agravo em recurso especial e em recurso … · instrumento (art. 1.015 do cpc), agravo interno...

50
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

Upload: vuongphuc

Post on 07-Feb-2019

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E

EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A palavra agravo significa prejuízo; dano sofrido;

ofensa que se faz a alguém; afronta.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O termo agravo – independente de sua modalidade –

indica que alguma decisão interlocutória causou prejuízo a

uma das partes do processo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O Direito Processual Civil trata do Agravo de

Instrumento (art. 1.015 do CPC), Agravo Interno (art. 1.021

do CPC) e o Agravo em Recurso Especial e em Recurso

Extraordinário (art. 1.042 do CPC).

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O agravo de instrumento é um recurso interposto

contra decisões que se enquadrem nos incisos do artigo

1.015 e em outros casos expressamente em lei.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Exemplos de Agravo de Instrumento

Por exemplo: decisões interlocutórias que versarem

sobre tutelas provisórias, incidente de desconsideração da

personalidade jurídica, rejeição do pedido de gratuidade da

justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação etc.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. Agravo de Instrumento com Pedido de Efeito Suspensivo

(Ativo)

2. Agravo de Instrumento com Pedido de Tutela de Urgência

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O agravo interno é o recurso interposto contra

decisão proferida pelo relator nos Tribunais de Justiça,

como, por exemplo, não atribuiu efeito suspensivo a recurso.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.021 do CPC

Contra decisão proferida pelo relator caberá

agravo interno para o respectivo órgão colegiado,

observadas, quanto ao processamento, as regras do

regimento interno do tribunal.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Exemplo prático

O relator indeferiu o processamento do Agravo de

Instrumento, alegando ausência de documento

indispensável para o processamento em autos eletrônicos.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Agravo Interno – Endereçado ao próprio relator

Procedimento do Agravo Interno

Prazo de 15 dias para interposição do Agravo Interno

Observação: Não há recolhimento de custas

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.021 do CPC

Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o

respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as

regras do regimento interno do tribunal.

§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará

especificadamente os fundamentos da decisão agravada.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.021 do CPC

Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o

respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as

regras do regimento interno do tribunal.

§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para

manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do

qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão

colegiado, com inclusão em pauta.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.021 do CPC

Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o

respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as

regras do regimento interno do tribunal.

§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da

decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.021 do CPC

Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o

respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as

regras do regimento interno do tribunal.

§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível

ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão

fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada

entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.021 do CPC

Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o

respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as

regras do regimento interno do tribunal.

§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao

depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda

Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento

ao final.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Agravo em Recurso Especial e Recurso Extraordinário

Este agravo cabe contra decisão do presidente ou vice-

presidente do tribunal de origem que, nos casos previstos em

lei, não admitir o processamento do RE e do Resp.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Atenção:

Sabe-se que o órgão a quo não analisa o juízo de

admissibilidade do recurso, mas, em determinadas

hipóteses, o presidente ou vice-presidente pode negar-lhe

seguimento.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Hipóteses:

a) Decisão do presidente ou vice-presidente que, havendo

sobrestamento de RE ou REsp decorrente de

reconhecimento de repercussão geral ou de afetação de RE

ou REsp para julgamento repetitivo, não admitir requerimento

de interessado que afaste o sobrestamento de recurso

intempestivo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Não reconhecida a intempestividade e mantido o

sobrestamento, caberá agravo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

b) Da decisão que inadmitir, com base no artigo 1.040, inciso

I, do Código de Processo Civil, Recurso Especial ou

Extraordinário, sob fundamento de que o Acórdão recorrido

coincide com a orientação do tribunal superior.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

c) Inadmitir Recurso Extraordinário sob o fundamento de que

o STF reconheceu a inexistência de repercussão geral.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A petição de agravo será dirigida ao presidente ou

vice-presidente do tribunal de origem e independe do

pagamento de custas e despesas postais.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Protocolado o agravo, o agravado será intimado, de

imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze)

dias.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o

agravo será remetido ao tribunal superior competente.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Na hipótese de interposição conjunta de recursos

extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um

agravo para cada recurso não admitido.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido

ao tribunal competente, no entanto, se houver interposição

conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de

Justiça.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de

Justiça e, se for o caso, do recurso especial,

independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao

Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele

dirigido, salvo se estiver prejudicado.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO

ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Os embargos de divergência foram introduzidos pela

Lei n. 8.950/94.

Art. 1.043 do CPC

É embargável o acórdão de órgão fracionário que:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

I - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir

do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal,

sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

II - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir

do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal,

sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha

conhecido do recurso, embora tenha apreciado a

controvérsia.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em

julgamentos de recursos e de ações de competência

originária.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A divergência que autoriza a interposição de embargos

de divergência pode verificar-se na aplicação do direito

material ou do direito processual.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Cabem embargos de divergência quando o acórdão

paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão

embargada, desde que sua composição tenha sofrido

alteração em mais da metade de seus membros.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O recorrente provará a divergência com certidão,

cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de

jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi

publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de

julgado disponível na rede mundial de computadores,

indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias

que identificam ou assemelham os casos confrontados.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 1.044 do Código de Processo Civil

No recurso de embargos de divergência, será

observado o procedimento estabelecido no regimento interno

do respectivo tribunal superior.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A interposição de embargos de divergência no

Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para

interposição de recurso extraordinário por qualquer das

partes.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não

alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso

extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação

do julgamento dos embargos de divergência será processado

e julgado independentemente de ratificação.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A finalidade dos embargos de divergência, como o próprio

nome indica, é evitar divergências, tanto de natureza

material quanto processual, no âmbito do STF e do STJ,

uniformizando a jurisprudência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

No âmbito do STF, pressupõe a existência de decisões

divergentes entre uma e outra Turma, ou entre uma Turma

e o Plenário.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

No que diz respeito ao STJ, pressupõe-se divergência

entre uma Turma e outra, ou entre Turma e Seção, ou

ainda entre Turma e Órgão Especial.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Não basta que a divergência se manifeste entre

ministros da mesma Turma, a menos que sua composição

tenha sido alterada em mais da metade de seus membros.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O STF tem duas turmas, compostas por cinco Ministros, e

o Plenário formado por onze Ministros.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O STJ tem seis turmas, com cinco ministros. Cada Seção

é composta por duas turmas e há o Órgão Especial,

denominado Corte Especial, que, nos termos do art. 2º, §

2º, do Regimento Interno do STJ, é formada pelos quinze

Ministros mais antigos e presidida pelo Presidente do

Tribunal.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Atenção:

Súmula 168 do STJ: “Não cabem embargos de

divergência, quando a jurisprudência do Tribunal se firmou

no mesmo sentido do acórdão embargado.”

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O prazo para interposição dos Embargos de Divergência é

de 15 dias a partir da publicação da decisão embargada.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Observação:

A petição de interposição deve vir acompanhada com

prova da divergência, sendo necessário que indique, de

forma analítica, em que consiste a divergência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O relator poderá conhecer, não conhecer ou negar

provimento ao recurso, em decisão monocrática. Contra

essa decisão, caberá agravo interno para o órgão coletivo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O julgamento no STF será realizado pelo Plenário. No STJ,

se a divergência se der entre turmas da mesma Seção, o

julgamento será feito pela Seção; entre turmas de seções

diferentes, ou entre uma Turma ou uma Seção com a Corte

Especial, o julgamento será feito pela Corte Especial.