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Análise Ergonômica Um estudo de caso Jaques Sherique Eng. Mecânico e de Segurança do Trabalho 2º vice-presidente do CREA-RJ Secretário da SOBES Presidente da ABPA-SP [email protected]

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Análise Ergonômica Um estudo de caso

Jaques Sherique Eng. Mecânico e de Segurança do Trabalho

2º vice-presidente do CREA-RJ Secretário da SOBES

Presidente da ABPA-SP [email protected]

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A Empresa

CIDADE / ESTADO: Rio de Janeiro – RJ

ATIVIDADE PRINCIPAL: Comércio atacadista

de produtos farmacêuticos, artigos médicos,

ortopédicos e odontológicos

GRAU DE RISCO: 02

DATA ANÁLISE ERGONÔMICA: março/2002

PERÍODO DE ELABORAÇÃO: março/2002

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Introdução

A evolução da tecnologia (informatização,

automatização), em relação com tipos

antigos ou recentes de organização de

trabalho, cria situações em que a atividade

não está longe de ser puramente mental,

mesmo nas produções em massa ou no

trabalho de escritório pouco qualificado.

Muitas atividades têm hoje em dia, um

componente cognitivo intenso e complexo.

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Introdução

Assim, devem ser realizadas análises

precisas das atividades mentais no trabalho

(percepção, identificação, decisão, memória

de curta duração, programa de ação).

As análises devem ser também vinculadas,

não ao que os trabalhadores supostamente

fazem, e sim ao que eles fazem para

responder as exigências do sistema.

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Ergonomia

É a ciência das pessoas no trabalho.

Envolve a aplicação de conhecimentos sobre as características humanas em benefício do bem estar e da performance.

É um conjunto de ciências e tecnologias que procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho, basicamente procurando adaptar as condições de trabalho ás características do ser humano.

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Ergonomia

Qualquer trabalho Industrial pode ser visto como um sistema homem - máquina dentro de um determinado ambiente. Qualquer sistema existe para atingir objetivos pelo preenchimento de certas funções.

Todas as funções devem ser executadas efetivamente, e isto inclui, naturalmente, as funções executadas pelo ser humano.

A Ergonomia esta preocupada com a interface homem-máquina de maneira que seja tão segura, confortável e eficiente quanto possível.

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Análise da Empresa:

Identificar os possíveis problemas que

possam ocorrer na relacionados aos

aspectos ergonômicos e biomecânicos

Avaliar e propor alterações em

mobiliários, correções posturais,

conscientização de colaboradores,

análises de equipamentos, entre outros.

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Em Ergonomia, o binômio conforto - produtividade andam juntos. Não é

possível pensar-se somente em conforto, sem se pensar em

produtividade com segurança; também não é possível pensar-se

somente na produtividade se não se pensar em conforto, porque este resultado de produtividade será transitório (Warner Lambert).

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As avaliações e análises ergonômicas elaboradas durante o processo

seguem os parâmetros previstos dentro da legislação vigente, os

quais estão contidos em resoluções da secretaria Estadual e Federal da Saúde - Portaria n. 3214 de 08 de

Junho de 1978 e na Norma Regulamentadora 17 – NR-17.

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Análise Ergonômica Itens Básicos

Identificação do posto de trabalho avaliado;

Função/atividade no posto de trabalho;

Croquis, desenho ou foto do posto de trabalho;

Dados sobre:

levantamento, transporte e descarga individual de material;

mobiliário e equipamento do posto de trabalho;

condições ambientais (calor, ruído, cores, iluminação, etc);

organização do trabalho;

movimentação (postura, espaço, alcances físicos e visuais);

Conclusão e Recomendações Técnicas;

Data ou período de avaliação.

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Metodologia da Análise 1. Condições Avaliadas

Ergonomia

Conforto Posicional:

Antropometria;

Desenho/Projeto: Assentos, Mesas e Bancadas, Equipamentos;

Postura de Pés, Braços, Joelhos, Pescoço e Coluna Vertebral, etc.

Ergonomia Geométrica

Conforto Motor-Operacional:

Movimentação Musculo-esquelética em função de sua atividade;

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Metodologia da Análise 1. Condições Avaliadas

Ergonomia Temporal

Conforto Psico-Organizacional:

Jornada de Trabalho,

Períodos de Descanso,

Ritmo de Trabalho,

Relacionamento Profissional e Pessoal.

Conforto Climático:

Temperatura,

Umidade Relativa

Movimentação de Ar.

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Metodologia da Análise 1. Condições Avaliadas

Ergonomia Ambiental

Conforto Visual:

Níveis de Iluminação,

Relação das Luminárias e o Campo Visual dos Trabalhadores,

Localização e Posicionamento das Fontes de Luz

Contraste de Cores.

Conforto Auditivo:

Níveis de Ruído,

Perda de Concentração

Stress.

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Metodologia da Análise 2. Técnicas de Avaliação e Instrumental

Coleta e Seleção de Dados (Inspeção e Check-lists);

Quantificação (agentes ambientais);

Pesquisa Bibliográfica Técnica sobre os Itens de

Análise.

Avaliação e Análise dos Resultados

Recomendações;

As condições e valores verificados são comparados com o estabelecido pela Norma Regulamentadora - NR 17 - "Ergonomia", dispositivo legal vigente, bem como,

com outras fontes técnicas pertinentes.

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Metodologia da Análise 3. Informações Relacionadas a Riscos Ambientais

Setor Fator Fonte

Geradora

Trajetória

Propagação Observação

Deptº

Médico Biológico Ferimentos Diversas

E.P.I. – luvas

cirúrgica, touca,

Protetor Respiratório

Informática Ag. Físico

Ruído Impressoras aérea

E.P.I. – protetor

auricular

Manutenção

cartazes

Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

Aromáticos Contato/aérea

E.P.I. – protetor

respiratório

Gráfica Ag. Físico

Ruído Máquinas off set aérea

E.P.I. –protetor

auricular

Gráfica Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

Aromáticos Contato/aérea

E.P.I. –protetor

respiratório + luva de

borracha/luva de látex

+ avental de PVC

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Setor Fator Fonte

Geradora

Trajetória

Propagação Observação

Carpintaria Ag. Físico

Ruído Máquinas aérea E.P.I. – protetor auricular

Carpintaria Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

(cola) Contato/aérea

E.P.I. – protetor

respiratório + luva

Carpintaria Acidentes

Falta de

Dispositivo de

Segurança

Contato Adequar dispositivos de

segurança

Transporte

oficina /

pintura

Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

Aromáticos Contato/aérea

E.P.I. –protetor

respiratório para vapores

orgânicos + óculos seg.

+ bota + creme protetor

para mãos

Transporte

of.mecânica

Ag. Físico

Ruído Motores aérea E.P.I. – protetor auricular

Metodologia da Análise 3. Informações Relacionadas a Riscos Ambientais

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Setor Fator Fonte

Geradora

Trajetória

Propagação Observação

Transporte

lanternagem

Ag. Físico

Rad. não

ionizantes

Solda elétrica -

oxiacetileno Contato/aérea

E.P.I. – bota de couro +

óculos para soldador +

prot. Auricular +

biombos para solda

Transporte

lanternagem

Agentes

Químicos

Fumos

metálicos

Soldas elétricas

+ oxiacetileno Contato/aérea

E.P.I. – máscara de

segurança

Manutenção

Pintura

Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

Aromáticos Contato/aérea

E.P.I. –protetor

respiratório com filtro +

óculos seg. + bota de

couro + exaustão

diluidora

Transporte

of.mecânica

Ag. Físico

Ruído Motores aérea

E.P.I. – protetor

auricular

Metodologia da Análise 3. Informações Relacionadas a Riscos Ambientais

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Setor Fator Fonte

Geradora

Trajetória

Propagação Observação

Manutenção

refrigeração

Ag. Físico

Rad. não

ionizantes

Solda

oxiacetileno circunvizinhas

E.P.I. – óculos p/ soldador

+ máscara p/ soldador +

protetor resp. + luvas de

PVC + bota de couro

Manutenção Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

Aromáticos Contato/aérea

E.P.I. –protetor

respiratório com filtro +

óculos seg. + bota de

couro + exaustão

diluidora

Manutenção

Prensa

Ag. Físico

Ruído

Máquinas de

Prensa Aérea E.P.I. –protetor auricular

Manutenção

Serralheria

Ag. Físico

Ruído

Máquinas e

Equipamentos

Aérea

/ambiente

E.P.I. – protetor

auricular

Metodologia da Análise 3. Informações Relacionadas a Riscos Ambientais

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Setor Fator Fonte

Geradora

Trajetória

Propagação Observação

Manutenção

Serralheria

Ag. Físico

Rad. não

ionizantes e

Ag.Químicos

Solda

oxiacetileno +

solda elétrica

Contato +

aérea +

ambiente

E.P.I. – máscara p/ solda +

luvas de couro + bota de

couro e perneira, óculos p/

soldador + elmo

Almoxarifa-

do

Agentes

Químicos

Hidrocarbonetos

Aromáticos (tinta

epóxi e óleo)

Contato +

aérea +

ambiente

E.P.I. –protetor respiratório

+ óculos seg. + botas +

luvas

Manutenção

Predial

Agentes

Químicos

Poeiras (sílica e

cimento) Contato/ aérea E.P.I. –protetor auricular

Manutenção

Serralheria

Ag. Físico

Ruído

Máquinas e

Equipamentos

Aérea/

ambiente

E.P.I. – protetor resp. p/

poeira + luvas

Manutenção

Serralheria

Agentes

biológicos

Bactérias e

vírus (galeria) Contato

E.P.I. – Avental, luvas e

botas PVC, óculos de seg.

Metodologia da Análise 3. Informações Relacionadas a Riscos Ambientais

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Setor Fator Fonte

Geradora

Trajetória

Propagação Observação

Refeitório

(cozinha)

Ag. Físico

Ruído

Caldeira de

cozimento aéreo E.P.I. – protetor auricular.

Refeitório

(cozinha)

Ag. Físico

Calor

Fogão Industrial +

Caldeira coz. + Forno

industrial Contato/aérea

E.P.I. – avental refratário +

luvas, botas e gorro

Refeitório

(lavagem)

Ag. Físico

Ruído

Máquinas de Lavar

louça Aéreo E.P.I. – protetor auricular

Refeitório

(lavagem)

Ag. Físico

Umidade Água Contato

E.P.I. – avental, luvas e

botas de PVC

Refeitório (recepção de

mercadorias)

Ag. Físico

temperatura Câmara frigorífica Contato

E.P.I. – proteção ao frio e

botas de PVC

Refeitório

(despensa)

Agentes

Químicos

Álcool, alvejante,

soda cáustica

(embalagens

estocadas)

contato E.P.I. – luvas e botas de

PVC

Metodologia da Análise 3. Informações Relacionadas a Riscos Ambientais

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% de funcionários (por setor) que consideram que os ruídos no trabalho são um fator de desconforto

No Setor de Compras apenas o ruído atual da porta de acesso foi citado como fator de

desconforto.

Agente Físico Ruído

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Agente Físico Ruído Conclusões

No setor administrativo o ruído foi considerado dentro dos padrões considerados normais.

O ruído sendo um fator de desconforto, é característica, principalmente, do local de trabalho onde há grande número de funcionários em espaço físico reduzido.

O atendimento ao telefone e a clientes durante as operações, a proximidade de postos e o layout aberto levam a este padrão de “desconforto”.

A falta de manutenção em alguns aparelhos de ar condicionado de alguns setores também gera fator de desconforto.

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No setor Fabril, considera-se o ruído como fator de desconforto em locais de utilização constante de máquinas (manutenção/serralheria/pintura).

A Empresa possui alguns setores muito próximos, dentro de uma mesma área, sendo que o ruído provocado por estes interfere diretamente no conforto durante as atividades.

Muitas atividades têm um padrão postural dinâmico, com movimentação nas diversas áreas da Empresa.

Nas avaliações realizadas com os motoristas (setor de transporte) da Empresa, o ruído causado pelo trânsito é considerado como fator de desconforto.

Agente Físico Ruído Conclusões

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Agente Físico Ruído Recomendações

Nas áreas fabris (manutenção/serralheria/pintura) recomenda-se que sejam utilizados os protetores do tipo plug ou concha

Nos setores administrativos, realizar manutenção de portas de acesso e aparelhos de ar condicionado que provocam ruídos.

Quanto ao ruído causado pela proximidade de postos, deve-se considerar também a viabilidade de se realizar novos treinamentos, visando a maior conscientização dos funcionários quanto à tonalidade de voz a ser adotada, quanto à organização do lay-out e às posturas de trabalho.

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Agente Físico Calor (Temperatura)

Durante as avaliações não foram verificadas exposição dos trabalhadores a fontes significativas de calor, em condição de impor sobrecarga térmica a seus organismos, de forma a oferecer risco a sua saúde.

Considera-se como padrão de conforto térmico a temperatura de 23C + ou - 3C.

Nos ambientes abaixo foram encontrados os seguintes valores:

Setor IBUTG

Final

Metabolismo

Final (Kcal/h)

Fonte

Geradora

Temperatura

do Ar

Umidade

Relativa do Ar

Cozinha (atividade

moderada)

27,17C 206,25 caldeira de

cozimento* 31,3C 55%

Posto de

Trabalho 27,48C 208,53

fogão

industrial 29,20C 51%.

*em ambiente interno com ausência de luz solar

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Agente Físico Calor (Temperatura) - Sugestões

Sugere-se também que as telhas utilizadas

atualmente no setor fabril sejam adequadas às

condições climáticas, bem como a adoção de um

sistema eficiente de exaustão, janelas e portas de

acesso, visto que através da Análise da Demanda,

muitos operadores relatam desconforto térmico

nos períodos de verão ou de altas temperaturas.

Sugere-se também que a ventilação nos barracões

ou postos de trabalhos distintos sejam adequadas.

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Agentes Químicos Análise

As medições utilizadas nesta análise de Agentes

Químicos são as mesmas análises realizadas e

descritas no último PPRA da Empresa.

Esta, completa e detalhada, é o parâmetro

principal para possíveis mudanças e sugestões de

melhorias e adequações, visto que a Empresa

analisada realiza a manipulação de produtos

químicos em operações como as de serviços

gerais, pintura.

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Agentes Químicos Análise

Analisou-se também a presença do “fumo

de solda”, produto esse produzido durante a

realização do trabalho de solda, constante

durante todo o período de trabalho no setor

Serralheria.

Seria adequado instalar um sistema de

exaustão para minimizar os efeitos causados

por esse produto no organismo.

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Agentes Biológicos

As medições utilizadas nesta análise para Agentes Biológicos são embasadas em análises realizadas e descritas no último PPRA da Empresa. Em função deste agente ambiental, contudo, para maiores detalhes há que se verificar o Laudo PPRA atual.

Foram encontrados, em alguns pontos da área externa da Empresa, casas de marimbondos, que levam risco de picadas aos funcionários, devendo ser eliminadas por equipe especializada (corpo de bombeiros).

A região onde a Empresa se encontra está com um grande número de pessoas contaminadas pela Dengue, devendo a Empresa realizar campanha de esclarecimento e prevenção aos funcionários.

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Iluminação

Os valores utilizados para averiguação nesta análise foram os obtidos através do check list utilizado na Empresa e por análise técnica com a utilização de ergonômicos, sendo que para melhor entendimento é necessário a verificação do PPRA atual.

Explica-se os critérios utilizados para a elaboração das análises:

Para determinação da adequação ou não da iluminação nos ambientes e postos de trabalho , de acordo com o estabelecido pela NR-17 da Portaria 3214, devemos recorrer à Norma Brasileira 5.413 (NBR-5413), a qual determina os níveis mínimos de iluminação para cada atividade/ambiente laboral e ao check list utilizado para a realização da Análise da Demanda.

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Características da

Tarefa e

Observador

Peso

-1 0 +1

Idade Inferior a 40

anos

Entre 40 e 65

anos

Superior a 55

anos

Velocidade e

Precisão

Sem

importância Importante Crítica

Refletância do

Fundo Superior 30 a 70%

Inferior a

30%

A tabela com níveis de iluminância, fornecida pela NBR-

5413, nos indica três valores, sendo que para a escolha do

limite adequado devemos determinar um peso, resultante

das variáveis abaixo determinadas:

Iluminação

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Para determinação do peso deve ser realizada a

soma algébrica dos itens acima e se o resultado for:

Igual a –2 e -3 Adotar limite inferior

Igual a –1; 0; +1 Adotar limite intermediário

Igual a +2 e +3 Adotar limite superior

Iluminação

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Iluminação Fixação dos Níveis de Iluminamento

Em função do prescrito no sub-item 17.5.3 da NR-17 - Ergonomia, Port. MTb nº 3751/90, foram analisadas as condições de iluminação quanto ao conforto (check list) e comparados aos níveis medidos de iluminamento nos pontos de trabalho significativos (PPRA).

As conclusões quanto a quantificação são as descritas no PPRA, sendo estas as adotadas e descritas pela Análise da Demanda, a qual coloca os níveis de iluminação no Setor Fabril como fator de desconforto em alguns postos (sombra).

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Nos setores administrativos a iluminação é

atualmente deficiente, causadas pela

diminuição de lâmpadas fluorescentes

durante o período de racionamento

(algumas apagadas, outras retiradas),

sugerindo-se adequações a serem estudadas

com o departamento de Engenharia e

Direção da Empresa, bem como a

recolocação das lâmpadas retiradas.

Iluminação Fixação dos Níveis de Iluminamento

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Orienta-se também adequação do layout de alguns postos

administrativos (posicionamento dos computadores em

relação a janela de acesso externo e as luminárias

fluorescente, que causam reflexos ou ofuscamento na

tela), sugerindo-se também treinamentos aos funcionários

sobre o posicionamento ideal dos monitores.

Observa-se ainda que, devido as tomadas de energia

estarem distribuídas nas salas conforme as características

de outra empresa anteriormente instalada no prédio, os

locais onde estas estão instaladas devem ser revistos para

que um adequado posicionamento de mesas e

computadores possa ser organizado.

Iluminação Fixação dos Níveis de Iluminamento

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Agente Físico Radiações Não Ionizantes

Durante as Análises foi verificado a realização de operações de solda utilizada para corte e solda de materiais. Nesta operação temos a geração de um espectro intenso de radiação UV (ultravioleta), resultando exposições relevantes a pele e olhos dos trabalhadores.

Lembrar que o Anexo nº7 da NR-15 estabelece que “As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho”.

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Agente Físico Radiações Não Ionizantes

Entretanto devemos considerar e perceber que o tempo de exposição também será considerado como medida de controle ao risco.

Através da Análise podemos verificar que a exposição dos trabalhadores se dá de forma contínua no setor de Lanternagem, Refrigeração e Serralheria, e esta exposição depende da necessidade de produção (existe variação tanto intra como inter dias).

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Agente Físico Radiações Não Ionizantes Recomendações

Seria adequado a utilização de roupa completa de

couro para proteção contra a radiação UV, face a

intensidade da radiação emitida;

Devem ser utilizadas lentes de grau 12 para elmos

de proteção;

É fundamental a existência de barreiras protetoras

ao redor dos locais onde são realizadas as

operações de solda, a fim de evitar-se a exposição

dos trabalhadores de áreas adjacentes às radiações

e partículas geradas por esta operação.

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Clique para editar o estilo do título mestre

Análise e Recomendações

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Análise da Demanda

A Análise da Demanda consiste, essencialmente, em situar o grupo que recorre à Ergonomia (diretoria de

uma empresa, departamento do pessoal , departamento de métodos, etc.) e em conhecer seus objetivos, a fim de

exprimir essa demanda em termos ergonômicos, segundo LAVILLE (1977).

Para a Empresa, objeto desta Análise, a Demanda originou-se de uma necessidade do setor Administrativo

em identificar dentro de seu processo produtivo e as várias operações envolvidas, a existência ou não de

pontos críticos que pudessem originar riscos a saúde dos trabalhadores, mais especificamente riscos ergonômicos.

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Análise da Demanda

A análise foi dividida em três momentos distintos:

Conhecimento global da empresa, realizando

observações dos diversos setores envolvidos no

processo produtivo da empresa, bem como as

atividades e operações nelas desenvolvidas;

Registro fotográfico das operações e postos de

trabalho para os quais verificamos não

conformidades;

Análise das informações levantadas e apontamento

de recomendações para correção das situações

detectadas e avaliação por ckeck list.

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Análise das Tarefas e das Atividades

A Análise das Atividades é o que o trabalhador, efetivamente, realiza para executar a tarefa, face às condições e aos meios que lhe são colocados a disposição.

É realizada a análise das atividades desenvolvidas pelos trabalhadores, dos comportamentos de trabalho: posturas, ações, gestos, comunicações, direção do olhar, movimentos, verbalizações, raciocínios, estratégias, resoluções de problemas, modos operativos, tudo que pode ser observado ou inferido das condutas dos indivíduos.

São levados em consideração os critérios de Ergonomia Geométrica, Temporal e Ambiental.

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Avaliação

A Avaliação analisa as condições psicofisiológicas a

que estão submetidos os trabalhadores, a fim de se

verificar a adequação aos parâmetros estabelecidos

na NR-17 da Portaria 3214 do MTb, os quais tem

por objetivo favorecer um máximo de conforto,

segurança e desempenho na execução das atividades

laborais, de forma a evitar condições de fadiga, o

que pode levar a quadros de stress, podendo

ocasionar comprometimento a saúde dos

trabalhadores.

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Avaliação

FADIGA - estado de

diminuição reversível

da capacidade

funcional de um órgão,

de um sistema ou de

todo o organismo,

provocado por uma

sobrecarga na

utilização daquele

órgão, sistema ou

organismo.

CONFORTO - dentro da

ergonomia o conforto nos traz

a idéia de condições

psicofisiológicas tais que, não

imponham ao trabalhador

condições de sobrecarga, que

venham a se acumular de tal

forma em que não seja

possível sua recuperação,

podendo originar danos a

saúde dos mesmos.

Condições de fadiga:

FORÇA EMPREGADA - FREQUÊNCIA - REPETITIVIDADE

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Avaliação

O estado de fadiga por si só, não se constitui numa

condição grave.

A Fadiga torna-se perigosa à saúde do indivíduo

quando este, no instante em que ela se manifesta, força

o organismo nesta situação, proporcionando sobrecarga.

O estudo ergonômico, dentro do próprio conceito da

Segurança do Trabalho, busca prevenir as condições

geradoras de fadiga (sobrecargas física, mental e

psíquica), de forma a ser possível o desenvolvimento

das atividades laborais em condições de conforto.

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Postos de Trabalho

Postos Adequados – são os postos que oferecem aos seus usuários conforto, boa visualização, liberdade de movimentos, relação das dimensões do ambiente, da disposição dos maquinários e dos móveis com o tipo físico do usuário.

Postos Inadequados – são os postos que oferecem aos seu usuários desconforto, fadiga, dificuldade de postura, relações de tamanho incompatíveis, etc.

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Análise dos Postos de Trabalho

Auditoria: Os postos de trabalho são com mesas comuns em

madeira, de cor cinza claro, sem bordas arredondadas, com gavetas laterais, e as cadeiras são ergonômicas com rodízios (5 pés), sem apoiadores para os braços;

Alguns postos de trabalho possuem os terminais de computadores (4 no total), dispostos diretamente sobre a mesa, sem acessórios que permitam regulagem, porém os monitores têm protetor de tela.

Observa-se também nesse setor, algumas cadeiras comuns, sem rodízios ou regulagem de assento ou encosto.

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Análise dos Postos de Trabalho

Departamento Jurídico: As mesas são do mesmo padrão encontrado no setor

auditoria, as cadeiras são comuns e com rodízios, totalizando três postos de trabalho, sendo dois com computadores, posicionados diretamente sobre a mesa, com monitor em altura irregular, sem equipamentos que permitam a regulagem.

Superintendência Comercial de Vendas: As mesas seguem o mesmo padrão descrito nas situações

anteriores, com cadeiras comuns sem rodízios, sem regulagem de encosto, assento ou apoiador de braço.

Há também uma bancada de tamanho maior, de 80 cm de altura, esta com dois terminais do computador e cadeiras do tipo comum.

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Análise dos Postos de Trabalho

Televendas: São 18 postos de trabalho com divisórias comuns, baixas, sendo as

mesas posicionadas diretamente lado a lado, encostadas, e as cadeiras são as ergonômicas com rodízios (5 pés).

O trabalho é constante em atendimento ao telefone, anotações e digitação de dados.

Observa-se que o pouco espaço sob as mesas diminui o conforto para as pernas;

Notou-se também as posturas viciosas adotadas pelas operadoras, devido à falta de orientação e devido a quantidade de materiais de uso próprio (bolsas/sacolas) acomodados sobre e sob a mesa de trabalho.

Durante as atividades as operadoras permanecem com monofone do tipo ear soft II.

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Análise dos Postos de Trabalho

Recursos Humanos:

Os postos de trabalho são similares, em mesa padrão (73 cm de altura), em madeira, de cor cinza, e com armário conjugado na parte distal da mesa, sendo estas mesas com computadores diretamente sobre o tampo e abaixo do armário, com o monitor posicionado na parte lateral (em sua maioria ao lado direto), sendo estes monitores considerados em alturas baixas (não chegam a linha média dos olhos);

As cadeiras são as ergonômicas sem apoiadores para os braços, e há também alguns postos com cadeiras comuns, sem regulagens.

Os espaços entre uma mesa e outra (postos de trabalho) é pequeno, levando ao desconforto, com distância média entre um e outro de 60 cm (sendo que entre esse espaço se posiciona um operador com sua cadeira de trabalho).

Notou-se que há grande quantidade de materiais de uso contínuo sobre as mesas de trabalho.

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Análise dos Postos de Trabalho

Departamento Tecnologia e Informação:

O trabalho é desenvolvido em pequenas salas

(ilhas), onde algumas salas trabalha um operador, e

em outras, 2 operadores.

Nos postos de trabalho, as cadeiras são as

ergonômicas do tipo poltrona, sem regulagem de

encosto, com apoio para os braços e com rodízios

(5 pés), e os computadores com monitores sobre as

mesas padrão, com bordas arredondadas.

Há também cadeiras comuns, sem regulagem.

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Análise dos Postos de Trabalho

Departamento Fiscal

O mobiliário segue o padrão do mobiliário do setor Recursos Humanos, com mesas de bordas arredondas, poltronas ergonômicas sem regulagem de encosto, com rodízios e apoiadores para os braços, porém, o espaço entre as mesas é maior, melhorando o conforto.

Notou-se a presença de fiação exposta sobre o

Crédito e Cobrança:

As mesas são as do tipo comum, de altura padrão (73 cm), em madeira, as cadeiras também são comuns, sem regulagem ou rodízios.

Os terminais de computador são com monitores com protetor de tela, dispostos diretamente sobre a mesa. Notou-se fiação exposta no piso.

Pela Análise da Demanda, sugeriu-se a adequação de

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Análise dos Postos de Trabalho

Departamento de Cartão de Crédito:

O mobiliário segue o padrão do setor Crédito/Cobrança, com algumas cadeiras ergonômicas com rodízio.

O espaço físico no setor é reduzido, e as instalações elétricas no piso estão em mal estado, e também mal localizadas para uma possível adequação de layout.

Segundo informações colhidas através da Demanda, já tentaram adaptar as mesas em relação as tomadas, porém, devido a quantidade de mesas, a adequação é dificultada.

Contas a Pagar:

O mobiliário segue o mesmo padrão do setor credito e cobrança, e tem as características de espaço e condições similares.

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Análise dos Postos de Trabalho

Departamento Contábil: O mobiliário segue os mesmos

padrões do setor Crédito e Cobrança, com os monitores dos computadores posicionados diretamente sobre a mesa de trabalho

Nota-se que nesse setor os operadores se posicionam a um espaço muito distante da tela.

As janelas não têm cortinas, o que faz aumentar os reflexos nas telas dos monitores.

Documentos: O mobiliário segue os mesmos

padrões que os do setor Recursos Humanos, em sala com espaço físico reduzido, as cadeiras são reguláveis, com revestimento em corvim, sem apoiador para braços, os monitores do computador são posicionados ao lado direito da mesa, diretamente sobre o tampo, em altura considerada baixa.

Observa-se que neste setor há muito material de trabalho sobre as mesas; há fiação exposta no piso e o espaço entre uma mesa e outra, entre os operadores, é de aproximadamente 60 cm.

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Análise dos Postos de Trabalho

Compras:

O mobiliário segue os padrões similares aos do setor auditoria, sendo este dividido em salas particulares em divisórias padrão, com aceso visual em janelas lacradas com vidro transparente.

Recrutamento:

As mesas são as comuns, em madeiras, com as cadeiras no mesmo padrão do setor documentos (com regulagem, e revestimento em corvim).

Neste setor, há 4 mini-salas individuais para atendimentos (entrevista).

Observa-se que os escritórios são separados em divisórias padrão, em madeira, com janelas em vidro para acesso visual, com cortinas.

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Escritório do setor manutenção: As mesas são do tipo comum, em madeira, de cor cinza, com bordas

arredondadas e, também, mesas comuns em madeira, com quina viva, as cadeiras são de 2 tipos: comuns e ergonômicas.

Há também uma mesa menor, de informática, de cor cinza, onde está posicionado um microcomputador, com protetor de tela no monitor.

Há uma sala com 4 postos de trabalho, uma sala com 8 postos de trabalho e outra com 3 postos, e também a sala da gerência, todas com padrões similares de mobílias.

Observa-se que em alguns postos de trabalho há apoiador para os pés.

Pela análise da Demanda do Setor de Manutenção, 70% dos funcionários sugerem que, para melhorar o conforto e diminuir a fadiga do trabalho que, aos sábados, o trabalho fosse alternado com apenas uma equipe de plantão/emergência, eliminando este horário para os demais operadores.

Análise dos Postos de Trabalho

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Serralheria O trabalho é realizado em sua maioria sobre cavaletes, onde se

realizam as operações de soldagem (c/ elmos) e também em bancadas de madeira.

Durante o trabalho o operador utiliza a posição em pé, com diversos padrões de movimentos de membros superiores e coluna, geralmente utilizando também a força muscular; a utilização de ferramentas é continua.

Outras máquinas encontradas no setor são o esmeril, a furadeira de bancada, lixadeira, morsa, entre outras.

Observou-se a presença de fiação solta sobre o piso.

Pela análise a Demanda, os funcionários sugerem um possível enclausuramento de máquina, adequar o sistema de exaustão e ventilação e minimizar os resíduos (pó) no setor.

Análise dos Postos de Trabalho

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Análise dos Postos de Trabalho

Manutenção/Refrigeração: O trabalho é realizado sobre

uma bancada de aproximadamente 100 cm, onde o operador permanece na posição em pé, ou sentado em cadeiras do tipo bancário.

Nesse setor são realizadas a manutenção dos aparelhos de ar condicionado e refrigeradores. O espaço físico é considerado pequeno.

Pintura: O trabalho é realizado sobre cavaletes apoiadores, ou com as peças entre o piso e a parede (estruturas), o operador realiza sua função na posição em pé, utilizando também diversos padrões de movimentos (agachado, ajoelhado, sentado), sendo utilizado constantemente o aparelho compressor de tinta e pinceis de retoque.

A altura dos cavaletes é variada, entre 75 cm e 120 cm, e quando se trabalha com a estrutura encostada na parede, o operador trabalha também em outras posturas viciosas.

Observa-se também que, apesar do setor (sala) possuir 2 janelas em tijolos vazados, o odor da tinta é constante.

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Carpintaria: Os operadores realizam o trabalho constantemente na posição em pé,

ou andando ao redor da bancada onde está posicionada a peça que está sendo trabalhada.

A fabricação e a montagem das peças é realizada sobre bancadas ou cavaletes, onde se utilizam ferramentas constantemente, e máquinas como a serra, a lixadeira, compressores e outras.

A maioria dos trabalhos realizados neste setor são de cortar, lixar, pregar, medir e montar os móveis a serem utilizados nas lojas da Empresa, sendo utilizado para isso diversos padrões posturais (fisicamente pesados) e o transporte e carregamento de materiais.

Observou-se ainda a disposição de fiação solta no piso, e materiais estocados em armários (tipo estante) com alturas e pesos variados nas divisórias.

Análise dos Postos de Trabalho

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Análise dos Postos de Trabalho

Refeitório/Cozinha: As bancadas são de altura padrão 90 cm, onde há um fogão industrial e

3 caldeiras de cozimento, e os utensílios de uso diário.

Na sala de dispensa, há armários de 05 compartimentos e a parte superior, uma câmara frigorífica (13º C) e uma câmera de carnes (0º a -2ºC).

Na área de lavagem há 2 prateleiras onde são colocados os pratos, bandejas, panelas e utensílios de uso diário.

Os materiais (objetos) usados são colocados em carrinhos de transporte e levados até a pia, onde são lavados, e após, guardados nas prateleiras.

Os padrões de movimentos são diversos, sendo utilizado também a força muscular e o trabalho constante em diferentes temperaturas (água fria / forno / câmeras frias / panelas).

Pela análise da Demanda, os operadores relatam a necessidade de informatização no setor, adequar às condições de temperatura (principalmente quando no funcionamento das caldeiras), melhorar a manutenção das máquinas e equipamentos, bem como viabilizar EPIs como as luvas de aço no pré-preparo com as carnes.

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Análise dos Postos de Trabalho

Treinamentos: As cadeiras são de tipo comum, e cadeiras ergonômicas

em mal estado de conservação (sugere-se manutenção).

As mesas são as do tipo comum, em madeira, com quina viva, sendo que os microcomputadores ficam em 2 mesas de informática de cor cinza, fora de padrões ergonômicos.

Observa-se que o espaço físico é reduzido e o piso possui carpete em mal estado de conservação (sugere-se troca).

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Armazenagem e Expedição dos Materiais:

Os operadores conferentes realizam o trabalho na posição em pé, buscam os materiais nos pallets através de carrinhos hidráulicos, levam-no até o setor, realizam a conferência dos materiais e os colocam manualmente em outro carrinho.

A função é: buscar o material - trazer ao setor – conferir – posicionar nos carrinhos par a expedição – reiniciar o trabalho.

As posturas são diversas, porem, o trabalho em pé, andando, e padrões de flexão de coluna são constantes, bem como o carregamento e transporte de materiais.

Outra função é a separação de notas e de documentos a serem enviados as lojas com os materiais (medicamento diversos), sendo este realizado geralmente na posição sentada.

Análise dos Postos de Trabalho

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Separadores: O trabalho também é constante em pé, andando, onde o operador retira

o pedido, pega uma caixa, verifica a numeração do medicamento, vai até os pallets suspensos, separa os materiais e os coloca na caixa, até a estante e a posiciona seguindo a numeração.

No trabalho são utilizados carrinhos hidráulicos, escadas de madeira (comuns, sugerindo-se as de plataforma com corrimão lateral), trabalhos acima da linha média dos ombros, flexão de coluna constante (colocação e retirada de caixas).

Alguns operadores realizam também a recolocação das caixas de medicamentos nas estantes.

Observa-se que as caixas plásticas utilizadas durante o trabalho ficam em estantes consideradas de altura ou muito baixa ou muito elevadas, levando a transtornos posturais.

Há também a utilização constante de escada para o acesso aos pallets suspensos, sendo esta escada do tipo comum, em madeira, sem corrimão ou dispositivos de segurança.

Análise dos Postos de Trabalho

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Análise dos Postos de Trabalho

Auxiliar de Depósito: Os operadores retiram as caixas com os medicamentos dos armários

/ estantes, colocam o material separado em outra caixa, levam as caixas até a esteira para que os outros operadores realizem a conferência do material (pedido) e acondicionarem estes nas caixas próprias para a expedição, as quais serão separadas e encaminhadas as lojas.

O trabalho é realizado na posição em pé/andando, em frente as estantes com as caixas de medicamentos, entre esta e a esteira, em um extenso corredor.

Os movimentos são variados, iniciando-se com a pega das caixas, onde se encontram grandes diversidades posturais (se diferenciado conforme o operador), com flexão de coluna, elevação do trono, trabalho acima da linha média dos ombros, rotação / inclinação, movimentação manual de carga e movimentos além da área de alcance máximo.

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Análise dos Postos de Trabalho

Auxiliar de Depósito: Observa-se que há painéis luminosos que auxiliam nas informações e

identificação do pedido (espelho) pelo operador da vez, o qual passa o “espelho” pelo Scanner e visualiza a quantidade necessária do pedido.

As mesas de trabalho (bancadas) têm a altura aproximada de 124 cm para o trabalho a ser realizado na posição em pé, sendo que com o monitor do micro posicionado sobre esta, chega a altura máxima de 160 cm.

A distância entre a tela do monitor e o operador esta entre 60/70 cm; O espaço do corredor entre a esteira e a estante é de 100 cm e o espaço de trabalho do conferente (da esteira) é de 80 x 140 cm; os operadores da esteira também realizam o lacre da caixa com fita adesiva, manualmente.

Uma característica do setor analisado é de que há uma grande quantidade de funcionários com deficiência auditiva contratados, e uma grande quantidade de informações de característica visual e por sinais manuais.

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Análise dos Postos de Trabalho

Auxiliar de Depósito: Quando ao barracão fabril, há pouca ventilação, poucas janelas

e portas de acesso (a não ser recebimentos/expedição), e nos períodos mais quentes do ano a temperatura é um fator de desconforto.

O piso também está em má condição, dificultando o manuseio do carrinho hidráulico e carrinhos comuns.

Outra operação freqüente realizada no setor é quanto ao manuseio com empilhadeiras, no transporte e carregamento de pallets com peso excessivo.

Em relação à Demanda, constata-se insatisfação com relação a atual condição da temperatura no setor fabril, sendo sugerido pelos operadores a adoção de ventiladores no barracão e mais portas e janelas de acesso externo que viabilizem a ventilação

natural.

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Análise dos Postos de Trabalho

Auxiliar de Depósito: Outra situação importante analisada é a referente ao esclarecimento

de algumas informações para os deficientes auditivos, os quais relatam que por vezes não entendem algumas informações sobre a tarefa, devido a própria deficiência e a falta de treinamento sobre a linguagem dos deficientes auditivos.

Outra proposta seria a de adotar cadeiras nas proximidades dos postos de trabalho (descanso), pois o trabalho em pé durante todo o expediente causa muito cansaço, e nos postos onde é possível adotar cadeiras tipo bancário (como os de operações de conferência em computador), adequar um sistema mais eficaz e rápido na “revista” externa, que ocorre na saída (horário de almoço e término do expediente), pois esta faz com que o funcionário permaneça dentro da Empresa por um tempo maior (30 a 40 minutos), levando ao atraso em outros compromissos, como, por exemplo, funcionários que realizam cursos ou estudam à noite.

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Análise dos Postos de Trabalho

Não Vendáveis:

A mercadoria avariada vem do estoque vendável para ser

separada e destinada ao laboratório responsável ou para a

incineração.

O trabalho é realizado em uma bancada padrão (90 cm de

altura), podendo ser realizado na posição em pé ou sentado (em

bancos de armação em metal, com assento em madeira, sem

encosto), onde as operações são: conferir a mercadoria/lote -

Avaliação da situação do produto para fins de troca -

Acondicionar a mercadoria em caixa - Realizar as anotações.

Alguns trabalhos também são realizados em uma mesa de

altura 73 cm, em madeira, com os bancos fixos e sem encosto.

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Análise dos Postos de Trabalho

Transportes:

A função de Motorista é a convencional, na posição

sentada em caminhões ou kombis, sendo estes os

responsáveis pela entrega dos materiais nas lojas da

rede da Empresa, pelo transporte de materiais para o

estoque, e entrega da mobília em lojas.

Entre as solicitações encontradas neste setor através

da Demanda, encontram-se a reestruturação do

Banco de horas/horas extras, com alternância do

trabalho aos sábados, adoção de carrinhos como os

“prancha de alumínio” que tem um modelo maior.

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Equipamento de proteção

No setor fabril são utilizados protetores

auriculares, máscaras de proteção na

manipulação de produtos químicos (tinta no

setor pintura, entre outros - vide laudo

PPRA), protetores em couro, caneleiras de

couro, luvas, óculos especiais e elmos

(solda) e para a proteção coletiva, extintores

de incêndio, maca, hidrante.

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Considerações a Respeito dos Funcionários

As avaliações foram realizadas seguindo

padrões ergonômicos e psicossociais.

Todas as conclusões são descritas de acordo

com a função no setor, bem como com que

maleabilidade a função é exercida pelo

Homem.

A avaliação é analisada neste relatório

através da descrição sucinta do posto de

trabalho utilizado no processo produtivo.

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Considerações a Respeito do Setor

Pela análise realizada nos postos, as

condições de trabalho incluem aspectos

relacionados ao levantamento, transporte e

descarga de materiais (carrinhos e

empilhadeira sobre piso em mal estado de

conservação), ao mobiliário, máquinas e aos

equipamentos, condições ambientais,

manipulação de produtos químicos (fumos

de solda, pintura, outros) e a organização do

trabalho.

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As características sobre os equipamentos utilizados são: Setores administrativos: Aparelhos de telefone comuns e no setor

televendas os monofones, aparelho de fax normais, terminais de vídeo e micro computadores, sendo algumas CPUs são do tipo torre e outras do tipo desktop, sendo teclado e monitores independentes, impressoras de mesa em algumas salas, calculadoras eletrônicas em posição inclinada e em alguns postos, máquina de escrever.

No setor fabril, alguns postos com interação com computador, utilização de carrinhos hidráulicos, empilhadeiras, esteiras de transporte, escadas comuns;

No setor fabril 2, manutenção/ferramentaria/pintura, aparelhos como as serras elétricas, compressores de pintura, máquina de solda, torno, furadeiras, morsas, martelos, serra convencional e ferramentas de uso cotidiano.

Considerações a Respeito do Setor

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Ritmo de Trabalho/Exigência de Tempo

Nos setores administrativos o ritmo de trabalho é

mais intenso em dias de pico, com uma quantidade

maior de pedidos realizados pelas lojas, sendo que o

aumento de pedidos gera também um ritmo mais

intenso no setor fabril.

Quanto à exigência de tempo, os operadores

determinam o próprio ritmo, desenvolvendo suas

atividades conforme o número de pedidos externos e

clientes a serem atendidos.

A Empresa não possui regras rígidas sobre o tempo

de execução das tarefas.

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O Trabalho X Saúde

Como maior problema constatou-se os vícios

posturais, padrões posturais incorretos nas áreas

produtivas, repetição de movimentos em algumas

operações, posturas em contração muscular estática,

utilização de terminais de microcomputador

(administração) e manuseio de cargas na área fabril,

principalmente as de chapas e peças pesadas, com

peso acima do limite considerado de segurança.

Considera-se também a inalação de produtos

químicos e radiações descritas em itens anteriores.

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Algumas Orientações à Empresa no

Diagnóstico Ergonômico

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Quanto à utilização de cadeiras ergonômicas, mesas e estações de trabalho, em linhas gerais, em todos os setores administrativos, onde aproximadamente 85% do período de trabalho o funcionário realiza suas funções na posição sentada, seria adequado que: Fossem adequadas todas as cadeiras ergonomicamente, provendo

regulagem de assento, encosto e altura, bem como aos ângulos de inclinação; ser de fácil manuseio, ter bordas arredondadas, estofamento em tecido que permita transpiração e dar preferência para as cadeiras com braço, seguindo as NBR 13 e 14, especificações da Coletânea Brasileira de Normas para mobiliário de Escritórios;

Providenciar apoio para os pés reguláveis, sendo que, caso não haja um apoiador, é importante que os pés fiquem no chão, nunca suspensos ou apoiados apenas com os dedos, ou então apoiados de maneira errada nos “pés” da cadeira.

Setores Administrativos:

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Seria adequado que se realizassem orientações

sobre as posturas utilizadas e quanto á área de

alcance máximo, em todos os postos, bem como

orientação quanto ao espaço físico para

acomodação das pernas; evitar colocar materiais

diversos ou o processador do microcomputador sob

a mesa ou estação de trabalho, para que o espaço

seja preservado.

Nos postos onde se adotaram mesas com gavetas

ou mini arquivos, providenciar para que o tamanho

da mesa ou estação de trabalho seja de tamanho tal

que mantenha o bom espaço.

Setores Administrativos:

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Setores Administrativos:

Dimensões

antropométricas críticas

a serem consideradas no

projeto de um posto de

trabalho para a pessoa

sentada.

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É necessário prover apoio para os punhos para alguns

operadores que digitam durante todo o período de trabalho.

Seria ideal que o apoio para punho fosse estudado e

adequado segundo as características do usuário.

No caso de uma utilização constante, avaliar qual é o

padrão de desvio dos punhos do operador(a), para se

conseguir o padrão ideal; esta situação seria mais

recomendada em setores onde é contínua a utilização dos

teclados.

Em alguns dos postos, á distância entre o monitor e os

olhos do operador é mínima; em outros, é muito distante.

Setores Administrativos:

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Há que se realizar treinamento urgente para que haja

conscientização sobre as distâncias consideradas de

segurança. Recomenda-se então adequar a posição do

monitor de vídeo (linha superior) há horizontal dos olhos,

de modo que a distância seja confortável (entre 45 e 60 cm).

Em alguns postos há altura exagerada das telas, bem como

uma distância maior entre a tela e os olhos do operador.

Isto pode ser melhorado com um padrão único de mobiliário

(ergonômico) e com treinamento, considerando-se no

aspecto de visão e as características próprias de cada

indivíduo.

Setores Administrativos:

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Setores Administrativos:

No sistema de estações de trabalho ou em espaços

reduzidos devido ao layout, quase sempre uma parte

das luminárias atua diretamente na tela e, ainda,

pelo posicionamento incorreto dos terminais seria

importante que recebessem protetores de tela.

Nas mesas onde há terminais, procurar posicionar o

computador de forma que a lateral do monitor fique

voltada para a janela, e também que fique

posicionado entre fileiras de lâmpadas do teto, a fim

de evitar clarões.

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Setores Administrativos:

Deve haver possibilidade de movimentos da tela para frente

e para trás.

Os antebraços devem estar na horizontal e os punhos apoiados;

Os braços devem trabalhar na vertical (angulo de 70 a 80 graus)

Seria adequado que houvesse um nível inferior, com

regulagem, na mesa de trabalho para a colocação do teclado,

em todos os postos.

Nas estações de trabalho ou mesas próprias para informática,

isto é possível, sendo necessário adequar a “gaveta de

teclado” de acordo com o usuário e com o posicionamento

da estação na sala de trabalho;

Prover suporte para documentos entre o teclado e o monitor

de vídeo.

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Posição Incorreta Posição Correta

Microcomputadores e Terminais de Vídeos

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Para Toda a Área Administrativa:

Na medida do possível prover mesas de borda

arredondada, eliminando as quinas vivas. Algumas das

mesas utilizadas atualmente não são as adequadas,

conforme a descrição dos postos relatadas nesta análise.

Eliminar fios dispostos no piso, sem canaletas de

proteção, de modo que o funcionário não tenha

desconforto em sua locomoção e não corra risco de

acidentes.

Adequar a mobília de modo a satisfazer as necessidades

de conforto, dando ênfase á área de alcance máximo.

Caso os materiais necessários excedam o tamanho limite,

colocá-los em outra mesa.

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Para Toda a Área Administrativa:

É mais viável que a pessoa levante-se para utilizar o

objeto necessário, que flexionar a coluna para

alcançá-lo. Para se adequar a área de alcance

máximo, utilizar os padrões das figuras mostradas

no slide seguinte.

Outro item interessante é em relação aos materiais

dispostos sobre a mesa (uso rotineiro ou materiais de

uso particular), os quais diminuem a área total de

trabalho, causando desconforto; seria ideal que os

funcionários fossem treinados sobre o modo correto

de distribuição desses materiais.

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Área de alcance máximo.

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Dimensões antropométricas críticas a serem consideradas no

projeto de um posto de trabalho para a pessoa sentada.

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Seria ideal que todas as cadeiras ergonômicas possuíssem

braço de apoio e fossem giratórias (principalmente onde opera-

se terminais de computador), evitando-se as que tem aros sobre

os pés (cadeiras tipo bancário), e que nos setores onde há

utilização contínua de telefone, os funcionários fossem mais

treinados e incentivadas quanto a utilização do monofone, o

qual facilita e dá mais conforto durante o trabalho, e evita

possíveis transtornos posturais.

Seria adequado que houvesse orientações (através de palestras

objetivas) quanto a adequação/regulagem de mobília, posturas

e quanto a distâncias de manuseio no posto de trabalho.

Quanto ao Layout:

Tentar adaptá-lo de forma que siga as características descritas nessa

análise, considerando o espaço físico, iluminação e ruído no local.

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Organização Ergonômica para Trabalhos de Informática

Para qualquer situação de trabalho:

A posição do monitor de vídeo deve estar no máximo

na horizontal dos olhos; no caso específico de

monitores comuns (15” e 17”), adaptar o posto de

trabalho para seguir estas características;

Não devem existir reflexos na tela;

A tela deve possuir bom padrão de legibilidade;

Deve haver possibilidade de movimentação de tela para

frente e para trás;

Os braços devem trabalhar na vertical (ângulo de 70 a

80 graus);

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Para qualquer situação de trabalho:

Os antebraços devem estar na horizontal e os punhos

apoiados, se a borda for arredondada;

Deve-se trabalhar sentado, e o ângulo tronco/coxas deve estar

entre 100/110 graus; em alguns postos, onde o imobiliário é

mais antigo, pela própria dimensão do posto, este espaço se

torna impossível.

Nos postos onde há trabalhos de tele-marketing, onde o

espaço geralmente é padrão, os operadores devem ser

orientados quanto a distribuição de materiais e acomodação

das máquinas,

Em alguns tipos de trabalho, o teclado deve estar colocado

sobre uma superfície mais baixa do que a mesa normal de

trabalho, com regulagem de altura.

Organização Ergonômica para Trabalhos de Informática

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Organização Ergonômica para Trabalhos de Informática

Para o trabalho de processamento de texto:

Seria adequado haver uma prancheta para o documento-fonte.

A prancheta deverá ter uma régua, para ser deslocada

acompanhando as linhas do texto-fonte.

Para o trabalho de digitação de dados:

Seria adequado haver uma prancheta para posicionar o documento.

A prancheta deve estar colocada idealmente entre o teclado e a tela.

O suporte para o teclado deverá estar num nível inferior ao da mesa

principal.

Na mesa deve haver espaço para os documentos.

O suporte para o teclado deverá estar num nível mais baixo,

devendo ter as regulagens de altura e de distância antero-posterior, e

deverá caber o mouse.

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Organização Ergonômica para Trabalhos de Informática

Para o trabalho de informação via computador:

Seria adequado haver um suporte inferior para o teclado;

Uma prancheta inclinada seria desnecessária, pois não há

texto a ser consultado;

Deve haver espaço horizontal para a escrita / eventual

documento.

Para o trabalho de interação com o computador:

Alternativas para a posição do teclado: sobre a mesa normal

ou em gaveta retrátil;

Alternativa de posição do terminal de vídeo: sobre a mesa

normal de trabalho;

Uso de suportes para o monitor de vídeo: uma alternativa

quando se necessita de espaço para papéis e documentos.

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Observações complementares:

Deve-se optar por gabinete vertical (mini-torre), que ocupa muito menos espaço e não interfere com os demais arranjos citados, sendo necessário também a orientação dos operadores para a distribuição correta sobre o posto de trabalho;

Na existência de gabinete horizontal, tentar aproveitar a frente do mesmo para alocar uma prancheta (sem comprometer o espaço de abertura dos disk-drivers);

Prover espaço para o mouse, junto do plano horizontal inferior onde se situa o teclado;

Quanto a configuração do restante do mobiliário, depende da utilização que se vai fazer no microcomputador.

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Recomendações às Pessoas que Trabalham em Escritório

Procurar conhecer e respeitar todas as recomendações

para quem trabalha sentado e com computador.

Procurar trabalhar com sapato cujo salto seja de 1 a

2cm, trabalhar com salto mais alto do que isto

ocasiona dificuldade de posicionamento dos membros

inferiores no piso, e quando de pé, costumam acarretar

dores lombares.

Em ambientes de escritórios abertos, ao se dirigir a

alguma pessoa na sala, aproxime-se dela e fale o que

deseja em voz baixa de forma a não distrair os demais.

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Recomendações às Pessoas que Trabalham em Escritório

Evitar fumar em ambientes fechados ou que

tenham ar condicionado; Para fumar dirigir-se

a locais específicos, abertos para o ambiente

externo.

Dedicar pelo menos 30 minutos, 3 vezes por

semana, a prática de alguma atividade física,

para não se tornar sedentário, procure se

orientar sobre que atividade praticar, e dê

preferência a alguma que seja bem a seu gosto.

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Recomendações a Operadores que Executam Atividades Manuais Intensas

Inclua nos setores da Empresa o revezamento nas tarefas.

Oriente aos funcionários sobre como ajustar seu posto de trabalho ao início da atividade, seguindo parâmetros como:

Colocar a cadeira na altura correta para que os braços fiquem na vertical.

Se for necessário subir a cadeira, garantir uma boa superfície de apoio aos pés.

Orientar a aproximação das caixinhas com materiais e demais ferramentas dos postos de trabalho, de tal forma que não haja necessidade de encurvar o tronco para pegá-lo.

Orientar os funcionários a discutir com os supervisores as situações de dificuldade ergonômica na realização das tarefas.

Durante as pausas existentes no trabalho, levantar, se trabalhar sentado; ou sentar se trabalhar de pé, andar um pouco, espreguiçar-se e fazer movimentos contrários aqueles da tarefa.

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Orientações para adequar os postos de trabalho:

Deve-se adequar os locais onde se colocam as peças ou os materiais de trabalho de uso constante (ferramentas/telefone/calculadora/outros), colocando-os a altura adequada para o manuseio e com distâncias/limite máximo dentro dos padrões ergonômicos;

Seguir os padrões de medida e distâncias conforme os slides seguintes, sendo estes padrões válidos para todos os setores onde há este tipo de operação e manuseio, para o trabalho na posição em pé, tanto em bancadas de trabalho quanto em máquinas ou microcomputadores utilizados na posição em pé (conforme o setor de separação de materiais).

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Dimensões recomendadas

para o posto de trabalho na

posição em pé.

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Áreas de alcance

das mãos para o

trabalho em pé.

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Outros tipos de posturas típicas e locais de

trabalho também devem ser adaptados,

sendo adequado seguir os padrões

ergonômicos descritos e visualizados,

segundo recomendações para o

dimensionamento antropométrico de alguns

postos de trabalho típicos.

Norma Francesa AFNOR X-35 - 104: 1980

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Para o trabalho na

posição em pé.

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Regras Básicas para Ferramentas e Utensílios - Área Fabril

É adequado haver locais fixos, definidos, para as ferramentas e materiais;

Os instrumentos e componentes de uso freqüente devem estar dentro da área de alcance normal; os de uso ocasional, devem estar no máximo, dentro da área de alcance máximo;

É adequado ser possível ao operador, alcançar a peça na esteira ou bancada, sem ter que afastar o tronco da cadeira ou inclinar o tronco para frente para alcançar objetos;

O adequado é se utilizar da ação da gravidade para aproximar as peças do local de sua utilização;

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Situar as ferramentas e materiais na ordem de sua utilização;

Prover iluminação adequada á exigência visual da tarefa

Acertar o plano de trabalho para cada operador, sendo este:

trabalho pesado = ao nível do osso do púbis

trabalho não pesado = ao nível do cotovelo

trabalho com empenho visual para perto = a 30 cm dos olhos

Evitar situações em que o operador fique de costas para o fluxo da linha.

Regras Básicas para Ferramentas e Utensílios - Área Fabril

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Manter as regras para ferramentas e dispositivos:

Sempre que possível, transferir para os dispositivos o trabalho de segurar, fixar e sustentar as peças;

Combinar duas ou mais ferramentas, se necessário;

Montar lugares fixos para as ferramentas, dispositivos e gabaritos;

Distribuir a carga de trabalho de acordo com a capacidade das pernas, dedos e mãos;

Adequar a empunhadura das ferramentas, de forma a fazer contato com toda a superfície da mão;

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Posicionar alavancas e controles ao alcance

normal dos braços, evitando mudanças de

postura

Dobrar o cabo da ferramenta, para que o

operador não tenha que dobrar a mão;

Evitar esforços manuais em pinça. Somente

admiti-los para atividades de precisão;

Evitar trabalhos na parte de trás de uma peça

(alguns trabalhos no setor de

carpintaria/serralheria utilizam esses padrões);

Manter as regras para ferramentas e dispositivos:

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Regras Ergonômicas para a Utilização de Ferramentas:

Utilizar ferramentas do tipo “prensa” para força, e

ferramentas do tipo “pinça” para tarefas de precisão;

Cabos e manoplas são essenciais, devem ser feitos de

plástico ou material de alguma compressibilidade;

devem possuir alguma superfície de atrito, de modo a

se evitar esforço excessivo das mãos pra prendê-los,

devendo se evitar cabos e manoplas de metal, por

quatro motivos: compressão mecânica sobre os tecidos da mão;

transmissão aumentada de frio ou calor

transmissão aumentada de vibração

risco de condução de descargas elétricas

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Deve-se utilizar a seguinte regra para a escolha do tipo de cabo:

para trabalhos em superfície vertical, usar punho em pistola; para trabalho em superfície horizontal, utilizar punho reto;

Desenvolver o desenho da ferramenta de forma que haja um mínimo de esforço muscular No caso de apertadeiras retas, colocar um ressalto macio logo abaixo do 5° dedo e em volta de todo o cabo para que a mão fique apoiada, e com isso se reduza o esforço estático da mesma para segura-lo; Desenvolver a força mais com motores e menos com músculos; Manter o peso das ferramentas tão leve quanto possível;

Regras Ergonômicas para a Utilização de Ferramentas:

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Desenvolver ferramentas que possam ser usadas tanto pela mão direita quanto pela esquerda; As manoplas e cabos das ferramentas devem ter a dimensão correta em termos de diâmetro, forma correta (mais arredondada) e de textura semi-macia; O diâmetro correto para a manopla ou punho é de 20 a 25 mm para trabalhos de precisão (para homens, o diâmetro pode ser de 35 mm), e quando se optar por um diâmetro único, optar pelo de 20 a 25 mm; o diâmetro deve ir reduzindo gradativamente, de forma a acomodar confortavelmente a preensão do 4° e 5/ dedos; Colocar molas em tesouras, de forma a facilitar sua abertura;

Regras Ergonômicas para a Utilização de Ferramentas:

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O gatilho deve ser acionado pela falange média do

dedo indicador (gatilho acionado com a falange distal,

costuma ocasionar tendinite com freqüência);

Evitar as ferramentas do tipo stall, que no final do

movimento transmitem o torque para o punho do

operador;

Na medida do possível, colocar as parafusadeiras,

apertadeiras e revólver de solda suspensos por

balancins e , de preferência, por balancins de tensão

contínua; No caso dos soldadores, em diversos setores

pode-se optar por este tipo de equipamento, que facilita

o trabalho e minimiza o esforço físico;

Regras Ergonômicas para a Utilização de Ferramentas:

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Mobiliário dos Postos de Trabalho

Posturas

típicas

encontradas

nos setores de

manutenção.

Espaços recomendados para algumas posturas típicas

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No caso dos trabalhos onde há padrões posturais diversos, e por diversas vezes incorretos, adotar treinamento postural

e orientação adequada, pausas e revezamentos e procurar adotar os

padrões básicos de diâmetros conforme a figura demonstrativa no slide anterior; que demonstra algumas das posições

mais freqüentes nas áreas de manutenção.

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Recomendações para a Linha de Produção

Nivelar a linha de produção (esteiras de separação de

medicamentos) de acordo com a velocidade e prática de

seus componentes;

Estabelecer a velocidade com base em critérios técnicos;

Estabelecer o percentual de aumento de velocidade baseado

em estudos de eficácia;

Estabelecer sistema de sinalização para evitar a falta de

material;

Garantir adaptação antropométrica mínima de tal forma

que, em linhas de produção em que se trabalha na posição

em pé, pessoas mais altas trabalhem na parte de cima do

produto, e pessoas mais baixas na parte de baixo do

mesmo;

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Em área fábril em que se trabalha sentado, garantir a flexibilidade postural mínima: cadeiras com regulagem fácil de altura e apoio adequado para os pés;

Garantir variação do tipo de elemento de trabalho

Balancear a linha, de modo que não existam pontos de estrangulamento;

Ter um ritmo previsto para a alternativa de falta de pessoal; ter sempre um operador substituto para atender a necessidade dos trabalhadores da linha;

Realizar revezamentos dos trabalhadores; é desejável que um trabalhador cumpra por dia, cerca de 3 a 4 posições com movimentos diferentes;

Adotar pausas de recuperação, segundo o tipo de exigência biomecânica;

Recomendações para a Linha de Produção

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Recomendações para a Linha de Produção

Caso haja possibilidade, dotar o posto de trabalho da bancada de trabalho onde a posição é realizada na posição em pé (também nas máquinas) de um banco de apoio modelo semi-sentado (stand by) para que o operador utilize-o durante a tarefa, ou tapetes anti-fadiga, minimizando o esforço, ou dotar estes postos de apoio regulável para os pés;

Nos setores onde o trabalho é realizado na posição em pé, andando ou realizando outras atividades, é necessário que se coloque próximo ao posto uma cadeira para descanso, podendo ser esta do tipo comum.

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Seria adequado realizar pausas de 10 minutos a cada 02 horas trabalhadas, realizando também exercícios de distencionamento muscular, principalmente para os operadores que realizam as operações de transporte e carregamento de materiais ou atividades que utilizem força muscular constante, ou padrões posturais viciosos e que causem sobrecarga nas articulações;

As pausas, revezamentos e exercícios compensatórios devem ser realizados considerando-se os grupos musculares mais utilizados durante as operações, de modo que em um revezamento estes grupos musculares sejam modificados, e na ginástica, realizado um distencionamento direcionado a esses grupos musculares.

Recomendações para a Linha de Produção

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Realizar treinamento sobre carregamento e transporte de materiais para os operadores, visto que os mesmos realizam o transporte e carregamento de materiais durante o processo de recebimento, almoxarifado e expedição;

Cuidar para que á altura dos pallets não ultrapasse a linha média dos ombros dos operadores, evitando assim o esforço acima da altura limite, bem como á altura dos armários onde são colocadas ás caixas com os medicamentos a serem separados;

Recomendações para a Linha de Produção

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Adequar os locais onde se colocam os materiais, colocando-os á altura adequada para o manuseio e com distâncias/limite máximo dentro de padrões ergonômicos;

Na área fabril, eventualmente os operadores realizam o transporte dos materiais manualmente, sendo então necessário orientação postural e quanto ao transporte e carregamento de materiais, bem como da carga máxima a ser transportada por apenas um operador e as cargas que devem ser transportadas por 2 operadores, carrinho hidráulico ou empilhadeira.

Recomendações para a Linha de Produção

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Recomendações para a Linha de Produção

Um carrinho de mão para

materiais pesados (caixas,

sacarias ou tambores médios)

e uma transpaleteira são

meios confiáveis, seguros e

fáceis de manejar.

Permitem o transporte de

cargas pesadas em curtas

distâncias, com uma elevação

mínima.

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Estas orientações são também para os operadores de almoxarifado; onde algumas tarefas que estão com distância de manuseio acima do considerado nos padrões ergonômicos, sendo necessário salientar aos operadores sobre o modo correto do manuseio com as cargas, evitando o transporte de um só lado do ombro ou transportando-as na cabeça. No caso dos operadores de empilhadeiras, é recomendado orientação postural, ginástica de distencionamento muscular e revezamento na função, e orientação quanto as melhores formas de estocagem dos pallets ou chapas, bem como da disposição de produtos acabados ou a serem entregues á outros setores. As posturas no manuseio ou nas operações com empilhadeiras geralmente levam a padrões de postura estática.

Recomendações para a Linha de Produção

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Nas mesas onde se realizam os trabalhos considerados burocráticos, adaptá-las a padrões ergonômicos, tanto quanto a mesa e cadeira, quanto á disposição do terminal de vídeo, conforme sugestões aplicadas ao setor administrativo (escritórios do setor produção e do almoxarifado).

No setor de almoxarifado, salientar as seguintes instruções:

Orientar quanto ao modo como a matéria prima é estocada, colocando o primeiro nível da estante a 50 cm de altura.

Reservar a parte de baixo para materiais pequenos e leves.

Recomendações para a Linha de Produção

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Manter a regra básica para armazenamento: nível de baixo das estantes com peças com menos de 10 kg.

nível intermediário (de 50 a 150 cm) para peças de 10 a 23 kg.

nível superior para peças com menos de 12 kg, sendo estas cargas movimentadas somente através de escadas.

Caso ocorra armazenamento de cargas superior as citadas, no nível inferior, junto ao piso, colocar roletes que facilitem seu deslizamento.

É recomendado que se elabore etiquetas definindo os limites de peso por nível de estantes.

Seria adequado pallets de dois tipos, um do tipo raso e outro do tipo pallets com suporte, em que o nível de armazenamento comece a 50 cm do chão, para peças entre 12 e 23 kg.

Recomendações para a Linha de Produção

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Recomendações ao Trabalhador sobre Como Manusear Cargas

Os operadores que realizam suas funções no setor de transporte e carregamento dos materiais, geralmente realizam as tarefas onde se utilizam de força muscular sozinhos. É necessário que os mesmos sigam orientações, as quais ainda devem ser realizadas em nível de treinamento.

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Os Riscos de Manusear Cargas Pesadas Informações Técnicas:

As atividades de manusear cargas pesadas, sem

considerar as limitações do ser humano, podem trazer

sérios riscos à saúde. O sistema circulatório, em especial

o coração, podem ser afetados, especialmente no que diz

respeito ao ritmo cardíaco e pressão sangüínea.

Os problemas mais freqüentes, advindos do manuseio e

movimentação de cargas são: hemorragias cerebrais em

pessoas com arterioscleroses (endurecimento das

artérias); em pessoas frágeis uma mudança de pressão

repentina pode provocar hérnia abdominal ou outros

problemas dos órgãos abdominais (ptose: queda de um

órgão pelo relaxamento dos ligamentos viscerais ou das

paredes abdominais).

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Os Riscos de Manusear Cargas Pesadas Informações Técnicas:

Este problema acontece quando a pessoa faz este

tipo de atividade de forma esporádica, e sem os

cuidados necessários.

No trabalho freqüente com cargas excessivas,

principalmente quando é iniciado com pouca

idade, a tensão e esforço constante em músculos,

ligamentos, articulações, e ossos, podem causar

deformações, tais como, escolioses e cifoses

vertebrais, deformação do arco do pé e um estado

inflamatório e doloroso dos músculos e bolsas

articulares, tais como miosites e bursites.

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Os Riscos de Manusear Cargas Pesadas Informações Técnicas:

Os trabalhadores que realizam um duro trabalho

físico, freqüentemente apresentam diversas

artroses nas articulações das vértebras, joelhos e

tornozelos, devido aos repetidos micro-

traumatismos.

É importante deixar claro que, problemas na

coluna não são exclusivos das pessoas que

manuseiam cargas pesadas.

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A automatização e a mecanização industrial

causaram o aumento de número de postos

na posição sentada, sendo que houve um

aumento da incidência de lombalgias para

os trabalhadores que devem permanecer

sentados por longos períodos, devido à

adoção de posturas penosas impostas pelas

exigências das tarefas (Barreira, 1989).

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Quanto a Realização das Pausas

As pausas são períodos de tempo concedidos, de

acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho -

CLT, para os trabalhos contínuos de mais de seis

horas, e devem ser utilizados para as refeições e

descanso.

Do ponto de vista da Ergonomia, as pausas são as

interrupções da jornada de trabalho, que visam à

recuperação da capacidade física e mental do

indivíduo. A definição dos tempos para as pausas

deve ser baseada no tipo de atividade, na cadência do

trabalho, na repetitividade das tarefas e no desgaste

físico durante o trabalho.

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As pausas são classificadas de acordo com sua duração, e estas são:

Pausas Fisiológicas: período de tempo gasto com a recuperação da capacidade de um músculo, após sua contração durante o trabalho;

Pausas de Limitação: tempo em que o indivíduo deixa de realizar a tarefa por não ter condições físicas;

Pausas de Recuperação: tempo para a recuperação física e mental durante a jornada de trabalho; Pausas para Refeições: devem ser considerados alguns fatores, tais como: reposição energética, horários, tempo para digestão, dentre outros;

Pausas Diárias: recomenda-se um período de no mínimo onze horas de repouso, entre o final e o inicio das jornadas de trabalho.

Pausas Semanais: devem, sempre que possível, contemplar o domingo.

Pausas Anuais: ou chamadas de férias, devem ser de no mínimo duas semanas para cada ano trabalhado.

Quanto a Realização das Pausas

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O horário das refeições deve ser projetado

considerando-se os seguintes fatores: horário do inicio

e final da jornada, horário da última refeição, desgaste

energético durante o trabalho, distancia até o refeitório,

local de higienização, filas, etc.

A duração das pausas para o descanso (recuperação)

deve ser projetada, de forma equilibrada, geralmente

nos períodos intermediários entre o inicio da jornada-

refeição-término da jornada. Estas pausas, na medida

do possível, devem ser fora do ambiente de trabalho e

em local apropriado.

Quanto a Realização das Pausas

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O treinamento geral faz variarem consideravelmente as aptidões, e a aprendizagem da tarefa, permitindo reduzir de forma expressiva a carga de trabalho. A movimentação manual de materiais é inevitável em qualquer local de trabalho, já que alguns movimentos só podem ser realizados pelo homem. O treinamento para o trabalho de manuseio de cargas, consiste, basicamente, em conhecer as formas adequadas de trabalhar nestas condições.

Quanto a realização dos Treinamentos

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É necessário desenvolver a consciência,

tanto de trabalhadores como de

administradores, dos sérios riscos que uma

atividade realizada de forma inadequada

acarretará para ambos. Nestes casos o

treinamento é específico e o mais completo

possível. Devem ser consideradas as

limitações individuais se enfatizar os

trabalhos em equipes

Quanto a realização dos Treinamentos

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Assim, um treinamento adequado deve

considerar, primeiramente, as características dos

indivíduos que irão recebê-lo. Deve ser utilizada

uma linguagem clara e objetiva. No caso de

indivíduos com uma baixo nível de escolaridade,

como é o caso da maioria das pessoas que

trabalham em atividades braçais, ou indivíduos

com deficiência auditiva, recomenda-se enfatizar

a parte prática e o uso de situações reais, nas

quais eles tenham participação ativa. Esta é uma

forma confiável de captar a atenção destes

indivíduos, e obter resultados satisfatórios.

Quanto a realização dos Treinamentos

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Não há qualquer problema em levantar cargas do chão

agachando e levantando com as pernas (posição

agachada), como também não há problema em levantar

fletindo o tronco com as pernas estendidas (posição

fletida), desde que sejam observados os cuidados

complementares.

Para cargas volumosas: utilizar a posição semi-fletida:

dobra-se as pernas um certo tanto e encurva-se o tronco

um certo tanto.

Para peças que possam ser pegas com apenas uma mão

no interior de caixas ou caçambas: apoiar um dos braços

na borda da caçamba e levantar com a outra; isto alivia a

força de compressão nos discos da coluna.

Técnica de Manuseio de Cargas

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Cargas Pesadas

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- Na posição agachada, carga a ser pega no chão: 15kg.

- Na posição fletida, carga a ser pega no chão: 18kg.

- Nas melhores condições: 23kg (carga elevada, próxima do corpo, com boa pega, sem rotação lateral do tronco, pequena distância vertical entre a origem e o destino, menos que uma vez a cada 5 minutos).

Fora das condições acima: calcular o limite de peso recomendado pelo critério do NIOSH.

Limites de peso a serem levantados

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Pegar a carga simetricamente, evitando ao

máximo qualquer torção da coluna lombar e

qualquer rotação lateral do tronco.

Aproximar a carga do corpo e elevá-la o

mais próximo possível do corpo.

Os dois cuidados posturais mais importantes

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Antes de pegar um peso, enrijecer a coluna, de

forma a colocar seus músculos em condições

prévias de boa capacidade para realizar o esforço

a que se propõe.

Avaliar a sua real capacidade para levantar

aquele peso.

Preferir pegar um peso de cada lado do corpo, do

que o peso de um só lado (é preferível pegar e

carregar duas malas mais pesadas do que

apenas uma mala).

Os cuidados posturais complementares

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Somente utilizar a técnica agachada quando

a carga for compacta, e que caiba entre os

joelhos; a manobra de passar uma carga

pesada e volumosa na frente dos joelhos,

na posição agachada, é extremamente

perigosa para a coluna e para os joelhos.

Desobstruir o acesso à carga a ser

levantada, de forma a evitar flexões e

torções da coluna.

Os cuidados posturais complementares

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Ao pegar uma carga mais pesada, respirar fundo e prender a respiração (este aumento adicional de pressões no tórax diminui a pressão nos discos da coluna).

Certificar-se das condições do piso, a fim de evitar tropeções e escorregões enquanto transporta a carga. Alguns locais no setor de produção, o piso não está em boas condições, sugerindo-se reformas;

Os cuidados posturais complementares

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Diferenças de Alturas Níveis e Depressões

Onde quer que seja possível, eliminar

as diferenças de altura imprevistas. As

rodas grandes em geral são melhores

do que as pequenas, pois podem

superar mais facilmente quaisquer

obstáculos e buracos (figura 1). Encha as depressões ou faça uma

ponte sobre elas; se as diferenças de

altura permanecerem, arrume cunhas

graduáveis de forma a evitar tropeços e

obstáculos para as rodas (figura 2).

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Orientar aos operadores de nunca carregar

cargas na cabeça, pois isto leva à

degeneração dos discos da coluna cervical,

com tendência aumentada de

cervicobraquialgia (é bom lembrar que

nessa região os espaços intervertebrais

são muitos estreitos, e o carregamento de

cargas na cabeça pode reduzi-los ainda

mais).

Cuidados no transporte de cargas

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Orientar os operadores que, ao carregar uma carga, procurar dividi-la em duas partes equivalentes, carregando com alça uma de cada lado do corpo; caso não seja possível, carregar a carga bem junto do corpo, de preferência encostando-a na roupa de trabalho. Uma técnica útil é utilizar o cinto como “canga”, a fim de reduzir o peso que se está firmando.

Orientar os operadores que, na medida do possível, devem carregar a carga com os membros superiores estendidos, junto do corpo, evitando-se fletir o antebraço sobre o braço.

Cuidados no transporte de cargas

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Outra medida importante é o uso de

correias e cinturões. Os coletes

abdominais têm a função de impedir

mecanicamente esforços feitos da

forma incorreta, e são recomendados.

Cuidados no transporte de cargas

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É fundamental a solicitação, a todas as empresas contratadas a desenvolver atividades no interior das instalações da Empresa, quanto ao controle dos riscos inerentes á estas atividades. Deve ser solicitado ás mesmas, os programas estabelecidos pela Portaria 3214/78 do MTb (PPRA e PCMSO) e análise ergonômica das operações, bem como a utilização dos EPI’s que se façam necessários. Aconselhamos que antes do início das atividades da terceirizada, seus programas sejam avaliados pelo setor de segurança do trabalho da Empresa.

Quanto aos Terceiros