analise biblica parte 2

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  • 7/24/2019 Analise Biblica Parte 2

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    ANLISE BBLICA - PARTE 2

    Retirado do site: Escola Inicitica Esotrica - Caminhos da Tradio

    O CONCLIO DE NICIA325 D.C. Pesquisa e Compilao de dados: E.I.E. Caminhosda Tradio (vide bibliografia e um link que levou

    uma discusso com um padre catlico num frum do Orkut ao final do texto)

    325 D.C realizado o Conclio de Nicia, atual cidade de Iznik, provncia deAnatlia (nome que se costuma dar antiga sia Menor ), na Turquia asitica. A Turquia um pas euro-asitico, constitudo por uma pequena parte europia, a Trcia, e umagrande parte asitica, a Anatlia. Este foi o primeiro Conclio Ecumnico da Igreja,convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus (285 - 337 d.C), filho deConstncio I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridadesuprema na Bretanha, Glia ( atual Frana ) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo ocontrole de todo o Imprio Romano.

    Desde Lcio Domcio Aureliano (270 - 275 d.C.), os Imperadores tinham abandonado aunidade religiosa, com a renncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porm,Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a poltica vigente, passando, daperseguio aos cristos, promoo do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade derelanar, atravs da Igreja, a unidade religiosa do seu Imprio. Contudo, durante todo oseu regime, no abriu mo de sua condio de sumo-sacerdote do culto pago ao "SolInvictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina crist e suas intervenes emmatria religiosa visavam, a princpio, fortalecer a monarquia do seu governo. Naverdade, Constantino observara a coragem e determinao dos mrtires cristosdurante as perseguies promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda

    fossem minoritrios ( 10% da populao do imprio ), os cristos se concentravam nosgrandes centros urbanos, principalmente em territrio inimigo. Foi uma jogada demestre, do ponto de vista estratgico, fazer do Cristianismo a Religio Oficial do Imprio: Tomando os cristos sob sua proteo, estabelecia a diviso no campo adversrio. Em325, j como soberano nico, convocou mais de 300 bispos ao Conclio de Nicia.Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padro, pois as divises, dentro danova religio que nascia, ameaavam sua autoridade e domnio. Era necessrio,portanto, um Conclio para dar nova estrutura aos seus poderes.

    E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Conclio. TrezentosBispos se renem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou no

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    criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atansio). A igreja acabourejeitando a idia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, eafirmou que Ele era da mesma "substncia" ou "essncia" (isto , a mesma entidadeexistente) do Pai.

    Assim, segundo a concluso desse Conclio, h somente um Deus, no dois; a distnciaentre Pai e Filho est dentro da unidade divina, e o Filho Deus no mesmo sentido emque o Pai o . Dizendo que o Filho e o Pai so "de uma substncia", e que o Filho "gerado" ("nico gerado, ou unignito", Joo 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI),mas "no feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galilia, emboraessa concluso no tenha sido unnime. Os Bispos que discordaram, foramsimplesmente perseguidos e exilados. Com a subida da Igreja ao poder, discussesdoutrinrias passaram a ser tratadas como questes de Estado. E na controvrsiaariana, colocava-se um obstculo grande realizao da idia de Constantino de um

    Imprio universal que deveria ser alcanado com a uniformidade da adorao divina.O Conclio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palcio imperial,ocupando-se com discusses preparatrias na questo ariana, em que Arius , comalguns seguidores, em especial Eusbio , de Nicomdia; Tegnis, de Nice, e Maris, deChalcedon, parecem ter sido os principais lderes. Como era costume, os bisposorientais estavam em maioria. Na primeira linha de influncia hierrquica estavam trsarcebispos : Alexandre, de Alexandria; Eustquio, de Antioquia e Macrio, deJerusalm, bem como Eusbio, de Nicomdiae Eusbio, de Cesaria. Entre os bisposencontravam-se Stratofilus, bispo dePitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi). O ocidente

    enviou no mais de cinco representantes na proporo relativa das provncias : Marcus,da Calabria (Itlia) ; Cecilian, de Cartago (frica) ; Hosius, de Crdova (Espanha);Nicasius, de Dijon (Frana) e Domnus, de Stridon (Provncia do Danbio). Apenas 318bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos doImprio. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domnio de Constantino, tornandoa votao, no mnimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e aseu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudoaquilo que fosse do seu interesse.As sesses regulares, no entanto, comearam somente com a chegada do Imperador.Aps Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociaes, ele confiou ocontrole dos procedimentos a uma comisso designadapor ele mesmo, consistindo

    provavelmente nos participantes mais proeminentesdesse corpo.

    O Imperador manipulou, pressionou e ameaou os partcipes doConclio para garantirque votariam no que ele acreditava, e no em algumconsenso a que os bisposchegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritosde Arius foram destrudos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhadocom documentos arianistas estaria sujeito penade morte. Mas a deciso daAssemblia no foi unnime, e a influncia do imperador era claramente evidentequando diversos bispos de Egito foram expulsosdevido sua oposio ao credo. Narealidade, as decises de Nicia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e

    at rejeitadas por muitos que no eram partidrios de rio.

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    Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo (O "Credo da Dedicao") em, 341,para substituir o de Nicia. (...) E em 357, um Conclio em Smirna adotou um credoautenticamente ariano. Portanto, as orientaes de Constantino nessa etapa foramdecisivas para que o Conclio promulgasse o credo de Nicia, ou a Divindade de Cristo,

    em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqente instituio a SantssimaTrindade e a mais discutida, ainda, a instituio do Esprito Santo, o que redundou eminterpolaes e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bblia s decises doconturbado Conclio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foiconfirmar as decises daquele. A concepo da Trindade, to obscura, toincompreensvel,oferecia grande vantagem s pretenses da Igreja. Permitia-lhe fazerde JesusCristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestgio,uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a prpria Igreja catlica e assegurava oseu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratgia revelaosegredo da adoo trinitria pelo conclio de Nicia. Os telogos justificaram essa

    doutrina estranha da divinizaode Jesus, colocando no Credo a seguinte expressosobre Jesus Cristo : Gerado, no criado. Mas, se foi gerado, Cristo no existia antesde ser gerado pelo Pai. Logo, Ele no Deus, pois Deus eterno!

    Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicia no fez qualquer referncia aosensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque jno interessassem tanto auma religio agora scia do poder Imperial Romano. Mesmocom a adoo do Credo de Nicia, os problemas continuaram e, em poucos anos, afaco arianista comeou a recuperar o controle. Tornaram-se to poderosos queConstantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atansio. Arius e os bispos que o

    apoiavam voltaram do exlio. Agora, Atansio que foi banido. Quando Constantinomorreu ( depois de ser batizado por um bispoarianista), seu filho restaurou a filosofiaarianista e seus bispos e condenouo grupo de Atansio. Nos anos seguintes, a disputapoltica continuou, at que osarianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. Acontrovrsia poltico/religiosa causou violncia e morte generalizadas. Em 381 d.C, oimperador Teodsio (um trinitarista) convocou um conclio em Constantinopla. Apenasbispos trinitrios foram convidados a participar. Cento e cinqenta bisposcompareceram e votaram uma alterao no Credo de Nicia para incluir oEsprito Santocomo parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja etambm para o Estado. Com a exclusiva participao dos citadosbispos, a Trindade foi

    imposta a todos como "mais uma verdade teolgica da igreja". E os bispos, que noapoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados.

    Tudo isso nos leva a crer que o homem chamado "Jesus Cristo" na maneira descritanos Evangelhos nunca existiu. Suas peripcias so fictcias; no padeceu sob nenhumPncio Pilatos; no foi nem poderia jamais ser a nica Encarnao do Verbo; e qualquerIgreja, seita ou pessoa que diga o contrrio ou est enganada ou enganando. No querodizer com isto que um homem assim no pudesse ter nascido, pregado e padecido.Segundo a Doutrina Teosfica, teria existido um homem chamado Joshua Ben Pandira.Tais homens nascem continuamente, e continuaro a nascer por todos os tempos:

    Encarnaes do Logos, Templos do Esprito Santo, Cruzes de Matria coroadas pelaChama do Esprito.

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    Direi mais: Houve, em certa ocasio, um homem que alcanou no mais alto grau aconscincia de sua prpria Divindade; e este homem morreu em circunstnciasanlogas (porm no idnticas!) quelas narradas nos Evangelhos. Seu nascimento

    perdeu-se na noite dos tempos: ele foi o original do "Enforcado" ou "Sacrifcio" no Tar,e os egpcios o conheciam pelo nome de Osris. Foi esse Iniciado quem formulou nacarne a frmula do Deus Sacrificado. Esta a frmula da Cerimnia da Morte de Asar naPirmide, que foi reproduzida nos mistrios de fraternidades manicas da tradio deHiram, das quais o exemplo mais perfeito foi o Antigo e Aceito Rito Escocs. O Grau 33desse rito indicava uma Encarnao do Logos, a descida do Esprito Santo; amanifestao, na carne, de um Cristo; a presena do Deus Vivo.

    Por volta do sculo IX, o credo j estava estabelecido naEspanha, Frana e Alemanha.Tinha levado sculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade

    "pegasse". As polticas do governo e da Igreja foram asrazes que levaram a Trindadea existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrinatrinitria resultou da mistura de fraude, poltica, um imperador pago e faces emguerra que causaram mortes ederramamento de sangue.As Igrejas Crists hoje em diadizem que Constantino foi oprimeiro Imperador Cristo, mas seu "cristianismo" tinhamotivao apenaspoltica. altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a DoutrinaCrist.Ele mandou matar um de seus filhos, alm de um sobrinho, seu cunhado epossivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu ttulo de alto sacerdote deumareligio pag at o fim da vida e s foi batizado em seu leito de morte.

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    OBS.: Em 313 d.C., com o grande avano da "Religio do Carpinteiro", o ImperadorConstantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de umanova Religio para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difuso doCristianismo, apoderou-se dessa Religio e modificou-a, conforme seus interesses.

    Alguns anos depois, em 325 D.C, no Conclio de Nicia, fundada, oficialmente, a IgrejaCatlica... H que se ressaltar que, "Igreja" na poca de Jesus, no era a "Igreja" queentendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta outraveremos que apalavra Igreja, no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles mencionada excetopor aproximao e apenas trs vezes em dois versculos noEvangelho de Mateus (Mt16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklsia, significasimplesmente assemblia de convocados, neste caso a comunidade dos seguidoresda doutrina de Jesus, ou a sua reunionum local, geralmente em casas particularesonde se liam as cartas e as mensagens dos apstolos. Sabemo-lo pelo testemunho deoutros textos do NovoTestamento, j que os Evangelhos a esse respeito so omissos.

    Veja-se, porexemplo, a epstola aos Romanos (16,5) onde Paulo cita o agrupamento(ekklsia)que se reunia na residncia dum casal de teceles, quila e Priscila, ou a

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    epstola a Filmon (1, 2) onde o mesmo Paulo sada a ekklsia que se reunia emcasado dito Filmon ; num dos casos, como lemos na epstola de Tiago (2, 2), essacongregao crist designada por sinagoga. Nada disto tem a ver,portanto, com aimponente Igreja catlica enquanto instituio formal estruturada e oficializada,

    sobretudo a partir do Conclio de Nicia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de300 anos aps a morte de Cristo. Onde termina a IGREJA PRIMITIVA dos Atos dosApstolos e comeao Catolicismo Romano? Quando Roma tornou-se ofamoso imprio mundial, assimilou no seusistema os deuses e as religies dos vriospases pagos que dominava. Comcerteza, a Babilnia era a fonte do paganismodesses pases, o que nos leva a constatar que a religio primitiva da Roma pag no eraoutra seno o cultobabilnico. No decorrer dos anos, os Lderes da poca comearama atribuir a si mesmos, o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagemdeixada porCristo. Na poca da Igreja Primitiva, os verdadeiros Cristos eram jogadosaos lees. Bastava se recusar a seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinha a

    galope. O paganismo babilnico imperava a custa de vidas humanas. No ano 323 d.C, oImperador Constantino professou converso ao Cristianismo. As ordens imperiais foramespalhadas por todo o imprio:

    As perseguies deveriam cessar! Nesta poca, a Igreja comeou a receber grandeshonrarias e poderes mundanos. Ao invs de ser separada do mundo, ela passou aserparte ativa do sistema poltico que governava. Da em diante, as misturas do paganismocom o Cristianismo foram crescendo, principalmente em Roma, dandoorigem aoCatolicismo Romano. O Conclio de Nicia, na sia Menor, presidido por Constantino eracomposto pelos Bispos que eram nomeados pelo Imperador e poroutros que eram

    nomeados por Lderes Religiosos das diversas comunidades. TalConclio consagrouoficialmente a designao "Catlica" aplicada Igreja organizada por Constantino :"Creio na igreja una, santa, catlica eapostlica". Poderamos at mesmo dizer queConstantino foi seu primeiro Papa. Como se v claramente, a Igreja Catlica no foifundada por Pedro e est longede ser a Igreja primitiva dos Apstolos...

    Os documentos includos no assim-chamado "Novo Testamento" (a saber, os QuatroEvangelhos, os Atos, as Cartas e o Apocalipse) seriam falsificaes perpetradaspelos patriarcas da Igreja Romana na poca de Constantino, por eles chamado "oGrande" porque permitiu esta contrafao, colaborando com ela. Constantino no

    teve sonho algum de "In Hoc Signo Vinces". Tais lendas teriam ento sido inventadaspelos patriarcas romanos dos trs sculos que se seguiram, durante os quais todos osdocumentos dos primrdios da assim-chamada "era Crist" existentes nos arquivos doImprio Romano foram completamente alterados. O que realmente aconteceu na pocade Constantino, foi que, aliados os presbteros de Roma e Alexandria, com acumplicidade dos patriarcas das igrejas locais, dirigiram-se ao Imperador, fizeram-lhever que a religio oficial era seguida apenas por uma minoria de patrcios, que a quasetotalidade da populao do Imprio era crist (pertencendo s vrias seitas econgregaes das provncias); que o Imprio se estava desintegrando devido adiscrepncia entre a f do povo e a dos patrcios; que as investidas constantes de seitas

    guerreiras essnias da Palestina incitavam as provncias contra a autoridade de Roma; eque, resumindo, a nica forma de Constantino conservar o Imprio seria aceitar a verso

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    Romano-Alexandrina do Cristianismo. Ento, os bispos aconselhariam o povoa cooperar com ele; em troca, Constantino ajudaria os bispos a destrurem a influnciade todas as outras seitas crists! Constantino aceitou este pacto poltico, tornando averso Romano-Alexandrina do Cristianismo na religio oficial do Imprio.

    Conseqentemente, a liderana religiosa passou s mos dos patriarcasRomano-Alexandrinos, que, auxiliados pelo exrcito do Imperador, comearam uma"purgao" bem nos moldes daquelas da Rssia moderna. Os cabeas das seitas cristsindependentes foram aprisionados; seus templos, interditados; e congregaes inteirasforam sacrificadas nas arenas das provncias de Roma e Alexandria. Os gnsticosgregos, herdeiros dos Mistrios de Elusis, foram acusados de prticas infames porpadres castrados como Orgenes e Irineu (a castrao era um mtodo singular depreservar a castidade, derivado do culto de tis, do qual se originou a psicologiaRomano-Alexandrina). Os essnios foram condenados atravs do hbil truque de fazerdos judeus os viles do Mistrio da Paixo; e com a derrota e disperso finais dos

    judeus pelos quatro cantos do Imprio, a Igreja Romano-Alexandrina respiroudesafogada e pode dedicar-se completamente ao que tem sido sua especialidade desdeento: AJUDAR OS TIRANOS DO MUNDO A ESCRAVIZAREM OS HOMENS LIVRES.

    Em resumo: Por influncia dos imperadores Constantino e Teodsio, o Cristianismotornou-se a religio oficial do Imprio Romano e entrou no desvio. Institucionalizou-se;surgiu o profissionalismo religioso; prticasexteriores do paganismo foramassimiladas; criaram-se ritos e rezas, ofcios e oficiantes. Toda uma estrutura teolgicafoi montada para atender s pretenses absolutistas da casta sacerdotal dominante, quese impunha aos fiis com a draconiana afirmao : "Fora da Igreja no h salvao".

    Alm disso, Constantino queria um Imprio unido e forte, sem dissenses. Para mantero seu domnio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridadeseclesisticas romanas deviam manter a ignorncia sobreas filosofias e Escrituras. Amesma Bblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas mas, tambm, umDeus forte, para se opor ao prprio Jeov dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deusesdo Olimpo. Era necessrio trazer aDivindade Arcaica Oriental, misturada s fbulascom as antigas histrias deMoiss, Elias, Isaas, etc., onde colocaram Jesus, no maiscomo Messias ouCristo, mas, maliciosamente, colocou Jesus parafraseado dedivindade no lugarde Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica doHindusmo. Nesse quadro de ambies e privilgios, no havia lugar para uma

    doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o nosso futuroestcondicionado ao empenho da renovao interior e no simples adeso esubmissoincondicional aos Dogmas de uma Igreja, os quais, para uma perfeita assimilao, eramnecessrios admitir a quintessncia da teologia : "Credo quia absurdum", ou seja,"Acredito mesmo que seja absurdo", criada por Tertuliano (155-220), apologista Cristo.

    Disso tudo deveria nascer uma religio forte como servia ao imprio romano. Veio aindaa ser criados os simbolismos da Sagrada Famlia ede todos os Santos, mas asverdades do real cnone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviamser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Scrates e outras Filosofias

    contrrias aos interesses da Igreja que nascia. Esta lgica foi adotada pelas forasclericais mancomunadas com a poltica romana, que precisava desta religio, forte o

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    bastante, para impor-se aos povos conquistados e reprimidos por Roma, paraassegurar-se nas regies invadidas, onde dominava as terras, mas no o esprito dospovos ocupados. Emtroca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois queria setornar "AReligio Imperial Catlica Apostlica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a

    ser sustentada pela fora, ao mesmo tempo em que simulava a graa divina,recomendando o arrependimento e perdo, mas que na prtica, derrotava seus inimigosa golpesde espada.Ento no era da tolerncia pregada pelo Cristianismo queConstantino precisava, mas de uma religio autoritria, rgida, sem evasivas, de longoalcance, com razes profundas no passado e uma promessa inflexvel no futuro,estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos.Para isso, Constantino deviaadaptar a Religio do Carpinteiro, dando-lhes origens divinas e assim impressionariamais o povo o qual sabendo que Jesus era reconhecido como o prprio Deus na novareligio que nascia, haveria facilidade de impor a sua estrutura hierrquica, seu regimemonrquico imperial,e assim os seus poderes ganhariam amplos limites, quase

    inatingveis.

    Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado naconsiderao de queele se tornara um dcimo terceiro Apstolo, e na iconografiaeclesistica veio a serrepresentado recebendo a coroa das mo de Deus. Fontes: * Instituto So Thoms deAquino - Fundao para Cincia e Tecnologia -Dominicanos de Lisboa - Portugal. * Documentos da Igreja Crist, de H. Bettenson. * UMA HISTRIA DA LEITURA, de Alberto Manguel, COMPANHIA DAS LETRAS SP, 1997( pginas228 a 237 ) da "LEITURA DO FUTURO" - Editora Schwarcz Ltda.

    *Histria da Igreja Catlica, Philip Hughes, Dominus.

    *Histria Universal, H.G. Wells.

    * Carta um Maon - Marcelo Ramos Motta

    * LA MISA Y SUS MISTRIOS, de J. M. Ragn.

    * THE ARCANE SCHOOLS, de John Yarker.

    * DO SEXO DIVINDADE, do Dr. Jorge Adoum.

    *

    CURSO FILOSFICO DE LAS INICIACIONES ANTIGUAS Y MODERNAS, de J. M. Ragn.

    * ISIS UNVEILED, de Helena Blavatsky, seo sobre o cristianismo.

    OS LIVROS APCRIFOS

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    Conforme mencionamos acima, Constantino, foi pressionado por sua corte a elaborarum conceito de Deus que agradasse s faces crists que tinham Jesus como salvadordos pecados do mundo. Constantino convocou ento em 20 de maio de 325 a 19 dejunho do mesmo ano, o clebre Conselho de Nicia. O Conclio foi Presidido pelo Bispo

    Alexandre de Alexandria.

    E entre muitas discusses durantes os debates. um grupo de altos dignitrios cristosdecidiu que Deus era trs pessoas: Pai, Filho e Esprito Santo. O que contraria aspalavras de Jesus, pois nem no Novo Testamento nem nos textos Apcrifos, jamais sereferiu Trindade. O que unanimemente todos os evangelhos expressam : "Eu (Jesus)e o Pai somos um.

    Foi nesse conselho que os evangelhos que no tinham o aval do Esprito Santo foramrotulados APCRIFOS. E de que forma se podia saber sobre essa deciso divina?Disseram que todos os textos religiosos at ento escritos foram colocados sobre umaltar. Os bispos rezaram para que aqueles que fossem falsos cassem. E tal se deu.Restaram os Evangelhos segundo Mateus, Lucas, Marcos e Joo, sem que nunca sepudesse provar se a autoria a verdadeira. lgico que o procedimento para a escolhados Evangelhos no se deu como os bispos disseram. Eles simplesmente escolheramaqueles que no representariam ameaas ao poder da Igreja, excluindo aqueles que

    provavam a descendncia de Jesus, pois do contrrio o Papa seria deposto esubstitudo por um herdeiro consangneo de Jesus. Outro parmetro importante era oMonotesmo, Deus deveria ser uma s entidade suprema da qual os papas seriam osrepresentantes diretos na Terra. A prtica de Magia tambm foi condenada, claro, poisisso representaria perigo ao poder da igreja. Apesar de condenar a magia, a astrologia eoutras cincias. a abertura do conclio deu-se em 20 de maio de 325, sob uma conjunode Urano e Pluto em Aqurio. Conjunes Urano-Pluto so de grande importnciacomo demarcadores de avanos econmicos e tecnolgicos, assim como de momentosem que se formam as condies para grandes concentraes de capital queproporcionaro surtos de desenvolvimento da atividade econmica. Efetivamente a

    Igreja cumpriu, ao longo dos sculos, um papel de grande importncia na vidaeconmica da Europa, seja como proprietria de terras seja como impulsionadora dorenascimento comercial, atravs das cruzadas. Ainda hoje podemos testemunhar o RicoImprio em que a Igreja Catlica se transformou, basta observar o Vaticano. A partir deNicia, ento, tudo o que no estivesse de acordo com os ditames de Roma eraqueimado.

    No entanto, muitos destes livros foram copiados, enterrados, escondidos em Mosteirospor Monges Agnsticos, fracionados e publicados sob outros nomes e de alguma formasobreviveram at os nossos dias. H uma vasta lista de ttulos de livros que se tornaram

    apcrifos, acredito termos relacionado a grande maioria abaixo:

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    Antigo Testamento

    Apocalipse de Ado

    Apocalipse de Baruc

    Apocalipse de Moiss

    Apocalipse de Sidrac

    Sexto, Stimo, Oitavo, Nono e Dcimo Livros de Moiss

    Samuel Apcrifo

    As Trs Estelas de Seth

    Ascenso de Isaas

    Assuno de Moiss

    Caverna dos Tesouros

    Epstola de Aristas

    Livro dos Jubileus

    Martrio de Isaas

    Orculos Sibilinos

    Prece de Manasss

    Primeiro Livro de Ado e Eva

    Primeiro Livro de Enoque

    Primeiro Livro de Esdras

    Quarto Livro dos Macabeus

    Revelao de Esdras

    Salmo 151

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    Salmos de Salomo (ou Odes de Salomo)

    Segundo Livro de Ado e Eva

    Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)

    Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)

    Segundo Tratado do Grande Seth

    Terceiro Livro dos Macabeus

    Testamento de Abrao

    Testamento dos Doze Patriarcas

    Vida de Ado e Eva

    Novo Testamento

    A Hipostase dos Arcontes - (grafos Extra-Evangelhos) - (grafos de Origens Diversas) -Apocalipse da Virgem - Apocalipse de Joo o Telogo - Apocalipse de Paulo

    Apocalipse de Pedro

    Apocalipse de Tom - Atos de Andr - Atos de Andr e Mateus - Atos de Barnab - Atosde Filipe - Atos de Joo - Atos de Joo o Telogo - Atos de Paulo - Atos de Paulo e Tecla- Atos de Pedro - Atos de Pedro e Andr - Atos de Pedro e Paulo - Atos de Pedro e osDoze Apstolos - Atos de Tadeu - Atos de Tom - Consumao de Tom -Correspondncia entre Paulo e Sneca - Declarao de Jos de Arimatia - Descida de

    Cristo ao Inferno - Discurso de Domingo - Ditos de Jesus ao rei Abgaro - Ensinamentosde Silvano - Ensinamentos do Apstolo [T]adeu - Ensinamentos dos Apstolos

    Epstola aos Laodicenses

    Epstola de Herodes a Pncio Pilatos - Epstola de Jesus ao rei Abgaro (2 verses) -Epstola de Pedro a Filipe - Epstola de Pncio Pilatos a Herodes - Epstola de PncioPilatos ao Imperador - Epstola de Tibrio a Pncio Pilatos - Epstola do rei Abgaro aJesus - Epstola dos Apstolos - Eugnostos, o Bem-Aventurado - Evangelho Apcrifo deJoo - Evangelho Apcrifo de Tiago - Evangelho rabe de Infncia - Evangelho Armnio

    de Infncia (fragmentos) - Evangelho da Verdade - Evangelho de Bartolomeu

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    Evangelho de Filipe

    Evangelho de Marcio - Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria deBetnia) - Evangelho de Matias (ou Tradies de Matias) - Evangelho de Nicodemos (ou

    Atos de Pilatos) - Evangelho de Pedro

    Evangelho de Tome o Gmeo (Ddimo)

    Evangelho do Pseudo-Mateus - Evangelho do Pseudo-Tom - Evangelho dos Ebionitas(ou Evangelho dos Doze Apstolos) - Evangelho dos Egpcios - Evangelho dos Hebreus -Evangelho Secreto de Marcos - Exegese sobre a Alma - Exposies Valentinianas -(Fragmentos Evanglicos Conservados em Papiros) - (Fragmentos Evanglicos deTextos Coptas) - Histria de Jos o Carpinteiro - Infncia do Salvador - Julgamento dePncio Pilatos - Livro de Joo o Telogo sobre a Assuno da Virgem Maria - Martrio de

    Andr - Martrio de Bartolomeu - Martrio de Mateus - Morte de Pncio Pilatos -Natividade de Maria - O Pensamento de Norea - O Testemunho da Verdade - O Trovo,Mente Perfeita - Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria

    "Pistris Sophia" (fragmentos)

    Prece de Ao de Graas - Prece do Apstolo Paulo - Primeiro Apocalipse de Tiago -Proto-Evangelho de Tiago - Retrato de Jesus - Retrato do Salvador - Revelao deEstevo - Revelao de Paulo - Revelao de Pedro - Sabedoria de Jesus Cristo -Segundo Apocalipse de Tiago - Sentena de Pncio Pilatos contra Jesus - Sobre aOrigem do Mundo - Testemunho sobre o Oitavo e o Nono - Tratado sobre a Ressurreio- Vingana do Salvador - Viso de Paulo

    Escritos de Qumran

    A Nova Jerusalm (5Q15)

    A Sedutora (4Q184)

    Antologia Messinica (4Q175)

    Bno de Jac (4QPBl)

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  • 7/24/2019 Analise Biblica Parte 2

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    ANLISE BBLICA - PARTE 2

    Bnos (1QSb)

    Cnticos do Sbio (4Q510-4Q511)

    Cnticos para o Holocausto do Sbado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)

    Comentrios sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)

    Comentrios sobre Habacuc (1QpHab)

    Comentrios sobre Isaas (4Q161-4Q164)

    Comentrios sobre Miquias (1Q14)

    Comentrios sobre Naum (4Q169)

    Comentrios sobre Osias (4Q166-4Q167)

    Comentrios sobre Salmos (4Q171/4Q173)

    Consolaes (4Q176)

    Eras da Criao (4Q180)

    Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)

    Exortao para Busca da Sabedoria (4Q185)

    Gnese Apcrifo (1QapGen)

    Hinos de Ao de Graas (1QH)

    Horscopos (4Q186/4QMessAr)

    Lamentaes (4Q179/4Q501)

    Maldies de Satans e seus Partidrios (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)

    Melquisedec, o Prncipe Celeste (11QMelq)

    O Triunfo da Retido (1Q27)

    Orao Litrgica (1Q34/1Q34bis)

    Oraes Dirias (4Q503)

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  • 7/24/2019 Analise Biblica Parte 2

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    ANLISE BBLICA - PARTE 2

    Oraes para as Festividades (4Q507-4Q509)

    Os Inqos e os Santos (4Q181)

    Os ltimos Dias (4Q174)

    Palavras das Luzes Celestes (4Q504)

    Palavras de Moiss (1Q22)

    Pergaminho de Cobre (3Q15)

    Pergaminho do Templo (11QT)

    Prece de Nabonidus (4QprNab)

    Preceito da Guerra (1QM/4QM)

    Preceito de Damasco (CD)

    Preceito do Messianismo (1QSa)

    Regra da Comunidade (1QS)

    Rito de Purificao (4Q512)

    Salmos Apcrifos (11QPsa)

    Samuel Apcrifo (4Q160)

    Testamento de Amran (4QAm)

    Outros Escritos

    Histria do Sbio Ahicar

    Livro do Pseudo-Filon

    Evangelho de Judas Postado por Jose Luciano de Oliveira Nunes s 02:21 Nenhum comentrio:

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