análise do filme "o grande ditador" (1940)
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“O Grande Ditador (1940)”
Em pleno desenvolvimento político do nazi-fascismo, Chaplin
lança, em 1940, um dos seus filmes mais memoráveis e o mais polêmico. O
humor escrachado abre espaço para críticas quase explícitas. Chaplin,
ambos figurativamente e literalmente, revela uma voz difícil de ser
ignorada.
No que se refere aos valores históricos, é evidente à perspectiva
histórica que é traçada durante o filme. A transformação de valores,
principalmente éticos e políticos, de uma visão específica de mundo (no
caso do filme, a do ditador Adenoid Hynkel) para que, então, o homem
pudesse encontrar sua liberdade de construir seu caminho sem a
perseguição da ditadura. Como é citado no filme: “O caminho da vida pode
ser o da liberdade. Lutai pela liberdade.”.
A desculturação da cobiça, insensibilidade, ceticismo e crueldade,
enfim, a falta de humanidade. “Precisamos de afeição e doçura. Sem essas
virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.”
A discussão sobre as relações de poder na sociedade. O papel do
ditador em uma ditadura e como o Ditador desconstrói sua condição de
"humano" e afirma sua condição "superior" e divina.
Contudo, ao decorrer do discurso final, nós, telespectadores,
percebemos muitas semelhanças do mundo, que o barbeiro disfarçado de
ditador diz, e o nosso mundo de hoje, onde percebemos injustiças, miséria,
e falta de liberdade, principalmente, quando Chaplin se refere às maquinas
dizendo: “Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de
máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência,
precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de
violência e tudo será perdido.”, e essas semelhanças são preocupantes, pois,
esse discurso foi dito em 1940 e ainda hoje não conseguimos superar esses
problemas sociais.
Marcus Davy Viana Nogueira
06/2013