análise da escrita alfabética

31
ANÁLISE DA ESCRITA INFANTIL COM BASE NA PSICOGÊNESE Orientadora de estudo: Ananda Lima

Upload: ananda-lima

Post on 06-Jun-2015

6.425 views

Category:

Education


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Análise da escrita alfabética

ANÁLISE DA ESCRITA INFANTIL COM BASE NA PSICOGÊNESE

Orientadora de estudo: Ananda Lima

Page 2: Análise da escrita alfabética

Sistema de Escrita Alfabética:sistema notacional ou código?

Page 3: Análise da escrita alfabética

INICIANDO A CONVERSA...

Dispomos, atualmente, de uma série de teorias

e pesquisas demonstrando que o alfabeto é um

sistema notacional, com propriedades que o

aprendiz precisa compreender, reconstruindo-as

em sua mente.

Page 4: Análise da escrita alfabética

Em função de tais evidências precisamos

garantir um ensino sistemático através de

atividades reflexivas que desafiem o aprendiz a

compreender como a escrita alfabética funciona,

para poder dominar suas convenções letra-som.

Page 5: Análise da escrita alfabética

A criança precisa perceber que a escrita nota os

sons da fala e os nomes dos objetos. É assim que

o processo da construção do conhecimentos

acontece de acordo com a psicogênese.

Page 6: Análise da escrita alfabética

Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas, que têm um repertório finito e que são diferentes de números e de outros símbolos.

As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças na identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma letras assuma formatos variados (P, p, P, p).A ordem das

letras no interior da palavra não pode ser mudada.

Page 7: Análise da escrita alfabética

Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas palavras compartilham as mesmas letras.

Nem todas as letras podem ocupar certas posições no interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas de quaisquer outras.

Page 8: Análise da escrita alfabética

As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem.

As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas orais que pronunciamos.

As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados com mais de uma letra.

Page 9: Análise da escrita alfabética

Além de letras, na escrita de palavras, usam-se, também, algumas marcas (acentos) que podem modificar a tonicidade ou o som das letras ou sílabas onde aparecem. As sílabas podem

variar quanto às combinações entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a sílaba CV (consoante – vogal), e todas as sílabas do português contêm, ao menos, uma vogal.

Page 11: Análise da escrita alfabética

UMA BREVE ABORDAGEM SOBRE

AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA

ESCRITA

Page 12: Análise da escrita alfabética

PERÍODO PRÉ-SILÁBICO

A criança ainda não entende que a escrita registra a

sequência de “pedaços sonoros” das palavras;

Num momento inicial, começa a produzir rabiscos,

bolinhas e garatujas para distinguir desenho de

escrita;

À medida que tem contato com palavras e seu

próprio nome, ela começa a usar letras, mas sem

estabelecer nenhuma relação;

Page 13: Análise da escrita alfabética

Sem que o adulto lhe ensine, a criança cria 2

hipóteses originais: Hipótese de quantidade mínima

(escrevendo 2 ou 3 letras para que algo possa ser

lido) e Hipótese de variedade (varia a quantidade e a

ordem das letra que escreve para apresentar outras

palavras);

Apresenta o que alguns estudiosos chamam de

realismo nominal: pensando que coisas grandes se

escrevem com muitas letras e vice versa.

Page 14: Análise da escrita alfabética

PERÍODO SILÁBICO

A criança descobre que seus registros no papel tem a ver com o que fala;

Não deixa sobrar letras no que escreve, buscando coincidir as sílabas orais que pronuncia com as letras que colocou no papel;

Sofre uma série de conflitos necessários para o amadurecimento de sua aprendizagem;

No início, para cada palavra só registra as vogais. Ex.: sopa ela escreve AO.

Começam a perceber que os pedacinhos das palavras podem ter um número variado de letras.

Page 15: Análise da escrita alfabética

PERÍODO SILÁBICO-ALFABÉTICO

A criança começa a perceber que seus registros precisam ser de acordo com os pedaços sonoros das palavras, mas que é preciso “observar os sonzinhos no interior das sílabas”;

Ao notar uma palavra, ora a criança coloca duas ou mais letras para escrever determinada sílaba, ora volta a pensar conforme a hipótese silábica e põe apenas uma letra para uma sílaba inteira;

Alguns estudiosos consideram que tal etapa de transição não constitui em si um novo nível ou nova hipótese, mas uma clara fase “de transição”.

Page 16: Análise da escrita alfabética

PERÍODO ALFABÉTICO

Nesse período a criança escreve com muitos erros ortográficos, mas já seguindo o princípio de que a escrita nota a pauta sonora das palavras, colocando letras para cada um dos “sonzinhos” que aparecem em cada sílaba;

A criança já acredita que a escrita é a transição exata da fala;

Mas ter alcançado a hipótese alfabética não é sinônimo de estar alfabetizado. É necessário a consolidação da alfabetização no segundo e terceiro ano, para que a criança domine as convenções da nossa língua.

Page 17: Análise da escrita alfabética

Vídeo: construção da escrita – parte II

Construção da escrita_ prim. passos - parte 2.mp4

Page 18: Análise da escrita alfabética

Analisando algumas escritas

Page 19: Análise da escrita alfabética
Page 20: Análise da escrita alfabética
Page 21: Análise da escrita alfabética
Page 22: Análise da escrita alfabética
Page 23: Análise da escrita alfabética
Page 24: Análise da escrita alfabética
Page 25: Análise da escrita alfabética

LEMBRETE IMPORTANTE:

Reconhecer os conhecimentos que os alunos já construíram ou não sobre a escrita alfabética é mais relevante que apenas classificar as escritas infantis em um dos níveis da teoria psicogenética.

No início do ano 3, as crianças podem apresentar notações distintas, apesar de estar na hipótese alfabética.

Page 26: Análise da escrita alfabética

FERREIRO E TEBEROSKY (1984) APONTAM TRÊS SUBDIVISÕES PARA A

HIPÓTESE ALFABÉTICA

Page 27: Análise da escrita alfabética

• Escritas alfabéticas sem predomínio de valor sonoro convencional: a criança usa, na maioria das vezes, grafemas não pertinentes para representar os fonemas.

• Escritas alfabéticas com algumas falhas na utilização do valor sonoro convencional: a criança usa predominantemente grafemas com valor sonoro convencional, ainda que, às vezes, recorra a letras não pertinentes por desconhecimento do grafema convencional que nota determinado fonema.

• Escritas alfabéticas com valor sonoro convencional: além de escrever de acordo com as regras do nosso sistema de escrita, ainda que com ortografia não totalmente convencional, a criança aprendeu o valor sonoro convencional da maioria dos grafemas da língua.

Page 28: Análise da escrita alfabética

Escrita de Ester – Hipótese Alfabética com algumas falhas na utilização do valor sonoro convencional.

Ver caderno 3, unid. 3, pág. 22

Page 29: Análise da escrita alfabética

Escrita de Rita de Paula - Hipótese Alfabética com valor sonoro convencional

Ver caderno 3, unid. 3, pág. 23

Page 30: Análise da escrita alfabética

Escrita de Ana Lúcia - Hipótese Alfabética com valor sonoro convencional

Ver caderno 3, unid. 3, pág.23

Page 31: Análise da escrita alfabética

Turma Cecília Meireles