análise ao futebol clube do porto atuava o fcp na Época passada (resumo): • a equipa no seu...

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Análise ao Futebol Clube do Porto João Pedro Colaço Araújo FCP VS Chelsea [email protected]

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Análise ao Futebol Clube do Porto

João Pedro Colaço Araújo FCP VS Chelsea [email protected]

João Pedro Colaço Araújo [email protected] 2

Treinador: Julen Lopetegui, Tem 47 anos e é natural de Asteasu, Guipúzcoa, no

País Basco, em Espanha. Apresenta no currículo, enquanto treinador, um título de Campeão da Europa de Sub-21 (2013) e de Campeão da Europa de Sub-19 (2012) pelas seleções jovens de Espanha (onde esteve entre 2010 e 2013) e conta com passagens pelo Rayo Vallecano, na Segunda Liga espanhola (2003/2004) e pelo Real Madrid Castilla (2008/09).

Como jogador, atuou como guarda-redes e passou pela Real Sociedad, Real Madrid Castilla, Las Palmas, Real Madrid, Logroñes, Barcelona e, por fim, Rayo Vallecano, onde terminou a carreira. Conquistou, enquanto futebolista, uma Taça das Taças (pelo Barcelona, em 1996/97), um Campeonato espanhol (ao serviço do Real Madrid, em 1988/89), uma Taça do Rei (Barcelona, 1996/97) e quatro Supertaças espanholas (1989, 1990, 1994 e 1996, ao serviço de Real Madrid e de Barcelona).

Na sua passagem pelo Barcelona foi treinado por Bobby Robson (cujo adjunto era José Mourinho) e foi companheiro de equipa de Vítor Baía.

João Pedro Colaço Araújo 3 [email protected]

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Onze Base

Nomes Nº Posição

Fabiano 12 GR

Danilo 2 DD

Maicon 4 DC

Marcano 5 DC

Alex Sandro 26 DE

Casemiro 6 MDC

Herrera 16 MC

Oliver 36 MC

Tello 11 ED

Brahimi 8 EE

Jackson Martinez 9 PL

Época 2014/2015

Alternativas mais utilizadas

Nomes Nº Posição

Quaresma 7 ED

Quintero 10 MO

Evandro 15 MC

Rúben Neves 36 MDC

Aboubakar 99 PL

Como Atuava o FCP na Época Passada

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Onze Base

Nomes Nº Posição

Fabiano 12 GR

Danilo 2 DD

Maicon 4 DC

Marcano 5 DC

Alex Sandro 26 DE

Casemiro 6 MDC

Herrera 16 MC

Oliver 36 MC

Tello 11 ED

Brahimi 8 EE

Jackson Martinez 9 PL

Época 2014/2015

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Disposição Tática:1-4-3-3

Como Atuava o FCP na Época Passada

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Nas transições para o ataque o FCP optava quase sempre por um 1º passe seguro após a recuperação, para depois poder decidir com critério qual a melhor opção a tomar; O jogo pelos corredores laterais também foi sempre o mais solicitado neste momento, ficando os médios Interiores responsáveis pelas coberturas procurando também serem soluções para ter a bola e apoiarem o ataque;

Como Atuava o FCP na Época Passada (Resumo): • A equipa no seu processo ofensivo fazia da posse da bola a sua característica mais vincada, desde a sua 1ª fase de construção até ao momento que procura finalizar;

• A equipa aproveitava e bem as características ofensivas dos seus laterais privilegiando o jogo exterior; • Os 2 médios a vinham à vez receber a bola vinda dos centrais ou pivot para poderem procurar e solicitar quer os laterais bem abertos e subidos quer os movimentos interiores de Brahimi e Tello; • equipa que procurava constantemente combinações diretas entre médios interiores e os extremos ou entre os médios e os laterais; • Quando o fcp sentia dificuldade em encontrar espaços no seu meio campo ofensivo, muitas vezes Jackson baixava para poder receber e tabelar com os colegas;

Época 2014/2015

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• Nas transições defensivas o FCP procurava rapidamente reagir à perda da bola recorrendo muitas vezes à falta; • Os laterais bastante ofensivos deixavam muitos espaços para os contra golpes dos adversários, tornando o FCP uma equipa mais frágil neste momento.

Como atuava o FCP na Época Passada (Resumo): • Quando não tinha a bola o FCP posicionava-se na maior parte das vezes num 1-2-3-2-3 com os centrais mais recuados, pivot e laterais na mesma linha, seguido dos 2 médios interiores, como 1ª linha de oposição os 3 avançados; • Procurava de forma intensa e agressiva recuperar o mais rápido possível a bola em zonas avançadas; • Quando estava em vantagem o FCP abdicava de uma pressão alta e incessante por uma pressão média, com o bloco mais recuado num 1-4-5-1 e assim reduzindo os espaços de jogo para o adversário.

Época 2014/2015

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Análise ao jogo da Liga dos Campeões

Futebol Clube do Porto vs Chelsea

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João Pedro Colaço Araújo

[email protected]

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Onze Inicial

Nomes Nº Posição

Casillas 12 GR

Maxi Pereira 2 DD

Maicon 4 DC

Marcano 5 DC

Martins Indi 3 DE

Danilo 22 MDC

Rúben Neves 6 MC

Imbula 25 MC

André André 11 ED

Brahimi 8 EE

Aboubakar 9 PL

Época 2015/2016

Suplentes

Nomes Nº Posição

Helton 1 GR

Layún 21 DE

Evandro 15 MC

Corona 17 ED/EE

Tello 11 ED/EE

Osvaldo 10 PL

Bueno 23 MO/AV

João Pedro Colaço Araújo

[email protected] 11

Onze Inicial

Nomes Nº Posição

Casillas 12 GR

Maxi Pereira 2 DD

Maicon 4 DC

Marcano 5 DC

Martins Indi 3 DE

Danilo 22 MDC

Rúben Neves 6 MC

Imbula 25 MC

André André 11 ED

Brahimi 8 EE

Aboubakar 9 PL

Época 2015/2016

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4 5

6

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8 11

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Disposição Tática: 1-4-3-3

O Processo Ofensivo do FCP

1ª Fase de Construção:

• O FCP tem como 1ª opção sair em segurança de forma curta com várias movimentações;

• Abertura dos centrais com um dos médios a baixar (Danilo ou Rúben Neves) e laterais bem abertos;

• Casillas é mais solicitado do que estava habituado no seu anterior clube e é ele que inicia esta construção;

• O FCP esta época apresenta uma construção de jogo mais ponderada e por isso um ritmo de jogo mais baixo em relação à época passada. Os princípios de jogo são os mesmos havendo algumas diferenças pois também os jogadores são diferentes.

João Pedro Colaço Araújo

[email protected]

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• O FCP altera um pouco a sua dinâmica de jogo ou seja, não joga com 2 extremos puros e a dinâmica do meio campo sofre alterações; • Normalmente organiza o seu jogo com um duplo pivot ( Danilo – Neves; Neves – Imbula; Danilo – Herrera), deixando colocando André André como nº10, um médio mais ofensivo que procura movimentos de rutura perto de Aboubakar;

Processo Ofensivo do FCP

1ª Fase de Construção:

• Neste jogo contra o Chelsea o FCP conseguiu sair a jogar algumas vezes e mesmo reciclar o seu jogo quando não tinha espaços para jogar na frente, contudo em outras situações foi bastante pressionado pelo Chelsea (Diego Costa conhecedor do jogo menos forte de pés de Casillas pressionou-o várias vezes);

• Face á impossibilidade de jogar em segurança Casillas teve que optar pela bola longa tendo como maior referência Aboubakar, que tenta ganhar a bola e jogar com os médios;

• Perante uma defesa imponente no jogo aéreo (Ivanovic, Zouma e Cahill), praticamente todas estas ações se tornaram perdas de bola para o FCP.

João Pedro Colaço Araújo

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Jogadores em destaque neste momento:

Casillas

Processo Ofensivo do FCP

2ª Fase de Construção:

• O FCP abdica neste jogo de 2 extremos puros e opta por André André como extremo direito com o intuito de conquistar o meio campo, pois este jogador como é visível na imagem procura muitas vezes o jogo interior, procurando desequilíbrios no corredor central;

• Com este movimento o extremo portista deixa corredor livre para as subidas constantes do Maxi Pereira, várias vezes solicitado neste jogo;

• No corredor esquerdo acontece o mesmo com Brahimi, um jogador de classe mundial que aparece neste tipo de jogos, procura muitas vezes os movimentos interiores deixando o corredor para Indi que não dá tanta profundidade como o habitual titular Layún.

Jogadores em destaque neste momento:

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Brahimi

André André

Processo Ofensivo do FCP

2ª Fase de Construção:

• O FCP coloca sempre muitos jogadores no seu processo ofensivo (8 como nos indica a imagem em baixo);

• Em comparação com a época passada o FCP ganha maior capacidade de jogar por dentro, principalmente quando utiliza um médio centro na posição de extremo;

• Procura um jogo mais apoiado, perdeu alguma criatividade com a saída de Oliver, mas ganhou maior capacidade de transportar o jogo com Imbula aliada á sua capacidade de choque e proteção da bola;

• O FCP está mais equilibrado neste momento do que na época passada, pois privilegia mais os médios na construção do que os laterais, que muitas vezes deixavam espaços nas costas para os contra ataques;

Jogadores em destaque neste momento:

• Ruben Neves assume um papel de grande destaque neste FCP graças à sua excelente visão de jogo;

• É o jogador que procura virar o centro de jogo, servindo os extremos e laterais quase sempre com sucesso;

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R. Neves

Processo Ofensivo

Situações de Finalização:

• O movimento interior de André André permite não só a Maxi aproveitar o espaço e subir como solicitar a mobilidade de Aboubakar, este com um excelente controlo da bola e com boa capacidade de segurar a defesa nas suas costas;

• O PL procura os espaços vazios e com isto fugir à marcação rígida por parte dos centrais do Chelsea;

• O FCP esta época procura colocar mais unidades dentro da grande área em momentos de finalização, baralhando um pouco as defesas adversárias;

• Em relação ao jogo exterior o FCP não conseguiu tirar muitos cruzamentos neste jogo, sendo o jogo mais rico por dentro, ou seja houve mais movimentos diagonais bem como remates a partir do corredor central;

Momentos de Finalização:

• O FCP chega ao 1º golo após o desequilibro na zona central através de Imbula que atraindo 3 jogadores do Chelsea consegue libertar Brahimi, este procurando o 1x1 com Ivanovic em movimento diagonal remata para a defesa incompleta de Begovic, com André André a rematar para golo na recarga;

• Imbula após o passe aparece na área, Danilo fica à entrada da área e Rúben Neves como médio mais recuado e como solução para passe atrasado para poder variar o flanco de jogo;

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Processo Ofensivo

Transição Ofensiva:

• O FCP no decorrer da partida recuperou por 36 vezes a bola, é uma equipa mais agressiva, intensa e compacta do que na época anterior, e como já foi mencionado o facto de jogar com 4 médios frente a este Chelsea torna a equipa ainda mais forte neste momento (Imbula, Neves, André André e Danilo);

• Mantém o mesmo princípio após a recuperação da bola, um primeiro passe em segurança para depois decidir consoante a zona do campo em que a recupera;

• Em zonas adiantadas e em situação de desorganização do adversário a equipa solicita Brahimi no corredor esquerdo;

• Em zonas mais recuadas a equipa organiza o seu jogo através dos médios;

Como nos mostra a tabela, após recuperar a bola o corredor central é o mais solicitado para organizar o jogo, construção mais paciente, logo de seguida a tabela mostra-nos que o corredor esquerdo é o 2º mais solicitado, mesmo tendo um lateral adaptado e que não dá muita profundidade, apostando na magia de Brahimi.

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Processo Ofensivo

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Fin

aliz

ação

Finalização: • Aboubakar é a referência do ataque portista, substituindo Jackson Martinez; O camaronês não é tão forte no jogo aéreo mas garante mais mobilidade ao ataque portista; • O FCP alia a finalização dentro de área bem como fora da mesma evoluindo neste aspeto esta época, graças ao poder de fogo da linha média; • A equipa tentou por 20 vezes alvejar a baliza do Chelsea sendo Brahimi e Aboubakar os mais rematadores;

Processo Ofensivo

João Pedro Colaço Araújo [email protected]

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Cruzamentos: • Não foi um jogo com muitos cruzamentos para a área como referi anteriormente, o FCP ao contrário dos outros jogos realizados, optou mais pelas ações de finalização a partir do corredor central, conhecendo também o fortíssimo jogo aéreo da defesa adversária; • Normalmente a equipa recorre aos extremos e aos laterais para surgirem em zonas adiantadas e cruzarem para o interior da área;

Processo Ofensivo

João Pedro Colaço Araújo [email protected]

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Cantos: • O principal marcador de cantos é o médio Rúben Neves; • Levanta os 2 braços dando sinal aos colegas que vai bater ao 1º poste; • Os jogadores atacam o espaço (1º poste); • 2 jogadores à entrada da área para uma 2ª bola; • Maicon e Danilo são os homens alvo; • Em 5 cantos o FCP fez 1 golo e noutro enviou a bola ao ferro por Danilo; • Por vezes optam pelo canto curto mas com rápida colocação da bola na área;

Golo de Maicon com pequeno desvio ao 1º poste (2ª golo FCP)

Livres Indiretos: O FCP não beneficiou de nenhum livre indireto em zonas perigosas, normalmente opta pela solução de passe curto. Não beneficiou também de nenhum livre direto para poder alvejar a baliza adversária.

Processo Defensivo

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Processo Defensivo: • O FCP encontra-se mais forte neste momento do jogo em relação à época anterior; • A zona central está mais compacta com Danilo que na minha opinião é superior a Casemiro no processo defensivo, o brasileiro foi uma adaptação com sucesso mas Danilo tem outra dimensão; • Fisicamente é mais poderoso, domina o jogo aéreo, é mais competente no desarme (não recorre tanto à falta como o seu antecessor) e preenche melhor os espaços à frente da defesa; • Também Imbula que perde na criatividade com Oliver mas que é muito superior a defender, dá à equipa um maior equilíbrio defensivo; • Além do 4º médio para este jogo, Lopetegui opta por Indi em detrimento de Layún para fechar melhor o corredor esquerdo, pensando muitas vezes nos movimentos do extremo direito adversário, que procura muito o 1x1 e poucas vezes auxilia no jogo defensivo;

Jogador Chave no momento defensivo:

Danilo

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Processo Defensivo: • O FCP a procura de forma intensa e agressiva recuperar o mais rápido possível a bola em zonas avançadas; Quando se colocou em vantagem o FCP abdicou de uma pressão alta e incessante por uma pressão média, com o bloco mais recuado num 1-4-5-1 e assim reduzindo os espaços de jogo para o Chelsea, à imagem da época passada; • Houve situações no jogo em que Danilo e Imbula subiram no terreno para procurar recuperar a bola condicionando o espaço de jogo do Chelsea, obrigando este a jogar em profundidade, Ruben Neves nesta situação coloca-se na posição 6; • O Chelsea encontrou muitas dificuldades em jogar apoiado no meio campo portista, optando por rápidas transições (equipa à Mourinho) e também o jogo nas costas da defesa portista, solicitando Diego Costa;

Zonas de Pressão: • O FCP altera a forma como se dispõe em campo em relação à época passada; • Na época transata utilizava um esquema de 3 jogadores numa primeira zona com os dois interiores mais atrás basculando em bloco consoante o lado da bola; • Esta época há uma primeira oposição realizada por Aboubakar, com 3 jogadores nas suas costas (Extremos e MC) atrás destes, Danilo e Imbula preenchem o espaço mais recuado do meio campo:

Processo Defensivo

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Transição Defensiva: • O FCP nunca ficou numa situação de desequilíbrio neste jogo, pois procurou manter o meio campo povoado não permitindo contra golpes do adversário; • O FCP da época passada era mais permeável quando perdia a bola, pois deixavam espaços no seu meio campo defensivo/ defesa que bem exploradas causavam grandes problemas; • Mesmo contra uma equipa eximia nas transições rápidas o FCP controlou a situação. • A equipa procurou recuar sempre como um bloco, móvel e coeso.

• O FCP não tem problema em recorrer às faltas cirúrgicas, quando há perigo para a sua baliza

Processo Defensivo

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Livr

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Ind

iret

os

• O Chelsea não tirou qualquer partido dos livres indiretos; • O FCP utiliza todos os jogadores para defender com segurança; • A marcação é praticamente feita homem a homem junto à grande área ficando apenas 3 jogadores numa marcação zonal; • Os 6 jogadores dentro da grande área defendem em linha marcando a zona do fora de jogo.

Processo Defensivo

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Can

tos

Def

en

sivo

s

Cantos: • O FCP utiliza a defesa mista principalmente na pequena área e sobretudo as referências do jogo aéreo do adversário, neste caso Ivanovic e Cahill; • O FCP coloca 5 homens junto à pequena área ficando dois jogadores com marcação zonal à entrada da grande área;

• O Chelsea teve no decorrer da partida 4 cantos e não conseguiu fazer golo onde normalmente é um dos pontos fortes da equipa inglesa;