análise de segurança da tarefa

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1 Análise de Segurança do Trabalho Engº Antonio Fernando Navarro, M.Sc. 2007 AST - Definição Ferramenta que fornece uma metodologia sistemática e efetiva para identificar riscos e determinar as ações de controle preventivas em cada uma das etapas de uma tarefa, para garantir a segurança durante a sua execução. Deve existir procedimento de Análise de Segurança do Trabalho – AST que estabeleça a sistemática para a elaboração dessa ferramenta.

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Gestão de Riscos, Gestão de Segurança, Segurança do Trabalho, OHSAS 18001

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Page 1: Análise de segurança da tarefa

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Análise de Segurança do Trabalho

Engº Antonio Fernando Navarro, M.Sc.2007

AST - Definição

Ferramenta que fornece uma metodologia sistemática e efetiva para identificar riscos e determinar as ações de controle preventivas em cada uma das etapas de uma tarefa, para garantir a segurança durante a sua execução.Deve existir procedimento de Análise de Segurança do Trabalho – AST que estabeleça a sistemática para a elaboração dessa ferramenta.

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AST - Objetivo

Fornecer metodologia sistemática e efetiva para identificar riscos e determinar ações de controle preventivas em cada etapa das tarefas. Em especial ela permite:

n Identificar e prevenir ocorrências indesejáveis;n Envolver e conscientizar a equipe executora de uma tarefa no seu planejamento seguro;n Aprimorar o aspecto de SMS dos procedimentos existentes;n Treinar e desenvolver a força de trabalho em SMS, explorando positivamente suas experiências;n Melhorar o padrão e a atitude das pessoas em relação a SMS.

AST - Diretrizes

A AST deve ser aplicada como ferramenta complementar da APR em atividades consideradas críticas. A AST deverá ser anexada à APR existente para a atividade em questão. Recomenda-se o uso desta ferramenta para as seguintes situações:n Trabalhos não rotineiros, modificados, ou executados excepcionalmente de maneira não convencional ou não prevista nos procedimentos ou na APR existente;n Trabalhos em que os procedimentos estabelecidos não podem ser aplicados na sua totalidade;n Trabalhos com histórico ou potencial de acidentes;n Trabalhos que devem ser padronizados na forma de procedimentos.

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Visita da equipe de trabalho ao campo

A visita ao campo, durante a preparação da AST, é fator indispensável para o sucesso do estudo de risco. Essa visita permite a visualização abrangente dos riscos, bem como do reconhecimento das especificidades do local, melhor planejamento das ações corretivas e preventivas e visualização de possíveis influências de atividades vizinhas.

Identificação das etapas de trabalho

Deve ser listado e descrito, seqüencialmente, todas as etapas do trabalho, considerando-se:pessoal envolvido em cada etapa;n escopo e duração das etapas;n necessidade de isolamento da área;n necessidade de se trancar / etiquetar / testar as fontes de energia perigosas; n descontaminação da área ou dos equipamentos;n preparação da área;n movimentação de materiais e equipamentos;n utilização / operação de ferramentas / equipamentos necessários, etc..

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Identificação dos riscos

Uma lista auxiliar de identificação se encontra disponível no procedimento de Levantamento de Perigos e Danos e Avaliação de Riscos. Para a análise de Aspectos e Avaliação de Impactos Ambientais consultar os procedimentos de gestão da Empresa.Na identificação do risco pode ser feita a citação somente do perigo como, por exemplo “radiações ionizantes” ou, associá-lo com o dano como por exemplo “queimadura por radiações ionizantes”.

Providências a serem tomadas

Para cada perigo e aspecto detectado devem ser citadas as ações preventivas ou corretivas adotadas. Nessas, devem ser considerados: equipamentos de proteção individual / coletivos;regras contidas nos procedimentos de trabalhos da área;procedimentos específicos da atividade (entradas em ambientes confinados, trabalhos elétricos, explosividade, isolamento da área, iluminação de emergência, descontaminação, inertização, ventilação forçada, rota de fuga, coletor de resíduos, trancar / etiquetar / testar, etc.).

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Identificação do que pode sair errado

Para as ações propostas na coluna III, deve ser identificado na coluna IV, o que pode sair errado, mencionando-se todas as possibilidades de acontecer algo inesperado.

É muito importante nesta fase do estudo, que a discussão seja estimulada no sentido de utilizar toda a experiência dos envolvidos no trabalho.

Todas as hipóteses devem ser consideradas e respeitadas, eliminando-se algumas somente após rigorosa análise.

Ações para o que pode sair errado

Devem ser estabelecidas ações de modo a evitar que aconteça o inesperado. Essas novas ações podem ser consideradas como precauções adicionais.

Ao realizar a AST, o grupo deve identificar a necessidade e solicitar o suporte adicional de especialistas como: engenheiro de processos, técnicos especializados (manutenção / químicos / segurança), ou outro qualquer que garanta a eliminação de dúvidas ou ações inadequadas.

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Equipe para a realização da AST

Todas as ASTs devem ser realizadas por equipes multidisciplinares. O número de pessoas que compõem as equipes pode variar conforme a complexidade do trabalho, sendo recomendado um mínimo de três pessoas, incluindo o responsável direto pela execução da atividade e outro pela área envolvida.Dentre os membros da equipe deve-se dispor de pelo menos uma pessoa que seja conhecedora do processo da AST.

Modelo de AST

Ações para o que pode sair

errado

O que podesair errado ?

Providências a serem

tomadasRiscosEtapas do

Trabalho

Data: __ / __ / __

Aprovação: _____________________________________

Equipe da análise: _________________________________________________________________

Descrição do serviço a ser realizado: _________________________________________________

Validade: ______________________

Data: __ / __ / __

Área: __________________________

ANÁLISE DE SEGURANÇA DO TRABALHO -AST

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Utilização da AST

n Trabalhos não rotineiros, modificados, ou executados excepcionalmente de maneira não convencional ou não prevista nos procedimentos ou na APR existente;

n Trabalhos em que os procedimentos estabelecidos não podem ser aplicados na sua totalidade;

n Trabalhos com histórico ou potencial de acidentes;

n Trabalhos que devem ser padronizados na forma de procedimentos.

Benefícios da A.S.T.

n Evitar perdas humanas, materiais e ambientais decorrentes de eventos indesejáveis;

n Planejar atividades não rotineiras, envolvendo os empregados que irão executá-las;

n Incluir no dia-a-dia dos profissionais a visão de SMS, nos procedimentos e práticas de trabalho;

n Identificar melhorias nos procedimentos e instruções operacionais em vigor;

n Motivar empregados a incorporar SMS como valor.

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Benefícios da ASTn Identificar e prevenir ocorrências indesejáveis;n Envolver e conscientizar a equipe executora de

uma tarefa no seu planejamento seguro;n Aprimorar o aspecto de SMS dos

procedimentos existentes;n Treinar e desenvolver a força de trabalho em

SMS, explorando positivamente suas experiências;

n Melhorar o padrão e a atitude das pessoas em relação a SMS.

Recomendações

n Procedimentos gerados por A.S.T., usados com freqüência para uma mesma tarefa, devem ser convertidos em procedimentos regulares e fazer parte do Manual de Operação da área.

n Os procedimentos criados devem refletir os riscos existentes, em todas as etapas do trabalho incomum, bem como conter ações preventivas para garantir a segurança durante a execução.

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Definições – Trabalho incomum

v Trabalhos para os quais existe procedimento, mas que são realizados exporadicamente;

v Trabalhos que ofereçam riscos normalmentenão cobertos por permissão especiais, a exemplo de;- Entrada em Locais Confinados;- Equipamento Gerador de Calor;- Abertura de Linhas Contendo Material

Tóxico ou Corrosivo.

Etapas da A.S.T.n Identificar e compreender o trabalho a ser

executado; n Detalhar a atividade em passos lógicos;n Identificar em cada passo os riscos existentes;n Tomar as ações preventivas e corretivas para

cada risco identificado, de modo a eliminar oucontrolar a exposição;

n Avaliar o que pode sair errado com relação as ações planejadas;

n Criar ações de correção, complementando o plano.

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Identificação de possíveis riscos

ü Altura / quedas;ü Esforços exagerados;ü Calor / Queimaduras;ü Contaminação do ambiente;ü Controle de fontes de energia;ü Inalando / absorvendo / ingerindo;ü Batendo contra / preso entre / atingido por;ü Pressões / temperaturas extremas / materiais

ou produtos agressivos;

Desvios mais comunsn Queda de cargas, peças, fluidos, etc., sobre pessoas e/ou

instalações por falha na fixação, distribuição de carga, arrumação, isolamento da área, comunicação, escolha do trajeto;

n Interferências de pessoas não envolvidas na área do serviço, de equipamentos e/ou fluxos de fluidos não previstos na análise por falha na comunicação, drenagem, descontaminação, despressurização, isolamento, identificação, bloqueio de acessos, tubulações, chaves e comandos elétricos;

n Operação de equipamento / instrumento errado, diferente do previsto na AST por falha na comunicação, identificação, visita ao campo ou composição do grupo;

n Improviso ou extensão do escopo para itens não avaliados.

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Recomendações Gerais

§ Preencher o formulário de AST, coluna por coluna na vertical. Somente passar para a próxima coluna após terminar a anterior;

§ Disciplinar-se para ao preencher a coluna dos passos da atividade, não incluir riscos e procedimentos;

§ Na coluna dos “riscos” determinar o dano, especificando sua causa (ex. fratura devido a queda de altura...);

n Na coluna “ação”, não inclua intenções (ex.: cuidado, observe, esteja atento...). Utlizar verbo de ação (ex.: fechar, trancar, abrir, drenar...);

n Para serviços de longa duração, principalmente além do tempo estimado, deve se considerar a necessidade de se reavaliar a AST.

Recomendações Gerais

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Escovação interna de Tanque

Escovação interna de Tanque

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Escovação interna de Tanque

Escovação interna de Tanque

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Escovação interna de Tanque