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Palestina/Canaã/Israel

Mesopotâmia.Hoje, onde se encontra o Iraque, Irã, Síria...

Mar Mediterrâneo

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É uma adaptação da palavra filistéia, que significa o terreno dos filisteus que haviam desempenhado um papel muito importante na história hebraica, pelo que os escritores gregos e latinos o aplicaram a todo o país.

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Palestina

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Rio Eufrates

Rio Tigre

Rio Nilo

Rio Jordão

No período das chuvas, os rios ficam cheios, transbordando as suas margens, favorecendo para fertilidade do solo e contribui para agricultura local.

Canaã/Palestina

Esta marcação em verde chama-se Crescente Fértil. É uma região que possui um solo fértil por causa dos rios que a compõem, são eles:

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Este mapa, mostra a localização do Crescente Fértil bíblica no mundo antigo. Por volta de 2500 aC, grande migração desenvolvido em cima do que é conhecido como o "Crescente Fértil", que era como um grande arco de terras cultiváveis, que se estendia do golfo Pérsico, para cima e ao redor da Mesopotâmia e volta para Israel e Egito.

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Canaã/Palestina

Mar Mediterrâneo

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O Mediterrâneo aparece nas Sagradas Escrituras com outros nomes: Mar Ocidental,Mar dos Felisteus,Mar deJafa.Biblicamente,ele é tratados implesmente de o mar.Sua importância é incontestável.Afirma Paul Valéry:"o Mediterrâneo tem sido uma verdadeira máquina de fabricar civilizações".

Com uma extensão de 4.500 km e uma superfície de três milhões de quilômetros quadrados,o Mediterrâneo é o maior dos mares internos.Suas águas banham a Europa Meridional,a Ásia Ocidental e a África Setentrional.Famosos rios deságuam em sua histórica e milenar grandeza.

O Mar Mediterrâneo banha toda costa Ocidental de Israel.Nessa área,suas águas são bastante razas o que tornava impossível a aproximação de navios grandes calados.O Grande Mar por esse motivo,não era usado pelos judeus como via de transporte.Eles,aliás,sentiam-se isolados pelo Mediterrâneo.

Ao contrário do profeta engolido pelo grande peixe,Paulo utilizou-se do Grande Mar para universalizar o Evangelho.O clima da região Mediterrânica é caracterizado por Verões quentes e secos e Invernos amenos, com chuva.Principais rios que deságuam no Mar Mediterrâneo:

Ebro (em catalão Ebre), em EspanhaRódano (em francês Rhône), em FrançaPó (em italiano Po), na ItáliaNilo (em árabe النيل an-nīl), no Egipto.

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Gênesis 21:4, nascimento de Isaque

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Palestina/CanaãMar mediterrâneo

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Mapa do Mundo Antigo na época da invasão amorreus (2000 aC)

Este mapa revela os povos do mundo antigo, por volta de 2000 aC Direito na virada do segundo milênio aC, os amorreus veio e engoliu todos os reinos e cidades no Oriente Médio, que eles atacaram. Eles construíram novas cidades nos montes do reino destruído, que mais tarde tornou-se a cidades cananéias da Bíblia.

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A Palestina possui vários nomes que foram se alternando no decorrer dos tempos. Entre elas separamos alguns nomes mais conhecidos:

Terra de Canaã - Este nome foi dado em alusão a localidade onde os descendentes de Canaã, neto de Noé, habitaram.

Terra dos Hebreus - Para este nome existem duas vertentes de pensamento para explicarmos a origem deste nome:a) Quanto a nomenclatura (origem da palavra) - Haber ou Habiru que significa do "outro lado" ou "do além" em alusão a trajetória percorrida pelo patriarca Abraão "além do Rio Eufrates";b) Quanto a descendência de Héber.

Terra da Judéia - Refere-se a indicação ao Reino do Sul, também chamado Reino de Judá, que recebeu o nome a toda a região abrangendo todo àquela região;

Filístia ou Filistéia - Este nome é o mesmo que Palestina, devido ao reino dos filisteus, um reino poderoso que habitou não foi destruído durante a ocupação dos Israelitas quando das conquistas dos territórios. Antes da formação do Estado de Israel, em 1948, toda àquela região recebia o nome de Palestina.

Terra dos Amorreus - Deriva-se do nome da Tribo mais poderosa que habitava naquela região antes de serem subjugados pelos Israelitas

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Segundo a autora Netta Kemp de Money, “Israel foi impedido de passar rumo a Canaã pela direção do nordeste, por ser o “caminho dos filisteus”, e como os egípcios haviam levantado uma linha de fortificações ao longo da única fronteira terrestre que tinham a defender, entre o Mediterrâneo e a cabeceira do Golfo de Suez , viram-se obrigados a desviar para o Sul em direção ao Mar Vermelho (Êxodo 13:17-18)”

Caminho dos Filisteus

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Tábuas da Lei Arca da Aliança Menorah

Sacerdote

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O uso dos símbolos religiosos, denominou a identificação como grupo de pertencimento, ou seja, esses símbolos tornaram-se sagrados, importantes e carregava em si um sentimento de escolha pela divindade.

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O período de história dos Juízes, de mais ou menos 330 anos, que se estende desde da morte de Josué até o começa da monarquia de Saul. Ela foi marcada pela falta de uma autoridade central portanto as desorganizações políticas e a falta de união e progresso marcaram a época dos Juízes.

As emergências que chamaram à frente aos libertadores ou Juízes são conhecidas como “Opressões”, são elas Opressões Internas e Opressões externas.

Opressão interna

Opressão Externa

1° Filistéia, Jz 3:31

3° Filistéia, Jz 13:16

2° Cananeia, Jz 4 a5

3° Midianitas, Jz 6 a 8

4° Amonita, Jz 10 a 12:7

2° Moabita, Jz 3:12-30

1° Mesopotâmica, Jz 3:1-11

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Monarquia de Israel

Reinado de Saul

O estabelecimento de um Estado em Israel foi importante, devido a corrupção dos filhos dos Juízes, uma guarnição que estava sendo montada pelos filisteus e as ameaças do rei Amon. Esses fatores contribui para o surgimento da monarquia em Israel.

Israel no reinado do Rei Saul

Israel no reinado do Rei Davi

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As campanhas do Rei Saul

Campanhas Internas

Campanhas Externas

1° Filistéia, 1 Sm 13 a 14

2° Filistéia, 1 Sm 17 a 18

1° Amonita, 1 Sm 11:1-15

2° Moabita e a edonita, 1 Sm 14:47

3° Amalequita, 1 Sm 14:48 e 15: 1-35

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Império de Davi

Segundo Netta Kemp de Money, Davi consegue unificar o reino, de acordo com a sua nobreza de caráter como pela envergadura da sua política, 2 Samuel 5-24 Davi reinou 7 anos sobre Judá, de sua capital Hebrom, mas com a morte de Abner, e do inepto Is-Bosete, foi eleito rei de todo Israel. Em seguida se empenhou em unificar o reino, 2Sm 5:12

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Subjugação das Tribos Vizinhas

3° Edom, 2Sm 8:14

Destruiu o poder dos Filisteus, 2Sm 5:17-25

1° Moabe, 2Sm 8:2

2° Zobá e Damasco, 2Sm 8:12-13

4° Amom, 2Sm 10

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Unificação das Tribos em Reino

(Este mapa é o reino unificado)

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Império de Salomão

O Rei Salomão não precisou ampliar o território, como um bom político, soube administrar o seu reino, gozando de paz e teve a ousadia de construir um templo enorme em adoração há YHVH. Enfrentou alguns problemas em relação a cobrança de impostos, logo, o reino teve início há um processo de ruptura, determinadas regiões como a Síria, desmembrou-se do reino.

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Após a estabilidade política no reino de Salomão, Israel enfrentou a instabilidade política, perdendo territórios através da independência dos povos subjugados por Davi. O reino davídico dividiu-se em dois, Reino de Israel e Reino de Judá. Enfrentaram várias adversidades políticas até culminar no Exílio

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Os próximos mapas são os períodos do exílio. Até o último livro da Bíblia, Israel foi subjugado por diversos Impérios.

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Alexandre assumiu o reinado da Macedônia depois da morte de seu pai, Filipe II, que havia unificado a maioria das cidades-estados da Grécia continental sob a hegemonia da Macedônia em uma federação denominada Liga de Corinto.Após reafirmando o domínio macedônio por anulação de uma rebelião do sul cidades-estados gregas e encenar uma excursão curta mas sangrenta batalha contra os vizinhos do norte da Macedônia, Alexandre estabelecidos leste contra o Império Persa Aquemênida, que venceu e derrubou. Suas conquistas incluídas Anatólia, Síria, Fenícia, a Judéia, Gaza, Egito, Mesopotâmia e Bactria, e estendeu as fronteiras do seu próprio império, na medida do Punjab, na Índia. 

Alexandre já tinha feito planos anteriores à sua morte por e mercantil em expansão militar da península arábica, depois que ele foi fazer os seus exércitos para o oeste (Cartago, Roma e da Península Ibérica).Sua visão original, no entanto, tinha sido para o leste, até aos confins do mundo exterior e do Grande Mar, como é descrito por seu tutor infância e Aristóteles mentor. 

Alexandre integrada muitos estrangeiros em seu exército, levando alguns estudiosos creditam a ele com uma "política de fusão". Ele também encorajou os casamentos entre seus soldados e estrangeiros, e ele passou a se casar com duas princesas estrangeiras. 

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Alexandre morreu depois de doze anos de campanha militar constante, possivelmente em consequência da malária, envenenamento, febre tifóide, encefalite viral ou as consequências do alcoolismo. Seu legado e conquistas viveu muito depois dele e marcou o início de séculos de colonização e influência cultural grega em áreas distantes. Este período é conhecido como o período helenístico, que apresentava uma combinação de grego, Oriente Médio e cultura indiana. Alexandre se com destaque na história e mito do grego e não-gregas culturas. Suas façanhas inspiraram uma tradição literária na qual ele aparece como um herói legendário, na tradição de Aquiles.

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Há uma lógica para o tamanho dos impérios, quanto maior o império maior é a sua força.

A conquista do espaço é fundamental por causa do enriquecimento econômico, prestígio político e a dominação social, fatores que marcam a potência do Império.

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A Palestina no Novo Testamento estava sob administração do Império Romano. Essa região tornou-se uma colônia romana por volta do ano 63 AC, Netta Kemp diz:

“No ano 63 AC o general romano Pompeu dirigiu uma expedição contra a Judéia e reduziu o país a uma província tributária de Roma”

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Palestina

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Organização Social

A sociedade palestinense pode ser dividida em quatro grandes grupos socioeconômicos: os ricos, grandes proprietários, comerciantes ou elementos provenientes do alto clero; os grupos médios, sacerdotes, pequenos e médios proprietários rurais ou comerciantes; os pobres, trabalhadores em geral, seja no campo ou nas cidades; e os miseráveis, mendigos, escravos ou excluídos sociais, como ladrões. Contudo, as diferenças sociais na palestina não se pautavam somente na riqueza ou pobreza do indivíduo, mas em diversos outros critérios, como sexo, função religiosa, conhecimento, pureza étnica, etc. Ou seja, uma mulher, ainda que proveniente de uma família rica, estava numa situação social inferior a de um levita; um samaritano, apesar de ser descendente dos israelitas, devido à miscigenação, era considerado impuro e, socialmente, inferior a uma mulher judia, para citar só dois exemplos.

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O Templo foi, até 70 dC, o mais importante centro religioso judaico. Destruído duas vezes, estava sendo reconstruído neste período. As mulheres e os não circuncidados não podiam entrar no interior do Templo. Neste edifício eram realizados os sacrifícios; o sinédrio se reunia; eram armazenadas as riquezas e impostos dirigidos ao Templo, bem como os objetos de culto. Ou seja, o Templo era muito mais do que um local de culto. Sobretudo, era o centro de toda a vida religiosa, econômica e política judaica. Suas atividades e organização revelam os valores e as divisões desta sociedade, onde os sacerdotes e conhecedores da Lei possuem privilégios, só os homens circuncidados são levados em conta e mulheres e gentios são colocados à margem. Organizando a vida religiosa e os cultos no templo existiam um amplo clero chefiado pelo sumo-sacerdote, que provinham das famílias mais ricas judaicas da palestina. Os sacerdotes, tanto sob o governo dos herodianos quanto dos procuradores, eram escolhidos e destituídos pelos governadores civis. Logo, este posto possuía um marcado caráter político. O sumo-sacerdote era auxiliado por diversos funcionários, todos provenientes das famílias mais importantes: o comandante do Templo; os chefes das 24 equipes semanais, os sete vigilantes, três tesoureiros. Além do sacerdote supremo, existiam cerca de 7 mil outros sacerdotes divididos em 24 equipes que se revezavam nos serviços do Templo. Em média, cada sacerdote atuava cinco vezes por ano. Recebiam salário, que provinha dos sacrifícios e do dízimo. A função sacerdotal era hereditária. Ao lado dos sacerdotes, haviam 10 mil levitas, também organizados e 24 equipes. Atuavam como músicosou porteiros, também cinco vezes ao ano. Não recebiam salários.

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As sinagogas também eram centros religiosos, já que nelas se cultuava a Deus e era estudada a Lei, tal como ocorre ainda hoje. Nelas, qualquer judeu poderia ler e fazer comentários à Lei, o que não ocorria na prática, função que acabava controlada pelos especialistas nas escrituras, os escribas e rabis farisaicos.

As festas religiosas também possuíam um papel destacado na vida judaica. Nestas ocasiões o povo se reunia em Jerusalém e celebrava a intervenção divina em sua História. Mais do que um momento de comemoração, tais datas serviam para perpetuar a memória e as tradições do povo. Três festas eram consideradas mais importantes: a Páscoa, que recordava a libertação da escravidão no Egito; Pentecostes que ocorria na época da colheita e recordava a Aliança do Sinai; Tendas, que festeja o próprio Templo. Outras práticas religiosas judaicas comuns no século I dC eram a circuncisão, a guarda do Sábado, a oração cotidiana, realizada pela manhã e à tarde. Contudo, apesar de uma aparente unidade, o Judaísmo estava subdividido em uma série de facções político-religiosas, que apresentaremos no próximo item.

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O Judaísmo no século I

Muitas pessoas pensam no judaísmo do século I dC como um bloco monolítico, uma religião solidamente unificada que o cristianismo dividiu, formando uma religião nova. Entretanto, haviam muitos subgrupos diferentes dentro de judaísmo antigo e o movimento de Jesus era, à princípio, só um deles. Assim, a separação do cristianismo do judaísmo não foi súbita, mas aconteceu gradualmente. O Judaísmo no tempo de Jesus parecia muito com as divisões internas do cristianismo de hoje. Todos os judeus tinham certas crenças comuns e praticaram alguns aspectos da religião: eram monoteístas, praticavam a lei de Moisés, circuncidavam-se, etc. Porém, os diferentes grupos judeus debatiam e discordavam entre si sobre muitos detalhes, tais como as expectativas sobre o Messias, os rituais e as leis de pureza, sobre como viver sob a dominação estrangeira. Para entendermos o Novo Testamento mais completamente, especialmente como a vida de Jesus é apresentada nos Evangelhos, nós precisamos conhecer a variedade dos grupos judeus que existiram no primeiro século. Josefo, historiador judeu do primeiro-século, descreve três grupos principais com suas filosofias ou modos de vida: os fariseus , Saduceus, e Essênios. Ele também menciona vários outros grupos políticos e revolucionários judeus ativos no primeiro século d.C., especialmente durante a primeira Guerra contra Roma (66-70 d. C.). O Novo Testamento menciona os Fariseus e Saduceus, além de vários outros grupos identificáveis a partir da pequenas menções. São estas informações que nos permitem reconstruir tais partidos político-religiosos. A seguir, vamos apresentar os principais grupos e suas características:

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Os fariseus formavam um grupo ativo, numeroso e influente na Palestina desde o século II a.C.. O termo Fariseu provavelmente significa, em hebreu, separado e se refere à observância rígida das leis e tradições por parte dos membros do grupo (Lc. 18:10-12). Seus líderes eram chamados de rabinos ou professores, tal como Gamaliel, já que se dedicavam a estudar e comentar as escrituras (Atos 5:34; 22:3). Os Fariseus aderiram e defendiam a observância rígida do sábado sagrado, dos rituais de pureza, do dízimo, das restrições alimentares, baseando-se nas Escrituras hebraicas e em tradições orais mais recentes (Mc. 7:1-13; Mt. 15:1-20). Se opunham à romanização e à helenização. Seus maiores rivais políticos e religiosos foram, durante muito tempo, os Saduceus, principalmente devido a postura pró-roma deste grupo. Esta rivalidade, contudo, não os impedia de unirem-se em alguns momentos em que os objetivos faziam-se comuns. Em sua maioria, os fariseus eram leigos, ainda que entre eles fossem encontrados alguns levitas e membros do Sinédrio (Atos 5:34). Consideravam-se sucessores de Esdras e dos primeiros escribas. Eram os freqüentadores das sinagogas e buscavam divulgar a interpretação da Lei escrita e oral. Em contraste com os Saduceus (Mc. 12:18-27), os Fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos, no livre arbítrio do homem, na onipresença de Deus, no papel da Lei como um freio para os impulsos negativos dos homens (Atos 23:1-8). Os Evangelhos os retratam como os principais oponentes de Jesus (Mc. 8:11; 10:2) e que teriam conspirado junto com os herodianos para matá-lo (Mc. 3:6). Por outro lado, Jesus dirige algumas críticas severas contra a hipocrisia e cegueira do Fariseus (Mt. 23; Jo. 9). Contudo, em termos teológicos, cristãos e fariseus concordavam em alguns aspectos, o que explica o grande número de fariseus que acabaram por tornar-se cristãos (Atos 15:5). Paulo, antes de converter-se ao cristianismo, era um fariseu (Fil. 3:5; Atos 23:6; 26:5). Mesmo após a Guerra Judaica, os fariseus permaneceram ativos. Como, dentre as seitas de então, não foi eliminado, passou a dirigir o Judaísmo e a rivalizar com os cristãos.

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Os saduceus formavam outro grupo proeminente de judeus na Palestina entre os séculos II a.C. ao I d.C. . Não se sabe ao certo a origem da palavra Saduceus. Alguns crêem que vem do hebreu saddiqim, que significa íntegro ou derivado de Zadok, nome do mais importante sacerdote durante o reinado de Davi (1 Reis 1:26). Organizaram-se no período da dinastia asmonéia, momento de prosperidade política e econômica. Eles eram um grupo formado pela elite, principalmente proveniente das famílias da alta hierarquia sacerdotal. Provavelmente era menor, mas mais influente que os Fariseus. Sua influência, porém, era sentida sobretudo entre os grupos governantes ricos. Seguiam somente as leis escritas, presentes na Bíblia hebraica (a Torah), e rejeitavam as tradições mais novas. não acreditavam em vida depois de morte (Mc. 12:18-27; C. 20:27); em anjos ou espíritos (Atos 23:8) ena Providência Divina. Eram altamente ritualistas e só aceitavam os cultos realizados no Templo onde, acreditavam, Deus estava. Possuíam um papel preponderante no Sinédrio e controlavam as atividades e riquezas do Templo (Atos 4:1; 5:17; 23:6). Rejeitaram os ensinos do Fariseus, especialmente as tradições orais e as tradições mais novas. Além dos fariseus, rivalizavam com os Herodianos, porém, eram simpáticos à romanização e à helenização. Os Evangelhos os retratam freqüentemente junto com o Fariseus como oponentes de Jesus (Mt. 16:1-12; Mc. 18:12-27). Com a destruição do templo e a efetivo domínio romano, esta seita acabou por desaparecer.

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Os essênios formavam um grupo minoritário que estava organizado como uma comunidade monástica em Qumram, área localizada perto do Mar Morto, desde o século II a.C. até o século I d.C, quando em 68 foram eliminados pelos romanos durante a Guerra Judaica. Alguns crêem que o nome essênios deriva do grego hosios, santo, ou isos, igual, ou ainda do hebraico hasidim, piedoso. Ou seja, não há consenso. Sua origem pode estar associada à era macabéia, quando um grupo, liderado por um sacerdote, teria fundado a comunidade. Eles rejeitaram a validez da adoração de Templo, e assim recusavam-se a assistir os festivais ou apoiar o Templo de Jerusalém. Eles consideraram os sacerdotes de Jerusalém ilegítimos, desde que não fossem Zadokites, ou seja, descentes de Zadok, dos quais eles próprios se viam como descendentes. Eles viviam em regime comunitário com exigências rígidas, regras, e rituais. Provavelmente também praticavam o celibato. Esperaram que Deus enviasse um grande profeta e dois Messias diferentes, um rei e um sacerdote. O objetivo dos essênios era manterem-se puros e observar a lei. Praticavam um culto espiritualizado e sem sacrifícios e possuíam uma teologia de caráter escatológico. Dentre os ritos observados, estava a prática do batismo por imersão periódico, como forma de purificação. Eles interpretavam a Lei de forma literal e produziram diversos textos que foram considerados, posteriormente, apócrifos, como a Regra da Comunidade. Os essênios não são mencionados no Novo Testamento. Contudo, alguns estudiosos pensam que João Batista e o próprio Jesus estavam associados a este grupo, mas uma conexão direta é improvável. http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm

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Os herodianos formaram a facção que apoiou a política e o governo da família dos Herodianos, especialmente durante o reinado de Herodes Antipas, que governou a Galiléia e Peréia durante as vidas de João Batista e de Jesus. No Novo Testamento são mencionados só duas vezes em Marcos e uma vez em Mateus. Em Marcos 3:6, como já assinalamos, eles conspiram com os Fariseus para matar Jesus, quando este iniciava o seu ministério na Galiléia. Em Marcos 12:13-17 e Mateus 22:16 eles figuram, novamente unidos a alguns Fariseus, tentando apanhar Jesus com uma pergunta sobre o pagamento de impostos ao César. Alguns autores acreditam que as referências neotestamentárias aos amigos e funcionários do tribunal de Herodes também estão relacionadas aos herodianos (Mc. 6:21, 26; Mt. 14:1-12; 23:7-12). Esta seita desapareceu com o efetivo domínio romano na região palestina.

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Os zelotes eram um grupo religioso com marcado caráter militarista e revolucionário que se organizou no I século d.C. opondo-se a ocupação romana de Israel. Também foram conhecidos como sicários, devido ao punhal que levavam escondido e com o qual atacavam aos inimigos. Seus adeptos provinham das camadas mais pobres da sociedade. À princípio, foram confundidos com ladrões. Atuaram primeiro na Galiléia, mas durante a Guerra Judaica tiveram um papel ativo na Judéia. Os zelotes se recusavam a reconhecer o domínio romano. Respeitavam o Templo e a Lei. Opunham-se ao helenismo. Professavam um messianismo radical e só acreditavam em um governo teocrático, ocupado por judeus. Viam na luta armada o único caminho para enfrentar aos inimigos e acelerar a instauração do Reino de Deus. Um de discípulos de Jesus é chamado de Simão, o Zelote em Lucas 6:15 e Atos 1:13. Alguns autores apontam que ele poderia ter pertencido a um grupo revolucionário antes de se unir a Jesus, mas o sentido mais provável era de " zeloso " na sua acepção mais antiga.

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Além dos grupos político-religiosos aqui representados, não podemos deixar de mencionar os outros segmentos que participavam do cenário religiosos judaico no I século: os levitas, como vimos no estudo anterior, que formavam o clero do Templo de Jerusalém e que eram os responsáveis pelos sacrifícios e pelos cultos; os escribas, hábeis conhecedores e comentadores da Lei; os movimentos batistas, seitas populares que mantinham as práticas de batismo de João Batista, dentre outros. Quando Jesus Cristo iniciou sua pregação foi visto como mais um dentre os diversos grupos que já possuíam interpretações próprias da lei. Contudo, a mensagem de Cristo mostrou-se revolucionária, chegando a formar uma nova religião. Jesus soube colocar o homem acima da Lei e das tradições e proclamou que qualquer mudança só poderia se iniciar a partir do coração do homem que, pela fé em seu sacrifício salvador, era restaurado.

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FariseusSaduceu Essênios

Herodianos

Zelotes

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Samaria ,era a província central da Palestina, situada entre a Judéia e a cordilheira do Carmelo. Os samaritanos tinham a reputação de ser gente descontente que sabia abrigar sentimentos de ódio e vingança, porém ao mesmo tempo não era mal-agradecida.

Judéia, era a maior da Palestina, pois compreendia o território que antigamente correspondia às tribos de Judá, Simeão, Dã e Benjamin. Os habitantes eram arrogantes, exclusivistas, conservadores e de pouca iniciativa espiritual. Todavia, souberam manter-se firmes quando se impunha lealdade ao passado ou um patriotismo apaixonado.

cordilheira do Carmelo

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Galiléia, Coincidia essa região com o território que coube às tribos de Zebulom, Aser, Naftali e grande parte Issacar . Era atravessada por grandes rotas de caravanas que demandavam de Damasco. Por longo tempo a província da Galiléia “Galiléia dos gentios”, em virtude de se achar povoada por fenícios, árabes, egípcios, sírios, etc, os quais estabeleceram naquela área após o cativeiro.

Batismo de Jesus

Nascimento de Jesus

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Peréia, designada no Novo Testamento como “a outra banda do Jordão” aplicava-se à faixa de terra ao longo do Jordão. Segundo Josefo, a região se inter-relacionava com Decápolis. A região tinha uma importante base de população judia. Alguns gregos também se estabeleceram dentro de seus limites.

Decápolis, (Deca = dez, polis = cidade), não era um termo preciso, por conseguinte não deve se considerar como uma jurisdição política. No sentido mais limitado da palavra, refere-se a dez cidades gregas sob proteção do governador da Síria, cada constituindo um centro administrativo da região circunvizinha. Predominavam os gregos, enquanto que estrangeiros de diversos países e judeus residiam principalmente ao Nordeste e ao Norte da região.

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2° Damasco, na Síria

1° Citópolis, antiga Bete-Seã

3° Diom4° Rafana

5° Canatha6°HIpos

7° Gadara

8° Pela

9° Geresa

10° FiladélfiaMapa de Decápolis

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Jerusalém, Jo 8:3-11

Decápolis, Mc 7:31-37

Cesarea de Filipe, Mc 8:27-29

Nazaré, Mt 9:20-22 e 32-34, Mc 9:27-31

Cafarnaum, Jo 2:12

Caná da Galiléia, Jo 2:1-12

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Cidade de Jerusalém

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Golgota, lugar da crucificação

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Paulo usou o seu conhecimento e as suas cidanias, para marcar geograficamente o contexto espacial da igreja.

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Jerusalém

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Este tipo de casa da comunidade e local para o serviço religioso veio do período da diáspora, onde a necessidade de ter um lugar específico para estas reuniões era muito grande e havia certos modelos nas imediações. Foi introduzida por Esdras, quando do retorno à Palestina e se multiplicou rapidamente. Elas eram estabelecidas em todas as vilas e cidades, e no interior, perto dos rios, para que pudesse haver água em abundância para as várias purificações. A quantidade se explica pela necessidade de que todos os judeus participassem dos cultos aos sábados. Segundo os pesquisadores, somente em Jerusalém haviam naqueles dias em torno de 480 sinagogas.A sinagoga é um local para oração e/ou culto, mas no transcorrer do tempo ela se tornou o local para muitas outras atividades envolvendo a vida cotidiana das comunidades judaicas: catequese infantil, assistência aos pobres, providências judiciais como flagelação (Mt 10.17) e excomunhão(Lc 6.22) aplicadas pelas autoridades da sinagoga local.Responsáveis pela SinagogaHavia dois responsáveis pelo edifício e pelo serviço divino realizados na sinagoga: o presidente ( Gr. Archisynagogus, Mc 5.22s.) e um vigia (hebr. Hazzan, Gr kyperetes, Lc 4.20). Este vigia era o responsável em pegar e guardar os Rolos das Escrituras que ficavam na replica da Arca em lugar reservado. Além deles um Conselho de 3 a 13 membros eram escolhidos pela congregação para ensinar e julgar casos envolvendo religião e questões civis (Mt 10.17; 23.34; At 22.19; 26.11; Jo 9.22,34; 12.42; 16.2).Os Sacerdotes recebiam honras, todavia, não tinham nenhum cargo oficial, a não ser que fossem eleitos para participarem do Conselho ou para aturarem como professores.

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A Dinâmica da Reunião e / ou Culto

Os homens da congregação, em numero indeterminado (ainda que o número mínimo de dez homens fosse necessário para promover e mantê-la) se reuniam a cada sábado para adorar a Deus (At 15.21) e também no segundo e quinto dia da semana para ouvir a leitura das Escrituras. Os homens tomavam assentos separados das mulheres. Um dos membros da sinagoga é quem fazia oração. Consistia principalmente na leitura de Dt 6.4-9; 11.16-21; Nm 15.37-41 e em repetir algumas, ou todas as dezoito orações e bênçãos. O povo ficava de pé durante as orações e todas as pessoas presentes diziam “Amém” quando terminavam. A leitura da Lei era feita por três, cinco ou sete leitores, designados pelo presidente da sinagoga, se possível sacerdotes ou levitas ou outros homens e eventualmente meninos (passagem da puberdade). Lêem no púlpito, de pé, revezando-se, a perícope do Pentateuco determinada para cada dia, de acordo com um ciclo de três anos (hebr. “seder”). Começava e terminava com ação de graças. Seguia-se uma lição dos profetas que era lida pela mesma pessoa que abria o serviço com a oração. Depois da leitura, o leitor, ou qualquer outra pessoa presente fazia uma exposição sobre ela [Jesus (Mt 4.23; 13.54; Mc 6.2; Lc 4.15-22; Jo 18.20) e Paulo (At 13.5,15; 14.1; 17.10-17; 18.19) utilizaram-se deste momento]. O culto terminava com a bênção, pronunciada por um sacerdote, se havia algum presente; e a congregação dizia: Amém.

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A Estrutura Arquitetônica

A arquitetura da sinagoga sofreu sempre a influência do país em que era construída. Em Alexandria, a forma é a da basílica; na Europa foi influenciada pelo estilo romano e grego. Na Idade Média havia influência bizantina e dos mouros. A arca sagrada era sempre colocada na direção de Jerusalém e os participantes ficam em frente dela. Antigamente, no centro da sinagoga, elevada, havia uma mesa onde se lia a Torá – chamada de Al Memor. Em seguida, construíam-se um estrado em frente da arca sagrada e um púlpito para o cantor, que serve também de lugar para a leitura da Torá. Em frente da arca sagrada têm a lâmpada eterna (Ner Tamid) e castiçais sobre o púlpito, lembranças da Mesnorá do grande Templo destruído. As sinagogas têm motivos decorativos: as tábuas das leis, o Maguen David e alguns frisos com cenas bíblicas; o sacrifício de Isaac, os signos das doze tribos, o exílio de Babilônia, os túmulos dos patriarcas etc..Utensílios Comuns em Todas as Sinagogas- Uma arca ou baú contendo a Lei- Uma plataforma elevada e uma mesa, de onde a Lei era lida e exposta- Assentos para os homens em baixo e galerias para as mulheres. Em outras, uma repartição, separando homens e mulheres.- Assentos para os oficiais na frente da plataforma, de frente para a congregação.- Lâmpadas para prover iluminação nos cultos noturnos e nas festas.- Móveis para guardar todos os utensílios, ofertas e outras coisas úteis.”

Rev. Ivan Pereira Guedes

http://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/33/

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Diáspora (Hebr. “galut”) significa dispersão. Nas épocas bíblicas a palavra significava refúgio e ao mesmo tempo proteção dada  ao refugiado. Após a destruição do segundo Templo, a palavra significa dispersão, ou seja, a situação dos judeus espalhados pelo mundo.

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A palavra sinagoga vem do aramaico “knischta”e do grego “synagoge [Sun, juntos e ago, eu trago]” que significa“reunião” [assembléia pública de pessoas ou o lugar onde elas se reuniram] e também “proseuche” lugar de oração.  Mais tarde, pelo uso da língua latina, a palavra sinagoga entrou em todas as línguas modernas.

1 -Entrada, voltada para Jerusalém

2 - Arca, o tabernáculo e os rolos das escrituras

3 -Púlpito

4 - Banco dos anciãos

5 – Galeria das mulheres e

crianças

6 - Pátio

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Costa:

A costa Palestina é em geral muito uniforme e inóspita. Ao norte do promontório da Carmelo, o Líbano projeta para o mar pontos rochosos que formam boas porém pequenas baías, as quais ofereciam antigamente abrigo às embarcações fenícias, porém ao sul de dito cabo a casta carece por completo de baías profundas que pudessem proporcionar proteção natural à navegação; por outro lado, vão-se estendendo até ao delta do egípcio bancos e cocurutos de areia que alcançam de 9 a 30 m.

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Portos:

Jope, que apesar de ser uma enseada perigosa tem sido centro comercial marítimo desde tempos remotos. Embora na anualidade constituía um importante desembarcadouro de peregrinos, carece de comodidades portuárias, sendo necessário que os barcos carreguem e descarreguem em barcaças a curta distância da praia.

Aco, porto de mar de Aser, chamado Ptolemaida nos tempos neotestamentários e Acra no tempo das Cruzadas, encontra-se a 40 Km ao sul de Tiro e distante 13 Km do Carmelo.

Dor, não era uma baía naturalmente protegida, porém foi utilizada no tempo da Antigo Testamento.

Gaza, Havia um embarcadouro perto da antiga população do mesmo nome. A cidade moderna, a 4 Km do mar, distingue-se por suas grandes alamedas de oliveiras e por sua indústria manufatureira de sabão; e na época neotestamentária

Cesárea, porto artificial entre Jope e Tiro, construído por Herodes o Grande, e terminado a tempo para levar o evangelho ao Ocidente.Em Ascalom, Asdode, como em outras partes da costa, há ruínas que indicam que antigamente o homem tratava inutilmente de construir molhes permanentes . O maior porto do país na atualidade é Haifa, ao pé do Carmelo, conectado com a linha férrea ao Egito e Síria. Constitui um elo importante nos serviços aéreos, que unem a Palestina com a Inglaterra, Pérsia, a Índia e Europa, além de ser um grande centro industuial .

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Aco

Cesaréia

Dor

JopeGaza

Portos da Palestina

Localização da Costa e os portos na Palestina

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Mundo Clima

Palestina

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O Jordão percorre 64 Km desde Hasbany até ao Lago Merom, cujas águas atravessa, para depois seguir precipitadamente um s 24 km até ao Mar da Galiléia, outro lago alimentado por ele. Saindo do aludido lago, transforma-se num curso sinuoso que desce a depressão numa carreira veloz e impetuosa entre os numerosos meandros caprichosos, inumeráveis quedas, cataratas e zizezagues, perdendo profundidade à medida que se aproxima do Mar Morto, onde vão para as suas águas. Desde O Monte Hermón até a sua desembocadura a distância chega a 215 Km, contudo, com as suas sinuosidades pode chegar até 320 Km. A sua largura varia entre 27 e 45 m e a sua profundidade está entre 1,50 e 3,50 m, Gn 32:10

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Foi, em diferentes épocas, teatro de portentosos sucessos. Sua águas se separaram para dar passagem aos israelitas ao iniciar a conquista de Canaã, Js 3:1-17. Um outro episódio que marca o rio Jordão, o trânsito do profeta Elias e Eliseu. Naamã, o sírio, foi curado da lepra em suas águas e em época posterior, João Batista batizava nas águas do Jordão.

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Era cristã

Grande parte do ministério de Jesus Cristo decorreu nas margens do lago de Genesaré. Naqueles tempos, havia uma faixa de povoamentos à volta do lago e muito comércio e transporte por barco. No entanto, sabe-se que a Galiléia era uma região mais pobre do que a Judéia, de modo que a população do local atravessava momentos difíceis durante o primeiro século da era comum.

Paisagem do Mar da Galileia.O evangelho segundo Marcos (1:14-20) e o  evangelho segundo Mateus (4:18-22) descrevem como Jesus recrutouquatro dos seus apóstolos nas margens do lago de Genesaré: o pescador Pedro e seu irmão André, e os irmãos João e Tiago.Um famoso episódio evangélico, o Sermão da Montanha, teve lugar numa colina com vista para o lago e muitos dos milagres de Jesus também aconteceram aqui: caminhada pela água, acalmar uma tempestade, alimentar cinco mil pessoas e muitos outros.

Atualidade

Além deste nome o mar também é conhecido por Mar de Tiberíades e Lago de Gensaré, sendo ele o maior de Israel. O tamanho exato do lago está no comprimento de 19 quilômetros por uma largura de aproximadamente 13k. O lago é muito visitado, tanto por pessoas que residem próximas a ele quanto por turistas que atravessam o mundo só para passar por perto do Mar da Galileia. Segundo as histórias bíblicas foi neste lago que Jesus realizou muitos de seus milagres.

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O Mar da Galiléia, também dito Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré (em língua hebraica:  ים Kinneret) é um extenso lago de água doce, é fronteira ,כנרתentre Israel,Cisjordânia e Jordânia, com comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca de 13 km. Na moderna língua hebraica é conhecido por  Yam Kinneret. Deságua nele o rio Jordão, que vem do monte Hérmon e de Cesárea de Filipe, e que depois segue para o Mar Morto.

O Mar da Galileia fica a 213 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo e é considerado um mar isolado por não ter nenhuma ligação com outros mares ou oceanos. Nos tempos do Novo Testamento, ficavam nas suas costas a cidade de Tiberíades — fundada por Herodes Antipas ao tempo da infância de Jesus, Cafarnaum, Betsaida e Genesaré, entre outras.

A nordeste do Mar da Galileia ficam os montes Golã.

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Principais Vales 1)Vale do Jordão 2)Vale de Jesreel 3)Vale de Acor 4)Vale de Aijalom 5)Vale de Escol 6)Vale de Hebrom ou Manre 7)Vale de Sidim 8)Vale de Siquém 9)Vale de Basã 10)Vale de Moabe

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Constituí a grande fenda geológica, que se estende desde a Síria, entre as cordilheiras da Líbano e AntiLíbano, através da Palestina até Eziom-Geber. Propriamente dito, o limite se aplica àquela parte da quebra entre os mares da Galiléia e Morto, chamado pelos árabes “Ghor”, que quer dizer “terreno baixo”. Por motivos desconhecidos, a superfície da terra afundou aqui, formando a mais profunda depressão do mundo.

O vale do Jordão se encontra a uma altitude de 515 m sobre o nível do mar, ladeado pelas cadeias montanhosas do Líbano e Hermóm

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Em hebraico,  Har Hermon, "montanha sagrada"; em língua árabe:

الشhhhيخ جبhhhل ,  Djabal el-Sheikh, "montanha do xeque", ou "montanha nevada“, é uma montanha localizada na porção terminal sul da cordilheira do Antilíbano, na fronteira entre Síria e Líbano. Com 2.814 metros de altitude, o seu pico está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo sol de verão.

O Monte Hérmon foi chamado também de Baal-Hermon (Jz 3.3; 1Cr 5.23). Seu nome aparece na poesia hebraica (Sl 89.12; 133.3; Ct 4.8). É talvez o "alto monte" de Mt 17.1; Mc 9.2 e Lc 9.28, o monte da transfiguração.

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Características

Nasce na encosta do monte Hermón, atravessa os Lago Hulé e segue depois até ao Mar da Galiléia, para desaguar no Mar Morto. A nascente situa-se na Jordânia e, a jusante, a Samaria.

O rio tem profundidade média de 1 a 3 metros e largura de 30 metros. Na maior parte de seu curso o rio se encontra abaixo do nível do mar, chegando a 390 metros abaixo deste nível ao desembocar no Mar Morto.a característica principal do rio Jordão é o seu progressivo aumento de salinidade à medida que avança para o Mar Morto. De fato, penetra doce no Lago de Tiberíades mas saliniza a partir daí até chegar ao Mar Morto que, com 325 partes por mil de salinidade, é 25 % mais salino que os oceanos.Atualmente o Vale do Jordão constitui um significativo trecho da fronteira Israel-Palestina. No seu trecho final, este rio corre entre margens desérticas.

Importância Histórica

O povo de Israel atravessou o rio a seco segundo o Livro de Josué (cap.3), da Bíblia Hebraica. Também foi atravessado a seco por Elias e Eliseu.Por intermédio de Eliseu, segundo a Bíblia Hebraica, houve dois milagres no Jordão: a cura de Naamã por ter mergulhado sete vezes no rio; e fez flutuar um machado (II Reis 5:14, 6:6).De acordo com os Evangelhos, João Batista desenvolveu a sua pregação nas proximidades do Jordão, onde Jesus foi batizado e não terá sido longe daí que decorreu o período das suas tentações.Hoje em dia é uma das maiores fontes de água de Israel.

Monte Hermón

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Monte Carmelo é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. O seu nome (Karmel) significa "jardim" ou "campo fértil". A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Hakarmel.

"Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. O Monte Carmelo é formado de pedra calcaria dura, abundante em cavernas. O Monte Carmelo é historicamente interessante pela sua conexão com dois grandes profetas de Israel: Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas Baal, levando de novo o povo de Israel à obediência ao Senhor. Foi também no Monte Carmelo que, segundo a Bíblia, Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que o Rei Acaziastinha mandado ali para prender o profeta, em virtude ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal: Zebube, deus de Ecrom." (2 reis 1.9 a 15). Foi também neste monte, que a mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu (2 Reis 4.8 a 31) para entender a sua perda.

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O Monte Carmelo está a 546 metros acima do nível mar.

Este trata-se do local onde se deu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas

de Baal. Foi no Monte Carmelo que Elias provou aos homens

que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus, e não Baal.

•Monte Carmelo é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. O seu nome (Karmel) significa "jardim" ou "campo fértil". A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Hakarmel.

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"Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. O Monte Carmelo é formado de pedra calcaria dura, abundante em cavernas. O Monte Carmelo é historicamente interessante pela sua conexão com dois grandes profetas de Israel: Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas Baal, levando de novo o povo de Israel à obediência ao Senhor. Foi também no Monte Carmelo que, segundo a Bíblia, Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que o Rei Acaziastinha mandado ali para prender o profeta, em virtude ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal: Zebube, deus de Ecrom." (2 reis 1.9 a 15). Foi também neste monte, que a mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu (2 Reis 4.8 a 31) para entender a sua perda.

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MONTE DAS OLIVEIRAS

Recebe seu nome pelas oliveiras que cobriam, antigamente, suas encostas. O Monte das Oliveiras é sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, e muitas tradições estão associadas a ele. Segundo a Bíblia, por exemplo, Jesus teria transmitido ali alguns de seus ensinamentos.

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Monte das Oliveiras está a 818 metros acima do nível do mar.

A vista que se descortina diante dele, abrangendo de cima a área do templo, explica por que foi ali

que Jesus lamentou a impenitência de Jerusalém (Lc 19.29-44), e ensinou a respeito

da eminência da ruína do templo (Mt 24.1-3 paralelo Mc 13.1-4; Lc

21.5-7)

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Sinai

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O Monte Sinai (também

conhecido como Monte Horeb 

ou Jebel Musa, que significa “Monte de Moisés”

em árabe) está situado no sul da península

do Sinai, no Egito. Esta região é considerada sagrada por três

 religiões: cristianismo, judaísmo e islamismo.

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Tábuas da Lei

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É o prolongamento da Antilíbano. Em seu conjunto os montes desta região são mais uniformes, mais íngremes e de maior altitude que os da Palestina Ocidental, alcançando uma altura média de 850 m numa grande extensão de terreno. Todo o território montanhoso , visto do Oeste através da depressão do Jordão, parece um impressionante muro paralelo ao horizonte

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A Palestina, pequena em extensão, lindamente acidentada, com grandes elevações e depressões, com montanhas e vales, outeiros e várzeas, com rios desertos , apresenta as mais variadas condições climáticas. Em termos gerais é subtropical, benigno e saudável, sem calor excessivo, exceto em alguns vales e nos profundos leitos dos rios. O mês de mais calor é agosto, e janeiro o de mais frio.

Estações:

Verão ou Estação seca

Começa em meados de abril e dura até mais ou menos fins de outubro. É a época das colheitas e dos trabalhos agrícolas, caracterizada por dias cálidos e noites de copioso orvalho.

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Inverno ou Estação Chuvosa:

Estende-se desde fim de outubro até metade de abril. A queda de chuvas é muito escassa até fins de novembro, quando então começa a ser copiosa, até meados de março, época em que se nota geralmente uma marcada diminuição no volume de água e que dura até abril. Distingue-se esta época pelas tempestades de granizo e por nevadas que caem na Cordilheira Central e no Planalto Oriental, nos meses de janeiro e fevereiro onde fica por pouco tempo, porém nunca se vê no vale do Jordão

Ventos:

Durante o verão os ventos sopram principalmente desde o noroeste. Devido à ausência de fatores que tendem a baixar sua temperatura e provocar assim a condensação, não dão lugar a chuvas embora temperem os calores estivais. Por outro lado embora temperem os calores estivais. Por outro lado durante o inverno dominam os ventos de oeste e sudoeste que vêm carregados de umidade, os quais ao se chocarem com os frios cumes das cordilheiras precipitas as chuvas.

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O artesanato e o comércio marítimo marcaram

a trajetória da civilização fenícia.

Representação de um barco fenício.

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Da Fenícia para o mundo

Os fenícios foram responsáveis pela formação de uma rica civilização que ocupou uma faixa do litoral mediterrâneo que adentrava o território asiático até as montanhas do atual Líbano.

A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit.

Exímios na arte de comercializar, os fenícios eram conhecidos em todo lugar, por sua grande capacidade de alcançar os maiores lucros.

Fenícia

Israel

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O Comércio e a Escrita

Com tantos mercados, tantas ofertas, tantos fregueses, os fenícios só encontraram uma saída para os negócios não se enredarem em um emaranhado de mal-entendidos: registrar em placas de barro cada compra e cada venda.

O controle sobre os estoques, os acordos comerciais, encomendas, preços e outras negociações teriam de ser devidamente registrados para que todo esse esforço fosse apropriadamente recompensado. Foi então que a cultura fenícia estabeleceu o desenvolvimento de um sistema de símbolos que pudesse facilitar o processo de comunicação entre as pessoas.

Foi a partir do ideograma egípcio, que os fenícios criaram um conjunto de vinte e duas letras. Os fenícios conseguiram simplificar o processo egípcio. Os egípcios foram responsáveis pela idéia de escrever em inumeráveis hieróglifos, os fenícios tiveram a iniciativa de facilitar a compreensão da escrita desenvolvendo um alfabeto fonético composto por vinte e duas letras.

Esse sistema de comunicação teve grande importância não só para os fenícios, mas também influenciou no longo processo que deu origem às letras que integram o alfabeto ocidental contemporâneo.

Esse sistema de escrita se espalhou pelo mundo antigo e inspirou outros povos a criar seus próprios alfabetos. O mais famoso deles? O alfabeto grego. Adaptado do fenício, o alfabeto grego tem uma característica importante: a introdução de vogais.

A origem do alfabeto esteve ligada ao desenvolvimento

das atividades comerciais entre os fenícios.

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Economia e Expansão Marítima

No início de sua trajetória, a exemplo de outros povos da Antiguidade, os fenícios desenvolveram uma economia exclusivamente voltada para a agricultura, pesca e artesanato. Eles transformaram-se ao longo do tempo em exímios comerciantes.

A agricultura e a pecuária eram importantes para a sobrevivência dos fenícios, mas suas principais atividades econômicas se concentravam no comércio e no artesanato. Com as excelentes madeiras de suas florestas, construíam navios. Fabricavam jóias de âmbar, ouro, prata e marfim. Produziam o vidro transparente e descobriram a púrpura, matéria corante vermelho-escura que usavam para tingir tecidos. Essas manufaturas, bem como suas madeiras, eram comerciadas do mar Negro até o Egeu.

A atividade comercial fenícia era muito variada. Além da exportação dos seus tecidos de lã, cabia-lhes a tarefa de abastecer o mundo mediterrânico em gêneros exóticos provenientes do Oriente, sobretudo dos Egípcios, pelo mar Vermelho, e em produtos de primeira necessidade, vindos do grande Norte, caso do estanho (das ilhas de Scilly, na Cornualha).

As suas cidades principais foram Sídon, Tiro, Biblos e Beritus (atual Beirute). Os fenícios nunca tiveram um verdadeiro governo "nacional", apresentando cada cidade um rei, por vezes substituído ou neutralizado pelas aristocracias de mercadores.

Cada cidade cuidava exclusivamente de seus próprios negócios. Para defender seus interesses, possuíam monarcas, cujo trono era passado de pai para filho. Como os textos bíblicos mostram, os monarcas eram também os que mais lucravam. Mas justiça se faça: boa parte do sucesso dos fenícios no comércio se deveu à política de boa vizinhança de seus reis.

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Os reis fenícios aceitavam até pagar tributos, desde que tivessem livre iniciativa no comércio. Outra estratégia dos monarcas era permitir que estrangeiros viessem morar em suas cidades, com pleno direito de abrir qualquer negócio uma autêntica raridade naquela época.

Por volta de 1400 a.C. os fenícios dominaram as rotas comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses, que ligavam a região da Palestina ao litoral sul do Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia, diferentes cidades imprimiam sua hegemonia comercial na região.

Após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.

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O método comercial utilizado era a troca. Era possível comerciar todo o tipo de objetos: trípodes, caldeirões em bronze, armas, azeite, cereais, vinho, vidros, jóias, marfins, cerâmica fina, vidros com perfumes e ungüentos.

Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaram diversas colônias que, a princípio, serviam de bases mercantis. Existiam colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios fundaram a importante colônia de Cartago.

Fenícios

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O surgimento do comércio

Com desenvolvimento das atividades agro-pastoris, os povos mesopotâmicos foram capazes de acumular excedentes responsáveis pela articulação das primeiras atividades comerciais. A facilidade de deslocamento no território mesopotâmico e a carência de produtos em certas regiões também contribuíram enormemente para a consolidação de uma classe de mercadores.A partir do III milênio cidades como Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk, Gatium e a região do Elam se desenvolvem e a atividade comercial entre eles se torna mais intensa.

Os comerciantes nômades percorriam extensas áreas para vender suas mercadorias ou comprar matérias-primas que não eram encontradas na Mesopotâmia.

Diversas caravanas eram formadas com o intuito de buscar matérias-primas como pedras preciosas, marfim, cobre e estanho. Ao longo de sua história, a Mesopotâmia se transformou em um dos maiores centros comerciais do Oriente, atraindo o interesse de comerciantes da Ásia Menor e da região do Cáucaso. Com um padrão monetário pouco desenvolvido, a grande maioria das negociações era feita a partir da troca de barras de ouro e prata.

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Evolução econômica

A economia dos povos mesopotâmicos, tendo grande semelhança com o Egito, era sustentada pela produção agrícola obtida às margens dos rios Tigre e Eufrates. No entanto, a violência e irregularidade do sistema de cheias desses dois rios exigiam um esforço maior para que a exploração agrícola fosse viabilizada.

Registros da época descrevem alagamentos que cobriam o solo "até onde os olhos não alcançam", muitas vezes destruindo tudo ao redor.

A tecnologia agrícola desses povos exigia a elaboração de um sofisticado sistema de irrigação e drenagem controlada pela construção de diversos diques e barragens.

As técnicas para controlar tais cheias se desenvolveram ao mesmo tempo em que a civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O trabalho árduo, de todos os membros das aldeias, possibilitou a construção de obras hidráulicas, como muros de contenção, diques, canais de irrigação e poços de armazenamento de água para o período da seca.

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A economia e surgimento da escrita

A agricultura floresceu às margens do Tigre e do Eufrates. A base da alimentação era composta por cereais, principalmente a cevada e, em segundo plano, o trigo. O linho e o algodão também eram plantados. Com as obras hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava o sustento dos reis, de suas famílias e de um número cada vez maior de funcionários públicos.

O comércio, à base de troca, também prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda é) muito pobre em metais, pedras preciosas ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a produção agrícola aumentava, mais os reis tinham condições de ir buscar em terras distantes produtos para ampliar a produtividade e ostentar seu poder.

Além da agricultura, povos nômades viviam da criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos), o que complementava a alimentação e o comércio das cidades.

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Daí, também, ser necessária a contabilidade da receita que se ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto, para controlar a produtividade.

As primeiras plaquetas de argila que contêm a escrita cuneiforme demonstram claramente essa importância. E tais plaquetas estão entre as mais antigas formas de escrita do homem.

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O desenvolvimento comercial sob o Império Babilônico

Formando um centro comercial de grande importância e ao mesmo tempo dominando o trânsito pelo rio Eufrates, a cidade de Babilônia consegue forças para se libertar dos laços políticos que a prendem aos sumérios. Devido à desintegração política dos governantes de Ur, há a ascensão militar da cidade da Babilônia. O rei babilônico Hamurabi leva seus exércitos até as longínquas regiões do norte e consegue concentrar todo o poder para a cidade da Babilônia. Sob Hamurabi a região conhece um período de grande atividade comercial, surgindo novas cidades e novas rotas comerciais.

Tábua de barro de 2040 a.C. com balanço anual deuma oficina de cerâmica em Ur, na antiga Suméria, com registros de matérias-primas e dias de trabalho.

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Organização econômica

Devido a sua posição estratégica, a palestina era uma região de passagem. Por ela circulavam soldados, comerciantes, mensageiros, diplomatas, etc. Esta região possuía importantes centros urbanos, como Cesaréia e Jerusalém, que concentravam pessoas e atividades econômicas. Como em outras áreas do Império, nesta região existiam vias e portos, que facilitavam as comunicações e transporte de mercadorias e pessoas. Existia, na região, uma incipiente manufatura, especializada na defumação ou salgação de peixes, construção, fiação e tecelagem, produção de artigos em couro, cerâmica, além de um artesanato de produtos de luxo, como perfumes e a extração e tratamento do betume, substância utilizada para a calafetagem dos navios. Além disso, outros ofícios se faziam presentes, principalmente nas grandes cidades, tais como os padeiros, carregadores de água, barbeiros etc.

http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm

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O comércio, tanto interno quanto externo, também era praticado. O comércio interno, pouco conhecido, consistia-se nas trocas locais e, sobretudo, visava o abastecimento das grandes cidades. Quanto ao externo, importava-se produtos de luxo, consumidos pelas elites e pelo Templo. Por outro lado, exportavam-se alimentos – frutas, óleo, vinho, peixes – e manufaturas, como perfumes, além do betume. A principal atividade econômica da região, contudo, era a agricultura. Plantava-se trigo, cevada, figo, azeitonas, uvas, tâmaras, romãs, maçãs, nozes, lentilhas, ervilhas, alface, chicória, agrião etc. Além da plantação de alimentos, eram encontrados cultivos especiais, voltados para a produção de manufaturas, como rosas, para a produção de essências para os perfumes. As atividades de pesca, pecuária e extrativismo também não podem ser esquecidas, devido a sua grande importância econômica. Banhada pelo Mediterrâneo, cortada por rios e possuindo lagos, não é difícil constatar a variedade de peixes e seu papel para o abastecimento interno e até exportação. Quanto a pecuária, a região possuía rebanhos de ovelhas, cordeiros e bois. No campo da extração, além do já mencionado betume, há que ressaltar a variedade de árvores, como o salgueiro, loureiro, pinheiros, das quais se extraía madeira, temperos e essências; certos animais, como pombas; e alimentos, como o mel.

http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm