Análise da Conjuntura Econômica e Desafios para o  Novo Governo

Robson GonçalvesEconomista

Professor dos MBAs da FGV e Consultor da FGV Projetos

O Brasil e o Mundo: perspectivas de crescimento Contrastes estranhos: não há milagres econômicos! A necessária mudança de foco:

do populismo econômico ao crescimento sustentado Linhas de ação para o próximo governo... Sem sustos!

Estrutura da apresentação

O Brasil e o mundo:Taxa de crescimento do PIB(2007-2010)

* Elaboração própria ** ProjetadoFonte: FMI, World Economic Outlook, julho de 2010

Países e regiõesVariação percentual

2007 2008 2009 2010**Mundo 5,0 3,0 - 0,6 4,2Países desenvolvidos 2,6 0,5 - 3,0 2,3

EUA 2,0 -2,4 - 3,1 2,6

UE 2,6 -4,1 - 1,0 1,5

Japão 2,1 -5,2 - 1,9 2,0

Suécia 3,6 1,8 -1,5 1,5

Países emergentes 8,0 6,1 2,4 6,3

Brasil* 5,4 5,1 -0,2 7,0 China 11,9 9,6 8,7 10,0

Índia 9,3 7,3 5,7 8,8

Rússia 8,1 5,6 -7,9 4,0

México 3,3 1,5 -6,5 4,2

Centro-Leste Europeu 5,5 3,0 - 3,7 2,8

Ímpetos recentes de crescimentoPIB trimestral - visão de longo prazo(2002-2010)

Fonte: IBGE

Collor Itamar FHC Lula

1500

1700

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1990

T1

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T1

1993

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T1

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T1

1999

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T2

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2003

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T1

2005

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T1

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2009

T3

2010

T2

R$ b

ilhõe

s

Pressões de demanda e impacto dos jurosPIB trimestral – visão de médio prazo(2003-2010)

Fonte: IBGE

2300

2400

2500

2600

2700

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T1

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T2

R$ b

ilhõe

s

O “V” da recuperaçãoNível de Utilização da Capacidade Instalada na Indústria(2007-2010)

Fonte: CNI

77,5

80,0

82,5

85,0Ja

n. 2

007

Abr

.

Jul.

Out

.

Jan.

200

8

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.

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.

Jan.

200

9

Abr

.

Jul.

Out

.

Jan.

201

0

Abr

.

Jul.

Perc

entu

al

Produção de bens de capital(2007-2010)

Fonte: IBGE

25% de crescimento frente a julho de 2009, mas ainda 6% abaixo de setembro de 2008

Taxa de investimento(2007-2010)

Fonte: IBGE

9.000

9.500

10.000

10.500

11.000

11.500Ja

n. 2

007

Abr

.

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Jan.

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.

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.

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.

Jul.

Out

.

Jan.

201

0

Abr

.

Jul.

Mil

pess

oas

Emprego MetropolitanoSem sinais de crise(2007-2010)

Fonte: CNI

Mais de 500 mil empregos criados em um ano somente nas Regiões

Metropolitanas.Desde julho de 2008, são 940 mil.

O Regime de MetasInflação e Selic(2003-2010)

Fonte: Bacen e IBGE

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

jul.2

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2004

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abr.2

008

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008

2009

.01

2009

.04

2009

.07

out.2

009

jan.

2010

abr.2

010

jul.2

010

Selic

IPCA

O Regime de MetasObservando a inflação mais de perto(2003-2010)

Fonte: IBGE

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

jan.

2008

abr.2

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out.2

008

2009

.01

2009

.04

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.07

out.2

009

jan.

2010

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jul.2

010

Taxa de câmbio R$-US$Série mensal(2003-2010)

Fonte: Bacen

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,0020

03.0

120

03.0

420

03.0

720

03.1

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04.0

120

04.0

420

04.0

720

04.1

020

05.0

120

05.0

420

05.0

720

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06.0

120

06.0

420

06.0

720

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07.0

120

07.0

420

07.0

720

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08.0

120

08.0

420

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09.0

120

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020

10.0

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420

10.0

7

R$ p

or U

S$

Brasil: contas externas(2009-2010)

Fonte: Bacen

  2009 2010  Julho Jan.-Jul. Julho Jan.-Jul.

Balança comercial 2 911 16 820 1 357 9 235

Serviços e rendas - 4 859 - 27 608 - 6 053 - 39 301

Transferências unilaterais 324 1 988 197 1 805

Saldo em Tr.Correntes - 1 623 - 8 800 - 4 499 - 28 261

Investimento direto 4 865 19 328 3 148 6 650

Capitais de carteira 7 919 9 315 5 984 28 895

Derivativos 15 227 1 - 16

Outros investimentos - 6 879 - 4 257 - 2 485 12 990

Saldo da Conta Capital 5 920 24 613 6 648 48 519

A necessária mudança de foco:do pós crise aos limites do crescimento

Emprego formal crescente

Crédito em expansão

Salários em alta

Importações baratas

Investimento produtivo

Infra-estrutura

Produtividade

Redução de custos fiscais e trabalhistas

Qualificação da mão de obra

DEMANDA OFERTA

POPULISMO ECONÔMICO CRESCIMENTO SUSTENTADO

A necessária mudança de foco:a agenda para o próximo governo

Explicitar o foco no crescimento sustentado de longo prazo Recuperar a confiança na solvência das contas públicas Melhorar a qualidade das contas externas Definir uma política de inserção social para além do assistencialismo Definir uma política de capacitação de mão de obra Definir um modelo de relação entre os setores público e privado para

a infra estrutura e a habitação com foco nos mecanismos de financiamento