análise do recurso especial nº 1

8/19/2019 Análise Do Recurso Especial Nº 1

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Análise do Recurso Especial Nº 1.492.947 – SP(2014/024 9 !"#

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O Caso

A pau6a do ul8ado 6ra6a so re o :caso $icarelli;< no =ual a>odelo aniela $icarelli e>os e seu en6?o na>orado Rena6oAu@ero ,al oni +ilBo a ui ara> aC?o indeni a6Dria peran6e opoder udiciário con6ra o si6e ou6u e $< apDs es6edisponi ili ar e >an6er na rede Fdeos do casal supos6a>en6een8a ando con unC?o carnal e> u>a praia espanBola. Aprincipal 6ese da deGesa Gundou!se na iolaC?o do direi6o Hi>a8e> do casal e iolaC?o aos direi6os concernen6es Hpri acidade des6es.

aniela $icarelli e Rena6o ,al oni o 6i era> decisIesGa orá eis da us6iCa es6adual e pos6erior>en6e con@r>adaspelo )ri unal de Jus6iCa de S?o Paulo. & )J!SP condenou o

ou6u e< pos6erior>en6e ad=uirido pelo oo8le< a >edidacoerci6i a de >ul6a diária no alor de RK 2L0.000 o con6eMdo erD6ico pro6a8oni ado pelo casal doar.

& ou6u e $< por sua par6e< i>pu8nou o cu>pri>en6o desen6enCa reGeren6e H aC?o ini i6Dria e no > ri6o da aC?o Goi


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analisado< en6re ou6ros Ga6ores< a possi ilidade de reduC?o da>ul6a< a =ual Goi de Ga6o redu ida para o alor de RK L00.000 dos en ol idos no Fdeo.

aniela e Rena6o< por6an6o< in6erpusera> a8ra o deins6ru>en6o< no =ual Goi aGas6ada a reduC?o das as6rein6es ede6er>inada a li=uidaC?o por ar i6ra>en6o< Ba a pos6o =ue ocálculo necessário para aGerir o alor da >ul6a co>ina6Dria era>era>en6e ari6> 6ico< n?o necessi6ando da de>ons6raC?o deGa6o no o< pois< assi> co>o cons6a no processo< :na li=uidaC?opor ar i6ra>en6o< o dano á Goi reconBecido na Gase deconBeci>en6o< ca endo ao >a8is6rado< 6?o so>en6e< ar i6rar o

alor da indeni aC?o< se a aseado e> laudo pericial ou e>

ou6ros ele>en6os dos au6os; (O. 4"L7#.

e Gor>a a solidi@car sua 6ese< a ora recorren6e< apresen6oupro a docu>en6al da desFdia no descu>pri>en6o de ordens

udiciais por par6e de ou6u e $< o =ual >an6e e o Fdeo no arpor >ais de 00 dias apDs a in6i>aC?o para a re6irada docon6eMdo< ense ando< des6a Gor>a< a incid ncia de >ul6a.

Análise

En6ende!se =ue eQecuC?o< se8undo $ ndido Ran8elina>arco< o :con un6o de a6os es6a6ais a6ra s de =ue< co>

ou se> o concurso da on6ade do de edor (e a6 con6ra ela#<in ade!se seu pa6ri> nio< para H cus6a dele< reali ar!se oresul6ado prá6ico dese ado concre6a>en6e pelo direi6o o e6i o>a6erial;. i

& proGessor AleQandre +rei6as $ >ara di =ue a eQecuC?o 6e>por o e6i o :a reali aC?o prá6ica do co>ando concre6o deri adodo direi6o o e6i o. Es6a reali aC?o se dá< co> ou se> a on6adedo de edor (e< >es>o con6ra 6al on6ade#< a6ra s da in as?ode seu pa6ri> nio.;. ii

e Gor>a >ais dire6a< 6e>os a Gala de ,arcos inFcius RiosonCal es< =ue di =ue< na eQecuC?o :o ui 6o>ará pro id ncias

concre6as< >a6eriais< =ue 6enBa> por o e6i o a sa6isGaC?o do

6i6ular do direi6o< consu s6anciado e> u> 6F6ulo eQecu6i o.;.iii


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No Recurso Especial e> =ues6?o es6?o presen6es u>a s riede princFpios eQecu6i os< os =uais pon6uare>os e analisare>os ase8uir.

O Recurso Especial sob a luz dos princípios daexecução

& processo de conBeci>en6o pode dar ense o a 6r s 6iposde sen6enCa* $ondena6Dria< cons6i6u6i a ou declara6Dria. Apenasa sen6enCa condena6Dria dá ense o H eQecuC?o< pois as duas

ou6ras cu>pre>!se au6o>a6ica>en6e< se> nenBu>anecessidade de pro id ncia do r u. Es6as sen6enCas< le adas a

uF o< soluciona>!se co> a si>ples e>iss?o de pronuncia>en6o udicial< sendo indiGeren6e =ual=uer 6ipo de pro id ncia doo ri8ado.

Por >< Bá casos< assi> co>o no caso e> 6ela< =ue a sa6isGaC?oda o ri8aC?o e a soluC?o do li6F8io depende> de u>co>por6a>en6o posi6i o ou ne8a6i o do r u< ou se a< u>a aC?o

ou u>a o>iss?o. Nesses casos o Es6ado >unido de poderespara =ue o de edor sa6isGaCa a pres6aC?o de ida ao credor<ainda =ue con6ra a sua on6ade.

Nes6a si6uaC?o< necessário =ue a o ri8aC?o se a 6enBa u>cer6o nF el de indu i6a ilidade< a =ual dada pelo 6F6uloeQecu6i o.

Sendo assi>< se a sen6enCa Gor condena6Dria (assi> co>o 6e>osnes6e caso#< i>pondo ao o ri8ado a sa6isGaC?o de u>apres6aC?o< e es6e por sua e < n?o a cu>prir olun6aria>en6e<6erá inFcio a Gase de cu>pri>en6o de sen6enCa (ou Gase deeQecuC?o#. A=ui< se 6e> por @nalidade< =ue o >a8is6radoi>ponBa >edias concre6as< >a6 rias< as =uais 6enBa> acapacidade de sa6isGa er o direi6o do 6i6ular< >a6eriali ado e>u> 6F6ulo eQecu6i o.

& processo de eQecuC?o iniciado pelos eQe=uen6es( aniela $icarelli e>os e Rena6o Au@ero ,al oni +ilBo# Goi


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Gundado e> 6F6ulo udicial e precedido de u> processo ci il deconBeci>en6o< de cunBo condena6Drio.

& caso ersa so re a eri@caC?o eGe6i a dedescu>pri>en6o da orde> udicial< so re o cálculo da >ul6a< e apossi ilidade de eQecu6ar a sen6enCa por ar i6ra>en6o.

& rela6or< ,inis6ro uis +elipe Salo>?o< u6ili ou!se dedocu>en6os do )J!SP para de>ons6rar o ine=uF ocodescu>pri>en6o da li>inar concedida con6ra o ou6u e $< de6al Gor>a =ue considerou o perFodo de u> ano para pro erparcial>en6e o recurso e reGor>ar o alor da >ul6a.

A respei6o da >ul6a< es6a e> ul8a>en6o an6erior< a6in8iu opa6a>ar de RK 9L. 24.77 ilBIes<6re en6os e in6e =ua6ro >il< se6ecen6os e se6en6a e 6r s reais eno en6a e dois cen6a os#< alor o =ual o ,in. uis +elipeSalo>?o disse ser :es6ra6osG rico;< re elando inGrin8 ncia a doisprincFpios 8erais do processo< os =uais s?o o da ra oa ilidade eda proporcionalidade< de 6al Gor>a =ue a condenaC?o (ou pena<no caso do processo cri>inal# precisa ser proporcional< ou se a<n?o pode eQor i6ar o dano causado e so a D6ica da

ra oa ilidade< a sen6enCa precisa e=uali ar os dois lados =ue a par6ir des6a< a si6uaC?o @=ue e=uili rada< deGor>a a reparar o dano se> causar pre uF o eQcessi o H par6econdenada ao adi>ple>en6o da pres6aC?o.

Tuando o rela6or di =ue necessário o i>edia6o processa>en6odo recurso especial< :6endo e> is6a a possF el inocuidade dopro i>en6o urisdicional;< de>ons6rado o princFpio dau6ilidade< pois a eQecuC?o sD se us6i@ca se 6rouQer al8u>a

an6a8e> para o credor< es6a n?o pode ser inM6il. A eQecuC?oprecisa ser 6a> > e@ca < de 6al Gor>a =ue o credor precisa 6ero seu direi6o de ida>en6e adi>plido.

Pode>os 6a> > conGerir =ue se Ga presen6e o princFpio dapa6ri>onialidade< pois a >ul6a co>ina6Dria (de RK 2L0.000 nio do de edor apenas< e> >o>en6oal8u> es6a condenaC?o Goi ou será diri8ida a sua pessoa (ou aseu responsá el< 6endo e> is6a =ue se 6ra6a de pessoa

urFdica#< n?o Bá pris?o por dF ida ci il< apenas co> a eQceC?o


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de de edor de ali>en6os. Apenas o seu pa6ri> nio soGrerácondenaC?o.

Por @>< eri@ca>os =ue no caso< a> as as par6es 6i era> aopor6unidade de apresen6ar 6eses e se pronunciar< sendo8aran6ido o seu direi6o de es6are> cien6es de 6odas as par6es edecisIes dadas no processo< Ga endo!se aler o princFpio docon6radi6Drio< pois e> 6odas as Gases do processo 6i era> aopor6unidade de se >aniGes6are> por in6er> dio de u>ad o8ado.


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i $ ndido Ran8el ina>arco< Execução Civil < p. 11L.

ii AleQandre +rei6as $ >ara< Lições de Direito Processual Civil, p. 1"0.

iii ,arcos inFcius Rios onCal es< Direito Processual Civil – Esquematizado, p. L4U.

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