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ANÁLISE E VALIDAÇÃO DO MODELO CONCEITUAL DA CADEIA PRODUTIVA DO FUTEBOL DO BRASIL Rosiane Serrano (IFRS ) [email protected] Daniel Pacheco Lacerda (UNISINOS ) [email protected] Ricardo Augusto Cassel (UFRGS ) [email protected] Luis Henrique Rodrigues (UNISINOS ) [email protected] Aline Dresch (UNISINOS ) [email protected] O futebol deixou de ser apenas um esporte praticado por muitos brasileiros, verifica-se que é uma indústria de alto perfil e com característica profissionalizada. Tendo uma significativa cadeia de atividades econômicas que o envolve. Assim ao identificar e ter o entendimento da natureza dos elementos que compõe esta cadeia, possibilita que os formuladores e tomadores de decisão realizem julgamentos corretos sobre questões pertinentes as suas necessidades. Por sua vez, este estudo tem como objetivo a validação do modelo conceitual (framework) da cadeia produtiva do futebol apresentado por Serrano et al. (2015). Para responder aos objetivos propostos nesse artigo foi realizado um estudo de caso exploratório, por meio de entrevistas com especialistas no contexto em estudo. Desse modo, as análises das entrevistas apontaram o modelo conceitual aproximava-se da realidade, ou seja, da cadeia produtiva do futebol. Sendo constituído sob duas perspectivas de análise: principal e auxiliar. Seguindo esta característica alguns atores foram realocados e inseridos, observando o retorno das entrevistas. Bem como, a forma de apresentação destes foi reajustada, pois as entrevistas apontaram que o modelo parecia confuso. Sendo atribuídas cores para o entendimento dos relacionamentos na cadeia e as mesmas foram postas em sequência. Observa-se que esta cadeia produtiva apresenta-se dinâmica e com vários inter-relacionamentos, sua estruturação mostrou-se válida, suscitando encaminhamentos de estudos futuros, sob o contexto da sustentabilidade. Palavras-chave: Cadeia produtiva do futebol, estudo de caso, validação modelo conceitual XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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ANÁLISE E VALIDAÇÃO DO MODELO

CONCEITUAL DA CADEIA PRODUTIVA

DO FUTEBOL DO BRASIL

Rosiane Serrano (IFRS )

[email protected]

Daniel Pacheco Lacerda (UNISINOS )

[email protected]

Ricardo Augusto Cassel (UFRGS )

[email protected]

Luis Henrique Rodrigues (UNISINOS )

[email protected]

Aline Dresch (UNISINOS )

[email protected]

O futebol deixou de ser apenas um esporte praticado por muitos

brasileiros, verifica-se que é uma indústria de alto perfil e com

característica profissionalizada. Tendo uma significativa cadeia de

atividades econômicas que o envolve. Assim ao identificar e ter o

entendimento da natureza dos elementos que compõe esta cadeia,

possibilita que os formuladores e tomadores de decisão realizem

julgamentos corretos sobre questões pertinentes as suas necessidades.

Por sua vez, este estudo tem como objetivo a validação do modelo

conceitual (framework) da cadeia produtiva do futebol apresentado

por Serrano et al. (2015). Para responder aos objetivos propostos

nesse artigo foi realizado um estudo de caso exploratório, por meio de

entrevistas com especialistas no contexto em estudo. Desse modo, as

análises das entrevistas apontaram o modelo conceitual aproximava-se

da realidade, ou seja, da cadeia produtiva do futebol. Sendo

constituído sob duas perspectivas de análise: principal e auxiliar.

Seguindo esta característica alguns atores foram realocados e

inseridos, observando o retorno das entrevistas. Bem como, a forma de

apresentação destes foi reajustada, pois as entrevistas apontaram que

o modelo parecia confuso. Sendo atribuídas cores para o entendimento

dos relacionamentos na cadeia e as mesmas foram postas em

sequência. Observa-se que esta cadeia produtiva apresenta-se

dinâmica e com vários inter-relacionamentos, sua estruturação

mostrou-se válida, suscitando encaminhamentos de estudos futuros,

sob o contexto da sustentabilidade.

Palavras-chave: Cadeia produtiva do futebol, estudo de caso,

validação modelo conceitual

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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1. Introdução

A indústria esportiva apresenta um segmento com alto potencial de receitas (KLAYMAN,

2008). Somente o futebol mundial movimenta valores entre US$ 400 bilhões de dólares e US$

1 trilhão de dólares (BELO; PAOLOZZI, 2013; BENEVIDES et al., 2015). No futebol

brasileiro, alguns clubes chegam a faturar cerca de R$ 300 milhões de reais ao ano

(LANGONI, 2013). Dimensionando os fluxos monetários, toda a cadeia do futebol brasileira

somou R$ 3,5 bilhões em 2009 (BLUMENSCHEIN, 2013). Em termos quantitativos, dos

1,9% de participação do esporte no produto interno bruto (PIB) brasileiro, o futebol representa

53% deste total, aproximando-se de R$ 36.000 bilhões de reais (PLURI CONSULTORIA,

2011).

Assim, o futebol deixou de ser apenas um esporte praticado por muitos brasileiros e findou-se

o pressuposto da economia de subsistência, instaurada até meados de 1987 (AIDAR;

FAULIN, 2013). Verifica-se que a indústria do futebol é considerada de alto perfil e com

característica profissionalizada. Desse modo, um ótimo desempenho fora de campo exige que

características especiais da indústria sejam reconhecidos nas práticas de gestão (KAUPPI;

MOXHAM; BAMFORD, 2013). Neste sentido, torna-se importante combinar o talento dentro

de campo com a competência fora, ou seja, modernizar a gestão do futebol em todos os níveis,

conciliando razão com emoção (LANGONI, 2013). Isso é necessário uma vez que há uma

significativa cadeia de atividades econômicas que envolve o futebol, considerando sua

popularidade mundial e importância sociocultural, o que gera impactos diretos e indiretos na

economia brasileira (BENEVIDES et al., 2015; BLUMENSCHEIN, 2013).

É possível caracterizar o futebol como uma indústria dinâmica, podendo ser compreendido

por meio da concepção de uma cadeia produtiva (BENEVIDES et al., 2015). O entendimento

da natureza dos elementos que compõe esta cadeia, possibilita que os formuladores e

tomadores de decisão realizem julgamentos corretos sobre questões pertinentes às suas

necessidades. Ao entender os enlaces que envolvem a cadeia, é possível identificar o público

relacionado, evidenciando que estes são a essência do esporte (BORLAND; MACDONALD,

2003) e, por consequência, de toda a cadeia produtiva.

Neste sentido, Leoncini (2001) salienta que ao estudar a cadeia do futebol é requerido uma

visão dinâmica dos processos, dentre estes a identificação dos principais agentes envolvidos.

Este estudo tem como objetivo a validação do modelo conceitual (framework) da cadeia

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produtiva do futebol apresentado por Serrano et al. (2015). Para tanto foi realizado um estudo

de caso exploratório, por meio de entrevistas com especialistas no contexto em estudo.

Assim, este trabalho está estruturado em quatro seções além desta introdução. A seção a

seguir apresenta o referencial teórico, o qual versará sobre cadeia produtiva e modelos

desenvolvidos para o futebol. Em seguida apresentam-se os procedimentos metodológicos

adotados para a condução deste estudo. A quarta seção expõe os resultados do estudo de caso

e o modelo final validado da cadeia produtiva do futebol. Por fim, são apresentadas as

conclusões e as oportunidades de trabalhos futuros.

2. Cadeias produtivas e o futebol

Cadeia produtiva é definida como uma sequência de fluxos de materiais e processos para

fabricação de bens e serviços, realizados por diversas empresas, em diferentes estágios

(BRONZERI, 2009; FIGUEIREDO, 2013). Há diversas abordagens teórico-metodológicas

para definição de cadeia produtiva, a exemplo filière, cadeia de suprimentos e a cadeia

produtiva global (LEÃO; VASCONCELLOS, 2015).

A abordagem filière, possui seu conceito ligado ao Agronegócio, pois na década de 1960

passou-se a estudar a agricultura comercial e sua integração vertical na França, posterior este

termo disseminou em países em desenvolvimento (RAIKES; JENSEN; PONTE, 2000). A

análise filière é utilizada para mapear os fluxos de mercadorias, identificar os agentes e

atividades, ou seja, apresenta um fluxograma físico dos produtos de base e transformações

(LEÃO; VASCONCELLOS, 2015). Raikes; Jensen e Pontes (2000) expõe que a análise

fílière concentra-se principalmente em nível local e nacional na cadeia, focando na

importância do lado técnico dos fluxos de materiais do que o papel social dos atores ali

presentes.

Neste sentido, a abordagem de cadeia produtiva global busca compreender como as indústrias

se organizam, identificando o conjunto de atores que estão envolvidos na produção e

distribuição de determinado bem ou serviço, assim como mapear os tipos de relação existente

entre eles (BAIR, 2005). Refere-se a uma perspectiva que enfoca a configuração de cadeia de

produção no mercado global, atuando com ênfase econômica, empreendendo análises para

melhorar a eficiência e a competitividade (LEÃO; VASCONCELLOS, 2015).

No que tange as cadeias de suprimentos estas possuem diferentes estruturas e princípios

operacionais, variando conforme o que elas entregam ao mercado (APPELQVIST et al.,

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2013). Essa abordagem enfatiza os métodos, instrumentos e técnicas de gerenciamento de

suprimentos, a fim de possibilitar a análise da integração da produção e distribuição de bens

(LEÃO; VASCONCELLOS, 2015). Seu objetivo é reduzir a incerteza e variação em

operações ao longo da cadeia de fornecimento (APPELQVIST et al., 2013).

Porém, independente da abordagem teórica, a definição de cadeia produtiva diz respeito a

todos os atores, instituições, operações e atividade relativas a produção, distribuição, consumo

e descarte de bens e serviços (LEÃO; VASCONCELLOS, 2015). Além disso, a visão sobre

os elos que compõe a cadeia permitem perceber os fluxos econômicos, materiais do ponto de

vista da logística e eficiência quanto as relações sociais injustas e iníquas no contexto da

saúde, trabalho e ambiente (LEÃO; VASCONCELLOS, 2015; MONTAIGNE; COELHO,

2012).

Salienta-se que a cadeia produtiva é utilizada como nível de análise de diversas pesquisas,

pois o seu melhor gerenciamento pode promover melhorias a todos os elos (BRONZERI,

2009). Neste sentido, por meio da revisão sistemática de literatura, foram elencados estudos

que abordaram a cadeia produtiva do futebol. Destes estudos, 4 apresentam a cadeia produtiva

do futebol do Brasil e 1 expõe o futebol Europeu.

Assim, Leoncini (2001) apresenta um modelo que mostra as características do processo de

transformação nos clubes de futebol do Brasil. Leoncini e Silva (2005) aprimoram o modelo

apresentado por Leoncini (2001), reorganizando o posicionamento de alguns agentes. Ferreira

(2012), por sua vez, estabelece seu modelo de cadeia produtiva considerando os processos que

ocorrem antes, durante e depois do jogo. Blumenschein (2013), propõe que a cadeia produtiva

do futebol apresenta como eixo principal um conjunto de empresas e instituições, das quais

participam diretamente da organização e realização do futebol no Brasil. Ducrey et al. (2003),

apresentam o negócio futebol como um grupo de atividades comerciais realizadas pelos atores

na indústria do futebol europeia, trazendo como pilares desta os clubes de futebol e a equipe

nacional.

Analisando os estudos apresentados, esta pesquisa mostra-se relevante, pois os estudos

abordam a cadeia sob uma perspectiva econômica e sob a ótica dos clubes de futebol. Esta

pesquisa propõe um olhar sistêmico para a cadeia produtiva do futebol, ou seja, considera

todos os atores/elos, e não expõe uma segmentação de análise dentro do futebol brasileiro.

Assim, os estudos listados auxiliarão na validação do modelo conceitual desenvolvido,

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salientando a identificação e posicionamento dos atores.

3. Procedimentos metodológicos

Marconi e Lakatos (2008) evidenciam que não há ciência sem o emprego de métodos

científicos. Pesquisa é um trabalho imprevisível e com variáveis incontroláveis (SILVA;

MENEZES, 2005). Assim, Dresch, Lacerda e Antunes Jr. (2015), descrevem a necessidade de

adotar procedimentos para garantir a confiabilidade dos resultados de uma pesquisa científica.

Para conduzir uma pesquisa científica, existem métodos que podem ser adotados, cada um

deles apresenta vantagens e desvantagens e sua escolha é dependente do tipo de questão de

pesquisa, controle sobre os eventos que decorrerão ao longo da mesma, foco e objetivo do

estudo (YIN, 2010).

O método de pesquisa utilizado para condução deste trabalho foi o estudo de caso, o qual é

definido como uma pesquisa empírica que busca compreender um fenômeno contemporâneo,

complexo, em seu contexto real (YIN, 2010). Para tanto será usada a sequência esboçada por

Miguel (2007) a mesma esta apresentada na Figura 1.

Figura 1: Condução do estudo de caso

Fonte: Adaptado de Miguel (2007)

A definição de uma estrutura conceitual-teórica foi apresentada no artigo denominado:

Proposição de um Modelo Teórico para Análise da Cadeia Produtiva do Futebol (SERRANO

et al., 2015). Neste contexto, esta pesquisa inicia na fase dois do método de estudo de caso,

refere-se a validação do modelo conceitual.

Para o planejamento dos casos foram, primeiramente, selecionadas as unidades de análise,

sendo indústria, empresas de serviços, entidades, associações, pessoas atuantes e etc., no

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segmento do futebol da região sul do Brasil, a saber, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa

Catarina. Posteriormente, foram contatados os atores que atuam no segmento do futebol e que

os pesquisadores possuíam contato. Em seguida foi utilizada a técnica “Bola de Neve”

(BALDIN; MUNHOZ, 2011), na qual cada participante faz referência a outros participantes

potenciais e assim sucessivamente. Por fim, para a constituição das entrevistas foi elaborado

um roteiro de entrevistas, composto por questões semi-estruturadas, as quais abordavam a

representatividade do modelo conceitual da cadeia produtiva do futebol.

Conforme prevê o método do estudo de caso, deve ser conduzido um teste piloto. Assim, foi

realizada uma entrevista inicial, possibilitando o aprimoramento do roteiro de entrevistas.

A coleta de dados foi iniciada por meio do contato com os respondentes. O Quadro 1 apresenta

o perfil dos respondentes, expondo sua área de atuação e sua atuação no futebol. No que tange

ao número de entrevistados foi utilizada a exaustividade, ou seja, quando as respostas passam

a ser repetitivas e são suficientes para o entendimento do problema. Para o registro dos dados

foi solicitado o uso do gravador, visando a posterior transcrição e facilitar a análise dos dados.

Ademais, anotações foram feitas pelos pesquisadores para eventual comparação e/ou

confirmação das respostas dos entrevistados.

Quadro 1: Respondentes Tipo de Atividade: Área de formação: Função:

Tempo de atuação no setor esportivo:

Entrevistado 1 Indústria de Confecção Gradução em Administração Diretor Administrativo 10 anos

Entrevistado 2 Clube de Futebol

Atleta profissional Gradução em Administração

Pós-Graduação em Gestão Empresarial

Diretor executivo de futebol

13 anos atleta + 13 anos cargos de

direção

Entrevistado 3 Consultoria em esporte

Post Graduation, Strategy, Marketing, Innovation, Design

Specialist, Finance and economic analysis

Graduation, Business, Management, Marketing, Strategy

Proprietário/Consultor 10 anos

Entrevistado 4 Consultoria Graduação em Administração

Pós-Graduação em Gestão de empresas Diretor 8 anos

Entrevistado 5 Comercio/varejo Graduação em Engenharia Elétrica Diretor 10 anos

Entrevistado 6 Ensino

Graduação em Engenharia Eletrônica Pós-Graduação em Administração

Mestre e doutor em Engenharia de Produção Coordenador de PPG Torcedor

Entrevistado 7 Clube de Futebol

Graduação em Engenharia Civil Pós-graduado em Gestão Empresarial

Mestrado em Marketing e Negócios

Executivo de clube de futebol

2,6 meses

Entrevistado 8 Franquias Graduação em Administração Holding de oprações 13 anos

Entrevistado 9 Administradora de

Cartões

Graduação em Administração Pós-graduação em Governança Corporativa e

Gestão de Riscos

Pós-graduação Administração da Tecnologia da Informação

Gerente de Riscos e Compliance

10 anos

Entrevistado 10 Industria e Comércio Graduação em Administração

Administração Administrador 11 anos

Fonte: Os autores (2016)

A análise dos dados seguiu a análise de conteúdo proposta por Bardin (2011). Neste sentido,

Bardin (2011), considera a codificação como a unidade de registro, ou seja, seleção de

palavras e temas com o significado para o objetivo; a categorização é denominado um

processo estruturalista classificatório, devendo conter exclusão mútua, homogeneidade,

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pertinência, objetividade e fidelidade, produtividade.

As entrevistas foram analisadas com o auxílio do software Atlas.ti. Assim, as entrevistas

foram analisadas por meio de categorização e codificação, utilizando assim como forma de

estruturação da análise. Para tanto, foram consultadas as formas apresentadas por Miles;

Huberman e Saldanã (2014). O Quadro 2, apresenta as questões abordadas, as respostas diretas

e os códigos criados para posterior análise por inferência e interpretação.

Quadro 2: questionário aplicado e códigos para análise da entrevista

Perguntas Respostas diretas Códigos

1) O modelo acima representa a cadeia produtiva

do futebol? Por que?

(representa totalmente) (representa)

(representa parcialmente) (não representa)

Representatividade do modelo

2) Há algum ator/elos importante que não está

representado em cada um dos elos? Por que?

(sim) (não)

(parcialmente)

Novos atores/elos

3) Você reclassificaria algum elo/ator? Por que?

(sim) (não)

(parcialmente)

Reclassificação

Fonte: Os autores

A última etapa do estudo de caso, que é a geração do relatório será feita justamente por meio

da elaboração desse artigo. Na seção a seguir consta a análise das entrevistas e o modelo final

proposto e validado.

4. Resultados obtidos: validação do modelo da cadeia produtiva do futebol

Conforme apresentado na seção anterior, as entrevistas foram analisadas seguindo as etapas

propostas por Bardin (2011). Neste contexto, a Tabela 1 expõe a frequência dos comentários de

cada entrevistado nas questões propostas. Estando na linha os códigos atrelados à cada uma

das questões, nas colunas à relação dos entrevistados e à quantidade de respostas encontradas.

Desse modo, os entrevistados apontaram 9 comentários sobre a representatividade do modelo,

à possibilidade de inserção de 27 atores/elos e a reclassificação de 12. Na sequência é exibido

estes retornos graficamente e o extrato dos comentários.

Tabela 1: Valores encontrados por código Representatividade

do modelo Novos atores/

elos Reclassificação

Total por entrevistado

Entrevistado 1 0 4 4 8

Entrevistado 2 2 2 0 4

Entrevistado 3 2 3 1 6

Entrevistado 4 1 4 2 7

Entrevistado 5 0 1 2 3

Entrevistado 6 1 6 0 7

Entrevistado 7 3 2 0 5

Entrevistado 8 0 2 2 4

Entrevistado 9 0 3 0 3

Entrevistado 10 0 0 1 1

Total por código 9 27 12 Fonte: Os autores

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A primeira questão abordava a representatividade do modelo conceitual. No que tange a

representatividade do modelo, o Gráfico 1 mostra que 6 entrevistados concordam que o modelo

conceitual apresentado representa a cadeia produtiva do futebol, 2 entrevistados salientam que

o mesmo representa totalmente e 2 parcialmente. Na visão do Entrevistado 2: “o modelo

representa parcialmente, pois muitos agentes dependem da área de atuação”. O Entrevistado

3, por sua vez, afirma que “no geral o modelo esta bem distribuído”. O Entrevistado 4 afirma

que “é representativa, pois expõe desde a fase inicial, com a formação do jogador, e por que

envolve todo o segmento”. O Entrevistado 6, a seu turno, salienta que “está bem organizada,

mas precisa de mais reflexão, pois a classificação utilizada é tipicamente industrial em algo

intangível”.

Gráfico 1: Representatividade do modelo

Fonte: Os autores (2016)

O Gráfico 2 mostra que 6 dos entrevistados concordam que existem atores a serem incluídos,

ou que não estão representados, 3 acreditam que os atores estão representados, mas

parcialmente, ou seja, falta uma conexão e 1 acredita que todos estão representados. O

Entrevistado 1 salienta que “na indústria de bens inserir investidores como pessoas físicas,

donos de clubes e na cadeia secundária inserir cursos e profissionais envolvidos”. O

Entrevistado 7 afirma que “o cliente de jogo, torcedor de campo, ou seja, aquele que não é

sócio, mas vai assistir o jogo”. O Entrevistado 8, por sua vez, destaca a “inserção do ex-atleta

na cadeia secundária, como exploração de sua imagem”. O Entrevistado 9 aponta a “venda do

direito federativo do jogador, pois representa 20 a 30% do orçamento anual dos clubes e

inserção do empresário parceiro no elo distribuição, pois o jogador não é detentor do passe

sozinho, o empresário capta e faz a venda do jogador”. A seu turno, o Entrevistado 4, sugere a

“inserção na indústria de bens (cadeia secundária) venda de planos de saúde”. O Entrevistado

2 aponta a “inclusão dos agentes de investimento, ou seja, os patrocinadores, pois este podem

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determinar o orçamento do clube. E inserção do departamento jurídico e profissionais do

direito esportivo e tributário, pois tem papel fundamental por gerenciar passivos e causas

trabalhistas”. O Entrevistado 4 ressalta os “clubes de fachada, pois são clubes com foco na

lapidação e melhoria do jogador para depois irem para o mercado”. Por fim, o Entrevistado 6

sugere os “profissionais analistas de jogos e desenvolvimento de software para o mercado

esportivo”.

Gráfico 2: Inserção de novos atores/elos

Fonte: Os autores (2016)

No que tange a reclassificação dos atores/elos, 6 entrevistados evidenciam a necessidade de

reclassificação e 3 acreditam que não há necessidade de reclassificar. A resposta

parcialmente, evidencia que o entrevistado não concorda com alguns dos atores/elos listados,

tais como os olheiros de futebol presentes nesta cadeia, mas não propõe alterações que

justifiquem sua reclassificação. O Gráfico 3 apresenta o quantitativo de respostas. Para o

Entrevistado 1 “a avaliação física não é realizada na indústria extração”. O Entrevistado 3

sugere “rever o posicionamento dos empresários”. O Entrevistado 4 aponta que o “clube

amador deve estar na indústria de transformação, pois são de desenvolvimento e na indústria

de bens já existe a base”, bem como “substituir médicos por profissionais de saúde, em função

da diversidade de de profissionais”. O Entrevistado 5 afirma que “na indústria de

transformação trazer as federações e confederações, são atores importante na organização dos

campeonatos, antes de sua efetividade, por isso a inserção anterior.”

Gráfico 3: Reclassificação atores/elos

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Fonte: Os autores (2016)

Com base nestes retornos, e com a ampliação feita a partir da literatura, o modelo conceitual

proposto foi avaliado e foi realizada a inserção de novos atores/elos. A Figura 2 apresenta esta

nova organização, onde os atores inseridos e reclassificados estão destacados em itálico e na

cor vermelha. As cores apresentadas em cada ator significa a sua atuação ao percorrer a

cadeia produtiva. Assim, o laranja representa os clubes de futebol, o azul os produtos oriundos

deste e o lilás a mídia.

Figura 2: Cadeia Produtiva do Futebol

Indústria Extração

Indústria Transformação

Indústria de Bens Distribuidor Varejo Clientes

Campos de

futebol amador

Escolinha de

futebol

Colégios

conveniados

Parceiros

conveniados

Olheiros de

clubes

Clube/time

amador

Escolas de

formação do

clube

Escolas de

formação

parceiras

Empresários

parceiros

Federações e

confederações

Clube

profissional

Empresas de

bens

licenciados

Empresas de

materiais

esportivos

Equipamentos

para prática

esportiva

(estádios,

quadras, CTs.

Jogos de

futebol/

campeonatos

Licenciamento

de marca

Grandes redes

varejistas

Detentora dos

direitos de

transmissão

Empresas de

comunicação

(TV, Radio,

Jornal, etc.)

Varejo direto

Físico/Virtual

Lojas

especializadas

Consulados

dos clubes Quadro social

Torcedor de

campo

Tour e visitas

Clientes de

produtos

licenciados

Clientes de

material

esportivo

Clientes de

transmissão

fechada/

aberta

Profissionais Prof. Educação Física

Gestores

Prof. Educação Física Gestores

Empresários

Prof. Educação Física Gestores

Empresários Analistas de jogos

Investidores

outros

Gestores Empresários

Investidores Jornalistas

Arbitragem

Guias Vendedores

Gestores Empresários

Investidores Jornalistas

outros

Vendedores Outros

Alimentação

Suplementos alimentares

Isotônicos outros

Suplementos alimentares

Isotônicos outros

Suplementos alimentares

Lanches outros

Suplementos alimentares

Lanches outros

Segurança Segurança privada Segurança pública

Sistemas de segurança

Segurança privada Segurança pública

Sistemas de segurança

Segurança privada Segurança pública

Sistemas de segurança

Saúde Avaliação física

Análise laboratorial

Avaliação física Análise laboratorial

Planos de saúde Área médica

Avaliação física Área médica

Transporte Transporte terrestre Transporte Terrestre

Transporte Terrestre Transporte aéreo

Transporte carga e equipamentos

Transporte Terrestre Transporte aéreo

Transporte carga e equipamentos

Transporte público

Transporte Terrestre Transporte aéreo

Transporte carga e equipamentos

Transporte público

Transporte Terrestre Transporte aéreo

Transporte carga e equipamentos

Transporte público

Capacitação técnica

Cursos licenciatura Cursos formação

Cursos licenciatura Cursos de formação

Cursos licenciatura Cursos de formação

Cursos licenciatura Cursos de formação

Infraestrutura Desenvolvimento

Sistemas de

informática/software

Desenvolvimento Sistemas de

informática/software

Jogos de entretenimento (vídeo

game)

Patrocínio

Público/privado

Departamento

jurídico

Ca

deia

Secu

ndá

ria

Fonte: Os autores (2016)

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João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

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A cadeia apresentada na Figura 2 segue a lógica apresentada em Serrano et al. (2015), sendo

expressa em 2 perspectivas. A primeira, denominada cadeia principal, é formada por seis

eixos, a saber: i) a indústria extrativa, que representa a base para a formação do atleta; ii) a

indústria de transformação, ou seja, quando este atleta aprimora seus conhecimentos passando

a ter uma representatividade para os envolvidos; iii) a indústria de bens, quando o atleta está

formado, há um interesse de empresas no que tange licenciamento de marca, produção de

equipamentos e materiais esportivos; iv) o distribuidor, que representa o processo de

disseminação e promoção do atleta e da marca envolvida, por meio dos produtos,

licenciamento, do clube e das competições; v) varejo, representa o processo de

comercialização dos bens tangíveis e intangíveis; vi) clientes, é composta pela apropriação do

que é ofertado pela cadeia do esporte.

A perspectiva 2, identificada como cadeia auxiliar, apresenta o suporte ao atleta e ao clube,

sendo dividida em sete elementos de análise, cada qual atendendo aos eixos da cadeia

principal. Desse modo, os profissionais apresentam ligação com todos os elos da cadeia

principal, sofrendo variação conforme a intensidade e perfil do profissional. No elemento

alimentação, verifica-se que a indústria de extração não possui indicações sobre tipos de

alimentos, pois o atleta é considerado “amador”. A segurança apresenta-se relevante nos eixos

onde há comercialização de produtos e eventos esportivos. No que tange o elemento saúde,

verifica-se que sua atuação esta centrada nos eixos transformação, bens e distribuição, pois

visa o suporte à formação do atleta e a atuação nos jogos/campeonatos. O transporte apresenta

intensidades diferentes, porém, está presente em todos os eixos.

Os elementos capacitação técnica e infraestrutura foram inseridas nesta versão, o primeiro

representa a formação do profissional que atuará com o jogador e os cursos de capacitação

específicos, tais como arbitragem, gerenciamento, entre outros. O segundo, infraestrutura,

relaciona-se com a disponibilidade de software para análise de jogos e a criação de jogos de

entretenimento.

Salienta-se que este estudo foi fundamental para a validação do modelo conceitual

apresentado inicialmente por Serrano et al. (2015). Contudo apresenta-se incompleto, pois

existem elementos novos a acrescentar devido a dinâmica desta cadeia. Além disso, o nível de

profundidade pode influenciar o relacionamento destes.

5. Conclusões e Oportunidades de Estudos Futuros

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Conforme exposto, este artigo propõe a validação do modelo conceitual da cadeia produtiva

do futebol. Assim, verificou-se que o modelo conceitual aproximava-se da realidade, ou seja,

da cadeia produtiva do futebol. Alguns atores foram realocados e inseridos, observando o

retorno das entrevistas. Bem como, a forma de apresentação destes foi reajustada, pois as

entrevistas apontaram que o modelo parecia confuso. Sendo atribuídas cores para o

entendimento dos relacionamentos na cadeia e as mesmas foram postas em sequência.

Como salientado, esta cadeia produtiva apresenta-se dinâmica e com vários inter-

relacionamentos, assim propõem-se como trabalho futuro a representação da mesma

utilizando o modelo de ecossistema de negócios, proposto por Moore (1996). Cabe destacar

que os ecossistemas de negócios abrangem diversas indústrias, no qual estas co-desenvolvem

capacidades de inovação e trabalham cooperativa e competitivamente para respaldar novos

produtos. Propõe-se, também, a construção de um modelo sistêmico da cadeia produtiva do

futebol do Brasil, objetivando sua contínua agregação de valor de modo sustentável. Para

tanto, propõe-se o uso da dinâmica de sistemas como ferramenta de aprendizagem e

entendimento dos relacionamentos existentes.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq (Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico) pelo suporte financeiro ao desenvolvimento do presente trabalho.

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