analise da qualidade

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1 ANÁLISE DA QUALIDADE DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM ¹Márcia do Nascimento Portes [email protected] ² Marcos Diniz [email protected] ³Antônio Pizolato Neto [email protected] 4 Noelle Silva Carneiro [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro – IF Triangulo – Campus Uberaba 1.INTRODUÇÃO O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - IF TRIÂNGULO, criado em 29 de dezembro de 2008, pela Lei n. 11.892, é uma Instituição de Educação Superior, Básica e Profissional, pluricurricular e multicampi, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas. O Campus Uberaba foi fundado em 1953. É uma instituição vinculada ao (MEC), supervisionada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), constituído pela transformação da Escola Agrotécnica Federal de Uberaba em 16/08/2002. A Unidade I ocupa uma área de 472 ha.onde são oferecidos os cursos: Ensino Médio, Técnico Agrícola com habilitação em Agricultura, Técnico Agrícola com habilitação em Zootecnia, Técnico Agrícola com habilitação em Agroindústria, Técnico em Desenvolvimento de Comunidades, Técnico em Informática, Técnico em Nutrição e Dietética e Técnico em Açúcar e Álcool. A partir de 2002, ocorreu a implantação dos cursos superiores na modalidade de tecnologia: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Irrigação e Drenagem, Desenvolvimento Social, Gestão Ambiental, Tecnologia em Alimentos, Zootecnia, Engenharia Agronômica, Ciências Sociais e Licenciatura em química. A Unidade I dispõe de estrutura física necessária para a execução de todas as etapas do projeto proposto. O Laboratório de Química tem sido reestruturado com a aquisição de novos

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Page 1: Analise Da Qualidade

1

ANÁLISE DA QUALIDADE DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL: UMA

PROPOSTA DE APRENDIZAGEM

¹Márcia do Nascimento Portes [email protected]

² Marcos Diniz [email protected]

³Antônio Pizolato Neto [email protected]

4Noelle Silva Carneiro [email protected]

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro – IF Triangulo – Campus Uberaba

1.INTRODUÇÃO

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - IF

TRIÂNGULO, criado em 29 de dezembro de 2008, pela Lei n. 11.892, é uma Instituição de

Educação Superior, Básica e Profissional, pluricurricular e multicampi, especializada na

oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base

na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas. O

Campus Uberaba foi fundado em 1953. É uma instituição vinculada ao (MEC),

supervisionada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), constituído

pela transformação da Escola Agrotécnica Federal de Uberaba em 16/08/2002. A Unidade I

ocupa uma área de 472 ha.onde são oferecidos os cursos: Ensino Médio, Técnico Agrícola

com habilitação em Agricultura, Técnico Agrícola com habilitação em Zootecnia, Técnico

Agrícola com habilitação em Agroindústria, Técnico em Desenvolvimento de Comunidades,

Técnico em Informática, Técnico em Nutrição e Dietética e Técnico em Açúcar e Álcool. A

partir de 2002, ocorreu a implantação dos cursos superiores na modalidade de tecnologia:

Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Irrigação e Drenagem, Desenvolvimento Social,

Gestão Ambiental, Tecnologia em Alimentos, Zootecnia, Engenharia Agronômica, Ciências

Sociais e Licenciatura em química.

A Unidade I dispõe de estrutura física necessária para a execução de todas as etapas do

projeto proposto. O Laboratório de Química tem sido reestruturado com a aquisição de novos

Page 2: Analise Da Qualidade

2

equipamentos e reagentes, o que facilitará a realização das análises propostas por este projeto.

(CEFET, 2009)

O álcool pode ser obtido de diversas formas de biomassa, sendo a cana-de-açúcar a

realidade econômica atual. O álcool que produzimos é o etanol, vindo principalmente da cana-

de-açúcar e uma fonte renovável de energia, sua queima em motores a explosão é menos

poluente, se comparada com a queima dos derivados do petróleo ( ROMERO, 2008).

A qualidade dos combustíveis é definida por um conjunto de características

físicas e químicas previstas nas Normas Brasileiras (NBR) e Métodos Brasileiros (MB); da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e de normas da American Society for

Testing and Materials (ASTM). As especificações estabelecidas pela ANP, conforme a lei nº

9.478/1997 determina valores limites para essas características, de modo a assegurar o

desempenho adequado dos combustíveis (ANP, 2009).

A obtenção de dados de uma análise é baseada em observações experimentais,

porém se faz necessário considerar limitações e confiabilidade desses dados. Os valores

obtidos através de várias determinações de medidas estão sujeitos a um erro experimental, que

pode afetar essa medida tanto numa direção positiva ou negativa.

Um experimento prático bem conduzido e executado apresenta visualização de um

fenômeno que simplesmente descrito na teoria, levaria um tempo maior para ser entendido e

assimilado.

Finalizando, para DEMO.(1996) a pesquisa pode ser desenvolvida em sala de aula

como principio educativo, a mesma precisa ser vista, entendida e praticada como instrumento

metodológico para construir o conhecimento.

2.REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Álcool

Há 33 anos, mais exatamente no dia 14 de novembro de 1975, como resposta à crise

mundial do petróleo que dois anos antes abalara o mundo, e por meio de um decreto

presidencial, o Brasil começava a fazer história no setor de biocombustíveis, com o Programa

Nacional do Álcool (PróÁlcool), criado com o objetivo de estimular a produção de álcool e

reduzir o volume de importação de petróleo.

Aos poucos, porém, os preços do petróleo entraram em queda, junto com os benefícios

concedidos pelo governo brasileiro para o setor. A este panorama adverso para o processo

Page 3: Analise Da Qualidade

3

produtivo em escala comercial, ainda há uma cotação recorde do açúcar no mercado

internacional, o que determinou o naufrágio do programa alternativo, até hoje considerado a

mais audaciosa iniciativa para substituir a gasolina queimada diariamente por milhões de

veículos automotores.

Mais de três décadas depois, o Brasil vive uma nova expansão dos canaviais, com o

objetivo de oferecer, em grande escala, o combustível alternativo não só para o mercado

interno, mas também para a exportação. A principal diferença é que, desta vez, o movimento

não é comandado pelo governo, mas por decisão da iniciativa privada, certa de que o álcool

terá cada vez mais um papel determinante na matriz energética mundial (ROMERO, 2008).

Existem vários tipos de álcoois disponíveis no mercado para o consumidor e utilizados

na indústria com suas principais características. Dentre eles:

Álcool Desnaturado – Álcool onde se adicionou substâncias estranhas de sabor e odor

repugnante, a fim de impedir seu uso em bebidas, alimentos e produtos farmacêuticos.

Álcool anidro – Denominação do álcool com um teor alcoólico superior a 99,3° INPM

(Instituto Nacional de Pesos e Medidas- Percentual de álcool (em massa ou peso) de uma

mistura hidroalcoólica à temperatura padrão de 20°C, em geral utilizado para misturar à

gasolina.

Álcool de Cabeça – chamado também de álcool de segunda, corresponde ao álcool

rico em produtos voláteis que é retirado no topo da coluna D.

Álcool de Liquidação – álcool fraco retirado no final do processo de destilação quando

o aparelho sofre uma parada para limpeza. É retornado à dorna volante onde se mistura com o

vinho.

Álcool de mau gosto – chamado também de “álcool de cauda”, corresponde ao

produto retirado na base da coluna de retificação, ou no final da destilação quando é utilizado

um alambique descontinuo.

Álcool etílico (etanol) - Membro mais importante da classe dos álcoois, que é

representado pela formula C2H5OH (Anexo I).

Álcool Potável – álcool etílico que pode ser adicionado a produtos alimentares.

Álcool Hidratado - Denominação do álcool com graduação alcoólica em torno de

93,2° INPM, em geral utilizado como combustível automotivo (SUNDAÇUCAR, 2010).

O álcool hidratado é produzido a partir do caldo da cana-de-açúcar. O processo pode

ser descrito da seguinte maneira:

Page 4: Analise Da Qualidade

4

A cana recebida na indústria é descarregada nas mesas alimentadoras para moagem, e

então é encaminhada a equipamentos rotativos, denominados picador e desfibrador. A cana

desfibrada passa em um conjunto de ternos denominado moenda. O caldo extraído da cana é

então bombeado para um tanque, onde parte dele é enviado para a produção do açúcar e parte

para a produção de álcool. O caldo é aquecido em trocadores de calor a uma temperatura de

aproximadamente 105°C. O aquecimento serve para facilitar a separação das impurezas do

caldo, realizada na etapa seguinte. O caldo aquecido é enviado para equipamentos

denominados decantadores, ou clarificadores. O caldo então vai para a dorna onde é formado

o mosto.

Os açúcares (sacarose) são transformados em álcool, segundo a reação simplificada de

Gay Lussac:

C12H22O11 + H2O -> C6H12O6 + C6H12O6

C6H12O6 -> 2CH3CH2OH + 2CO2 + 23,5 kcal

Ao terminar a fermentação, o teor médio de álcool nestas dornas é de 7% a 10%, e a

mistura recebe o nome de vinho fermentado. Após a fermentação, o vinho é enviado às

centrífugas para a recuperação do fermento. A destilação é processada em três colunas

superpostas: A, A1 e D.

O álcool hidratado, produto final dos processos de epuração (destilação) e retificação,

é uma mistura binária álcool-água que atinge um teor da ordem de 96°GL. Este álcool

hidratado pode ser comercializado desta forma ou passar por um dos três processos de

desidratação: Destilação azeotrópica, utilizando Ciclohexano, Destilação extrativa, utilizando

Mono Etileno Glicol e Desidratação por adsorção, utilizando Peneira Molecular. Então os

álcoois produzidos, hidratado e anidro, são quantificados através de medidores de vazão ou

tanques calibrados e enviados para armazenagem em tanques de grande volume, situados em

parques de tanques, onde aguardam sua comercialização e posterior remoção por caminhõens

(COPERSUCAR, 2010).

O álcool hidratado segue então para os postos combustíveis onde serão distribuídos à

população.

Uberaba localiza-se no Estado de Minas Gerais (MG), região Sudeste, ocupando uma

área territorial de 4529,7 km2, com uma população estimada de 287.760 habitantes. A cidade

consta com 76 Postos de distribuição, sendo 66 no perímetro urbano, 9 nas rodovias no

município e 1 no Distrito Industrial III. (ASPETRO, 2009).

Page 5: Analise Da Qualidade

5

2.2 Qualidade e especificações

No Brasil a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) têm

como uma de suas atribuições à proteção dos interesses dos consumidores quanto à qualidade

dos derivados de petróleo comercializados em todo o território brasileiro, conforme o Art. 8º

da Lei nº. 9.478/1997, a Lei do Petróleo. Para essa finalidade a ANP mantém um programa

para monitorar constantemente a conformidade da gasolina, álcool e óleos diesel

comercializados nos postos revendedores do Brasil. Este programa é denominado Programa

de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos – PMQC (Anexo II).

O PMQC foi instituído em 1998 e foi ampliado até alcançar todas as unidades da

Federação, em 2005. Coordenado pela Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade

de Produtos (SBQ), o PMQC foi regulamentado pela Resolução ANP nº 29, de 26 de outubro

de 2006.

A qualidade dos combustíveis é definida por um conjunto de características físicas e

químicas previstas nas Normas Brasileiras (NBR) e Métodos Brasileiros (MB) da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e de normas da American Society for Testing and

Materials (ASTM). A especificação estabelecida pela ANP, conforme a Lei nº 9.478/1997

determina valores-limites para essas características, de modo a assegurar o desempenho

adequado dos combustíveis.

A adulteração dos combustíveis se caracteriza pela adição irregular de qualquer

substância, sem recolhimento de impostos, com vistas à obtenção de lucro, sendo que a

adulteração mais comum do álcool hidratado é a adição de mais água à fórmula, o que resulta

num produto fora de especificação, portanto inadequado ao uso. Outra forma de adulteração é

a adição de álcool anidro ao álcool hidratado. O anidro é o tipo de álcool destinado

exclusivamente para ser adicionado à gasolina. Para coibir a adulteração do álcool hidratado

com o anidro, a ANP aprovou, em 2005, a Resolução nº. 36, que determina a adição de um

corante de cor laranja ao álcool etílico anidro. (ANP, 2009).

Testes específicos são realizados para revelar se os produtos estão de acordo com as

especificações estabelecidas pela ANP e, também se houve adição ilegal de solventes.

(Quadro 01) RESOLUÇÃO ANP Nº 5, DE 24.2.2005 - DOU 25.2.2005

Especificações do Álcool Etílico Anidro Combustível - AEAC e do Álcool Etílico Hidratado Combustível - AEHC, Padrões para Ensaios de Consumo e Emissões

CARACTERÍSTICAS

UNIDADES

LIMITES

MÉTODOS

Page 6: Analise Da Qualidade

6

AEAC

AEHC

ABNT NBR

Aspecto

Aprovada (1)

14954 (2)

Cor

(3)

Acidez total (como ácido acético),

mg/L

30,0

30,0

9866

máx.

Condutividade elétrica, máx

µS/m

500

500

10547

Massa específica a 20ºC

kg/m³

790,9+-0,6

809,3+-1,1

5992

Teor alcoólico

°INPM

99,5+-0,2

93,2+-0,4

5992

Potencial hidrogeniônico (pH)

-

-

6,0 a 8,0

10891

Resíduo por evaporação, máx.

mg/100mL

5

5

8644

Ion Sulfato, máx

mg/kg

2

2

10894 / 12120

Sódio, máx

mg/kg

2

2

10422

Cobre, máx

mg/kg

0,03

-

10893

Aldeídos, máx.

mg/L

-

60

Cromatografia

gasosa

Ésteres, máx.

mg/L

-

Álcoois Superiores, máx.

mg/L

-

100

500

(1) Límpida e isenta de água ou material em suspensão, conforme condições determinadas no método especificado para avaliação do Aspecto

(2) Procedimento 1

(3) Incolor a amarelada

2.3 Teoria dos Erros

O ato de medir é um ato de comparar, e essa comparação envolve erros de diversas

origens (dos instrumentos, do operador, o processo de medida etc.). Pretende-se aqui estudar

Page 7: Analise Da Qualidade

7

esses erros e suas conseqüências, de modo a expressar os resultados de dados experimentais

em termos que sejam compreensíveis a outras pessoas.

Erro é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou

correto da mesma. Erro = valor medido – valor real

Desvio é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e um valor

adotado que mais se aproxima do valor real. Na prática se trabalha na maioria das vezes com

desvios e não erros.

.3.1 Classificação dos Erros

Erros Grosseiros: exclusivo da falta de prática do experimentador; erros de leitura.

Erros Sistemáticos: ocorrem sempre num mesmo sentido. Podem ser devido ao

experimentador, como atraso (ou antecipação) ao acionar um cronômetro; a um erro de

paralaxe ou erro de calibração.

Erros de Flutuação: decorrem de fatores imprevisíveis.

2.3.2 Classificação das Medidas

As medidas podem ser de dois tipos: diretas e indiretas.

Medida Direta: É a medida (leitura) obtida diretamente do instrumento de medida. Ex.

altura (a leitura é feita diretamente na trena); tempo (leitura feita diretamente no cronômetro).

Nesta categoria ainda temos:

Medida direta de uma única medida: Quando somente uma leitura é suficiente. Ex.

Medida da largura de uma mesa. Basta medirmos uma única vez.

Medida direta de várias medidas: Quando é necessário medirmos várias vezes a

mesma grandeza para minimizar a imprecisão na medida. Ex. tempo de queda de um corpo.

Medimos várias vezes e tiramos à média.

Medida Indireta: É quando uma medida é obtida com o auxílio de uma equação. Por

exemplo: a determinação da velocidade final de um corpo preso por um fio, em translação na

direção vertical (aceleração constante). A velocidade final é expressa por: v = 2h/t. Para

determinar a velocidade, utilizamos as medidas da altura e do tempo médio de queda

(HATSUMI MUKAI & PAULO R.G. FERNANDES, 2008)

3. PROBLEMA

Page 8: Analise Da Qualidade

8

É possível analisar no laboratório de análises químicas do IF Triangulo – Campus

Uberaba, o álcool combustível distribuído ao consumidor e verificar sua qualidade, de acordo

com as análises especificadas da ANP?

4. OBJETIVOS

4.1 GERAIS

Analisar algumas amostras de álcool combustível, com os materiais e equipamentos

disponíveis no IF Triângulo Campus Uberaba, seguindo os procedimentos adotados pela ANP

e observar sua qualidade.

4.2 ESPECÍFICOS

Determinar os desvios médios entre análises efetuadas por diferentes alunos;

Comparar os resultados obtidos, com os resultados da região, ou estado, publicados

pela ANP;

Utilizar processos práticos e normatizados de análises como metodologia na

construção do conhecimento cientifico;

Difundir as recomendações da ANP para melhoria da qualidade do álcool combustível.

5. JUSTIFICATIVA

As análises químicas estão presentes em vários setores da sociedade, cumprem um

papel relevante na garantia da qualidade de produtos industrializados e na identificação de

adulterações. No caso do álcool combustível, fonte dessa pesquisa, essas análises irão

fornecer dados que permitirão explorar os conhecimentos teóricos e os adquiridos em

procedimentos práticos, observando que a mesma não se destina fiscalização ou denúncia.

Uma análise é iniciada com observações que podem ser qualitativas ou quantitativas,

porém nenhuma ciência pode progredir muito sem se valer de observações quantitativas. Um

processo de medida envolve, geralmente, a leitura de números em algum instrumento; em

conseqüência, tem-se quase sempre alguma limitação no número de dígitos que expressam um

determinado valor experimentalmente. Assim cada medida não importando o grau de cuidado

com qual ela é feita, está sujeita a erro experimental.

A presente pesquisa prioriza a discussão dos dados obtidos, para fins didáticos de

ensino-aprendizagem, ressaltando a necessidade das aulas práticas, a busca da técnica correta

de manuseio dos equipamentos e materiais, e a interpretação crítica dos dados.

Page 9: Analise Da Qualidade

9

A interpretação dos dados obtidos possibilitará uma progressiva autonomia intelectual

aos estudantes, através da qual poderão difundir as recomendações da ANP para a melhoria da

qualidade do Álcool Combustível.

Sendo assim justifica-se a execução do presente Projeto, especialmente como

estratégia de integração entre a teoria e a prática, também como metodologia imprescindível e

necessária para que os alunos possam vir a superar os desafios de renovadas condições de

exercício profissional e construção do conhecimento.

6. METODOLOGIA

Foram coletadas 10 amostras de álcool combustível, diretamente em postos

de abastecimento diferentes na região do Triângulo Mineiro e as amostras foram rotuladas em

ordem alfabética, para que não seja possível a identificação do fornecedor. Cada amostra foi

analisada 3 vezes, cada uma delas por um membro do grupo, para cada requisitos físico-

químicos de qualidade intrínseca do produto e os resultados anotados a cada medida efetuada

através de aparelho ou instrumento calibrado, também foi anotado o erro absoluto e o desvio

médio. A determinação das características do álcool etílico combustível foi realizada

mediante o emprego de normas brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas

Técnicas - ABNT.

A análise do produto foi ser realizada em uma amostra representativa do mesmo obtida

segundo métodos ABNT NBR 14883 - Petróleo e produtos de petróleo - Amostragem Manual

ou ASTM D 4057 - Prática para Amostragem de Petróleo e Produtos Líquidos de Petróleo

(ANP, 2010).

Os dados coletados e obtidos foram comparados com os resultados da Especificação –

RT ANP Nº. 5/2005 para o ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO COMBUSTÍVEL, da

Agencia Nacional do Petróleo, estimando assim a qualidade do álcool combustível analisado.

6.1 MATERIAIS E MÉTODOS

� Determinação de teor alcoólico (º INPM) em álcool etílico hidratado

Homogeneizar a amostra;

Lavar a proveta com parte da mesma, descartar e encher novamente com a amostra;

Introduzir o termômetro;

Page 10: Analise Da Qualidade

10

Imergir o densímetro (Anexo III) limpo e seco de tal forma que flutue livremente sem

tocar no fundo e as paredes da proveta;

Aguardar alguns minutos para atingir a estabilidade térmica e a posição de equilíbrio;

Proceder as leituras da massa específica, da temperatura da amostra e anotar.

� Determinação da acidez total em álcool etílico hidratado

Homogeneizar a amostra;

Transferir 50 mL de água destilada para um erlenmeyer, acrescentar 3 a 4 gotas da

solução indicadora de alfanaftolftaleína e neutralizar com a solução de hidróxido de sódio

0,02N;

Acrescentar 50 mL da amostra e agitar;

Titular com a solução de hidróxido de sódio 0,02 N até viragem do indicador ( incolor

para azul claro);

Anotar o volume gasto.

� Determinação da alcalinidade (teste qualitativo) em álcool etílico

hidratado

Homogeneizar a amostra e transferir 50 mL para um erlenmeyer;

Adicionar 3 a 4 gotas da solução indicadora de alfanaftolftaleína e homogeinizar.

Determinação do aspecto (visual) em álcool etílico hidratado

Homogeneizar a amostra;

Lavar a proveta com parte da mesma, descartar e encher novamente com a amostra;

Fazer a verificação visual do aspecto quanto à coloração, material em suspensão ou

sedimentos.

� Determinação da cor Apha (PtCo) em álcool etílico hidratado

Encher um dos tubos de Nessler com água destilada e colocar o prisma de forma que o

mesmo fique em contato com o liquido;

Encher o outro tubo com a amostra e colocar o prisma também em contato com o

líquido;

Colocar os tubos na posição de leitura dentro do colorímetro;

Ligar a fonte de iluminação;

Page 11: Analise Da Qualidade

11

Observar pela ocular e girar o disco de cores até que os semicírculos indicativos da

amostra e água apresentem tonalidades semelhantes;

Fazer a leitura da cor diretamente na escala do disco.

� Determinação do potencial hidrogeniônico (pH) em álcool etílico hidratado

Encher um béquer de 50 mL com a amostra à temperatura ambiente;

Introduzir o eletrodo até cobrir a luva de teflon/vidro com a amostra;

Agitar suavemente o béquer por aproximadamente 30 segundos para proporcionar um

contato mais rápido entre o eletrodo e a amostra;

Aguardar 2 minutos e fazer a leitura de pH no pHmetro (Anexo IV);

Descartar a amostra utilizada para medição.

� Determinação da condutividade elétrica em álcool etílico hidratado

Circular a água do banho termostatizado a 20º C na câmara de refrigeração da cela;

Lavar a cela com a amostra 3 a 4 vezes;

Encher novamente e aguardar 2 minutos para estabilizar a amostra na temperatura do

banho;

Fazer a leitura condutimétrica a 20º C através do condutivímetro(Anexo V).

� Determinação da condutividade elétrica em álcool etílico hidratado sem a

utilização do termostatizado

Circular a água na câmara de refrigeração da cela;

Medir a temperatura da água de refrigeração com auxílio do termômetro previamente

conectado ao sistema;

Lavar a cela com a amostra 3 a 4 vezes;

Encher novamente e aguardar 2 minutos para estabilizar a amostra na temperatura da

água de refrigeração;

Fazer a leitura condutimétrica através do condutivímetro.

� Determinação de material não volátil a 105º C em álcool etílico hidratado

Pesar uma cápsula - P1, previamente seca em estufa a 105º C por 1 hora e resfriada

em dessecador (Anexo VII).

Encher um balão volumétrico de 100 mL com a amostra;

Page 12: Analise Da Qualidade

12

Colocar a cápsula com a amostra sobre uma chapa aquecedora dentro de uma capela,

encher parcialmente com a amostra e iniciar o aquecimento;

Alimentar a cápsula com a amostra sempre que o volume evaporado estiver reduzido a

uma altura aproximada de 2 mm;

Após a adição da ultima fração da amostra evaporar até secura;

Transferir a cápsula para estufa e deixar em secagem a 105º C por 1 hora;

Esfriar em dessecador (Anexo VI), pesar e anotar - P2 (MANUAL DE MÉTODOS

ANALÍTICOS ÁLCOOL ETÍLICO).

7. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados das análises realizadas foram expressos em tabelas e gráficos.

Os valores encontrados para cada amostra é a média aritmética das análises feitas pelos dois

alunos, após três repetições da mesma análise. Os resultados foram comparados com as

Especificações – RT ANP Nº. 5/2005 (QUADRO 01) da ANP.

Após a análise do teor alcoólico do AEHC, nas amostras coletados pode-se perceber

que apenas uma amostra encontra-se abaixo da especificação (Tabela 1).

Tabela 1: Determinação de Teor alcoólico (º GL e INPM*) em álcool etílico hidratado combustível.

AMOSTRAS

RESULTADOS TEOR ALCOÓLICO °GL

TEOR ALCOÓLICO °INPM*

Amostra A 95,0 (± 0,5) 92,6

Amostra B 95,0 (± 0,5) 92,2

Amostra C 95,0 (± 0,5) 92,6

Amostra D 94,7 (± 0,5) 92,6

Amostra E 95,0 (± 0,5) 93,1

Amostra F 95,2 (± 0,5) 93,1

Amostra G 95,5 (± 0,5) 93,1

Amostra H 95,0 (± 0,5) 92,6

Amostra I 95,5 (± 0,5) 93,8

Amostra J 95,0 (± 0,5) 92,6

*O Teor INPM foi determinado a partir da MASSA ESPECÍFICA a 20,0°C .

Page 13: Analise Da Qualidade

13

Gráfico 1: Determinação de Teor alcoólico (º GL) em álcool etílico hidratado combustível.

Determinação do Teor Alcoólico (º GL) em álcool etilico hidratado

94,094,294,494,694,895,095,295,495,6

Amos

tra A

Amos

tra B

Amos

tra C

Amos

tra D

Amos

tra E

Amos

tra F

Amos

tra G

Amos

tra H

Amos

tra I

Amos

tra J

º G

L

Série1

Os resultados do potencial hidrogeniônico das amostras de AEHC, apresentados na

Tabela 2, foram comparados com as especificações da ANP e todas as amostras estão em

conformidade com essas especificações.

Tabela 2: Determinação do potencial hidrogeniônico (pH) em álcool etílico hidratado combustível.

AMOSTRAS RESULTADOS pH

Amostra A 6,85 (± 0,05)

Amostra B 7,41 (± 0,05)

Amostra C 7,26 (± 0,05)

Amostra D 7,22 (± 0,05)

Amostra E 7,09 (± 0,05)

Amostra F 7,14 (± 0,05)

Amostra G 7,16 (± 0,05)

Amostra H 7,09 (± 0,05)

Amostra I 7,05 (± 0,05)

Amostra J 7,13 (± 0,05)

Page 14: Analise Da Qualidade

14

Gráfico 2: Determinação do potencial hidrogeniônico (pH) em álcool etílico hidratado combustível.

Determinação do Potencial Hidrogeniônico (pH) do álcool etilico

6,46,6

6,87

7,27,4

7,6

Amos

tra A

Amos

tra B

Amos

tra C

Amos

tra D

Amos

tra E

Amos

tra F

Amos

tra G

Amos

tra H

Amos

tra I

Amos

tra J

Série1

Os resultados obtidos e apresentados, na Tabela 3 e no Gráfico 3, indicam que a

condutividade elétrica do AEHC, das amostras coletadas estão de acordo com as

especificações da ANP.

Tabela 3: Determinação da condutividade elétrica em álcool etílico hidratado combustível.

AMOSTRAS

RESULTADOS CONDUTIVIDADE (µµµµS/cm)

CONDUTIVIDADE (µµµµS/m)

Amostra A 0,801(±0,005) 80,1 (±0,5)

Amostra B 1,292(±0,005) 129,2 (±0,5)

Amostra C 1,261(±0,005) 126,1 (±0,5)

Amostra D 1,062 (±0,005) 106,2 (±0,5)

Amostra E 0,853(±0,005) 85,3(±0,5)

Amostra F 1,366(±0,005) 136,6(±0,5)

Amostra G 1,172(±0,005) 117,2(±0,5)

Amostra H 0,891(±0,005) 89,1(±0,5)

Amostra I 1,669(±0,005) 166,9(±0,5)

Amostra J 0,894(±0,005) 89,4 (±0,5)

Page 15: Analise Da Qualidade

15

Gráfico 3: Determinação da condutividade elétrica em álcool etílico hidratado combustível.

Determinação da condutividade elétrica em álcool etílico hidratado

020406080

100120140160180

Amos

tra A

Amos

tra B

Amos

tra C

Amos

tra D

Amos

tra E

Amos

tra F

Amos

tra G

Amos

tra H

Amos

tra I

Amos

tra J

Série1

As análises feitas nas amostras mostraram que a densidade e a massa específica, estão

dentro da conformidade, exceto a amostra B que apresenta uma densidade acima das

especificações da ANP. Comparando o resultado dessa amostra na Tabela 1, que indica o grau

INPM, verifica-se que se a massa específica aumenta, ou a densidade aumenta, o teor

alcoólico diminui. A explicação desse fato se dá porque a água pura e o etanol puro possuem

densidades diferentes, quando formam uma solução, a densidade final será dependente da

fração molar de cada componente na mistura.

Tabela 4: Determinação da densidade em álcool etílico hidratado combustível.

AMOSTRAS

RESULTADOS

DENSIDADE (g.cm-3)

MASSA

ESPECÍFICA (kg.m-1)

Amostra A 0,8107(±0,0002) 810,7 (±0,2)

Amostra B 0,8121(±0,0002) 812,2 (±0,2)

Amostra C 0,8105(±0,0002) 810,5(±0,2)

Amostra D 0,8109(±0,0002) 810,9(±0,2)

Amostra E 0,8090(±0,0002) 809,0(±0,2)

Amostra F 0,8092(±0,0002) 809,2(±0,2)

Amostra G 0,8091(±0,0002) 809,1(±0,2)

Amostra H 0,8084(±0,0002) 808,4(±0,2)

Amostra I 0,8073(±0,0002) 807,3(±0,2)

Amostra J 0,8087(±0,0002) 808,7(±0,2)

Page 16: Analise Da Qualidade

16

Gráfico 4: Determinação da densidade em álcool etílico hidratado combustível.

Densidade

0,804000,805000,806000,807000,808000,809000,810000,811000,812000,81300

Amos

tra A

Amos

tra B

Amos

tra C

Amos

tra D

Amos

tra E

Amos

tra F

Amos

tra G

Amos

tra H

Amos

tra I

Amos

tra J

Série1

A determinação de acidez, expressa em teor de ácido acético indicou cinco amostras

acima da especificação da ANP(Tabela 5 e Gráfico 5). Como o AEHC é obtido a partir da

fermentação de açúcares, outros ácidos podem se formar e não serem separados no processo

de destilação. A determinação da acidez livre (norma NBR9866) descreve uma titulação

ácido-base com indicador visual, a anaftolftaleína, que muda de coloração de róseo a azul,

indicando o ponto final da titulação.

Alguns problemas de visualização da mudança de coloração da solução ocorrem

durante a titulação como a turvação de algumas amostras e a própria mudança de cor que

começa num tom esverdeado até se tornar azul, o ponto final da titulação segundo a norma

(“permanência da cor azul”). Estes problemas de visualização causam baixas

reprodutibilidade e repetitividade nos ensaios afetando, inevitavelmente, a sua exatidão.

Tabela 5: Determinação da acidez total em álcool etílico hidratado combustível.

Page 17: Analise Da Qualidade

17

AMOSTRAS

RESULTADOS

ACIDEZ (mg/L)

Amostra A 22,9

Amostra B 32,5

Amostra C 32,5

Amostra D 28,9

Amostra E 9,6

Amostra F 33,7

Amostra G 31,3

Amostra H 22,9

Amostra I 59,0

Amostra J 25,3

Gráfico 5: Determinação da acidez total em álcool etílico hidratado combustível.

Acidez Total

0

10

20

3040

50

60

70

Amos

tra A

Amos

tra B

Amos

tra C

Amos

tra D

Amos

tra E

Amos

tra F

Amos

tra G

Amos

tra H

Amos

tra I

Amos

tra J

mg

/L

Série1

A análise da cor indicou duas amostras em não conformidade, elas apresentavam uma

cor amarelada, como expresso na Tabela 6. Visualmente analisando as amostras, todas

Page 18: Analise Da Qualidade

18

apresentaram um aspecto límpido. A especificação da ANP apenas cita que o AEHC deve ser

Límpido e Incolor antes da adição do corante.

Tabela 6: Determinação do aspecto visual em álcool etílico hidratado combustível.

AMOSTRAS RESULTADOS

Amostra A Cor 2

Amostra B Cor 1

Amostra C Cor 1

Amostra D Cor 1

Amostra E Cor 1

Amostra F Cor 1

Amostra G Cor 1

Amostra H Cor 3

Amostra I Cor 1

Amostra J Cor 3

Pode-se observar na Tabela 2 que o pH das amostras está próximo de sete, o que

indica uma solução neutra. Os resultados da Tabela 7 representam qualitativamente a

alcalinidade do AEHC. Os resultados negativos justificam-se quando confrontados com a

Tabela 2.

Tabela 7: Determinação da alcalinidade (teste qualitativo) em álcool etílico hidratado combustível.

AMOSTRAS RESULTADOS

Amostra A negativo

Amostra B negativo

Amostra C negativo

Amostra D negativo

Amostra E negativo

Amostra F negativo

Amostra G negativo

Amostra H negativo

Amostra I negativo

Amostra J negativo

Page 19: Analise Da Qualidade

19

Os resultados Determinação de material não volátil a 105º das amostras de AEHC,

apresentados na Tabela 8 e Gráfico 6, foram comparados com as especificações da ANP e

exceto as amostras A, H, I e J, todas as outras estão em conformidade com essas

especificações.

Tabela 8: Determinação de material não volátil a 105º C em álcool etílico hidratado combustível

AMOSTRAS RESULTADOS (mg/L)

Amostra A 3,30 (± 0,05)mg/100mL

Amostra B 0,97 (± 0,05)mg/100mL

Amostra C 1,56 (± 0,05)mg/100mL

Amostra D 1,02 (± 0,05)mg/100mL

Amostra E 1,13 (± 0,05)mg/100mL

Amostra F 0,96 (± 0,05)mg/100mL

Amostra G 0,93 (± 0,05)mg/100mL

Amostra H 3,21(± 0,05)mg/100mL

Amostra I 6,96(± 0,05)mg/100mL

Amostra J 4,63 (± 0,05)mg/100mL

Gráfico 6: Determinação de material não volátil a 105º C em álcool etílico hidratado combustível.

Determinação de material não volátil a 105º C em álcool etílico hidratado combustível

01020304050607080

Amos

tra A

Amos

tra B

Amos

tra C

Amos

tra D

Amos

tra E

Amos

tra F

Amos

tra G

Amos

tra H

Amos

tra I

Amos

tra J

mg

/L

Série1

8- CONCLUSÃO

Page 20: Analise Da Qualidade

20

Seguindo os procedimentos adotados pela ANP e usando os equipamentos disponíveis

no Laboratório de Química do IF Triângulo – Campus Uberaba foi possível fazer as seguintes

análises para observar a qualidade do Álcool Etílico Hidratado Combustível:

• Determinação do aspecto visual,

• Determinação do potencial hidrogeniônico (pH),

• Determinação da condutividade elétrica,

• Determinação da densidade,

• Determinação da acidez total,

• Determinação da alcalinidade

• Determinação de material não volátil a 105º C.

Foram realizados oito das quinze análises sugeridas nas Especificações da ANP– RT

ANP Nº. 5/2005.

Através das análises realizadas pelos alunos, pode-se determinar os desvios médios

entre análises efetuadas por diferentes alunos, concretizando a aprendizagem a partir das aulas

teóricas.

A partir dos resultados obtidos pode-se verificar que as amostras de álcool

combustível analisadas, encontram-se em conformidade com às especificações técnicas

determinadas pela ANP, exceto em algumas características em poucas amostras. Lembrando

que o objetivo deste trabalho é oportunizar um momento de aprendizagem e não polemizar a

qualidade da amostra em questão.

Releva-se aqui, também a importância de difundir as recomendações da ANP para

melhoria da qualidade do álcool combustível.

Page 21: Analise Da Qualidade

21

ORIENTAÇÕES PARA GARANTIR SEUS DIREITOS AO ABASTECER

AGENCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEL.

10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABQ, 2009; Associação Brasileira de Química; disponível em

http://www.abq.org.br/cbq/2007/trabalhos/9/9-473-644.htm. Acesso em: 03 de maio de 2009.

ANP, 2009; Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível; disponível

em http://www.anp.gov.br/conheca/boletim.asp. Acesso em: 20 de maio de 2009.

ANP, 2009; Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível; disponível

em http://www.anp.gov.br/espaco_cidadao/crc_qualidade_adulteracao.asp. Acesso em: 05 de

junho de 2009.

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22

ANP, 2009; Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível; disponível

em http://www.anp.gov.br/falecomanp/crc_qualidade_adulteracao.asp. Acesso em 25 de

agosto de 2009.

ANP, 2009; Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível; disponível

em http://www.anp.gov.br/petro/programa_monitoramento.asp. Acesso em: 19 de junho de

2009.

CEFET, 2009; Centro Federal de Educação Tecnológica de Uberaba, atualmente

IFTriangulo, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro,

Campus Uberaba, disponível em http://www.iftriangulo.edu.br/instituicao/index.php. Acesso

em 21 de agosto de 2009.

CTTI-5.2-EMA-002. Manual Copersucar, 2005/2006, p. 1-50, Março/2006.

COPERSUCAR, 2010; Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e

Álcool do Estado de São Paulo,, Disponível em:

http://www.copersucar.com.br/produtos/por/alcool_etilico.asp, acesso em 13 de março de

2010.

MANUAL, 2008, Manual de Laboratório – Física Experimental I- Hatsumi Mukai e Paulo

R.G. Fernandes, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, CENTRO DE CIÊNCIAS

EXATAS, DEPARTAMENTO DE FÍSICA, Disponível em:

http://www.dfi.uem.br/dfi/salvatexto.php?id=cap2-medidaseerros.pdf. Acesso em: 03 de agosto de

2009.

MINASPETRO, 2009; Associação dos Revendedores de Derivados de Petróleo de

Uberaba; Disponível em:

http://www.minaspetro.com.br/site.asp?menu=83&submenu=15&registro=155. Acesso em 10

de Julho de 2009.

Page 23: Analise Da Qualidade

23

ROMERO, F., 2008. Biocombustíveis, Disponível em:

http://www.tnpetroleo.com.br/uploads/guia_estudante/06_Guia_do_Estudante_Biocombustiv

eis.pdf. Acesso em :17 de agosto de 2009.

SINDAÇUCAR, 2010; Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de

Pernambuco. Acesso em 10 de março de 2010; disponível em:

http://www.sindacucar.com.br/?acao=alcool

Page 24: Analise Da Qualidade

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