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Anais I Encontro Científico do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde 30 de maio de 2014 Anfiteatro do HU Realização do Evento: Pós Graduação em Ciências da Saúde - Universidade Estadual de Londrina. Comissão Organizadora do Evento: Dr. Décio Sabbatini Barbosa Dra. Estefânia Gastaldello Moreira Dra. Rúbia Casagrande Dr. Waldiceu Aparecido Verri Junior Amanda Ortigossa Clara Ruiz de Souza Jéssica Ellen de Oliveira Comissão Científica: Dr. Waldiceu Aparecido Verri Junior - Coordenador Dra. Ana Carla Zarpelon Dra. Ana Carolina Rossaneis Dra. Daniela Longhi Balbinot Financiamento/Apoio: CAPES, CNPq. Londrina/ 2014

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Anais I Encontro Científico do Programa de Pós-Graduação em

Ciências da Saúde

30 de maio de 2014 – Anfiteatro do HU

Realização do Evento: Pós Graduação em Ciências da Saúde -

Universidade Estadual de Londrina.

Comissão Organizadora do Evento:

Dr. Décio Sabbatini Barbosa

Dra. Estefânia Gastaldello Moreira

Dra. Rúbia Casagrande

Dr. Waldiceu Aparecido Verri Junior

Amanda Ortigossa

Clara Ruiz de Souza

Jéssica Ellen de Oliveira

Comissão Científica:

Dr. Waldiceu Aparecido Verri Junior - Coordenador

Dra. Ana Carla Zarpelon

Dra. Ana Carolina Rossaneis

Dra. Daniela Longhi Balbinot

Financiamento/Apoio: CAPES, CNPq.

Londrina/ 2014

Programação:

8:00-8:30: Entrega de crachás

8:30-8:45: Abertura do Encontro

Dr. Décio Sabbatini Barbosa, coordenador do Programa de Pós-Graduação em

Ciências da Saúde (PPGCS).

8:45-9:45: Palestra de abertura “Depression is an inflammatory disorder”.

Dr. Michael Maes, psiquiatra vinculado às Universidades de Deakin (Austrália) e

Chulalongkorn (Tailândia).

9:45-10:15: Coffee break

10:15-12:00: Sessão temática “Biomarcadores no processo saúde-doença”.

10:15-11:00: Palestra “Polimorfismos genéticos associados a doenças

inflamatórias e autoimunes”.

Dra. Edna Maria Vissoci Reiche, farmacêutica, docente do PPGCS.

11:00-11:20: Comunicação oral “Disability in patients with multiple sclerosis:

influence of insulin resistance, adiposity, and oxidative stress”.

Sayonara Rangel Oliveira, farmacêutica, doutoranda do PPGCS.

11:20-11:40: Comunicação oral “Evaluation of blood biomarkers on Parkinson´s

disease”.

Carine Coneglian, biomédica, doutoranda do PPGCS.

11:40-12:00: Comunicação oral “Avaliação de alguns polimorfismos genéticos

em fumantes e nunca fumantes”.

Luiz Gustavo Piccoli de Melo, psiquiatra, mestrando do PPGCS.

12:00-14:00: Pausa para o almoço. Os painéis deverão ser fixados.

14:00-14:45: Palestra “Oxidative and nitrosative pathways in mood disorders”.

Dr. Michael Maes.

14:45-15:45: Sessão temática “Disfunções urológicas e nefropatias”.

14:45-15:25: Palestra “Efeito da suplementação com vitamina D sobre

parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo de pacientes renais crônicos

não dialíticos”.

Dr. Abel Esteves Soares, nefrologista, egresso do PPGCS.

15:25-15:45: Comunicação oral “Comparação entre o método Pilates e a

cinesioterapia do assoalho pélvico associada à eletroestimulação na

recuperação de incontinência urinária pós-prostatectomia radical: ensaio clínico

aleatorizado”.

MSc. Fabiana Rotondo Pedriali, fisioterapeuta, egressa do PPGCS.

15:45-16:10: Coffee break

16:10-18:00: Sessão temática “Endocrinopatias, doenças inflamatórias e

metabólicas”.

16:10-16:40: Palestra “Hypothalamic-pituitary axes and stress responses: from

the bedside to the bench”.

Dra. Tânia Longo Mazzuco, endocrinologista, docente do PPGCS.

16:40-17:10: Palestra “HDL cholesterol in sepsis - clinical studies”.

Dr. Alexandre Carrilho, endocrinologista, docente do PPGCS.

17:10-17:30: "Synergistic effects of olive oil and fish oil on lipid profile and

oxidative stress in patients with metabolic syndrome".

Dra. Danielle Venturini, farmacêutica, egressa do PPGCS.

17:30-17:50: “Mechanisms involved in superoxide anion-induced pain and

inflammation”.

MSc. Miriam Sayuri Nagashima Hohmann, farmacêutica, doutoranda do PPGCS.

18:00-19:00: Apresentação de painéis

ÍNDICE DE RESUMOS pág

01. Hesperidina Metil Chalcona inibe o estresse oxidativo cutâneo induzido por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Renata M Martinez, Camila Rocha, Vinicius S Steffen, Carla V Caviglione, Carolina Bottura, Thaís CC Silva, Carine C Farias, Décio S Barbora, Sandra R Georgetti, Marcela M Baracat, Rúbia Casagrande.

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02. Polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral beta (TNFB) está associado com esclerose múltipla em pacientes caucasianos do Sul do Brasil independentemente do HLA-DRB1. Ana Paula Kallaur, Sayonara R Oliveira, Andrea NC Simão, Gabriel A Costa, Elaine RD Almeida, Helena K Morimoto, Josiane Lopes, Larissa M Pelegrino, Wildea LCJ Pereira, Daniela F Alfier, Sueli D Borelli, Maria Angelica E Watanabe, Damácio R Kaimen-Maciel, Edna MV Reiche.

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03. Absence of association between NQO1 rs1800566 polymorphism and Acute Lymphoblastic Leukemia Susceptibility. Carlos H Hiroki, Carlos EC Oliveira, Cyntia M Ishibashi Glauco AF Vitiello, Nathalia S Pereira, Vânia D Castro, Felipe C Almeida, Karen M Suzuki, Bruna KB Hirata, Maria AE Watanabe.

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04. Participação da IL-33/ST2 na letalidade, produção de citocinas e estresse oxidativo induzidos pelo CCl4 em camundongos. Miriam SN Hohmann, Renato DR Cardoso, Victor Fattori, Flávia A Guarnier, Rubens Cecchini, Rubia Casagrande Jose C Alves-Filho, Damo Xu (4), Foo Liew (4), Fernando Q Cunha, Waldiceu A Verri Jr.

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05. Desenvolvimento e avaliação do efeito antioxidante tópico da D-frutose-1,6-difosfato microencapsulada. Daniela C. de Medeiros, Renata M. Martinez, Sandra S. Mizokami, Gabriela F. Borges, Laisa G. Vicente, Isabella T. Pastre, Isabela S. Ludwig, Sandra R. Georgetti, Waldiceu A Verri Jr, Rubia Casagrande, Marcela M. Baracat.

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06. Analysis of FOXP3 protein expression by immunohistochemistry in patients with triple negative breast cancer. Felipe C Almeida, Leandra F Lopes, Roberta L Guembarovski, Alda L Guembarovski, Carolina B Ariza, Cintya M Ishibayashi, Mayara T Enokida, Patricia MM Ozawa, Carlos H Hiroki, Maria AE Watanabe.

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07. Análise do Polimorfismo do Receptor de Quimiocina CCR5 (rs333) em mulheres infectadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). Stephanie B. Garcia, Guilherme C. M. Cebinelli, Nathalia Tatakihara, Michelle M. Sena, Ana Paula L. Pereira, Nádia C. M. Okuyama, Kleber P. Trugilo, Luis Fernando L. Mangieri, Maria Angelica E. Watanabe, Karen Brajão de Oliveira.

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08. PDTC tópico previne o estresse oxidativo cutâneo induzido por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Carla V Caviglione, Vinicius S Steffen, Ana LM Ivan, Marcela Z Campanini, Renata M Martinez, Carolina Bottura, Danilo Pala, Alessandro W Domingues Junior, Georgia P Durante, Waldiceu A Verri Junior, Marcela Baracat, Sandra Georgetti, Rúbia Casagrande.

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09. Ditiocarbamato de pirrolidina inibe in vitro o processo de peroxidação lipídica e quelação de íon Fe

2+.

Carolina Bottura, Carla V Caviglione, Vinicius S Steffen, Ana LM Ivan, Marcela Z

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Campanini, Renata M Martinez, Danilo Pala, Alessandro W Domingues Junior, Georgia P Durante, Waldiceu A Verri Junior, Marcela Baracat, Sandra Georgetti, Rúbia Casagrande.

10. Formulação tópica contendo PDTC previne a inflamação cutânea induzida por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Vinicius S Steffen, Ana LM Ivan, Marcela Z Campanini, Renata M Martinez, Carla V Caviglione, Carolina Bottura, Danilo Pala, Alessandro W Domingues Junior, Georgia P Durante, Waldiceu A Verri Junior, Marcela Baracat, Sandra Georgetti, Rúbia Casagrande.

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11. Métodos de terapia de substituição renal na unidade de terapia intensiva. Vilma de Almeida.

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12. Lesão renal aguda em pacientes críticos: revisão. Josiane Crosatti, Bianca Regina Guarino Polins, Daniel Goulart Khouri.

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13. Frequency of autoimmune diseases and autoantibodies in patients with neuromyelitis optica. Wildéa LCJ Pereira, Ana P Kallaur, Sayonara R Oliveira, Andréa NC Simão, Lucas JV Schiavão, Paula RVP Rodrigues, Francieli Delongui, Daniele F Alfieri, Edna MV Reiche, Damácio R Kaimen-Maciel.

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14. Treinamento com pesos melhora a inflamação e a capacidade antioxidante em idosas. Luiza Sienna Silva, Ana Gabriela da Silva Bonacini, Edilson Serpeloni Cyrino, Danielle Venturini.

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15. Avaliação in vivo do efeito antinociceptivo e anti-inflamatório da boldina. Simone Bortolan, Bárbara Santos, Cássia Campos, Ieda Scarminio, Sabrina Afonso, Waldiceu A Verri Jr, Estefânia G Moreira.

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16. Avaliação do potencial antinociceptivo do flavonoide Trans-chalcona em modelo de dor induzida pelo ânion superóxido. Leticia Coelho-Silva, Marília M Manchope, Ana C Zarpelon, Cássia Calixto-Campos, Waldiceu A Verri Jr.

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17. Avaliação do polimorfismo genético CCR5Δ32 (rs333) em mulheres brasileiras com lúpus eritematoso sistêmico: associação com suscetibilidade, características clínicas e laboratoriais. Thiago HL Baltus, Francieli Delongui, Ana P Kallaur, Daniela F Alfieri, Sayonara R Oliveira, Tamires Flauzino, Jorge PS de Almeida, Lucas S Liberatti, Marcell AB Lozovoy, Helena K Morimoto, Elaine RD de Almeida, Andréa NC Simão, Edna MV Reiche.

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18. Associação entre aptidão cardiorrespiratória e fatores de risco em adolescentes. André O Werneck, João P Nunes, Danilo RP Silva, David Ohara, Crisieli MT Cogo, Danielle Venturini, Décio S Barbosa, Enio RV Ronque, Edilson S Cyrino.

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19. Verificação da potencialização da ação antioxidante de drogas antiparkinsonianas com Trolox

® ou Coenzima Q10.

Luciana Higachi, Kamila L. Bonifácio, Carine C. Farias, Andressa K. Matsumoto, Alissana E.I. Camargo, Ana Paula Michelin, Laura O. Semeao, Renata M. Martinez, Rúbia Casagrande, Décio S. Barbosa.

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20. Determinação da atividade de enzimas eritrocitárias em pacientes com a doença 24

de Parkinson. Carine C. Farias, Kamila L. Bonifácio, Francis F. Brinholi, Andressa K. Matsumoto, Luciana Higachi, Paulo V. Anizelli, Matheus A. Nascimento, Lúcio B. de Melo, Estefânia G. Moreira, Décio S. Barbosa.

21. Efeito do treinamento com pesos na pressão arterial de repouso em mulheres idosas destreinadas. Durcelina Schiavoni, Erick HP Eches, Crisieli M Tomeleri, Alex S Ribeiro, Fábio LC Pina, Matheus A Nascimento, Edilson S Cyrino.

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22. Avaliação de Biomarcadores Séricos de Peroxidação Lipídica em Portadores da Doença de Parkinson. Kamila L. Bonifácio, Carine C. Farias, Francis F. Brinholi, Vitor Y. Obara Andressa K. Matsumoto, Luciana Higachi, Ana Paula Michelin, Lúcio B. de Melo, Estefânia G. Moreira, Décio S. Barbosa.

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23. Avaliação da ação antioxidante de drogas antiparkinsonianas por meio de técnicas colorimétricas e de quimiluminescência. Andressa K. Matsumoto, Kamila L. Bonifácio, Carine C. Farias, Vitor Y. Obara, Luciana Higachi, Paulo V. Anizelli, Geise Broto Laura O. Semeao, Rúbia Casagrande, Décio S. Barbosa.

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24. Avaliação da atividade antinociceptiva do composto 7-β-hidroxi-ácido caurenóico. Sandra S. Mizokami, Daniela C. Medeiros, Thiago H. Hayashida, Rubia Casagrande, Sérgio R. Ambrósio, Nilton S. Arakawa, Waldiceu A. Verri Jr.

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25. Perfil lipídico e variáveis comportamentais em adolescentes de Londrina/PR. Crisieli Maria Tomeleri, Danilo Rodrigues Pereira da Silva, Durcelina Schiavoni, Rômulo A. Fernandes, Danielle Venturini, Alessandra M. Okino, Jair A. Oliveira, Décio Sabbatini Barbosa, Edilson Serpeloni Cyrino.

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26. Tumor necrosis factor beta NcoI polymorphism (rs909253) is associated with inflammatory and metabolic markers in acute ischemic stroke. Jonathan Parreira, Ana P Kallaur, Daniela F Alfieri, Sayonara R Oliveira, Francieli Delongui,

Tamires Flauzino, Gabriel Costa, Jorge PS de Almeida, Lucas S Liberatti, Marcell

AB Lozovoy, Helena K Morimoto, Elaine RD de Almeida, Andréa NC Simão, Edna MV Reiche.

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27. Associação entre nível de atividade física e fatores de risco em adolescentes. João P Nunes, André O Werneck, David Ohara, Danilo RP Silva, Crisieli MT Cogo, Edilson S Cyrino, Enio RV Ronque, Alessandra M Okino, Jair A Oliveira.

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28. Determinação do mecanismo de atividade antioxidante de extrato aquoso obtido das folhas de Azadirachta indica (neem). Amanda Ortigossa, Clara R. Souza, Kátia S. Takayama, José C. Duarte, Nilton S. Arakawa, Marcela M. Baracat, Rúbia Casagrande, Sandra R Georgetti.

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29. Efeito antidepressivo dos antagonistas seletivos de receptores de endotelinas ETA e ETB em camundongos. Felipe A Pinho-Ribeiro, Sérgio Marques Borghi, Célio Estanislau, Waldiceu Ap Verri Jr.

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30. Dyslipidemia is associated with the human immunodeficiency virus type 1 infection, antiretroviral therapy, and PvuII polymorphism of low density lipoprotein receptor in Southern Brazilian patients.

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Elaine Regina Delicato de Almeida, Andréa Name Colado Simão, Helena Kaminami Morimoto, Ana Paula Kallaur, Tamires Flauzino, Daniela Frizon Alfieri, Sayonara R Oliveira, Francieli Delongui, Gabriel Costa, Jorge PS De Almeida, Lucas S Liberatti, Maria Angelica Ehara Watanabe, Edna Maria Vissoci Reiche.

31. Comparação do conteúdo de polifenóis e flavonóides totais e da atividade sequestradora de radical livre entre os extratos hidroalcóolico e seco obtidos de Azadirachta indica (neem). Clara R Souza, Amanda Ortigossa, Kátia S Takayama, José C Duarte, Nilton S Arakawa, Marcela M Baracat, Rúbia Casagrande, Sandra R Georgetti.

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32. Tratamento de camundongos com indometacina-NO (AINES doador de óxido nítrico): implicações na patogênese da doença de Chagas experimental. Vera Lúcia Hideko Tatakihara, Carolina Panis, Aparecida Donizette Malvezi; Rosiane Valeriano da Silva, Nágela Ghabdan Zanluqui, Isabel Lovo Martins, Rafael Carvalho de Freitas, Rubens Cecchini, Phileno Pinge Filho.

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33. Modulação da resposta inflamatória inata por aspirina e inibição da entrada de formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi em macrófagos. Aparecida D Malvezi, Rosiane V Da Silva, Vera LH Tatakihara, Rafael C Freitas, Nágela G Zanluqui, Maria I Lovo-Martins, Sandra CH Lonien, Luana A Cossentini, Maria RO Cambuí, Fernando F dos Santos, Marli Martins-Pinge, Waldiceu A Verri Jr, Phileno Pinge-Filho.

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01. Hesperidina Metil Chalcona inibe o estresse oxidativo cutâneo induzido por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Renata M Martinez (1), Camila Rocha (1), Vinicius S Steffen (1), Carla V Caviglione (1), Carolina Bottura (1), Thaís CC Silva (1), Carine C Farias (2), Décio S Barbora (2), Sandra R Georgetti (1), Marcela M Baracat (1), Rúbia Casagrande (1)*. (1) Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCF), UEL. (2) Departamento de Patologia Aplicada, Análises Clínicas e Toxicológicas, UEL. *Autor para correspondência: Rubia Casagrande: Departamento de Ciências Farmacêuticas/Centro de Ciências da Saúde- Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60 – Vila Operária, CEP: 86039-440 – Londrina-PR. E-mail: [email protected] Introdução: A exposição da pele à radiação ultravioleta (UV) aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), o que leva ao desequilíbrio entre os radicais livres e as enzimas antioxidantes presentes na pele. Este desequilíbrio, definido como estresse oxidativo, pode ser prevenido e/ou tratado por meio da utilização de produtos com propriedades antioxidantes. Neste contexto, os flavonóides têm despertado interesse, uma vez que apresentam diferentes ações em eventos que envolvem a participação de EROs. Objetivo: Considerando o potencial terapêutico do flavonóide Hesperidina Metil Chalcona (HMC) em doenças que envolvem EROs o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos antioxidantes da HMC, no modelo de estresse oxidativo cutâneo induzido por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Material e Métodos: O estresse oxidativo foi induzido em camundongos sem pêlo (CEEA sob o n°90/12, processo 3344.2012.08) pela radiação UVB (4,14J/cm2). Os camundongos foram tratados com HMC (30, 100 e 300mg/kg), ou veículo, via intraperitoneal, 1h antes do início da radiação e 8h após a primeira dose. Após 12h do término da radiação, amostras de pele foram coletadas e avaliadas por ensaios espectrofotométricos: poder antioxidante de redução do ferro (FRAP), capacidade de sequestro do radical 2,2’ azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS) e níveis de glutationa reduzida (GSH). Também foram avaliados os níveis de catalase e de ânion superóxido (ensaio de NBT) (tratamento 1h antes e coleta de pele 2h após a radiação). E por quimiluminescência, foi avaliada a produção de hidroperóxidos lipídicos induzida por tert-butil hidroperóxido (tratamento 1h antes e coleta de pele 4h após a radiação). Foi utilizado um n de cinco animais em cada grupo e os dados foram analisados por ANOVA seguido do pós-teste de Bonferroni. Resultados: A capacidade antioxidante da pele mensurada pelos ensaios de FRAP e ABTS foi significativamente reduzida pela radiação UVB e o tratamento com HMC (300mg/kg) foi capaz de restaurar esta redução (74% e 90% respectivamente). A radiação UVB reduziu os níveis dos antioxidantes endógenos GSH e catalase e o tratamento com HMC (300mg/kg) aumentou significativamente a atividade destes antioxidantes (78% e 100% respectivamente). Ainda, a exposição à radiação UVB aumentou os níveis de ânion superóxido e hidroperóxidos

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lipídicos, os quais foram significativamente reduzidos pela HMC (300 mg/Kg, 100% e 63% respectivamente). Discussão e Conclusão: Os dados obtidos sugerem o flavonóide HMC como um fármaco antioxidante e promissor para prevenir e/ou tratar os danos que a radiação UVB causa na pele. Apoio Financeiro: CAPES.

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02. Polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral beta (TNFB) está associado com esclerose múltipla em pacientes caucasianos do Sul do Brasil independentemente do HLA-DRB1. Ana Paula Kallaur (1), Sayonara R Oliveira (1), Andrea NC Simão (3), Gabriel A Costa (4), Elaine RD Almeida (3), Helena K Morimoto (1,3), Josiane Lopes (1), Larissa M Pelegrino (5), Wildea LCJ Pereira (2), Daniela F Alfieri (2), Sueli D Borelli (7), Maria Angelica E Watanabe (8), Damácio R Kaimen-Maciel (6,9), Edna MV Reiche (3)*. (1) Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. (2) Mestranda do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. (3) Docente do Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas,, CCS, Universidade Estadual de Londrina. (4) Bolsista de Iniciação Científica, aluno de graduação em Farmácia, Universidade Estadual de Londrina. (5) Bolsista de iniciação científica, aluno de graduação de medicina, Universidade Estadual de Londrina. (6) Ambulatório de Doenças Desmielinizantes, Ambulatório do Hospital de Clínicas, Universidade Estadual de Londrina. (7) Departamento de Análises Clínicas, Universidade Estadual de Maringá. (8) Departamento Ciências Patológicas, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina. (9) Departamento de Clínica Médica, CCS, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Edna Maria Vissoci Reiche, Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, CCS, Univerdade Estadual de Londrina, Av. Robert Koch, 60, CEP 86.038-440, Londrina, Paraná, Brasil. Fone/FAX + 55-43-3371-2619. E-mail: [email protected]

Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica imuno-mediada que acomete o sistema nervoso central. Variações em genes que codificam a expressão e a regulação de citocinas desempenham um importante papel na susceptibilidade, atividade e progressão da doença. Objetivo: O objetivo foi avaliar a associação entre o polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral beta (TNFB) e a suscetibilidade à EM. Material e Métodos: O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina (Parecer n°074/09). Foram incluídos 205 pacientes com EM e 147 indivíduos saudáveis. A incapacidade foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS). O DNA genômico foi extraído de leucócitos do sangue periférico e um fragmento de 782 pares de base do TNFB foi amplificado por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) utilizando primers específicos. O produto da PCR foi submetido à digestão pela enzima NcoI e o polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição foram analisados em eletroforese em gel de agarose 3%. Os níveis do fator de necrose tumoral alfa (TNFA) foram avaliados por enzimaimunoensaio. A análise estatística foi realizada no Programa Graph Pad

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Prism. Variáveis categóricas foram analisadas pelo Teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher, quando apropriado, e as variáveis contínuas foram analisadas pelo Teste de Mann Whitney. O Equilíbrio de Hardy-Weinberg foi calculado pelo teste de Chi-quadrado. Resultados: Entre os pacientes com EM, 166 (81,0%) eram Caucasianos (Brancos) e 39 (19,0%) não Caucasianos (Pardos). O EDSS variou de 1,0 a 5,7. O genótipo TNFB2/B2 foi associado à presença de EM independente do HLA-DRB1 nos pacientes Caucasianos (p=0,0443) e à níveis elevados de TNFA (p=0,0354). No entanto, os indivíduos Não caucasianos com EM apresentaram maior incapacidade (p=0,0234) e maiores níveis de TNFA (p=0,0463). Discussão e Conclusão: O polimorfismo genético NcoI do TNFB está associado à presença de EM independentemente de HLA-DRB1 em pacientes Caucasianos e a níveis elevados de TNFA em pacientes de ambas etnias avaliadas, o que poderia ser um importante fator genético candidato à suscetibilidade e à patogênese da EM. Apoio Financeiro: Bayer Healthy Care, CAPES, PIBIC/CNPq

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03. Absence of association between NQO1 rs1800566 polymorphism and Acute Lymphoblastic Leukemia Susceptibility. Carlos H Hiroki (1)*, Carlos EC Oliveira (1), Cyntia M Ishibashi (1) Glauco AF Vitiello (1), Nathalia S Pereira (1), Vânia D Castro (1), Felipe C Almeida (1), Karen M Suzuki (1), Bruna KB Hirata (1), Maria AE Watanabe (1). (1) Departamento de Ciências Patológicas, CCB, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Carlos Hiroki: Rua das Jurutés 187, Alphaville. E-mail: [email protected] Introduction: Acute lymphoblastic leukemia (ALL) is the most prevalent type of cancer in childhood. This malignancy originates from genetic mutations that block T or B lymphocytes differentiation, resulting in bone marrow hyperplasia. Impaired activity of xenobiotic reductive enzymes may alter individual’s susceptibility to leukemia development. In this context, NAPH Quinone Oxireductase 1 (NQO1) is an enzyme involved in the metabolism of quinone aromatic compounds, reducing quinones to less toxic metabolites. A SNP polymorphism (C609T, Pro187Ser, rs1800566) of NQO1 gene modifies the resultant protein structure, which presents no or low enzymatic activity in recessive homozygous (TT) and heterozygous (CT), respectively. Objective: This study aimed to evaluate the genotypic frequency of C609T SNP of NQO1 in patients with ALL and free of neoplasia controls. Material and methods: Approval by the Ethics Committee of Research in Humans of the State University of Londrina (CAAE: 171231134.0000.5231). DNA of peripheral blood was extracted of 74 ALL patients and 78 controls. Polymerase chain reaction was used to amplify fragments of 174bp. Genotyping analysis was performed after enzymatic digestion of the PCR product using Hinf I enzyme. Statistical analysis was performed using logistic regression (Odds Ratio, OR) with confidence interval of 95%. Results: The frequency of the CC genotype was detected in 54.05% of ALL patients and 51.28% of the control group. Heterozygous genotype was present in 39.19% of ALL and 41.03% of controls. The TT genotype appeared in 6.76% of ALL patients and 7.69% of controls. Homozygous and heterozygous genotype was not associated with ALL risk (OR: 0.60; IC 95% 0.20-1.80 and or: 0.36; IC 95% 0.06-2.10, respectively). Likewise, any statistical differences between T allele frequency and recessive genotype distribution were observed in ALL groups, stratified by age at diagnosis. Discussion and conclusion: This work demonstrated no significant differences in the frequency of the T allele between ALL and control groups, indicating no effect of this genetic variant in the ALL susceptibility. Financial support: CAPES, CNPq, Fundo Estadual para a Infância e Adolescência, Secretaria da Família e Desenvolvimento Social and Fundação Araucária.

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04. Participação da IL-33/ST2 na letalidade, produção de citocinas e estresse oxidativo induzidos pelo CCl4 em camundongos. Miriam SN Hohmann (1), Renato DR Cardoso (1), Victor Fattori (1), Flávia A Guarnier (1), Rubens Cecchini (1), Rubia Casagrande (2) Jose C Alves-Filho (3), Damo Xu (4), Foo Liew (4), Fernando Q Cunha (3), Waldiceu A Verri Jr (1)*. (1) Dpto. de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina (UEL). (2) Dpto. de Ciências Farmacêuticas, UEL. (3) Dpto. de Farmacologia, FMRP-USP. (4) Division of Immunology, Infection and Inflammation, University of Glasgow. *Autor para correspondência: Waldiceu Ap. Verri Junior: UEL, Rod. Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Caixa Postal 6001, Londrina, Paraná 86051-970, Brasil. E-mail: [email protected]. Introdução: Estudo prévio demonstrou que sinalização IL-33/ST2 tem papel hepatoprotetor em modelo de hepatite induzida pela Concavalina-A. Objetivo: Investigar o papel da IL-33/ST2 na letalidade e lesão hepática induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) em camundongos, bem como na produção de citocinas e estresse oxidativo que ocorre neste modelo. Material e Métodos: Camundongos machos Balb/c (WT, selvagem) e deficientes de ST2 (ST2-/-) receberam injeção intraperitoneal de 10 mL/kg de solução de CCl4 (1parte de CCl4 diluído em 2 partes de óleo de milho) ou veículo (óleo de milho) e a letalidade (n=10/grupo), produção de citocinas (n=5/grupo) e estresse oxidativo (n=5/grupo) foram avaliados. Este trabalho foi aprovado Comitê de Ética em Experimentação em Animais da Universidade Estadual de Londrina (número do processo: 8127/2009). As taxas de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e a análise estatística pelo teste de log-rank. As diferenças estatísticas entre os grupos experimentais foram comparadas pelo teste t de Student ou por one-way ANOVA seguido pelo de teste comparações múltiplas de Tukey. Os valores de p < 0,05 foram considerados significativo. Resultados: O CCl4 induziu 100% de letalidade em camundongos WT e apenas 20% em camundongos ST2-/- em 18 h. A letalidade dos animais ST2-/- aumentou até 70% em 42 h, permanecendo inalterado até 48 h. A administração de CCl4 também induziu aumento significativo na produção de IL-33 e ST2 (82% e 100%, respectivamente) no fígado de camundongos WT após 6 h. A deficiência para ST2 preveniu o aumento na produção de TNF-α (82,3%), IL-1β (50,5%), IL-12 (61,1%), IFN-γ (85,1%) e IL-5 (100%), peroxidação lipídica (100%) e carbonilação de proteínas (100%) no fígado induzidos pelo CCl4. Ademais, a deficiência para ST2 induziu aumentou da capacidade antioxidante (100%) hepática induzidos por CCl4. Discussão e Conclusão: A ativação IL-33/ST2 participa da letalidade induzida por CCl4. Corroborando o papel da IL-33/ST2, aumento na produção de IL-33 e ST2 foi observado após a administração de CCl4. A produção de citocinas, peroxidação lipídica, carbonilação de proteínas e aumento da capacidade antioxidante dependem de IL-33/ST2. Assim, pode-se concluir a sinalização IL-33/ST2 tem papel importante na letalidade, produção de citocinas e estresse oxidativo induzidos por CCl4. Apoio Financeiro: FAPESP, CAPES, CNPq, Fundação Araucária

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05. Desenvolvimento e avaliação do efeito antioxidante tópico da D-frutose-1,6-difosfato microencapsulada. Daniela C. de Medeiros (1), Renata M. Martinez (2), Sandra S. Mizokami (1), Gabriela F. Borges (2), Laisa G. Vicente (2), Isabella T. Pastre (2), Isabela S. Ludwig (2), Sandra R. Georgetti (2), Waldiceu A Verri Jr (1), Rubia Casagrande (2), Marcela M. Baracat (2)*. (1) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina. (2) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Marcela Baracat: Departamento de Ciências Farmacêuticas/Centro de Ciências da Saúde- Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60 – Vila Operária, CEP: 86039-440 – Londrina-PR. E-mail: [email protected] Introdução: A radiação ultravioleta (UV) é o fator físico mais importante e é uma das principais causas de danos na pele, que resulta em lesões pré-cancerosas e cancerosas e aceleração do envelhecimento cutâneo. Neste contexto, o uso de substâncias com propriedades antioxidantes tem despertado interesse para o tratamento e/ou prevenção do estresse oxidativo. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo desenvolver microcápsulas de D-frutose-1,6-difosfato (F1,6BP) e avaliar o efeito antioxidantes desta substância, no modelo de estresse oxidativo cutâneo induzido por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Material e Métodos: O estresse oxidativo foi induzido em camundongos sem pêlo (CEEA sob o n°204/13, processo 27025.2013.10) pela radiação UVB (4,14J/cm2). Os camundongos foram tratados topicamente, na parte dorsal, com 0,5g de uma formulação contendo 0,5% de F1,6BP ou microcápsulas contendo F1,6BP, 12h, 6h, imediatamente antes do início da radiação e 3h após. Após 12h do término da radiação, amostras de pele foram coletadas e avaliadas por ensaios espectrofotométricos: poder antioxidante de redução do ferro (FRAP), capacidade de sequestro do radical 2,2’ azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS) e níveis de glutationa reduzida (GSH). Foram utilizados cinco animais por grupo e os dados foram analisados por ANOVA seguido do pós-teste de Tukey. Resultados: A capacidade antioxidante da pele mensurada pelos ensaios de FRAP e ABTS foi significativamente reduzida pela radiação UVB e apenas o tratamento com a F1,6BP microencapsulada foi capaz de restaurar esta redução (FRAP: 100% e ABTS: 76,87%). Resultados semelhantes foram encontrados na dosagem dos níveis da GSH com aumento significativo de 31,81% com tratamento das microcápsulas de F1,6BP. Discussão e Conclusão: Os dados obtidos sugerem que a microencapsulação da F1,6BP facilita seu efeito antioxidante, com possibilidade de utilização na prevenção e/ou tratamento dos danos que a radiação UVB causa na pele. Apoio Financeiro: CAPES, Fundação Araucária, CNPq e UEL

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06. Analysis of FOXP3 protein expression by immunohistochemistry in patients with triple negative breast cancer. Felipe C Almeida (1), Leandra F Lopes (1), Roberta L Guembarovski (1), Alda L Guembarovski (2), Carolina B Ariza (1), Cintya M Ishibayashi (1), Mayara T Enokida (1), Patricia MM Ozawa (1), Carlos H Hiroki, Maria AE Watanabe (1)*. (1) Departament of Pathology Sciences, State University of Londrina. (2) Departament of Clinical Analysis and Pathology Sciences, State University of Londrina. *Autor para correspondência: Maria Angélica Ehara Watanabe: Departamento de Ciências Patológicas - Universidade Estadual de Londrina – Campus Universitário CEP 86051-970 – Londrina-PR. E-mail: [email protected] Introduction: A subgroup of malignant tumor that has received much attention is the triple negative breast cancer (TNBC), which presents phenotype of negative estrogen receptor (ER), negative progesterone receptor (PR) and has no overexpression of the oncogene HER2 (human epidermal growth factor 2). The marker for identify regulatory T cells (Treg) is FOXP3 gene (forkhead transcription factor 3), a transcription factor that controls the development and function of Tregs, whose expression may be increased in tumor cells. Objectives: This study aimed to investigate the protein expression of FOXP3 in TNBC patients. Materials and Methods: Parafin-embbebed histological sections were submitted to the immunohistochemistry technique at 38 TNBC patients and this work was approved by the institutional Human Research Ethics Committee of the State University of Londrina, Paraná, Brazil (CAAE: 171231134.0000.5231). Results: It was observed that most of the patients (83%) showed a high expression of FOXP3 in tumor cells and that this expression was predominantly cytoplasmic. In relation to tumor FOXP3 mononuclear cells infiltration, 47% and 58% of patients had a moderate or intense intratumoral and peritumoral infiltrated, respectively. We did not found any significant results when analyze these parameters in relation to lymph node involvement and nuclear grade. However, tumor size parameter, indicated a significant result in relation to intratumoral infiltrate (p= 0.026). Discussion and Conclusion: This transcription factor demonstrated a positive protein expression in tumor cells and also a high FOXP3-mononuclear cells infiltrate associated with the prognostic parameter as tumor size, therefore, it appears to be a promising candidate for further investigation in larger samples of TNBC and in other breast cancer subtypes. Financial support: CAPES, Fundação Araucária, CNPq

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07. Análise do Polimorfismo do Receptor de Quimiocina CCR5 (rs333) em mulheres infectadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). Stephanie B. Garcia (1), Guilherme C. M. Cebinelli (1), Nathalia Tatakihara (1), Michelle M. Sena (1), Ana Paula L. Pereira (1), Nádia C. M. Okuyama (1), Kleber P. Trugilo (1), Luis Fernando L. Mangieri (1), Maria Angelica E. Watanabe (1), Karen Brajão de Oliveira (1)*. (1) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Karen Brajão de Oliveira: Departamento de Ciências Patológicas – Universidade Estadual de Londrina – Campus Universitário CEP 86051-970 - Londrina–PR. E-mail: [email protected] Introdução: O câncer de colo de útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. O principal fator de risco é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV). É uma doença multifatorial, caracterizada por uma ativação exacerbada e manutenção de vias inflamatórias, destacando as quimiocinas, que desempenham um papel crucial na resposta inflamatória. O receptor CCR5 participa do recrutamento de leucócitos para os locais de inflamação. A variante D32 deste receptor resulta em sua forma não funcional, sendo relacionado com outras doenças. Objetivos: O objetivo do estudo foi investigar a presença do polimorfismo em mulheres infectadas pelo HPV na região norte do Paraná e associar a deleção com dados sociodemográficos. Material e Métodos: A deleção de 32 pares de bases foi avaliada em 41 mulheres infectadas pelo HPV, por meio de PCR utilizando-se iniciadores específicos que flanqueiam a região da deleção do CCR5. O produto amplificado foi analisado por eletroforese em gel de poliacrilamida 10%, corado com nitrato de prata. Detectando um produto de 225pb para o alelo CCR5 e de 193pb para o alelo D32. A frequência dos alelos foi calculada como: [1 x (h + 2H)] / 2N, onde h representa o genótipo heterozigoto, H homozigoto e N o tamanho da amostra. Foi realizada uma análise descritiva dos dados e análise de correlação de Spearman Rho (SPSS Statistics 22.0). A significância adotada foi de p<0,05. Resultados: Amostras de 104 mulheres atendidas em programas de prevenção do câncer de colo de útero de Londrina foram testadas para a presença do vírus, das quais 48 (46,15%) apresentaram o vírus HPV, destas 41 tiveram seu genótipo para o CCR5 avaliado. A frequência do alelo CCR5 foi de 98% e do alelo D32 2%. A idade média das pacientes foi de 29,59 ± 15,32, com média de inicio da atividade sexual aos 16,04 ± 2,36 anos. Foi observada correlação positiva entre a escolaridade e o uso de métodos contraceptivos (p=0,003. Rho=0,463). Aproximadamente 50% das mulheres concluíram os estudos até o nível fundamental, 17,9% concluíram o ensino médio incompleto, 25% concluíram o médio e 7,1% o superior incompleto. Discussão e Conclusão: A distribuição genotípica e alélica observadas do CCR5 está de acordo com a literatura. Contudo, apenas uma paciente apresentou o alelo D32, não sendo possível avaliar a correlação do genótipo às características sociodemográficas, sendo necessário ampliar o estudo para não portadoras do HPV, a fim de realizar comparações citopatológicas e clínicas de acordo com a distribuição genotípica. Apoio Financeiro: PPSUS-Fundação Araucária, CNPq, PROPPG.

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08. PDTC tópico previne o estresse oxidativo cutâneo induzido por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Carla V Caviglione (1), Vinicius S Steffen (1), Ana LM Ivan (2), Marcela Z Campanini (2), Renata M Martinez (2), Carolina Bottura (1), Danilo Pala (1), Alessandro W Domingues Junior (1), Georgia P Durante (1), Waldiceu A Verri Junior (3), Marcela Baracat (1), Sandra Georgetti (1), Rúbia Casagrande (1)*. (1) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná Brasil. (2) Pós-graduandas do Programa de Ciências da Saúde/Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. (3) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. *Autor para correspondência: Rubia Casagrande: Departamento de Ciências Farmacêuticas/Centro de Ciências da Saúde- Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60 – Vila Operária, CEP: 86039-440 – Londrina-PR. E-mail: [email protected] Introdução: A principal causa da formação excessiva de radicais livres na pele é a exposição à radiação ultravioleta (UV) que leva há uma diminuição das defesas antioxidantes endógenas. Dessa forma, destacamos o ditiocarbamato de pirrolidina (PDTC), um composto sintético, estável, amplamente utilizado em estudos de biologia celular e conhecido por exercer efeito antioxidante. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo preparar uma formulação contendo PDTC e avaliar seu efeito protetor, administrado por via tópica, nos níveis de glutationa reduzida (GSH), no poder antioxidante de redução férrica (FRAP) e no sequestro do radical 2,2’ azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS). Material e métodos: A emulsão foi preparada utilizando-se 10% de cera auto-emulsionante Polawax®. O estresse oxidativo foi induzido em camundongos sem pêlo (CEEA 85/10, sob no. de processo 33631.2010.82) pela radiação UVB (4,14J/cm2). Os animais foram tratados topicamente, na parte dorsal, com 0,5g da formulação contendo 0,5% de PDTC, 12 h, 6 h e 5 min antes e 6 h após o início da irradiação e foram eutanasiados 12 h após o término da sessão. As amostras de pele foram coletadas e avaliadas por ensaios espectrofotométricos: FRAP, capacidade de sequestro do radical ABTS e níveis de GSH. Resultados: Os resultados foram analisados pelo GraphPad Prism® por análise de variância seguido de teste de comparações múltiplas de Bonferroni. A emulsão com PDTC preveniu a depleção da GSH em 60%. A capacidade antioxidante da pele mensurada pelos ensaios de FRAP e ABTS foi significativamente reduzida pela radiação UVB e o tratamento com PDTC foi capaz de restaurar esta redução em 77 e 84%, respectivamente. Discussão e conclusão: Os resultados demonstraram que o PDTC atenuou o estresse foto-oxidativo sugerindo a sua utilização para prevenção de patologias cutâneas causadas pela radiação UVB. Apoio Financeiro: UEL, CNPq, Fundação Araucária.

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09. Ditiocarbamato de pirrolidina inibe in vitro o processo de peroxidação lipídica e quelação de íon Fe2+. Carolina Bottura (1), Carla V Caviglione (1), Vinicius S Steffen (1), Ana LM Ivan (2), Marcela Z Campanini (2), Renata M Martinez (2), Danilo Pala (1), Alessandro W Domingues Junior (1), Georgia P Durante (1), Waldiceu A Verri Junior (3), Marcela Baracat (1), Sandra Georgetti (1), Rúbia Casagrande (1)*. (1) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná Brasil. (2) Pós-graduandas do Programa de Ciências da Saúde/Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. (3) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. *Autor para correspondência: Rubia Casagrande: Departamento de Ciências Farmacêuticas/Centro de Ciências da Saúde- Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60 – Vila Operária, CEP: 86039-440 – Londrina-PR. E-mail: [email protected] Introdução: Uma grande quantidade de radicais livres pode levar a uma incontrolável reação em cadeia de peroxidação lipídica (LPO) resultando no aparecimento de patologias. A LPO pode ser suprimida por inativação de enzimas envolvidas na formação de EROs e/ou por antioxidantes que inibem o estágio inicial e/ou aceleram o estágio final. Os produtos da peroxidação lipídica são citotóxicos e pró-inflamatórios. O ditiocarbamato de pirrolidina (PDTC), um composto sintético, estável é conhecido por exercer efeito antioxidante devido ao seu grupo tiol, que neutraliza radicais livres. Objetivos: Determinar a atividade antilipoperoxidativa dependente e independente de Fe2+ e a atividade queladora do íon ferro do PDTC. Material e Métodos: Para avaliar a ação do PDTC no processo de peroxidação lipídica utilizou-se duas metodologias in vitro: 1) induzida por Fe2+ medida pela diminuição da formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, consideradas produtos finais da reação em cadeia de lipoperoxidação e; 2) independente de Fe2+ medida pela diminuição da formação de hidroperóxido lipídico um produto primário da peroxidação lipídica. Ainda foi analisada a atividade queladora do íon ferro do PDTC utilizando a batofenentrolina (BPS), um forte quelador, formando um complexo colorido quando ligada a este íon. Resultados: A concentração de PDTC que inibe o processo oxidativo em 50% (IC50) foi estimada pelo software GraphPad

Prism, utilizando uma curva hiperbólica. O PDTC inibiu de maneira concentração-dependente a peroxidação lipídica dependente, independente de ferro e quelação do íon metal, com IC50 de 1,08 µg/mL e atividade máxima em 25 μg/mL (aproximadamente 97%), 3,77 μg/mL com atividade máxima de 25 μg/mL (aproximadamente 95%), e 35,32 μg/mL com atividade máxima de 250 μg/mL (aproximadamente 97%), respectivamente. Discussão e Conclusão: Os resultados demonstraram que o PDTC inibiu etapas da cadeia de lipoperoxidação, sugerindo sua ação benéfica em processos patológicos que envolvem a produção de radicais lipídicos. Apoio Financeiro: UEL, CNPq, Fundação Araucária.

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10. Formulação tópica contendo PDTC previne a inflamação cutânea induzida por radiação UVB em camundongos sem pêlo. Vinicius S Steffen (1), Ana LM Ivan (2), Marcela Z Campanini (2), Renata M Martinez (2), Carla V Caviglione (1), Carolina Bottura (1), Danilo Pala (1), Alessandro W Domingues Junior (1), Georgia P Durante (1), Waldiceu A Verri Junior (3), Marcela Baracat (1), Sandra Georgetti (1), Rúbia Casagrande (1)*. (1) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná Brasil. (2) Pós-graduandas do Programa de Ciências da Saúde/Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. (3) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Parana, Brasil. *Autor para correspondência: Rubia Casagrande: Departamento de Ciências Farmacêuticas/Centro de Ciências da Saúde- Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60 – Vila Operária, CEP: 86039-440 – Londrina-PR. E-mail: [email protected] Introdução: A pele é constantemente exposta a agentes agressores e um desses agentes é a radiação ultravioleta (UV). A exposição a essa radiação pode causar eritema, fotocarcinogênese, edema, inflamação e envelhecimento precoce. O uso de antioxidantes como o ditiocarbamato de pirrolidina (PDTC) pode ser uma estratégia para a prevenção dos danos inflamatórios e fotoxidativos. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo avaliar a ação de uma formulação tópica contendo PDTC contra os danos inflamatórios causados pela exposição à radiação UVB. Material e Métodos: A inflamação foi induzida em camundongos sem pêlo (CEEA 85/10, sob no. de processo 33631.2010.82) pela radiação UVB (4,14J/cm2). Os animais foram tratados topicamente, na parte dorsal, com 0,5g de uma formulação contendo 0,5% de PDTC, 12 h, 6 h e 5 min antes e 6 h após o início da irradiação e foram eutanasiados 12 h após o término da sessão. O edema foi medido por meio da diferença de peso da pele entre os grupos controle irradiado e tratado. A migração de leucócitos foi avaliada utilizando o teste espectrofotométrico da mieloperoxidase. A dosagem da atividade da Metaloproteinase-9 (MMP-9) foi feita por zimografia em gel de poliacrilamida com dodecil sulfato de sódio (SDS). Resultados: A emulsão contendo PDTC reduziu o edema (90%), a migração leucocitária (70%) e atividade da MMP-9 (52%) induzidos pela radiação UVB. Discussão e Conclusão: Todos os resultados confirmaram que a formulação contendo PDTC atenua a inflamação aguda induzida pela radiação UVB. Sendo assim, esse estudo sugere que formulações tópicas contendo PDTC podem ser consideradas como possível tratamento para a foto-inflamação da pele. Estudos pré-clínicos e clínicos se fazem necessários. Apoio Financeiro: Universidade Estadual de Londrina, CNPq, Fundação Araucária.

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11. Métodos de terapia de substituição renal na unidade de terapia intensiva. Vilma de Almeida (1)*. (1) Fundação Herminio Ometto-Uniararas *Autor para correspondência: Vilma de Almeida: Rua dos papagaios, 26 Rolândia – PR. E-mail: [email protected] Introdução: Cerca de 36% da lesão renal aguda está presente nos pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva, e está associada a maior tempo de internação hospitalar e morbidade (BAGSHAM et al.,2008). Um estudo multicêntrico em pacientes críticos mostrou que 47,5% dos pacientes que desenvolveram a lesão renal aguda estavam associadas a choque séptico. Destes, 4,2% (2/3) dos pacientes com LRA necessitaram de terapia de substituição renal, e em 80% dos casos, os pacientes foram tratados com terapia de substituição renal contínua (UCHINO et al.,2005). Na unidade de terapia intensiva, os métodos dialíticos tornam-se mais complexo devido à singularidade clínicas dos pacientes, que agudamente apresentam alterações renais. Objetivo: Descrever os métodos de terapia de substituição renal possíveis de serem utilizados nas unidades de terapia intensiva. Material e Métodos: O presente trabalho é uma revisão bibliográfica não-estruturada, onde foram considerados os materiais existentes e pertinentes ao tema em estudo. A fonte destes dados foi constituída considerando publicações consagradas (livros/textos) e artigos de periódicos específicos sobre o tema em língua inglesa e portuguesa, disponíveis em versão completa nas seguintes bases de dados: PUBMED, SCIELO, LILACS, e demais fontes existentes e pertinentes ao tema em estudo, compreendidos no período de 1980 e 2014. Os termos utilizados para pesquisa foram: “métodos de terapia de substituição renal”, “terapia de substituição renal contínua”, “lesão renal aguda”. Estes materiais foram apreciados por meio de leitura analítica e de síntese, classificando-os de acordo com categorias temáticas. Resultados: Foram encontrados 200 artigos nas bases pesquisadas, sendo reservados 80 para análise e selecionados 24 para o estudo. As revistas em que mais se encontrou publicações foram Critical Care, Chest e NDT – Nephrology Dialysis and Transplantation, entre os anos de 2002 a 2012. A diálise acontece por transporte de solutos e por meio de dois mecanismos diferentes: a difusão e a ultrafiltração. A água, que é o solvente, passa pela membrana por meio do processo de ultrafiltração (DAUGIRDAS, 2008). Novos procedimentos de substituição renal extracorpórea são chamados genericamente de Terapia Contínua de Substituição Renal, seguindo a tendência mundial que tem utilizado o termo “Continuous Renal Replacement Therapy” (CRRT) (YU; GALVÃO; BURMAN,1996). Os métodos hemodialítico contínuos estão sendo empregados no tratamento da Lesão Renal Aguda, nas unidades de terapia intensiva (YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). Hemofiltração Arteriovenosa Contínua (CAVH), técnica em que o circuito extracorpóreo começa em uma artéria e termina em uma veia (YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). O sangue passa através de um filtro impulsionando pela própria pressão arterial do paciente (COSTA; NETO; VIEIRA, 1998). Hemofiltração Veno-Venosa

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Contínua (CVVH), técnica semelhante á anterior com a diferença que o circuito inicia-se e termina em uma veia (YU; GALVAO; BURMAN, 1996), havendo necessidade de bomba-rolete para a circulação do sangue (RIELLA, 2010; YU; GALVAO; BURMAN,1996; COSTA; NETO; VIEIRA,1998). É necessária a reposição de fluido (RIELLA, 2010). Hemodiafiltraçao Veno-Venosa Contínua (CVVHDF), técnica em que o circuito é modificado, a passagem de dialisato contracorrente no compartimento apropriado do hemofiltro. Bomba de sangue e solução de reposição (YU; GALVAO; BURMAN, 1996). Ultrafiltração Lenta Contínua (SCUF) é uma forma de CAVH ou CVVH sem o uso de solução de reposição (RIELLA,2010; YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). O volume ultrafiltrado pode ser espontâneo ou controlado através do uso de uma bomba rolete acoplada a linha de drenagem do ultrafiltrado (YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). Hemodiálise arteriovenosa Contínua (CAVHD) é semelhante à CAVHDF, porém, utilizam-se membranas de baixa permeabilidade, como o cuprofane, o que determinará um baixo volume de ultrafiltração (YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). Hemodiálise Veno-Venosa Contínua (CVVHD), é um procedimento semelhante á CAVHD, com a diferença do acesso vascular, que neste caso é venoso, determinado a necessidade de se utilizar uma bomba de sangue (YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). Hemodiálise Intermitente (HDI), é geralmente constituída por sessões de 4 horas diárias ou em dias alternadoS (COSTA; NETO; VIEIRA, 1998). Hemodiálise lenta sustentada (SLED) é uma técnica híbrida (Slow Low Effcient Daily Dialysis) foi descrita por (VAN; LAMEIRE,2003). Este autor usou uma velocidade de bomba de sangue maior e a duração das sessões dialíticas foi igualmente maior (MARCELINO et al.,2006); (Kumar et al., 2000). Alternativa muito utilizada para o tratamento da IRA em UTI (RIELLA, 2010). Diálise peritoneal (DP) método simples e de baixo custo, não causa instabilidade hemodinâmica (YU; GALVÃO; BURMAN, 1996). Sendo necessário um cateter semirrígido ou de Tenckhoff com caff único no peritônio (COSTA; NETO; VIEIRA,1998). Diálise peritoneal intermitente (DPI) é um processo de tratamento para a insuficiência renal aguda e crônica, que utiliza a membrana dialisadora (CARVALHO; MELO; ANDRAUS, 2006). Diálise peritoneal com equilíbrio contínuo (DPEC), uma versão modificada de diálise peritoneal ambulatorial Contínua. Este procedimento envolve uma troca manual padrão a cada 3 a 6 horas. (DAUGIRDAS, 2008). Discussão e Conclusão: O método de substituição renal mais utilizado na UTI é a diálise Contínua e estendida, tem se demonstrado eficiente no controle metabólico e hídrico conseguindo manter o estado hemodinâmico do paciente. Recentemente esta terapia tem aumentado sua frequência de forma considerável na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos pacientes com Injúria Renal Aguda (IRA), por ser mais tolerante e eficaz com um melhor controle metabólico.

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12. Lesão renal aguda em pacientes críticos: revisão. Josiane Crosatti (1)*; Bianca Regina Guarino Polins (2); Daniel Goulart Khouri(3).

*Autor para correspondência: Josiane Crosatti: Rua Presidente Castelo Branco, 226. CEP: 86600-192, Rolândia-PR, e-mail: [email protected] Introdução: Lesão renal aguda é patologia frequente em pacientes críticos. Com novos critérios de classificação RIFLE e AKIN elaborados a partir de consensos desde 2004 observou-se incidência de 36% na admissão na unidade de terapia intensiva e incidência de 67% durante a internação em diferentes estudos multicêntricos. O tempo de internação na UTI e no hospital para pacientes com lesão renal aguda é maior, assim como a mortalidade na UTI e hospitalar, que chega a 60% em alguns estudos. Dentre os fatores de risco para desenvolvimento de lesão renal aguda na UTI estão idade acima de 65 anos, sepse, doença hepática, presença de múltiplas co-morbidades, internação clínica e gênero feminino. Outros fatores de risco descritos são cirurgia cardíaca, diabetes, rabdomiólise, infusão endovenosa de contraste radiológico e algumas medicações como antimicrobianos. Objetivo: revisar os critérios para definição de Lesão Renal Aguda, sua incidência, mortalidade, prevenção e tratamento. Material e Métodos: Será realizado um estudo baseado na revisão de literatura não estruturada conduzida nas bases de dados PUBMED, SCIELO e demais fontes existentes e pertinentes ao tema em estudo, como livros da biblioteca da Uniararas sobre lesão renal aguda. Resultados: Encontrou-se com a busca bibliográfica 401 artigos sobre Lesão Renal Aguda em pacientes críticos. Destes, 63 foram considerados potencialmente relevantes e foram analisados. As revistas em que mais se encontrou publicações foram Critical Care, Chest e NDT – Nephrology Dialysis and Transplantation, entre os anos de 2002 a 2012. Discussão e Conclusão: Lesão renal aguda é frequente causa de morbidade e mortalidade em pacientes críticos, sendo responsável ainda por aumento dos custos hospitalares com materiais e pessoal. As novas definições de lesão renal aguda (RIFLE; AKIN) proporcionaram identificação precoce dos pacientes em risco, o que causou aumento da incidência de lesão renal aguda nos estudos com pacientes críticos, mas também permitiu prevenção e tratamento mais rápido.

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13. Frequency of autoimmune diseases and autoantibodies in patients with neuromyelitis optica. Wildéa LCJ Pereira (1)*, Ana P Kallaur (1), Sayonara R Oliveira (1), Andréa NC Simão (1), Lucas JV Schiavão (1), Paula RVP Rodrigues (1), Francieli Delongui(1), Daniele F Alfieri (1), Edna MV Reiche (1), Damácio R Kaimen-Maciel (1). (1) Universidade Estadual de Londrina *Autor para correspondência: Wildéa LCJ Pereira: Av. Robert Koch, 60. E-mail: [email protected] Background: Neuromyelitis optica (NMO) is an inflammatory disease of the central nervous system that predominantly affects the optic nerves and the spinal cord. NMO is associated with antibodies that target aquaporin-4 (AQP4), the presence of other autoimmune disorders, and multiple other autoantibodies. Objective: The aim of this study was to investigate the frequency of autoimmune diseases and the seropositivity for autoantibodies in patients with NMO from Southern Brazilian population. Material and Methods: Twenty two patients with NMO diagnosed according to the 2006 revised diagnostic criteria were included. Demographic and clinical data were obtained using a standard questionnaire and from medical records. The disability was evaluated using the Expanded Disability Status Scale (EDSS). All patients were treated with prednisone in combination with other immunosuppressive drugs (azathioprine or mycophenolato mofetil). The patients were divided in two groups: 13 patients treated with 10 mg/day of prednisone (group 1), and 9 patients treated with >10 mg/day of prednisone (group 2). The results of autoantibodies detected from peripheral blood samples of the NMO patients evaluated were anti-AQP4, thyroid-stimulating hormone (TSH) receptor antibodies (TRAb), antinuclear antibodies (ANA), antithyroid peroxidase antibodies (anti-TPO), antitireoglobulin antibodies (anti-Tg), and antibodies to double stranded DNA (anti-dsDNA). Results: The NMO patients did not differ in age, sex, ethnicity, body mass index, and corticosteroids therapy (p>0.05). The median age of disease onset and median disease duration were higher among the group 1 than group 2 (48.5 vs 37.0 years; p=0.0482; 7.0 vs 2 years, p=0.0240, respectively). No difference was observed in the EDSS of patients (p>0.05). The seropositivity for anti-AQP4 was 69.23% (n=9) in group 1 and 33.33% in group 2 (n=3). Although the patients presented other autoimmune conditions, such as systemic lupus erythematosus (n=1), systemic sclerosis (n=1 ), juvenile rheumatoid arthritis (n=1), hypothyroidism (n=2), hyperthyroidism (n=1), and Raynaud’s phenomenon (n=1), differences were not found in the serum levels of anti-AQP4, TRAb, ANA, anti-TPO, and anti-Tg antibodies (p>0.05) and all of them were negative for anti-dsDNA antibodies. Discussion and Conclusion: The results underscored that the NMO patients present a controversial clinical and laboratorial characteristics.

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14. Treinamento com pesos melhora a inflamação e a capacidade antioxidante em idosas. Luiza Sienna Silva (1)*, Ana Gabriela da Silva Bonacini (1), Edilson Serpeloni Cyrino (2), Danielle Venturini (1) (1) Centro de Ciências da Saúde (CCS), Universidade Estadual de Londrina. (2) Centro de Educação Física (CEFE), Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Luiza Sienna Silva. E-mail: [email protected] Introdução: O envelhecimento é um processo inevitável, de caráter universal e multifatorial. Mudanças fisiológicas alteram a composição corporal, que podem levar a perda de massa muscular, aumento de tecido adiposo, declínio da função cardíaca, susceptibilidade a doenças cardiovasculares, dentre outros. Acredita-se que o estresse oxidativo e a inflamação estejam diretamente relacionados com essas mudanças. O exercício físico regular na terceira idade, quando praticado de forma correta, gera um aumento da expectativa de vida, pois influencia no desenvolvimento de doenças crônicas e atua no bem-estar e na saúde dessa população. Objetivo: Avaliar a influência de exercício físico na inflamação e capacidade antioxidante de idosas. Material e Métodos: Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Estadual de Londrina (Protocolo 5231). Participaram desse estudo vinte e oito mulheres idosas e não-treinadas (idade 67,85±8,5 anos) selecionadas na área metropolitana do município de Londrina/PR. As participantes realizaram treinamento com pesos três vezes por semana sendo avaliadas durante doze semanas, em dois momentos (antes do início do experimento e após 12 semanas de intervenção), por meio de medidas de força muscular, antropometria, composição corporal e dosagens bioquímicas. O programa de treinamento consistiu da execução de uma série de 10 a 15 repetições em oito exercícios, na seguinte ordem: supino vertical, mesa extensora, remada sentada, mesa flexora, tríceps no pulley, legpress 45º, rosca simultânea e panturrilha sentado. A determinação da proteína C-reativa (PCR) foi realizada pelo método espectrofotométrico no equipamento Dimension (Siemens), utilizando kits Siemens. Já para a avaliação do estresse oxidativo foi medida a capacidade antioxidante total plasmática (TRAP), avaliada por quimiluminescência (QL). Para a análise estatística utilizou-se o programa Graph Pad Instat e os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. Resultados: Após o período de treinamento, as idosas apresentaram diminuição significativa de PCR (p<0.01) e aumento significativo do TRAP (p<0.05). Adicionalmente, os níveis séricos de PCR foram negativamente correlacionados com os níveis plasmáticos de TRAP (r: - 0,5358, p = 0,0084). Conclusão: Após 12 semanas de treinamento com pesos, houve uma melhora significativa da inflamação e da capacidade antioxidante das idosas. Novos estudos deverão ser conduzidos para avaliar o impacto desses achados na melhora da expectativa de vida nesta população. Apoio Financeiro: CNPq.

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15. Avaliação in vivo do efeito antinociceptivo e anti-inflamatório da boldina. Simone Bortolan (1)*, Bárbara Santos (1), Cássia Campos (2), Ieda Scarminio (3), Sabrina Afonso (3), Waldiceu A Verri Jr (2), Estefânia G Moreira (1). (1) Departamento de Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual de Londrina (2) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina (3) Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina *Autor para correspondência: Simone Bortolan: Depto Ciências Fisiológicas, CCB, UEL, e-mail: [email protected]

Introdução: Grande parte dos medicamentos disponíveis no mercado originou-se de produtos naturais, especialmente de plantas. A boldina é um alcaloide obtido de vegetais conhecidos popularmente como boldo. Espécies como Vernonia condensata e o Peumus boldus geralmente apresentam essa substância em sua composição. Há na literatura pouca descrição de seus efeitos farmacológicos, dentre os quais se observa ação hepatoprotetora, colagoga, anti-oxidante e anti-inflamatória. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo verificar a atividade analgésica e anti-inflamatória da boldina (Sigma®). Material e Métodos: Projeto aprovado pelo CEUA- UEL (07863). Foram utilizados camundongos Swiss machos (20-25g) previamente tratados (30 min, via oral) com a boldina (40 mg/kg) ou água (grupo controle). Os animais (n=6) foram avaliados quanto a manifestação de dor espontânea nos testes de contorções abdominais induzidas por administração intraperitonial de ácido acético (0,8%) ou fenil-p-benzoquinona (PBQ) (1890µg/kg). Foram também realizados os testes de hiperalgesia mecânica (Von Frey) e térmica (placa quente) e avaliação do edema de pata e, para estas avaliações, os animais receberam 30 min após a administração da boldina ou salina, injeção intraplantar de carragenina (300µg/pata). Nos tempos de 1, 3 e 5 h após o estímulo doloroso as avaliações foram conduzidas. Resultados: A boldina reduziu o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético em 52% e pelo PBQ em 72% quando comparada ao veículo (ANOVA e Tukey p<0,05). Ainda mais, a boldina reduziu em 71% a intensidade da hiperalgesia mecânica e o edema na pata em 50% em relação ao grupo veículo (ANOVA complementada com Tukey p<0,05). A boldina não influenciou de maneira estatisticamente significativa a hiperalgesia térmica induzida pela carragenina. Discussão e Conclusão: Os resultados sugerem que a boldina possui atividade antinociceptiva e anti-inflamatória o que justifica seu potencial uso como substância para produção de medicamentos analgésicos. Porém, ainda se faz necessário aprofundar a investigação a respeito dos mecanismos envolvidos nesse processo antinociceptivo bem como em seu efeito anti-inflamatório. Apoio Financeiro: CAPES.

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16. Avaliação do potencial antinociceptivo do flavonoide Trans-chalcona em modelo de dor induzida pelo ânion superóxido. Leticia Coelho-Silva (1)*, Marília M Manchope (1), Ana C Zarpelon (1), Cássia Calixto-Campos (1), Waldiceu A Verri Jr (1). (1) Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Leticia Coelho-Silva: UEL, Rod. Celso Garcia Cid, PR 445, Km 380, Caixa Postal 6001, Londrina, Paraná 86051-970, Brasil. E-mail: [email protected] Introdução: A inflamação é uma resposta complexa do organismo, que tem como objetivo proteger e evitar a injúria tecidual. Durante este processo há a produção de mediadores inflamatórios e espécies reativas de oxigênio, como o ânion superóxido. Este, quando em excesso, apresenta grande potencial lesivo ao próprio organismo, intensificando o processo inflamatório. Recentemente, o interesse em estudar os flavonoides, tem aumentado, pois estes compostos apresentam propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes com a vantagem de não induzirem tantos efeitos tóxicos e reduzirem os efeitos colaterais. A trans-chalcona é um flavonoide pertencente à classe das chalconas, sendo que alguns trabalhos têm demonstrado seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, principalmente in vitro. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento com a trans-chalcona em modelos de dor manifesta, hiperalgesia mecânica e térmica, e na migração de neutrófilos para a pata, induzidas por um doador de ânion superóxido (KO2). Material e Métodos: Foram utilizados 6 camundongos Swiss machos, por grupo, pesando entre 20-25 g, CEUA-UEL 13366.2013.71. O pré-tratamento com a trans-Chalcona (3, 10, 30 e 100 mg/kg) foi realizado por via oral 1 hora antes do estímulo com KO2 (intra peritoneal [i.p.] ou intraplantar [i.pl.]). A injeção de KO2 i.p. (1mg/animal) foi administrada para avaliar a quantidade de contorções abdominais no tempo total de 20 minutos. A injeção de KO2 (30 µg/ipl) foi administrada para avaliar a quantidade de flinches e o tempo de lambida durante 30 minutos, e nos testes de hiperalgesia mecânica e térmica nos tempos 0,5; 1; 3; 5 e 7 horas. Após a 7ª hora foi realizada a coleta do tecido subcutâneo plantar para avaliação indireta da migração de neutrófilos pelo ensaio da mieloperoxidase (MPO). A análise estatística foi realizada através de One-way ANOVA seguido do teste de Tukey, p<0,05. Resultados: Os experimentos de dose-resposta possibilitaram a escolha da dose de 30 mg/kg v.o. para os próximos experimentos. Esta dose foi capaz de reduzir as contorções abdominais em 88%, 52% da quantidade de flinches e 78% do tempo de lambida. Além disso, houve uma diminuição na hiperalgesia mecânica nos tempos, 05; 1; 3; 5 e 7 horas de 56, 68, 70, 84 e 91% respectivamente e na hiperalgesia térmica de 73, 81, 63, 100 e 74%. No ensaio de MPO houve uma redução de 61%. Discussão e Conclusão: Estes resultados sugerem que a trans-chalcona apresenta um potencial analgésico e anti-inflamatório em processos inflamatórios que envolvam a participação de espécies reativas de oxigênio, podendo ser uma nova abordagem farmacológica para a dor inflamatória.

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Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, Fundo de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão (FAEPE) - UEL , MCTI, SETI, Fundação Araucária e Governo do Estado do Paraná.

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17. Avaliação do polimorfismo genético CCR5Δ32 (rs333) em mulheres brasileiras com lúpus eritematoso sistêmico: associação com suscetibilidade, características clínicas e laboratoriais. Thiago HL Baltus (1), Francieli Delongui (1), Ana P Kallaur (1), Daniela F Alfieri (1), Sayonara R Oliveira (1), Tamires Flauzino (1), Jorge PS de Almeida (1), Lucas S Liberatti (1), Marcell AB Lozovoy (2), Helena K Morimoto (2), Elaine RD de Almeida (2), Andréa NC Simão (2), Edna MV Reiche (2)*.

(1) Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; (2) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. *Autor para correspondência: Edna Maria Vissoci Reiche, Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas. Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. Av. Robert Koch, 60, CEP 86.038-440, Londrina, Paraná, Brasil. Fone/FAX número: + 55-43-3371-2619. E-mail: [email protected] Introdução: O papel do polimorfismo CCR5Δ32 (rs333) na patogênese do lúpus eritematoso sistêmico (LES), avaliado mundialmente, é contraditória. Objetivo: O objetivo desse estudo foi determinar a associação entre o polimorfismo CCR5Δ32 com a suscetibilidade ao LES em mulheres sul brasileiras. Material e Métodos: Foram inseridas 120 pacientes do sexo feminino e 132 controles saudáveis do mesmo sexo. A atividade do LES foi determinada usando o escore SLEDAI e o polimorfismo CCR5Δ32 foi determinado usando a reação em cadeia da polimerase. Resultados: Entre as pacientes, 79 (65,8%) eram caucasianas, e 41 (34,2%) eram não caucasianas com características clínicas e laboratoriais similares. As frequências dos alelos CCR5 e CCR5Δ32 foram 0,9208 e 0,0792 entre as pacientes e 0,9810 e 0,0190 entre os controles, respectivamente (p=0,0015). Pacientes portadoras do genótipo CCR5/CCR5Δ32 ou do alelo CCR5Δ32 apresentaram chance 4,77 maior e 4,45 maior, respectivamente, para o desenvolvimento de LES. Pacientes caucasianas portadoras do genótipo CCR5/CCR5Δ32 apresentaram menor idade de início da doença (p=0,0276), maior freqüência de indivíduos com títulos de anti-DNAds ≥ 1:10 (p=0,0025), e maiores níveis de leucócitos (p=0,0471) comparadas àquelas portadoras do genótipo selvagem. Discussão e Conclusão: Os resultados sugerem que o polimorfismo CCR5Δ32 parece estar associado com a suscetibilidade ao LES e pode ser um marcador genético relacionado ao curso clínico da doença em pacientes mulheres caucasianas brasileiras. Apoio Financeiro: CAPES, Fundação Araucária.

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18. Associação entre aptidão cardiorrespiratória e fatores de risco em adolescentes. André O Werneck (1), João P Nunes (1), Danilo RP Silva (1), David Ohara (1), Crisieli MT Cogo (1), Danielle Venturini (2), Décio S Barbosa (2), Enio RV Ronque (1), Edilson S Cyrino (1). (1) Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Londrina. (2) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: André O Werneck: Rua Delaine Negro, 90, Apto 317, Bloco D, Alto da Colina, Londrina – PR. E-mail: [email protected], Introdução: Com as modificações no estilo de vida de crianças e adolescentes, alguns problemas de saúde que antes acometiam apenas adultos têm sido observados também em jovens. Todavia, os principais caminhos que levam os aspectos comportamentais causarem patologias específicas nessa faixa etária não estão bem estabelecidos, sendo que uma das hipóteses é que a aptidão cardiorrespiratória tem um papel central nessa relação. Objetivo: Verificar a associação entre níveis de aptidão cardiorrespiratória e fatores de risco em adolescentes de Londrina/PR. Material e Métodos: A amostra foi composta por 974 adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre 10 e 16 anos, regularmente matriculados em escolas públicas do município de Londrina/PR. A aptidão cardiorrespiratória foi estimada por meio do teste shuttlerun de 20 metros. De acordo com o desempenho no teste, o consumo pico de oxigênio (VO2pico) foi calculado, em ml/kg/min, pela equação sugerida por Léger et al. (1988). Os critérios de saúde propostos pelo Fitnessgram (2012) foram adotados para classificação da aptidão cardiorrespiratória. Para determinação das variáveis sanguíneas, 14 mL de sangue venoso, respeitando jejum de 12 horas, foram coletados e analisados em um sistema auto-analisador bioquímico Dimension RxL Max – Siemens Dade-Behring. Os indicadores glicêmicos e lipídicos foram categorizados com base nos valores propostos pela Federação Internacional de Diabetes e pela III Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O teste de Qui-quadrado foi utilizado para a análise das informações (p<0,05). Resultados: Foram observadas associações da aptidão cardiorrespiratória com HDL e triglicerídeos, onde maiores alterações nos indicadores lipídicos foram observadas nos adolescentes com baixa aptidão cardiorrespiratória (HDL: 19,5% vs 10,3%; TRIG: 3,9% vs 0,7%; p < 0,01). Já com relação à glicemia (p = 0,241), colesterol total (p = 0,836) e colesterol LDL (p = 0,510), não houve associações significativas. Conclusão: A aptidão cardiorrespiratória está associada ao colesterol HDL e triglicérides em adolescentes. Apoio Financeiro: CNPq (Processo: 483867/2009-8).

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19. Verificação da potencialização da ação antioxidante de drogas antiparkinsonianas com Trolox® ou Coenzima Q10. Luciana Higachi (1)*, Kamila L. Bonifácio (2), Carine C. Farias (2), Andressa K. Matsumoto (3), Alissana E.I. Camargo (2), Ana Paula Michelin (1), Laura O. Semeao (1), Renata M. Martinez (2), Rúbia Casagrande (4), Décio S. Barbosa (1). (1) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Estadual de Londrina. (2) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. (3) Departamento de Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual de Londrina. (4) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Luciana Higachi: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Paraná. E-mail: [email protected] Introdução: A Coenzima Q10 (CoQ10) é uma substância lipossolúvel produzida endogenamente e que também pode ser obtida na dieta. A forma reduzida de CoQ10 é capaz de remover radicais livres bem como o alfa-tocoferol (que é um tipo de vitamina E) e estas moléculas têm sido assunto de interesse em algumas investigações na doença de Parkinson (DP). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar uma possível potencialização do efeito antioxidante dos medicamentos frequentemente utilizados na terapia da DP, por uma suposta

ação sinérgica, quando associados ao Trolox que é uma vitamina E hidrossolúvel ou a CoQ10. Material e Métodos: A metodologia do burst respiratório baseia-se no monitoramento da oxidação do luminol pelas espécies reativas de oxigênio produzidas pelos neutrófilos após estímulo com acetato de forbol miristato (PMA). Pramipexol e selegilina foram analisados individualmente e em associação com Trolox®. Biperideno e amantadina além da análise isolada foram depois associados à coenzima Q10. Para avaliar se os dados apresentavam distribuição normal e homogeneidade, foram aplicados os testes de Kolmogorov-Smirnov e Bartlett respectivamente. Em função destes dados não se apresentarem desta forma, a análise estatística foi realizada utilizando o teste de Kruskal-Wallis complementado pelo teste de Dunn. Resultados: Na concentração analisada o Trolox® não apresentou ação antioxidante significativa em relação ao controle, enquanto que essa atividade pôde ser demostrada pelo pramipexol, selegilina, biperideno e CoQ10. Não houve diferença estatística nas análises quando comparados pramipexol e selegilina, isolados, em relação a associação com Trolox. Entretanto, esta, mostrou-se significante em relação ao controle. A associação da CoQ10 com amantadina e biperideno aumentou a atividade antioxidante desses medicamentos. Discussão e Conclusão: A associação de CoQ10 com amantadina e biperideno parece ter uma ação antioxidante promissora. Essa evidência sugere que a associação com a CoQ10 pode ser uma alternativa na terapia antiparkinsoniana. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e Fundação Araucária

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20. Determinação da atividade de enzimas eritrocitárias em pacientes com a doença de Parkinson. Carine C. Farias (1)*, Kamila L. Bonifácio (1), Francis F. Brinholi (1), Andressa K. Matsumoto (2), Luciana Higachi (3), Paulo V. Anizelli (3), Matheus A. Nascimento (4) Lúcio B. de Melo (5), Estefânia G. Moreira (2), Décio S. Barbosa (3). (1) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. (2) Departamento de Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual de Londrina. (3) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Estadual de Londrina. (4) Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Londrina. (5) Departamento de Clínica Médica, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Carine C. Farias: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. Email: [email protected] Introdução: Na doença de Parkinson (DP), há destruição de neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta ocasionando comprometimento motor e o estresse oxidativo (EO) desempenha papel importante neste processo. Estes neurônios são vulneráveis aos radicais livres devido à presença da dopamina, alta concentração de ferro e diminuição da capacidade antioxidante favorecendo a neurodegeneração. Objetivo: avaliar marcadores de EO através da atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) em eritrócitos de pacientes com e sem DP. Material e Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina, sob parecer Nº 222/2011. Foram coletadas amostras de sangue de 56 pacientes com DP que estavam entre as fases 1 a 3 da escala de Hoehn and Yahr do ambulatório de Neurologia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina. O grupo controle foi composto por 56 indivíduos isentos de doenças graves de diversas regiões de Londrina. A CAT foi avaliada pela medida do decaimento na concentração de H2O2 e geração de oxigênio. A atividade da SOD foi determinada usando o método do pirogalol avaliada por espectrofotometria. A análise estatística dos resultados obtidos foi realizada utilizando-se o teste de Mann-Whitney e os dados foram apresentados sob forma de mediana, valores mínimos e máximos. A análise estatística foi feita no software GraphPad Instat 3. Resultados: Pacientes com DP apresentaram diminuição na atividade da CAT (U/mgHb), controle 6,63 (3,07 - 12,40), DP 5,33 (2,33 - 10,80) (p= 0,0025) e aumento na atividade da SOD (U/mgHb), controle 3,23 (2,04 - 8,21) e DP 4,19 (2,06 - 9,87) (p= 0,0003). Discussão e Conclusão: A CAT decompõe peróxido de hidrogênio (H2O2) em água e oxigênio. No entanto o aumento na produção de radicais livres leva a um aumento de H2O2 e consequentemente um consumo dessa enzima. A diminuição nas defesas antioxidantes sob essas condições

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favorece efeitos nocivos dos radicais livres. O aumento na atividade enzimática da SOD provavelmente expressou uma tentativa do organismo em restabelecer o equilíbrio redox. Os resultados sugerem que pacientes com DP estejam sob estresse oxidativo. Apoio Financeiro: CAPES.

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21. Efeito do treinamento com pesos na pressão arterial de repouso em mulheres idosas destreinadas. Durcelina Schiavoni (1)*, Erick HP Eches (2), Crisieli M Tomeleri (1), Alex S Ribeiro (3), Fábio LC Pina (3), Matheus A Nascimento (3), Edilson S Cyrino (4). (1) Doutoranda Programa Pós-Graduação em Ciências da Saúde – CCS/UEL (2) Mestrando Programa Pós-Graduação em Educação Física – UEL/UEM (3) Doutorando Programa Pós-Graduação em Educação Física – UEL/UEM (4) Programa Pós-Graduação em Ciência da Saúde – CCS/UEL; Programa de Pós Graduação Associado em Educação Física – UEL/UEM. *Autor para correspondência: Durcelina Schiavoni: Rua Otaviano dos Santos 621. Francisco Beltrão. E-mail: [email protected] Introdução: A utilização do treinamento com pesos (TP) é disseminada em populações mais idosas, uma vez que tem se mostrado uma eficiente e segura forma de condicionamento físico para esta população. Entre os efeitos mais importantes, destacam-se o fortalecimento da massa óssea, o aumento da força da resistência e da massa muscular e a redução da gordura corporal. Sabe-se ainda que o TP é uma importante estratégia de tratamento não medicamentoso para a redução da Pressão Arterial (PA) em idosos sedentários, contudo, dados referentes a continuidade da redução ou manutenção da PA em pessoas destreinadas ainda são incipientes. Objetivos: Verificar o efeito do TP na PA de idosas destreinadas. Material e Métodos: O protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina na data de 23 de Agosto de 2012. Participaram do estudo 38 idosas (69,14±5,46 anos), que vinham de um período de destreino de doze semanas do TP. O programa consistiu de doze semanas de TP no método convencional, ao qual realizavam 10-15 repetições máximas com carga fixa. O TP foi realizado em uma frequência de duas ou três vezes por semana, com oito exercícios e um intervalo de dois minutos entre as séries e os exercícios. A PA Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD) foi verificada antes e após o programa de retreinamento na situação de repouso com auxílio de um medidor automático da PA (Omron HEM-7421NT), por um avaliador experiente, seguindo as recomendações. Para o tratamento dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk e o teste t de Sudent para dados pareados. Adotou-se um p<0,05. Resultados: Após análise dos dados, não foram identificadas diferenças significativas para a PAS (117±10; pós=117±11) (p=0,974) e PAD (67±6; pós=67±6) (p=0,492) de repouso após doze semanas de TP em idosas destreinadas. Discussão e Conclusão: Atualmente, alguns pesquisadores acreditam que TP promova a melhoria ou manutenção da PA de idosos, entretanto, a maioria dos estudos tem se limitado a analisar os resultados produzidos em períodos curtos de acompanhamento, sobretudo, em indivíduos não-treinados. Os dados deste estudo nos permitem inferir que a PA do período de destreino pode sofrer uma manutenção em seus valores no período de retreinamento, contudo, sem efeitos adicionais. Rakobowchuk et al (2005),

demonstraram um incremento significativo no

diâmetro médio da artéria braquial em repouso observado após seis semanas de TP e a partir daí, verificou-se estabilidade no decorrer das sete semanas

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subsequentes de treinamento. Com isso, podemos concluir que, não se verificou efeito hipotensor após doze semanas de retreinamento de TP em idosas destreinadas. Entretanto, evidências indicam que apesar dos principais benefícios hipotensores serem verificados em indivíduos sedentários, períodos adicionais de TP são necessários para manutenção destes benefícios.

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22. Avaliação de Biomarcadores Séricos de Peroxidação Lipídica em Portadores da Doença de Parkinson. Kamila L. Bonifácio (1)*, Carine C. Farias (1), Francis F. Brinholi (1), Vitor Y. Obara (1) Andressa K. Matsumoto (2), Luciana Higachi (3), Ana Paula Michelin (3), Lúcio B. de Melo (4), Estefânia G. Moreira (2), Décio S. Barbosa (3). (1) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina (UEL). (2) Departamento de Ciências Fisiológicas, UEL. (3) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, UEL. (4) Departamento de Clínica Médica, UEL. *Autor para correspondência: Kamila L. Bonifácio: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Paraná. E-mail: [email protected] Introdução: O estresse oxidativo (EO) pode provocar ou contribuir para uma variedade de distúrbios no sistema nervoso central, principalmente em doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP). O EO é gerado devido ao desequilíbrio entre a produção de substâncias pró-oxidantes (espécies reativas de oxigênio-EROs e de nitrogênio-ERNs) e antioxidantes proporcionando a geração de radicais livres potencialmente prejudiciais para as células. Objetivo: avaliar marcadores de EO através da dosagem dos níveis de hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e malondialdeído (MDA) no soro de pacientes com DP. Material e Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina, sob parecer Nº 222/2011. Foram coletadas amostras de sangue de 56 pacientes com DP que estavam entre as fases 1 a 3 da escala de Hoehn and Yahr do ambulatório de Neurologia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina. O grupo controle foi composto por 56 indivíduos de diversas regiões de Londrina isentos de doenças graves. A quantificação de LOOH foi determinada por quimiluminescência (QL-LOOH). A quantificação de MDA foi realizada através da complexação do MDA com a molécula do ácido tiobarbitúrico (TBA) utilizando para análise um sistema de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A análise estatística dos resultados obtidos foi realizada utilizando-se o teste de Mann-Whitney e foram apresentados sob forma de mediana, valores mínimos e máximos. A análise estatística foi feita no software GraphPad Instat 3. Resultados: Pacientes com DP apresentaram aumento nos níveis séricos de QL-LOOH (cpm), controle 9.760 (2.160 - 30.600) e DP 13.662 (1.293 - 47.958) (p= 0,0083) e nos níveis de MDA (μM/mg proteína), controle 167,49 (137,87 - 212,59), DP 207,97 (141,40 - 274,09) (p< 0,0001). Discussão e Conclusão: Os pacientes com DP apresentaram EO e tal condição pode ser evidenciada pelo aumento dos produtos primários da lipoperoxidação (LOOH) e dos produtos finais (MDA). Esses biomarcadores podem caracterizar um efeito sistêmico da DP, podendo contribuir no acompanhamento desta doença. Apoio Financeiro: CAPES.

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23. Avaliação da ação antioxidante de drogas antiparkinsonianas por meio de técnicas colorimétricas e de quimiluminescência. Andressa K. Matsumoto* (1), Kamila L. Bonifácio (2), Carine C. Farias (2), Vitor Y. Obara (3), Luciana Higachi (3), Paulo V. Anizelli (3), Geise Broto (3) Laura O. Semeao (3), Rúbia Casagrande (4) Décio S. Barbosa (3). (1) Departamento de Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual de Londrina. (2) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. (3) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Estadual de Londrina. (4) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Andressa K. Matsumoto: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Paraná. E-mail: [email protected] Introdução: O estresse oxidativo contribui no agravamento da doença de Parkinson (DP). O tratamento utilizado para DP, sob a ótica de ação antioxidante, tem sido investigado na tentativa de determinar uma possível atividade neuroprotetora. Objetivo: avaliar o potencial antioxidante in vitro de medicamentos utilizados no tratamento da DP, sendo eles: pramipexol, selegilina e amantadina. Material e Métodos: A atividade antioxidante foi avaliada pela técnica do burst respiratório, por quimiluminescência, e pelos métodos colorimétricos, capacidade doadora de átomos de hidrogênio ao radical 2,2-difenil-1-picrilidrazil (DPPH), atividade sequestradora dos radicais 2,2-azino-di-(3-ethilbenzothialozine-sulphonic acid (ABTS) e poder antioxidante redutor do ferro (FRAP). A análise estatística do burst respiratório foi realizada através do teste de Kruskal-Wallis complementado pelo teste de Dunn. A concentração de pramipexol, selegilina e amantadina que inibiu 50% do radical DPPH e ABTS+ foi considerada a concentração inibidora média (IC50). No FRAP os resultados obtidos com as drogas-teste foram comparados com uma curva Trolox®. As diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. Resultados: Pramipexol e selegilina demonstraram atividade antioxidante no burst respiratório, ABTS+ e FRAP. A amantadina não demonstrou efeito antioxidante em nenhum dos testes realizados. No burst respiratório controle (neutrófilos) apresentou mediana (cpm) de 87859 (76463-105561). Valores para o pramipexol, selegilina e amantadina foram, respectivamente 24364 (23208-26404), 57418 (53884-62901) e 78418 (74934-84717). No teste do ABTS+ o pramipexol demonstrou o IC50 em 0.002 mg/mL e a selegilina em 0.191 mg/mL. No FRAP o poder redutor do pramipexol (1mg/mL) foi de 11,8 μmol/L e a selegilina 8,9 μmol/L equivalente de trolox. No teste de DPPH nenhuma dos medicamentos apresentaram atividade antioxidante. Discussão e Conclusão: Pramipexol e selegilina apresentaram atividade antioxidante. Se estas drogas oferecem neuroproteção por mecanismos antioxidantes (além dos já conhecidos) e contribuem de forma eficaz em retardar a progressão da DP é uma questão em aberto, necessitando, portanto, de maiores estudos.

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24. Avaliação da atividade antinociceptiva do composto 7-β-hidroxi-ácido caurenóico. Sandra S. Mizokami (1), Daniela C. Medeiros (1), Thiago H. Hayashida (2), Rubia Casagrande (2), Sérgio R. Ambrósio (3), Nilton S. Arakawa (2), Waldiceu A. Verri Jr (1)*.

(1) Departamento de Ciências Patológicas - Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina. (2) Departamento de Ciências Farmacêuticas - Centro de Ciências de Saúde, Universidade Estadual de Londrina. (3) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade de Franca. *Autor para correspondência: Waldiceu A. Verri Jr: E-mail: [email protected] Introdução: A técnica de transformação microbiana de metabólitos secundários, na qual se promovem modificações estruturais com o intuito de produzir compostos biotransformados com melhor atividade biológica foi utilizado na obtenção do composto 7-β-hidroxi-ácido caurenóico (7-β), através da biotransformação fúngica do diterpeno ácido caurenóico. Objetivos: Considerando que o ácido caurenóico possui atividade analgésica e antinociceptiva, foi avaliado o efeito antinociceptivo do composto 7-β em modelos de dor manifesta, hiperalgesia mecânica e a participação de citocinas pró-inflamatórias como possível mecanismo de ação. Material e Métodos: Foram utilizados camundongos Swiss machos, pesando entre 20-25 g, provenientes do Biotério Central da Universidade Estadual de Londrina-UEL, com aprovação do Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEUA nº 37748.2011.09). Os camundongos foram tratados com o composto 7-β, por via oral, nas doses de 1, 3 e 10 mg/kg ou veiculo (2% DMSO em salina), 30 min. antes de receberem o estimulo nociceptivo (ácido acético, fenil-p-benzoquinona – PBQ, ou carragenina). O número de contorções abdominais induzido por ácido acético 0,8% e PBQ (1890 µg/Kg) foi avaliado durante 20 min. A hiperalgesia mecânica avaliada 0-5 h após a injeção de carragenina (300 µg/25 µl/pata). A dosagem de citocinas (TNF-α e IL-1β) foi realizada pelo método de Elisa. Resultados são apresentados como média ± SEM, seguido da Análise de Variância Simples (ANOVA) e o Teste de Tukey; n=6 animais por experimento. Resultados: O composto 7-β (1, 3 e 10 mg/kg) reduziu o número de contorções abdominais induzido pela administração de ácido acético (36,88%; 42,63%; 58,36%) e PBQ (49,44%; 43,18%; 54,84%).7-β também inibiu a hiperalgesia mecânica induzida por carragenina, sendo que a dose de 10 mg/kg inibiu a hiperalgesia desde a primeira hora. Após 3 h do estímulo carragenina (300 µg/25 µl/pata) amostras de pata foram coletadas para dosagem de níveis de citocinas e houve uma redução na produção de citocinas de 41,2% para TNF-α e de 96,79% para IL-1β no grupo tratado com 7-β. Discussão e Conclusão: No presente trabalho foi demonstrado que o composto 7-β apresenta ação antinociceptiva e que houve redução na produção de citocinas pró-inflamatórias, sendo este seu possível mecanismo de ação.

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Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, SETI/Fundação Araucária, MCTI e Governo do Estado do Paraná.

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25. Perfil lipídico e variáveis comportamentais em adolescentes de Londrina/PR. Crisieli Maria Tomeleri (1)*, Danilo Rodrigues Pereira da Silva (1), Durcelina Schiavoni (1), Rômulo A. Fernandes (2), Danielle Venturini (1), Alessandra M. Okino (1), Jair A. Oliveira (1), Décio Sabbatini Barbosa (1), Edilson Serpeloni Cyrino (1). (1) Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR, Brasil; (2) Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente/SP, Brasil. *Autor para correspondência: Crisieli Maria Tomeleri: av João Garla, 300 casa 15, CEP: 86.192-180, Cambé/PR. E-mail: [email protected] Introdução: Com exceção feita à idade, as concentrações anormais de lipídios e/ou lipoproteínas plasmáticas, denominadas de dislipidemia, é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da aterosclerose e pode sofrer influência do estilo de vida adotado. No entanto, em adolescentes não se tem totalmente esclarecido quais comportamentos podem estar associados às estas alterações. Objetivo: Analisar a relação entre perfil lipídico e variáveis comportamentais em adolescentes. Material e Métodos: O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética responsável (CAAE n° 0220.0.268.000-10). A amostra foi composta por 719 adolescentes (60% meninas) com média de idade 12,9 ± 1,43 anos, matriculados em escolas públicas da cidade de Londrina/PR. Como variáveis comportamentais, avaliou-se: o tempo semanal despendido em horas assistindo televisão e jogando vídeo – game; o consumo de tabaco e etilismo através de questionário considerando a quantidade consumida por dia; a prática de atividade esportiva durante a infância (dos sete aos 10 anos); a prática atual de atividades esportivas pelo questionário de Baecke et al (1982); o tracking da AF; e ainda informações sobre andar e pedalar durante o lazer. Para as alterações no perfil lipídico, foram considerados os níveis circulantes de HDL-C, LDL-C, colesteróis totais e triglicerídeos, obtidos após 12h de jejum, de acordo com procedimentos já estabelecidos, seguindo os pontos de corte propostos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2005. Para as análises estatísticas em função de algumas variáveis numéricas ordinais, a correlação de Spearman foi utilizada para analisar o relacionamento bruto entre as variáveis. Após as variáveis independentes estatisticamente significativas foram conduzidas para modelos multivariados (regressão linear) ajustados por fatores de confusão (Modelo 1: idade e sexo; Modelo 2: idade, sexo, maturação biológica, circunferência de cintura e percentual de gordura), com os respectivos valores ajustados de beta (β) e seus de confiança de 95% (βIC95%). Em todas as análises, o software BioEstat versão 5.0 foi utilizado e adotou-se um nível de significância estatística de 5%. Resultados: Apenas HDL-C foi positivamente e significantemente relacionado com Esporte (P<0,05) e Tracking da AF (P<0,01). De forma similar, porém negativa, TG se relacionou com Bicicleta (P<0,05). Para as demais variáveis, não se observou relacionamento significativo. Após os respectivos ajustes dos modelos de regressão 1: sexo e idade o HDL-C manteve o relacionamento positivo com Esporte (B= 0.354; IC: 0.13-0.57) e Tracking da AF (0.343; IC: 0.13-0.55). Da mesma forma, TG manteve o

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relacionamento significante com a variável Bicicleta, porém, de maneira negativa [(-2.384; IC: (-4.33) – (-0.44)).] No entanto, após o ajuste das variáveis do modelo 2, foi possível observar que HDL-C manteve um relacionamento positivo na mesma amplitude com as variáveis de Esporte [βA: 0,3; IC: (0,16) - (0,58) P= 0,001] e Tracking da AF [βA: 0,36; IC: (0,16) –(0,57) P= 0,001], porém TG e Bicicleta deixou de ser significativo a partir deste modelo [βA: -1.774; IC: (-3.61) –(0.06); P= 0.058]. Discussão e Conclusão: Os resultados do presente estudo indicaram que tanto a pratica de esportes, quanto o Tracking da AF foram positivamente relacionadas com HDL-C, independente do sexo, idade, maturação biológica. Além disso, o comportamento de bicicleta no lazer também se relacionou negativamente com a variável TG. Entretanto, após a inclusão das variáveis de gordura corporal e CC como fatores de confusão, o relacionamento entre bicicleta no lazer e TG deixou de ser significante. Apoio Financeiro: CNPq (Processo: 483867/2009-8).

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26. Tumor necrosis factor beta NcoI polymorphism (rs909253) is associated with inflammatory and metabolic markers in acute ischemic stroke. Jonathan Parreira (1), Ana P Kallaur (1), Daniela F Alfieri (1), Sayonara R Oliveira (1), Francieli Delongui (1), Tamires Flauzino (1), Gabriel Costa (1), Jorge PS de Almeida (1), Lucas S Liberatti (1), Marcell AB Lozovoy (2), Helena K Morimoto (2), Elaine RD de Almeida (2), Andréa NC Simão (2), Edna MV Reiche (2)*. (1)Postgraduate Program of Health Sciences, Health Sciences Center, State University of Londrina, Paraná, Brazil. (2)Department of Pathology, Clinical Analysis and Toxicology, Health Sciences Center, State University of Londrina, Paraná, Brazil. *Author to whom correspondence should be addressed: Edna Maria Vissoci Reiche, Department of Pathology, Clinical Analysis and Toxicology, Health Sciences Center, Londrina State University, Av. Robert Koch, 60, CEP 86.038-440, Londrina, Paraná, Brazil. Phone/FAX number: + 55-43-3371-2619. E-mail: [email protected] Background: Polymorphisms in genes coding for pro-inflammatory molecules represent important factors for the pathogenesis and outcome of stroke. Objective:The aim of this study was to evaluate the relationship between the tumor necrosis factor beta (TNFB) NcoI (rs909253) polymorphism with inflammatory and metabolic markers in acute ischemic stroke. Material and Methods: Ninety-three patients and 134 controls were included. The TNFB polymorphism was determined using PCR-RFLP with NcoI restriction enzyme. Stroke subtypes and neurological deficit score were evaluated. White blood cell counts, erythrocyte sedimentation rate (ESR), plasma levels of IL-6 and tumor necrosis factor alpha (TNFA), serum high sensitive reactive C protein (hsCRP), serum lipid profile, plasma levels of glucose and insulin, and homeostatic model assessment of insulin resistance (HOMA-IR) were determined. Results: Stroke patients presented higher white blood cell counts, hsCRP, ESR, glucose, insulin, and HOMA-IR, and lower HDL cholesterol than controls (p<0.01). There was no difference in genotypic and allelic frequency of TNFB NcoI polymorphism among patients and controls (p>0.05). However, stroke patients carrying the TNFB2/B2 genotype presented higher levels of TNFA, white blood cell counts, total cholesterol, LDL cholesterol, glucose, insulin, and HOMA-IR than those with other genotypes (p<0.05). White blood cells, IL-6, hsCRP, and ESR were positively correlated with the neurological deficit of the patients (p<0.05). Discussion and Conclusion: Taken together, TNFB NcoI polymorphism, by itself, was not associated with increased susceptibility for stroke development. However, the homozygous genotype for the allele TNFB2 was associated with higher expression of classical inflammatory and metabolic markers of development and outcome of stroke than other genotypes. Financial support: CAPES, CNPq, Fundação Araucária.

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27. Associação entre nível de atividade física e fatores de risco em adolescentes. João P Nunes (1)*, André O Werneck (1), David Ohara (1), Danilo RP Silva (1), Crisieli MT Cogo (1), Edilson S Cyrino (1), Enio RV Ronque (1), Alessandra M Okino (2), Jair A Oliveira (2). (1) Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Londrina. (2) Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: João Nunes: Rua Gomes Carneiro, 41, Jd. Boa Vista. Londrina – PR. E-mail: [email protected] Introdução: Estudos sugerem altas prevalências defatores de risco à doenças cardiovascularesem adultos e idosos,sobretudo nos países em desenvolvimento. No cenário atual, com a mudança dos hábitos da população em geral, nota-se que estes fatores também estão sendo encontrados cada vez mais precocementeem crianças e adolescentes. Nesse sentido, hábitos saudáveis como a prática de atividade física têm sido fortemente estimulados, uma vez que o estilo de vida mais ativo poderia atuar como fator de proteção aos fatores de risco cardiovascular. Objetivo: Verificar associação entre atividade físicae fatores de risco cardiovascular em adolescentes em Londrina/PR. Material e Métodos: A amostra foi composta por 1031 adolescentes (58% meninas), com idades entre 10 e 16 anos, regularmente matriculados em escolas da rede pública de ensino do Município de Londrina-PR. A atividade física foi estimada mediante aplicação de questionário. Foram considerados ativos (AT) aqueles que acumularam ≥240min/sem de atividades de intensidade moderada a vigorosa há pelo menos 4 meses e não ativos (NAT) <240min/sem. Para determinação das variáveis sanguíneas, 14 mL de sangue venoso, respeitando jejum de 12 horas, foram coletados e analisados em um sistema autoanalisador bioquímico Dimension RxL Max – Siemens Dade-Behring. Os indicadores glicêmicos e lipídicos foram categorizados com base nos valores propostos pela Federação Internacional de Diabetes e pela III Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A associação entre a atividade física e os fatores de risco cardiovascular foi verificada pelo teste de Chi-quadrado. O nível de significância adotado foi de P<0,05. Resultados: Não houve associação entre atividade física e glicemia (AT=4,8% vs NAT=5,3%; P=1,0); colesterol total (AT=10,7% vs NAT=11,4%; P=0,898); HDL (AT=12,3% vs NAT=16,6%; P=0,152); LDL (AT=16,6% vs NAT=19,7%; P=0,356) e triglicérides (AT=3,7% vs NAT=2,5%; P=0,325). Conclusão: Nenhum dos fatores de risco apresentou associação significativa com a atividade física. Apoio Financeiro: CNPq (Processo: 483867/2009-8).

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28. Determinação do mecanismo de atividade antioxidante de extrato aquoso obtido das folhas de Azadirachta indica (neem). Amanda Ortigossa (1), Clara R. Souza (1), Kátia S. Takayama (1), José C. Duarte (1), Nilton S. Arakawa (1), Marcela M. Baracat (1), Rúbia Casagrande (1), Sandra R Georgetti (1)*.

(1) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Profa. Dra. Sandra R. Georgetti, Departamento de Ciências, Av. Robert Koch 60, Hospital Universitário, Londrina - PR, Brasil 86038-350, Tel/Fax: 55 43 3371 2475. E-mail: [email protected] Introdução: Radicais livres são moléculas altamente instáveis e reativas que podem causar estresse oxidativo devido ao desequilíbrio entre o sistema de defesa antioxidante e espécies reativas do oxigênio (EROs). O uso de antioxidantes atualmente tem recebido muita atenção, pois possuem a capacidade de estabilizar os radicais livres. As folhas da árvore de neem (Azadirachta indica) têm demonstrado inúmeras atividades, dentre elas, antioxidante. Contudo, não há estudos relacionados com esta planta cultivada no Brasil. Objetivo: O trabalho tem como objeto avaliar o mecanismo antioxidante de extrato aquoso (EA) de folhas de neem por diferentes métodos in vitro: capacidade sequestradora de radical livre DPPH e ABTS, capacidade inibitória da peroxidação lipídica (LPO) induzida por Fe+2 e pela capacidade queladora do íon ferro, visando uma possível aplicação terapêutica. Material e Métodos: O EA das folhas de neem foi obtido por turboextração em diluição 1:10 (m/v). A capacidade sequestradora do radical livre DPPH e ABTS foi determinada pela mudança de absorção em 517nm e 730nm, respectivamente. A atividade inibidora da LPO induzida por Fe+2 foi determinada pela diminuição da formação do complexo malondialdeído-ácido tiobarbitúrico (MDA-TBA), utilizando mitocôndria como fonte lipídica, a absorção do complexo MDA-TBA foi determinada em 535nm. A determinação queladora de ferro foi realizada utilizando a batofenantrolina (BPS), que forma complexo colorido medido em 530 e 700nm. Resultados: Todas as atividades antioxidantes analisadas foram concentração dependente para o EA de neem. As porcentagens máximas de atividade sequestradora de DPPH (80,5%) e de ABTS (99,4%) foram obtidas na concentração de 4 µL/mL e 12,5 µL/mL no meio reacional, valor de IC50 de 1,38 e 3,9 µL/mL, respectivamente. Para a medida da inibição da LPO induzida por Fe+2 a porcentagem máxima de atividade foi de 85% utilizando 6 µL/mL de EA no meio reacional e valor de IC50 de 1 µL/mL. A capacidade queladora de ferro pelo EA foi de 66,5% na concentração de 10 µL/mL no meio reacional, com valor de IC50 de 4,5 µL/mL. Conclusão: O EA de neem possui ação antioxidante por sequestro de radical livre, por capacidade queladora de íon ferro e atividade antilipoperoxidativa, uma vez que a LPO utiliza Fe+2 como íon catalítico, sua inibição pode ter ocorrido por sequestro de radicais formados na reação em cadeia da LPO e por complexação do Fe+2. O menor valor de IC50 para a inibição da LPO demonstra que o EA possui um alto potencial antioxidante. Dessa forma,

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os resultados sugerem a utilização do EA de neem contra danos oxidativos causados por radicais livres. Apoio Financeiro: Fundação Araucária e CNPq.

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29. Efeito antidepressivo dos antagonistas seletivos de receptores de endotelinas ETA e ETB em camundongos. Felipe A Pinho-Ribeiro (1), Sérgio Marques Borghi (1), Célio Estanislau (2), Waldiceu Ap Verri Jr. (1)*. (1)Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina. (2)Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Waldiceu Ap Verri Jr: UEL, Rod. Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Caixa Postal 6001, Londrina, Paraná 86051-970, Brasil. E-mail: [email protected]. Introdução: A família das endotelinas é formada por 3 peptídeos designados endotelina-1, endotelina-2 e endotelina-3 (ET-1, ET-2 e ET-3). Existem 2 tipos de receptores em mamíferos, ETA e ETB. A ET-1 foi primeiramente descrita como o vasoconstritor mais potente conhecido. Além de ser produzido por células endoteliais como descrito inicialmente, as endotelinas e seus receptores são amplamente expressos em diferentes tecidos, inclusive no sistema nervoso central, por exemplo, ativando astrócitos, e regulando o transporte de noradrenalina pré-sináptica, sugerindo o seu efeito modulador da neurotransmissão ao atuar tanto em neurônios quanto em células da glia. Nosso grupo foi pioneiro em demonstrar a participação dos receptores de endotelinas na modulação do comportamento de camundongos utilizando o inibidor não-seletivo bosentan, assim como sua relação com níveis plasmáticos da citocina IL-6. Objetivo: O objetivo do trabalho foi investigar a participação individual dos receptores ETA e ETB na modulação do comportamento de animais submetidos à situação de desamparo. Material e Métodos: Camundongos Swiss machos (20-25g), provenientes do Biotério Central da Universidade Estadual de Londrina (Aprovação no CEEA ofício Nº 07/2011), foram mantidos no biotério do Departamento de Ciências Patológicas, climatizado (23±2ºC) com ciclo claro/escuro (12/12h) e livre acesso à água e ração. Os animais foram divididos em grupos (n=10) tratados 1h antes do teste com nortriptilina por via intraperitoneal (i.p./15 mg/kg, controle positivo), clazosentan (3 – 100 mg/kg i.p., inibidor seletivo ETA), BQ788 (0,3 – 10 mg/kg, i.p., inibidor seletivo ETB), ou veículo (salina). Os grupos foram então submetidos ao teste do nado forçado a fim de avaliar a atividade antidepressiva dos tratamentos considerando o tempo total de imobilidade em um período de 6 min, descartando os 2 min iniciais. Resultados: Os tratamentos apresentaram efeito antidepressivo de maneira dose-dependente. Os animais tratados com clazosentan e BQ788 apresentaram redução no tempo de imobilidade de até 45% e 50%, respectivamente, quando comparados ao grupo salina. O tratamento com nortriptilina também inibiu o tempo de imobilidade (66%). Discussão e Conclusão: Este é o primeiro trabalho a demonstrar a participação individual dos receptores ETA e ETB na modulação do comportamento e, possivelmente, no desenvolvimento da depressão. O trabalho também favorece a inclusão de novas abordagens terapêuticas no tratamento dos transtornos depressivos. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq.

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30. Dyslipidemia is associated with the human immunodeficiency virus type 1 infection, antiretroviral therapy, and PvuII polymorphism of low density lipoprotein receptor in Southern Brazilian patients. Elaine Regina Delicato de Almeida (1,2), Andréa Name Colado Simão (1), Helena Kaminami Morimoto (1,3), Ana Paula Kallaur (3), Tamires Flauzino (3), Daniela Frizon Alfieri (3), Sayonara R Oliveira (3), Francieli Delongui (3), Gabriel Costa (3), Jorge PS De Almeida (3), Lucas S Liberatti (3), Maria Angelica Ehara Watanabe (4), Edna Maria Vissoci Reiche (1)*. (1) Department of Pathology, Clinical Analysis and Toxicology, Health Sciences Center, State University of Londrina. (2) Pathological Sciences Postgraduate Program, Biological Sciences Center, State University of Londrina. (3) Postgraduate Program of Health Sciences, Health Sciences Center, State University of Londrina. (4) Department of Pathological Sciences, Biological Sciences Center, State University of Londrina. *Author to whom correspondence should be addressed: Edna Maria Vissoci Reiche, Department of Pathology, Clinical Analysis and Toxicology, Health Sciences Center, Londrina State University, Av. Robert Koch, 60, CEP 86.038-440, Londrina, Paraná, Brazil. Phone/FAX number: + 55-43-3371-2619. E-mail: [email protected] Background: The pathogenesis of dyslipidemia in human immunodeficiency type 1 (HIV-1) infection is complex and involves factors related to the host, the virus, and the antiretroviral therapy. This metabolic abnormality is frequently observed in HIV-1 infected patients in use of highly active antiretroviral therapy (HAART). Objective: Taken into account that not all patients exposed to same HAART regime develop dyslipidemia, the aim of this study was to evaluate the association between dyslipidemia and the HIV-1 infection, the HAART, and the PvuII polymorphism in the intron 15 of low density lipoprotein receptor (LDLR). Material and Methods: The lipid profile was evaluated on 355 HIV-1-infected patients (100 antiretroviral-naïve and 255-HAART experienced) and 116 controls. The PvuII LDLR genotypes were determined using PCR-RFLP methods. Results: The patients presented higher triglycerides and lower high-density lipoprotein cholesterol (HDL-C) levels than controls (p<0.0001). Those HAART-experienced showed higher triglycerides (p<0.0001), total cholesterol (p<0.0001), and low-density lipoprotein cholesterol (LDL-C) levels than those HAART-naïve (p=0.0003). The frequency of patients with increased levels of total cholesterol, LDL-C, and triglycerides was higher among those using HAART than HAART-naïve (p<0.0001; p=0.0248; and p=0.0269; respectively). The frequency of high HDL-C was higher among those patients carrying the P2P2 genotype (p=0.0415). Conclusion: The results underscore that HIV-1 infection per se and HAART are associated with dyslipidemia in HIV-1-infected patients. Moreover, the results suggest that the P2P2 genotype could be modulating, in part, the effect of HAART and the HIV-1 infection in the HDL-C levels, suggesting this

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genotype as a beneficial genetic marker candidate associated with better lipid profile in these patients. Financial support: CAPES, CNPq, Fundação Araucária.

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31. Comparação do conteúdo de polifenóis e flavonoides totais e da atividade sequestradora de radical livre entre os extratos hidroalcóolico e seco obtidos de Azadirachta indica (neem). Clara R Souza (1), Amanda Ortigossa (1), Kátia S Takayama (1), José C Duarte (1), Nilton S Arakawa (1), Marcela M Baracat (1), Rúbia Casagrande (1), Sandra R Georgetti (1)*.

(1) Departamento de Ciências Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. *Autor para correspondência: Profa. Dra. Sandra R. Georgetti, Departamento de Ciências Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina - UEL, Av. Robert Koch 60, Hospital Universitário, Londrina - PR, Brasil 86038-350, Tel/Fax: 55 43 3371 2475. E-mail: [email protected] Introdução: Atualmente existe um grande interesse no estudo dos antioxidantes devido, principalmente, às descobertas sobre o efeito das espécies reativas de oxigênio (EROS) no organismo, que estão relacionados com a patologia de um grande número de doenças crônicas. A Azadirachta indica (neem) é uma espécie vegetal originária da Índia que pode ser encontrada na América do Sul, análises fitoquímicas demonstraram a existência de altas concentrações de compostos fenólicos que podem ser responsáveis pela atividade antioxidante da mesma. Assim, a obtenção, caracterização química e antioxidante do extrato hidroalcóolico e seco da Azadirachta indicam (neem) demonstra importância para garantir a integridade química e farmacológica dos compostos obtidos do vegetal. Objetivo: O trabalho tem como objeto comparar o conteúdo de polifenóis e flavonoides totais, como também, de atividade sequestradora de radical livre DPPH do extrato hidroalcóolico e seco de folhas de neem. Material e Métodos: O extrato hidroalcóolico (EH) das folhas de neem foi obtido por agitação em shaker no período de três dias à temperatura ambiente utilizando como solvente etanol 80% numa diluição 1:10 (m/v). Posteriormente, foi realizada a filtração a vácuo e o filtrado obtido foi concentrado em evaporador rotatório e sofreu processo de liofilização para a obtenção do extrato seco (ES). O conteúdo de polifenóis e flavonoides totais nos EH e ES de neem foram determinados pelo método colorimétrico utilizando o Folin-Ciocalteau e complexação com Al2Cl3, respectivamente. Para o estudo da atividade sequestradora de radical dos extratos foi utilizado uma solução de DPPH·, um radical livre estável que potencialmente reage com compostos capazes de doar

H+. Resultados: Foram encontrados os valores de 190,00,22 mg polifenóis

totais/g de extrato para EH (base de sólidos totais) e de 165,201,85 mg/g para

o ES, e o teor de flavonóides totais de 44,460,5 para EH (base sólidos totais) e

de 32,30,1 para ES. A atividade doadora de hidrogênio ao radical DPPH foi concentração dependente para ambos os extratos de A. indica. A linearidade para o EH e ES apresentou-se entre 0,7- 6,25 µl/ml e 5-100 µg/ml, com R2 de 0,9992 e 0,9646, respectivamente. A atividade máxima alcançada para concentração de 4 µl/ml do EH ou 72 µg/ml em base de sólidos totais foi de 82%, e para o ES foi de 83% na concentração de 100 µg/ml no meio reacional,

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apresentando valores de IC50 de 0,893µl/ml ou 16,34µg/ml em base de sólidos totais para EH e de 43,4µg/ml para o ES. Discussão e Conclusão: Foi demonstrado que a presença de alta concentração de polifenóis e flavonoides nos EH e ES de A. indica, contudo, verificou-se que o ES apresentou um conteúdo cerca de 1,15 a 1,38 vezes menor que o EH, corroborando com os resultados obtidos de sequestro de radical livre, onde o valor de IC50 do ES foi cerca de 2,5 maior que do EH (base de sólidos totais), sugerindo que os processos de rota-evaporação e liofilização podem ter influenciado na perda de compostos com potencial antioxidante. Apoio Financeiro: Fundação Araucária e CNPq.

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32. Tratamento de camundongos com indometacina-NO (AINES doador de óxido nítrico): implicações na patogênese da doença de Chagas experimental. Vera Lúcia Hideko Tatakihara (1)*, Carolina Panis (1), Aparecida Donizette Malvezi (1); Rosiane Valeriano da Silva (1), Nágela Ghabdan Zanluqui (2), Isabel Lovo Martins (2), Rafael Carvalho de Freitas (1), Rubens Cecchini (1), Phileno Pinge Filho (1). (1) Departamento de Ciências Patológicas, Centro de Ciências Biológicas,

Universidade Estadual de Londrina - Paraná (2) Instituto Carlos Chagas – Fio Cruz – Curitiba - Paraná *Autor para correspondência: Vera Lúcia Hideko Tatakihara: Rua Passos. 183; [email protected] Introdução: A infecção por Trypanosoma cruzi produz uma reação inflamatória intensa, crítica para a evolução da doença de Chagas (DC). Anti-inflamatórios doadores de óxido nítrico (AINEs-NO) são uma classe de produtos farmacêuticos emergentes e promissores. Óxido nítrico (NO) e eicosanoides mediam a resposta imune anti-T. cruzi e o estresse oxidativo na DC. Objetivo: Investigamos os efeitos da indometacina-NO (AINEs-NO) sobre o curso da infecção por T. cruzi. Material e Métodos: O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Londrina (CEUA/UEL, n° do processo: 5492.2012.22). INDO-NO (80 μM/Kg), foi inoculada i.p em camundongos C57BL/6 30 minutos após a infecção com 5 x 103 formas tripomastigotas. O tratamento foi realizado a cada 24 horas após a infecção, animais controles receberam PBS pela mesma via. A parasitemia e sobrevida foram determinadas a cada dois dias. No 12º dia pi, o sangue e o coração dos animais foram isolados e utilizados para dosagem de NO, análise hematológica e avaliação do estresse oxidativo por quimioluminescência. Resultados: Surpreendentemente, INDO-NO provocou uma redução da carga parasitária (resultados expressos como média±SE de 5 animais/grupo e representativos de 2 experimentos independentes, avaliados por teste t p<0,05) e redução drástica da sobrevida (resultados expressos como média±SD de 5 animais/grupo e representativos de 3 experimentos independentes, avaliados por análise de variância-Anova seguido por Bonferroni, p<0,05) dos camundongos infectados. Constatamos uma diminuição nos níveis de NO plasmático, diminuição dos ninhos de amastigotas no coração, piora da anemia associada com aumento de reticulócitos e do estresse oxidativo. Discussão e Conclusão: Estes dados sugerem que a liberação de NO pela INDO-NO contribuiu para o controle da carga parasitária, aumento da anemia e do estresse oxidativo em eritrócitos na fase aguda da infecção. O bloqueio da ciclooxigenase pela INDO-NO pode explicar a redução da sobrevida dos animais infectados, revelando a complexidade da participação dos eicosanoides e do NO na patogênese da DC. Apoio Financeiro: Fundação Araucária

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33. Modulação da resposta inflamatória inata por aspirina e inibição da entrada de formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi em macrófagos. Aparecida D Malvezi (1), Rosiane V Da Silva (1), Vera LH Tatakihara (1), Rafael C Freitas (1), Nágela G Zanluqui (2) Maria I Lovo-Martins (2), Sandra CH Lonien (1), Luana A Cossentini (1), Maria RO Cambuí (1), Fernando F dos Santos (1), Marli Martins-Pinge (3), Waldiceu A Verri Jr (1), Phileno Pinge-Filho (1,2)*. (1) Departamento de Ciências Biológicas, Programa de Pós Graduação em Patologia Experimental, Universidade Estadual de Londrina. (2) Instituto Carlos Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Paraná, Curitiba. (3) Departamento de Ciências Biológicas, Programa de Pós Graduação em Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual de Londrina. * Autor para correspondência: Phileno Pinge-Filho: Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380 - Campus Universitário - CCB, Londrina - PR, 86057-970. [email protected] Introdução: A invasão celular por Trypanosoma cruzi, o agente etiológico da doença de Chagas (DC), e sua replicação intracelular são essenciais para o ciclo de vida do parasito e o desenvolvimento da DC. Objetivo: Mostrar o envolvimento da ciclooxigenase-1 (COX-1) durante a invasão por T. cruzi em macrófagos. Material e Métodos: 2x105 macrófagos obtidos de camundongos BALB/c foram previamente tratados com aspirina (ASA) por 30 minutos em diferentes concentrações (0,625 mM, 1,25mM e 2,5 mM). Após lavagem, as células foram tratadas ou não com boc-2 (100 μM, inibidor do receptor de lipoxina), L-NAME (1.0, 0,5, 0.25 mM, inibidor de cNOS), aminoguanidina (1.0 e 0.5 mM, inibidor de iNOS) ou PGE2 (3.52 ng/mL) por 60 minutos. Após lavagem as células foram infectadas com formas tripomastigotas do T. cruzi (5:1) e incubados a 37ºC em atmosfera rica em CO2. Nós avaliamos os efeitos dos diferentes tratamentos sobre a capacidade de invasão do parasito e produção de óxido nítrico (NO), IL-1β e TNF-α após 24 h de cultivo. O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Londrina (CEUA/UEL processo no 28918.2012.68), sendo utilizado um n de 5 animais por experimento. Os resultados foram analisados por Teste de Variância (Anova). Resultados: O tratamento com ASA causou inibição da entrada do parasito (cerca de 28%), e esta inibição foi associada com o aumento da produção de TNF-α (cerca de 50%), NO (cerca de 150%) e IL-1β. O tratamento de macrófagos com PGE2 e inibidores da NOS ou do receptor de lipoxina restaurou a capacidade invasiva de T. cruzi após pré-tratamento das células com ASA. Discussão e Conclusão: O tratamento de macrófagos com ASA desvia para a produção de Lipoxina, sendo esse mediador lipídico importante para a redução da infectividade de T. cruzi, conforme visto no uso concomitante de ASA e boc-2. Já o tratamento com ASA e PGE2 restaurou a invasão de T. cruzi. Nossos dados indicam que TNF-α, PGE2, IL-1β, lipoxinas e NO participam da regulação da resposta imune inata do hospedeiro contra T. cruzi. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, Fundação Araucária.