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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

JULIANO ANDRÉ VERGUTZ

RICARDO CUSTÓDIO

ANÁLISE COMPARATIVA DE RESULTADOS OBTIDOS EM SOFTWARES DE DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS EM CONCRETO

CURITIBA 2010

JULIANO ANDRÉ VERGUTZ RICARDO CUSTÓDIO

ANÁLISE COMPARATIVA DE RESULTADOS OBTIDOS DE SOFTWARES DE DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina Trabalho Final de Curso como requisito parcial à conclusão de Graduação no Curso de Engenharia Civil, Setor de Tecnologia, Exatas, Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Cláudio L. Curotto

CURITIBA 2010

Ao meu pai Elton e minha mãe

Rossmari, pela minha educação e

apoio.

Ao meu pai, Osni, pelo apoio e

motivação durante esta fase da minha

vida.

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida, oportunidades, conhecimento e

proteção.

Ao professor Claudio Luiz Curotto, pela atenção e

orientação, dada ao longo deste trabalho.

Aos professores Antonio Stramandinoli e Jorge

Luiz Ceccon, pelas dúvidas tiradas.

RESUMO

Na elaboração de projetos estruturais de concreto armado, os três programas de cálculo estruturais mais utilizados atualmente são o EBERICK, CYPECAD e CAD TQS, o primeiro é muito difundido na região sul do país, o segundo é utilizado em outros países, pois pode fazer considerações de normas europeias, o terceiro tem seu uso difundido em todo Brasil. Observar a forma de como é lançado uma estrutura hipotética nestes programas, e quais tipos de análises e critérios adotados entre eles, bem como as diferenças resultantes nos esforços finais é o que se contempla neste trabalho. Os programas entre si apresentam diferenças de análises, no lançamento da estrutura, e na inserção das cargas e distribuição dos esforços, desta forma foram elaboradas planilhas eletrônicas para uso como referência nos resultados globais da estrutura, tais como carga na fundação e nos pilares.

Palavras Chaves: Estrutura, análise estrutural, programa, pilar, viga, laje, cargas e esforços.

ABSTRACT

In the development of structural designs reinforced concrete, the three structural analysis softwares most used today are the EBERICK, CYPECAD and TQS. The first one is well known in the southbound of the country, the second one is used in many countries, as long as it can deal with European codes and the last one is widespread used throughout all the country. Observe how a hypothetical structure is modeled using these programs, and what sort of tests and criteria they adopt, and the resulting differences in final stresses is what can be found in this work. The softwares differ in the kind of analysis, at the modeling of the structure, at the loading step and distribution stresses. So were created spreadsheets to use as a reference to compare the structure’s global results, such as the total load on the foundation and the columns. Key words: structure, structural analysis, software, column, beam, slab, loads and stresses.

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10

1.1. Justificativa ...................................................................................................................... 11

1.2. Objetivos Gerais .............................................................................................................. 11

1.4. Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................... 13

2.1. Histórico do Concreto Armado e do Cálculo Estrutural .................................................. 13

2.2. Lajes ................................................................................................................................. 20

2.3. Vigas ................................................................................................................................ 21

2.4. Pilares .............................................................................................................................. 21

2.5. Propriedades dos Materiais ............................................................................................ 23

2.5.1. Propriedades do Concreto .......................................................................................... 23

2.5.1.1. Massa Específica ...................................................................................................... 24

2.5.1.2. Coeficiente de dilatação térmica ............................................................................ 24

2.5.1.3. Resistência à compressão ....................................................................................... 24

2.5.1.4. Resistência à tração ................................................................................................. 25

2.5.1.5. Módulo de elasticidade ........................................................................................... 25

2.5.1.6. Efeito de Rusch ........................................................................................................ 26

2.5.1.7. Coeficiente do Poisson e módulo de elasticidade transversal ................................ 27

2.5.1.8. Diagrama tensão- deformação ................................................................................ 27

2.5.2. Aço ............................................................................................................................... 29

2.5.2.1. Categorias de aço .................................................................................................... 29

2.5.2.2. Massa específica ...................................................................................................... 29

2.5.2.3. Coeficiente de dilatação térmica ............................................................................ 29

2.5.2.4. Módulo de elasticidade ........................................................................................... 29

2.5.2.5. Resistência à tração ................................................................................................. 29

2.5.2.6. Diagrama tensão- deformação ................................................................................ 30

2.6. Análises estruturais ......................................................................................................... 31

2.6.1. Análise linear ............................................................................................................... 31

2.6.2. Análise linear com redistribuição ................................................................................ 33

2.6.3. Análise plástica ............................................................................................................ 34

2.6.4. Análise não linear ........................................................................................................ 35

2.6.5. Análise através de modelos físicos .............................................................................. 37

2.7. Modelos estruturais ........................................................................................................ 38

2.7.1. Modelo de vigas contínuas .......................................................................................... 38

2.7.2. Pórticos planos ............................................................................................................ 39

2.7.3. Pórticos espaciais ........................................................................................................ 42

2.7.4. Modelo de grelhas ....................................................................................................... 43

2.8. Esforços e combinações .................................................................................................. 46

3. FERRRAMENTAS COMPUTACIONAIS ................................................................................... 51

3.1. CYPECAD .......................................................................................................................... 51

3.1.1. Características técnicas de análise .............................................................................. 51

3.2. EBERICK ........................................................................................................................... 53

3.2.1. Características técnicas da análise .............................................................................. 54

3.3. TQS .................................................................................................................................. 56

3.3.1. Características de técnicas de análise ......................................................................... 57

4. METODOLOGIA .................................................................................................................... 58

4.1. Projeto arquitetônico ...................................................................................................... 58

4.2. Pré-dimensionamento dos elementos estruturais ......................................................... 58

4.2.1. Pré-dimensionamento de pilares ................................................................................ 58

4.2.2. Pré-dimensionamento de vigas ................................................................................... 64

4.2.3. Pré-dimensionamento de lajes ................................................................................... 65

4.3. Estimativa das cargas permanentes e acidentais ............................................................ 71

4.3.1. Cargas atuantes nas lajes ............................................................................................ 71

4.3.2. Cargas devido à parede ............................................................................................... 73

4.3.3. Redução das cargas acidentais .................................................................................... 75

4.3.4. Cálculo das reações da escada .................................................................................... 76

4.4. Cálculo dos esforços através da planilha eletrônica ....................................................... 79

4.5. Modelagem computacional da estrutura analisada ....................................................... 81

4.5.1. Eberick ......................................................................................................................... 81

4.5.2. CYPECAD ...................................................................................................................... 85

4.5.3. TQS .............................................................................................................................. 92

5. RESULTADOS ....................................................................................................................... 96

5.1. Consideração da estrutura com laje ............................................................................... 96

5.1.1. Cálculo com pilares pré-dimensionados ..................................................................... 97

5.2. Consideração da estrutura sem laje .............................................................................. 110

5.3. Estudo da laje L1 ........................................................................................................... 115

5.4. Estudo do pilar P1 ......................................................................................................... 129

5.5. Estudo da viga V1 .......................................................................................................... 136

5.5.1. Estrutura com laje ..................................................................................................... 136

5.5.3. Comparativo entre estrutura com laje e estrutura sem laje .................................... 149

5.6. Dados gerais da estrutura ............................................................................................. 151

6. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 155

7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 156

ANEXOS ..................................................................................................................................... 159

ANEXO A .................................................................................................................................... 160

ANEXO B .................................................................................................................................... 169

ANEXO C .................................................................................................................................... 180

ANEXO D .................................................................................................................................... 189

10

1. INTRODUÇÃO

Há tempos a construção de edifícios de múltiplos andares concebidos

em concreto armado tem sido solução largamente empregada no Brasil como

resposta ao desenvolvimento das cidades. Sendo assim os projetos estruturais

necessitaram de massiva evolução técnica, para ganho de tempo, economia e

precisão para que as estruturas em concreto armado pudessem ser realizadas.

Nos anos anteriores a década de 70, projetos desta natureza era realizada

integralmente a mão, desde os cálculos até os detalhamentos dos elementos

estruturais, o que demandava muito tempo para a sua conclusão.

Entre os anos 60 e 70 começavam a surgir às primeiras máquinas

eletrônicas programáveis. Em meio a esta insurgência tecnológica existiam

quatro ou cinco modelos e marcas de máquinas programáveis, dentre elas o

modelo Sharp 14, que era programável em linguagem Basic e associada ao

uso de cartões magnéticos. Os cálculos de vigas contínuas, por exemplo, eram

realizados em duas etapas (dois cartões magnéticos) e posteriormente se

faziam os diagramas de momentos fletores e esforços cortantes à mão. Os

cálculos das cargas verticais em edifícios, levando em conta o efeito do vento,

também eram feitos em duas etapas (dois cartões magnéticos): sendo que

primeiramente calculava-se o momento devido ao vento em cada pavimento e

depois, este efeito era somado com a carga vertical de cada pilar em cada

pavimento.

Atualmente pode-se afirmar que os projetos estruturais são realizados

por meio de pacotes computacionais disponíveis comercialmente, o que

conduziu a mudanças significativas na concepção estrutural das estruturas.

Nesses pacotes os métodos de análise programados conduzem a solução da

estrutura a um nível de precisão satisfatório, simulando o comportamento físico

da estrutura mais próximo do que ocorre na realidade, se comparados com

modelos simplificados. Deve-se destacar que, com o advento dos programas

de cálculo estrutural, houve muito ganho em produtividade e dinamismo na

execução do projeto, oferecendo ainda a facilidade de se testar diversos

arranjos estruturais distintos até encontrar o mais apropriado e econômico,

trabalho que seria de grande dificuldade no cálculo manual de uma estrutura de

edifício.

11

O fato dos programas de cálculo contribuir significativamente para a

resolução dos mais variados tipos de problemas encontrados durante a

elaboração de um projeto estrutural, não significa que o engenheiro possa se

preocupar menos com as questões a serem consideradas na elaboração do

projeto, desta forma é de fundamental importância que o profissional tenha um

bom conhecimento prático e teórico, os quais estão muitas vezes associados

com a experiência e boa formação acadêmica. A entrada de dados e

interpretação das saídas de dados são etapas fundamentais na definição do

projeto estrutural.

1.1. Justificativa

Para os profissionais da engenharia que atuam na área de projeto de

estruturas de concreto armado, é fundamental que eles saibam como as

estruturas são idealizadas nos programas e as considerações que eles fazem.

De modo geral, é importante que o engenheiro “calculista” saiba de onde

surgem os resultados que os programas fornecem, sendo que para isso é

importante que se tenha o conhecimento teórico necessário, para a solução de

possíveis problemas que possam acontecer durante a etapa de elaboração do

projeto estrutural.

1.2. Objetivos Gerais

O objetivo do presente trabalho é estudar a forma de elaboração dos

principais pacotes computacionais utilizados atualmente no Brasil para a

elaboração do projeto estrutural. Propomos modelar uma superestrutura de um

edifício nos programas TQS, CYPECAD e EBERICK, de modo a entender as

necessidades que se exigem durante a elaboração de um projeto estrutural,

avaliando as suas adequabilidades e dificuldades no lançamento da estrutura.

Também buscaremos compreender como são realizadas as análises

estruturais nestes programas, de modo que se saiba qual é o tratamento

12

matemático que é efetuado para o processamento dos esforços na estrutura,

bem como as considerações e critérios dos três programas.

1.3. Objetivos Específicos

Nos programas de cálculo estrutural que serão estudados neste trabalho

(TQS, CYPECAD e Eberick) será lançada uma estrutura de 4 pavimentos, de

maneira que se obtenha em cada programa alguns resultados que eles são

capazes de nos fornecer, e posteriormente analisar as possíveis diferenças

entre as saídas de dados, e assim então definir prós e contras de cada

programa, bem como cuidados durante as entradas de dados e interpretação

dos resultados.

1.4. Estrutura do Trabalho

O estudo que se segue está divido em 6 capítulos, que compõem a

estrutura do trabalho. No capítulo 2, serão demonstradas nossas pesquisas

relacionadas aos assuntos de teorias das estruturas, que são utilizadas nos

programas de cálculo estrutural, nessa parte do trabalho também serão

abordados aspectos históricos da evolução da análise estrutural, e teorias

atuais consolidadas, as quais possibilitam o cálculo de estruturas de edifícios.

No capitulo 3 são descritas as características dos programas utilizados para a

comparações entre resultados físicos obtidos em um edifício, cujas

características podem ser visualizadas no anexo B. O capítulo 4 contempla a

aplicação das questões abordadas no capitulo 2, porém aplicadas a estrutura

do edifício proposta neste trabalho, que pode ser visualizada nos anexos. Por

fim, no capitulo 6 estão explicitadas as conclusões tiradas deste estudo.

13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Histórico do Concreto Armado e do Cálculo Estrutural

No que se refere às teorias relacionadas ao tratamento matemático para

obtenção dos esforços, temos que ela vem se desenvolvendo desde o século

XVI, de modo que hoje os engenheiros de estruturas podem idealizar seus

modelos de cálculo considerando inúmeras variáveis presentes em uma

estrutura de concreto armado.

Quanto à evolução do concreto armado, pode-se afirmar que sua história

não começou no século passado, mas sim em conjunto com a evolução

humana ao longo da história, obviamente para se chegar ao concreto armado

tal qual como o conhecemos hoje, o homem precisou trilhar um longo caminho,

que ainda não está concluído e isto também se aplica as fundamentações

teóricas que estão por trás dos projetos de estruturas de concreto armado.

Quanto à evolução das teorias aplicadas na engenharia de estruturas,

temos que em 1586, Simon Stevinus, Holanda, publica os fundamentos da

estática gráfica em seu livro Mathematicorum Hipomnemata de Statica.

Em 1678 o inglês Robert Hooke, estabelece os fundamentos da

elasticidade através de seus experimentos com molas. Em 1757, o matemático

suíço Euler publica um trabalho estabelecendo uma fórmula para determinação

da máxima carga que podia ser aplicada a uma coluna antes de ocorrência do

fenômeno de flambagem.

No ano de 1770, em Paris, a associação do material aço com pedra

natural, aparece pela primeira vez na estrutura da Igreja de Santa Genoveva,

(hoje Pantheon, em Paris, 1770). Segundo o arquiteto idealizador do projeto,

Jacques Germain Soufflot, a intenção era de reunir nesta obra a leveza do

gótico, um estilo consagrado na época, com a pureza da arquitetura grega.

Existindo poucas colunas na fachada, era necessário executar grandes vigas

capazes de efetuar a transferência das elevadas cargas da superestrutura para

as fundações. Com o senso admirável de Rondelet foram executadas em pedra

lavrada, verdadeiras vigas modernas de concreto armado, com barras

longitudinais retas na zona de tração e barras transversais de cisalhamento. As

barras longitudinais eram enfiadas em furos executados artesanalmente nas

14

pedras e os espaços vazios eram preenchidos com uma argamassa a base de

cal.

FIGURA 1 – ASSOÇIAÇÃO DE ELEMENTOS DE ROCHA COM BARRAS DE

AÇO (TEMPLO FRANCES DO SÉCULO XVIII)

FONTE: KAEFER (1998)

Em 1775, Charles Augustin Coulomb, um físico e engenheiro militar

francês, estabelece os fundamentos da teoria de vigas afirmando que “a linha

neutra de uma seção retangular homogênea se situa na metade da sua altura,

a resultante das forças de tração atuantes de um lado do eixo neutro é igual à

resultante de compressão do outro lado e a resistência dos esforços internos

da viga deve equilibrar o momento introduzido pelas cargas externas”.

Em 1850, Clapeyron, um engenheiro francês começa a utilizar um novo

método para resolver o problema de vigas contínuas, o "Teorema dos Três

Momentos".

Entre 1850 e 1855, o francês Joseph Louis Lambot, realiza a primeira

publicação sobre “Cimento Armado” (denominação do concreto armado até

mais ou menos 1920). Presume-se que em 1850 Lambot efetuou as primeiras

experiências práticas do efeito da introdução de ferragens em uma massa de

concreto. Em 1954, Lambot já executava construções de "cimento armado"

com diversas finalidades. Imerso em estudos sobre o concreto armado e

15

motivado por problemas com a manutenção de canoas de madeira utilizadas

para lazer em um pequeno lago existente em sua propriedade em Miraval, no

sul da França, Lambot tem a ideia de construir um barco de concreto. Nada

mais lógico, pois o concreto é durável, requer pouca manutenção e resistente

bem em meios aquáticos. Lambot empregou para a construção de sua canoa

uma malha fina de barras finas de ferro (ou arame), entrelaçadas, entremeadas

com barras mais grossas, usando essa malha fina ao mesmo tempo como

gabarito para se ter o formato adequado do barco , para segurar a argamassa,

dispensando a confecção de moldes e para evitar problemas com fissuras. Já

em 1855 Lambot expõe o seu barco de concreto armado na Exposição Mundial

de Paris e solicita a patente de seu projeto. No documento representativo do

seu pedido de patente existe além da placa que corresponde à armação do

barco. O barco exposto media aproximadamente 4 m de comprimento por

1,30m de largura com paredes de aproximadamente 4 cm de espessura.

Apesar de ser considerado por muitos como o pai do concreto armado, os

experimentos de Lambot não tiveram muita repercussão.

No mesmo período dos desenvolvimentos de Lambot 1854, William B.

Wilkinson, um fabricante de gesso de paris e cimento romano, obtém a patente

de um sistema de lajes nervuradas que demonstra o domínio dos princípios

básicos de funcionamento do concreto armado ao dispor barras (ou cabos) de

aço nas regiões tracionadas das vigas ou vigotas.

16

FIGURA 2 – DESENHO DO MODERNO SISTEMA DE WILIKINSON

EXECUTADO ONZE ANOS APÓS A OBTENÇÃO DE SUA PATENTE

FONTE: KAEFER (1998)

Wilkinson percebeu que a rígidez da laje pode ser aumentada através da

inserção de vazios (através de moldes) regularmente espaçados e separados

por nervuras, onde cabos de aço eram colocados na sua porção inferior no

meio do vão e subiam para a parte superior da viga nas proximidades dos

apoios. A laje possuía um vão de aproximadamente 4 m em cada direção e

uma malha de barras de aço era colocada na parte inferior da camada de

concreto de 4 cm de espessura que cobria as nervuras. Em uma viga maior,

observam-se as mesmas disposições utilizadas nas nervuras da laje.

Devido à similaridade entre o método utilizado por Monier para construir

seus vasos de concreto armado e por Lambot para a armação de sua canoa de

concreto, levam a crer que o primeiro sofreu influência do segundo. Entretanto,

existem divergências quanto a este fato. O mais certo é que Monier, um

jardineiro, que fabricava vasos e tubos de concreto desde 1849 considerando

seus vasos muito frágeis começa a mergulhar na massa de concreto uma

malha de aço. Em 1867, Monier havia avançado tanto em seu método ao ponto

de patenteá-lo e exibi-lo na Exposição de Paris daquele mesmo ano. A primeira

extensão de sua patente parece ter sido para a construção de reservatórios de

17

água. Entre 1868 e 1873 executou primeiro um reservatório de 25 m³ e mais

tarde outros dois com 180 m³ e 200 m³ (suportado por colunas), pode-se

afirmar que Monier é considerado um dos grandes disseminadores da técnica

de se construir com concreto armado.

Em 1877, o inglês Thaddeus Hyatt, publica o “An Account of Some

Experiments with Portland Cement Concrete Combined with Iron as a Building

Material”. Na década de 1870, grande parte do conhecimento dos fundamentos

estruturais do concreto armado parecia recair nos estudos de Hyatt, um

fabricante de grades para calçada, que por causa de problemas políticos acaba

sendo enviado para a França, onde toma contato com as primeiras

experiências com o concreto armado. Entusiasmado, lança-se posteriormente a

experimentar o concreto como nova maneira de construir painéis para calçadas

em Londres. Seu artigo de 1877, ele reúne suas conclusões sobre seus

ensaios. Os testes de Hyatt são considerados um sumário do "essencial" em

que o uso do concreto armado é baseado hoje em dia.

Entre as conclusões que Hyatt tirou de seus ensaios é importante mencionar as

seguintes:

1) O aço (ou ferro) não resiste bem ao fogo.

2) O concreto deve ser considerado como um material de construção

resistente ao fogo.

3) Envolvendo-se totalmente o aço com uma camada suficientemente

espessa de concreto obtém-se um material resistente ao fogo.

4) A aderência entre aço e concreto é suficientemente forte para fazer

com que a armadura posicionada na parte inferior da viga trabalhe em

conjunto com o concreto comprimido da parte superior da viga

5) O funcionamento conjunto do concreto com o ferro chato ou redondo

é perfeito e constitui uma solução mais econômica do que com o uso de

perfis como armadura.

6) O coeficiente de dilatação térmica dos dois materiais é

suficientemente igual, garantindo a resistência da combinação aço-

concreto quando submetida ao fogo ou ao congelamento.

7) A relação entre os módulos de elasticidade deve ser adotada igual a

20.

18

8) Concreto com ferro do lado tracionado presta-se não somente para

estruturas de edificações como também para a construção de abrigos.

Podese considerar que HYATT foi efetivamente o grande precursor do

concreto armado e possivelmente o primeiro a compreender profundamente a

necessidade de uma boa aderência entre os dois materiais e do

posicionamento correto (nas áreas tracionadas) das barras de ferro para que

este material pudesse colaborar eficientemente na resistência do conjunto

concreto-aço. Apesar de toda sua genialidade a falta de patrocinadores para

seus testes e restrições impostas por outras patentes impediram que Hyatt se

beneficiasse de suas descobertas.

FIGURA 3 – VIGAS DO ENSAIO REALIZADO POR HYATT, COM INDICAÇÃO

DAS ARMADURAS DAS TRINCAS

FONTE: KAEFER (1998)

Em 1897, dá-se início do ensino formal do dimensionamento de

estruturas de concreto armado, por Charles Rabut. Sendo que até o final do

século XIX os avanços da teoria e da prática da construção de estruturas de

concreto armado permaneciam muito restritos, pois haviam poucas publicações

que disponibilizassem informações técnicas de um modo que pudesse ser

empregado prontamente por engenheiros. Isto começa a mudar com a rápida

proliferação de revistas tratando de temas relacionados com cimento e

concreto entre 1890 e 1900 e na virada do século, a publicação de livros sobre

a engenharia de concreto torna-se mais frequente, ao mesmo tempo em que os

países começam a regulamentar o uso do concreto armado. Muitos continham

19

apenas a repetição de rotinas de publicações anteriores, mas muitos se tornam

livros clássicos, traduzidos para diversas línguas como os trabalhos de Paul

Christophe, Emil Mörsch, Buel e Hill.

Em 1906, é publicada a normalização para o uso do concreto na França,

uma norma com características liberais, expressando o desejo de encorajar as

experiências e o avanço da tecnologia dos engenheiros franceses. Tensões

máximas admissíveis para aço, ferro e diferentes tipos de concreto são

estabelecidas em valores conservadores para a época, o que acabou gerando

várias críticas na época.

Em 1917, são publicadas as normas norte americanas para a utilização

do concreto armado, que foram desenvolvidas nos Estados Unidos por uma

junta, que incluía representantes do American Society for Testing and Materials

e organizações dos engenheiros civis, engenheiros ferroviários e fabricantes de

cimento. Tendo achado que os resultados e interpretações dos testes

realizados até o momento eram inconclusivos, a junta americana decidiu

instituir um programa de pesquisa, distribuindo recursos a 11 Universidades.

Em 1903 começam sete anos de testes de laboratório seguidos de cinco anos

de testes em edifícios reais. Apesar de todo este trabalho quando as normas

são publicadas em 1917 acabam sofrendo duras críticas.

Enfim, por meio deste breve histórico acerca da evolução das aplicações

do concreto armado, e de suas teorias, nota-se que o concreto evoluiu muito

desde os tempos de Roma. Atualmente a engenharia usa o concreto armado

em campos muito diversos, em muitos casos sob ambientes extremamente

agressivos. Para se adaptar aos novos e desafiadores usos, o homem criou

uma infinidade de tipos de concretos, utilizando uma enorme gama de

cimentos, agregados, adições, aditivos e formas de aplicação (armado,

protendido, projetado,etc). Encontramos concreto em fundações de plataformas

petrolíferas instaladas nos oceanos ou enterrado a centenas de metros abaixo

da terra em fundações, túneis e minas a 452 m acima do solo em arranha-

céus.

O grande desafio da tecnologia de concreto atualmente parece ser

aumentar a durabilidade das estruturas, bem como recuperar estruturas

danificadas e também em entender o complexo mecanismo químico e

mecânicos. Para isto, uma nova geração de concretos está sendo

20

desenvolvida, métodos tradicionais de execução e cálculo de concreto estão

sendo revistos, teorias não lineares e da mecânica do fraturamento estão

também sendo desenvolvidas.

2.2. Lajes

Em termos gerais, em um sistema estrutural reticulado, a laje é o

elemento estrutural que apresenta comportamento de placa, com as ações

incidindo perpendicularmente ao seu plano, e também com função de chapa,

com ações atuando longitudinalmente ao seu plano, onde geralmente essas

ações são provenientes do vento. Da teoria das estruturas, e mesmo de

consideração geométricas, considera-se a laje como sendo um elemento de

superfície, em que uma dimensão, normalmente a espessura, é relativamente

pequena em face às demais, podendo receber as denominações de placa e

chapa, conforme descrito anteriormente, e casca, cuja forma é não plana. As

lajes de concreto armado podem ser concebidas de diferentes formas, podendo

ser maciças, nervuradas, pré-moldadas, treliçadas, e do tipo lisa e cogumelo

(apoiadas diretamente sobre pilares e pilares com capitéis, respectivamente).

No que tange as lajes maciças, temos que o dimensionamento das

armaduras longitudinais deve conduzir a um conjunto de esforços resistentes

de cálculo que superem ou igualem a envoltória dos esforços solicitantes

determinados por meio da análise estrutural. A análise simples dos esforços

resistentes de cálculo podem levar em conta algumas hipóteses básicas,

encontradas na NBR 6118/2003, referenciadas no anexo A.

Os programas computacionais de desenvolvimento de projeto de

estruturas de concreto armado podem modelar as lajes por meio de processos

simplificados (Marcus, Czerny), grelhas lineares ou não lineares e elementos

finitos, sendo que nestes dois últimos é possível realizar o cálculo

considerando-se as aberturas de fissuras no concreto.

Ainda segundo SUSSEKIND (1984), as estruturas de concreto devem ser

concebidas de modo a poderem resistir às ações horizontais e verticais que

possam estar atuantes ao longo de sua existência e que, além disto,

independente do número de pavimentos e das dimensões em planta, seus

sistemas de contraventamento devem ser estudados e adequadamente

21

calculados. SUSSEKIND propôs um modelo para análise de estruturas de

edifícios, onde as lajes são consideradas com rígidez infinita no plano

horizontal e a repartição das ações horizontais entre os sistemas de

contraventamento é feita em função da rígidez de cada um deles. Porém,

nenhuma comparação de resultados entre modelos distintos que representem

um mesmo sistema estrutural foi ainda realizada.

2.3. Vigas

De modo geral as vigas em uma estrutura reticulada de concreto armado

são responsáveis por receber as ações das lajes e distribuí-las aos pilares. São

elementos estruturais que podem ser considerados como barras, e que podem

estar submetidas a esforços de flexão, compressão, tração, cisalhamento e

torção, sendo que o dimensionamento das armaduras da viga deve levar em

conta todos esses esforços. No item 18.3 da NBR 6118/03, estão contidas

diversas considerações a serem levadas em conta para o cálculo das

armaduras longitudinais (compressão e tração), transversais (esforços

cortantes), armaduras para combater a torção, além de armaduras de pele

(combate a fissuração), suspensão, dentre outras.

2.4. Pilares Por definição da NBR 6118, em seu tópico 14.4.1.2, os pilares são

elementos lineares de eixo reto e usualmente dispostos na vertical, em que as

forças normais de compressão são ponderáveis.

De maneira geral, os pilares têm uma importância fundamental para a

estrutura. Eles servem de apoio para as vigas, transmitem as cargas para as

fundações e também participam do sistema estrutural de contraventamento. É

preciso tomar bastante cuidado no seu projeto, no detalhamento das suas

armaduras e também durante a sua execução, pois estes elementos podem

romper-se por esmagamento do concreto de forma brusca e sem aviso prévio,

pois qualquer falha na execução ou mesmo um simples erro de cálculo poderá

provocar a queda de uma edificação.

22

A escolha do modelo de cálculo para o pilar vai depender do tipo de

edificação e dos carregamentos, bem como das suas dimensões. Nas estruturas

esbeltas e naquelas em que a ação do vento é considerável, o pilar pode ser

considerado como um elemento de um pórtico tridimensional ou bidimensional.

Nos edifícios usuais em que a ação do vento as vezes é desprezível, pode-se

usar um modelo de elemento contínuo vertical apoiado nas vigas do pavimento

ou de um elemento isolado.

FIGURA 4 – MODELO DE PÓRTICO ESPACIAL, PÓRTICO PLANO E

ELEMENTO CONTÍNUO PARA ESTUDO DE ESFORÇOS EM PILARES.

FONTE: KIMURA (2007)

Os pilares podem ser classificados de acordo com sua função estrutural,

conforme a seguir:

• pilares de contraventamento - são elementos rígidos que garantem que os

nós da estrutura do edifício fiquem praticamente indeslocáveis. Podem ser

considerados de contraventamento, os pilares rígidos (e as paredes estruturais)

em torno dos elevadores e escadas.

• pilares contraventados - são pilares pouco rígidos, mas com suas

extremidades praticamente indeslocáveis devido ao efeito dos pilares de

contraventamento. Estes pilares contraventados podem ser calculados

isoladamente no trecho entre dois pisos.

23

A classificação também pode ser feita em função de seu posicionamento na

planta arquitetônica do edifício, conforme a seguir

• Pilares internos - localizados no interior do pavimento.

• Pilares de extremidade - localizados nos contornos do pavimento.

• Pilares de canto - localizados no canto do pavimento.

Em termos mecânicos, os pilares de uma estrutura podem ainda ser

classificados de acordo com o seu índice de esbeltez, podendo ser:

• Pilares curtos (λ ≤ 40).

• Pilares médios (40 < λ ≤ 80).

• Pilares esbeltos (80 < λ ≤ 140).

• Pilares muito esbeltos (140 < λ ≤ 200).

As dimensões dos pilares devem respeitar os valores mínimos dados pela

NBR 6118/03, referenciada no anexo A.

Quanto às cargas que os pilares de cada pavimento recebem, temos que

elas podem ser calculadas através das reações das vigas (métodos

simplificados), e da grelha ou do pórtico, dependendo do modelo estrutural

adotado. Deverá ser considerada nos cálculos dos pilares uma excentricidade

que pode levar em conta a incerteza da localização da força normal e um

possível desvio do eixo da peça durante a sua construção, em relação à

posição prevista no projeto.

2.5. Propriedades dos Materiais

As propriedades dos materiais utilizados em estruturas de concreto

armado são questões importantes que devem ser conhecidas, tais como

módulo de elasticidade, resistência características, coeficientes de dilatação

térmica, dentre outros. Nos tópicos seguintes serão descritas algumas das

mais importantes propriedades dos materiais contemplados pela NBR 6118/03.

2.5.1. Propriedades do Concreto Material plástico, composto por uma mistura de cimento, areia, pedra e

água, que quando misturado pode ser moldado, e que posteriormente passa

24

por um processo de cura, e adquire resistência para absorver os esforços

solicitantes.

2.5.1.1. Massa Específica Segundo a NBR 6118/2003, item 8.2.2, há concretos de massa

específica normal, que são aqueles que, depois de secos em estufa, tem

massa específica (ρc) compreendida entre 2000 kg/m3 e 2800 kg/m3.

Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo,

pode-se adotar para o concreto simples o valor 2400 kg/m3 e para concreto

armado 2500 kg/m3.

Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se

considerar para o valor da massa específica do concreto armado aquela do

concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3.

2.5.1.2. Coeficiente de dilatação térmica A NBR 6118/03, item 8.2.3 afirma que para o efeito de análise estrutural,

o coeficiente de dilatação térmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/ oC.

2.5.1.3. Resistência à compressão Segundo a NBR 6118/2003, item 8.2.4, as prescrições desta norma

referem-se a resistências à compressão obtida em ensaios de cilindros

moldados segundo a ABNT NBR 5738, realizados de acordo com a ABNT

5739.

Quando não for indicada a idade, as resistências referem-se à idade de

28 d. A estimativa da resistência à compressão média fcmj, corresponde a uma

resistência fckj especificada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR

12655.

A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser obtida

através de ensaios especialmente executados para tal. Na ausência desses

25

resultados experimentais podem-se adotar, em caráter orientativo, os valores

indicados em 12.3.3.

2.5.1.4. Resistência à tração Conforme a NBR 6118/2003, item 8.2.5, a resistência à tração indireta

fct,sp e a resistência à tração na flexão fct,f devem ser obtidas em ensaios

realizados segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142,

respectivamente.

A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou

0,7 fct,f ou, na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o

seu valor médio ou característico por meio das equações seguintes:

fct,sp=0,3 fck2/3

fctk,inf=0,7 fct,m (1)

fctk,sup=1,3 fct,m

onde: fct,m e fck são expressos em megapascal.

Sendo fckj ≥ MPa, estas expressões podem também ser usados para idades

diferentes de 28 dias.

2.5.1.5. Módulo de elasticidade Segundo a NBR 6118/2003, item 8.2.8, o módulo de elasticidade deve

ser obtido segundo ensaio descrito na ABNT 8522, sendo considerado nesta

norma o módulo de deformação tangente inicial corresponde a 30% fc, ou outra

tensão especificada em projeto. Quando não forem feitos ensaios e não

existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 dias,

pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade usando a expressão.

Eci=5600 fck1/2 (2)

26

Onde: Eci e fck são dados em megapascal.

O módulo de elasticidade numa idade j ≥ 7 d pode também ser avaliado

através dessa expressão, substituindo-se fck por fckj.

Quando for o caso, é esse módulo de elasticidade a ser especificado em

projeto e controlado em obra.

O módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises elásticas

de projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes e

verificação de estados limites de serviço, deve ser calculado pela expressão:

Eci= 0,85 Eci (3)

Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção

transversal pode ser adotado um módulo de elasticidade único, à tração é à

compressão, igual ao módulo de elasticidade secante (Ecs).

Na avaliação do comportamento global da estrutura e para o cálculo das

perdas de protensão, pode ser utilixado em projeto o módulo de deformação

tangencial (Eci).

2.5.1.6. Efeito de Rusch

Uma das características do concreto é a perda da sua resistência para

cargas de longa duração. Isso significa que com as mesmas cargas aplicadas

com a mesma duração de carregamento, é maior a resistência do concreto

carregado progressivamente que o concreto carregado rapidamente e mantido

sob carga constante.

Segundo LINDQUIST (2010), a relação entre a resistência obtida em um

ensaio lento e a resistência obtida num ensaio rápido, sendo ambos com a

mesma idade, é consistentemente independente da qualidade do concreto e da

idade do início de carregamento. Esta relação pode ser admitida com a

27

tendência de ficar entre os limites 0,75 e 0,80, sendo considerado igual ao

primeiro limite. Portanto, para consideração do efeito Rusch, o concreto deve

ser considerado com um fator de redução de 0,75. Este valor é modificado e

incluído coeficiente α.

2.5.1.7. Coeficiente do Poisson e módulo de elasticidade transversal Para tensões de compressão menores que 0,5 fc, e tensões de tração

menores que fct, o coeficiente de Poisson νpode ser tomado como igual a 0,2

e o módulo de elasticidade transversal Gc igual a 0,4 Ecs. (ABNT NBR

6118/2003, item 8.2.9).

Segundo MARINO (2006), a equação clássica da Resistência dos

Materiais para determinação do módulo de elasticidade transversal G não é

seguida a risca pela norma brasileira 6118/2003. Para se obter Gc igual a 0,4

Ecs, seria necessária a imposição de um coeficiente de Poisson igual a 0,25, ou

seja:

(4)

2.5.1.8. Diagrama tensão- deformação

• Compressão:

Para tensões de compressão menores de 0,5 fc, pode-se admitir uma

relação linear entre tensões e deformações, adotando-se para módulo de

elasticidade o valor secante dado pela expressão constante em 8.2.8. (ABNT

NBR 6118/2003, item 8.2.10.1)

Para análise no estado limite último, podem ser empregados o diagrama

tensão-deformação conforme a figura :

28

FIGURA 5 – DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO

FONTE: NBR 6118 (2003)

• Tração

Para o concreto não fissurado, pode ser adotado o diagrama tensão-

deformação bilinear de tração, indicado na figura: (ABNT NBR 6118, item

8.2.10.2).

FIGURA 6 – DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO (TRAÇÃO)

FONTE: NBR 6110 (2003)

29

2.5.2. Aço

O aço é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono,

que adicionado ao concreto, constitui o concreto armado.

2.5.2.1. Categorias de aço

Segundo a NBR 6118/2003, item 8.3.1, nos projetos de estruturas de

concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480 com

o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-

50 e CA-60. Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os

estabelecidos na ABNT NBR 7480.

2.5.2.2. Massa específica

Pode-se adotar para massa específica do aço de armadura passiva o

valor de 7850 kg/m³. (ABNT NBR 6118, item 8.3.3)

2.5.2.3. Coeficiente de dilatação térmica

O valor 10-5/°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatação

térmica do aço, para intervalos de temperatura entre – 20°C e 150°C. (ABNT

NBR 6118, item 8.3.4)

2.5.2.4. Módulo de elasticidade

Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de

elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa. (ABNT NBR 6118, item

8.3.5)

2.5.2.5. Resistência à tração

A resistência de cálculo das barras à tração é definida como a tensão no

patamar de escoamento fyk, dividida pelo coeficiente de minoração ϫs portanto:

30

(5)

2.5.2.6. Diagrama tensão- deformação

Segundo a NBR 6118/2003, item 8.3.6, o diagrama tensão-deformação

do aço, os valores característicos da resistência ao escoamento fyk, da

resistência à tração fstk e da deformação na ruptura εuk devem ser obtidos de

ensaios de tração realizados segundo a ABNT NBR ISO 6892. O valor de fyk

para os aços sem patamar de escoamento é o valor da tensão correspondente

à deformação permanente de 0,2%.

Para cálculo nos Estados Limite de Serviço pode-ser utilizar o diagrama

simplificado mostrando na figura, para os aços com ou sem patamar de

escoamento.

FIGURA 7 – DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO PARA AÇOS DE

ARMADURA PASSIVA

FONTE: NBR 6118 (2003)

31

2.6. Análises estruturais

Segundo CARVALHO (1994), a definição de uma estrutura em concreto

armado consiste inicialmente em uma atividade iterativa, ou seja, uma vez

arbitradas às posições dos elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) e suas

dimensões, pode-se calcular os esforços e deslocamentos. Analisando estes

dados podem-se introduzir elementos, cancelar, mudar dimensões, pré-

dimensionar a armadura e retomar o processo de cálculo. Enfim, sem dúvida

nenhuma, o modelo de cálculo empregado é de suma importância na definição

da estrutura de pavimento e acaba sendo usado pelo projetista na sua própria

formação de experiência no lançamento da estrutura.

2.6.1. Análise linear

A análise linear é o primeiro tipo de análise que é apresentado ao

engenheiro na graduação. Nesse tipo de análise considera-se que os materiais

que constituem a estrutura assumem comportamento elástico-linear.

A elasticidade é definida como a propriedade que o um elemento tem de se

deformar ao receber ações externas e assim que cessadas as ações, o

elemento voltar a sua configuração inicial. Ter um comportamento elástico-

linear significa que o material tem propriedades elásticas e que sua deformação

é proporcional à intensidade das ações externas.

FIGURA 8 – COMPORTAMENTO LINEAR PARA OBTENÇÃO DE

ESFORÇOS DA ESTRUTURA

FONTE: KIMURA (2007)

32

Conforme mencionado no inicio deste trabalho, em 1676 o físico inglês

Robert Hooke foi o primeiro a estabelecer a relação entre tensão e deformação,

estabelecendo o que hoje conhecemos como “Lei de Hooke” onde:

σ = E x ε (6)

sendo:

σ = tensão;

ε = deformação;

E = módulo de elasticidade.

O módulo de elasticidade é avaliado por meio do diagrama tensão x

deformação do concreto (σ x ε). Devido a não linearidade do diagrama σ x ε

(não linearidade física), o valor do módulo de elasticidade pode ser calculado

com infinitos valores. Porém, tem destaque o módulo de elasticidade tangente,

dado pela tangente do ângulo (α’) formado por uma reta tangente à curva do

diagrama σ x ε. Outro módulo também importante é o módulo de elasticidade

secante, dado pela tangente do ângulo (α’’) formado pela reta secante que

passa por um ponto A do diagrama. Conforme a figura 9.

FIGURA 9 – DETERMINAÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE DO

CONCRETO NA COMPRESSÃO

FONTE: FONTES (2005)

33

A Lei de Hooke é válida para deformações abaixo do limite elástico do

material. O comportamento elástico dos materiais segue o regime elástico na

lei de Hooke até um determinado valor de força, após este valor, a relação de

proporcionalidade deixa de ser definida, sendo necessário recorrer a outro tipo

de análise. Os resultados desta análise podem ser empregados na verificação

dos Estados Limites de Serviço (ELS).

2.6.2. Análise linear com redistribuição

O concreto de um edifício na vida real sob determinadas condições e em

certas regiões da estrutura, pode fissurar e o aço atingir o seu patamar

escoamento, quando isto ocorre à rígidez dos elementos se alteram, fazendo

com que os esforços migrem das regiões menos rígidas para as mais rígidas,

desta forma temos que o esforço migra de uma região para outra, ou seja, se

redistribui, entretanto devemos saber que este esforço nunca desaparece, pois

isto é reflexo das características do concreto armado, que é um material

heterogêneo e com comportamento não linear, ao contrário do proposto por

Hooke. A análise linear com redistribuição consiste em corrigir os valores de

rígidez a flexão e a torção dos elementos presentes nos modelos.

Uma vez realizada a análise linear de uma estrutura, é possível proceder

a uma redistribuição dos esforços calculados, decorrente da variação de rígidez

dos elementos estruturais. A fissuração, e a consequente entrada no Estádio II,

de determinadas seções transversais, provoca um remanejamento dos

esforços solicitantes, para regiões de maior rígidez. É o caso de vigas

contínuas, por exemplo. Ao aumentar-se progressivamente o carregamento de

uma viga contínua, fissuras aparecerão primeiramente nos apoios, onde os

momentos fletores são maiores. A região do apoio entra no Estádio II quando o

concreto tracionado deixa de contribuir na resistência, por ação das fissuras.

Ainda sob o carregamento crescente, nota-se um aumento mais rápido dos

momentos fletores nos vãos, que ainda estão no Estádio I (seção não

fissurada), do que nos apoios. Esse processo continua até a entrada também

da região do vão no Estádio II (FONTES, 2005).

Conforme o item 14.5.3 da NBR 6118/2003, na análise linear com

redistribuição, os efeitos das ações, determinados em uma análise linear, são

34

redistribuídos na estrutura, para combinações de carregamento do ELU –

Estado Limite Último. Todos os esforços internos devem ser recalculados de

modo a garantir o equilíbrio de cada um dos elementos estruturais e da

estrutura como um todo. Os efeitos de redistribuição devem ser considerados

em todos os aspectos do projeto estrutural, inclusive as condições de

ancoragem e corte de armaduras e os esforços a ancorar.

2.6.3. Análise plástica

Conforme o item 14.5.4 da NBR 6118/2003, a análise estrutural é

denominada plástica quando as não linearidades puderem ser consideradas,

admitindo-se materiais de comportamento rígido plástico ou elasto plástico

perfeito.

A análise plástica de estruturas reticuladas não pode ser adotada quando:

a) Se considerem os efeitos de segunda ordem global;

b) Não houver suficiente ductilidade para que as configurações

adotadas sejam atingidas.

Segundo a lei de Hooke o material plástico é aquele que aplicado uma

carga o material perde sua capacidade de retornar a sua forma original, onde

ultrapassou a tensão limite ou de escoamento, as deformações tendem a ser

tornar permanentes.

Em uma análise plástica, admite-se que o concreto armado trabalha na

iminência de ruptura, ou seja, que ele apresenta um comportamento

correspondente a uma fase posterior à da análise não linear de seu diagrama

de tensão-deformação, caracterizada por escoamento de armaduras e pelo

progresso de linhas de plastificação ao longo da sua estrutura. Admite-se, pois,

neste tipo de análise, um comportamento rígido-plástico perfeito ou elasto-

plástico perfeito para concreto armado, permitindo uma determinação

adequada do valor da carga máxima que ele pode ser submetido numa

solicitação, carga esta conhecida como carga de ruína ou carga última.

(DUARTE, 1998).

35

2.6.4. Análise não linear Conforme exposto no tópico 14.5.5 da NBR 6118/03, em uma análise

não linear é considerado o comportamento não linear dos materiais. É

importante que toda a geometria da estrutura, e suas armaduras, sejam

conhecidas para que a análise não linear seja efetuada, visto que as respostas

obtidas destas análises dependem de como a estrutura foi armada. A NBR

6118/03 traz a observação de que as condições de equilíbrio, de

compatibilidade e de dutilidade devem ser satisfeitas, sendo que as análises

não lineares podem ser utilizadas para determinação de Estado Limite Último e

Estado Limite de Serviço.

Conforme KIMURA (2007), os sistemas computacionais dispõem de

inúmeros tipos de análises não lineares, tornando fundamental que o

engenheiro estrutural tenha noções, ainda que superficiais, da influencia dos

seus efeitos nos resultados obtidos no processo. De forma simplificada, pode

se dizer que uma análise não linear é um cálculo no qual a resposta da

estrutura, sejam em deslocamentos, esforços ou tensões, possui um

comportamento não linear isto é, desproporcional à medida que um

carregamento é aplicado. Essa definição é mais clara por meio das figuras 10a

e 10b, onde é possível visualizar melhor o comportamento não linear de uma

estrutura, o gráfico da ação x deformação (P x d) possui em seu trecho inicial

uma reta, que indica que P e d são proporcionais (inicio do incremento da

análise). Esta proporção indica que quando se opta pela análise linear, o

módulo de elasticidade é constante e definido, figura 10a. Na Figura 10b

apresenta-se a curva ação x deformação (P x d) onde se considera o

comportamento não linear da estrutura. Percebe-se que ao aumentar a ação P,

aumenta-se também a deformação d, mas sem existir uma proporção. Neste

caso, não se tem um módulo de elasticidade definido.

36

FIGURA 10A – COMPORTAMENTO LINEAR DE UM PÓRTICO PLANO

FONTE: KIMURA (2007)

FIGURA 10B – COMPORTAMENTO NÃO LINEAR DE UM PÓRTICO PLANO

FONTE: KIMURA (2007)

Alguns fatores que tornam as análises não lineares muito importantes no

projeto de estruturas de edifícios de concreto armado são: a consideração do

comportamento essencialmente não linear do concreto armado, a consideração

de não linearidades físicas e geométricas da estrutura.

O tempo de processamento de uma análise não linear torna-se maior do

que o de uma análise linear. Conforme KIMURA, nos tempos passados isso

onerava demasiadamente a elaboração de um projeto, no entanto, hoje, devido

ao grande avanço do desempenho dos computadores, este problema deixou

de existir.

37

Existem dois fatores principais que são responsáveis pelo surgimento de

comportamento não linear de uma estrutura à medida que o carregamento é

aplicado:

• Alteração das propriedades dos materiais que compõe a

estrutura, designada “não linearidade física”.

• Alteração da geometria da estrutura, designada “não linearidade

geométrica”.

Citando KIMURA (2007), a não linearidade física está relacionada ao

comportamento do material empregado na estrutura. O comportamento do

concreto fica bastante evidente por meio da observação do diagrama tensão x

deformação realizados em ensaios laboratoriais com corpos de prova de

concreto. É fácil perceber que a relação entre tensão e deformação não é

linear, o que significa que, à medida que o carregamento é adicionado e as

tensões aumentam, a resposta do concreto se modifica de forma

desproporcional. Outra variável importante em uma análise não linear é a

fissuração do concreto a esforços de tração, esse efeito é o que possui grande

responsabilidade pelo comportamento não linear das estruturas.

A não linearidade geométrica gera uma resposta não linear por parte da

estrutura, sendo assim esse efeito é gerado devido às alterações

(deformações) da geometria dos elementos estruturais à medida que um

carregamento é aplicado ao edifício, à consideração do equilíbrio da estrutura

levando-se em conta sua geometria deformada, é denominada como análise de

segunda ordem, cujos efeitos são a base para a não linearidade geométrica.

Conforme KIMURA, na pratica atual a consideração da não linearidade

física de forma aproximada é utilizada na avaliação da estabilidade global de

edifícios de concreto.

2.6.5. Análise através de modelos físicos

Consiste em modelos físicos de concreto em escala reduzida ou real, de

modo a verificar a comportamento da estrutura, este tipo de análise é

apropriado quando os modelos de cálculos são insuficientes para modelar a

estrutural real. O material do modelo (estrutura reduzida) não precisa ser

necessariamente o mesmo do protótipo (estrutura real), mas que tenham o

38

mesmo comportamento e dimensões em escala. Conforme a norma NBR

6118/2003, para a análise da estrutura dos modelos devem ser obtidos

resultados para todos os estados limites últimos e de serviços.

2.7. Modelos estruturais

Os modelos estruturais são aqueles que visam simular as características

condicionantes da estrutura, tais como condições de contorno, esforços,

ligações entre os elementos estruturais e discretização dos elementos

estruturais.

2.7.1. Modelo de vigas contínuas Conforme CARVALHO (1994), em seus estudos acerca de teorias das

estruturas, a determinação dos esforços, deslocamentos e armadura de um

pavimento de edifício, que possua vigas, pode ser realizada classicamente

através da análise individual dos elementos que se supõe constituí-lo. Desta

forma, quando o sistema é constituído de lajes e vigas, analisam-se

isoladamente as placas (lajes) apoiadas nos seus contornos em vigas. Estas

por sua vez são consideradas indeslocáveis na direção vertical, devido ao fato

de possuírem rígidez bem superior às das placas. Supõe-se que as vigas

estejam apoiadas em pilares considerados indeformáveis na direção vertical.

Assim, as principais hipóteses simplificadoras empregadas neste procedimento

são:

1. As placas são constituídas de material elástico, isótropos, lineares

e tem pequenos deslocamentos;

2. A rotação nos contornos da placa ou é livre (apoio simples), ou é

totalmente impedida (engaste);

3. A ação das placas nas vigas de contorno se faz somente através

de forças verticais, não havendo transmissão de momentos de torção

nas vigas;

4. Considera-se também, usualmente, que as ações da placa nas

vigas são uniformemente distribuídas e que não há transmissão de

39

reação direta para o pilar, ou seja, as cargas para chegarem aos pilares

devem passar pelas vigas;

5. Para o cálculo das placas, consideram-se as vigas no seu

contorno, indeslocáveis na direção vertical;

6. Considera-se que os pilares são elementos mais rígidos à

deformação vertical do que as vigas, funcionando assim como apoios

indeslocáveis na direção vertical;

7. Considera-se que os pilares são elementos mais rígidos à

deformação vertical do que as vigas, funcionando dessa forma como

apoios indeslocáveis na direção vertical;

Na primeira hipótese, ao se considerar o material linear, e que a

estrutura só tem deslocamentos pequenos, estão sendo consideradas a

linearidades físicas e geométricas da estrutura.

Citando CARVALHO, o uso de técnicas conservadoras baseadas na

subdivisão dos sistemas estruturais, com bastantes simplificações, pode

conduzir, para alguns tipos de estruturas e solicitações, a valores

superestimados de esforços, o que evita uma maior economia de material. A

situação mais grave é quando, pelo uso das mesmas técnicas, chega-se a

resultados inferiores aos que ocorrem quando a estrutura está em serviço.

Nestes casos, embora possa não haver risco de colapso, pode ocorrer uma

redução no coeficiente de segurança.

2.7.2. Pórticos planos

São estruturas idealizadas por barras não alinhadas e coplanares, é a

associação entre vigas e pilares, com carregamentos atuantes no mesmo

plano. Os pórticos enrijecidos, são utilizados nos edifícios para melhorar sua

estabilidade, pois apresentam barras diagonais que prendem um nó do pórtico

ao outro, tornando-se assim indeslocáveis. Para modelar a estrutura através de

pórticos planos, os pilares e vigas devem estar alinhados para formar os vários

pórticos componentes da estrutura, entretanto esta associação de pórticos fica

restrita a edifícios simétricos, quanto à geometria e carregamento.

40

FIGURA 11 – MODELO DE PÓRTICO PLANO

FONTE: KIMURA (2007)

FIGURA 12 - ASSOCIAÇÃO DE PÓRTICOS PLANOS EM DUAS DIREÇÕES

FONTE: GUERRA (2009)

FIGURA 13 – PÓRTICO PLANO ENRIJECIDO

FONTE: CARVALHO (1994)

41

No pórtico plano, cada nó de uma barra possui três graus de liberdade:

duas translações (direção x e y) e uma torção (em torno do eixo z). Como

podemos ver na Figura 14. Com os graus de liberdade podemos obter os

esforços solicitantes (força normal, força cortante e momento fletor). No pórtico

plano como as cargas atuam no mesmo plano não podemos calcular os

momentos torsores. Os nós, pontos de interseção dos elementos, pode,

possuir ligações rígidas, semirrígidas ou flexíveis.

FIGURA 14 – GRAUS DE LIBERDADE DE UM NÓ DE PÓRTICO PLANO

FONTE: KIMURA (2007)

No cálculo do pórtico plano as lajes não são consideradas, para isto elas

devem ser calculadas por outro método (Teoria da Elasticidade, analogia de

grelha, elementos finitos, Czerny, Marcus, etc.). As lajes são usualmente

consideradas como diafragmas rígidos, que são elementos capazes de

compatibilizar a resposta horizontal em todos os pontos pertencentes a um piso

de forma equivalente. Para que as lajes sejam consideradas no pórtico plano,

podemos calcular as reações de apoio de lajes, conforme o item 14.7.6.1 da

NBR 6118/2003, onde se permite calcular as reações de apoio de lajes

retangulares sob carregamento uniformemente distribuído considerando-se,

para cada apoio, a partir dos vértices, na planta da laje, retas inclinadas de:

⎯ 45° entre dois apoios do mesmo tipo;

⎯60° a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado

simplesmente apoiado;

⎯ 90° a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.

42

Como podemos ver na figura 15, as cargas da laje são distribuída nas

vigas por áreas de influência (ou telhados), conforme o item 14.7.6.1 da NBR

6118/2003.

FIGURA 15 – DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS PARA O PÓRTICO PLANO

FONTE: TQS INFORMÁTICA (2010)

2.7.3. Pórticos espaciais

Os Pórticos Espaciais são idealizações de estruturas de barras

distribuídas no espaço, geralmente formando quadros fechados, que podem

receber carregamentos em qualquer direção, o que possibilita a avaliação

global da estrutura, formada por vigas, pilares e lajes.

FIGURA 16 – MODELO DE PÓRTICO ESPACIAL

FONTE: KIMURA (2007)

43

No pórtico espacial, cada nó de uma barra possui seis graus de

liberdade: três translações (nas direções x, y e z) e três rotações (em torno dos

eixos x, y e z). Como podemos ver na Figura 17, com os graus de liberdade

podemos obter os esforços solicitantes (força normal, força cortante, momentos

fletor e momento torsor). Diferente do pórtico plano onde as cargas atuam no

mesmo plano, no pórtico espacial como as cargas atuam em qualquer direção,

sendo que podemos calcular até os momentos torsores.

FIGURA 17 - GRAUS DE LIBERDADE DE UM NÓ DE PÓRTICO ESPACIAL

FONTE: KIMURA (2007)

Como no pórtico plano, as lajes usualmente não estão presentes no

modelo de pórtico espacial, pois são tratadas como elemento de grande rígidez

no plano horizontal, visto que as lajes são elementos capazes de compatibilizar

a resposta da estrutura em todos os pontos pertencentes a um piso de forma

equivalente. Por outro lado vem sendo muito utilizado o modelo de pórtico

plano para a análise de pavimentos inteiros (vigas + lajes), pois se torna

possível avaliar a distribuição dos esforços horizontais oriundos das ações

como retração e protensão.

2.7.4. Modelo de grelhas

Conforme a NBR 6118/03, tópico 14.6.7.2, os pavimentos dos edifícios

podem ser modelados como grelhas, para estudo das cargas verticais,

considerando-se a rigidez à flexão dos pilares de maneira análoga à que foi

prescrita para as vigas contínuas. De maneira aproximada, nas grelhas (e

44

também nos pórticos espaciais), pode-se reduzir a rígidez à torção das vigas

por fissuração utilizando-se 15% da rígidez elástica.

Segundo CARVALHO (1994), o modelo de grelha é um procedimento

simples que pode ser usado para o cálculo de esforços e deslocamentos de

pavimentos de edifícios, desde que não sejam consideradas as

desproporcionalidades presentes na estrutura (não linearidades).

Citando CARVALHO (1994), o procedimento consiste em substituir a

placa (laje) por uma malha equivalente de vigas (grelha equivalente). O

conceito pode ser estendido para o caso de placas que se apoiam diretamente

em pilares. No caso de estruturas reticuladas há também a possibilidade do

uso de grelhas, conforme ilustrado na figura a seguir.

FIGURA 18 – (A) PLANTA DE UM PAVIMENTO HIPOTÉTICO COM VIGAS E

LAJES. (B) DISCRETIZAÇÃO DO PAVIMENTO POR MEIO DE GRELHA

ONDE OS PILARES FUNCIONAM COMO APOIO SIMPLES

FONTE: CARVALHO (1994)

A composição da grelha se dá por meio de estruturas planas reticuladas

que recebem ações perpendiculares ao seu plano. Em cada cruzamento entre

os elementos reticulados (barras) é definido um nó que possui três graus de

liberdade: translação vertical e duas rotações no plano.

45

FIGURA 19 – GRAUS DE LIBERDADE EXISTENTES NO NÓ

FONTE: KIMURA (2007)

Existe a possibilidade do cálculo das grelhas sem a consideração das

lajes, denominada de grelha somente de vigas, onde a análise é feita por

processos aproximados.

Conforme KIMURA (2007), cada barra do modelo possui uma seção

(áreas, inércias) e um material (módulos de elasticidade longitudinal e

transversal), que são definidos de acordo com a geometria (seção transversal)

e o material (concreto) da viga, respectivamente. Por meio desse modelo não é

possível analisar os efeitos causados por ações horizontais no edifício (ex:

vento, empuxo). Na prática atual, o modelo de grelha somente vigas ainda é

utilizado na análise das vigas de um pavimento, mas teve seu uso praticamente

substituído pela análise de grelha de vigas e lajes.

Citando KIMURA (2007), a análise por meio de grelhas com vigas e lajes

trata-se de um modelo direcionado para a análise de pavimentos. É composto

por elementos lineares dispostos no plano horizontal do piso que simulam as

vigas e as lajes, formando uma malha de barras submetida também a cargas

verticais. Neste modelo cada painel de laje é subdividido em diversos

alinhamentos de barras, usualmente posicionadas na direção principal e

secundária da mesma. Essa discretização faz com que cada barra represente

um trecho do pavimento. Usualmente adotam-se barras de laje com

comprimento máximo igual a 50 cm. Em regiões com grande concentração de

esforços, e que necessitam de uma análise mais detalhada, pode-se refinar a

subdivisão gerando uma malha mais densa nesses locais.

46

FIGURA 20 – DISCRETIZAÇÃO DO PÓRTICO POR MEIO DE GRELHAS

FONTE: KIMURA (2007)

Citando KIMURA (2007), a interação entre todas as lajes e vigas do

pavimento pode ser considerada de forma bastante precisa, a transferência de

cargas das lajes para as vigas é feita em função da rígidez de cada barra. Na

pratica atual, o modelo de grelha de vigas e lajes é muito utilizado na análise

de pavimentos de concreto armado. Ele abrange praticamente todos os tipos

de lajes usados nas edificações.

2.8. Esforços e combinações

Os carregamentos inseridos em uma análise estrutural podem ser

realizados conforme os parâmetros estabelecidos na NBR 6120/80 – Cargas

para o cálculo de estruturas de edificações. Para a consideração dos

carregamentos em uma estrutura de edifícios, temos que eles são definidos em

permanentes e acidentais. Conforme a NBR 6120/80, o carregamento

permanente é constituído pelo peso próprio da estrutura e pelo peso de todos

os elementos construtivos fixos e instalações permanentes. O carregamento

acidental é aquele que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função

do seu uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos etc.). Os valores de

carregamentos estão referenciados no item A.4, que são basicamente uma

cópia da NBR 6120.

Segundo MARINO (2006), para materiais de acabamento ou coberturas,

podem ser adotados os seguintes valores:

47

Materiais Peso KN/m²

Cerâmica

Tacos

Cobertura de telhas francesas (com vigamento)

Cobertura de telhas coloniais (com vigamento)

Cobertura de fibrocimento (com vigamento)

Cobertura de alumínio (com vigamento)

0,70

0,65

0,90

1,20

0,30

0,16

QUADRO 1 – VALORES ADICIONAIS DE CARREGAMENTOS

PERMANENTES

FONTE: MARINO (2006)

Em edifícios residenciais as cargas acidentais mínimas a serem

adotadas variam entre 1,5 KN/m² e 2 KN/m². Entretanto estes valores mínimos

não devem ser atribuídos a esmo, devendo o engenheiro de estruturas defini-

los com cuidado, tanto os carregamentos acidentais quanto os permanentes.

Para a definição do peso das paredes, é necessário que seja conhecido

o tipo de tijolo (maciço ou furado) e da espessura do reboco. Este peso é

normalmente apresentado por metro quadrado de parede (parede de 1 m de

largura por 1m de altura). Para materiais componentes de parede podem ser

utilizados os seguintes valores:

FIGURA 21 – CONSIDERAÇÃO DE CARGAS DE PAREDE

FONTE: MARINO (2006)

48

Material Peso (KN/m³)

Tijolo furado

Tijolo maciço

Reboco

12

16

20

QUADRO 2 – PESOS ESPECÍFICOS DE TIJOLOS

FONTE: MARINO (2006)

O quadro seguinte apresenta alguns valores de peso de parede, sendo que

para composição desta tabela foi considerado a espessura do reboco igual a

2,5 cm por face

Parede sem reboco

Tijolo (cm) Tijolo furado (KN/m²) Tijolo maciço (KN/m²)

10 1,20 1,60

12 1,44 1,92

15 1,80 2,40

20 2,40 3,20

Parede com reboco

15 2,20 2,60

17 2,44 2,92

20 2,80 3,40

25 3,40 4,20

QUADRO 3 – CARGAS DE PAREDE EM FUNÇÃO DA ESPESSURA

FONTE: MARINO (2006)

De maneira genérica, o peso de uma parede rebocada nas duas faces,

pode ser definido pela seguinte expressão.

rebocotijtijolotijoloparede eeP γγ 2+= (7)

49

Os carregamentos atuantes numa estrutura são compostos por várias

ações que podem atuar simultaneamente, sendo necessário que sejam

combinadas para situações mais desfavoráveis da atuação no edifício.

Conforme KIMURA (2007), um edifício dificilmente estará sujeito a

aplicação de apenas uma ação isolada, mas sim submetido a várias ações ao

mesmo tempo, sendo então que um projeto de estruturas deve ser projetado

contemplando várias combinações de ações ponderadas. Apesar dos

softwares estarem preparados para analisar e visualizar os resultados de ações

de forma isolada, o que vale de fato são as combinações, pois todos os

elementos que compõe a estrutura devem ser dimensionados e verificados

para ações atuando de forma conjunta.

A norma NBR 8681/03 – Ações e segurança nas estruturas – e a NBR

6118/03, apresentam quatro tipos de combinações para análise em ELU sendo

elas: normal, especial, excepcional e de construção. Em termos gerais as

combinações normais são aquelas utilizadas usualmente nos projetos de

estruturas, nas suas mais variadas formas e para consideração de ELU e ELS,

sendo que a composição dos esforços de calculo para este tipo de combinação

se dá pela seguinte expressão:

qkq

n

jqjkjKqqgkggkg FFFFFFd εεεεε ψγψγγγ 0

201 )( ++++= ∑

= (8)

Onde cada parcela de carga é dividida em direta (PP, empuxo, cargas

de uso, vento) e indireta (retração, imperfeições, temperatura) e nas parcelas

de carga variável há a divisão entre principal e secundária.

Os carregamentos especiais decorrem de ações variáveis de natureza

ou intensidade especial. Sua consideração é importante para a consideração

de ELU. Os carregamentos excepcionais derivam de ações que podem causar

efeitos catastróficos na estrutura, sendo que é importante sua consideração no

ELU. Por fim os carregamentos de construção são aqueles atuantes durante a

fase de construção da estrutura, sendo necessária a composição de

combinações nas suas mais variadas formas de ocorrência.

50

Para análise no ELS as combinações contempladas na norma NBR

6118/03 são definidas como: quase permanente, frequente e rara, sendo as

duas primeiras mais usuais em edifícios de concreto armado, nas combinações

quase permanente são verificadas as deformações excessivas (ELS-DEF) e a

segunda é empregada na verificação dos estados limites de formação de

fissuras (ELS-F), abertura de fissuras (ELS-W) e vibrações excessivas (ELS-

VIB). As expressões que caracterizam as combinações quase permanentes e

frequentes estão apresentadas a seguir.

∑∑==

+=n

jqjkj

n

jgjk FFserFd

12

1, ψ

(9)

∑∑==

+=n

jqjkjkq

n

jgjk FFFserFd

2211

1, ψψ

(10)

As ações que compõe os carregamentos lançados na estrutura são

majoradas por coeficientes de ponderações (γf), que levam em conta as

incertezas existentes na análise estrutural, e nos comportamentos dos

materiais, de forma que γf seja equivalente a γf1x γf2 x γf3,. Esses coeficientes

são adicionados nos valores característicos das ações (Fk), de forma de a

estrutura seja dimensionada pelas solicitações de calculo (Sd). No anexo A,

tópico A.5, estão apresentados os valores de coeficientes de ponderação

retirados da norma.

Outra questão importante é a consideração da resistência dos materiais

com sua capacidade reduzida. A NBR 6118/03 apresenta valores para os

coeficientes de minoração dos materiais, conforme a expressão a seguir:

γm= γm1 γm2 γm3 (11)

No entanto para considerações de ELS não há necessidade de redução

da capacidade resistente dos materiais, de modo que γm seja igual a 1,0.

51

3. FERRRAMENTAS COMPUTACIONAIS O TQS, Eberick e CYPECAD foram escolhidos para fazer as análises de

resultados em uma estrutura de edifício, porque são os programas mais

utilizados no Brasil, eles são os recursos computacionais que estão presentes

nos grandes escritórios de engenharia existente no Brasil.

3.1. CYPECAD

Segundo a empresa MULTIPLUS SOFTWARES TÉCNICOS, o

programa CYPECAD é de simples utilização, e alta produtividade. Uma

característica muito apreciada pelos usuários são seus recursos gráficos. É

possível trabalhar em seu ambiente CAD próprio, sem a necessidade de outros

softwares CAD, porém permite uma completa integração com outros softwares

CAD (geradores de arquivos DWG ou DXF), para importar projetos

arquitetônicos ou exportar pranchas com formas e armaduras para softwares

com edição de desenhos. O CYPECAD possui um recurso exclusivo para

lançamento automático da estrutura a partir da planta da arquitetura feita em

um ambiente CAD de outro programa qualquer. Através de camadas (layers),

são reconhecidas a locação dos pilares, as vigas de contorno e respectivas

lajes e as aberturas existentes no projeto.

Com o CYPECAD é também possível a consideração de uma ampla

gama de elementos estruturais a serem utilizados nas estruturas de edifícios,

verificando a estrutura em diversas situações, fornecendo ao engenheiro uma

solução completa sem a necessidade de calcular manualmente situações

como: Reservatórios, Estruturas Mistas, Alvenaria Estrutural, Consolos, e

outros.

3.1.1. Características técnicas de análise

No CYPECAD o cálculo da estrutura é realizado através de um pórtico

espacial, por métodos matriciais de rígidez, considerando todos os elementos

que definem a estrutura: pilares, paredes, muros, vigas e lajes. Em cada nó da

estrutura é considerado 6 graus de liberdade, onde se cria a hipótese de

indeformabilidade do plano de cada piso, para simular o comportamento rígido

52

da laje, com isto cada piso poderá rotacionar e deslocar-se no seu conjunto (3

graus de liberdade).

Para o cálculo da estrutura a primeira fase do programa será a geração

das estruturas geométricas de todos os elementos, formando a matriz de

rígidez da estrutura. Se o programa detectar dados incorretos emitirá

mensagens de erro e deterá o processo. A segunda fase é a solução do

sistema. Para a terceira fase é obtido os deslocamentos de todas as hipóteses

definidas, para deslocamentos excessivos é emitido uma mensagem de erro,

quer seja por um incorreto desenho estrutural, quer pela rígidez a torção

definidas em algum elemento. A quarta etapa consiste na obtenção das

envoltórias de todas as combinações de cálculo, para cada elemento da

estrutura: lajes, vigas, pilares, etc. A quinta e ultima fase consiste no

dimensionamento da armadura através da obtenção das envoltórias.

O programa realiza verificações da resistência ao fogo e dimensiona

revestimento de proteção dos elementos estruturais de concreto e aço, esta

verificação é realizada através da norma Eurocode.

Para o calculo dos pilares o usuário pode indicar os coeficientes de

flambagem, considerando a geométrica da seção ou o comprimento

equivalente, outro item importante a ser considerado para os pilares é seu

engastamento com as vigas, este coeficiente varia de 0 a 1, onde 0 é articulado

e 1 totalmente engastado, é possível alterar os coeficientes de rígidez a torção

e rígidez axial. O carregamento da estrutura para os pilares através dos

esforços das vigas e lajes é realizado de forma automática, mas é permitido

acrescentar esforços na estrutura, cargas horizontais simulando empuxos, ou

cargas verticais provenientes, por exemplo, de uma cobertura metálica ou de

madeira. Um item importante é que o programa possui uma opção de

desconsiderar estribos no encontro de lajes e vigas, onde pela norma é

obrigatório o uso de estribos na ligação dos pilares com as vigas e lajes.

As vigas para o CypeCAD são simulados três tipo de apoios, engastado:

onde os deslocamentos e rotações são impedidos em todas as direções,

articulação fixa: deslocamentos impedidos com rotações livres, articulação:

com deslocamento livre horizontal. Aceita-se uma redistribuição de momentos

negativos em vigas de até 30%, mas é recomendado pelo programa de 15%,

mas devemos tomar cuidado pois pode implicar numa maior taxa de armadura,

53

com uma distribuição excessiva produz flechas e fissurações incompatíveis

com as paredes. É possível introduzir um coeficiente de engastamento entre a

viga e a laje, liberando ou não a torção nas vigas de bordo. Um item

importantíssimo é a edição de vigas, editando sua armadura de acordo com a

preferência do engenheiro e recalcular para ver se esta passou, sem a

necessidade de recalcular todo o edifício.

Como considerado nas vigas pode atribuir um coeficiente de

engastamento entre viga e laje, este coeficiente é importante por quando é

considerado totalmente engastando em lajes de bordo surge nas lajes

momentos negativos que devem ser considerados no detalhamento da

armadura. As armadura para as lajes maciças são calculadas em malhas. Pode

ser considerada uma armadura base, indicada previamente, sendo que esta

armadura de base será descontada para a armadura calculada, ou adicionada

quando não for suficiente esta armadura base, é possível a visualização dos

esforços de cada ponto da malha de elementos finitos, pode-se também

analisar a estrutura de maneira global através das curvas de isovalores.

3.2. EBERICK

O surgimento do software Eberick, cujo crescimento de uso é crescente

na região sul do Brasil, começa em meados dos anos 90, quando a empresa

ALTOQI Tecnologia em informática ltda, lança a linha PRO, através dos

produtos PROVIGA, PROLAJE, PROPILAR e PROINFRA desenvolvida para

ambiente MS-DOS. Posteriormente em 1996, é lançado para ambiente

Windows, o Eberick propriamente dito. Este programa é utilizado para

elaboração de projeto estrutural de edificações de concreto armado, que

oferece a possibilidade de dimensionamento de vigas, lajes, pilares, blocos,

sapatas e estacas, levando em conta as considerações da norma brasileira de

projeto de estruturas de concreto armado NBR 6118/03.

54

3.2.1. Características técnicas da análise

Os processos de cálculo no qual o programa se baseia é a de discretizar

a estrutura através de um pórtico espacial composto por vigas e pilares. Neste

processo, os elementos são representados por barras ligadas umas às outras

através de nós. Cada pilar e cada trecho de viga são simulados por barras do

pórtico, por meio dos quais são obtidos os esforços solicitantes para o

dimensionamento. Quanto aos painéis lajes, temos que eles são calculados

forma independente do pórtico.

O cálculo da estrutura é processado da seguinte forma: Os painéis de

lajes são montados e calculados, por meio de grelhas; As reações das lajes

são transmitidas às vigas onde estas se apoiam; O pórtico espacial da

estrutura é montado, recebendo os carregamentos derivado das lajes; O

pórtico é processado e os esforços solicitantes são utilizados para o

detalhamento dos elementos estruturais.

A análise estrutural é feita pelo método matricial da rígidez direta, cujo

objetivo é determinar os efeitos das ações na estrutura para que possam ser

feitas as verificações dos estados limites últimos e de utilização. Os resultados

da análise, basicamente, são os deslocamentos nodais, os esforços internos e

as reações nos vínculos de apoio.

As condições de equilíbrio da estrutura (para o modelo com geometria

indeformada) devem ser garantidas pelo usuário, uma vez que o sistema não

gera solução para estruturas hipostáticas. O Eberick executa para o modelo

estrutural uma análise estática linear de primeira ordem, o que significa:

O programa não leva em conta ações variáveis com o tempo, decorrente

de vibrações, sismos.

O programa analisa apenas uma hipótese de carga, ficando, portanto

restrito aos casos em que a alternância de cargas variáveis pode ser

considerada desprezível.

O Eberick considera que os materiais tenham comportamento físico

elástico linear para todos os pontos da estrutura, isto é, supõe que em nenhum

ponto sejam ultrapassados os limites de proporcionalidade do material para

tensões em serviço.

55

O sistema não leva em conta a variação da estrutura devida às ações na

determinação dos resultados dos deslocamentos e dos esforços. Os

deslocamentos obtidos, em um primeiro cálculo, a partir das ações modificam a

geometria inicial da estrutura. O efeito das ações, que permanecem atuando

nesta estrutura deformada, iria alterar novamente todos os esforços internos,

inclusive os deslocamentos. Este efeito é conhecido como efeito de 2ª ordem,

em que se acontecerem variações superiores a 10% nos valores dos esforços

internos este efeito passa a ser importante e não deve ser desprezado. Nestes

casos, a interação entre as cargas normais e os momentos fletores pode ser

importante.

Para o modelo de estrutura deformada, o equilíbrio deverá ser verificado

por um processo de estabilidade global que avalie os efeitos de segunda

ordem, que podem surgir na estrutura devido a deslocamentos horizontais que

alterem de maneira significativa os esforços internos. O processo de verificação

utilizado pelo Eberick é simplificado, baseado na norma NBR 6118/2003. Caso

o coeficiente Gama-Z seja superior ao valor limite, à estrutura pode ser

considerada como de nós deslocáveis.

Quanto às modificações de critérios em pilares que podem ser feitas

para os pilares, temos que o programa oferece os recursos de redução da

rígidez a torção para estes elementos. Baseado nesta colocação e em diversas

recomendações bibliográficas é permitido no programa à redução do valor de

rígidez à torção a ser utilizado no cálculo do pórtico. A empresa AltoQI afirma

que este recurso é altamente recomendável, visto que a seção de concreto

armado, uma vez fissurada, perde a maior parte de sua rígidez à torção,

entretanto cada caso deve ser analisado criteriosamente.

Segundo os manuais do programa, o cálculo dos esforços via pórtico

espacial considera, além de outros efeitos, a deslocabilidade axial dos pilares.

Desta forma, um edifício alto contendo pilares de seção diferentes (como uma

caixa de elevador, por exemplo) teria uma grande diferença nos esforços de

um pavimento tipo para o outro decorrente de um efeito semelhante a um

recalque diferencial para as vigas dos pavimentos superiores. Este efeito é

importante e deve ser considerado, mas, na prática, este efeito é amenizado

pelo próprio processo construtivo, no qual os pavimentos inferiores já sofreram

parte dos deslocamentos quando o superior for concretado. No programa é

56

possível definir um multiplicador para a rígidez axial dos pilares (reduzindo a

sua deslocabilidade) a fim de reproduzir o efeito construtivo.

Quanto à discretização das lajes pela analogia de grelha, os manuais do

programa Eberick descrevem que para lajes do tipo maciças o espaçamento

das faixas é considerado como sendo 50 cm, já para lajes não maciças, as

barras da grelha são discretizadas de modo que coincidam com a posição das

nervuras definida no croqui. O dimensionamento é realizado pelos esforços

máximos, sem a definição de regiões de armadura e sem a consideração de

momentos volventes.

3.3. TQS

Na década de 80 a empresa TQS informática LTDA lançou no Brasil a

primeira versão de seu programa para auxilio na elaboração de projeto

estrutural, denominado CAD/ Vigas, cuja função era dimensionamento e

detalhamento de vigas. Posteriormente a TQS lança a versão do CAD/lajes,

para auxiliar no detalhamento de armaduras de lajes. Na década de 90 é

lançado pela TQS o CAD/Pilar, para cálculo, dimensionamento e detalhamento

de seções genéricas de pilares.

No programa é possível desenvolver o projeto utilizando as

considerações existentes na norma NBR 6118/03 ou na antiga NB-1/78.

Quanto às análises de esforços, é possível realizar através de pórtico espacial,

grelha e elementos finitos de placas (para as lajes) assim como no outros

softwares de projetos de estruturas, o programa oferece a possibilidade do

cálculo de estabilidade global, dimensionamento, detalhamento e desenho de

vigas, pilares, lajes (convencionais, nervuradas, sem vigas, treliçadas),

escadas, rampas, blocos e sapatas.

Os produtores deste software enfatizam muito nas responsabilidades

que o engenheiro de estruturas deve possuir, afirmando que no

desenvolvimento de um projeto estrutural é necessário muito trabalho

intelectual, bem como desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos,

de forma que o software para projeto de estruturas é apenas uma ferramenta

auxiliar e não substitui o papel do engenheiro.

57

As etapas presentes para a elaboração do projeto estrutural no sistema

CAD/TQS são: Concepção estrutural; Análise estrutural; Dimensionamento e

detalhamento; Emissão das plantas finais; A seguir é apresentado um

fluxograma geral das etapas envolvidas no desenvolvimento do projeto de

estruturas.

3.3.1. Características de técnicas de análise

A análise estrutural realizada pelo programa pode ser baseada em um

modelo integrado (grelhas + pórticos espaciais) que considera as ligações viga-

pilar flexibilizadas, ou seja, com engastamentos não considerados em sua

totalidade. O programa pode também considerar a não linearidade física

(fissuração do concreto) e não linearidade geométrica (γz ou P-Delta), modelos

especiais podem ser gerados para vigas de transição, bem como plastificações

automáticas nos apoios.

Existe a possibilidade de serem escolhidos quatro tipos de modelos de

análises diferentes no programa, modelo I, II, III e IV. De forma geral os

fabricantes do TQS recomendam o uso do modelo IV, que leva em

consideração a aplicação das ações verticais e horizontais inseridos no cálculo

por meio do pórtico espacial e grelha, posteriormente com os esforços

processados, o programa excuta rotinas de cálculo para o dimensionamento

das vigas e pilares do edifício. No modelo IV, onde é considerado o pórtico

espacial com grelhas planas, a distribuição das lajes nas vigas do pórtico

espacial é realizada automaticamente por meio da transferência das reações

das barras de lajes presentes no modelo de grelha. O sistema TQS também

permite que se façam alterações quanto à consideração da inércia a torção em

vigas, baseado no prescrito do item 14.6.7.2 da NBR 6118, que afirma que em

análises estruturais por modelos de pórtico e grelha, deve-se considerar no

mínimo 15 % da inércia integral a torção, desta forma o programa considera

automaticamente uma torção mínima de 15 %. Os esforços de torção são

então transferidos ao módulo do programa, CAD Vigas, em uma envoltória de

máximos e mínimos.

58

4. METODOLOGIA

Para as análises dos resultados gerados pelos programas, o que

fizemos foi modelar uma estrutura idêntica aos três programas. Inicialmente

fizemos um pré-dimensionamento dos elementos estruturais, e posteriormente

com as dimensões pré-estimadas, lançamos a geometria nos programas.

Posteriormente em arquivos separados, geramos a mesma estrutura, porém

sem a introdução de lajes, sendo que desta forma o que fizemos foi introduzir

as cargas lineares sobre as vigas diretamente. Essas cargas foram

determinadas por meio do cálculo das reações das lajes sobre as vigas através

do processo simplificado da divisão das lajes em áreas de influência. Em

associação com os processos do programa, fizemos também cálculos manuais

para um pilar, viga e laje, de modo a possibilitar a compreensão das possíveis

considerações que os programas fazem.

4.1. Projeto arquitetônico

Os projetos arquitetônicos estão contidos no anexo B

4.2. Pré-dimensionamento dos elementos estruturais

4.2.1. Pré-dimensionamento de pilares

Segundo PINHEIRO (2009), recomenda-se iniciar a localização dos

pilares pelos cantos e posteriormente pelas áreas comuns a todos os

pavimentos (área de elevadores e de escadas) e onde se localizam, na

cobertura, na casa de máquinas e o reservatório superior. Em seguida,

posicionam-se os pilares de extremidade e os internos, buscando embuti-los

nas paredes ou procurando sempre respeitar as imposições do projeto de

arquitetura.

Deve-se sempre que possível, dispor os pilares alinhados, a fim de

sejam formados os pórticos com as vigas que os unem, pois os pórticos

formados contribuem significativamente na estabilidade global do edifício.

Os pilares devem estar distantes preferencialmente entre seus eixos de 4 m a 6

m, pois com distâncias maiores as vigas resultam com dimensões transversais

59

fora do padrão, levando a uma taxa de armadura elevada e dificultando sua

montagem. Os pilares muito próximos podem interferir nos elementos de

fundação, e nos edifícios com garagens pode diminuir o número vagas, bem

como dificultar as manobras dos veículos.

O processo para o pré-dimensionamento dos pilares começa pela

estimativa de sua carga (PK) através do processo de áreas de influências (Ai),

este método consiste em dividir as distâncias entre os eixos dos pilares que

variam de 0,45L a 0,55L nas direções X e Y, conforme a figura 22, a fim de se

obter a carga aproximada para o pilar.

Conforme STRAMANDINOLI (2010), a carga média do piso de um

edifício em concreto armado residencial ou de escritórios é aproximadamente

10 KN/m² e na cobertura essa carga passa a 7,5 KN/m².

FIGURA 22 – ÁREAS DE INFLUÊNCIAS DOS PILARES

FONTE: PINHEIRO (2009).

• 0,45L: pilar de extremidade e de canto, na direção as sua menor

dimensão;

• 0,55L: complementos dos vãos do caso anterior;

• 0,50L: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua maior

dimensão.

No caso de edifícios com balanços, considera-se a área do balanço

acrescido das respectivas áreas das lajes adjacentes, tomando-se, na direção

do balanço, largura igual a 0,50L sendo L o vão adjacente ao balanço.

Conforme a arquitetura, anexo B, a parede apresenta espessura de 15

cm acabada, com chapisco, emboço e reboco, com será descontado 1,5 cm

60

em cada lado na parede, deixando os pilares com a menor dimensão com 12

cm, conforme a tabela a seguir.

TABELA 1 – ESPESSURA DAS VIGAS (B)

Esp. Parede

(cm)

b (cm)

15 12

20 12 a 15 (14)

25 12 a 20 (19)

FONTE: O AUTOR (2010)

A expressão apresentada a seguir possibilita o cálculo da área da seção

transversal Ac:

Ac= (β x ɤn x PK)/ σik (12)

Para o cálculo da carga no pilar, é utilizada a seguinte expressão:

PK=( n x CPT + Cc) Ai (13)

Sendo:

n, o número de Pavimentos Tipos. Para o caso deste trabalho o valor de

n é 3

Ai= Área de Influência.

CPT Carga média do Pavimento Tipo.

Para o caso deste trabalho o valor de CPT adotado é 10 KN/m²

Cc Carga média da Cobertura.

Para o caso deste trabalho o valor de Cc adotado é 7,5 KN/m².

β , fator de ponderação que leva em conta as excentricidades da carga.

Depois de estimada as forças nos pilares, é estabelecida a tensão ideal

característica levando em conta a resistência do concreto adotado.

61

σik= 0,4x fck (14)

Para o edifício do anexo B, o fck adotado foi de 25 MPa, pelo fato de ser

o fck mínimo a ser usado na região de Curitiba, tendo em vista sua classe de

agressividade que é de grau II. Deste forma temos:

σik=0,4 x 2,5

σik=1,0

No item 13.2.3 da NBR 6118/2003, reproduzida no anexo A, item A.6, há

a afirmação de que é permitida a consideração de dimensões entre 19 cm e 12

cm, desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no

dimensionamento por um coeficiente adicional ɤn.

O valor de β é estabelecido em função do posicionamento do pilar na

arquitetura, conforme a seguir:

• β =1 para pilar interno, onde o esforço preponderante é a

compressão simples.

FIGURA 23 - PILAR INTERNO

FONTE: FUSCO (1981)

• β =1,2 para pilar de extremidade, onde o esforço preponderante é

a flexão composta.

62

FIGURA 24 – PILAR DE EXTREMIDADE

FONTE: FUSCO (1981)

• β =1,4 para pilar de canto, onde o esforço preponderante é a

flexão composta oblíqua.

FIGURA 25 – PILAR DE CANTO

FONTE: FUSCO (1981)

A seguir temos um exemplo de cálculo do pilar P1 da estrutura analisada:

PK=( n x CPT + Cc) Ai (15)

PK=( 3 x 10 + 7,5)3,70

PK= 139KN

63

Área da seção transversal Ac:

Ac= (β x ɤn x PK)/ σik (16)

β =1,4 – pilar de canto

ɤn=1,95 – 0,05xb para 12cm<b<19 cm

b= menor dimensão do pilar

b= 12 cm

ɤn=1,95 – 0,05x12 ɤn=1,35; σik= 0,4x fck fck=25 Mpa : = 2,5 KN/cm²

σik=0,4 x 2,5

σik=1,0 Ac= (β x ɤn x PK)/ σik Ac=(1,4x1,35x139)/1

Ac=262,2 cm²

Ainda assim, em qualquer caso não se permite pilar com seção transversal de

área inferior a 360 cm². (NBR 6118,2003)

Ac=262,cm² < 360 cm²;

Então:

Ac = 360 cm²;

Como: a x b=360; temos:

a x12cm =360;

a=30 cm

Pilar P1 = (12X30) cm

Os demais resultados deste pré-dimensionamento estão contidos no

anexo C

64

4.2.2. Pré-dimensionamento de vigas

Conforme mencionado anteriormente, as vigas devem ligar os pilares formando

pórticos, levando em conta que outras vigas podem ser necessárias para dividir

painéis de lajes de grandes dimensões. A largura da viga (b) por questão estética

deve ser preferencialmente igual à largura da parede, a altura da viga pode ficar

limitada quanto a aberturas como portas e janelas. Como as vigas delimitam painéis

de lajes, por questões econômicas seu vão deve ficar limitado entre 3,5 m a 6,0 m.

As vigas baldrames tem por função ligar os pilares, de forma que a estrutura

seja travada horizontalmente, suas funções também são dar suporte as paredes, por

isso torna-se obrigatório o seu uso em baixo de todas as paredes. Ainda no anexo A,

A.7, temos a condição apresentada pela NBR 6118/03 quanto as dimensões

mínimas das vigas.

No item 14.6.2.4 da NBR 6118/2003 o vão efetivo das vigas pode ser calculado por:

ef = 0 + a1 + a2 (17)

Com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor

entre (t2/2 e 0,3h), conforme a figura 26.

a) Apoio de vão extremo b) Apoio de vão intermediário

FIGURA 26 – VÃO EFETIVO PARA AS VIGAS

FONTE: NBR 6118 (2003)

65

Tendo em vista a arquitetura do edifício deste trabalho, anexo B,

deveremos ter uma parede de 15 cm acabada, contando com chapisco,

emboço e reboco, desta forma iremos descontar 1,5 cm em cada lado na

parede.

Para a altura da viga (h) não devemos utilizar muitas alturas diferentes,

pois durante a execução isso dificulta a montagem das formas, no entanto

pode-se adotar até três tipos de alturas, conforme as expressões empíricas a

seguir:

• Viga simplesmente apoiada: l/12 < h < l/10 –

• Viga contínua: l/15 < h < l /12 –

adotado l/12

• Viga em balanço: l/6 < h < l/5 –

adotado l/15

adotado l/6

Todos os cálculos das dimensões estão no anexo C

4.2.3. Pré-dimensionamento de lajes

Conforme o item 14.7.2.2 da NBR 6118/2003, para vãos efetivos de lajes

ou placas, quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rígidos

quanto à translação vertical, o vão efetivo deve ser calculado pela seguinte

expressão.

ef = 0 + a1 + a2 (18)

Os valores de a1 e a2, em cada extremidade do vão, podem ser

determinados pelos valores apropriados de al, conforme a figura 27.

66

FIGURA 27 – VÃO EFETIVO CONSIDERADO PARA LAJES

FONTE: NBR 6118 (2003)

Conhecido os vãos teóricos considera-se Lx o menor vão, e Ly o maior

vão, e da relação λ=Ly/ Lx, é utilizada a seguinte classificação:

• λ ≤ 2 → laje armada em duas direções;

• λ > 2 → laje armada em uma direção.

FIGURA 28 – VÃO TEÓRICO lx (MENOR VÃO) E ly (MAIOR VÃO)

FONT

E: PINHEIRO (2007)

É possível o uso de uma expressão empírica sugerida por Claudinei

Pinheiro Machado em 1983, para o cálculo da altura útil de lajes retangulares

de edifícios residenciais, apoiados nos quatros lados:

d=(α – 0,1n)L (cm) (19)

Onde:

d= a altura útil da laje em cm

n= o número de bordas engastadas

L= o menor dos dois valores lx (lx<ly) e 0,7ly (m)

67

Α= correção levando em conta a resistência do concreto,

conforme a seguinte expressão:

α=4,066/(fck+3,5)1/6 (20)

Para a consideração do engastamento das lajes podemos considerar as

seguintes figuras:

FIGURA 29 – DETALHE EM LAJES CONTÍNUAS DE DIFERENTES

DIMENSÕES, PARA CONSIDERAÇÃO DE ENGASTAMENTO OU NÃO

FONTE: MARINO (2006)

68

• Cálculo para verificação dos bordos engastados da laje L13, do

edifício analisado:

FIGURA 30 – LAJE SITUADA SOBE O CORREDOR DE ACESSO AOS

APARTAMENTOS DO EDIFÍCIO ANALISADO (ANEXO B)

FONTE: O AUTOR (2010)

Onde: L1 < 2L2/3,L1=4,30 m, L2=6,85 m

Então: 4,30 < 2 x 6,85/3

Como a equação acima é verdadeira podem considerar os quatro bordos da

laje L13 como sendo engastados.

69

QUADRO 4 - VALORES DE α EM FUNÇÃO DO FCK

FONTE: STRAMANDINOLI (2010)

Sendo o concreto do edifício com fck igual à 25 MPa, temos então que α

corresponde a 2,33.

Para a espessura da laje (h) pode ser usada a seguinte expressão:

ℎ = 𝑑 + ϕ2

+ c (21)

Sendo:

d= altura útil da laje

ϕ= diâmetro das barras

c= cobrimento nominal da armadura

FIGURA 31 – SEÇÃO TRANSVERSAL DA LAJE

FONTE: PINHEIRO (2007)

fck (MPa) α

20 2,4

25 2,33

30 2,26

35 2,21

40 2,17

45 2,13

50 2,09

70

O cobrimento nominal da armadura (c) é o cobrimento mínimo (cmin)

acrescido de uma tolerância de execução (Δc), conforme apresentado no

anexo no item A.8, para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas

com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e

madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de

elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as

exigências desta tabela podem ser substituídas, respeitado um cobrimento

nominal ≥ 15 mm.

C = cmin + Δc (22)

C = 1,5 cm ϕ2

= 0,5 cm

𝒉 = 𝒅 + 𝟐,𝟎 𝐜𝐦

As dimensões estão caracterizadas no anexo C

71

4.3. Estimativa das cargas permanentes e acidentais

4.3.1. Cargas atuantes nas lajes

Quanto aos carregamentos inseridos na estrutura, temos que foram

calculados os seguintes parâmetros.

• Carga permanente Pavimento tipo:

TABELA 2 - CÁLCULO DA CARGA PERMANENTE NAS LAJES DO

PAVIMENTO TIPO.

Carga Permanente Pavimento Tipo – Quartos,

salas e Hall de entrada

Carga

(tf/m³)

e (cm) Gk

(tf/m²)

Revestimento (Argamassa de cal, cimento e areia) 1,9 2,0 0,038

Contra piso (cimento e areia) 2,1 2,0 0,042

Taco (cedro) 0,5 2,0 0,010

CARGA TOTAL 0,09

FONTE: O AUTOR (2010)

Sendo então a carga permanente adotada igual a 0,09 tf/m²

TABELA 3 - CÁLCULO DA CARGA PERMANENTE NAS LAJES DO

PAVIMENTO TIPO.

Carga Permanente Pavimento BWC, cozinha e

sacada

Carga

(tf/m³)

e (cm) Gk

(tf/m²)

Revestimento (Argamassa de cal, cimento e

areia)

1,9 2,0 0,038

Contra piso (cimento e areia) 2,1 2,0 0,042

Cerâmica 1,8 1,0 0,018

Carga total 0,098

FONTE: O AUTOR (2010)

Sendo então a carga permanente adotada igual a 0,10 tf/m².

72

• Carga permanente atuante na cobertura:

TABELA 4 - CÁLCULO DA CARGA PERMANENTE NA LAJE DA

COBERTURA

Carga Permanente da cobertura Carga (tf/m³) e (cm) Gk

(tf/m²)

Revestimento (Argamassa de cal, cimento e

areia)

1,9 0,02 0,038

Contra piso (cimento e areia) 2,1 0,02 0,042

Impermeabilização com revestimento asfáltico 1,3 0,005 0,0065

Cobertura de fibrocimento com vigamento x x 0,03

CARGA TOTAL 0,1166

FONTE: MARINO (2006)

Sendo então a carga permanente na adotada igual a 0,12 tf/m².

• Cargas acidentais:

A carga acidental atuante no edifício foi arbitrada conforme os dados que se

encontram na norma NBR 6120/80.

• Pavimentos Tipos: 0,20 tf/m².

• Cobertura: 0,15 tf/m².

73

4.3.2. Cargas devido à parede Através quadro 5, podemos observar o peso específico, para o cálculo da carga distribuída sobre as vigas.

Parede sem reboco Parede com reboco

Tijolo (cm) Tijolo furado (KN/m²)

Tijolo maciço (KN/m²)

Parede (cm)

Tijolo furado (KN/m²)

Tijolo maciço (KN/m²)

10 1,2 1,6 15 2,2 2,6 12 1,44 1,92 17 2,44 2,92 15 1,8 2,4 20 2,8 3,4 20 2,4 3,2 25 3,4 4,2

QUADRO 5 – PESOS ESPECÍFICOS DE PAREDE DISTRIBUÍDA FONTE: MARINO (2006)

FIGURA 32 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UMA PAREDE

FONTE: MARINO (2006)

No caso da estrutura as espessuras das paredes serão consideradas

como sendo de 15 cm, tendo-se em vista a largura das vigas, que são de 12

cm sem reboco. Consultado o quadro 5, temos que o peso de uma parede com

15 cm de largura resulta em média igual a 0,220 tf/m², sendo assim temos que:

Para vigas com seção de 12x40 cm, onde as paredes possui 2,40 m de altura,

carga será:

Gpar 12x40 = 0,22 x 2,40 m

74

Gpar 12x40 = 0,528 tf/m

Para vigas com seção de 12x30 cm, onde as paredes possue 2,50 m de

altura, carga será:

Gpar 12x40 = 0,22 x 2,50 m

Gpar 12x40 = 0,550 tf/m

Para paredes situadas nas lajes, sendo que possuem 2,7 m:

Gpar 12x40 = 0,22 x 2,70 m

Gpar 12x40 = 0,594 tf/m

Para o uso das tabelas de distribuição dos esforços para vigas através

das áreas de influência das lajes, deve ser considerada a carga de parede

sobre as lajes L1, L6, L13, L20 e L25.

Paredes atuantes na laje L1, L6, L20 e L25 (anexo B):

Considerando a Altura h = 2,70 m

Comprimento da parede = 1,21 + 3,43 = 4,64 m

Gpar = 0,22 x 2,70 x 4,64 = 2,76 tf

Área laje L1 = 13,67 m²

GL1 = 2,76/13,67 = 0,202 tf/m²

Paredes atuante na laje L13 (anexo B):

Considerando a Altura h = 2,70 m

Comprimento da parede = 2x(1,14 + 2,18) = 6,64 m

Gpar = 0,22 x 2,70 x 6,64 = 3,94 tf

Área laje total da laje L13 = 15,755 m²

GL13 = 3,94/15,755 = 0,25 tf/m²

75

4.3.3. Redução das cargas acidentais

Conforme o item 2.2.1.8, da NBR 6120/1980, temos que ela prescreve

valores redutores das cargas acidentais conforme o número de pisos que

atuam no edifício, como podemos ver n quadro 6, esta redução vale para o

calculo de pilares e cargas na fundação, para edifícios para escritórios,

residências e casas comerciais não destinadas a depósito

Número de pisos que atuam sobre o elemento

Redução percentual das cargas acidentais (%)

1, 2 e 3 0

4 20

5 40

6 ou mais 60

QUADRO 6– REDUÇÃO DAS CARGAS ACIDENTAIS

FONTE: NBR6118 (2003)

FIGURA 33 – REDUÇÃO DAS CARGAS ACIDENTAIS

FONTE: MARINO (2006)

76

Interpretando a norma podemos constatar que a probabilidade da carga

acidental com seu valor característico, atuar em todos os pisos da edificação

simultaneamente, é muito baixa e por isso os coeficientes redutores para os

cálculo de pilares e das fundações, onde a força normal pode ser reduzida,

mas os momentos solicitantes de cada piso não, pois cada piso é independente

do outro, onde as vigas e lajes são dimensionadas com a combinação ELU

(Estado Limite Último), sem a redução das sobrecargas, com isso não se reduz

os momentos fletores para os pilares, com isto podemos ter uma condição

desfavorável e aumentar a taxa armadura.

Para os programas utilizados neste trabalho, temos que nenhum

considera essa redução de forma automática, e fica a critério do engenheiro

atribuir esta redução. No programa Eberick o sistema analisa apenas uma

hipótese de carga, ficando, portanto restrito aos casos em que a alternância de

cargas variáveis pode ser considerada desprezível, no programa TQS pode ser

considera a redução da carga acidental, o sistema permite a colocação manual

dos redutores ou inserção automática dos valores, já o programa CypeCAD é

possível gerar combinações de calculo contemplando as reduções das cargas

acidentais.

4.3.4. Cálculo das reações da escada

A consideração do peso da escada na estrutura do edifício foi realizado

conforme os cálculos que se seguem, onde as cargas consideradas atuantes na

escada foram as seguintes:

• Carga acidental: 0,250 tf/m² (NBR 6120/80);

• Carga permanente de revestimento: 0,100 tf/m²;

• Peso do concreto armado: 2,5 tf/m³;

77

FIGURA 34 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ESCADA EM PLANTA.

FONTE: O AUTOR (2010)

FIGURA 35 – PERFIL DA ESCADA, COM REPRESENTAÇÃO DE SUA

ALTURA MÉDIA.

FONTE: O AUTOR (2010)

78

• Cálculo do peso próprio distribuído do lance da escada:

mhPP ×= 5,2

Sendo hm a altura média do lance da escada, que correponde a 0,1465

m. O patamar possui 5 cm de altura. Desta forma temos que:

37,01465,05,2 =×=PP tf/m²

• Cálculo do PP do patamar da escada:

125,005,05,2 =×=PP tf/m²

No cálculo das reações de apoio sobre as vigas, a laje pode ser

discretizada por meio de uma viga simplesmente apoiada, conforme a seguir.

79

FIGURA 36 – DISCRETIZAÇÃO DA ESCADA POR MEIO DE UMA VIGA

SIMPLEMENTE APOIADA, CALCULADA POR MEIO DO FTOOL.

FONTE: O AUTOR (2010)

Temos então que a reação dos lances de escada sobre as vigas que

servem de apoio para ela, totalizam em 0,76 tf/m permanente e 0,43 tf/m

acidental.

4.4. Cálculo dos esforços através da planilha eletrônica

O cálculo realizado através das planilhas eletrônicas será muito útil para

comparar se os resultados obtidos pelos programas estão dentro da realidade.

Conforme em anexo D foi calculado as reações das lajes sobre as vigas,

através das áreas de influências conforme anexo B nas pranchas 9 e 10, e

cargas atuantes conforme demonstrado no item 4.3 estimativas das cargas

permanentes e acidentais, mais o peso próprio. Sabendo a carga atuante sobre

as vigas e considerando o peso próprio de cada viga, foi possível calcular a

reação em cada pilar, para esta reação dos pilares, cada trecho de viga foi

considerado bi-apoiado, para facilitar o cálculo. Com a carga atuante em cada

80

pilar é possível saber o peso global da estrutura e fazer uma análise quando

aos resultados obtidos pelos programas.

Cada etapa de cálculo foi realizada verificações quando aos resultados

obtidos. A primeira foi comparar se as áreas de influências de cada trecho

seriam iguais à área total das lajes, resultando num erro de 0,0%. A segunda

verificação se a carga total de todas as lajes e paredes seriam iguais a

somatória das cargas atuantes sobre as vigas, resultando num erro de -0,05 %

para a cobertura e -0,13 % para o pavimento tipo, isso significa que a carga

global da lajes e paredes sobre cada trecho de viga esta faltando, mas

entendemos que devido a complexidade da planilha como comprimentos de

trechos, áreas e simétricas estes erros podem ser consideramos como

insignificantes. A terceira e ultima verificação foi comparar se a somatória das

cargas atuantes sobre as vigas devido ao carregamento das lajes, mais o seu

peso próprio, seria igual à carga de todos os pilares, esta verificação resultou

num erro de 0,0 %. Com estas verificações podemos comprovar que os valores

calculados estão certos, e que podem ser comparados com os valores obtidos

nos cálculos dos programas.

81

4.5. Modelagem computacional da estrutura analisada

A estrutura analisa nos programas foram idênticas, de forma que a

seguir são demonstradas as etapas de lançamento da estrutura.

4.5.1. Eberick De maneira geral as etapas inerentes para realização do projeto da

estrutura no programa Eberick são as seguintes:

1º - Definição do número de pisos, bem como suas características, tais como,

cotas, pé-direito e nomenclaturas.

FIGURA 37 – JANELA PARA CRIAÇÃO DE PAVIMENTOS.

FONTE: AUTOR (2010)

82

2º - Definição do posicionamento dos elementos estruturais, e inserção de

cargas (cargas acidentais, e de paredes) no ambiente de “Croqui” do programa,

neste ambiente é possível o uso de uma máscara DXF, para o lançamento de

pilares, vigas e lajes, em função da geometria da planta arquitetônica. Este

procedimento foi feito para cada piso da estrutura.

FIGURA 38 – ETAPA DE LANÇAMENTO DA ESTRUTURA NO AMBIENTE

“CROQUI” DO SOFTWARE.

FONTE: AUTOR (2010)

3º - Verificação de erros de linearidades geométricas (alinhamento de vigas e

prumadas de pilares) e visualização do pórtico espacial da estrutura.

FIGURA 39 – VERIFICAÇÃO DE ERROS DE LINEARIDADE GEOMÉTRICA.

FONTE: AUTOR (2010)

83

FIGURA 40 – VISUALIZAÇÃO DO PÓRTICO ESPACIAL DA ESTRUTURA

FONTE: AUTOR (2010)

4º - Pré-configuração das propriedades dos materiais, tais como fck, bitolas

máximas e mínimas de aço, cobrimentos, classe de agressividade. Tudo

isso podendo ser definido para pavimentos isolados ou elementos estruturais

específicos, neste caso as configurações do pavimentos são as mesmas.

FIGURA 41 – JANELA DE DEFINIÇÃO DE COBRIMENTOS DE

ARMADURAS, FCK DO CONCRETO E BITOLAS MÁXIMAS E MÍNIMAS DAS

ARMADURAS

FONTE: AUTOR (2010)

84

5º- Processamento de esforços da estrutura, sendo que nesta etapa pode-se

definir o tipo de modelo utilizado na análise estrutural. Neste caso o modelo

usado foi o de pórtico espacial.

FIGURA 42– DEFINIÇÃO DO TIPO DE ANÁLISE ESTRUTURAL A SER

REALIZADA.

FONTE: AUTOR (2010)

FIGURA 43 – JANELA VISÍVEL NO INSTANTE DO PROCESSAMENTO DA

ESTRUTURA.

FONTE: AUTOR (2010)

85

6º - Verificação dos resultados globais da estrutura, tais como, deslocamentos,

fator γz e esforços para cada elemento estrutural.

FIGURA 44 – RELATÓRIO EMITIDO PELO PROGRAMA APÓS CONCLUSÃO

DO PROCESSAMENTO.

FONTE: AUTOR (2010)

4.5.2. CYPECAD

De maneira geral as etapas inerentes para realização do projeto da

estrutura no programa CypeCAD são as seguintes:

1º- Definição do número de pisos, bem como suas características, tais como,

cotas, pé-direito e nomenclaturas.

86

FIGURA 45 – JANELA PARA CRIAÇÃO DOS PAVIMENTOS.

FONTE: AUTOR (2010)

Neste arranjo é definido o esquema vertical dos andares da estrutura como

subsolo, térreo, sobrelojas, andares-tipo, cobertura, andar para equipamento e

laje para cobertura, com suas respectivas alturas, onde pode ser ativado ou

desativado conforme o edifício. Também neste arranjo deve ser definido as

cargas permanentes e acidentais para cada pavimento.

2º - Máscara DXF/DWG

FIGURA 46 – ARQUIVOS DWG/DXF IMPORTADOS DO SISTEMA CAD.

FONTE: AUTOR (2010)

87

O usuário seleciona os arquivos DWG ou DXF para cada andar de modo

que o desenho seja utilizado como uma máscara, na modelada a estrutura.

Uma das vantagens do software CypeCAD é a associação das camadas

(layers) importada do arquivo DWG/DXF as vigas e pilares, onde o software

lança automaticamente conforme a geométrica do projeto arquitetônico, mesmo

o pilar mudando sua seção ao longo da prumada do edifício.

FIGURA 47– LANÇAMENTO AUTOMÁTICO DOS PILARES

FONTE: AUTOR (2010)

3º - Dados Gerais

FIGURA 48 – MENU DE DADOS GERAIS.

FONTE: AUTOR (2010)

88

No menu “Dados gerais” pode ser escolhida as normas brasileiras NB1-

78 ou NBR-6118:2003, onde é possível calcular a estrutura com cada uma

dessa normas. Nesta janela são definidos as propriedades do concreto e aço,

tais como, resistência, módulo de elasticidade e peso próprio. É possível

considerar o vento existente na edificação de acordo com a NBR 6123/88,

onde a velocidade do vento pode ser consultada diretamente das curvas

isopleta, onde são geradas automaticamente todas as combinações com os

coeficientes de majoração e minoração, podendo ser criadas a hipótese de

carregamento se for necessário. Outro item importante é a modificação na

tabela de armadura, visto que é possível modificar os cobrimentos.

4º - Lançamento das Vigas

FIGURA 49 – EDIÇÃO DAS VIGAS

FONTE: AUTOR (2010)

As vigas podem ser de vários tipos, vigas altas, vigas embutidas na laje

(viga rasa, chata ou plana), nervura não estrutural, vigas apoiadas sobre o solo,

vigas metálicas, seção T ou invertidas.

O lançamento das vigas é feito de uma maneira bem simples: clicar

sobre o ponto inicial e o ponto final da viga, com o software reconhecendo

automaticamente os apoios intermediários. Uma viga continua pode ter tramos

89

com seções diferentes e conta com recursos importantes como editar uma viga

depois de lançada, apagar ou mesmo deslocar. Possui um importante recurso

para ajustar as vigas em função do desenho importado do CAD, inclusive

fornecendo deslocamentos provenientes dos revestimentos.

Um novo recurso de captura de vigas foi desenvolvido, aumentando

muito a produtividade do lançamento estrutural. Esse recurso consiste em

inserir a viga conforme o desenho de arquitetura, ou seja, ao clicar sobre a

linha da parede a viga foi lançada automaticamente.

5º- Lançamento das Lajes

FIGURA 50 – EDIÇÃO DAS LAJES

FONTE: AUTOR (2010)

Com o programa podemos calcular lajes do tipo: maciças, nervuradas, pré-

fabricadas, alveolares e steel-deck. Conforme a estrutura é modelada, a

qualquer momento pode-se optar pela visualização espacial 3D. Conforme

podemos visualizar na figura 50.

90

FIGURA 51 – VISUALIZAÇÃO DO PÓRTICO ESPACIAL DA ESTRUTURA

FONTE: AUTOR (2010)

5º- Cálculo da estrutura

FIGURA 52 – JANELA VISÍVEL INSTANTE DO PROCESSAMENTO DA

ESTRUTURA.

FONTE: AUTOR (2010)

91

Depois de todos os parâmetros estabelecidos pelo engenheiro, como

dimensões da estrutura, carregamento, resistência do concreto entre outros, a

estrutura pode ser calculada.

7º- Relatório de erros

FIGURA 53 – RELATÓRIO EMITIDO PELO PROGRAMA APÓS CONCLUSÃO

DO PROCESSAMENTO.

FONTE: AUTOR (2010)

92

4.5.3. TQS

De maneira geral as etapas inerentes para realização do projeto da

estrutura no programa Eberick são as seguintes:

1º- Definição do número de pisos, tipo do modelo estrutural, características dos

materiais.

FIGURA 54 – JANELA DE INTRODUÇÃO DAS PROPRIEDADES GERAIS DO

EDIFÍCIO.

FONTE: AUTOR (2010)

2º- Definição do posicionamento dos elementos estruturais, e inserção de

cargas (cargas acidentais, e de paredes) na janela do “modelador estrutural do

programa”, sendo que neste ambiente é também possível o uso de uma

máscara DXF ou DWG, para o lançamento de pilares, vigas e lajes, em função

da geometria da planta arquitetônica. Este procedimento foi feito para cada

piso da estrutura.

93

FIGURA 55 – JANELA DO MODELADOR ESTRUTURAL

FONTE: AUTOR (2010)

3º- Os erros de consistência são visualizados na janelas do “modelador

estrutural”, sendo que nesta etapa o programa fornece avisos a respeitos de

erros de linearidade geométrica ou condições previstas na norma NBR

6118/03. Este procedimento deve ser foi realizado para cada piso do edifício.

FIGURA 56 – VERIFICAÇÃO DOS ERROS DE CONSISTÊNCIA NO

“MODELADOR ESTRUTURAL”.

FONTE: AUTOR (2010)

94

FIGURA 57 – VISUALIZAÇÃO PÓRTICO ESPACIAL

FONTE: AUTOR (2010)

4º- Processamento global da estrutura, sendo que nesta etapa pode-se optar

pelos dados que o programas deve processar, isso para cada tipo de elemento

estrutural (pilar, viga e laje)

FIGURA 58 – JANELA DE PROCESSAMENTO GLOBAL DO EDIFÍCIO

FONTE: AUTOR (2010)

95

5º- Emissão dos relatórios com os dados gerais da estrutura, tais como, fator

γz, parâmetro de estabilidade α, deslocamentos horizontais, etc.

FIGURA 59 – JANELA DE EMISSÃO DOS DADOS GLOBAIS APÓS O

PROCESSAMENTO DA ESTRUTURA

FONTE: AUTOR (2010)

96

5. RESULTADOS 5.1. Consideração da estrutura com laje

O primeiro cálculo realizado será considerando a laje maciça em todos

os pavimentos, e as dimensões dos pilares conforme visto no item de pré-

dimensionamento, para que possa ser comparada a distribuição dos esforços

das lajes para as vigas.

FIGURA 60 – ESTRUTURA COM LAJE FONTE: O AUTOR (2010)

97

5.1.1. Cálculo com pilares pré-dimensionados

A seguir são apresentadas as cargas na fundação retirada dos

programas, TQS, Eberick e CypeCAD, sendo que foi considerada a

combinação de cálculo:

PP + G1 + Q

Sendo: PP = Peso Próprio da Estrutura; G1 = Carga Permanente de revestimento; Q = Carga acidental;

TABELA 5 – CARGAS TOTAIS NA FUNDAÇÃO

Pilar Seção (cm)

Cargas por Programa (tf)

ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

P1 12 x 30 13,9 17,2 20,15 17,75

P2 12 x 30 22,5 32,6 29,82 29,68

P3 12 x 42 11,4 16,8 22,34 20,45

P4 12 x 42 11,4 16,6 22,34 20,55

P5 12 x 30 22,5 32,5 29,82 29,5

P6 12 x 30 13,9 17,3 20,15 17,8

P7 12 x 37 28,6 29,1 28,66 29,03

P8 12 x 30 15,9 23,9 24,48 23,51

P9 12 x 30 15,9 23,9 24,48 23,54

P10 12 x 37 28,6 29 28,66 29,07

P11 12 x 30 19,0 22,8 22,21 23,74

P12 12 x 30 19,0 23,1 22,21 23,65

P13 12 x 35 24,6 29,3 29,12 28,46

P14 16 x 42 45,0 45,4 42,96 49,47

P15 16 x 42 45,0 46 42,96 49,46

P16 12 x 35 24,6 29,4 29,12 28,29

P17 15 x 35 34,6 30,7 30,34 31,35

P18 12 x 35 25,4 28 27,26 27,84

P19 12 x 35 25,4 27 27,26 27,77

P20 15 x 35 34,6 29,1 30,34 31,34

98

TABELA 5 – CARGAS TOTAIS NA FUNDAÇÃO

Pilar Seção (cm)

Cargas por Programa (tf)

ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

P22 15 x 35 42,3 52,1 47,1 43,3

P23 15 x 35 42,3 50 47,1 43,31

P24 12 x 30 20,6 19 24,11 20,15

P25 15 x 35 34,6 32,3 30,34 32,62

P26 12 x 35 17,9 24 26,31 22,49

P27 12 x 35 17,9 23,3 26,31 22,47

P28 15 x 35 34,6 31,7 30,34 32,6

P29 12 x 35 24,6 29,7 29,12 28,88

P30 16 x 42 45,0 45,9 42,96 49,5

P31 16 x 42 45,0 46,3 42,96 49,61

P32 12 x 35 24,6 29,7 29,12 28,34

P33 12 x 30 19,0 22,3 22,23 23,57

P34 12 x 30 19,0 22,8 22,23 23,59

P35 12 x 37 28,6 31,4 29,52 30,27

P36 12 x 30 7,8 10,8 13,5 11,71

P37 12 x 30 7,8 10,8 13,5 11,67

P38 12 x 37 28,6 31,2 29,52 30,26

P39 12 x 30 13,9 17 20,14 17,16

P40 12 x 30 22,5 32,5 29,8 29,41

P41 12 x 42 11,4 17 22,29 20,62

P42 12 x 42 11,4 16,7 22,29 20,49

P43 12 x 30 22,5 32,4 29,8 29,47

P44 12 x 30 13,9 17,1 20,14 17,8

TOTAL

(tf) 1058,2 1214,2 1229,5 1221,7

99

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

FOR

ÇAS

NO

RM

AIS

(tf)

PILARES

FIGURA 61 --CARGAS NA FUNDAÇÃO

CAD/TQSEBERICKCYPECAD

100

FIGURA 62 – CARGA TOTAL DO EDIFÍCIO

Como podemos observar na figura 62, a carga total do edifício calculado

pelas planilhas e para os três programas utilizados neste trabalho, os valores

apresenta são muito parecidos para a carga total na fundação, significando que

a estrutura esta correta e os valores dentro da realidade de um projeto

estrutural.

Manual TQS Eberick CypeCAD

Carga 1231,15 1214,2 1229,5 1221,7

1205

1210

1215

1220

1225

1230

1235

Carg

a na

fund

ação

(tf)

101

TABELA 6 - SITUAÇÃO DOS PILARES

Pilares Dimensão TQS EBERICK CYPECAD

Nova

Dimensão

P1 12 x 30 Ok X X 15 x 30

P2 12 x 30 X X X 15 x 30

P3 12 x 42 Ok OK OK 15 x 42

P4 12 x 42 Ok OK OK 15 x 42

P5 12 x 30 X X X 15 x 30

P6 12 x 30 OK X X 15 x 30

P7 12 x 37 X X X 15 x 37

P8 12 x 30 X X X 15 x 30

P9 12 x 30 X X X 15 x 30

P10 12 x 37 X X X 15 x 37

P11 12 x 30 X X X 15 x 30

P12 12 x 30 X X X 15 x 30

P13 12 x 30 X X X 15 x 35

P14 16 x 42 OK OK OK 16 x 42

P15 16 x 42 OK OK OK 16 x 42

P16 12 x 30 X X X 15 x 35

P17 15 x 35 OK OK OK 15 x 35

P18 12 x 35 X X X 15 x 35

P19 12 x 35 X X X 15 x 35

P20 15 x 35 Ok OK OK 15 x 35

P21 12 x 30 X X X 15 x 30

P22 12 x 30 OK OK OK 15 x 35

P23 12 x 30 OK OK OK 15 x 35

P24 12 x 30 X X X 15 x 30

P25 15 x 35 OK OK OK 15 x 35

P26 12 x 35 X X X 15 x 30

P27 12 x 35 X X X 15 x 30

P28 15 x 35 OK OK OK 15 x 35

P29 12 x 30 X X X 15 x 35

P30 16 x 42 OK OK OK 16 x 42

102

TABELA 6 - SITUAÇÃO DOS PILARES

TABELA 7 – ESFORÇOS NORMAIS DE CÁLCULO

Pilar TQS EBERICK CYPECAD

P1 24,92 29,97 28,43

Como podemos observar na tabela 5, no pré-dimensionamento a carga

total estimada foi de 1058,2 tf, e para os programas TQS, Eberick e CypeCAD

respectivamente de 1214, 2tf, 1229,5 tf e 1221,7 tf, resultando em muitos

pilares que não passaram com suas dimensões pré estabelecidas, por ter sido

considerado conforme visto no pré-dimensionamento uma carga total para o

pavimento tipo de 1 tf/m² e para a cobertura de 0,75 tf/m². Para a tabela 6 os

únicos pilares que não apresentaram a mesma situação foram os pilares P1,

P6, P39 e P44 apesar da carga na fundação ser semelhantes, à força normal

Pilares Dimensão TQS EBERICK CYPECAD

Nova

Dimensão

P32 12 x 30 X X X 15 x 35

P33 12 x 30 X X X 15 x 30

P34 12 x 30 X X X 15 x 30

P35 12 x 37 X X X 15 x 37

P36 12 x 30 OK OK OK 15 x 30

P37 12 x 30 OK OK OK 15 x 30

P38 12 x 37 X X X 15 x 37

P39 12 x 30 OK X X 15 x 30

P40 12 x 30 X X X 15 x 30

P41 12 x 42 OK OK OK 15 x 42

P42 12 x 42 OK OK OK 15 x 42

P43 12 x 30 X X X 15 x 30

P44 12 x 30 OK X X 15 x 30

103

de cálculo (Nsd) são diferentes por isso estes pilares não apresentaram o

mesmo comportamento onde podemos analisar na tabela 7.

• REPROCESSAMENTO COM OS PILARES CORRIGIDOS

O segundo cálculo foi realizado fazendo a correção dos pilares

passando de 12 cm para 15 cm conforme visto na tabela 8.

A seguir são apresentadas as cargas na fundação retirada dos

programas, TQS, Eberick e CypeCAD, sendo que foi considerada a

combinação Normal:

PP + G1 + Q

Sendo:

PP = Peso Próprio da Estrutura;

G1 = Carga Permanente de revestimento;

Q = Carga acidental;

TABELA 8 – CARGAS TOTAIS NA FUNDAÇÃO (PILARES CORRIGIDOS)

Pilar Seção (cm)

Cargas por Programa (tf)

ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

P1 15 x 30 13,9 17,8 20,7 18,4

P2 15 x 30 22,5 33,1 30,7 30,3

P3 15 x 42 11,4 17,4 22,2 20,6

P4 15 x 42 11,4 17,7 22,2 20,7

P5 15 x 30 22,5 33,0 30,7 30,4

P6 15 x 30 13,9 17,9 20,7 18,4

P7 15 x 37 28,6 29,1 29,2 29,4

P8 15 x 30 15,9 24,2 22,8 23,6

P9 15 x 30 15,9 24,1 22,8 23,6

P10 15 x 37 28,6 29,1 29,2 29,4

P11 15 x 30 19,0 23,2 22,9 24,4

P12 15 x 30 19,0 22,7 22,9 24,3

P13 15 x 35 24,6 29,6 26,7 28,7

P14 16 x 42 45,0 44,5 41,7 48,2

P15 16 x 42 45,0 45,1 41,7 48,2

104

TABELA 8 – CARGAS TOTAIS NA FUNDAÇÃO (PILARES CORRIGIDOS)

Pilar Seção (cm)

Cargas por Programa (tf)

ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

P16 15 x 35 24,6 29,8 29,7 28,8

P17 15 x 35 34,6 30,7 30,1 31,0

P18 15 x 35 25,4 27,7 27,1 28,2

P19 15 x 35 25,4 27,3 27,1 28,3

P20 15 x 35 34,6 30,6 30,1 31,0

P21 15 x 30 20,6 19,2 24,6 20,8

P22 15 x 35 42,3 52,0 47,0 43,2

P23 15 x 35 42,3 50,2 47,0 43,2

P24 15 x 30 20,6 19,6 24,6 20,8

P25 15 x 35 34,6 32,4 30,2 32,2

P26 15 x 35 17,9 24,4 24,6 23,2

P27 15 x 35 17,9 23,5 24,6 23,2

P28 15 x 35 34,6 32,0 30,2 32,1

P29 15 x 35 24,6 30,0 29,7 29,7

P30 16 x 42 45,0 44,9 41,7 48,0

P31 16 x 42 45,0 45,4 41,7 48,0

P32 15 x 35 24,6 30,1 29,7 28,9

P33 15 x 30 19,0 22,8 22,8 24,2

P34 15 x 30 19,0 22,6 22,8 24,3

P35 15 x 37 28,6 31,4 29,7 30,4

P36 15 x 30 7,8 11,2 13,5 12,2

P37 15 x 30 7,8 11,2 13,5 12,1

P38 15 x 37 28,6 31,3 29,7 30,4

P39 15 x 30 13,9 17,7 20,7 17,7

P40 15 x 30 22,5 32,9 30,7 30,4

P41 15 x 42 11,4 17,4 22,3 20,8

P42 15 x 42 11,4 17,6 22,3 20,7

105

TABELA 8 – CARGAS TOTAIS NA FUNDAÇÃO (PILARES CORRIGIDOS)

Pilar Seção (cm)

Cargas por Programa (tf)

ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

P43 15 x 30 22,5 32,9 30,7 30,5

P44 15 x 30 13,9 17,8 20,7 18,4

TOTAL

(tf) 1058,2 1225,1 1226,0 1230,8

106

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

FOR

ÇAS

NO

RM

AIS

(tf)

PILARES

FIGURA 63- CARGAS NA FUNDAÇÃO - PILARES NOVOS

CAD/TQS

EBERICK

CYPECAD

107

TABELA 9- SITUAÇÃO DOS PILARES

Pilares Dimensão TQS EBERICK CYPECAD

P1 15 x 30 OK OK OK

P2 15 x 30 OK OK X

P3 15 x 42 Ok OK OK

P4 15 x 42 Ok OK OK

P5 15 x 30 OK OK X

P6 15 x 30 OK OK OK

P7 15 x 37 OK OK OK

P8 15 x 30 OK OK OK

P9 15 x 30 OK OK OK

P10 15 x 37 OK OK OK

P11 15 x 30 OK OK OK

P12 15 x 30 OK OK OK

P13 15 x 35 OK OK X

P14 16 x 42 OK OK OK

P15 16 x 42 OK OK OK

P16 15 x 35 OK OK X

P17 15 x 35 OK OK OK

P18 15 x 35 OK OK OK

P19 15 x 35 OK OK OK

P20 15 x 35 Ok OK OK

P21 15 x 30 OK OK OK

P22 15 x 35 OK OK OK

P23 15 x 35 OK OK OK

P24 15 x 30 OK OK OK

P25 15 x 35 OK OK OK

P26 15 x 30 OK OK OK

P27 15 x 30 OK OK OK

P28 15 x 35 OK OK OK

P29 15 x 35 OK OK X

P30 16 x 42 OK OK OK

P31 16 x 42 OK OK OK

108

TABELA 9 - SITUAÇÃO DOS PILARES

Pilares Dimensão TQS EBERICK CYPECAD

P32 15 x 35 OK OK X

P33 15 x 30 OK OK OK

P34 15 x 30 OK OK OK

P35 15 x 37 OK OK OK

P36 15 x 30 OK OK OK

P37 15 x 30 OK OK OK

P38 15 x 37 OK OK OK

P39 15 x 30 OK OK OK

P40 15 x 30 OK OK X

P41 15 x 42 OK OK OK

P42 15 x 42 OK OK OK

P43 15 x 30 OK OK X

P44 15 x 30 OK OK OK

TABELA 10 – ESFORÇO NORMAL DE CÁLCULO – P2 e P13

Pilar TQS EBERICK CYPECAD

P2 46,3 43,67 43,01

P13 33,0 36,21 35,83

TABELA 11- MOMENTO FLETOR DE CALCULO NA DIREÇÃO x – P2 e P13

Pilar TQS EBERICK CYPECAD

P2 0,49 0,58 1,94

P13 0,42 0,46 1,92

TABELA 12 - MOMENTO FLETOR DE CALCULO NA DIREÇÃO y – P2 e P13

Pilar TQS EBERICK CYPECAD

P2 0,45 0,41 0,44

P13 0,56 0,43 0,37

109

Para o segundo cálculo com os pilares corrigidos conforme a tabela

XXX, todos os pilares passaram nos programas TQS e Eberick, para o

programa CypeCAD os pilares P2, P5, P13, P16, P29, P32, P40 e P43 tiveram

erro em seu dimensionamento. Iremos analisar os pilares P2 e P13, pois os

restantes são simétricos e apresentam o mesmo comportamento e problema, É

possível observar que os momentos na direção x do pilares P2 e P13 para o

programa CypeCAD são maiores que os programas TQS e Eberick, para estes

momentos é que foi realizado o cálculo dos pilares, a solução seria aumentar a

dimensão destes pilares ou diminuir este momento na direção x, como

queremos manter os três modelos de forma iguais com geometria e

carregamento, a solução é diminuir o momento na direção x, para isto, existe

duas maneiras, que é a introdução de rótulas ou diminuição do engastamento

entre viga-pilar. Aplicando as rótulas os pilares P2, P5, P13, P16, P29, P32,

P40 e P43, todos na sua direção x. Recalculando a estrutura, observamos que

todos os pilares passaram para o programa CypeCAD

110

5.2. Consideração da estrutura sem laje

O segundo cálculo realizado será a retirada das lajes, e considerada

uma carga linear sobre as vigas, provocadas pelas lajes e paredes conforme

visto nas tabelas de cálculo para cargas encontrada no anexo D. Neste

processo, será comparado com a estrutura com laje para cada programa

separadamente.

Sendo que a combinação normal foi de:

PP + G1 + Q

FIGURA 64 – ESTRUTURA SEM LAJE

111

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

FORÇ

AS N

ORM

AIS

(tf)

PILARES

FIGURA 65 - PILARES CAD/TQS

Considerando a Laje

Sem Laje

112

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

FOR

ÇAS

NO

RM

AIS

(tf)

PILARES

FIGURA 66 - PILARES - EBERICK

Considerando a Laje

Sem a Laje

113

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

FORÇ

AS N

ORM

AIS

(tf)

PILARES

FIGURA 67 - PILARES CypeCAD

Considerando a Laje

Sem a Laje

114

Analisando os gráficos com as cargas na fundação para os programas

TQS, EBERICK e CypeCAD, podemos concluir que existem pequenas

diferenças para as cargas na fundação. Analisando os pilares P22 e P23, os

quais são simétricos, através dos gráficos de cargas na fundação com a

estrutura com e sem laje, podemos perceber que em todos os programas, os

pilares P22 e P23 possuem cargas maiores na estrutura sem considerar a laje.

Isso pode ser analisado olhando a figura 68, onde para a viga V11 os

diagramas de momentos fletores são maiores para a estrutura sem laje e

conseqüentemente transmite ao pilar P22 maior carga. Devemos tomar

cuidado quanto à distribuição dos esforços nas lajes sobre as vigas, pois o

método de área de influência, grelha e elementos finitos apresentam

comportamento diferentes.

FIGURA 68 – DIAGRAMA DE MOMENTOS FLETORES VIGA V11

FONTE: CYPECAD (2010)

115

5.3. Estudo da laje L1

Inicialmente a laje L1, foi calcula manualmente por meio do processo

simplificado de CZERNY, conforme as etapas a seguir:

Figura 69 – Posicionamento da laje L1, do pavimento tipo.

• Uniformização de dados e carregamentos

Fck = 25 MPa = 2,5 KN/m²

γc = 1,4 (ELU – Combinação Normal)

Fcd = 2,5/1,4 = 1,79 KN/cm²

Fyd = 600 MPa = 60 KN/m²

γs = 1,15 (ELU – Combinação Normal)

Fyd = 60/1,15 = 52,2 KN/cm²

bw = 100 cm

h = 8 cm

d = 4,5 cm (adotado)

116

Pd = γg x gk + γq x qq

Onde:

qq = 2,0 KN/m² ( capitulo cargas atuantes no edifício)

gk = 5,02 KN/m² ( capitulo cargas atuantes no edifício)

Logo:

Pd = 1,4 x 5,02 + 1,4 x 2,0 = 9,828 KN/m²

• Cálculo de esforços da laje L1:

lx1 = 3,55 m

ly1 = 3,85 m ly1lx1

= 3,853,55

= 1,08450

Por meio das tabelas de CZERNY, temos:

αx1 = 30,7197

αy1 = 33,838

βx = 12,886

βy = 13,662

𝑚𝑥1 = 𝑃𝑑 𝑋 𝑙𝑥

2

α𝑥1 = 9,828 𝑥 3,55²

30,7197= 4,032 𝐾𝑁𝑚/𝑚

𝑚𝑦1 = 𝑃𝑑 𝑋 𝑙𝑥

2

α𝑦1 = 9,828 𝑥 3,55²

33,838= 3,66 𝐾𝑁𝑚/𝑚

𝑚𝑏𝑥1 = 𝑃𝑑 𝑋 𝑙𝑥

2

α𝑏𝑥1 = 9,828 𝑥 3,55²

12,886= − 9,6112 𝐾𝑁𝑚/𝑚

𝑚𝑏𝑦1 = 𝑃𝑑 𝑋 𝑙𝑥

2

α𝑏𝑦1 = 9,828 𝑥 3,55²

13,662= − 9,066 𝐾𝑁𝑚/𝑚

117

FIGURA 70– MOMENTOS FLETORES NA LAJE L1

Determinação do momento negativo na direção x para L7:

Pd = γg x gk + γq x qq

Onde:

qq = 2,0 KN/m² ( capitulo cargas atuantes no edifício)

gk = 2,9 KN/m² ( capitulo cargas atuantes no edifício)

Pd = 1,4 x 2,9 + 1,4 x 2,0 = 6,86 KN/m²

lx1 = 2,55 m

ly1 = 4,15 m ly7lx7

= 4,152,55

= 1,627

118

Utilizando as tabelas de CZERNY, obtemos:

βx7 = 12,245

𝑚𝑏𝑥7 = 𝑃𝑑 𝑋 𝑙𝑥

2

α𝑏𝑥7 = 6,86 𝑥 2,55²

12,245= − 3,643 𝐾𝑁𝑚/𝑚

Determinação do momento negativo na direção y para L2

Pd = γg x gk + γq x qq

Onde:

qq = 2,0 KN/m² ( capitulo cargas atuantes no edifício)

gk = 2,9 KN/m² ( capitulo cargas atuantes no edifício)

Pd = 1,4 x 2,9 + 1,4 x 2,0 = 6,86 KN/m²

lx2 = 2,55 m

ly2 = 2,65 m ly2lx2

= 2,652,55

= 1,039

βy2 = 15,57

𝑚𝑏𝑦2 = 𝑃𝑑 𝑋 𝑙𝑥

2

α𝑏𝑦2 = 6,86 𝑥 2,55²

15,57= − 2,865 𝐾𝑁𝑚/𝑚

FIGURA 71 – REPRESENTAÇÃO DOS ESFORÇOS NAS LAJES L1, L7 E L2.

119

Nesta etapa do cálculo ainda é preciso fazer a uniformização dos

momentos negativos das lajes L1 com a L2 e L1 com L7, sendo assim temos

Uniformização na direção de Lx da L1:

Mb17 = Max 𝑚𝑏1+𝑚𝑏72

para mb1 > mb1

0,8mb1

Mb17 = Max 9,6112+3,6432

= 6,6271 𝐾𝑁𝑚/𝑚

0,8 x 9,6112 = 7,6889 KNm/m

Adotando:

Mb17 = - 7,6889 KNm/m

Mx1,corr = 4,032 + (9,6112 – 7,6889)/2 = 4,99315 KNm/m

Sentido Ly da L1:

Mb12 = Max 𝑚𝑏1+𝑚𝑏22

para mb1 > mb2

0,8mb1

Mb12 = Max 9,066+2,8652

= 5,9655 𝐾𝑁𝑚/𝑚

0,8 x 9,066 = 7,2528 KNm/m

Adotando:

Mb12 = - 7,2528 KNm/m

My1,corr = 3,66 + (9,066 – 7,2528)/2 = 4,5666 KNm/m

120

FIGURA 72– DIAGRAMA FINAL DE MOMENTOS FLETORES EM L1.

• Resultados obtidos nos programas: Para o cálculo dos momentos pela tabela de CZERNY, é utilizado o Mx

para a menor dimensão da laje, com isso ao se comparar com os programas os

valores do Mx e My estão trocados.

Tabela 13 – MOMENTOS FLETORES POSITIVOS NA LAJE – L1

Laje Momentos Manual TQS EBERICK CYPECAD

L1 Mx (tfm/m) 0,457 0,4 0,665 0,413

My (tfm/m) 0,499 0,529 0,601 0,505

121

FIGURA 73– MOMENTO FLETOR POSITIVO DIREÇÃO x – L1

FIGURA 74 – MOMENTO FLETORE POSITIVO DIREÇÃO y – L1

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Mx 0,457 0,4 0,665 0,413

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Mom

ento

Fle

tor M

x (t

fm/m

)

Manual TQS EBERICK CYPECAD

My 0,499 0,529 0,601 0,505

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Mom

ento

Fle

tor M

y (t

fm/m

)

122

FIGURA 75 – MOMENTO FLETOR NEGATIVO SOBRE A VIGA –V27

FIGURA 76 – MOMENTO FLETOR NEGATIVO DE BORDO NA DIREÇÃO X

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Mx(-) -0,73 -0,60 -0,51 -0,29

-0,80

-0,70

-0,60

-0,50

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00

Mom

ento

Neg

ativ

o so

bre

a v

iga

V27

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Mx(-) 0,00 -0,13 0 0,00

-0,14

-0,12

-0,10

-0,08

-0,06

-0,04

-0,02

0,00

Mom

ento

Neg

ativ

o de

bor

odo

Mbx

123

• Cálculo da Armadura Positiva direção x: Mrd1,lim = 0,272 bw d² fcd

Mrd1,lim = 0,272 x 100 x 4,5² x 1,79 = 985,93 KNcm/m

Mrd1,lim = 9,8593 KNm/m

Msd = 4,57 KNm/m -

Mrd1,lim ≥ Msd OK não há necessidade de armadura de compressão.

𝛽𝑐 = Mrd1 𝑏𝑤 𝑑² 𝑓𝑐𝑑

≤ 0,272 (fck ≤ 35 MPa)

𝛽𝑐 = 457

100 𝑥 4,5² 𝑥 1,79= 0,126 < 0,272 𝑂𝐾

βs = 1

βz = 0,919

,𝐴𝑠 = Mrd1 𝑏𝑧 𝑑 𝑏𝑠 𝑓𝑦𝑑

,𝐴𝑠 = 457 0,919 𝑥 4,5 𝑥 1 𝑥 52,5

= 2,10 𝑐𝑚2

𝑚

• Cálculo da Armadura Positiva direção y: Mrd1,lim = 0,272 bw d² fcd

Mrd1,lim = 0,272 x 100 x 4,5² x 1,79 = 985,93 KNcm/m

Mrd1,lim = 9,8593 KNm/m

124

Msd = 4,99 KNm/m -

Mrd1,lim ≥ Msd OK não há necessidade de armadura de compressão.

𝛽𝑐 = Mrd1 𝑏𝑤 𝑑² 𝑓𝑐𝑑

≤ 0,272 (fck ≤ 35 MPa)

𝛽𝑐 = 499

100 𝑥 4,5² 𝑥 1,79= 0,137 < 0,272 𝑂𝐾

βs = 1

βz = 0,910

,𝐴𝑠 = Mrd1 𝑏𝑧 𝑑 𝑏𝑠 𝑓𝑦𝑑

,𝐴𝑠 = 4990,910 𝑥 4,5 𝑥 1 𝑥 52,5

= 2,32 𝑐𝑚2

𝑚

• Cálculo da Flecha L1 o Verificação de fissuração:

A Verificação da fissuração será comparada com o maior momento

positivo: Mx= 4,99 KNm/m , ou 499 KNcm/m

𝑚𝑟 = 𝛼 𝑥 𝑓𝑐𝑡 𝑥 𝐼0

ϫ𝑡

α = 1,5 (seção retangular)

fct = 0,3 x fck2/3 = 0,3 x 252/3 = 2,565 MPa , 0,2565 KN/cm²

𝐼0 =𝑏𝑥ℎ3

12=

100𝑥83

12= 4266,67 𝑐𝑚 4

Ϫt = h/2 = 8/2 = 4 cm

125

𝑚𝑟 = 1,5 𝑥 0,2565 𝑥 4266,67

4= 410,4 𝐾𝑁𝑐𝑚/𝑚

Como: Mx > mr a laje irá fissurar.

Há então necessidade de calcular uma inércia equivalente, conforme no anexo

A, A.9.

o Momento de Inércia o Estádio II :

𝐼𝐼𝐼 = 𝑏.𝑋³3

+ 𝛼𝑒 .𝐴𝑠. (𝑑 − 𝑋)²

𝑋 = 𝐴. �−1 + �1 +𝐵𝐶�

𝛼𝑒 = 𝐸𝑠𝐸𝑐𝑠

;

Es = 210 GPa Ecs = 0,85x5600x251/2 = 23800 MPa

𝛼𝑒 =21023,8

= 8,82

𝐴 = 𝛼𝑒 .(𝐴𝑠 + 𝐴′)

𝑏

𝐴 = 8,82.(2,32 + 0)

100= 0,2046

𝐵 = 2𝑏. (𝐴𝑠.𝑑 + 𝐴𝑠′.𝑑′)

𝐵 = 2𝑥100. (2,32𝑥4,5 + 0) = 2088

𝐶 = 𝛼𝑒 . (𝐴𝑠 + 𝐴𝑠′)²

𝐶 = 8,82 . (2,32 + 0)2 = 47,47

𝑋 = 0,2046. �−1 + �1 +208847,47

� = 1,168

𝐼𝐼𝐼 = 100.1,168³

3+ 8,82𝑥2,32. (4,5 − 1,168)2 = 280,29

126

o Momento de Inércia no Estádio II:

𝐼𝑒𝑞 = �𝑀𝑟𝑀𝑎

�3

𝑥 𝐼0 + �1 − �𝑀𝑟𝑀𝑎

�3

� 𝑥 𝐼𝐼𝐼

𝐼𝑒𝑞 = �410,4499

�3

𝑥 4266,67 + �1 − �410,4499

�3

� 𝑥280,29 = 2497 𝑐𝑚4

o Flecha imediata (PINHEIRO,2007)

𝑎𝑖 =𝛼

100 .𝑏

12 .𝑃𝑞𝑝.

𝐿𝑥4

𝐸. 𝐼𝑒𝑞

Combinação quase permanente:

Pqp = G + Ψ2 . q = 5,02 + 0,3x2,0 = 5,62 KN/m² ; 5,62x10-4 KN/cm²

(carregamento sobre a laje, visto no item Cargas Atuantes no Edifício)

Lx = 355 cm

(TABELA 2.1a, TIPO 3, PINHEIRO,2007)

lx1 = 2,55 m

ly1 = 3,85 m ly7lx7

= 3,852,55

= 1,085 α = 2,864

𝑎𝑖 =2,864100

.10012

.5,62. 10−43554

2380 𝑥 2497= 0,358 𝑐𝑚

o Flecha Total:

A flecha total é dada pela flecha inicial mais a flecha diferida, que pode

ser obtida multiplicando-se a inicial pelo coeficiente 1+ αf (PINHEIRO,2007)

𝛼𝐹 =𝛥ξ

1 + 50. 𝑝′

Δξ = ξ(t) − ξ(t0 )

Para um tempo infinito: então: ξ(t) = 2,0

ξ(t0 ) = 0,68 ( carregamento aplicado após 1 mês ) (anexo A9)

127

Δξ = 2 – 0,68 = 1,32

𝛼𝐹 =1,32

1 + 50𝑥0= 1,32

o Flecha total :

at = ai (1 + αf )

at = 0,3258(1 + 1,32) = 0,83 cm

FIGURA 77 – COMPARAÇÃO ENTRE AS FLECHAS

FIGURA 78 – DESLOCAMENTOS PAVIMENTO TIPO – 3D

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Flecha -0,83 -1,20 -1,11 -0,452

-1,4

-1,2

-1

-0,8

-0,6

-0,4

-0,2

0

Flec

ha (c

m)

128

FIGURA 79 – DESLOCAMENTOS PAVIMENTO TIPO – PLANTA

O cálculo manual utilizando as tabelas de Czerny, foi considerado as

lajes como elementos isolados e apoiados em vigas indeformáveis, isto

significa que a laje não exerce esforço de torção sobre a viga, e considera o

engastamento perfeito onde há continuidade de lajes vizinhas. Para o cálculo

através dos programas utilizando o modelo de grelha (TQS e EBERICK) e

elementos finitos (CYPECAD), é considerado alguns parâmetros importantes

como a influência da flexibilidade e rígidez a torção das vigas e lajes.

Analisando as flechas na laje L1, para o programa CypeCAD, não é

calculado a flecha deferida em lajes maciças, levando em conta a fluência do

concreto, significando a deformação lenta da laje L1, por isso esta flecha de,

0,452cm é a instantânea, após que é retirado o escoramento, e a flecha total

será a soma da flecha instantânea com a deferida, então o valor da flecha será

maior, aproximando-se aos programas TQS e Eberick. Podemos perceber que

no cálculo manual a flecha esta muito baixa em comparação as flechas obtidas

nos programas, pois não é levado em conta a deformação das vigas.

Para os momentos positivos na direção x, da laje L1, percebemos que

os resultados foram semelhantes, por outro lado os momentos negativos para o

cálculo manual são maiores, em comparação com os resultados obtidos pelos

programas.

Para o cálculo utilizando os modelos de elementos finitos e analogia de

grelha a torção das vigas exercidas pelo esforço das lajes é considerada, com

129

isso surge momentos negativos nos bordos de lajes de extremidade, como é o

exemplo da laje L1, mas os momentos torçores nas vigas são muito pequenos,

para vigas usuais como é caso do nosso edifício, só pode ser considerado para

vigas de grades dimensões ou vigas segurando uma laje em balanço onde o

momento torços deve ser considerado, nos bordos das lajes os programas

CypeCAD e Eberick consideraram como rotulado significando em um momento

igual a zero, já o programa TQS apresentou um momento negativo de bordo de

-0,130 tfm/m, para contornar esta situação, os pilares podem ser simulados

como apoios elásticos independentes. No extremo de cada barra de laje e viga

que se apoia diretamente no pilar, é adicionada uma “mola” com redistribuição.

Com esta adaptação no modelo de grelha, as solicitações resultantes passam

a ficar mais condizentes com a realidade, podemos dizer que a opção de

plastificação e redução da inércia a torção das vigas proveniente das lajes

planas não foi introduzido adequadamente por isso o alto valor do momento

negativo de bordo da laje L1. Devemos lembrar também que no calculo manual

utilizando as tabelas de Czerny, os momentos de bordos são consideramos

como zero.

Analisando o momento negativo da laje L1 na direção x sobre a viga

V26, percebemos que no cálculo manual onde é considerado o perfeito

engastamento entre as lajes, resultou num valor maior do momento negativo,

resultando em uma taxa de armadura maior e desnecessária.

5.4. Estudo do pilar P1

O pilar P1 da estrutura estudada neste trabalho está submetido a um

caso de flexão composta. Para o seu dimensionamento manual, foram

consideradas as análises descritas no tópico 15.8 da NBR 6118, que se refere

a estruturas de nós móveis. O seu dimensionamento será processado por meio

do auxílio dos ábacos apresentados por PINHEIRO, BARALDI E POREM,

1994, para casos de pilares submetidos à flexão oblíqua composta. As cargas

solicitantes do pilar foram referenciadas nas cargas obtidas pelo programa

EBERICK, onde foi modelada a estrutura sem as lajes.

Tendo se então o pilar P1, submetido os seguintes esforços, que foram

retirados do processamento do programa Eberick:

130

Figura 80 - Representação dos momentos atuantes no pilar.

• Dados do pilar:

hx = 12 cm;

hy = 30 cm;

Ac=360 cm² (área de concreto)

ex =2,8 m;

ey =2,8 m;

Nd= 296,2 KN;

M1XTOPO=638,6 KNcm;

M1XBASE=515,7 KNcm;

M1YTOPO=295,7 KNcm;

M1YBASE=199,3 KNcm;

M1xBASE= 515,7 X 1,4 = 722KNcm

Mx1dTOPO = 445 x 1,4 = 894 KNcm

Mx1dmin = 296,2(0,015+0,03 hx)

Mx1dmin = 296,2(0,015+0,03 (0,12))

131

Mx1dmin = 5,51 KNm

Mx1dmin = 551 KNcm

My1dBASE = 199,3 x 1,4 = 279 KNcm

My1dTOPO = 295,7 x 1,4 =414KNcm

My1dmin = Nd (0,015+0,03 hy)

My1dmin = 296,2 (0,015+0,03 (0,30))

My1dmin = 7,11 KNm

My1dmin = 711 KNcm

o Determinação de xλ e yλ :

xλ =3,46x

ex

h

= 3,46 x12280 =80,7

yλ =3,46y

ey

h

= 3,46 x30280 =32,3

o Determinação de 1λ segundo X:

Mx1dtopo > Mx1dmin

894 > 551>>>> <bα 1,0;

e1x= e1xA=d

Axd

NM 1 =

2,296894 =3,01 cm

4,0≥bα

topo

baseb M

M40,060,0 −=α

89472240,060,0 −=bα

28,0=bα >>>>>> 40,0=bα

132

40,0

5,12251

he

x

×+=λ

40,01201,35,1225

1

×+=xλ ; onde 1λ dever estar entre 35 e 90.

3,701 =xλ

xx 1λλ >

80,7 > 0,3 >>>>> Devem-se considerar os efeitos de segunda

ordem.

MxDTOPO= 894 KNcm

=bα 0,40

73,80=xλ

hx = 12 cm;

Nd= 296,2 KN;

b = 0,2 h Nd - dAbd M

hN1

2

19200α

λ−

b = 0,2 x 12 x 296,2 - 8944,019200

2,296127,80 2

×−×× = -852,3

c= NdhM dAB ××××− 12,0 α

c= 2,296128944,02,0 ××××− = -254211

24² cbbM dTOT

−±−=

133

2)254211(4)²3,852()3,852( −−−±−−

=dTOTM

1086=dTOTM KNcm

Logo:

e1xtotal=1086/296,2

MdxTOT=1086 KNcm

o Determinação de

e1xtotal=3,67 cm

1λ segundo Y:

My1dA < My1dmin

414 < 711 >>>>>> =bα 1,0;

e1y=e1yA=2,296

414 = 40,1 cm

0,13040,15,1225

1

+=yλ ; onde 1λ dever estar entre 35 e 90.

6,251 =yλ

351 =yλ

yy 1λλ <

32,3 < 35 >>>>> não considerar efeitos de segunda ordem.

Logo:

MdyTOT=Md1topo= 414 KNcm

eydtot= 1,40 cm

134

• Dimensionamento do pilar:

o Valores mínimos de armadura:

Asmin = ydf

Nd15,0 ou 0,4%Ac, prevalecendo o valor mínimo;

Asmin = 1,44 cm²

o Valores máximos de armadura:

Asmax = 8% Ac (considerando as emendas);

Asmax = 4% Ac (tendo-se em vista as posições de esperas de

armadura);

Asmax = 4% x 360 = 14,4

Asmax = 14,4 cm²

o Coeficientes ν , xµ e yxµ , para dimensionamento da armadura:

Nd = 296,2 KN

Mx1dTOT = 1086 KNcm

MdyTOT = 414 KNcm

cdc fANd

78,13602,296

×=ν =0,46

6,0=ν

xcdc

xdx hfA

M=µ

1278,13601086

××=xµ =0,14

ycdc

ydy hfA

M=µ

135

3078,1360414

××=yµ =0,02

Entrando com ν , xµ e yµ no ábaco de VENTURINI, e

ainda levando em conta os dados de entrada:

d’y=0,100 hy (recobrimento de 2,5 cm).

d’x=0,200 hx (recobrimento de 2,5 cm).

Obtemos:

4,0=ω

fcdAfydA

c

s=ω

78,13605,43

4,0××

= sA

sA =5,89 cm² < Amax >>>> ok

Tabela 14 - Resultados de As obtidos nos programas para o pilar P1

Programa Nd (tf)

TAXA DE

ARMADURA

(%)

As calculado

(cm²) As adotado

(cm²)

Eberick 26,9 3,50 12,6 16 Φ 10 mm

TQS 28,1 5,59 20,1 10 Φ 16 mm

CypeCAD 24,92 2,78 10,0 6 Φ 16 mm

Manual 26,9 1,63 5,89 8 Φ 10 mm

Tendo em vista os resultados acima, os quais foram consultados nos

memoriais de cálculo do programa, observa-se que houve certa diferença em

as taxas de armaduras obtidas. O sistema TQS apresentou uma taxa que

conduz a uma área de armadura além dos limites normativos calculados

anteriormente. Os programas CYPECAD e EBERICK, embora com forças

normais de cálculo diferentes, apresentaram resultados finais de aço mais

136

próximos. O cálculo realizado manualmente resultou em uma taxa de armadura

muito baixa se comparada com os programas, ainda que as condições de

carregamento adotadas sejam iguais a do EBERICK, neste caso há de se levar

em conta que o fator ω foi calculado por uma aproximação do fator ν .

5.5. Estudo da viga V1 5.5.1. Estrutura com laje

Na estrutura modelada nos programas, onde foram consideradas as

lajes, olhando mais especificamente para a viga V1, observamos os seguintes

resultados para os diagramas de momentos fletores:

FIGURA 81 – DIAGRAMAS DE MOMENTOS FLETORES OBTIDOS PARA A

VIGA V1, DA ESTRUTURA COM LAJE.

Analisando os resultados, temos que os momentos fletores se

mostraram diferentes, sendo que a grande causa para essas diferenças pode

ser justificada pelos carregamentos que os programas atribuíram a esta viga,

que foi diferente, visto que a discretização das lajes que cada programa faz

137

possui suas peculiaridades e critérios diferentes, o que acaba ocasionando

diferenças na distribuição de esforços para as vigas.

5.5.2. Estrutura sem laje

Considerando a Viga V1 da estrutura, cujo lançamento de laje nos

programas foi omitido, temos que o carregamento introduzindo nos programas

e considerado nos cálculos manuais de esforços desta viga, foram os mesmos

e determinados pelo processo simplificado das áreas de influência. A seguir

são mostrados a sistemática de cálculo realizado para a viga V1:

• Coeficientes de majoração de esforços:

o Combinação de Cálculo:

=Pd kqkg QG γγ + (Combinação Última Normal)

=gγ 1,4 (Majoração para cargas permanentes);

=qγ 1,4 (Majoração para cargas acidentais);

=cγ 1,4 (Minoração do concreto);

=sγ 1,15 (Minoração do aço);

o Discretização da viga V1

Figura 82 – Parcela dos quinhões de carga, compostas de parcelas de

carga permanente e carga acidental.

138

o Composição de cargas no VÃO A

Gk = PP + Gpar+Glaje

Gk= 0,09 tf/m + 0,55 tf/m + 0,355 tf/m

Gk= 0,995 tf/m

Qk= 0,14 tf/m

Pd = 1,4 (0,995 + 0,14)

P1dA = 1,589 tf/m

o Composição de cargas no VÃO B

Gk = PP + Gpar+Glaje

Gk= 0,09 tf/m + 0,55 tf/m + 0,11 tf/m

Gk= 0,75 tf/m

Qk= 0,08 tf/m

Pd = 1,4 (0,75 + 0,08)

P2dB = 1,162 tf/m

FIGURA 83– Carregamentos de cálculo atuantes na estrutura.

139

o Diagrama de momentos fletores calculados manualmente:

Para o cálculo dos momentos fletores utilizados no dimensionamento

desta viga, foi utilizado o modelo de viga continua, onde foram impostos

engastamentos perfeitos nos apoios com pilares. Desta maneira os dois tramos

da viga V1, foram calculados separadamente, sendo que foi atentado para o

item 14.6.7.1 da NBR 6118, onde prescreve que:

“Não se devem considerar momentos positivos menores que os que se

obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos.”

Há ainda a consideração neste item da norma, afirmando que:

“Quando não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade

dos pilares com a viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, momento

fletor igual ao momento de engastamento prefeito multiplicado pelos

coeficientes estabelecidos nas seguintes relações:

Na viga:

vigarrrrr++

+

supinf

supinf

No tramo superior do pilar:

vigarrrr

++ supinf

sup

No tramo inferior do pilar:

vigarrrr

++ supinf

sup

Sendo:

ii

Ir

=

140

Onde, ir corresponde à rígidez do elemento i no nó considerado.

FIGURA 84 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA CONSIDERAÇÃO DA

SOLIDARIEDADE ENTRE PILAR E VIGA

(FONTE: NBR 6118, 2003).

• Desta forma temos que:

FIGURA 85 – REPRESENTAÇÃO DOS MOMENTOS DA VIGA V1.

141

• Redução dos momentos de engastamento com os pilares P1(12x30) e

P3 (12x42), por meio da aplicação das considerações da norma NBR

6118.

• P1 (12 x 30)

2700012

³3012supinf =

×== JJ cm4

2700012

³3012=

×=tramoAJ cm4

280supinf == ll cm

385=tramoAl cm

86,192280270002

supinf =×

== rr cm³

13,70385

27000==vigar cm³

2000=engM KNcm

vigaengviga rrr

rrMX

++

+×=

supinf

supinf

13,7086,19286,19286,19286,1922000++

+×=vigaX

169285,02000 =×=vigaX

1692=vigaX KNcm

• P1 (12 x 42):

604812

³1242supinf =

×== JJ cm4

142

27000=tramoBJ

280supinf == ll cm

265=tramoBl cm

2,4328060482

supinf =×

== rr cm³

89,101265

27000==vigar cm³

700=engM KNcm

vigaengviga rrr

rrMX

++

+×=

supinf

supinf

89,1012,432,432,432,43700

+++

×=vigaX

45,0700×=vigaX

321=vigaX KNcm

143

FIGURA 86 – DIAGRAMAS DE MOMENTOS FLETORES DE CÁLCULO COM

REDUÇÃO DOS MOMENTOS DE ENGASTAMENTO COM OS PILARES P1 E

P3.

• Dimensionamento da Armadura:

o Dados:

fck=2,5 KN/cm²

4,1=cγ

fcd=1,78 KN/cm²

fyk = 50 KN/cm²

15,1=sγ

fyd=43,5 KN/cm²

h= 30 cm

bw = 12 cm

dútil = 27 cm (adotado)

d’util=3 cm (adotado)

144

• Taxa de armadura mínima:

É correspondente ao máximo valor entre as relações:

hbfydfcd

w035,0 ou 0,0015bwh

hbfydfcd

w035,0 = 30125,43

78,1035,0 × =0,515 cm²

hbw0015,0 =0,0015x12x30=0,54 cm²

Asmin=0,54 cm²

• Taxa de armadura máxima:

Asmax=0,04bwh

Asmax=0,04 x 12 x 30=14,4 cm²

Asmax=14,4 cm²

• Momento limite para adoção de armadura de compressão

Mrdlim=0,272bwd²fcd

Mrdlim=0,272x12x27²x1,78

Mrdlim=4235, 4 KN/cm²

• Cálculo de As negativo no P1:

Msd= 1690 KNcm

Msd < Mrd1lim >>>>sem armadura de compressão

145

cβ = 0,108 (Tabela de MARINO)

zβ =0,9316

sβ =1,000

yd

rds fsdz

MA×××

=ββ

1

5,4300,1279316,01692

×××=sA

As=1,55 cm²

• Cálculo de As positivo no Tramo A:

Msd= 1700 KNcm

Msd < Mrd1lim >>>>sem armadura de compressão

cβ = 0,1088, (Tabela de MARINO)

zβ =0,931

sβ =1,000

yd

rds fsdz

MA×××

=ββ

1

5,4300,127931,01700

×××=sA

As=1,55 cm²

• Cálculo de As negativo no P2:

Msd= 2900 KNcm

Msd < Mrd1lim >>>>sem armadura de compressão

146

cβ = 0,1856, (tabela de MARINO)

zβ =0,875

sβ =1,000

yd

rds fsdz

MA×××

=ββ

1

5,4300,127875,02900

×××=sA

As=2,82 cm²

• Cálculo de As positivo no vão 2: Msd= 800 KNcm

Msd < Mrd1lim >>>>sem armadura de compressão

cβ = 0,0512 (tabela de MARINO)

zβ =0,9689

sβ =1,000

70,0=sA cm²

• Cálculo de As negativo no P3:

Msd=321 KNcm

Msd < Mrd1lim >>>>sem armadura de compressão

cβ =0,0205 (MARINO)

zβ =0,9877

147

sβ =1,000

As=0,28 < Amin

As=0,54 cm²

Agora estabelecendo um comparativo entre os resultados de momentos

fletores gerados pelos programas, juntamente com o gerado pelo cálculo

manual, temos os seguintes valores:

Figura 87 – Esforços de momentos fletores resultantes na viga V1.

Nota-se que embora os carregamentos sejam os mesmos, os valores

resultantes de momentos fletores ainda de mostram um pouco diferentes,

principalmente nas regiões entre os apoios com os pilares, entretanto essa

diferença torna-se menor em relação à viga V1 da estrutura com a laje, pelo

fato dos carregamentos daquela viga ser diferentes para cada programa. Outro

aspecto que justifica esta diferença de resultados pode ser explicado pelas

considerações de rígidez das entre vigas e pilares que cada programa realiza,

levando em conta as considerações da norma NBR 6118.

Agora comparando-se as armaduras utilizadas pelos programas, foram

observado os seguintes valores:

148

TABELA 15 – Armadura Negativa na viga V1

PROGRAMA APOIO As (cm²) As efetivo

EBERICK P1 1,83 3 Φ 10 mm P2 1,83 3 Φ 10 mm P3 0,83 3 Φ 6,3 mm

TQS P1 1,17 3 Φ 8 mm P2 1,36 3 Φ 8 mm P3 0,54 2 Φ 6,3 mm

CYPECAD P1 1,14 2 Φ 10 mm P2 1,16 2 Φ 10 mm P3 0,66 3 Φ 6,3 mm

MANUAL P1 1,55 2 Φ 10 mm P2 2,82 3 Φ 12 mm P3 0,54 2 Φ 6,3 mm

TABELA 16 – Armadura positiva na viga V1

PROGRAMA TRAMO As As efetivo

EBERICK A 1,00 3 Φ 8 mm B 0,54 2 Φ 6,3 mm

TQS A 0,87 2 Φ 10 mm B 0,54 2 Φ 6,3 mm

CYPECAD A 1,01 3 Φ 8 mm B 0,54 2 Φ 6,3 mm

MANUAL A 1,55 2 Φ 10 mm B 0,70 3 Φ 6,3 mm

Notam-se relativas diferenças nos cálculos de armaduras gerados pelos

programas, onde essas diferenças são conduzidas pelas diferenças entre os

esforços. Uma característica percebida é de que todos os programas

consideram em seus dimensionamentos os momentos de engastamentos entre

os pilares P1 e P3, conforme calculado manualmente. O sistema TQS distribuiu

bitolas muito altas para absorver o momento positivo no vão A, isso conduz ao

usuário a configurar os critérios relativos ao dimensionamento de forma

adequada, sendo que neste caso a armadura efetiva neste tramo poderia ser

substituída por 3 Φ 6,3 mm ou 2 Φ 8,0 mm. A armadura positiva no tramo B,

resultou em na armadura mínima, conforme calculado anteriormente, sendo os

programas distribuíram nesta região 2 Φ 6,0 mm.

149

Observa-se que a diferença entre os esforços gerado pelos programas

conduzem a configurações de armaduras diferentes, e desta forma essas

diferenças podem refletir, de maneira indireta, no custo da estrutura.

5.5.3. Comparativo entre estrutura com laje e estrutura sem laje

Agora estabelecendo um comparativo entre os resultados do diagrama

da viga V1 gerados pelos três programas, e para as duas estruturas diferentes

obtemos os seguintes resultados:

FIGURA 88– DIAGRAMAS DE MOMENTOS FLETORES DA VIGA V1, DA

ESTRUTURA COM LAJE E ESTRUTURA SEM LAJE GERADOS PELO TQS.

150

FIGURA 89 – DIAGRAMAS DE MOMENTOS FLETORES DA VIGA V1, DA

ESTRUTURA COM LAJE E ESTRUTURA SEM LAJE GERADOS PELO

EBERICK.

FIGURA 90 – DIAGRAMAS DE MOMENTOS FLETORES DA VIGA V1, DA

ESTRUTURA COM LAJE E ESTRUTURA SEM LAJE GERADOS PELO

CYPECAD.

151

É visível que os diagramas da viga da estrutura com laje resulta com

momentos fletores positivos e negativos maiores. Observa-se também que o

CypeCAD faz uma uniformização dos momentos negativos sobre o apoio

intermediário, lançando mão da possibilidade de arredondamento de diagramas

de momentos fletores, descrito no item 14.6.3 da norma NBR 6118. A

justificativa.

5.6. Dados gerais da estrutura

Foram retirados ainda os dados geométricos da estrutura projetada com

laje, sendo esses dados apresentados nas tabelas a seguir.

TABELA 17 – DADOS DOS CONSUMOS DE AÇO DISCRETIZADOS POR

PROGRAMAS, PAVIMENTOS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS.

EBERICK

Vigas Lajes Pilar TOTAL AÇO (kg)

TIPO1 704 1762 753 3219 TIPO2 704 1762 753 3219 TIPO3 704 1762 753 3219 COB 605 1359 753 2717 BALDRAME 661 661 TOTAL (Kg) 3378 6646 3012 13036

TQS

Vigas Lajes Pilar TOTAL AÇO (kg)

TIPO1 1267 1463 1004 3734 TIPO2 1267 1463 1004 3734 TIPO3 1267 1463 1004 3734 COB 692 1582 1004 3278 BALDRAME 765 765 TOTAL (Kg) 5257 5972 4015 15244

CYPECAD

Vigas Lajes Pilar TOTAL AÇO (kg)

TIPO1 642 5035 1058 6735 TIPO2 642 5035 579 6256 TIPO3 625 5008 561 6194 COB 528 1075 512 2115 BALDRAME 632 632 TOTAL (Kg) 3069 16153 2710 21932

152

TABELA 18 – CONSUMOS DE CONCRETO DA ESTRUTURA

DISCRETIZADOS POR PROGRAMAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS

EBERICK (m³) ELEMENTO BALDRAME TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 COB

VIGA 11,6 9,2 9,2 9,2 8,6 LAJE 0 19,1 19,1 19,1 19,8 PILAR 0 6,4 6,4 6,4 6,4

TOTAL (m³) 150,5 TQS (m³)

ELEMENTO BALDRAME TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 COB VIGA 10 8 8 8 7 LAJE 0 22 22 22 20 PILAR 0 6 6 6 6

TOTAL (m³) 151 CYPECAD (m³)

ELEMENTO BALDRAME TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 COB VIGA 11 9 9 9 9 LAJE 0 19 19 19 20 PILAR 0 6 6 6 6

TOTAL (m³) 145

TABELA 19 – CONSUMOS DE FORMAS DISCRETIZADOS POR PROGRAMA

E ELEMENTO ESTRUTURAL

EBERICK (m²) ELEMENTO BALDRAME TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 COB

VIGA 194 128 128 128 125 LAJE 0 239 239 239 248 PILAR 0 121 121 121 121

TOTAL (m²) 2152 TQS (m²)

ELEMENTO BALDRAME TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 COB VIGA 192 122 122 122 123 LAJE 0 239 239 239 247 PILAR 0 121 121 121 121

TOTAL (m²) 2129 CYPECAD (m²)

ELEMENTO BALDRAME TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 COB VIGA 190,49 125 125 125 125 LAJE 0 239 239 239 247 PILAR 0 111 107 106 107

TOTAL (m²) 2087

153

FIGURA 91 – REPRESENTAÇÃO DO CONSUMO TOTAL DE AÇO, EM

FUNÇÃO DOS PROGRAMAS.

FIGURA 92 – REPRESENTAÇÃO DO CONSUMO TOTAL CONCRETO, EM

FUNÇÃO DOS PROGRAMAS.

1303615244

21932

Consumo

Consumo de aço (kg)EBERICK TQS CYPECAD

150,5151

145

Programas

Volume de concreto (m³)EBERICK TQS CYPE

154

FIGURA 92 – REPRESENTAÇÃO DO CONSUMO TOTAL DE FORMA, EM

FUNÇÃO DOS PROGRAMAS.

Tendo em vista os dados das tabelas anteriores, percebemos grande

diferença entre o consumo de aço que os programas usaram na estrutura,

acreditamos que isto está fortemente relacionado as diferentes entre os

esforços existentes nos elementos estruturais, e ainda somada à critérios

diferentes existentes nos programas com relação ao arranjo das armaduras.

Observamos que nos três programas o consumo de aço se deu em maior parte

nas lajes, com o maior consumo atribuído ao CYPECAD. O TQS foi o programa

que mais consumiu aço nas vigas e pilares.

O consumo de concreto resultou ligeiramente diferente em virtude do

dimensionamento dos elementos, visto que no EBERICK e TQS, foi necessário

um reajuste nas seções dos elementos estruturais para que pudessem ser

dimensionados, sendo que isso também acaba por influenciar no consumo de

formas.

2152

2129

2087

Programas

Área de forma (m²)EBERICK TQS CYPE

155

6. CONCLUSÃO

No decorrer da elaboração deste trabalho podemos concluir que de fato

os programas de cálculo estrutural estão disponíveis para o aumento de

produtividade nos projetos de estruturas e no auxílio da consideração de mais

variáveis a que podem estar sujeitas as estruturas de concreto. Entretanto

notamos que o uso de programas de cálculo estrutural, exige do usuário um

bom nível de conhecimento técnico, e normativo, que associado à experiência

aumenta em muito as chances de sucesso na elaboração de uma estrutura

racional e econômica. É importante que o usuário conheça muito bem a

ferramenta que ele está lidando, de maneira que em situações onde os

programas acusam erros, o usuário saiba onde manipular no programa para

que os erros sejam corrigidos. Em virtude de diferenças de critérios entre os

programas, que começam desde a etapa de lançamento da estrutura,

considerações de combinações, discretização dos modelos de cálculos, até as

etapas de arranjo das armaduras nos elementos estruturais, pode-se afirmar

que os programas apresentam ao final do projeto, resultados muito diferentes.

Verificamos então que os programas de cálculo de estruturas de

concreto não substitui o papel do engenheiro, é ainda necessário que este

pense e tome as decisões cabíveis diante dos problemas que podem surgir ao

longo das etapas da elaboração de um projeto estrutural.

156

7. REFERÊNCIAS

ALTOQI INFORMÁTICA. AltoQi Eberick – Manual do Usuário. Florianópolis, SC, 2000.

ANDRÉ, S. da. Modelagem de pisos de edifícios. 187 f. Dissertação (Mestrado em engenharia civil) – Programa de pós-graduação em engenharia civil, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002. Disponível em: < http://www.gap.ufsc.br/arquivos/dissertacoes >.

ARAÚJO, J. M de. Avaliação dos métodos simplificados para cálculo de lajes maciças apoiadas em vigas flexíveis. Rio Grande do Sul, 2002-. Disponível em <http://www.editoradunas.com.br/revistatpec/Art1_N12.pdf>.

ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Carga para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e Segurança nas Estruturas. Rio de Janeiro, 2003.

BARBOZA, R. S. A. de. Contribuição à análise estrutural de sistemas lajes-vigas de concreto armado mediante analogia de gelha. Dissertação (Mestrado em engenharia) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1992. Disponível em: < http://www.set.eesc.usp.br/public/teses>.

CARVALHO, C. R. Análise não linear de pavimentos de edifícios de concreto através da analogia de grelha. 218 f. Tese (Doutorado em engenharia) – Departamento de estruturas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 1994. Disponível em: <http://www.set.eesc.usp.br/pdf/download/ >.

DUARTE, H. Aspectos da Análise Estrutural das lajes de edifícios de concreto armado. 83 f. Dissertação (Mestrado em engenharia de estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1998. Disponível em:<http://www.set.eesc.usp.br/>.

157

FEIL, M. S. Possibilidade e limites do software altoqi eberick como ferramenta de apoio para o ensino das disciplinas de estruturas do curso de engenharia civil. 63 f. Monografia (Graduação de engenharia civil) – Departamento de Tecnologia, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2002. Disponível em: < http://www.projetos.unijui.edu.br/petegc>. FONTES, F. F. Análise estrutural de elementos lineares segundo a NBR 6118: 2003. 137 f. Dissertação (Mestrado em engenharia de estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006. Disponível em:<www.set.eesc.usp.br/cadernos>. FUSCO, P. B. Estruturas de Concreto: Solicitações Normais. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981. GUERRA, Maurício. Desenvolvimento de um software para a análise de pórticos espaciais utilizando o método da rígidez. 92 f. Monografia (Graduação de engenharia civil) – Centro tecnológico, Universidade Comunitária Regional de Chapecó, Santa Catarina, 2009. Disponível em: <http://www2.unochapeco.edu.br/~pavan/Arquivos>.

KAEFER, F. L. A evolução do concreto armado. São Paulo, 1998. Disponível em:< http://periodicos.uem.br/>.

KIMURA, Alio. Informática aplicada em estruturas de concreto armado: cálculo de edifícios com o uso de sistemas computacionais. São Paulo: PINI, 2007.

LINDQUIST, Malton. Aplicativo Windows para análise e dimensionamento de pórticos planos em concreto armado. 198 f. Monografia (Graduação em engenharia civil) – EESC/USP, São Carlos, 2002. Disponível em: <http://www.set.eesc.usp.br/pdf/download>.

LOURENÇO, A. F. M. O.; LOURENÇO, P. B. Comparação de programas comerciais de cálculo automático para estruturas porticadas. Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Minho, Guimarães, Portugal, 2001.

MARINO. M. A. Apostila de concreto Armado. Universidade Federal do Paraná, 2006.

158

MARTHA, L.F. (2001). Ftool – two-dimensional frame analysis tool. Versão Educacional 2.12. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia Civil e Tecgraf/PUC-Rio – Grupo de Tecnologia em Computação Gráfica. Disponível em <http://www.tecgraf.pucrio. br/ftool>. MULTIPLUS SOFTWARES TÉCNICOS. CYPECAD – Manual do Usuário. São Paulo, 2010. PINHEIRO, L. M. Fundamentos do concreto e projetos de edifício, São Carlos, SP, 2007. Disponível em: <http://www.ufsm.br/>.

STRAMANDINOLI. A. JR. Apostila de Estruturas de Edifícios. Universidade Federal do Paraná, 2010.

STRAMANDINOLI, Roberto. O escritório de projetos estruturais e suas peculiaridades buscando subsídios para o futuro negócio. 101 f. Dissertação (Mestrado em engenharia) – Setor de tecnologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. Disponível em: <http://www.ppgcc.ufpr.br/dissertacoes>.

SUSSEKIND, J. C. Curso de análise estrutural. Vol. I. Rio de Janeiro: Globo, 1984. TQS INFORMÁTICA. Sistema CAD/ TQS – Manual do Usuário. São Paulo, 2010. VENTURINI, W.S. (1987). Dimensionamento de peças retangulares de concreto armado solicitadas à flexão reta. EESC/USP, São Carlos.

MASUERO, J. R.; GONZÁLES, L. A. S. Potencialidades e perigos do ensino de análise estrutural tendo como ênfase a automatização computacional: estudo de caso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, 2001. Disponível em:< http://www.pp.ufu.br/Cobenge2001>.

159

ANEXOS

160

ANEXO A

A.1. Hipóteses Básicas

Conforme o item 17.2.2 da norma, temos que:

a) As seções transversais se mantém planas após a deformação.

b) A deformação das barras passivas aderentes deverá ser a mesma do

concreto em seu entorno.

c) As tensões de tração no concreto, normais a seção transversal, devem

ser desprezadas obrigatoriamente no ELU (Estado Limite Último).

d) O estado limite último é caracterizado quando a distribuição das

deformações na seção transversal pertencerem a um dos domínios definidos

na figura abaixo

FIGURA A.1 – DOMÍNIOS ESTIPULADOS PELA NORMA NBR 6118/03.

A.2. Dimensões Mínimas de Lajes

Outra consideração que consta na norma NBR 6118, em seu item 13.2.4, é a

de que as espessuras mínimas de lajes maciças deverão ser das seguintes

dimensões:

• 5 cm para lajes de cobertura não em balanço;

• 7 cm para lajes de piso e lajes em balanço;

161

• 10 cm para lajes destinadas a passagem de veículos com peso

total menor ou igual a 30 KN;

• 12 cm para lajes destinadas a passagem de veículos com peso

total maior do que 30 KN.

A.3. Dimensões Mínimas de Pilares

O tópico 13. 2.3 nos dá a seguinte orientação:

A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a

sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm.

Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e

12 cm, desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no

dimensionamento por um coeficiente adicional γn, de acordo com o indicado na

tabela 13.1 e na seção 11. Demonstrado no quadro 1 Em qualquer caso, não

se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².

b cm ≥19 18 17 16 15 14 13 12 Ϫn 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35

onde: Ϫn = 1,95 - 0,05b; b é a menor dimensão da seção transversal do pilar. Nota : o coeficiente Ϫn deve ser majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nos pilares, quando de seu dimensionamento.

QUADRO 1 – VALORES DO COEFICIENTE ADICIONAL γn

FONTE: NBR 6118 (2003)

162

A.4. Carregamentos Acidentais e Pesos Específicos dos Materiais

Local Carga(KN/m²)

Corredores Com acesso ao público

Sem acesso ao público

3

2

Cozinhas não

residencial

A ser determinada em cada caso, porém com

o mínimo de 3

Depósitos

A ser determinada em cada caso e na falta

de valores experimentais conforme o

indicado em 2.2.1.3

-

Edifícios

residenciais

Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro

Despensa, área de serviço e lavanderia

1,5

2

Escadas Com acesso ao público

Sem acesso ao público

3

2,5

Forros Sem acesso a pessoas 0,5

Lavanderias Incluindo equipamentos 3

Terraços

Sem acesso ao público

Com acesso ao público

Terraços Inacessíveis a pessoas

Destinados a heliportos elevados: as cargas

deverão ser fornecidas pelo órgão

competente do Ministério da Aeronáutica

2

3

0,5

-

QUADRO 2 – VALORES MÍNIMOS DE CARGAS ACIDENTAIS

FONTE: NBR 6118 (2003)

163

Materiais Peso específico

aparente (KN/m³)

Revestimentos

e concretos

Argamassa de cal, cimento e areia

Revestimentos Argamassa de cimento e

areia

e concretos Argamassa de gesso

Concreto simples

Concreto armado

19

21

12,5

24

25

Blocos artificiais Blocos de argamassa

Cimento amianto

Lajotas cerâmicas

Tijolos furados

Tijolos maciços

Tijolos sílico-calcáreos

22

20

18

13

18

20

QUADRO 3 – PESOS ESPECÍFICOS DE ALGUNS MATERIAIS DE

CONSTRUÇÃO

FONTE: NBR 6118 (2003)

A.5. Coeficientes de Ponderação

Combinações de Ações

Ações

Permanente (g) Variáveis (q) Protensão (p) Recalque de

apoio de retração

D F G T D F D F Normais 1,4 (1) 1 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0,0

Especiais ou de construção 1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0,0

Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0,0 1,2 0,9 0,0 0,0 Onde: D é desfavorável, F é favorável, g cargas variáveis em geral e T é a temperatura

(1) Para cargas permanentes de pequena variabilidade, com o peso próprio das estruturas, especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3

QUADRO 4 – COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO (ΓF=ΓF1XΓF3) EM

FUNÇÃO DAS CATEGORIAS DE CARREGAMENTO E AÇÕES.

FONTE: NBR 6118 (2003)

164

Ações γf2 Ψ0 Ψ1 (1) Ψ2

Cargas Acidentais

Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas (2)

0,5 0,4 0,3

Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentração de pessoas (3)

0,7 0,6 0,4

Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens

0,8 0,7 0,6

Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral

0,6 0,3 0

Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local

0,6 0,5 0,3

(1) Para valores de Ψ1 relativos às pontes e principalmente aos problemas de fadiga, ver seção 23 da NBR 6118/2003. (2) Edifícios residenciais. (3) Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos

QUADRO 5- VALORES PARA O COEFICIENTE ΓF2, QUE COMPÕE O

COEFICIENTE ΓF.

FONTE: NBR 6118 (2003)

Combinações Concreto (Ϫc)

Aço (Ϫs)

Normais 1,4 1,15 Especiais ou de

construção 1,2 1,15

Excepcionais 1,2

1,0

QUADRO 6 - COEFICIENTES DE MINORAÇÃO DO CONCRETO E AÇO, EM

FUNÇÃO DO TIPO DE COMBINAÇÃO CONSIDERADO.

FONTE: NBR 6118 (2003)

165

A.6. Ponderação adicional para pilares de pequenas dimensões A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a

sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm.

Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e

12 cm, desde que multipliquem as ações a serem consideradas no

dimensionamento por um coeficiente adicional γn, de acordo o indicado na

tabela 13.1 e na seção 11. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção

transversal real inferior a 360 cm².

b cm ≥19 18 17 16 15 14 13 12 Ϫn 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35

onde: Ϫn = 1,95 - 0,05b; b é a menor dimensão da seção transversal do pilar. Nota : o coeficiente Ϫn deve ser majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nos pilares, quando de seu dimensionamento.

QUADRO 7 - VALORES DO COEFICIENTE ADICIONAL ΓN.

A.7. Dimensões Mínimas de Vigas

Conforme o item 13.2.2 da NBR6118/2003, a seção transversal das vigas não deve

apresentar largura menor que 12 cm e das vigas-paredes, menor que 15 cm. Estes

limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em

casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições:

A.8. Dimensões Mínimas de Lajes

De acordo com a NBR 6118/2003 as espessuras mínimas das lajes maciças

são:

a) 5 cm para lajes de cobertura não em balanço.

b) 7 cm para lajes de piso e lajes em balanço.

c) 10 cm para lajes destinadas a passagem de veículos com peso

total menor ou igual a 30 KN.

166

d) 12 cm para lajes destinadas a passagem de veículos com peso

total ou maior do que 30 KN.

e) 15 cm para lajes com protensão em vigas, l/42 para piso

biapoiados e l/50 para lajes de piso contínuo.

f) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelos.

A.8. Cobrimento das armaduras

QUADRO 8 - CORRESPONDENCIA ENTRE CLASSE DE AGRESSIVIDADE

AMBIENTAL E COBRIMENTO NOMINAL ΔC = 10 mm

A.9. Avaliação de Flechas

17.3.2.1 Avaliação aproximada da flecha em vigas

O modelo de comportamento da estrutura pode admitir o concreto e o

aço como materiais de comportamento elástico linear, de modo que as seções

Tipo da Estrutura

Componente ou elemento

Classe de agressividade ambiental (tabela 6.1) I II III IV³

Cobrimento nominal mm

Concreto armado

Laje ² 20 25 35 45 Viga/Pilar 25 30 40 50

Concreto protendido Todos 30 35 45 55

¹ Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto

armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão. ² Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser substituídas por 7.4.7.5, respeitando um cobrimento nominal >15mm ³ Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivo, a armadura deve ter cobrimento nominal > 45mm.

167

ao longo do elemento estrutural possam ter as deformações específicas

determinadas no estádio I, desde que os esforços não superem aqueles que

dão início à fissuração, e no estádio II, e caso contrário.

Deve ser utilizado no cálculo o valos do módulo de elasticidade secante Ecs

definido na seção 8, sendo obrigatório a consideração do efeito da fluência.

17.3.2.1.1 Flecha imediata em vigas de concreto armado

Para uma avaliação aproximada da flecha imediata em vigas, pode-se utilizar a

expressão de rígidez equivalente dada a seguir:

(𝐸𝐼)𝑒𝑞 = 𝐸𝑐𝑠 ��𝑀𝑟

𝑀𝑎�3

𝐼𝑐 + �1 − �𝑀𝑟

𝑀𝑎�3

� 𝐼𝐼𝐼� ≤ 𝐸𝑐𝑠𝐼𝑐

Onde:

Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto;

III é o momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II,

calculado com 𝛼𝑒 = 𝐸𝑠𝐸𝑐𝑠

;

Ma é o momento fletor na seção crítica do vão considerado, momento máximo

no vão para vigas biapoiadas contínuas e momento no apoio para balanços,

para a combinação de ações considerada nessa avaliação;

Mr é o momento de fissuração do elemento estrutural, cujo valor deve ser

reduzido à metade no caso de utilização de barras lisas;

Ecs é o modulo de elasticidade secante no concreto.

17.3.2.1.2 Cálculo da flecha diferida no tempo para vigas de concreto armado

A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa duração em

função da fluência, pode ser calculada de maneira aproximada pela

multiplicação da flecha imediata pelo fator αf dada pela expressão:

𝛼𝑓 =𝛥𝜀

1 + 50𝜌′

Onde:

𝜌′ =𝐴𝑠′𝑏𝑑

𝜀 é um coeficiente função do tempo, que pode ser obtido diretamente na tabela

XXX ou ser calculado pelas expressões seguintes:

𝛥𝜀 = 𝜀(𝑡) − 𝜀(𝑡0)

168

𝜀(𝑡) = 0,68(0,966𝑡)𝑡0,32 para t ≤ 70 meses

𝜀(𝑡) = 2 para t>70 meses

QUADRO 9 - VALORES DO COEFICIENTE Ɛ

Onde:

t é o tempo, em meses, quando se deseja o valor da flecha diferida;

t0 é a idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga de longa

duração. No caso de parcelas da carga de longa duração serem aplicadas

em idades diferentes, pode-se tomar para t0 o valor ponderado a seguir:

𝑡0 =ΣPit0i

ΣPi

Onde:

Pi representa as parcelas de carga;

T0i é a idade em que se aplicou cada parcela Pi, em meses.

O valor da flecha total deve ser obtido multiplicando a flecha imediata por

(1+αf).

Tempo (t) meses 0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 >70

Coeficiente ɛ (t) 0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2

169

ANEXO B

DESENHOS

180

ANEXO C

C.1. PILARES

TABELA 1C – RESULTADOS DE SEÇÃO DE PILARES, OBTIDOS POR MEIO

DO PRÉ-DIMENSIONAMENTO.

Pilar Área de Influência (m²)

PK (KN)

σik Tipo do Pilar

β ɤn Ac

(cm²) Acminimo (cm²)

Dimensão do Pilar

hadotado (cm)

b

(cm)

a

(cm)

P1 3,70 139 1 Canto 1,4 1,35 262,2 360 12 30 30

P2 6,01 225 1 Extremidade 1,2 1,35 365,1 365,1075 12 30 30

P3 3,04 114 1 Canto 1,4 1,35 215,5 360 12 30 30

P4 3,04 114 1 Canto 1,4 1,35 215,5 360 12 30 30

P5 6,01 225 1 Extremidade 1,2 1,35 365,1 365,1075 12 30 30

P6 3,70 139 1 Canto 1,4 1,35 262,2 360 12 30 30

P7 7,62 286 1 Interno 1,0 1,35 385,8 385,7625 12 32 35

P8 4,23 159 1 Extremidade 1,2 1,35 257,0 360 12 30 30

P9 4,23 159 1 Extremidade 1,2 1,35 257,0 360 12 30 30

P10 7,62 286 1 Interno 1,0 1,35 385,8 385,7625 12 32 35

P11 5,07 190 1 Canto 1,4 1,35 359,3 360 12 30 30

P12 5,07 190 1 Canto 1,4 1,35 359,3 360 12 30 30

P13 6,56 246 1 Extremidade 1,2 1,35 398,5 398,52 12 33 30

P14 12,00 450 1 Extremidade 1,2 1,15 621,0 621 16 39 42

P15 12,00 450 1 Extremidade 1,2 1,15 621,0 621 16 39 42

P16 6,56 246 1 Extremidade 1,2 1,35 398,5 398,52 12 33 35

P17 9,23 346 1 Extremidade 1,2 1,2 498,4 498,42 15 33 35

P18 6,76 254 1 Extremidade 1,2 1,35 410,7 410,67 12 34 35

P19 6,76 254 1 Extremidade 1,2 1,35 410,7 410,67 12 34 35

P20 9,23 346 1 Extremidade 1,2 1,2 498,4 498,42 15 33 35

P21 5,48 206 1 Extremidade 1,2 1,35 332,9 360 12 30 30

TABELA 1C – RESULTADOS DE SEÇÃO DE PILARES, OBTIDOS POR MEIO

DO PRÉ-DIMENSIONAMENTO.

181

Pilar Área de Influência (m²)

PK (KN)

σik Tipo do Pilar

β ɤn Ac

(cm²) Acminimo (cm²)

Dimensão do Pilar

hadotado (cm)

b

(cm)

a

(cm)

P22 11,28 423 1 Interno 1,0 1,2 507,6 507,6 15 34 35

P23 11,28 423 1 Interno 1,0 1,2 507,6 507,6 15 34 35

P24 5,48 206 1 Extremidade 1,2 1,35 332,9 360 12 30 30

P25 9,23 346 1 Extremidade 1,2 1,2 498,4 498,42 15 33 35

P26 4,78 179 1 Extremidade 1,2 1,35 290,4 360 12 30 30

P27 4,78 179 1 Extremidade 1,2 1,35 290,4 360 12 30 30

P28 9,23 346 1 Extremidade 1,2 1,2 498,4 498,42 15 33 35

P29 6,56 246 1 Extremidade 1,2 1,35 398,5 398,52 12 33 35

P30 12,00 450 1 Extremidade 1,2 1,15 621,0 621 16 39 42

P31 12,00 450 1 Extremidade 1,2 1,15 621,0 621 16 39 42

P32 6,56 246 1 Extremidade 1,2 1,35 398,5 398,52 12 33 35

P33 5,07 190 1 Canto 1,4 1,35 359,3 360 12 30 30

P34 5,07 190 1 Canto 1,4 1,35 359,3 360 12 30 30

P35 7,62 286 1 Interno 1,0 1,35 385,8 385,7625 12 32 35

P36 2,07 78 1 Canto 1,4 1,35 146,7 360 12 30 30

P37 2,07 78 1 Canto 1,4 1,35 146,7 360 12 30 30

P38 7,62 286 1 Interno 1,0 1,35 385,8 385,7625 12 32 35

P39 3,70 139 1 Canto 1,4 1,35 262,2 360 12 30 30

P40 6,01 225 1 Extremidade 1,2 1,35 365,1 365,1075 12 30 30

P41 3,04 114 1 Canto 1,4 1,35 215,5 360 12 30 30

P42 3,04 114 1 Canto 1,4 1,35 215,5 360 12 30 30

P43 6,01 225 1 Extremidade 1,2 1,35 365,1 365,1075 12 30 30

P44 3,70 139 1 Canto 1,4 1,35 262,2 360 12 30 30

182

C.2. VIGAS

TABELA 2C – RESULTADOS DO PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

BALDRAME

Viga

Maior Vão l (cm) Tipo b(cm) h (cm) hadotado (cm)

V1 3,85 Contínua l/15 12 26 40

V2 3,85 Contínua l/15 12 26 40

V3 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 40

V4 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 40

V5 2,55 Contínua l/15 12 17 40

V6 3,95 Simpl. Apoiada l/12 12 33 40

V7 3,95 Simpl. Apoiada l/12 12 33 40

V8 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V9 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V10 2,55 Contínua l/15 12 17 40

V11 5,90 Contínua l/15 12 40 40

V12 5,90 Contínua l/15 12 40 40

V13 2,55 Contínua l/15 12 17 40

V14 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V15 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V16 3,95 Simpl. Apoiada l/12 12 33 40

V17 3,95 Simpl. Apoiada l/12 12 33 40

V18 2,35 Contínua l/15 12 16 40

V19 2,35 Contínua l/15 12 16 40

V20 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 40

V21 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 40

V22 3,85 Contínua l/15 12 26 40

V23 3,85 Contínua l/15 12 26 40

V24 3,55 Contínua l/15 12 24 40

V25 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V26 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

183

TABELA 2C – RESULTADOS DO PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

BALDRAME

Viga

Maior Vão l (cm) Tipo b(cm) h (cm) hadotado (cm)

V27 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V28 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V29 2,55 Contínua l/15 12 17 40

V30 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V31 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V32 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V33 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V34 2,40 Simpl. Apoiada l/12 12 20 40

V35 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V36 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V37 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V38 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V39 2,40 Contínua l/15 12 20 40

V40 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V41 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V42 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V43 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V44 2,55 Contínua l/15 12 17 40

V45 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V46 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 40

V47 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V48 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V49 3,55 Contínua l/15 12 24 40

184

TABELA 3C – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS DO PAVIMENTO TIPO

(3X)

VIGA Maior Vão l (cm) Tipo b(cm) h (cm) adotado (cm)

V1 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V2 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V3 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V4 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V5 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V6 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V7 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V8 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V9 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V10 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V11 4,70 Contínua l/15 12 32 40

V12 4,70 Contínua l/15 12 32 40

V13 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V14 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V15 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V16 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V17 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V18 2,35 Contínua l/15 12 16 30

V19 2,35 Contínua l/15 12 16 30

V20 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V21 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V22 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V23 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V24 3,55 Contínua l/15 12 24 30

V25 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V26 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V27 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V28 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V29 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

185

TABELA 3C – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS DO PAVIMENTO TIPO

(3X)

VIGA Maior Vão l (cm) Tipo b(cm) h (cm) adotado (cm)

V30 3,45 Contínua l/15 12 23 30

V31 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V32 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V33 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V34 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V35 3,45 Contínua l/15 12 23 30

V36 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V37 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V38 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V39 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V40 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V41 3,55 Contínua l/15 12 24 30

TABELA 4C – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS DA COBERTURA

VIGA Maior Vão l (cm) Tipo b(cm) h (cm) hadotado (cm)

V1 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V2 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V3 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V4 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V5 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V6 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V7 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V8 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V9 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V10 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V11 4,70 Contínua l/15 12 32 40

V12 4,70 Contínua l/15 12 32 40

V13 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V14 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

186

TABELA 4C – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS DA COBERTURA

V15 4,15 Simpl. Apoiada l/12 12 35 40

V16 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V17 2,65 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V18 2,35 Contínua l/15 12 16 30

V19 2,35 Contínua l/15 12 16 30

V20 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V21 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V22 2,35 Simpl. Apoiada l/12 12 20 30

V23 3,85 Contínua l/15 12 26 30

V24 3,55 Contínua l/15 12 24 30

V25 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V26 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V27 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V28 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V29 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V30 3,45 Contínua l/15 12 23 30

V31 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V32 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V33 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V34 3,45 Simpl. Apoiada l/12 12 29 40

V35 3,45 Contínua l/15 12 23 30

V36 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V37 2,55 Simpl. Apoiada l/12 12 22 30

V38 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V39 2,55 Contínua l/15 12 17 30

V40 3,55 Simpl. Apoiada l/12 12 30 40

V41 3,55 Contínua l/15 12 24 30

187

C.3. LAJES

TABELA 5C – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS LAJES PAVIMENTO TIPO

Laje α=2,33 n lx ly 0,7ly Menor d (cm) h =adotado(cm)

L1 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

L2 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L3 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L4 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L5 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L6 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

L7 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L8 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L9 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L10 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L11 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L12 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L13 2,33 4 2,30 6,85 4,80 2,30 4 8

L14 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L15 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L16 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L17 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L18 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L19 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L20 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

L21 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L22 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L23 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L24 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L25 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

188

TABELA 6C - LAJES DA COBERTURA

Laje α=2,33 n lx ly 0,7ly Menor d

(cm)

h =adotado(cm)

L1 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

L2 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L3 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L4 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L5 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L6 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

L7 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L8 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L9 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L10 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L11 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L12 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L13 2,33 4 2,30 6,85 4,80 2,30 4 8

L14 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L15 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L16 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L17 2,33 2 2,15 3,45 2,42 2,15 5 8

L18 2,33 4 4,70 4,60 3,22 3,22 6 8

L19 2,33 3 2,55 4,15 2,91 2,91 6 8

L20 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

L21 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L22 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L23 2,33 2 1,20 2,35 1,65 1,65 4 8

L24 2,33 3 2,55 2,65 1,86 1,86 4 8

L25 2,33 2 3,55 3,85 2,70 2,70 6 8

189

ANEXO D

190

TABELA 1D – CARGAS DISTRIBUÍDAS POR ÁREAS DE INFLUÊNCIA – COBERTURA

Laje

Carga Permanent

e (tf/m²)

Carga Acidental (tf/m²)

Area (m²) Comprimento

do Trecho (m)

Permanente na Laje (tf/m)

Acidental (tf/m)

Platibanda (tf/m)

Permanente Sobre a Viga

(tf/m)

TOTAL (tf/m)

L1 0,32 0,15

A1 2,70 3,85 0,22 0,11 0,35 0,57 0,68 A2 2,31 3,55 0,21 0,10 0,35 0,56 0,66 A3 3,99 3,55 0,36 0,17 0 0,36 0,53 A4 4,67 3,85 0,39 0,18 0 0,39 0,57

L2 0,32 0,15

A1 1,01 2,65 0,12 0,06 0,35 0,47 0,53 A2 1,99 2,55 0,25 0,12 0 0,25 0,37 A3 1,99 2,55 0,25 0,12 0 0,25 0,37 A4 1,76 2,65 0,21 0,10 0 0,21 0,31

L3 0,32 0,15

A1 0,77 2,35 0,10 0,05 0,35 0,45 0,50 A2 0,46 1,2 0,12 0,06 0 0,12 0,18 A3 0,26 1,2 0,07 0,03 0,35 0,42 0,45 A4 1,33 2,35 0,18 0,08 0 0,18 0,27

L7 0,32 0,15

A1 4,01 4,15 0,31 0,14 0 0,31 0,45 A2 0,94 2,55 0,12 0,06 0,35 0,47 0,52 A3 1,63 2,55 0,20 0,10 0 0,20 0,30 A4 4,01 4,15 0,31 0,14 0 0,31 0,45

191

TABELA 1D – CARGAS DISTRIBUÍDAS POR ÁREAS DE INFLUÊNCIA – COBERTURA

Laje Carga

Permanente (tf/m²)

Carga Acidental

(tf/m²) Area (m²)

Comprimento do Trecho

(m)

Permanente na Laje (tf/m)

Acidental (tf/m)

Platibanda (tf/m)

Permanente Sobre a Viga

(tf/m)

TOTAL (tf/m)

L8 0,32 0,15

A1 1,38 2,35 0,19 0,09 0 0,19 0,28 A2 1,23 1,05 0,38 0,18 0 0,38 0,55 A3 3,96 2,65 0,48 0,22 0 0,48 0,70 A4 4,38 4,6 0,31 0,14 0 0,31 0,45 A5 0,25 1 0,08 0,04 0 0,08 0,12 A6 0,15 0,3 0,16 0,08 0 0,16 0,24 A7 2,90 2,55 0,36 0,17 0 0,36 0,53 A8 5,19 4,7 0,35 0,17 0 0,35 0,52

L9 0,32 0,15

A1 0,67 2,15 0,10 0,05 0,35 0,45 0,50 A2 2,80 3,45 0,26 0,12 0 0,26 0,38 A3 2,80 3,45 0,26 0,12 0 0,26 0,38 A4 1,16 2,15 0,17 0,08 0 0,17 0,25

L13 0,32 0,15

A1 5,59 6,85 0,26 0,12 0 0,26 0,38 A2 2,29 2,3 0,32 0,15 0 0,32 0,47 A3 2,29 2,3 0,32 0,15 0 0,32 0,47 A4 5,59 6,85 0,26 0,12 0 0,26 0,38

LE 0,32 0,15

A1 0,94 2,55 0,12 0,06 0,35 0,47 0,52 A2 3,12 3,45 0,29 0,14 0 0,29 0,42 A3 3,12 3,45 0,29 0,14 0 0,29 0,42 A4 1,63 2,55 0,20 0,10 0 0,20 0,30

192

TABELA 1D – CARGAS DISTRIBUÍDAS POR ÁREAS DE INFLUÊNCIA – COBERTURA

Laje Carga

Permanente (tf/m²)

Carga Acidental

(tf/m²) Area (m²)

Comprimento do Trecho

(m)

Permanente na Laje (tf/m)

Acidental (tf/m)

Platibanda (tf/m)

Permanente Sobre a Viga

(tf/m)

TOTAL (tf/m)

L16 0,32 0,15

A1 0,85 2,15 0,13 0,06 0,35 0,48 0,53 A2 3,24 3,45 0,30 0,14 0 0,30 0,44 A3 1,87 3,45 0,17 0,08 0,35 0,52 0,60 A4 1,47 2,15 0,22 0,10 0 0,22 0,32

193

TABELA 2D – CARGAS DISTRIBUÍDAS POR ÁREAS DE INFLUÊNCIA – PAVIMENTO TIPO

Laje

Carga Permanente

atuante na Laje (tf/m²)

Carga Acidental Atuante (tf/m²)

Area de Influencia (m²)

Comprimento do Trecho (m)

Permanente na laje (tf/m)

Acidental na laje (tf/m) Total (tf/m)

L1

0,502 0,2 A1 2,70 3,85 0,35 0,14 0,49 0,502 0,2 A2 2,31 3,55 0,33 0,13 0,46 0,502 0,2 A3 3,99 3,55 0,56 0,23 0,79 0,502 0,2 A4 4,67 3,85 0,61 0,24 0,85

L2

0,290 0,2 A1 1,01 2,65 0,11 0,08 0,19 0,290 0,2 A2 1,99 2,55 0,23 0,16 0,38 0,290 0,2 A3 1,99 2,55 0,23 0,16 0,38 0,290 0,2 A4 1,76 2,65 0,19 0,13 0,32

L3

0,300 0,2 A1 0,77 2,35 0,10 0,07 0,16 0,300 0,2 A2 0,46 1,2 0,11 0,08 0,19 0,300 0,2 A3 0,26 1,2 0,07 0,04 0,11 0,300 0,2 A4 1,33 2,35 0,17 0,11 0,28

L7

0,290 0,2 A1 4,01 4,15 0,28 0,19 0,47 0,290 0,2 A2 0,94 2,55 0,11 0,07 0,18 0,290 0,2 A3 1,63 2,55 0,18 0,13 0,31 0,290 0,2 A4 4,01 4,15 0,28 0,19 0,47

194

TABELA 2D – CARGAS DISTRIBUÍDAS POR ÁREAS DE INFLUÊNCIA – PAVIMENTO TIPO

Laje

Carga Permanente

atuante na Laje (tf/m²)

Carga Acidental Atuante (tf/m²)

Area de Influencia (m²)

Comprimento do Trecho (m)

Permanente na laje (tf/m)

Acidental na laje (tf/m) Total (tf/m)

L8

0,290 0,2 A1 1,38 2,35 0,17 0,12 0,29 0,290 0,2 A2 1,23 1,05 0,34 0,24 0,58 0,290 0,2 A3 3,96 2,65 0,43 0,30 0,73 0,290 0,2 A4 4,38 4,6 0,28 0,19 0,47 0,290 0,2 A5 0,25 1 0,07 0,05 0,12 0,290 0,2 A6 0,15 0,3 0,15 0,10 0,25 0,290 0,2 A7 2,90 2,55 0,33 0,23 0,56 0,290 0,2 A8 5,19 4,7 0,32 0,22 0,54

L9

0,300 0,2 A1 0,85 2,15 0,12 0,08 0,20 0,300 0,2 A2 3,24 3,45 0,28 0,19 0,47 0,300 0,2 A3 1,87 3,45 0,16 0,11 0,27 0,300 0,2 A4 1,47 2,15 0,20 0,14 0,34

L13

0,504 0,2 A1 5,59 6,85 0,41 0,16 0,57 0,504 0,2 A2 2,29 2,3 0,50 0,20 0,70 0,504 0,2 A3 2,29 2,3 0,50 0,20 0,70 0,504 0,2 A4 5,59 6,85 0,41 0,16 0,57

195

TABELA 3D – CARGAS DISTRIBUÍDAS SOBRE AS VIGAS – COBERTURA

Viga Trecho Comprimento (m)

Carga Permanente (tf/m)

Carga Permanente x Comprimento (

tf)

Carga Acidental

(tf/m) Carga Acidental x Comprimento ( tf)

Carga (tf/m)

V1 a 3,85 0,57 2,21 0,11 0,40 0,68 b 2,65 0,47 1,25 0,06 0,15 0,53

V2 a 2,35 0,45 1,07 0,05 0,12 0,50

V5

a 2,35 0,37 0,87 0,17 0,41 0,54 b 2,15 0,45 0,97 0,05 0,10 0,50 c 2,55 0,47 1,19 0,06 0,14 0,52 d 2,15 0,45 0,97 0,05 0,10 0,42 e 2,35 0,37 0,87 0,17 0,41 0,54

V6 a 2,65 0,69 1,83 0,32 0,86 1,01 V8 a 3,85 0,70 2,68 0,33 1,26 1,02

V10 a 2,15 0,43 0,93 0,20 0,44 0,64 b 2,55 0,46 1,19 0,22 0,56 0,68 c 2,15 0,43 0,93 0,20 0,44 0,64

V11 a 4,15 0,62 2,57 0,29 1,20 0,91 b 4,7 0,71 3,32 0,33 1,56 1,04

V13 a 2,15 0,48 1,03 0,22 0,48 0,70 b 2,55 0,61 1,56 0,12 0,31 0,73 c 2,15 0,48 1,03 0,22 0,48 0,70

V18 a 2,35 0,37 0,87 0,17 0,41 0,54 b 2,15 0,48 1,02 0,06 0,13 0,53

V24 c 2,55 0,47 1,19 0,06 0,14 0,52 d 3,55 0,56 1,98 0,10 0,35 0,66

196

TABELA 3D – CARGAS DISTRIBUÍDAS SOBRE AS VIGAS – COBERTURA

Viga

Trecho Comprimento

(m) Carga

Permanente (tf/m)

Carga Permanente x Comprimento (

tf)

Carga Acidental

(tf/m) Carga Acidental x Comprimento ( tf) Carga (tf/m)

V26 a 2,55 0,57 1,45 0,27 0,68 0,83 b 2,55 0,57 1,45 0,27 0,68 0,83

V27 a 1 0,60 0,60 0,28 0,28 0,88 b 2,55 0,61 1,56 0,29 0,73 0,90

V29 a 1,05 0,63 0,66 0,29 0,31 0,92 b 1,5 0,37 0,56 0,17 0,26 0,55

V30

a 1,2 0,42 0,50 0,03 0,04 0,45 b 3,45 0,61 2,09 0,28 0,98 0,89 c 2,3 0,62 1,43 0,29 0,67 0,92 d 3,45 0,56 1,95 0,26 0,91 0,83 e 1,2 0,42 0,50 0,03 0,04 0,45

V31 a 3,45 0,52 1,81 0,08 0,28 0,60 V32 a 3,45 0,55 1,89 0,26 0,89 0,81

197

TABELA 4D – CARGAS DISTRIBUÍDAS SOBRE AS VIGAS – PAVIMENTO TIPO

Viga Trecho

Comprimento do trecho

(m)

Carga Permanent

e (tf/m)

Parede (tf/m)

Carga PermxCompriment

o (tf)

Escada (tf/m)

Carga Acidental

(tf/m)

Carga AcidxCompriment

o (tf)

Total (tf/m)

V1 a 3,850 0,35 0,55 3,47 0,00 0,14 0,54 1,04 b 2,650 0,11 0,55 1,75 0,00 0,08 0,20 0,74

V2 a 2,350 0,10 0,55 1,52 0,00 0,07 0,15 0,71

V5

a 2,350 0,34 0,55 2,09 0,00 0,23 0,54 1,12 b 2,150 0,12 0,55 1,44 0,00 0,08 0,17 0,75 c 2,550 0,00 1,31 3,34 0,43 0,00 1,10 1,74 d 2,150 0,12 0,55 1,44 0,00 0,08 0,17 0,75 e 2,350 0,34 0,55 2,09 0,00 0,23 0,54 1,12

V6 a 2,650 0,63 0,55 3,12 0,00 0,43 1,14 1,61 V8 a 3,850 0,89 0,55 5,54 0,00 0,44 1,68 1,87

V10 a 2,150 0,62 0,55 2,51 0,00 0,30 0,64 1,46 b 2,550 0,41 0,76 2,99 0,43 0,16 1,51 1,76 c 2,150 0,62 0,55 2,51 0,00 0,30 0,64 1,46

V11 a 4,150 0,56 0,53 4,52 0,00 0,39 1,60 1,47 b 4,700 0,64 0,53 5,49 0,00 0,44 2,08 1,61

V13 a 2,150 0,62 0,55 2,51 0,00 0,30 0,64 1,46 b 2,550 0,41 0,55 2,45 0,00 0,16 0,42 1,12 c 2,150 0,62 0,55 2,51 0,00 0,30 0,64 1,46

V18 a 2,350 0,34 0,55 2,09 0,00 0,23 0,54 1,12 b 2,150 0,12 0,55 1,44 0,00 0,08 0,17 0,75

V24 c 2,550 0,11 0,55 1,67 0,00 0,07 0,19 0,73 d 3,550 0,33 0,55 3,11 0,00 0,13 0,46 1,01

198

TABELA 4D – CARGAS DISTRIBUÍDAS SOBRE AS VIGAS – PAVIMENTO TIPO

Viga Trecho

Comprimento do trecho

(m)

Carga Permanent

e (tf/m)

Parede (tf/m)

Carga PermxCompriment

o (tf)

Escada (tf/m)

Carga Acidental

(tf/m)

Carga AcidxCompriment

o (tf)

Total (tf/m)

V26 a 2,550 0,51 0,55 2,72 0,00 0,36 0,91 1,42 b 2,550 0,51 0,55 2,72 0,00 0,36 0,91 1,42

V27 a 1,000 0,78 0,53 1,31 0,00 0,38 0,38 1,69 b 2,550 0,79 0,53 3,37 0,00 0,38 0,97 1,70

V29 a 1,050 0,57 0,55 1,17 0,00 0,39 0,41 1,51 b 1,500 0,34 0,55 1,34 0,00 0,23 0,35 1,12

V30

a 1,200 0,07 0,55 0,74 0,00 0,04 0,05 0,66 b 3,450 0,56 0,55 3,82 0,00 0,38 1,31 1,49 c 2,300 0,78 0,55 3,06 0,00 0,39 0,90 1,72 d 3,450 0,56 0,55 3,82 0,00 0,38 1,31 1,49 e 1,200 0,07 0,55 0,74 0,00 0,04 0,05 0,66

V32 a 3,450 0,16 0,53 2,38 0,00 0,11 0,37 0,80

199

TABELA 5D – CARGA TOTAL PAVIMENTO – COBERTURA

Viga Trecho Comprimento

(m) a (cm) b (cm) Peso (tf) Carga Lajes

(tf) Total (tf) Fator Total (tf)

V1 a 3,85 0,12 0,3 0,347 2,615 2,961 4 11,845 b 2,65 0,12 0,3 0,239 1,404 1,642 4 6,570

V2 a 2,35 0,12 0,3 0,212 1,184 1,395 4 5,581

V5

a 2,35 0,12 0,3 0,212 1,275 1,486 1 1,486 b 2,15 0,12 0,3 0,194 1,066 1,260 1 1,260 c 2,55 0,12 0,3 0,230 1,334 1,563 1 1,563 d 2,15 0,12 0,3 0,194 1,066 1,260 1 1,260 e 2,35 0,12 0,3 0,212 1,275 1,486 1 1,486

V6 a 2,65 0,12 0,3 0,239 2,687 2,925 4 11,702 V8 a 3,85 0,12 0,4 0,462 3,943 4,405 4 17,620

V10 a 2,15 0,12 0,3 0,194 1,367 1,561 1 1,561 b 2,55 0,12 0,3 0,230 1,742 1,971 1 1,971 c 2,15 0,12 0,3 0,194 1,367 1,561 1 1,561

V11 a 4,15 0,12 0,4 0,498 3,769 4,267 2 8,533 b 4,7 0,12 0,4 0,564 4,880 5,444 2 10,889

V13 a 2,15 0,12 0,3 0,194 1,513 1,706 1 1,706 b 2,55 0,12 0,3 0,230 1,870 2,099 1 2,099 c 2,15 0,12 0,3 0,194 1,513 1,706 1 1,706

200

TABELA 5D – CARGA TOTAL PAVIMENTO – COBERTURA

Viga Trecho Comprimento

(m) a (cm) b (cm) Peso (tf) Carga Lajes

(tf) Total (tf) Fator Total (tf)

V18 a 2,35 0,12 0,3 0,212 1,275 1,486 2 2,972 b 2,15 0,12 0,3 0,194 1,150 1,344 2 2,687

V24 c 2,55 0,12 0,3 0,230 1,334 1,563 4 6,252 d 3,55 0,12 0,3 0,320 2,327 2,646 4 10,584

V26 a 2,55 0,12 0,3 0,230 2,127 2,357 2 4,714 b 2,55 0,12 0,3 0,230 2,127 2,357 2 4,714

V27 a 1 0,12 0,4 0,120 0,881 1,001 4 4,006 b 2,55 0,12 0,4 0,306 2,286 2,592 4 10,368

V29 a 1,05 0,12 0,3 0,095 0,966 1,060 4 4,241 b 1,5 0,12 0,3 0,135 0,819 0,954 4 3,818

V30

a 1,2 0,12 0,3 0,108 0,544 0,652 2 1,304 b 3,45 0,12 0,3 0,311 3,067 3,377 2 6,755 c 2,3 0,12 0,3 0,207 2,107 2,314 2 4,628 d 3,45 0,12 0,3 0,311 2,860 3,171 2 6,341 e 1,2 0,12 0,3 0,108 0,544 0,652 2 1,304

V31 a 3,45 0,12 0,4 0,414 2,086 2,500 2 5,000 V32 a 3,45 0,12 0,4 0,414 2,780 3,194 2 6,387

Total (tf) 176,4732

201

TABELA 6D – CARGA TOTAL PAVIMENTO – PAVIMENTO TIPO

Viga Trecho Comprimento (m) a (m) b (m) peso (tf) Carga Lajes

(tf) Total (tf) Fator Total (tf)

V1 a 3,85 0,12 0,3 0,347 4,010 4,357 4 17,43 b 2,65 0,12 0,3 0,239 1,954 2,193 4 8,77

V2 a 2,35 0,12 0,3 0,212 1,677 1,888 4 7,55

V5

a 2,35 0,12 0,3 0,212 2,635 2,846 1 2,85 b 2,15 0,12 0,3 0,194 1,605 1,799 1 1,80 c 2,55 0,12 0,3 0,230 4,437 4,667 1 4,67 d 2,15 0,12 0,3 0,194 1,605 1,799 1 1,80 e 2,35 0,12 0,3 0,212 2,635 2,846 1 2,85

V6 a 2,65 0,12 0,3 0,239 4,259 4,497 4 17,99 V8 a 3,85 0,12 0,4 0,462 7,218 7,680 4 30,72

V10 a 2,15 0,12 0,3 0,194 3,150 3,343 1 3,34 b 2,55 0,12 0,3 0,230 4,499 4,728 1 4,73 c 2,15 0,12 0,3 0,194 3,150 3,343 1 3,34

V11 a 4,15 0,12 0,3 0,374 6,120 6,494 2 12,99 b 4,7 0,12 0,3 0,423 7,570 7,993 2 15,99

V13 a 2,15 0,12 0,3 0,194 3,150 3,343 1 3,34 b 2,55 0,12 0,3 0,230 2,867 3,096 1 3,10 c 2,15 0,12 0,3 0,194 3,150 3,343 1 3,34

V18 a 2,35 0,12 0,3 0,212 2,635 2,846 2 5,69 b 2,15 0,12 0,3 0,194 1,605 1,799 2 3,60

V24 c 2,55 0,12 0,3 0,230 1,862 2,092 4 8,37 d 3,55 0,12 0,3 0,320 3,572 3,891 4 15,56

202

TABELA 6D – CARGA TOTAL PAVIMENTO – PAVIMENTO TIPO

Viga Trecho Comprimento (m) a (m) b (m) peso (tf) Carga Lajes

(tf) Total (tf) Fator Total (tf)

V26 a 2,55 0,12 0,3 0,230 3,620 3,850 2 7,70 b 2,55 0,12 0,3 0,230 3,620 3,850 2 7,70

V27 a 1 0,12 0,4 0,120 1,685 1,805 4 7,22 b 2,55 0,12 0,4 0,306 4,338 4,644 4 18,58

V29 a 1,05 0,12 0,3 0,095 1,584 1,679 4 6,72 b 1,5 0,12 0,3 0,135 1,685 1,820 4 7,28

V30 a 1,2 0,12 0,3 0,108 0,792 0,900 2 1,80 b 3,45 0,12 0,3 0,311 5,127 5,438 2 10,88 c 2,3 0,12 0,3 0,207 3,952 4,159 2 8,32 d 3,45 0,12 0,3 0,311 5,127 5,438 2 10,88 e 1,2 0,12 0,3 0,108 0,792 0,900 2 1,80

V32 a 3,45 0,12 0,4 0,414 2,756 3,170 4 12,68

Total 281,35

203

TABELA 7D – CARGA TOTAL PAVIMENTO – BALDRAME

Viga Techo Comprimento (m) a (m) b (m) Parede (tf/m) Carga Total (tf) Fator Carga Total (tf)

V1 a 2,58 0,12 0,4 0,55 1,7286

4 6,9144

a.1 1,27 0,12 0,4 0,55 0,8509 3,4036 b 2,65 0,12 0,4 0,55 1,7755 7,102

V3 a 2,35 0,12 0,4 0,55 1,5745 4 6,298

V5

a 2,35 0,12 0,4 0,55 1,5745

1

1,5745 b 2,15 0,12 0,4 0,55 1,4405 1,4405 c 2,55 0,12 0,4 1,69 4,6155 4,6155 d 2,15 0,12 0,4 0,55 1,4405 1,4405 e 2,35 0,12 0,4 0,55 1,5745 1,5745

V6 a 1,27 0,12 0,4 0,55 0,8509 4 3,4036 b 2,65 0,12 0,4 0,55 1,7755 7,102

V8 a 2,58 0,12 0,4 0,55 1,7286 4 6,9144 b 1,57 0,12 0,4 0,55 1,0519 4,2076

V10 a 2,15 0,12 0,4 0,55 1,4405

2 2,881

b 2,55 0,12 0,4 1,19 3,3405 6,681 c 2,15 0,12 0,4 0,55 1,4405 2,881

V11 a 4,15 0,12 0,4 0,55 2,7805 2 5,561 b 5,9 0,12 0,4 0,55 3,953 7,906

V18 a 2,35 0,12 0,4 0,55 1,5745 2 3,149 b 2,15 0,12 0,4 0,55 1,4405 2,881

V24 c 2,55 0,12 0,4 0,55 1,7085

4 6,834

d 3,55 0,12 0,4 0,55 2,3785 9,514

V26 a 1 0,12 0,4 0,55 0,67 4 2,68 b 2,55 0,12 0,4 0,55 1,7085 6,834

204

TABELA 7D – CARGA TOTAL PAVIMENTO – BALDRAME

Viga Techo Comprimento (m) a (m) b (m) Parede (tf/m) Carga Total (tf) Fator Carga Total (tf) V28 a 2,55 0,12 0,4 0,55 1,7085 4 6,834

V29 a 2,55 0,12 0,4 0,55 1,7085 2 3,417 b 2,55 0,12 0,4 0,55 1,7085 3,417

V31 a 2,55 0,12 0,4 0,55 1,7085 4 6,834

V33 a 3,45 0,12 0,4 0,55 2,3115 4 9,246 b 1,2 0,12 0,4 0,55 0,804 3,216

V34 a 2,3 0,12 0,4 0,55 1,541 2 3,082 V36 a 3,45 0,12 0,4 0,55 2,3115 4 9,246

Total (tf) 159,0851

205

TABELA 8D – CARGA NOS PILARES – COBERTURA

Pilares Carga (tf) Fator Total

(tf)

P1 2,80 4 11,21 P2 4,51 4 18,04 P3 2,83 4 11,33 P7 4,31 2 8,62 P8 3,01 2 6,02

P11 2,91 4 11,63 P13 4,31 4 17,23 P14 6,23 4 24,91 P17 4,88 2 9,77 P18 3,36 2 6,73 P21 3,70 2 7,39 P22 7,21 2 14,42 P25 5,06 2 10,12 P26 3,15 2 6,31 P35 4,45 2 8,91 P36 1,92 2 3,84

Total 44 176,47

TABELA 9D – CARGA NOS PILARES – COBERTURA

Pilar Carga Fator Toral P1 4,123931 4 16,5 P2 7,13283 4 28,5 P3 4,375952 4 17,5 P7 6,885453 4 27,5 P8 4,817798 2 9,6

P11 4,835221 4 19,3 P13 6,831663 4 27,3 P14 10,60501 4 42,4 P17 8,468052 4 33,9 P18 5,620702 2 11,2 P21 5,33873 2 10,7 P22 11,09302 2 22,2 P26 4,804702 2 9,6 P36 2,484548 2 5,0

Total 44 281,4

206

TABELA 10D – CARGA NOS PILARES – BALDRAME

Pilar Carga (tf) Fator Total (tf) P1 3,007 4 12,03 P2 4,105 4 16,42 P3 2,853 4 11,41 P7 4,255 4 17,02 P8 4,184 2 8,37

P11 3,333 4 13,33 P13 4,282 4 17,13 P14 3,638 4 14,55 P17 2,755 4 11,02 P18 4,426 4 17,70 P21 3,099 2 6,20 P22 5,075 2 10,15 P36 1,876 2 3,75

Total 44 159,09

TABELA 11D - PESO PRÓPRIO DOS PILARES

Pilar b (m) h (m) Altura(m) Peso (tf) P1 0,15 0,30 9,6 1,08 P2 0,15 0,30 9,6 1,08 P3 0,15 0,42 9,6 1,512 P4 0,15 0,42 9,6 1,512 P5 0,15 0,30 9,6 1,08 P6 0,15 0,30 9,6 1,08 P7 0,15 0,37 9,6 1,332 P8 0,15 0,30 9,6 1,08 P9 0,15 0,30 9,6 1,08

P10 0,15 0,37 9,6 1,332 P11 0,15 0,30 9,6 1,08 P12 0,15 0,30 9,6 1,08 P13 0,15 0,35 9,6 1,26 P14 0,16 0,42 9,6 1,6128 P15 0,16 0,42 9,6 1,6128 P16 0,15 0,35 9,6 1,26 P17 0,15 0,35 9,6 1,26 P18 0,15 0,35 9,6 1,26 P19 0,15 0,35 9,6 1,26 P20 0,15 0,35 9,6 1,26 P21 0,15 0,30 9,6 1,08 P22 0,15 0,35 9,6 1,26 P23 0,15 0,35 9,6 1,26

207

TABELA 11D – PESO PRÓPRIO DOS PILARES

Pilar b (m) h (m) Altura(m) Peso (tf) P24 0,15 0,30 9,6 1,08 P25 0,15 0,35 9,6 1,26 P26 0,15 0,30 9,6 1,08 P27 0,15 0,30 9,6 1,08 P28 0,15 0,35 9,6 1,26 P29 0,15 0,35 9,6 1,26 P30 0,16 0,42 9,6 1,6128 P31 0,16 0,42 9,6 1,6128 P32 0,15 0,35 9,6 1,26 P33 0,15 0,30 9,6 1,08 P34 0,15 0,30 9,6 1,08 P35 0,15 0,37 9,6 1,332 P36 0,15 0,30 9,6 1,08 P37 0,15 0,30 9,6 1,08 P38 0,15 0,37 9,6 1,332 P39 0,15 0,30 9,6 1,08 P40 0,15 0,30 9,6 1,08 P41 0,15 0,42 9,6 1,512 P42 0,15 0,42 9,6 1,512 P43 0,15 0,30 9,6 1,08 P44 0,15 0,30 9,6 1,08

total (tf) 54,5472

1Universidade Federal do Paraná

ANALISE COMPARATIVA DE RESULTADOS OBTIDOS EM SOFTWARES DE DIMENSIONAMENTO DE

ESTRUTURAS EM CONCRETO

Juliano A. Vergutz

Ricardo Custódio

Prof. Dr Orientador.: Claudio Luiz Curotto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

TFC 047 – TRABALHO FINAL DE CURSO

Metodologia de Apresentação

• Introdução• Análise Estruturais• Modelos Estruturais• Combinações e Carregamentos• Descrição dos Programas• Característica do Edifício• Pré-dimensionamento• Planilha Eletrônica• Resultados Obtidos• Conclusão• Referências

2Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

3Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Introdução

O cálculo estruturalProgramas de Cálculo

• Produtividade

• Maior número de considerações

• Flexibilidade nas mudanças

Justificativa• Compreender as atividades existentes

na elaboração de um projeto estrutural

• Observar possíveis diferenças entre os programas de cálculo estrutural, nas análises, resultados de esforços e consumo de materiais

Fonte: TQS informática (2010)

Análise Estruturais

• Análise Linear;

• Análise não Linear;

• Análise Linear com Redistribuição;

• Análise Plástica;

• Análise Através de Modelos Físicos;

4Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Análises Estruturais

Análise Linear

5Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• Materiais assumem comportamento elástico-linear• A resposta da estrutura tem um comportamento proporcional ao acréscimo de cargas

Fonte: KIMURA (2007)

Análises Estruturais

Análise não Linear

6Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• A resposta da estrutura tem um comportamento desproporcional ao acréscimo de cargas

• não linearidade física• não linearidade geométrica

Fonte: KIMURA (2007)

Análises Estruturais

Análise não linear

7Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

pode ser simulada de forma aproximada pela correção da rigidez da estrutura

• não linearidade física:

as propriedades dos materiais se alteram conforme o carregamento for aplicado

Diagrama Tensão-Deformação AçoAUTOR: NBR 6118 (2003)

Diagrama Tensão-Deformação ConcretoAUTOR: NBR 6118 (2003)

Análises Estruturais

Análise não Linear

8Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

efeitos de 2ª ordem

AUTOR: TQS INFORMÁTICA

• não linearidade geométrica:

Gera uma resposta não linear por parte da estrutura, devido as deformações a medida que o carregamento é aplicado

Análises Estruturais

Análise Linear com Redistribuição

9Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• esforços migram das regiões menos rígidas para as mais rígidas

• fissuração (estádio II), provoca um remanejamento dos esforços solicitantes, para regiões de maior rigidez

Análises Estruturais

Análise Plástica

10Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• concreto armado trabalha na iminência de ruptura (escoamento da armadura) fase posterior a análise não linear de seu diagrama tensão-deformação

• comportamento elasto-plástico perfeito (determinação adequada do valor de carga máxima solicitante)

Análises Estruturais

Análise Através de Modelos Físicos

11Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• modelos físicos de concreto em escala reduzida ou real

AUTOR: TERRA (2010) AUTOR: IPT (2010)

Modelos Estruturais

• Viga Contínua

• Pórticos Planos

• Pórticos Espaciais

• Modelo de Grelhas

12Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

13Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Modelos Estruturais

Viga Contínua

• Modelo simplificado de cálculo

• Elementos analisados isoladamente

• Apoios indeslocáveis

• As vezes conduz a esforços superestimados

14Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Modelos Estruturais

Pórticos Planos• Barras coplanares

• Nós de barras com 3 graus de liberdade

• Lajes previamente calculadas

Fonte: KIMURA (2007)

Fonte: KIMURA (2007)

15Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Modelos Estruturais

Pórticos Espaciais• Barras distribuídas no espaço

• Nós das barras com 6 graus de liberdade

• Consideração de torção

• Cálculo associado com a laje

Fonte: KIMURA (2007)

Fonte: KIMURA (2007)

16Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Modelos Estruturais

Modelo de Grelhas• Consideração de cargas verticais

• Idealização da placa de laje por uma malha de barras (vigas)

• Transferência de esforços para vigas = f(EI) barras

Fonte: KIMURA (2007)

Combinações e Carregamentos

Tipos de carregamentos• Permanentes (NBR 6120)

• Acidentais (NBR6120)

Tipos de combinações– ELU

• Comb. Normais

– ELS

• Comb. Frequente

Redução de cargas acidentais– Função do uso da edificação, número da pavimentos atuantes sobre o elemento

– Redução em até 60% (mais que 6 pisos)

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 17

Fonte: Marino (2006)

Descrição dos ProgramasCaracterísticas dos programas• EBERICK

– Pórtico espacial, grelhas– Sem alternância de carga– Materiais com comportamento linear

• TQS– Não linearidade física e geométrica– Análise dinâmica– Pode fazer alternância de cargas

• CYPECAD– Não linearidade física e geométrica– Análise dinâmica– Pode fazer alternância de cargas

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 18

Característica do Edifício

– Edifício residências de 4 pavimentos

• 274 m² por pavimento

• 4 apartamentos por andar

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 19

CORTE DO EDIFÍCIO

FONTE: O AUTOR (2010)

Pré-Dimensionamento

20Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

FONTE: KIMURA (2007)

• Fórmulas empíricas

• Experiência

• Bom senso e raciocínio

• Não existem programas que definem a estrutura

Pré-Dimensionamento

PILARES

21Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

ÁREA DE INFLUÊNCIA PILARES

FONTE: O AUTOR (2010)

Pré-Dimensionamento

VIGAS

• Viga simplesmente apoiada: l/12 < h < l/10 – adotado l/12

• Viga contínua: l/15 < h < l /12 – adotado l/15

• Viga em balanço: l/6 < h < l/5 – adotado l/6

22Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Pré-Dimensionamento

LAJES

• Expressão empírica sugerida por Claudinei Pinheiro Machado em 1983

• d=(α – 0,1n)L (cm)

• Onde:

• d= a altura útil da laje em cm

• n= o número de bordas engastadas

• L= o menor dos dois valores lx (lx<ly) e 0,7ly (m)

• α=correção levando em conta a resistência do concreto, conforme a seguinte expressão:

• α=4,066/(fck+3,5)1/6

23Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Planilha Eletrônica• Verificações das cargas

• Valor de comparação

24Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

FONTE: KIMURA (2007)

Planilha Eletrônica

25Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS

FONTE: TQS INFORMÁTICA (2010)

Metodologia para Análises

Lançamento normal (com lajes)• Verificação de momentos fletores nas vigas• Cargas nas fundações• Laje L1

Lançamento da estrutura sem lajes• Carregamentos impostos nas vigas• Verificação de momentos fletores• Armaduras de vigas• Cargas nas fundações• Viga V1• Pilar P1

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 26

Resultados Obtidos

Cargas na Fundação• Considerando a estrutura com laje

27Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Estimada Manual TQS Eberick CypeCAD

Série1 1058,2 1231,15 1214,2 1229,5 1221,7

950

1000

1050

1100

1150

1200

1250

Car

ga T

ota

l na

Fun

daç

ão (

tf)

CARGAS NA FUNDAÇÃO

FONTE: O AUTOR (2010)

Resultados Obtidos

Cargas na Fundação• Considerando a estrutura sem a laje

28Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

CARGAS NOS PILARES

FONTE: O AUTOR (2010)

0

10

20

30

40

50

60

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43

FOR

ÇA

S N

OR

MA

IS (

tf)

PILARES

PILARES CypeCAD

Considerando a Laje

Sem a Laje

Resultados Obtidos

Cargas na Fundação• Considerando a estrutura sem a laje

• Cargas maiores nos pilares P22 e P23

29Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

CARGAS NOS PILARES

FONTE: O AUTOR (2010)

Resultados Obtidos

Cálculo Laje L1• Processo simplificado pelas tabelas de Czerny (elementos

isolados e apoiados em vigas indeformáveis, engastamento perfeito entre lajes vizinhas)

• TQS e Eberick (analogia de grelha)

• CypeCAD (elementos finitos)

• Considerações como flexibilidade e rigidez a torção em vigas

30Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Resultados Obtidos

FONTE: O AUTOR(2010)

31Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Mx 0,457 0,4 0,665 0,413

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Mo

me

nto

Fle

tor

Mx

(tfm

/m)

Cálculo Laje L1

MOMENTOS FLETORES POSITIVOS

Resultados Obtidos

Cálculo Laje L1

32Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Mx(-) -0,73 -0,60 -0,51 -0,29

-0,80

-0,70

-0,60

-0,50

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00M

om

en

to N

ega

tivo

so

bre

a v

iga

V2

7

FONTE: O AUTOR(2010)

MOMENTOS FLETORES NEGATIVOS

Resultados Obtidos

Cálculo Laje L1

• Flechas: Como: Msdx > Mr a laje irá fissurar

• Calculo da inércia equivalente estádio II

33Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

FONTE: KIMURA (2007)

Resultados Obtidos

Cálculo Laje L1

• flechas

34Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

Manual TQS EBERICK CYPECAD

Flecha -0,83 -1,20 -1,11 -0,452

-1,4

-1,2

-1

-0,8

-0,6

-0,4

-0,2

0

Fle

cha

(cm

)

FONTE: O AUTOR (2010)

FLECHA LAJE L1

Resultados Obtidos

Viga V1

• Estrutura com laje

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 35

FONTE: O AUTOR (2010)

Resultados Obtidos

Viga V1

• Estrutura sem laje

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 36

FONTE: O AUTOR (2010)

Resultados ObtidosViga V1• Estrutura sem laje

– Armaduras

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 37

Armadura negativaFONTE: O AUTOR (2010)

Armadura positivaFONTE: O AUTOR (2010)

Resultados Obtidos

Viga V1

• Estrutura com laje

– Diferença na distribuição de esforços da laje para as vigas

• Estrutura sem laje

– Diferença de esforços ainda estão presentes

– Critérios de engastamento pilar/viga

– Cálculo manual conduz a esforços maiores

– Armaduras : esforços diferentes armadura

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 38

Resultados Obtidos

Pilar P1

• Estrutura sem laje

– Cálculo manual com esforços baseados no resultado do Eberick

– Comparação de armadura resultantes entre os programas e o cálculo manual

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 39

Resultados Obtidos

Pilar P1

• Estrutura sem laje

– Armaduras resultantes:

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 40

Programa Nd (tf)Taxa de

armadura (%)As calculado

(cm²)As adotado (cm²)

Eberick 26,93,5 12,6

16 Φ 10 mm 12,6

TQS 28,15,59 20,1

10 Φ 16 mm 20,1

CypeCAD 24,922,78 10

6 Φ 16 mm 12,1

Manual 26,91,63 5,89

8 Φ 10 mm 6,3

Fonte: O autor (2010)

Resultados Obtidos

Pilar P1

• Estrutura sem laje

– Diferenças na distribuição das armaduras

– TQS taxa de armadura maior que o permitido!!!

– Cálculo manual: taxa de armadura baixa em relação aos outros programas

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 41

Resultados Obtidos

Consumo dos materiais

• Concreto (m³)

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 42

147,3

147

145

Programas

EBERICK TQS CYPE

Resultados Obtidos

Consumo dos materiais

• Formas (m²)

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 43

2097

2092

2087

Programas

EBERICK TQS CYPE

Resultados Obtidos

Consumo dos materiais

• Consumo de aço

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 44

EBERICK

Vigas Lajes PilarTOTAL AÇO

(kg)TIPO1 704 1762 753 3219TIPO2 704 1762 753 3219TIPO3 704 1762 753 3219COB 605 1359 753 2717BALDRAME 661 661TOTAL (Kg) 3378 6646 3012 13036

TQS

Vigas Lajes PilarTOTAL AÇO

(kg)TIPO1 1267 1463 1004 3734TIPO2 1267 1463 1004 3734TIPO3 1267 1463 1004 3734COB 692 1582 1004 3278BALDRAME 765 765TOTAL (Kg) 5257 5972 4015 15244

CYPECAD

Vigas Lajes PilarTOTAL AÇO

(kg)TIPO1 642 5035 1058 6735TIPO2 642 5035 579 6256TIPO3 625 5008 561 6194COB 528 1075 512 2115BALDRAME 632 632TOTAL (Kg) 3069 16153 2710 21932

Resultados Obtidos

Consumo dos materiais

• Consumo de aço

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 45

EBERICK

Vigas Lajes PilarTOTAL AÇO

(kg)TIPO1 704 1762 753 3219TIPO2 704 1762 753 3219TIPO3 704 1762 753 3219COB 605 1359 753 2717BALDRAME 661 661TOTAL (Kg) 3378 6646 3012 13036

TQS

Vigas Lajes PilarTOTAL AÇO

(kg)TIPO1 1267 1463 1004 3734TIPO2 1267 1463 1004 3734TIPO3 1267 1463 1004 3734COB 692 1582 1004 3278BALDRAME 765 765TOTAL (Kg) 5257 5972 4015 15244

CYPECAD

Vigas Lajes PilarTOTAL AÇO

(kg)TIPO1 642 5035 1058 6735TIPO2 642 5035 579 6256TIPO3 625 5008 561 6194COB 528 1075 512 2115BALDRAME 632 632TOTAL (Kg) 3069 16153 2710 21932

Resultados ObtidosConsumo dos materiais• Consumo de aço por elementos (kg)

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 46

3378

6646

3012

52575972

4015

3069

16153

2710

Vigas Lajes Pilares

EBERICK TQS CYPECAD

Resultados ObtidosConsumo dos materiais• Consumo de aço total(kg)

Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil 47

13036

15244

21932

Consumo

Consumo de aço (kg)

EBERICK TQS CYPECAD

Conclusões

48Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• Os programas não tomam decisões

Conclusões

49Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• Cargas atuantes

Conclusões

50Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• Análise estrutural

Conclusões

51Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

• Programas atendem as necessidades

• Conhecimento teórico e prático

• Experiência

• Constante atualização

• Conhecimento da sua ferramenta de trabalho

• Diferenças aconteceram devido a critérios de análises e dimensionamento pelos programas

Conclusões

52Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil

“A vida de um calculista é igual a vida de um quebrador de pedras”

Obrigado !!!!!!

Referências• ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas

de concreto. Rio de Janeiro, 2003.

• ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Carga para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e Segurança nas Estruturas. Rio de Janeiro, 2003.

• MARINO. M.A. Apostila de concreto Armado. Universidade Federal doParaná, 2006.

• KIMURA, Alio. Informática aplicada em estruturas de concreto armado: cálculo de edifícios com o uso de sistemas computacionais. São Paulo: PINI, 2007.

• http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=220840&page=2

• http://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=49

53Setor de Tecnologia – Departamento de Construção Civil