apostila_introdução biblica

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INSTITUTO TEOLGICO BETEL DO ABCDRua Laureano n.877 Utinga- Camilpolis- Santo Andr SPEntidade Mantenedora: I.E.A.D.U. C.N.P.J.: 43342.617/0001 06C.E.P. : 09320 610

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INTRODUO BBLICA

JOS DOMINGOS BITTENCOURT PASTOR

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INTRODUO BBLICA

NDICE

1- Introduo 2- O que chamamos de Bblia 3- A Bblia 4- O que a Bblia 5- Os manuscritos 6- Os manuscritos Hebraicos 7- Para entender a Bblia 8- A linguagem da Bblia 9- A Bblia e seus autores 10- A profecia 11- A histria Judaica entre - novo e o velho testamento 12- ltimos grandes imprios 13- Tradues 14- A diviso dos livros 15- O Canon das escrituras 16- A diviso da nossa Bblia 17- Os livros Apcrifos

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INTRODUO Como o povo de Deus tem uma tarefa a cumprir neste mundo e conseqentemente a necessidade de conhecermos cada vez mais a nossa Bblia, o seu mundo e a sua origem. Atravs da histria vemos que o povo teve a mais variadas lutas com os mais diversos inimigos. Uma introduo Bblia nos capacitar melhor, para sabermos como lidar com o inimigo e como desenvolver de forma aprimorada o nosso chamado. A nossa Bblia nos d como ponto de partida o Gnesis, que o livro dos incios, no apenas relatando a origem do kosmos fsico (mundo), como o comeo da raa humana, o pecado e a redeno. Mas tambm inclui o surgimento de todas as introdues e relaes sociais humanas, concluindo com o Apocalipse, que emerge no meio das perseguies, mostrando assim uma atitude mais relativa contra Roma, do que com o resto dos povos do novo testamento. Sabemos o incio e o fim da Bblia, como tambm sabemos, que no se pode desvincular o velho do novo testamento. Para ns, isso possvel, os ambos testamentos so inspirados por Deus e merecem nossa igual ateno. Quando falamos de Bblia, falamos de uma coleo de livros. Uma biblioteca, era o que bblia representava para os Judeus. Essa biblioteca foi escrita primeiramente em pedra. (as pedras da Lei), depois em papiro (papiro uma espcie de papel rudimetrio, feito de folha extrada do rio Nilo, uma vez prensada servia como folha). Mais tarde, esta tcnica do papiro se aprimora e aparecem os rolos de papiro. Depois disto, no sculo terceiro e quarto d.C., aparece o pergaminho (que era feito de couro de animal curtido at ficar bem macio e era deixado numa espcie de cal para que ficasse branco, servindo como papel). Media uns 7 metros de comprimento; quando colocados ou costurados chegava a medir 20 metros. A Bblia como livro escrito aparece tardiamente na Histria, porm como livro oral muito antigo. Oral (foi a forma muito usada pelos israelitas nos seus primeiros sculos de existncia como nao, a palavra era muito significativa e se tornara posteriormente o que chamamos de livro hoje). Com Moiss se inicia na lei escrita, porm a oral, que j existia, continuou, ainda no tempo de Moiss. . Antes de Moiss no exisitia registro de livros inspirados e sim registros orais inspirados. Com isto, queremos dizer que existiram homens ungidos por Deus, homens que tinham andado de acordo com a sua vontade. Exemplo destes foram: Enoque, No, Abrao, 3

Jac, etc., os quais segundo a bblia tinham constantemente encontros com Deus, porm no foram inspirados a escreverem a Palavra de Deus. 1.- O QUE CHAMAMOS BBLIA A Palavra Bblia passou por grandes mudanas. Bblos, era um nome de uma antiga cidade Fincia, famosa pela exportao de papiros. Deste nome se originou a palavra Bblon, (livros), mais tardeTA BBLIA, os livros por excelncia. O plural grego que determinava bblia, transformou-se no latim posterior em nome feminino, singular, Bblia, o livro, e neste sentido foi transmitido para todas as lnguas modernas. Mas o conceito vem do Hebraico SFARAIM, empregado pela primeira vez em Dn.9:2 ...Eu Daniel, entendi pelos livros..., os judeus que falavam em grego, traduziam TA BBLIA , designando com este termo os livros canonizados como escritos sagrados do povo Judeu, depois foi a igreja que chama tanto o Novo como o Antigo Testamento da TA BBLIA . Por volta do sculo segundo II d.C., os cristos usavam a palavra bblos para designar seus escritos sagrados. (Introduo Bblica Editora Vida pg. 5 Norman Geisler e William Nix). 2.- A B B L I A O ser humano conduzido apenas pela conscincia, ainda que foi por muito tempo, no houve muito avano na sua redeno. Porm, Deus no parou por ali com o seu plano de redimir a humanidade, procurou outro meio para conduzir o homem, agora lhe entregava a lei. Neste novo caminho com a lei de Deus, o primeiro ato foi chamar um homem, que atravs dele iniciaria o plano de redeno, este foi Abrao (Gn.12:1-13), tambm foi mudado o seu nome (Gn.12:5), constituindo-o, Deus, como lder sobre o seu povo e das geraes futuras. Desde Abrao passaram vrias geraes (aproximadamente de 500 anos) at que a lei propriamente dita viesse a ser iniciada, e foi com Moiss no Monte Sinai, no recebimento das Tbuas da Lei escritas por Deus. O povo que foi crescendo e passou a viver separado dos outros povos que existiam na Terra (no se misturaram), pois tinham um s Deus, que estaria com eles em todo os momentos. Os primeiros escritos da Bblia foram os 10 mandamentos (as pedras da lei), logo temos as leis Humanitrias e sanitrias (cdigo de Leis) e posteriormente os relatos da criao, promessas e profecias, tudo isto, com exceo dos 10 mandamentos que foram principalmente escritos oralmente. Porm, 4

de acordo com a tradio, o autor dos cinco primeiros livros, a dizer, o Pentateuco foi Moiss, j que ele recebeu uma extraordinria preparao acadmica no Egito (Atos 7.22/Hebreus 11:24). Quem melhor, j que Moiss era uma pessoa com maior instruo em todos os sentidos, que daria incio ao novo rumo do povo de Israel (que era viver na lei). Num primeiro momento, o prprio Deus d a ordem para que fique registrado (Ex.17:24), este registro logo se tornou em algo maior (Lei), tornando-se um livro, que iria dirigir as futuras geraes e que no s terminaria na Lei, porm, continuaria com outros escritos at tornar-se um livro mais complexo e completo, contendo vrios assuntos que jamais passariam ou deixariam de ser a palavra inspirada por Deus (Lc.21:33/II Pe.1.20,21). 3.- O QUE A BBLIA? A Bblia um conjunto de Livros uma biblioteca, Escritos Sagrados que chegaram at ns atravessando os sculos, e foi por meio do povo Judeu. A Bblia, As Escrituras, A Palavra de Deus, etc., so alguns nomes dados pelos cristos ao Livro Santo, alm de outros nomes que so atribuidos Bblia, figuradamente, tais como: Mel (Sal.119.103); Lmpada (Sal.119.105); Martelo (Jr.23.29) etc.etc. A palavra Bblia derivada do Grego Bibls que significa livros. Este ttulo no errado pois a Bblia tem 66 livros sendo (completo na sua totalidade). A palavra Escrituras, deriva do latim e quer dizer escritos, em Dn.10:21 temos a expresso: ...escritos de verdade... em 2 Rs.17:37 tambm se v: ...que nos escreveu.... A palavra de Deus, este ttulo que se lhe d a Bblia correto porque nos d a noo de que se trata de um livro diferente dos outros e, realmente importante. Hoje e muitas vezes se fala da Espada com referncia a Bblia, extrada talvez de Ef.6:17 ou de Hb.4:12, este ttulo parece fazer referncia ao aspecto cortante, fazendo aluso ao cortar o pecado. 4.- OS MANUSCRITOS Manuscritos Existentes No referente aos manuscritos originais, alis se trata de algo muito falado, quando existem controvrsias textuais. Porm, temos que dizer que h hoje milhares de manuscritos Hebraicos e Gregos, os quais foram copiados dos antigos manuscritos por escribas judeus, de seu tempo; geralmente 5

esses so os documentos referidos, quando os originais so mencionados. No possvel dizer quantos existem, enquanto eles esto principalmente preservados nas grandes bibliotecas na Europa, e muitos so propriedades particulares de pessoas. Os manuscritos existentes podem ser divididos assim: 1. Manuscritos hebraicos do Velho Testamento. Os mais antigos destes tem data do primeiro sculo antes de Cristo (100-150), encontrados nas cavernas de Qumram, nas proximidades do lado oeste do mar morto em Israel (tambm conhecidos como os rolos do mar morto) no ano de 1947 por um jovem pastor rabe (Muhammad adh Dhib) e que trouxe grande testemunho para os escritos Bblicos. 2. Manuscritos Gregos do Novo testamento. O mais antigo tem data do sculo da era crist. 3. Manuscritos Gregos do velho testamento. (conhecidos como a septuaginta a chamada traduo dos setenta) Traduzidos do hebraico cerca de 277 a .c Tambm datados do quarto sculo. 4. Antigas tradues da Bblia, em parte, em Siriaco, Latim, Alemo e outros idiomas, de vrias datas. 5.- MANUSCRITOS HEBRAICOS No se pode exagerar a dvida que ns devemos aos judeus pelo cuidado deles em extremo, na preparao e preservao dos manuscritos do velho testamento, nem das regras que eles que eles exigem de cada escriba, algumas das quais so estas: O pergaminho tinha que ser feito da pele dos animais limpos. Os judeus, fazendo cpias dos manuscritos hebraicos que so a herana da Igreja, fizeram com o mximo cuidado, contando no somente as palavras, mas cada letra, e destruindo no mesmo momento a folha,se um erro fosse achado. Cada cpia precisava ser feita de um manuscrito autntico, escrito com tinta negra, preparada por uma receita especial. Era necessrio que os escribas pronunciassem cada palavra em voz alta antes de escrever; em caso nenhum poderiam escrever de memria. Os escribas precisavam limpar suas canetas antes de escrever o nome de Deus e banhar o corpo inteiro antes de escrever o nome de JEOV. Em vista desse cuidado extremo da parte dos judeus, para preservar perfeitas as Escrituras Sagradas, podem ter plena confiana de que Deus tem guardado Sua palavra, durante 6

os sculos desde 1500 a C. quando Moiss escreveu as primeiras pginas (Ex. 24:4) at o ltimo trabalho de Joo, cerca de 100 d. C. , e tambm durante todos os sculos desta dispensaco de graa. No tempo de Cristo, os judeus tinham a mesma reverncia para com o livro deles, e o Senhor ps seu selo sobre as trs divises, Luc.24:47-44/ Jo.10:35;12:14/1Cor.2:12,14. Colocamos nossa f na inspirao e autoridade da Bblia, tanto o Velho como o Novo Testamento, porque esto baseados em Nosso Senhor Jesus Cristo. A reverncia dos judeus pode ser ilustrada pelas palavras de um ancio rabino a um jovem escriba: Tem cuidado com o trabalho, porque a tua obra uma obra celestial. Cuidado de no omitir e nem,aumentar uma s letra do teu manuscrito, fazendo isto, tu sers um destruidor do mundo. Os manuscritos do Novo Testamento tambm foram copiados, com muito cuidado, pelos Cristos dos primeiros sculos. 6.- Para entender a Bblia Desde Ado at No a coisa no ia muita bem, o mundo parecia estar debaixo da influncia do maligno, a palavra de Deus diz que o mundo jaz no maligno, que aps a morte da raa humana no dilvio, ficou apenas No e sua famlia. Porm, a malignidade j era algo presente na gerao de No. Vemos no texto bblico que No se embriagou e o seu filho Co, ao invs de cobrir o erro: o expe. Deus, vendo isto, no chamou a todos a serem povo dele, e sim, um homem de gerao de Sem, filho de No, este homem Abrao. Para termos uma viso mais ampla dos descendentes de No, tem na Bblia Pentecostal uma amostragem sobre o tema. Igualmente oportuno trazer tambm para essa discusso, de como entender a Bblia, um quadro contido no livro Ler e Compreender a Bblia de J.H.Alexander, da Editora Ao Bblia do Brasil, pgina 10, sobre a Simetria dos dois Testamentos. 8 A Linguagem da Bblia (Lnguas) O Velho Testamento O Velho Testamento na sua totalidade foi escrito originalmente em Hebraico somente as partes de 7

(Esd.4:7; 6:18/7.12-26 e Dn.2:24; 7:28) em Aramaico, as linguas Hebraica e Aramaico pertencem ao grupo de lngua semtica. Porm o Hebraico e o rabe so muito semelhantes ou prximo, como por exemplo temos a palavra Deus = rabe (ALLAM) Hebraico (ELOAH), conhecido no plural como (ELOAH). Outra palavra (PAZ- FELICIDADE) rabe (SALAM) Hebraico (SHALOM) existindo muita semelhana. O texto em Aramaico foi escrito quando os Judeus voltaram do exlio e passaram a usar a lngua aramaica como lngua popular, isto durou at o tempo de Jesus. Segundo Norman Geisler e William Nixem seu Livro INTODUCAO BIBLICA (Editora Vida), pg.125 assevera: Durante o sculo VI a C. O aramaico se tornou a lngua geral de todo o Oriente prximo. Seu uso generalizado se refletiu nos nomes geogrficos e nos textos bblico de Esdras 4.7- 6.18;7.12-26 e Daniel 2.4 7.28. No entanto a lngua hebraica jamais perdeu seu uso, sempre foi tida como lngua especial, lngua do culto, da sinagoga, lngua pela qual Deus falou para os judeus. O Novo Testamento O Novo Testamento escrito em grego, o que menos dificuldade apresenta, poderia reconhecer as palavras com pouco esforo, e todo Novo Testamento foi escrito em Grego, sendo este na sua maioria Grego Koine (lngua popular grego popular). Frise se que, o Novo Testamento tambm foi escrito em algumas partes usando lngua semtica, ou seja, aramaico: ...Eli, Eli, lema sabactni.Mt.27.46. Diga se tambm que, Jesus e seus discpulos falavam pelo menos trs idiomas: O Hebraico, o aramaico e o grego Koine . Ao consultarmos uma Bblia em Hebraico ou Grego, nem sequer conseguiremos ler o que esta diante de ns, por serem lnguas diferentes da nossa. Da se faz necessrio estudarmos estas lnguas, alis, o que todo cristo compromissado com a Bblia deveria fazer. A Bblia, pelas suas particulares de escriturao e lingsticas, mostra se um livro em suas narrativas e temas, plenamente conclusivo.

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9 A Bblia e Seus Autores A Bblia o livro dos livros por excelncia. Fora escrita por inspirao do Esprito Santo, (ll Pe. 1.21) atravs do theopneusto (do grego, que significa:sopro divino) por 40 (quarenta) autores, com mais variadas origens e profisses, tais como: Reis, Legisladores,Tribunos,Profetas,Estadistas, Pescadores, Mdicos, Pecuaristas, Pastores, etc.etc. Talvez seja por isso (sua inspirao e os seus escritos) que a torna to atraente e maravilhosa. Hoje nas nossas Bblias, aparece o autor j no comeo de cada livro, e nos d certeza de que o autor que a aparece foi quem escreveu, algumas vezes o autor usa outro nome para no ser identificado ou permanecer annimo, mesmo assim o livro aparece com um nico autor, aquele que escreveu o livro por completo. Quando se trata dos livros do Velho Testamento temos que Ter cuidado com algumas afirmaes, pois so poucos os livros do Pentaleuco onde a tradio disse que so de autoria de Moiss. J no Novo Testamento temos maior certeza dos autores, porm existem algumas dvidas, exemplo o livro de Hebreus. 10 A Profecia A poca dos primeiros profetas abrange aproximadamente 300 anos, entre 1050 780 a . C. e se estuda desde Samuel at Eliseu, os principais expoentes, Samuel Elias. A poca dos ltimos profetas abrange outros trs sculos seguintes (750 450 a . C.) e vai de Ams at Malaquias. Os primeiros profetas eram homens do povo e falavam sobre Deus como sendo o Deus de Israel; os ltimos profetas porm, de nvel mais elevado, concebiam Deus sob dimenso Universal, o Deus de todos os povos e de todos os tempos, o Eterno. Os livros atribuidos aos primeiros profetas foram (Josu, Juizes, Samuel e Reis), relatam essencialmente fatos histricos e foram escritos em estilos prosaicos (relativo a prosa- uma forma especial de falar e escreves sem muita sublimidade); as obras dos ltimos profetas, por sua vez, so obras de elevado valor moral, escrita em estilo potico (relativo poesia), razo pela quais estes so chamados de Profetas Escritores (Isaas, Jeremias, Ezequiel o doze). Devido a sua forca, e com ajuda de Deus, a mensagem dos profetas, tornou se de monodolatria (idolatria que 9

adora um s Deus) em monotesmo (religio que exalta um s Deus). O nacionalismo mudo para Universalismo e a religio em problema de justia, e ordem moral, muito mais do que mera prtica de ritual e culto formal. Entre os profetas existiam os chamados sbios Hachamim que escreveram (Provrbios, J, Eclisiastes), pertenciam literatura da sabedoria. Os sbios eram geralmente os conselheiros do povo e junto com os profetas, os maiores moralistas de Israel, lutaram lado a lado pela moralidade e pela instaurao de uma ordem de justia e direito. A comunho de idias entre os sbios e os profetas derivava de uma fonte em comum, a Tora, a lei de Moiss, a qual inspirava os profetas. A distino entre sbios e profetas que o profeta falava por Deus e o sbio pela humanidade; o Profeta falava a justia de Deus o sbio para a razo humana, o profeta era dominado por caloroso sentimento da presena divina e suas ordens, o sbio era impulsionado por uma grande preocupao com a sociedade. esta a diferena que d o colorido todo, os seus diferentes discursos: o Profeta estava cheio de vida, de paixo, de fogo, no instante que o sbio o realista que olha para a vida de maneira prtica, talvez desapaixonado, calmo e frio. O profeta esta cheio de idealismo, o realista. As palavras de um profeta so com muita eloqncia, o conselho de um sbio o de um professor sensato. A tarefa do profeta era espalhar o conhecimento de Deus. O sbio mostra como esse conhecimento aplicvel na vida diria. O Profeta ataca o problema moral de cima; a sua ateno dirige-se para os chefes dirigentes, o sbio ataca o problema de forma diferente, o seu interesse,estava no homem da rua, que ele conhecia como fonte de o desenvolvimento. 11 A Histria Judaica entre o Velho e o Novo Testamento O ltimo profeta da nossa Bblia Malaquias, que ps o selo sobre as profecias do Velho Testamento, completou seu livro no incio do sc.IV a . C. , e at o advento do Profeta Joo Batista (Mt. 11. 11), provavelmente estes sculos foram uma poca de silncio quanto voz de Deus por meio de seus profetas. Durante este intervalo os judeus da Palestina tiveram grandes mudanas no governo, sofreram perseguies de toda a espcie, temos que dizer tambm, que nesta poca foi onde aparece grande literatura judaica, escritos antigos que foram reescritos, narraes orais tambm tomaram forma de Livros que foram apreciados na 10

formao do chamado cnon judaico. Acrescente-se que , apareceram nesse perodo, tambm chamado de inter bblico (do profeta Malaquias at Joo Batista), vrios escritos considerados apcrifos. Porm, tem que se dar destaque, que nestes perodos os judeus no voltaram a Ter dolo. Parece que o cativeiro na Babilnia lhes havia tirado a raiz da tendncia idolatria, porm, algumas vezes se esqueceram de Deus, apesar dos sacerdotes darem espaos, as naes inteiras cai no formalismo. Houve sempre um remanescente fiel que levava a lmpada da verdade, ainda que nos tempos de grande apostasia, porm quanto a maior parte da nao judaica. O perodo entre o Velho e o Novo Testamento, foi um tempo de decadncia espiritual generalizada. O Velho Testamento parece ter concludo sob o imprio Persa, porm, uma certeza que o Pentateuco j tinha sido concludo no Tempo de Neemias. Os Persas foram generosos com os judeus, pois neste imprio Neemias foi governador de Jud no perodo de Artexerxes, que concedeu autorizao para reedificar antigos muros de Jerusalm, aproximadamente no ano 445 a . C.. Depois da morte de Neemias, Jud includo para a provncia da Sria, e ficou sob o comando deste governo. O perodo em que estiveram dirigidos pelos srios houvera para os judeus certa tranqilidade e at foram prsperos, porm s durou at 341 a . C. , quando o rei da persa chamado Ochos, castigou severamente um levante (rebelio) na Sria, marchou contra Jud e levou muitos cativos, uma parte dele mandou para o Egito e levaram outros para pases vizinhos. Outros Judeus ao verem parentes levados para o Egito, imigraram para l tambm, e pelo ano 120 a . C. , achavam-se uma colnia de Judeus numa provncia egpcia chamado Alexandria. O imprio Persa foi vencido por Alexandre o Magno, que comeou a estabelecer o Reino Universal dos Gregos no ano de 334 a . C. , depois do 1o ano de seu reinado, marchou contra Jud, por no lhes ter ajudado no momento quando pretendiam atacar a cidade de Tiro. O Sumo Sacerdote juntou toda a nao para suplicar a Deus, pedindo-lhe socorro e proteo contra a ira furiosa do imperador. O Sumo Sacerdote ento teve um sonho, e em obedincia ao qual vestiu se esplendorosamente de linho branco, e deixando as portas de Jerusalm abertas, a procisso solene marchou at um monte, no muito longe, donde viram muito claramente o Templo e toda a cidade.

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Ao chegar Alexandre e Magno, com seu grande exrcito, veio o sacerdote venervel e saudou-o com a reverncia. Quando seus generais se surpreenderam ao v-lo, o Imperador lhes disse que no renderiam homenagem ao sacerdote mesmo, seno a Seu Deus. Ento lhes contou que quando ainda estava no pas da Grcia,este mesmo personagem venervel, com os mesmos vestidos brilhantes, havia lhe aparecido em Sonhos, prometendolhes o trono dos persas. Assim abraou o ancio Jadua com grande carinho, entrou pacificamente em Jerusalm, e ofereceu sacrifcios a Jeov no templo. Jadua ensinou a profecia de Daniel, que profetizou que um rei grego iria vencer o Imprio dos Persas. Saiu pois ele, de Jerusalm, em paz, havendo concedido liberdade religiosa aos judeus e iseno aos tributos no stimo ano. Depois disto Alexandre subjugou completamente o domnio Persa em 33 a . C.. No ano 323 a . C. aconteceu morte de Alexandre, e seu reino foi dividido entre seus quatro Generais, Cassando, tomou a Grcia, Lismaco e a Bitinha, Seluco a Sria, e Ptolomeu, o Egito. Os reinos mais poderosos tornaram a ser Sria e o Egito, entre os quais se achou Jud, como a bigorna e o martelo. Assim foi envolvido nas guerras e intrigas dos reis do norte (Sria) como foi profetizado no cap. 11 de Daniel. Jud foi conquistada, s vezes pela Sria e s vezes pelo Egito, sendo o domnio destes, em geral moderado e benigno. Durante o reinado de Ptolomeu Filadelfo do Egito, cerca de 280 a . C. foi principiada em Alexandria a verso dos Setenta (LXX) ou a traduo do Velho Testamento em grego. Durante aquele tempo os gregos estavam disseminando sua influncia sobre todos os pases, e a linguagem grega foi o idioma dos pases e instrumento de todo o mundo conhecido. Assim a traduo do V . T., nesse idioma universal fez muito para disseminar o conhecimento de Jeov e Suas Santas Escrituras, e ao mesmo tempo abrir caminho ao N. T.. a revelao mais completa do que havia de vir. Os Judeus de Alexandria aceitaram os costumes, os modos e a cincia dos gregos; porm os judeus da Palestina recusavam em tudo faze-lo. Assim surgiu uma igreja entre as classes de judeus, que persistiram ainda na igreja crist. Em At. 6:1 menciona-se a murmurao dos heletistas ( os judeus gregos (romanistas) que haviam sido influenciados pelos gregos no Egito e outros pases ) e todos hebreus ( os judeus da Palestina, que 12

estavam sempre resistindo influncia grega ), suas vivas estavam sendo descuidadas com a administrao diria, por que os administradores eram judeus da Palestina. Durante as guerras da Sria com o Egito, a provncia de Jud, governada pelo sumo sacerdote, uns sendo partidrios de um pas e outros de outro pas, houve intrigas e contendas, sem contar tambm os conflitos entre os hebreus e os heletistas, para conseguir o ofcio do sumo sacerdote. Em 175 a.C., foi cumprida a profecia de Daniel 11:21, quando Antoco Epifnio, o homem desprezvel, tornou-se o rei da Sria. A ele no havia dado a honra do reino, mas que entrou por meio de segurana, e se apoderou por meio de afagos. Naquele tempo havia um sumo sacerdote muito piedoso chamado Onias, o qual Antoco despejou e vendeu o ofcio para o irmo de Onias, que era chamado Jasen, um homem malvado que prometeu pagar-lhe 368 talentos por ano. Depois despejou este, e vendeu o ofcio, outra vez, a Menelo (outro irmo de Onias) por 600 talentos. Nisto se v quo desprezvel e imoral era o rei. Foi ao Egito e o conquistou. Quando estava ali, circulou um rumor falso, de que o rei Antoco estava morto; imediatamente levantou Jason com mil homens para pelejar contra Menelo. Tomou a cidade de Jerusalm, fechou seu irmo na torre e matou os que lhe eram oposto. Quando o rei Antoco ouviu desta revoluo, voltou s pressas para o Egito, supondo que toda Jud havia rebelado. Disseram-lhe que Jerusalm havia se regozijado grandemente ao ouvir sua morte; ardendo em ira lanou-se furiosamente sobre a cidade, e a conquistou. Matou 4.000 pessoas, levou em cativeiro outro tanto, roubou todos os tesouros do Templo, entrou no lugar Santssimo, sacrificou um porco sobre o altar do holocausto, espalhou seu sangue em todas as partes do Templo, para profan-lo. Depois regressou sua capital que era Antioquia, Menelo como sacerdote malvado e muito cruel, chamou Felipe, para Governar Jud. Poucos meses depois, o tirano fez outro estrago em Jerusalm, enviando milhares de soldados a matar todos os judeus congregados para o seu culto do dia de Sbado. Saqueou a cidade e suas riquezas, derrubou as casas, queimou muitas a fogo e demoliu os muros. Ento fez um sacerdote 13

para que todos os seus sditos observassem a religio idlatra dos gregos. Quando os judeus recusavam faz-lo, ele os matava com torturas horrveis. Profanou outra vez o templo, queimou todas as cpias das Escrituras que encontrou, dedicou o templo ao culto de Jpiter, ergueu uma esttua de si mesmo sobre o altar do holocausto, e matou a faca todos os que lhe haviam resistido. Neste tempo de angstia (168 a.C.) Deus levantou socorro para os judeus, na famlia piedosa dos Macabeus (martelos), o sumo sacerdote, com seus cinco filhos retiraram-se para o deserto, chamou todos os judeus que temiam Jeov a juntar-se com Eles. Depois de muitas guerras, os Macabeus recobraram o templo e o purificaram, e estabeleceram o culto a Jeov, em todo o pas de Jud. A festa de Dedicao foi inaugurada por eles em 165 a.C., Jo. 10:22; em 164 a.C. Antoco morreu com tormentos inexplicveis de uma lcera na entranhas. Depois da morte de todos os filhos de Matias, surgiram contendas e divises entre os judeus, e se levantaram as seitas dos Fariseus e Saduceus; e no fim, o pas foi conquistado pelos romanos em 63 a.C.. Quando Cristo nasceu, Cezar Augusto era o imperador de Roma; Cirineu governador da Sria, e Herodes Magno (um idumeu) rei de Jud, Tributrios dos romanos. O PERODO ENTRE MALAQUIAS E JOO BATISTA ENTRE O VELHO E O NOVO TESTAMENTO ltima mensagem do V.T. Lembrate em da tua lei. Elias Fariseu aparecer. O Macabeus. Messias aparecer Independncia Espiritualidade perdida, contendas guerras romanas. Prsia Paz-obras dos Escritores Formalidade Orgulho Nacional Os Gregos Alexandre-Bblia grego, Antoco.

Romano Herodes reina, comeo do N.T. Nascimento de Joo Batista no poder de Elias. Nascimento do Messias

12. ltimos Grandes Imprios A. Imprio Persa Ocupando a regio Sul do Planalto do Ir, a Prsia foi primitivamente dominada e governada pelos medas, 14

povo da mesma raa que vivia no norte. Mas Ciro, reconhecido como fundador do Imprio Persa, atacou e derrotou Astges, rei da Mdia. Apesar de dominar os medas, Ciro sempre os tratou como irmos, pois os achava mais adiantados. Notando que seus costumes se corrompiam, propagou a religio de Zoroastro (personagem lendria a quem na antiguidade se atribua fundao do Masdesmo, que a religio de Masda, o deus supremo dos povos iranianos, na qual se admitem dois princpios o do bem e do mal e se adora o fogo), que era de moral muito serena. Assim foi a unio dos medas e persas, Ciro partiu para a conquista da sia. Os reis da Babilnia e da Ldia e o Fara Amsis, assustados com o seu poderio, uniram-se contra ele. Mesmo assim, Ciro aumentou o territrio persa com a conquista de Ldia e das colnias gregas da costa do Mar Egeu. Voltou-se depois para a Babilnia, deu liberdade aos hebreus, cativos desde o reinado de Nabucodonosor, permitindo que voltassem ptria. Pouco tempo depois morria Ciro. Combateu no Oriente, mas tornou-se conhecido pelo respeito que tinha pelos povos vencidos. Foi timo administrador e citado como modelo pelo gregos sua mocidade. Sucedeu-se seu filho Camibises, que com receio de ter seu trono usurpado pelo seu irmo antes de seguir para o Egito, mandou assassin-lo. Lutando contra o Fara Psamtico, derrotou-o na batalha de Pelusa (525 a.C.), apoderando-se desta forma do Egito. Pretendia invadir Cartago mas teve de retroceder antes da tempestade de areia que destrua o seu exrcito. Morreu, Cambises, antes de sufocar uma revolta na Prsia. Sucedeu-se Dario, o maior soberano Persa, que os gregos chamaram de Grande Rei. Tentando administrar melhor o seu reino, dividiu-se em provncias que chamou satrapias. Para ficar inteirado do que acontecia nas provncias, nomeou junto a cada uma dois funcionrios dependentes da corte que lhe comunicava tudo o que ocorria (Dn. 6:1-3). Querendo unificar seu vasto imprio, abriu estradas que uniam as mais remotas regies. Estabeleceu, tambm, um servio; regulou as finanas e criou uma moeda chamada Drio com o intuito de facilitar as transaes. Foi vencido em Maratona (490 a.C.), quando guerreava contra os gregos (Dn. 10:20-21). Faleceu ao preparar-se para a desforra.

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Drio III, ltimo rei persa, foi derrotado por Alexandre Magno (330 a.C.). B. Imprio Grego IMPRIO GREGO DE ALEXANDRE (336 323 a.C.) Com as conquistas de Alexandre Magno, houve a expanso do helenismo (conjunto das idias e costumes da Grcia; Helensticos diz-se do perodo histrico que vai das conquistas de Alexandre conquista romana) no sc. IV a.C.. Em 333 a.C., Alexandre apoderou-se da sia Menor e da Sria. Conquistadas as cidades de Tiro e Gaza, em 332 a.C., invadiu e ocupou o Egito, onde fundou a Alexandria. Logo aps, tendo isolado Dario III do mundo helnico, pela conquista de todas as costas do Imprio Persa, atravessou o Eufrates e o tigre, derrotando o novo e poderoso exrcito de Dario na batalha de Gaumela, perto de Nnive; em 331 a.C., depois de conquistar a Babilnia e Sus, entrou em Perspolis, que foi saqueada e incendiada em 330 a.C., invadiu a ndia, onde derrotou Poro s margens do Hidaspes. Em Hifaso, seus soldador obrigaram-no a parar, recusando-se a percorrer os terrenos do Rio Indo, cansados das guerras e desconfortados. Em 325 a.C., reentrou triunfante em Sus, depois de atravessar os desertos de Gedrsia, Beluquisto e a regio de Carmnia. Pouco tempo depois, indo para a Babilnia, foi vtima de breve doena, quando ento faleceu, com apenas 32 anos de idade um reinado de doze anos e oito meses, sem ter podido consolidar o vasto imprio que conquistara. ESTADOS ALIADOS E INDEPENDENTES No se pode dar com preciso os limites do Imprio Alexandrino. Os territrios foram divididos entre os generais que eram quatro: Antgono, Lismaco, Seleuco e Ptolomeu. Dos mesmos s dois reinos perturbaram at as conquistas romanas. Um foi o dos selucidas, na sia Ocidental (Sria, Mesopotmia, Prsia e Armnia), o outro foi o dos ptolomeus, no Egito. A Monarquia selnica no conseguiu manter a sua autoridade na parte oriental de seus domnios. Formou-se ento no Ir o reino dos Partas e a Leste surgiu outra monarquia grega, a bactriana, que ocupava as partes mdias e inferior da bacia do Indo. Na parte ocidental do Imprio de Alexandre, poucos sobreviveram, os reinos da Macednia, Trcia, da Bitnia, do Ponto e da Persa foram dominados uma a uma. A MORTE DE ALEXANDRE Lendo a histria sobre Alexandre o Grande, vemos que ningum teve tanto poder e tanta autoridade sobre o mundo de sua poca. Com 30 anos comeou 16

sua conquista e com 32 derrotou o mundo desde a Grcia at a ndia. Porm como se algum tivesse um outro propsito para o mundo, ns vemos que Alexandre vem morrer na Babilnia, vtima de uma doena febril desconhecida que se originou em Sus. Porm morreu sem consolidar seu Imprio, e por isso foi mais fcil para o Imprio Romano conquistar o mundo, e principalmente chegar a Palestina pouco antes do nascimento de Cristo. Vemos curiosamente que Herodes, com a cobertura de Roma, manda matar o Messias, recm nascido, por coincidncia, logo depois matam a Cristo, porm, surgiram os Cristos, e como veremos a frente, sem uma razo plausvel, comearam a perseguir e a matar os cristos. C. Imprio Romano Aps ter sido sucessivamente conhecido Itlia e o Mediterrneo, Roma estabeleceu o seu imprio sobre a parte do mundo conhecido, situado entre os trs continentes, do qual marcavam limites naturais os rios Danbio e Reno. Este Imprio constitui-se tendo como centro a cidade de Roma, e exerceu papel decisivo em toda a Histria do mundo antigo. Os primeiros imperadores chamavam-se os Doze Csares. Foi Jlio Csar que criou as bases do regime imperial. TERRITRIOS CONQUISTADOS das guerras de 200 a 146 a.C., resultaram a anexao da Macednia, a subjugao da Grcia e a conquista de Cartago, Prgamo foi entregue a Roma em 133 a.C., o Egito tambm permaneceu por muito tempo como protetorado dos romanos, sendo anexado formalmente em 30 a.C. EXTENSO DO IMPRIO NO INCIO DA ERA CRIST O princpio do Cristianismo no constitui uma ameaa ao poderio imperial de Roma. O Imprio continuava em sua extenso territorial. A conquista das Glias por Jlio Csar foi aumentada pela anexao da Britnia no reinado de Cludio do ano 43. A conquista da Espanha, iniciada com a 2 Guerra Pnica, foi completamente por Augusto. Anexou-se todo o Norte da frica. Na Europa, a fronteira setentrional do Imprio era marcada pela linha Reno-Danbio at a conquista da Dcia no sc. II. CONQUISTA NO SC. I DA ERA CRIST O Imprio era dividido em provncias, que no tempo de Augusto foram trinta e no tempo de Trajano quarenta e seis. A Itlia compreendia onze regies. As provncias eram de tamanhos diferentes, porm a maior parte era de grande extenso, como a 17

Lugdunesa, a Tarraconesa e o Egito. No sc. III da nossa era, o Imprio que envolve o Mar mediterrneo na sua totalidade. Os imperadores deixam de pensar em ocupar outros territrios que s viriam mais difcil a defesa. CONQUISTAS ULTERIORES (TRAJANO, SEVERO, DIOCLECIANO) Trajano foi um dos maiores imperadores romanos; diminuiu os impostos, construiu pontes, estradas e templos. Foi um grande general, venceu os dcios, conquistandolhes o pas, atual Romnia. Durante o seu reinado os cristos foram perseguidos. Severo foi um bom imperador, combateu e venceu os persas, era governante justo e sbio. Diocleciano reprimiu os brbaros, reabilitou o Imprio, que estava em decadncia, compreendeu que a causa de todas desordens era a enorme extenso dos domnios romanos. Podemos notar no mapa parte da Britnia romana, em que so traados as estradas que do Sul para o Norte penetravam na Ilha. Os nomes so dados segundo a nomenclatura inglesa, pela qual so atualmente conhecidas. Na parte na Roma e seus arredores, acham-se indicados os trechos iniciais da Via pia, da Via Latina, da Via Flamnia, da Via Aurlia. 13 TRADUES Em 1859 fez outra visita, esta vez comissionado pelo Imperador da Rssia, e parece que sua viagem outra vez havia sido infrutuosa. Porm quando eles estavam saindo, muito cedo de manh, o mordomo lhe disse que tinha um exemplar da Verso dos Setenta, e levou o professor ao seu quadro. Ali ele tirou um pacote envolto num pano vermelho. Ao abri-lo se revelaram, aos olhos do visitante encantado, no somente os pergaminhos do Velho Testamento, que havia visto 15 anos antes, como tambm o Novo Testamento completo. Ao Dr. Tischendorf foi permitido ficar mais uma noite no mosteiro, e levou os manuscritos ao seu quarto para v-los, ele sentiu que a ocasio toda era demasiadamente sagrada para dormir, pois passou toda noite copiando tudo o que podia dos tesouros que havia encontrada. Depois todo o manuscrito ou cdigo, foi emprestado ao Imperador da Rssia, e no fim de 1859 ele o conseguiu dos monges e foi posto na grande biblioteca Russa, como propriedades do governo e da Igreja Ortodoxa do Oriente. Na revoluo de 1917, caiu no poder dos bolcheviques ateus, porm eles eram muito astutos em calcular seu valor monetrio. Os protestantes da Inglaterra o compraram, por fim, para deposit-lo no museu Britnico de Londres e tiveram 18

de pagar 1.000.000 libras esterlinas (cerca de 510.000 dlares ou seja, a importncia de 1.377.000 hoje em dia, que foi a maior compra literria j registrada). Este cdigo foi escrito num belo estilo e muito cuidadosamente, sobre o couro de cem antlopes. O Novo Testamento perfeito; nem uma folha est faltando. dito ser o segundo mais velho documento existente (350 d.C.). O Cdigo Alexandrino A data deste manuscrito 450 d.C.. Esto faltando 10 folhas do Velho Testamento. Est no museu Britnico de Londres. Foi dito que foi escrito por Tecla o Mrtir. Provavelmente foi escrito em Alexandria no Egito. Em 1621, foi levado a Constantinopla e em 1624 foi presenteado ao Embaixador Britnico na Turquia, para ser obsequiado ao Rei Jaime I, da Inglaterra. Esse foi o mesmo Jaime que autorizou a Verso de toda a Bblia em Ingls, que foi completada em 1611; que depois foi aceita por Carlos I em 1627, e colocada na Biblioteca real. Finalmente em 1757, o Rei Jorge II presenteou essa Biblioteca Nao Britnica e ao Museu o cdigo famoso. Este foi o primeiro manuscrito inicial para ser usado pelos Tradutores Bblicos. A VERSO VULGATA No 2. sc. da era crist, o latim substituiu o grego, e ficou por muitos anos a linguagem diplomtica da Europa. Nesse tempo foi feita no Norte da frica uma traduo da Septuaginta, verso do Velho Testamento traduzindo hebraico para o Grego, e do Novo Testamento, do grego original, para que todo o povo que falasse latim, pudesse ler a Palavra de Deus. conhecida como Vulgata, palavra latina que tem como significado para fazer comum ou pblico. A Verso Vulgata foi usada pelas igrejas da Europa frica at o Tempo da reforma, quando comearam a fazer e usar verses em seus prprios idiomas. No sculo IV quando foi feita uma reviso da Vulgata por Jernimo, um estudante santificado, que tinha acesso aos antigos manuscritos hebraicos; esta reviso de Jernimo foi to importante que, igual a Septuaginta, influiu em todas tradues futuras. Por mil anos esta foi a Bblia da Igreja Catlica.

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VERSES BBLICAS EM INGLS 1. A verso de Joo Wycliffe, 1383: Ele era um dos mais eruditos de seu sculo, e tem sido chamado o primeiro protestante, porque pregou por muitos anos, proclamando as verdades Bblicas e protestantes contra Roma, que ento governava as igrejas da Inglaterra. Muitos poucos sabiam ler o Latim, e Wycliffe defendeu o direito de cada homem ler a Bblia para si mesmo; e ele resolveu dar aos ingleses uma verso no seu prprio idioma. Ele foi muitas vezes preso, perseguindo e vituperado, porm, com a milagrosa de Deus, conseguiu seu intento, e fez uma verso da Bblia inteira, da Vulgata, em ingls. Naquele tempo, um escriba levava 10 meses para copi-lo, e s vezes um exemplo custava 100 dlares. Wycliffe morreu em sua cama, apesar da ira e fria dos seus inimigos romanos. Quarenta anos depois da sua morte, por ordem do papa, seu tmulo foi aberto, o caixo e o esqueleto foram queimados publicamente, e as cinzas atiradas no rio Swift. Um pregador cristo (Tons Fuller) escreveu depois: O Swift as levou ao Avon Sabrina e aos mares estreitos, e estes ao grande oceano. Assim as cinzas de Wycliffe so smbolos de sua doutrina, que agora tem espalhado em todas as partes do mundo. 2. Chegamos agora ao tempo da invaso da imprensa, por Gutemberg na Alemanha, 1454 d.C., esta foi uma ajuda tremenda para espalhar a Palavra de Deus. Notaremos a verso de William (Guilherme) Tyndale, a primeira do Novo Testamento, do Grego Original, que foi imprensa da Alemanha, em 1536. Ele completou uma verso do Pentateuco em hebraico em 1530, e seguiu traduzindo os demais livros do Velho Testamento, antes de seu martrio, em 1536, deixando seu amigo Joo Rodgers para completar a obra. A Bblia inteira foi em impressa em ingls em 1537. 3. A Verso autorizada, traduo dos idiomas originais por 47 eruditos ingleses sob o auspcios de Jaime I, em 1611. Esta a verso mais usada at o dia de hoje. 4. A Verso revisada, uma reviso anterior, feita por dois comits: Um na Inglaterra e outro nos EUA o Novo Testamento foi publicado em 1881 e o Velho Testamento em 1885. 5. Verso revisada Normalizada (Standard), traduo do hebraico e Grego, luz dos Manuscritos mais recentes em 1952. 20

A BBLIA EM PORTUGUS As primeiras pores da Bblia em portugus, datam de 1495, quando D. Leonor, esposa do Rei D. Joo II, fez publicar Lisboa uma traduo da vida de Cristo, a qual inclua o Evangelho de Mateus. Em 1505, pela mesma rainha, foram publicados os Atos dos Apstolos e as Epstolas de Tiago e Judas. O primeiro Novo Testamento traduzido por Joo Ferreira de Almeida foi publicado em 1680, na cidade de Amsterd, Holanda. Joo Ferreira de Almeida traduziu tambm quase todo o A. Testamento, isto desde o Livro de Gneses at Ezequiel cap. 18 vers. 21. Sendo o restante completado por um grupo de Missionrios. O Velho Testamento, traduo Almeida, foi publicado no ano de 1753. No ano de 1778, foi publicado o Novo Testamento, traduzido pelo Pe. Antonio de Figueiredo. No ano de 1783, do mesmo tradutor, foi iniciada a publicao do Velho Testamento, publicao esta que s se completou em 1790. Em 1819, na Inglaterra, foi publicada a Bblia completa, isto , N.T. junto com a Verso Almeida. Em 1821, foi publicada, tambm em um s volume, a Verso de Figueiredo. A mais recente data de 1917, a verso brasileira, publicada sob os auspcios da Sociedade Bblica Americana e Britnica. H ainda outras tradues menos conhecidas, sem a mesma aceitao entre o povo. Em 1946, a verso do padre Matos Soares (Traduo da Vulgata de 1592) em 4 volumes. O Novo Testamento sistema Braille, para os cegos, em 7 grandes volumes, e esta obra que acaba de ser pela Sociedade Bblica Americana. A Primeira Bblica impressa no Brasil impressa no Brasil a Edio Revista e corrigida da Bblia de Almeida, publicada pela imprensa Bblica Brasileira, em 1952. (A Bblia no mundo, por Pastor Frederico Vitole). 14 A Diviso dos Livros CAPTULOS - VERSCULO - PARGRAFOS A diviso das Sagradas Escrituras, em Livros, Captulos, Versculos e Pargrafos, nada tem haver com a inspirao e no de tempos remotos.

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Os Livros da Bblias H 39 livros no Velho Testamento e 27 livros no Novo Testamento, 66 livros ao todo. Estes livros no se encontram arranjados em forma ou ordem cronolgica, nem na ordem em que eles tinham nas Escrituras Originais Hebraicas, mas so arranjados segundo a ordem, primeiro adotada na Septuagina. O reajustamento da ordem dos vrios Livros, e os ttulos dados queles livros, parece Ter sido de origem humana. Contudo, ambas parecem Ter seguido em quase todas as tradues de ento. OS CPITULOS DA BBLIA Em 1250, a bblia foi dividida em captulos pelo Cardeal Hugo, isto ele fez com o propsito de uma concordncia latina. As divises, embora muito convincentes para as referncias, s vezes esto longe de serem bem arranjadas. Todavia em versculos no foi feita at 300 anos depois. A DIVISO DA BIBLIA EM VERSCULOS Em 1560, uma edio importante da Bblia apareceu como a Bblia de Genebra. Porque foi preparada pelos reformadores de Genebra, para onde eles fugiam por causa da perseguio sob a rainha Mary (Maria). Esta foi a primeira Bblia na qual foram usadas letras itlicas para indicar palavras que no esto no Original. Tambm foi a primeira Bblia inteiramente dividida em versculos; e foi a primeira a omitir os livros apcrifos, desde a introduo deles na Septuaginta, cerca do quarto sculo. A DIVISO DA BBLIA EM PARGRAFOS Em 1885, uma reviso da Verso Autorizada (Ingls) foi publicada e os revisores adotaram o sistema de pargrafos, o qual foi muito til, exceto com os livros poticos. Levou quinze anos para fazer-se esta reviso. Quase cem homens dos mais eruditos de vrias denominaes da Inglaterra e Amrica do Norte foram empenhados nesta obra. 15 O Cnon das Escrituras O novo Cnon a forma grega, da palavra can e significa mtodo ou regra. usada pela igreja Crist no sentido de ser a regra, o estatuto ou regulamento inspirados e aceitos como autoridade pela igreja Universal. A palavra acha-se em trs passagens no Novo Testamento Gal. 6:16/ Fil. 3:16/ 2 Cor.10:13-17. Foi Atansio, de Alexandria, cerca de 300 d.C., quem primeiro aplicou a palavra cnon ao catlogo de livros inspirados da Bblia. O Cnon das Escrituras do Antigo Testamento foi encerrado por Esdras e seus companheiros 22

piedosos, que formaram a Grande Sinagoga, cerca de 400 d.C. dividiram-se em trs: 1. A lei de Moiss 2. Os profetas 3. Os Salmos Na bblia antiga dos judeus, as trs divises eram assim:aos nossos. 1. Cinco livros chamados a Lei. Que corresponde8 (oito) livros chamados os Profetas, e foram

2. classificados assim:

e Reis;Ezequiel;

a)b)

Profetas anteriores: Jonas, Juizes, SamuelProfetas posteriores maiores: Isaas, Jeremias,

doze.divididos assim:

c)

Profetas menores, um livro chamado os

3. As Escrituras, o Salmo contando os 11 livros a) b) Potico Salmo Provrbios e J.; Cinco rolos: Cantares, Rute, Lamentaes, Eclesiastes, Ester. Estes rolos foram lidos em cinco festas dos hebreus: Cantares na Pscoa. Rute em Pentateuco. Eclesiastes nos tabernculos. Ester em Purim. E Lamentaes no aniversrios de destruio de Jerusalm; Histricos: Daniel, Esdras, Neemias e um Livro de Crnicas. (Esta era a diviso da Bblia dos Hebreus).

c)

Cristo mencionou estas trs divises do Velho Testamento em Lc. 24:44 e Mat. 23:34-36; Luc. 11:49-51. Ele ps Seu selo divino sobre a autoridade de todo o Velho Testamento. Os 24 livros dos hebreus so iguais com os 39 que ns temos nas Igrejas Crists, somente so divididas de outra maneira. Esta diviso em 39 livros foi feita na traduo do Velho Testamento em grego, cerca de 277 ou 280 a.C. (verso Septuaginta).

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16 Diviso da Nossa Bblia Velho Testamento 5 divises 39 livros 1. Lei Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros, Deuteronmio. (5). 2. Histricos (12) Josu, Juizes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crnicas, Esdras, Neemias e Ester. 3. Poticos (5) J, Salmos, Provrbios, Eclesiastes e Cantares. 4. Profetas Maiores (5) Isaas, Jeremias, Lamentaes, Ezequiel, Daniel. 5. Profetas Menores (12) Osias, Joel, Ams, Obadias, Jonas, Miquias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. Novo Testamento 3 divises 27 livros. Histricos 1. Os Evangelhos (4) Mateus, Marcos, Lucas, Joo e (1) Atos dos Apstolos. Doutrinrios 2. Epstolas Paulinas (13) Romanos, 1 e 2 Corntios, Glatas, Efsios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timteo, Tito e Filemon. 3. Epstolas Gerais (8) Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 Joo, Judas. 4. O Proftico Apocalipse. O Cnon do Novo Testamento estabeleceu-se pouco a pouco pela igreja crist durante os primeiros dois sculos d.C.. Desde o princpio, os 4 Evangelhos, os Atos, as 13 Epstolas de Paulo, 1 Pedro, e 1 Joo, eram aceitas como cannicas por todas as Igrejas e no tinham dvidas acerca da inspirao nem da sua autoridade. Acerca de Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 Joo, Judas e Apocalipse havia um pouco de dvida em algumas igrejas. Podemos ver aqui o cuidado e investigao minuciosa da igreja primitiva. Este sete livros foram ultimamente aceitos como livros do Novo Testamento, confirmado pelo Conclio de Cartago, em 397 d.C.

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Para formar um cnon preciso ter o seguinte: 1) Livros existentes; 2) Vrios livros de um carter semelhante, no podendo ter um cnon de livros cujas histrias e doutrinas so distintas e contraditrias. 3) Uma religio comum. No se pode proclamar duas religies distintas no mesmo cnon. 4) Uma nao ou um poo unido e ligado por duas instituies religiosas e polticas. 5) Uma Literatura Sagrada nacional. 6) Um sistema de f e conduta nacional. No se faz um cnon de crenas em supersties verbais. 7) Um idioma comum. 8) A arte prtica de escrever. Alguns perguntam: Por que necessrio ter um cnon das Escrituras Sagradas? Podemos constatar: 1 Para termos uma revelao completa de Deus. A bblia (em um sentido) um livro, todo inspirado por Deus, explicando ao homem pecador o plano de salvao e a vontade do Senhor para a sua vida. Porm cada livro sendo separado tem seu lugar, e a revelao no se completa sem a totalidade. 2 necessrio termos a revelao escrita. Quando os apstolos e os profetas viviam, eles ensinaram seus discpulos a mensagem de Deus que ia espalhando-se oralmente. Porm depois que eles morreram e a inspirao cessou, era necessrio que as geraes seguintes tivessem a mensagem uma forma permanente para ser preservada. Em 302 d.C. o Imperador Diocleciano mandou destruir todos os livros e documentos cristos. Pois quo necessrio era que todos os crentes soubessem quais eram os livros inspirados para entend-los e para proteg-los. 3 A terceira razo pela qual necessitamos de um cnon, das Escrituras para excluir os muitos esprios (Falsificados), que foram escritos nos sculos depois de Cristo, porm por decreto de toda a igreja no tinham a inspirao do Esprito Santo. Em 330 d.C., o Imperador Cristo Constantino mandou fazer 50 cpias das Escrituras para serem colocadas nas igrejas de Constantinopla, e por essa ordem foi claramente estabelecido que, foram os 66 livros que consistiam o cnon do Velho Testamento e Novo Testamento. Agora vamos dar algumas notas acerca do tempo quando foi encerrado o cnon do Velho Testamento. 25

1. A nao judaica foi levada cativa para Babilnia. Quando o povo voltou para o seu pas, voltou com grande respeito pelas Escrituras Sagradas e pelos seus lderes: Zorobabel, Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias. (Leia com cuidado todo o livro de Neemias, notando como o povo apreciava a Palavra de Deus, e o esprito arrependido e contradio que manifestaram no cap. 9. Apesar de que alguns haviam transgredido os mandamentos de Deus contraindo matrimnio com mulheres pags). 2. Uma coisa muito importante que sempre nos acordamos pela obra do Esprito Santo Deus. Ele no somente inspirou aos escritores dos livros da Bblia mas tambm guiou os que arranjaram o cnon e o encerraram. 3.Esdras, o lder da segunda seo da volta do cativeiro, no somente era uma sacerdote, mas tambm hbil escriba, fundador do grmio de escribas que se conhecem entre os judeus como: Advogados, Mestres, Juizes. Escritores e Copiadores das Escrituras, at o tempo de Cristo, Esdras 7:6, 11, 12, 21/ Neemias 8:1, 4, 8, 13; 12:26, 36. 4.Os ltimos escritores do Velho Testamento foram Neemias e Malaquias. Todos os 39 livros do Velho Testamento foram escritos antes dos 430 anos a.C.. Desde ento, como o historiador Josefo testifica, no foi nada acrescentado no cnon do Velho Testamento. Depois da ascenso de Cristo, quando todos os apstolos estavam no mundo. Sua mensagem espalhava-se verbalmente aonde quer que os cristos viajassem. Para eles a Bblia consistia de cnon do Velho Testamento redigido por Esdras e garantido por Jesus Cristo muitas vezes durante seu ministrio. Mas pouco a pouco aparecem novos livros relatando a vida e os ensinos de Jesus, e quanto mais se estendida igreja crist (Primitiva) mais necessidade havia destes livros. Podemos notar trs razes para um cnon autorizado: 1. 2. O desejo dos cristos de ter em um volume o relato da vida e ministrio de Seu Salvador. A existncia de livros esprios que saram luz ainda no sculo segundo d.C. ensinando doutrinas falsas.

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3.

A traduo dos livros em outros idiomas. Quo importantes, pois, para que todos soubessem quais eram os livros cannicos para excluir todos os demais.

Das Escrituras dos pais da igreja primitiva, podemos notar as seguintes provas que usavam para declarar um livro cannico ou no: 1. Se foi escrito por um apstolo ou por uma autoridade; 2. Se era lido em todas as igrejas e aceito como inspirados; 3. Se tinha ajuda a edificao para as necessidades espirituais dos homens; 4. Se toda a igreja tinha o testemunho do Esprito Santo que era autorizado. Assim, segundo esta aprovao, os 27 livros que agora temos no Novo Testamento foram aceitos por todas as igrejas, e todos os demais livros repelidos. 17 Os Livros Apcrifos A palavra apcrifo, que significa, secreto, escondido ou oculto, muitas vezes usada para indicar as escrituras secretas de algumas seitas que no revelam seus mais profundos ensinos no ser para os seus adeptos. Na igreja primitiva as Escrituras apocalpticas tinham um significado difcil para se compreender. Em uma palavra, os livros apcrifos so os que tem sido julgados no Cannicos, ou apcrifos pelos judeus (falando do V.T.) e a Igreja Crist (Primitiva). Os livros falsos eram denominados de pseudepgrafos literalmente falsos escritos. Os livros apcrifos do Velho Testamento existentes todos em grego so 14. 1 e 2 Esdras, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomo, Eclesistico, Baruque, Epstola e Jeremias, Cntico dos trs jovens, Histria de Susana, Bel e o Drago, Orao de Manasses e 1 e 2 Macabeus. Este 14 livros a igreja Romana diz que so 11 Cannicos, este foram inseridos em sua Bblia, omitindo a orao de Manasses e os dois livros de Esdras. Nos Manuscritos mais antigos do N.T., havia alguns livros apcrifos, porm no todos, e alguns depois do N.T. como livros teis para a histria, mas no cannica. Destes, os mais importantes so os livros de Macabeus, que nos do uma 27

histria clara e compreensvel das guerras na Palestina, que tiveram lugar durante o perodo de 400 anos entre o V. e o N. Testamento, mas geralmente falando, consistiam de aspectos lendrios, com alguns graves erros histricos. Eles nunca foram realmente reconhecidos pelos judeus ortodoxos ou pela igreja cristo como sendo cannicos, inspirados ou como autoridade. um fato significante que desde os tempos mais antigos at o cativeiro, nenhum livro a no ser aqueles reconhecidos, jamais foram falados como tendo lugar no Cnon sagrado. Em verdade, foi muito tempo depois do cativeiro que se teve ousadia de misturar este esprios livros; entre eles, no sabemos com certeza quais eram os autores dos livros apcrifos. Porm provvel que eles foram escritos por judeus em Alexandria, com exceo dos livros Macabeus e Eclesisticos, cujos autores foram judeus da Palestina mesmo. A maior parte dos eruditos crem que foram escritos entre 200 a.C a 100 d.C. Embora este livros no tenham a autoridade divina nem foram aceitos como inspirados pela igreja protestante, todavia eles so de muito interesse para ns como uma parte da literatura antiga dos judeus, eles contm muitas coisas errneas e contraditrias; contudo, nos descrevem uma poca na histria judaica, quando no havia revelao divina, e nos revelam muito acerca da nao escolhida, suas esperanas e temores, suas guerras e histrias, suas filosofias e pensamentos durante aquela poca. Outra coisa digna de mencionar a influncia destes livros sobre os escritores do Novo Testamento. Nenhum destes os teria como inspirados nem os inclui no cnon, porm, certo que eles os leram, provvel que em Heb. 11:34-38, Paulo se referia aos mrtires da guerra dos Macabeus. Os judeus em todo o mundo aceitam o mesmo cnon do V.T. que os protestantes, e nenhum dos livros apcrifos foram includos se no, que a LXX, era uma traduo em Grego do Hebraico, somente dos trinta e nove livros que ns temos no V.T. Porm, mais do que isto, h evidncia de que a primeira introduo destes livros esprios entre o cnon sagrado, devia ter tomado lugar centenas de anos mais tarde; porque Cyrilo de Jerusalm, que nasceu cerca de 315 a.C. referiuse traduo Septuaginta dos seus dias, e incidentemente mostrou que, mesmo at ao seu tempo a Verso Septuaginta tinha somente 22 livros sagrados. Suas palavras so: L as Escrituras divinas, isto , os 22 livros do A. Testamento que os setenta e dois intrpretes traduziram (a traduo Septuaginta). 28

Mas ainda h dois fatores importantes para guardar na mente antes de deixarmos este assunto: 1. Quanto mais as Escrituras so estudadas, mais somos convencidos de que elas so encerradas em si mesmas e absolutamente completas, revelando um piano perfeito do comeo ao fim, e no tende superficialidade ou falta. 2. O que mais significativo, que a Bblia contm trs advertncias solenes contra qualquer tentativa em acrescentar as palavras do livro inspirado por Deus; esta significao grandemente acentuada pelo fato de que a primeira advertncia foi escrita de todos os escritores das Escrituras, a Segunda advertncia achada muito perto do meio da Bblia, enquanto que a terceira foi escrita pelo ltimo dos escritores. Moiss que teve a viso dada pelo Esprito, do passado descendentes, escreveu a primeira: Deut. 4:2. Salomo, o homem mais sbio que viveu, escreveu a segunda: Prov. 30:6. Joo, para quem foi dado to maravilhosas revelaes do futuro, escreveu a terceira: Apoc. 22:18,19. Assim, ns vemos, como o Esprito Santo tem antecipado em mais de um meio este mesma questo e tem colocado trs sentinelas como se fosse para guardar de qualquer obra no inspirada, inclua entre elas. Agora, tendo considerado a questo dos livros apcrifos, e tendo mostrado conclusivamente que eles no foram includos em nenhuma parte do cnon das Escrituras, ns temos de enfrentar uma questo noutra forma. Ns temos agora, realmente, o CNON completo em nossa possesso? Porque sem dvida existiam outros livros, alguns deles escritos por profetas, contando relatos judaicos, etc., de mais ou menos valor, que so atualmente referidos na Bblia, mas que foram perdidos h muito tempo. Esse so: 1. 2. 3. 4. 5. 6. No Livro de Guerras do Senhor Num. 21:18 O Livro do justos Js. 10:13 / 2 Sam. 1:18 As Crnicas do Profeta Nata 1 Crn. 29:29 As Crnicas f Gade, o Vidente Crn. 29:29 As profecias de Aias, o Silonita 2 Crn. 9:29 As vises de Ido, o Vidente 2 Crn. 9:29

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Com o conhecimento desses livros perdidos, a pergunta naturalmente feita : como podemos assegurar a ns mesmos pela inteireza da Bblia como agora ns temos, ou satisfazer a ns mesmos que nela ns temos a inteira Vontade de Deus revelada? Desta pergunta naturalmente surgem mais duas: 1. Qual foi natureza real e significativa daqueles livros perdidos? 2. Como o Cnon da Bblia foi determinado? Com respeito primeira pergunta, parece clara, das referncias muito breves achadas nas Escrituras, que haviam certos escritos por profetas e outros que no tem achado lugar no Cnon das Escrituras. Atualmente no nos foram ditos o objetivo deles, nem porque no foram preservados; enquanto outros livros do Cnon e mais velhos do que eles tem-nos sido. Parece contudo, seguro para dizer-lhe local e limitada, incluindo matrias, por exemplo relatando certas experincias das vagueaes dos Israelitas. Num. 21:24, e incidentes na vida de Josu. Josu 10:13, Davi, 1 Crn. 29:29, Salomo, 2 Crn. 9:29, etc. que no foram necessrios e nem desejveis de no terem sido includos nos escritores permanentes das Escrituras; deve ser lembrado que ns no temos todos os detalhes da vida e afazeres dos Hebreus, mas um divinamente resumido sumrio daqueles afazeres, somente aquelas coisas serviam para repreenso, para a correo, para a educao na Justia. E tudo mesmo na vida do povo de Deus que no serviu para este grande propsito foi omitido, no obstante muitas matrias de detalhes bastantes interessantes em si mesmos, bem podia ter sido recordado em livros contemporneos no inspirados. Ento quando ns lemos uma expresso como Quanto aos mais atos de Salomo, assim os primeiros como os ltimos por ventura no esto escritos nos livros da histria de Nat, o profeta, e na profecia de Aias, e nas vises de ido, o Vidente 2 Crn. 9:29, uma simples declarao de fatos recordados pelo Esprito Santo, que em adio aos outros registros inspirados foram possivelmente mais repletos da vida daquele homem singular e maravilhoso; enquanto as prprias palavras parecem claramente inferior ao registro que as Escrituras contm, que tudo que Deus quis para preservar para nossa advertncia, etc... (1 Cor. 10:11). 30

Porm seria to absurda para supor que aqueles livros perdidos uma vez formaram uma parte do Cnon Sagrado, meramente por que eles so referidos nas Escrituras, como seria para dizer que alguns escritos dos poetas pagos tm de ser considerados como uma parte da Bblia, meramente porque Paulo falando ao povo de Atenas, fez uma citao deles quando ele disse: Como alguns dos vossos poetas tm dito: Porque deles tambm somos gerao At. 17:28. Quanto Segunda pergunta como Cnon da Bblia foi determinado pode ser interessante de mencionar aqui, que enquanto no possvel marcar qualquer data exata mesmo assim parece claro que o Cnon do V. Testamento, foi geralmente conhecido como encerrado entre dos dias de Esdras e Cristo. Segundo a Cronologia da Bblia por Jac (Jacob Bilbe Cronology), Esdras arranjou todos os livros do V. Testamento (com exceo de Neemias, Malaquias) cujas profecias foram escritas mais tarde. Josefo e outros historiadores so testemunhas deste fato. O arranjo do N. Testamento no parece ter sido completamente encerrado at dois ou trs sculos depois de Cristo. Em todo caso, em 397 d.C. o Conclio de Cartago publicou uma lista dos livros que foram reconhecidos como genunos. Aquele lista contendo todos os escritores do Novo Testamento sem exceo, como ns temos agora, apesar de muitos desses livros serem reconhecidos como cannicos muito antes desta Dara. Alguns dos livros, especialmente o Pentateuco os cinco livros escritos por Moiss (Gnesis Deuteronmio), desde o princpio foram reconhecidos pelos judeus como a verdadeira expresso vocal de Jeov: a origem e autoria deles nunca em qualquer tempo tem sido duvidosa. Em verdade, estes livros de Moiss, at hoje tomam um lugar mais alto nas mentes dos judeus, do que qualquer outra parte das Escrituras; tanto que, em cada sinagoga judaica, pelo mundo afora, existem pelo menos de duas as trs cpias do Pentateuco, apesar de em muitos casos eles possurem qualquer ou parte do V.T.. os Samaritanos rejeitaram tudo, menos o Pentateuco. Como alguns dos outros livros, contudo estavam diferentes, quer dizer que seu carter de uma vez no foram discernidos. Todos, no entanto, no curso do tempo, foram ultimamente reconhecidos como tendo vindo de Deus, e, apesar deles terem sido colecionados e arranjados na sua forma presente pelas mos humanas; a seleo deles no foi deixada para o capricho de qualquer homem ou grupo de homens, quer a igreja ou 31

conclio. Em verdade, este foi o erro fatal feito no conclio de Trento (1546 d.C.) que, conseqentemente, foi praticamente um conclio catlico romano, sendo presidido e controlado pelo Papa, quando eles decidiram que os 14 livros apcrifos no inspirados deviam ser includos no Cnon das Escrituras. Porm qualquer criana pode ver que aquela deciso no pode realmente modificar o verdadeiro carter daqueles livros no inspirados, que foram escritos quase dois mil anos anteriormente. Como Lutero verdadeiramente disse: A Igreja no pode dar mais fora ou autoridade a um livro do que ele tem em si mesmo. Um conclio no pode fazer aquilo ser Escritura que na sua prpria natureza no Escritura. Como ento, que esta questo to importante determinada? Foi decidido pelo testemunho interno e valor intrnseco do prprios escritores. Parece ter sido costumes para os escritores inspirados entregarem seus escritos aos sacerdotes e serem colocados ao lado da lei para serem guardados Deut. 31:9 Josefo nos conta que este hbito sempre foi seguido, sendo feito cpias para uso de reis e outro. Deut. 11:11. Mas e no incio, quando estas expresses sagradas foram colocadas na escrita, elas foram a alguns casos somente reconhecidas como a Palavra do Senhor, pelos pobre do rebanho Zac. 11:11, enquanto pelos outros foram muitas vezes indignados, repudiados e os prprios escritores encarcerados e assassinados, Jer. 36:5,23,24. Mas, mais cedo ou mais tarde a rvore foi conhecida pelos seus frutos: e aqueles mesmos escritores que no principio foram rejeitados, tornaram-se, no curso do tempo, honrados e reverenciados, at cada parte da verdadeira Palavra de Deus, que declarada ser viva e eficaz , Heb. 4:12 afirmou sua prpria autoridade. Embora escrita por homens, tornou-se reconhecida como a voz de Deus: e desde ento tem sido considerado como tal: no caso do V. Testamento, pelos judeus, e no caso do N.T. pela igreja Crist inteira. o mesmo fato que aqueles outros livros passaram, prova suficiente em si mesma, que eles nunca foram entendidos para unidos ao Cnon das Escrituras Sagradas; porque se eles tivessem formado uma parte da verdadeira Palavra do Senhor, eles precisariam, em sua prpria natureza, ter ficado at o dia de hoje, desde que est escrito: A PALAVRA DE DEUS: A QUAL VIVE E PERMANENTE... A PALAVRA do Senhor, porm, permanece eternamente. 1Pe. 1:23,25. Como o Dr. George Smith tem dito: AS ESCRITURAS, PELO SEU PRPRIO PESO... ESMAGAM TODOS OS RIVAIS PARA FORA DA EXISTNCIA. II PEDRO 1.20, 21 32

BIBLIOGRAFIA Apostila de introduo Bblia do IBES Ler e Compreender a Bblia J.H Alexander Introduo Bblica Norman Geisler e W.Nix Conhea sua Bblia Jlio A. Ferreira Apontamentos de J.D. Bittencourt

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INSTITUTO TEOLGICO BETEL DO ABCDRua Laureano n. 877 Utinga Santo Andr - SP

Pr. Dr. Jos Domingos Bittencourt Pr. Rubens da Costa Carreira Pr. Antonio Carlos Orbanea Pr. Wilson de Oliveira do Nascimento Pr. Jos Gilmar Bittencourt Pr. Arthur Moratelli Bittencourt Pr. Jos Alves Barbosa Pr. Lourival Rodrigues dos Santos Pr. Dr. Jaime Vieira dos Santos Pr. Alberto Felske de Almeida Pr. Benedito Monteiro da Silva Pr. Herbert de Oliveira Pr. Moacir de Campos Filho Pr. Natanael Guedes Pr. Otoniel Baptista Ribeiro Pr. Walter DOnfrio Pr. Waldemar Stoicow Pr. Francisco Loureno de Souza Dra. Cirlene Mendona Ev. der William dos Santos Ev. Fbio Sabino da Silva Ev. Josu Venceslau Rosa Ev. Antonio Febrnio da Silva Ev. Naor Jesuino da Costa Pr. Rubens Furlan Ev.Jos Antonio Calsoni

Docentes do I.T.B.:

Pr. Rubens da Costa Carreira Coordenador

Pr. Dr. Jos Domingos Bittencourt Presidente

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