anÁlise palogrÁfico

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NORMAS RELATÓRIO – Unidade III 1 – Introdução: Fundamentação teórica SOBRE APLICAÇÃO DE TÉCNICAS PROJETIVAS. Destacar necessidade de estabelecimento de rapport, aspectos atitudinais, aspectos da aplicação, dentre outros (fundamentar com capítulo da Anastasi e Urbina, 2000, sobre Técnicas Projetivas) VANESSA FEZ As técnicas projetivas são instrumentos não estruturados que buscam eliciar aspectos latentes dos comportamentos dos indivíduos. Elas se caracterizam por fazer emergir traços, que através de estímulos ambíguos, surgem à consciência do testando diminuindo assim, a possibilidade de uma possível censura do mesmo haja vista que não há respostas certas ou erradas. “As técnicas projetivas se caracterizam por uma abordagem global à avaliação da personalidade. A atenção centra-se em um quadro composto de toda a personalidade, e não na mensuração de traços separados. As técnicas projetivas são consideradas por seus expoentes como especialmente efetivas para revelar aspetos da personalidade encobertos, latentes ou inconscientes”. (Anastasi & Urbina, p. 2000). AJEITAR ESSA CITAÇÃO As autoras seguem salientando que essas técnicas originaram-se de um ambiente clínico e permaneceram predominantemente como um instrumento para o profissional clínico, ademais se deve observar que as técnicas não precisam de uma teoria ou origens históricas específicas. Para que se possa aplicar a técnica projetiva no sujeito, faz-se necessário estabelecer o rapport a fim de

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Page 1: ANÁLISE PALOGRÁFICO

NORMAS RELATÓRIO – Unidade III

1 – Introdução: Fundamentação teórica SOBRE APLICAÇÃO DE TÉCNICAS

PROJETIVAS. Destacar necessidade de estabelecimento de rapport, aspectos

atitudinais, aspectos da aplicação, dentre outros (fundamentar com capítulo da

Anastasi e Urbina, 2000, sobre Técnicas Projetivas) VANESSA FEZ

As técnicas projetivas são instrumentos não estruturados que buscam

eliciar aspectos latentes dos comportamentos dos indivíduos. Elas se

caracterizam por fazer emergir traços, que através de estímulos ambíguos,

surgem à consciência do testando diminuindo assim, a possibilidade de uma

possível censura do mesmo haja vista que não há respostas certas ou erradas.

“As técnicas projetivas se caracterizam por uma abordagem global à avaliação da personalidade. A atenção centra-se em um quadro composto de toda a personalidade, e não na mensuração de traços separados. As técnicas projetivas são consideradas por seus expoentes como especialmente efetivas para revelar aspetos da personalidade encobertos, latentes ou inconscientes”. (Anastasi & Urbina, p. 2000). AJEITAR ESSA CITAÇÃO

As autoras seguem salientando que essas técnicas originaram-se de um

ambiente clínico e permaneceram predominantemente como um instrumento

para o profissional clínico, ademais se deve observar que as técnicas não

precisam de uma teoria ou origens históricas específicas.

Para que se possa aplicar a técnica projetiva no sujeito, faz-se

necessário estabelecer o rapport a fim de que se crie um ambiente adequado

favorecendo a quebra do gelo e propiciando um contato satisfatório do

terapeuta e do cliente. É importante salientar o que a técnica em questão avalia

e lembrar que não há uma resposta certa, mas apenas se precisam fazer os

procedimentos que a técnica pede.

A tarefa geralmente é intrinsecamente interessante e divertida. Ela tende

a afastar a atenção do indivíduo de si mesmo e assim, reduz o embaraço e a

defensividade. Ela oferece pouca ou nenhuma ameaça ao prestígio do

respondente, uma vez que qualquer resposta que a pessoa dá está “certa”.

(ANASTASI & URBINA, 2000)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Page 2: ANÁLISE PALOGRÁFICO

O Teste Palográfico pode ser considerado um teste expressivo de

personalidade, de acordo com a classificação de testes de personalidade

proposta por Van Kolck (1974-1975).

Segundo Van Kolck (1984, p.2), no ato de desenhar estão presentes e

juntas a adaptação, a expressão e a projeção e, “mais do que qualquer

produção pessoal deve ser analisado cuidadosamente”.

A adaptação se refere à adequação em relação à tarefa solicitada, isto é,

se realiza a tarefa de modo convencional, original, ou fantasioso, bem como se

a execução está de acordo com a idade e o sexo. A expressão se refere “ao

estilo peculiar da resposta do sujeito, que se revela através das qualidades

propriamente gráficas, que dizem mais respeito à forma” (p.2). A projeção é

avaliada através da atribuição de qualidades às situações e objetos, que

aparecem no conteúdo e na maneira de tratar o tema.

As técnicas que envolvem a realização de traçados simples e a análise

da escrita, empregam o aspecto expressivo para a avaliação da personalidade

(Van Kolck, 1974-75).

O estudo da personalidade pode ser dividido em três níveis, sendo que para

Allport e Vernon (1933), o foco pode ser aplicado a qualquer um dessas

diferentes divisões.

O primeiro é o nível dos traços, interesses, atitudes ou sentimentos considerados como compondo uma personalidade ‘interior’; o segundo é o nível do comportamento e da expressão; o terceiro é o nível da impressão, da percepção e interpretação do comportamento pelo outro (ALLPORT; VERNON, 1933 apud ALVES; ESTEVES, ..., p.24)

Assim, os julgamentos da personalidade feitos de outras pessoas, são

“constructos inferenciais baseados na nossa percepção sensorial da

expressão” sendo apenas pela percepção do corpo físico, da linguagem e dos

gestos do outro que se pode chegar a qualquer conhecimento sobre ele.

Fundamentado nisso, o estudo direto da expressão é a abordagem mais

natural para o estudo da personalidade.

Existem abundantes questões relativas às disposições subjacentes ao

movimento e ao efeito do movimento sobre os outros. Allport e Vernon (1933)

definem o movimento expressivo como “aqueles aspectos do movimento que

Page 3: ANÁLISE PALOGRÁFICO

são suficientemente característicos para diferenciar um individuo do outro”

(p.vii).

Segundo Klages (1959), “o princípio da expressão diz que a todo

movimento interior corresponde a um movimento corporal análogo ou que todo

movimento expressivo é involuntariamente dirigido para o fim instintivo contido

na vivência da vida interior”.

Na força do movimento se expressa a força do impulso psíquico, que

pode manifestar-se de diversas formas: como a amplificação do movimento, o

aumento da velocidade ou um traço mais robusto (BOCCATO & ESTEVES,

2004).

Allport (1974 apud BOCCATO & ESTEVES, 2004) enfatiza que

diversos fatores exerçam influência sobre o comportamento expressivo, sendo

necessário considerá-los para sua análise. Esses fatores são:

a) “tradição cultural;

b) Convenção regional;

c) Disposições emocionais passageiras;

d) Condições de tensão e fadiga;

e) Idade;

f) Sexo;

g) Estrutura muscular congênita e estrutura física;

h) Condições de saúde e doença;

i) Deformações acidentais do corpo;

j) Treino especial (por exemplo: dramático ou militar);

k) Condições do ambiente físico (por exemplo: caneta, papel e tinta para

escrever)”.

Van Kolck (1984) propõe “Aspectos Gerais do Desenho” tais como:

Posição da folha; localização na página; tamanho em relação a folha;

resistência em desenhar; qualidade do grafismo; pressão do lápis; continuidade

da linha. Hammer (1991) considera alem desses: a simetria,a precisão,o grau e

a área de completamento e de detalhamento do desenho,a perspectiva as

proporções, o sombreamento o reforço, e o que foi apagado.

Aspectos a serem avaliados no teste

Page 4: ANÁLISE PALOGRÁFICO

SIMBOLISMO DO ESPAÇO: é visto por vários autores como um fator de

grande importância a ser analisado. Pode-se interpretar a inclinação e

margens:

INCLINAÇÃO

Inclinação dos traçados - tem relação com a sociabilidade. Segundo

Klages (1959), quando a inclinação esta para a direita significa um predomínio

do sentimento sobre a razão e para a esquerda, indica aversão, afastamento,

repulsa.

MARGENS

O alargamento progressivo da margem esquerda mostra vivacidade e

impaciência; O estreitamento demonstra prudência e reflexão.

DISTÂNCIA ENTRE LINHAS: ligado ao relacionamento interpessoal.

DIREÇÃO DAS LINHAS (descendentes, ascedentes, horizontais e

sinuosas): relacionada às disposições de humor.

TAMANHO: relacionado com o dinamismo estabelecido pelo indivíduo

com o seu ambiente. Tamanho grande: pode revelar sentimento de

inferioridade, ou até mesmo agressividade. Tamanho pequeno: pode revelar

inibição.

DISTÂNCIA ENTRE OS PALOS: Distância muito estreita: demonstra

autodomínio ou até mesmo uma característica negativa. Distância larga:

liberação, extroversão.

PRESSÃO: Traçado forte: pode significar vitalidade, confiança em si;

Traçado fino/fraco: relaciona-se com insegurança, hipersensibilidade,

falta de confiança em si.

ORGANIZAÇÃO: diz de uma orientação da pessoa no espaço, avalia o

grau de organização do sujeito através de uma regularidade nas margens,

direção, distância e tamanho dos palos.

VELOCIDADE: é avaliada com o propósito de concluir a atividade mental

do indivíduo, aspectos cognitivos. Rapidez: reflete um bom nível intelectual,

agitação. Lentidão: prudência e serenidade.

RITMO: está ligado a presença de certa harmonia, ou falta desta. Ritmo

equilibrado: indica estabilidade emocional; Distúrbios no ritmo: podem revelar

impulsos violentos.

Page 5: ANÁLISE PALOGRÁFICO

ARPÕES (traços pontiagudos, em forma de ângulo agudo) ou

GANCHOS no palográfico: são indicativos de agressividade, autoritarismo.

PADRÕES PSICOMÉTRICOS

VALIDADE

A validade do teste Palográfico foi obtida por meio de Consistência

interna entre as partes do teste e Grupos Contrastantes.

Na primeira forma de validação, os resultados mostram correlações

significativas da Produtividade entre os intervalos de tempo e a total, com

valores acima de 0,75%, caracterizando boa consistência interna do teste.

Quanto aos grupos contrastantes, foram utilizados dois pares de grupos

para comparação: motoristas envolvidos em acidentes e motoristas sem

acidentes; e presidiários e um grupo de controle.

Comparando os grupos de motoristas (137 sujeitos do sexo masculino),

é perceptível o contraste, sendo que os motoristas envolvidos em acidentes

tendem a realizar traços maiores, maior margem superior e maior número de

ganchos (agressividade). Além disso, apresentam produtividade inferior,

tendência a inclinação para a esquerda, maior distância entre os palos e maior

impulsividade.

Quanto ao comparativo entre o grupo de presidiários e grupo de

controles, ambos compostos por homens e mulheres, num total de 131

sujeitos, os contrastes também foram significativos. O grupo de presidiários

apresenta uma emotividade elevada, indicando descontrole emocional, e

também maior impulsividade.

FIDEDIGNIDADE

A precisão foi estabelecida pela correlação entre pares de partes do

teste, que poderia ser considerada como equivalente ao método das metades,

tendo em vista que o palográfico tem cinco partes, não se pode dividir em duas

metades, por essa razão decidiu-se fazer combinações de pares de partes,

com exclusão de uma das 5, sem sobreposição de partes; e pelo método de

teste reteste, que foi aplicado no intervalo de 7 a 10 dias, seguindo as

instruções padronizadas.

Page 6: ANÁLISE PALOGRÁFICO

2 – Objetivos: Objetivos da aplicação das Técnicas Projetivas; Destacar a necessidade de formação e aprimoramento de habilidades para aplicação de técnicas projetivas.

O objetivo da aplicação do paleográfico em sala de aula pauta-se na

possibilidade dos alunos vivenciarem a técnica, de modo que conheçam seus

princípios e fundamentos, bem como os padrões psicométricos responsáveis

pela validação do teste tais como precisão, validade, normatização e

padronização.

Para tanto, serve também para despertar a importância de uma

postura ética e moral na aplicação e avaliação do teste. Ao estar em contato

com o teste é percebido a extrema importância uma formação e qualificação

adequada para o manuseio da técnica projetiva, haja vista que a mesma, pode

eliciar conteúdos velados do indivíduo. VANESSA FEZ

3 – Procedimentos:

3.1 – Procedimentosde aplicação: descrição dos procedimentos de

aplicação; descrição das limitações da aplicação; descrição dos aspectos

ambientais da aplicação e de outros (examinador, auxiliar, horário de aplicação,

outras variáveis de aplicação; impressões geradas na aplicação)

3.1.1 Descreve o passo-a-passo da aplicação NIELSEN FEZ (FALTA

ANEXAR)

INSTRUÇÕES PARA APLICAÇÃO

Material

Folha de aplicação padronizada com os traços iniciais impressos,

disponível em dois tamanhos, grande (36,3 x 27,4 cm) e pequeno

(21,5 x 32,0 cm).

Lápis preto N° 2 bem apontado e Cronômetro.

O aplicador deve dispor de outros lápis, caso quebre a ponta e necessite

ser substituído, bem como de apontador.

A folha de aplicação contém na parte superior um espaço para

identificação do examinando e um lugar para os dados relativos à avaliação do

teste. No lado superior esquerdo estão impressos .na primeira linha três traços

Page 7: ANÁLISE PALOGRÁFICO

verticais de 7 mm de altura, com um distância de 2,5 mm entre eles, e, na

segunda linha, um traço vertical com um intervalo de 4 mm entre as linhas.

Condições Ambientais

O local deve ser tranquilo, com boa iluminação, sem ruídos e em boas

condições de temperatura e acomodação, com uma cadeira e uma mesa lisa

ou carteira, nivelada e sem irregularidades na superfície para cada

examinando.

O teste pode ser aplicado individual ou coletivamente, desde que haja

condições de acomodação para os examinandos e controle por parte do

aplicador. No caso de aplicação coletiva, se o local dispuser de carteiras do

tipo universitário, em que o espaço para a colocação da folha é pequeno, deve-

se usar a folha de aplicação pequena ou ter disponível uma prancheta de

tamanho superior ao da folha grande.

No caso de aplicação coletiva também é conveniente dispor de uma

lousa ou quadro para mostrar o modelo.

Instruções Gerais

O teste é dividido em duas partes: 1) a primeira constitui uma espécie de

treinamento e adaptação do examinando à tarefa a ser realizada, com cinco

tempos de 30 segundos.

2) A segunda é o teste propriamente dito e é feita com cinco tempos de

1 minuto.

Instruções

Antes da aplicação, no caso de uma aplicação individual deve ser

estabelecido um "rapport" com o examinando. Se a aplicação for coletiiva deve-

se dar explicações gerais sobre os motivos da aplicação.

Inicialmente pede-se para os examinandos preencherem os dados de

identificação, ou seja, nome, escolaridade e cidade onde nasceu. Embora não

haja espaço indicado na folha, pode-se pedir também para indicar o sexo, a

data da aplicação e anotar se usam a mão direita ou esquerda para escrever.

A seguir devem ser lidas as seguintes instruções:

Page 8: ANÁLISE PALOGRÁFICO

"Vocês vão riscar nesta folha traços iguais ao modelo impresso.

Vocês vão procurar fazer os traços verticais sempre do mesmo tamanho,

de cima para baixo, do lado esquerdo para o lado direito da folha e

mantendo a mesma distância entre eles, de acordo com o modelo. Ao

chegar ao final (não destacar se é o final da linha, da margem ou da

folha), reiniciem o movimento de riscar na linha de baixo, seguindo a

distância entre as linhas do modelo. Vocês devem riscar o mais rápido e o

mais bem feito possível. De tempo em tempo, quando eu disser a palavra

"Sinal" vocês devem fazer um pequeno traço horizontal (mostrar um

exemplo na lousa "-") e continuar normalmente, sem interrupção até que

eu peça para vocês pararem. Alguma dúvida? "

"Lembrem que vocês devem riscar o mais depressa e o mais bem

feito possível. Podem começar."

Começar a cronometrar o tempo e a cada 30 segundos dizer a palavra

"Sinal". Depois dos 5 tempos dizer:

"Podem parar. Façam uma linha abaixo da última linha feita da

margem esquerda até a margem direita da folha."

Dar um intervalo de 2 a 3 minutos entre ala e a 2a partes do teste. Antes

de iniciar a 2a parte, tirar as dúvidas, que eventualmente ocorreram na primeira

parte, e verificar se a tarefa foi realizada corretamente.

Para a 2a parte o examinador deverá dizer:

"Vocês vão fazer agora a mesma coisa que fizeram na primeira

parte. Façam traços o mais rápido e o mais parecido possível com o

modelo, risquem de cima para baixo, até eu mandar parar. Quando eu

disser "Sinal" façam um traço horizontal e continuem a fazer os riscos

verticais. Se vocês usarem toda a parte da frente da página, virem a folha

e continuem no verso. Alguma dúvida? (dar uma pausa). Podem

começar."

Começar a cronometrar o tempo e a cada minuto dizer a palavra "Sinal".

No final dos 5 minutos, dizer:

"Podem parar."

Page 9: ANÁLISE PALOGRÁFICO

Observações

A posição do examinando e da folha, durante a aplicação, deve ser a

mesma que ele utiliza normalmente para escrever, de forma natural e

espontânea.

Caso algum examinando interrompa o teste por qualquer motivo, deve-

se pedir que aguarde e deverá ser feita uma nova aplicação depois que os

outros terminarem.

Se o examinador observar que algum examinando não está seguindo

corretamente as instruções, deixa-se terminar o teste e depois deve ser feito

um reteste.

Se no início da aplicação não for pedido para indicar a mão usada para

escrever, fazer uma anotação nas folhas no caso de examinandos canhotos.

Contagem dos Traços

Logo depois de terminada a aplicação pode-se solicitar aos

examinandos para fazerem a contagem dos traços para facilitar o trabalho

posterior de avaliação, dizendo:

"Vocês vão fazer agora uma tarefa que exige muita atenção.

Vocês vão contar quantos traços vocês fizeram em cada intervalo

do teste e anotar o número de traços feitos sobre o traço horizontal.

Quando contarem cada parte comecem sempre do número um e não pela

continuação do total da parte anterior. Vocês devem contar apenas os

traços feitos na 2" parte do teste, embaixo da linha que vocês fizeram

para separar as duas partes. Não façam marcas ou riscos junto aos

traços, que possam interferir na qualidade ou na avaliação posterior do

teste."

A contagem dos traços não é obrigatória e contribui para o aumento do

tempo total do teste. Embora Minicucci (1991) afirme que em estudos

realizados sobre a contagem dos traços pelo examinando e pelo examinador a

discrepância tenha sido mínima e não significativa, sempre que possível essa

contagem deve ser conferida pelo avaliador.

Page 10: ANÁLISE PALOGRÁFICO

3.1.2 Descrever os aspectos relativos ao estabelecimento do rapport LAIZA FEZ

O estabelecimento do rapport deu-se por uma das monitoras da disciplina, contando também com a participação do docente responsável. Buscou-se inicialmente realizar a leitura das instruções necessárias aos testandos, a fim de esclarecê-los sobre os comandos que seriam exibidos e as respostas que deveriam emitir (tratar os palos) e logo em seguida foi possibilitado um momento para que os mesmos pudessem tirar algumas dúvidas. Deste modo, o rapport aconteceu a contento.

3.1.3 Descrever os aspectos relativos ao tempo de aplicação LAIZA FEZ

O tempo de aplicação divide-se em dois momentos, o primeiro constitui uma espécie de treinamento e adaptação do examinando à tarefa a ser realizada, com cinco tempos de 30 segundos. O segundo é o teste propriamente dito e é feito com cinco tempos de 1 (um) minuto.

3.1.4 Descrever os aspectos relativos às condições de aplicação (inclui condições ambientais e condições de carteira, mesa e demais aspectos percebidos como relevantes). VANESSA VAI FAZER

No tocante às condições ambientais de aplicação é relevante citar que a mesma se deu em uma sala cuja iluminação apresentava-se

3.1.5 Descrever demais aspectos da aplicação (interações, disponibilidade do

material de aplicação, uso correto do material, limitações do uso do material).

DIEGO VAI FAZER

3.2 – Procedimentosde análise e interpretação: descrição dos aspectos

relativos à análise e interpretação do HTP/Palográfico; considerações sobre a

forma de análise do HTP/Palográfico; descrições sobre o passo-a-passo da

correção; impressões geradas na análise e na interpretação. LAÍZA VAI FAZER

3.2.1 – Formulação do caso (indivíduo analisado): descrições do protocolo

dos desenhos; análise completa do caso (indivíduo analisado); discussão sobre

aspectos relativos às considerações diagnósticas e avaliativas que acharem

necessário. INDIVIDUAL

3.3 – Discussão sobre a experiência de aplicador e examinador

INDIVIDUAL

Page 11: ANÁLISE PALOGRÁFICO

3.2.1 – Formulação do caso (indivíduo analisado: Nielsen Ricardo Ferreira Vale)

Data, horário e tempo da aplicação.

O teste palográfico foi realizado no dia 11 de novembro de 2013, na sala

de aula da FACIME, na turma do VI período do curso psicologia da UESPI,

sendo realizada aplicação completa do teste.

O Objetivo do teste foi avaliar a produtividade e a qualidade do trabalho,

em variáveis quantitativas e qualitativas, apresentado no manual como um

teste expressivo da personalidade. É um instrumento que auxilia o profissional

na investigação diagnóstica, analisando todos os elementos obtidos para

investigação da personalidade, para realização de Laudos e Pareceres

Psicológicos de acordo com os princípios éticos.

Objetivo da Aplicação em sala de aula foi um requisito do Plano de

Ensino para obtenção de como realizá-lo e a sua função na área profissional no

campo da psicologia.

Análise completa do caso (indivíduo analisado: Nielsen Ricardo

Ferreira Vale)

Inicialmente foi feita uma integração de todos os dados disponíveis no

protocolo. Assim, em seguinda foi realizada a síntese diagnóstica.

ANÁLISE QUANTITATIVA:

Os dois primeiros dados obtidos na avaliação do Palográfico feito fora:

1- Produtividade:

Contou-se o número de traços (palos) realizados em cada tempo de um

minuto da 2ª parte do teste:

1º tempo: 109;

2º tempo: 113;

3º tempo: 109;

4º tempo: 104;

5º tempo: 100.

Page 12: ANÁLISE PALOGRÁFICO

Sendo estes valores acima anotados no local apropriado apropriado no

lado superior direito da folha de aplicação. Somou-se, logo em seguida, os

cinco totais encontrados em cada tempo, dando 535 palos no total.

2- Nível de Oscilação Rítmica (NOR):

Após anotar as diferenças entre o 1º e o 2º tempo; o 2º e o 3º tempo; 3º

e o 4º tempo; 4º e 5º tempo, obtendo os valores respectivos (6; 4; 5; 4),

escrevendo-os nos quadrinhos apropriados abaixo dos tempos obtidos, foi

calculado. Somou-se as quatro diferenças e colocou-se total no último

quadrinho a esquerda cuja diferença total foi de 19 palos.

O NOR foi obtido multiplicando o total das diferenças (19), multiplicando

por 100 com um resultado de 1900 e dividindo pelo total de palos realizados no

teste (535), obetendo um resultado de 3,5.

PERCENTIL DA PRODUTIVIDADE:

Com o grau de escolaridade do ensino médio do examinando foi obtida

na Tabela 2, com o valor do total de palos (535), foi classificado o percentil de

produtividade total como média (entre 469 e 734 palos) na qual reflete

rendimento médio do sujeito no trabalho realizado.

RITMO:

Em termos de Ritmo a partir do NOR, verificou-se a variabiliade da

produtividade do examinando no desenvolvimento da tarefa que foi de 3,5,

sendo classificada, na tabela 4, como Ritmo Baixo (NOR entre 2,2 e 4,1) com

um percentil 90, denotando “estabilidade no ritmo de produção, que permite

desenvolver tarefas com certa uniformidade” e “regularidade, bom controle,

estabilidade nas tarefas”.

ANÁLISE QUALITATIVA

Na análise qualitativa foram considerados: Distância dos Palos -

Agrupamento dos Palos - Inclinação dos Palos - Tamanho dos Palos - Direção

dos Palos – Distância entre linhas - Margem Esquerda - Margem Direita -

Margem Superior - Pressão e Qualidade do Traçado – Tipo de Traçado -

Organização ou Ordem

DISTÂNCIA DOS PALOS

Mediu-se em milímetros a distância do primeiro ao último palo por

intervalo de tempo, obtendo os seguintes valores:

1º tempo: 303;

Page 13: ANÁLISE PALOGRÁFICO

2º tempo: 304;

3º tempo: 294;

4º tempo: 300;

5º tempo: 290.

Logo em seguinda, divideu-se pelo número de palos realizados em cada

um dos tempos:

1º tempo: 303/ 109 = 2,7

2º tempo: 304/ 113 = 2,7

3º tempo: 294/ 109 = 2,7

4º tempo: 300/ 104 = 2,9

5º tempo: 290/ 100 = 2,9

Obtendo-se a média da distância entre os traçados em cada intervalo de

tempo: 13,90. Essas médias foram somadas e divididas por 5, conseguindo-se

a média global, cujo valor foi 2,8. Analisando a Tabela 5, verificou-se que a

classificação da distância entre os palos é norma ou média cuja DP é (-1),

indicando “equilíbrio, ponderação, preocupação em alcançar os objetivos, boa

capacidade de organização e método”

INCLINAÇÃO DOS PALOS

Mede-se em cada tempo do teste a inclinação maior e a inclinação

menor e depois obtêm-se uma média que deve representar a inclinação

predominante no traçado. A inclinação do examinado foi classificada como

vertical ou reta, refletindo “atitude vigilante da personalidade, firmeza,

estabilidade, constância das atitudes, domínio sobre os desejos, sentimentos e

emoções, atitude de reserva e pouca necessidade dos outros nas atividades,

frieza e indiferença” (p.76). pode ser também um indicador para pensamento

acima da sensação, capacidade para analisar friamente uma situação, rigidez

na conduta, capacidade de crítica insenta. Relaciona-se a atitudes

aristocráticas, desconfiança e intransigência.

TAMANHO DOS PALOS

Mediu-se em milímetros o comprimento dos palos maiores e dos

menores em cada intervalo de tempo, obtendo-se o valor de 4,3mm, que na

Tabela 7 está classificado como Normal ou médio, significando equilíbrio e

Page 14: ANÁLISE PALOGRÁFICO

ponderação com domínio da conduta, afetividade estável e adaptação ao meio,

ordem, reflexão, Constança, atenção.

DIREÇÃO DAS LINHAS OU ALINHAMENTO

Revela as flutuações de ânimo, humor e da vontade. Comparando a

direção proposta na figura 40 (p.88), a direção das linhas do examinando está

classificada como horizontal ou retilínea normal, com palos retos, indicando

“sinal de disciplina, estabilidade, ausência de variações no humor, ponderação,

vontade firme, ordem, controle regularidade nas tarefas, perseguição de

objetivos, integridade social e afetiva” (p.88)

DISTÂNCIA ENTRE AS LINHAS

Analisando as distâncias entre linhas, classificando como normal ou

média, revelando um “relacionamento interpessoal equilibrado, respeitando

limites adequados no convívio com os outros. Indica também escrúpulos e

percepção de limites no contato com os outros” (p.96)

MARGENS

Margem esquerda normal ou média, indicando adequação na forma de

lidar com situações do passado, necessidade de sair de si mesmo, interesse

por idéias novas e iniciativas. Revela também bom gosto estético, equilíbrio,

ordem consciente e autocrontole.

Margem direita normal: “mostra boa adaptação ao meio social, tendência

a enfrentar situações e desafios sem muito receios ou atitudes agressivas.

Denota também autocontrole adequado e boa canalização dos impulsos”.

(p.112)

MARGEM SUPERIOR

A margem superior do analisando é normal, indicando comportamento

de respeito, consideração e deferência com autoridade.

TRAÇOS:

Os traços do examinado estão classificados como traços firmes e retos,

revelando “determinação, firmeza, atitudes impositivas diante dos outros e

canalização adequada da energia, indicando também decisão, força de

vontade e dinamismo, independência no julgamento e ativez” (p.123)

ORGANIZAÇÃO OU ORDEM

A organização ou ordem dos palos do examinando é classificada como

boa, evidenciando boa qualidade na realização das atividades, com esmerro e

Page 15: ANÁLISE PALOGRÁFICO

cuidado. Possui boa capacidade discriminativa, capacidade de realizar trabalho

em ordem e método. O sujeito analisado apresenta autocrontole dos

sentimentos pela razão e estado de animo geralmente estável.

3.3 – Discussão sobre a experiência de aplicador e examinador (Nielsen Ricardo Ferreira Vale)

Examinador

O teste foi aplicado a um individuo do sexo masculino com idade de 34

anos, cursando o nível superior. O local da aplicação foi em uma sala, havia

uma pessoa na sala que era a responsável pela aplicação e uma auxiliar. Ao

iniciar a explicação do teste a examinanda mostrou compreensão da instrução

e disponibilidade para realização da atividade.

Antes de iniciar a primeira parte foi pedido para que aos examinandos

preenchessem os dados de identificação como: nome, escolaridade, cidade

onde nasceu, etc.

A primeira parte do teste foi explicado que o teste serviria para avaliar a

produtividade e a qualidade do trabalho da examinando, vendo o quanto ela

conseguiria fazer em um determinado espaço de tempo (produtividade) e o

quão parecido com o exemplo ela conseguiria fazer (qualidade) e que a

primeira parte seria uma espécie de treinamento e adaptação da examinando à

tarefa a ser realizada, com cinco tempos de 30 segundos, e que ela deveria

fazer traços iguais ao do modelo impresso, começando por passar o lápis em

cima deles e continuar fazendo traços iguais até ouvir a palavra “sinal”, toda

vez que ouvisse essa palavra deveria ser feito um traço na horizontal e

continuar com traços verticais até ouvir a frase “ sinal, pode parar”.

A segunda parte do teste foi reforçado que ela deveria fazer o mais

rápido e o mais parecido possível. A segunda parte seria mais longa, com 5

tempos de 1 minuto cada.

Examinado

Foram dadas as instruções pela examinadora, escrevi meus dados

pessoais e fiquei atenta às instruções que ela verificava no manual, primeira

parte do teste fiquei tranquilo e não tive dificuldades.

Page 16: ANÁLISE PALOGRÁFICO

Dúvidas/Comentários:

Examinador

O contato real com o teste do palográfico foi propício para que

pudéssemos compreender o seu uso e aplicação;

Examinado:

Colaboração e empenho do examinando para que a execução do teste

fosse exercida com sucesso.

3.3.1 Relatar sobre as impressões obtidas no processo de aplicação e a

relação com o material avaliado e interpretado. (VANESSA)

A experiência de ter vivido pela situação de testagem do teste

palográfico foi nova e muito estranha pra mim, pois nunca o tinha feito e aquele

momento foi o primeiro contato que tive com o teste. A parte estranha diz

respeito à minha situação naquele momento, haja vista que eu estava muito

cansada e com muita dor de cabeça. Confesso que não foi muito bom ter feito

o teste naquele dia, as condições não eram favoráveis pra mim e já estava

muito ansiosa.

Mas, a postura das aplicadoras foi interessante, pois pra mim me trouxe

um pouco pra realidade, acho que elas só pecaram uma vez quando se

confundiram em passar a instrução, contudo não considero que esse deslize

tenha atrapalhado a realização do teste e mesmo estando naquela situação,

tentei absorver o máximo e me concentrar para realizá-lo. No mais, entendo

que as condições foram bem estabelecidas e a aplicação ocorreu de forma

positiva.

3.3.2 Relatar os aspectos facilitadores e dificultadores da relação entre aplicação e análise dos resultados. (VANESSA)

No que tange aos aspectos facilitadores cito as condições que foram

estabelecidas e o raport das aplicadoras no momento da aplicação. Já o que se

refere à análise dos dados considera que foi muito pobre, haja vista que não

tinha material o suficiente para os alunos e os mesmo tiveram que se

estabelecerem em grupos e que isso dificultou a análise e o andamento. Outra

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questão é a hora que foi direcionada para ocorrer a aplicação que não foi

adequada e eu já estava muito cansada e não consegui me prender muito à

correção.

4 – Conclusões: citar se os objetivos foram atendidos; as variáveis que

interferiram no atendimento dos objetivos; realizar considerações sobre os

limites, possibilidades, vantagens e desvantagens na aplicação e análise das

técnicas projetivas. VANESSA

Baseando-se no objetivo da aplicação do teste palográfico em sala de

aula, pode-se considerar que o mesmo foi alcançado, haja vista que o mesmo

favoreceu que os alunos vivenciassem a técnica, de modo que a conheceram

seus princípios e fundamentos, bem como os padrões psicométricos

responsáveis pela validação do teste tais como precisão, validade,

normatização e padronização.

Serviu-se também para despertar a importância de uma postura ética e

moral na aplicação e avaliação do teste. E quando se entrou em contato com

ele, percebeu-se a extrema importância uma formação e qualificação adequada

para o manuseio da técnica projetiva, haja vista que a mesma, pode eliciar

conteúdos velados do indivíduo. Desse modo, entende-se que o manuseio, a

aplicação e a avaliação do mesmo, devem ser realizados de forma coerente e

responsável.

Lembrando sempre que um teste não é uma forma absoluta de se

verificar a personalidade do indivíduo, mas um instrumento valioso para

avaliação psicológica. Portanto, sua limitação é que não abarca toda a

dimensão humana, e deve ser manuseado de forma consciente e o aplicador

deve sempre questionar sua postura e avaliação dessa técnica. Embora o teste

seja rico em verificar alguns traços da personalidade, salienta-se que se for

usado isoladamente, pode vir a prejudicar a avaliação do sujeito, bem como

alguns traços que emergiram podem ser rotulados, por isso que é tão

importante uma qualificação do aplicador.

5 – Referências: citar todas as referências do relatório, incluindo as dos MANUAIS e dos testes.

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ASPECTOS PSICOMÉTRICOS DO TESTE (colocar essa parte junto com o referencial teórico que o Nielsen fez)

REFERÊNCIAS

ANASTASI, Anne. URBINA, Susana. Testagem Psicológica; trad. Maria Adriana Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BOCCATO, Irai Cristina Alves; ESTEVES, Cristiano. O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade. 1ª Edição, 2004. VETOR.