se comparados agraves

consequecircncias de um acidente de trabalho

Comprova-se assim a eficaacutecia da APR sem deixar em destaque que dada a

complexidade do tema aqui proposto esta metodologia pode ser associada a outros

estudos que possam contribuir para o fortalecimento da gestatildeo de riscos das

organizaccedilotildees

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

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ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

58

REFEREcircNCIAS

AGUIAR L A Metodologias de anaacutelise de riscos APP amp AZOP Rio de Janeiro UFRJ 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwsaneamento poloufrjbrdocumentosAPP_e_HAZOP pdfgt Acesso em 20 ago 2011 ALMEIDA FILHO R B PO seguro de acidentes do trabalho e sua encampaccedilatildeo pelo governo federal Seguros amp Riscos Satildeo Paulo Technic Press dez1992 ANDRADE M M de Introduccedilatildeo agrave metodologia do trabalho cientifico elaboraccedilatildeo de trabalhos de graduaccedilatildeo 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1999 ARAUacuteJO LIMA J C de (coord) Manual de anaacutelise de risco e de confiabilidade Rio de Janeiro PetrobrasReduc 1998 BARRETTO R da E Anaacutelise Preliminar de Perigo (APP) em Projetos de Arquitetura - aplicaccedilatildeo e teste de viabilidade da derramenta da anaacutelise de risco 2008 282 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 BARROS A J P de LEHFELD N A de S Um guia para a inicializaccedilatildeo cientiacutefica Satildeo Paulo McGraw-Hill 1986 BRASIL Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977 Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho ndash CLT Altera o Capiacutetulo V do Titulo II da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho relativo a seguranccedila e medicina do trabalho e daacute outras providecircncias _____ MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO ndash MINISTEacuteRIO DA PREVIDEcircNCIA SOCIAL Nuacutemero de acidentes e doenccedilas do trabalho no Brasil de 1970 a 2008 - acidentes de trabalho ocorridos nos uacuteltimos 39 anos 2009 Disponiacutevel em lt wwwsegurancanotrabalhoengbrestatisticashtmlgt Acesso em 29 jul 2011 _____ Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Portaria 3214GM de 08 de junho de 1978 Diaacuterio Oficial da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia DF 06 de jul 1978 CAMARGO J R ALMEIDA J R de CUGNASCA P S Anaacutelise de risco de um sistema de controle de transporte puacuteblico Revista dos Transportes Puacuteblicos Satildeo Paulo n 110 abi 28 2006 Disponiacutevel em lthttpportal1antpnetrepRTPRTP2006-110-02pdfgt Acesso em 20 ago 2011 CARDELLA B Seguranccedila no trabalho e prevenccedilatildeo de acidentes ndash uma abordagem holiacutestica Seguranccedila integrada agrave missatildeo organizacional com produtividade qualidade preservaccedilatildeo ambienta e desenvolvimento de pessoas Satildeo Paulo Atlas 2010

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

59

CICCO F de FANTAZZINI M L Tecnologias consagradas de gestatildeo de riscos 2 ed Satildeo Paulo Risk Tecnologia Editora Ltda 2003 (Risk Management) COCHARERO R Ferramentas para gestatildeo de seguranccedila e sauacutede do trabalho no canteiro de obras 2007 123 f Monografia (Especialista em Tecnologia e Gestatildeo na Produccedilatildeo de Edifiacutecios) Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo Disponiacutevel em ltwwwpccuspbrMonografia20-20Renato20Cocharero20gt Acesso em 15 ago 2011 COOPER Dale et al Project risk management guidelinie ndash manging risk em large projects and complex procurements England Wiley 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsegurancadotrabalhoufmsbrarquivosprofessoraLegislacaopdfgt Acesso em 10 ago 2011 DUPONT Dupont de Nemours and Company DuPont do Brasil Manual do participante - ARP - Anaacutelise de Riscos de Processo Brasiacutelia BRF 2009 ELKINGTON P SMALLMAN C Managing Project risks ndash a case study from the utilities sector International Journal of Project Mangement v 20 2002 p 49-57 FERNANDES A A prevenccedilatildeo e a cobertura do infortuacutenio do trabalho Gerecircncia de Riscos Satildeo Paulo ITSEMAP do Brasil outdez1991 FERREIRA I H F Gestatildeo do risco industrial numa central termoeleacutectrica de ciclo combinado 2008 97 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia e Gestatildeo Industrial) ) - Instituto Superior Teacutecnico Universidade Teacutecnica Lisboa Lisboa 2008 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2002 GRIMALDI J V SIMONDS R H Safety management Homewood 1989 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 HILLSON D Gerenciamento de riscos Revista Melhores Praacuteticas e Desenvolvimentos Futuros Brasiacutelia 2010 Disponiacutevel em ltwwwisegnetcombrgt Acesso em 10 ago 2011 KOLLURU R Risk Assessment and Management a Unified Approach 1996 Revista ANTT n 5 694 p Disponiacutevel em ltwwwanttgovbrrevistaantted2_ed2-artigosSistemaaspgt Acesso em 15 ago 2011 MAIA NETO L M et al Lopa as a PHA complementary tool ndash a case study The SPE International Conference on HSE in Oil and Gas Exploration and Production April 2010 MONTEIRO A L BERTAGNI R F S Acidentes do trabalho e doenccedilas ocupacionais Satildeo Paulo Saraiva 1999 MORAES A et al Ergonomia - conceitos e aplicaccedilotildees Rio de Janeiro 2AB 1998

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

60

PARDO J A R Metodologia para Anaacutelise e Gestatildeo de Riscos em Projetos de Pavimentos Ferraviaacuterios 2009 208 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Departamento de Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Geotecnia da UFOP Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2009 PORTO M F S Anaacutelise de risco nos locais de trabalho - conhecer para transformar Caderno Sauacutede do Trabalhador Rio de Janeiro FIOCRUZ 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscrubdcomdoc7839887Cadernos3-Analise de Riscogt Acesso em 20 ago 2011 RAPOSO J L O Manutenccedilatildeo Centrada em Confiabilidade Aplicada a Sistemas Eleacutetricos uma proposta para uso de anaacutelise de risco no diagrama de decisatildeo 2004 149 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de Engenharia Eleacutetrica Departamento de Engenharia Eleacutetrica Universidade Federal da Bahia Salvador 2004 RICHARDSON R J Pesquisa social meacutetodos e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1989 RODRIGO J Estudo de caso ndash fundamentaccedilatildeo teoacuterica Brasiacutelia Vestcon 2008 ROESSLER H L Manual de analise de riscos industriais Porto Alegre FEPAM mar2001 Disponiacutevel em ltwwwfepamrsgovbrcentralformulaacuteriosarqamnual_riscopdfgt Acesso em 25 jul 2011 SANDERS M S McCORMICK E J Human Error Accidents and Safety In SANDERS MS McCORMICK E J Human Factors in Engineering and Design 7th ed New Yo rk McGraw-Hill 1993 chap 20 p 655 - 695 SIQUEIRA L E A (colab) Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho 26 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil 24 ed Satildeo Paulo Saraiva 2000 SOUZA C R C de Gerenciamento de Riscos Apostila do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Seguranccedila do Trabalho da Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2006 VERGARA S C Projetos e relatoacuterios de pesquisa em administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

61

ANEXO A - MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

62

MATRIZ GERAL DE TOLERABILIDADE DE RISCOS

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

63

ANEXO B - REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA DE UM EVENTO

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)

64

REFEREcircNCIA DE APOIO NA SELECcedilAtildeO DA PROBABILIDADE DE OCORREcircNCIA

DE UM EVENTO

GRAU DENOMINACcedilAtildeO CARACTERIacuteSTICAS

A Extremamente Remoto

Extremamente remoto mas possiacutevel

Natildeo haacute notiacutecia de ocorrecircncia anterior

Exige falha de muacuteltiplos sistemas (redundantes) de proteccedilatildeo associadas ou natildeo procedimentos

Intervalo entre ocorrecircncia acima de 35 anos

B Remoto Evento remoto mas ocorre eventualmente

Pode ocorrer sob certas circunstacircncias excepcionais

Haacute registro de ocorrecircncia na empresa ou na induacutestria

Exige falhas muacuteltiplas de componentes de um sistema de proteccedilatildeo ou vaacuterias camadas de proteccedilatildeo

Intervalo entre ocorrecircncia de 15 a 35 anos

C Razoavelmente Provaacutevel

Evento razoavelmente provaacutevel (espere por ele)

Pode-se esperar uma ocorrecircncia existe histoacuterico

Pode ocorrer mais de uma vez no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer por falha localizada (um uacutenico componente)

Pode ocorrer por desvio de procedimento localizado

Intervalo entre ocorrecircncia de 1 a 15 anos

D Provaacutevel Evento provaacutevel recorrente

Ocorre com frequumlecircncia no ciclo de vida da unidade

Pode ocorrer mais de uma vez ao ano na unidade

Fonte Adaptado de DuPont (2009)