anais do ïº encontro nacional da abri
TRANSCRIPT
ANAIS DO 3º ENCONTRO NACIONAL DA ABRI
Governança Global e Novos Atores
20 a 22 de Julho de 2011
USP | São Paulo
ISSN: 2236-7381
ANNALS OF ABRI 3rd NATIONAL CONGRESS
Global Governance and New Actors
July 20th - 22nd, 2011
USP | São Paulo
ISSN: 2236-7381
EXPEDIENTE | STAFF
Conselho Diretor da Associação Brasileira de Relações Internacionais | ABRI Board of Directors
Presidente | José Flávio Sombra Saraiva (UnB)
Secretária Executiva | Rafael Duarte Vila(USP)
Secretária Adjunta | Nissar Messari (PUC Rio)
Tesoureira | Matilde de Souza (PUC Minas)
Diretores | Eduardo Viola (UnB), Monica Herz (PUC Rio), Gunther Rudzit (FAAP), Ernani Carvalho (UFPE)
Conselho Fiscal | André Cunha (UFRGS), Raquel Melo (UEPB)
Comissão Organizadora do 3º Encontro da ABRI | Organizing Committee
Janina Onuki (USP)
Matilde de Souza (PUC Minas)
Paulo Luiz Esteves (PUC Rio)
Rafael Villa (USP)
Coordenadores de Áreas Temáticas | Thematic Areas Coordinators
Teoria das Relações Internacionais | João Pontes (PUC Rio)
Instituições e Organizações Internacionais | Amancio de Oliveira (USP)
Integração Regional | Marcelo Medeiros (UFPE)
Economia Política Internacional | Javier Vadell (PUC Minas)
História das Relações Internacionais | Antonio Carlos Lessa (UnB)
Política Externa | Norma Breda (UnB)
Segurança Internacional | Reginaldo Nasser (PUC SP)
Organização | Organization
Airá Eventos Técnico-Científicos
ISSN: 2236-7381
ÍNDICE | INDEX
EXPEDIENTE | STAFF 02
APRESENTAÇÃO | PRESENTATION 04
RESUMO DA PROGRAMAÇÃO | PROGRAM SUMMARY 05
PAINÉIS ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL 06
PAINÉISHISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 08
PAINÉISINSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 10
PAINÉISINTEGRAÇÃO REGIONAL 13
PAINÉIS POLÍTICA EXTERNA 16
PAINÉIS SEGURANÇA INTERNACIONAL 20
PAINÉIS TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 23
WORKSHOP DOUTORAL 25
PÔSTERES | INICIAÇÃO CIENTÍFICA 26
APRESENTAÇÃO | PRESENTATION
A Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) tem o prazer de apresentar os trabalhos apresentados em
seu 3º Encontro Nacional, realizado na cidade de São Paulo, de 20 a 22 de julho de 2011. O Encontro procurou refle-
tir sobre as mudanças e a redefinição da ordem internacional contemporânea no que se refere à sua governabilidade
e ao papel dos atores sociais na construção desta ordem.
Governança global é tema essencial dos estudos das relações internacionais. Nos últimos vinte anos, com o fim da bi-
polaridade, os arranjos para definir um novo ordenamento variaram, e a atuação de atores não-estatais passou a ser
elemento marcante nos debates acerca da ordem internacional, assim como na redefinição do papel dos regimes e
organizações multilaterais.
Os debates acerca da ordem internacional, propostos, particularmente, com o conceito de “Governança Global”,
redirecionaram o foco analítico do estudo das Relações Internacionais para questões que vão da implementação de
regras garantidoras da ordem e da estabilidade internacionais, até o estabelecimento de uma ordem mais democrá-
tica e mais justa para o papel de atores sociais na sua construção. Ao mesmo tempo, o conceito de “Governança Glo-
bal”, mobiliza também o debate acerca da natureza da ordem internacional contemporânea, lançando luz sobre no-
vos processos de inclusão e exclusão implicados nas práticas políticas nos mais diversos campos: da segurança ao
comércio internacional, do desenvolvimento à mobilidade humana.
O 3º Encontro Nacional da ABRI pretendeu refletir sobre as transformações em curso no sistema internacional pro-
pondo algumas questões para o debate:
1) Como compreender a relação entre ordem internacional e governança global?
2) Quais as características determinantes da governança global?
3) Qual o novo papel dos regimes e organizações internacionais na garantia da ordem no sistema internacional?
4) Qual o papel dos atores sociais na construção da governança global?
5) Considerando as dinâmicas multilateral e regional, como é possível compatibilizar uma ordem mais justa e de-
mocrática?
6) Qual a contribuição que países emergentes, como Brasil, podem oferecer para a constituição de uma nova
ordem internacional?
O 3º Encontro Nacional consistiu de mesas redondas e painéis. Os trabalhos compuseram painéis, que se estrutura-
ram em torno de sete áreas temáticas:
Economia Política Internacional
História das Relações Internacionais
Instituições e Organizações Internacionais
Integração Regional
Teoria das Relações Internacionais
Segurança Internacional
Política Externa
RESUMO DA PROGRAMAÇÃO | PROGRAM SUMMARY
19/07/2011
09:00 às 18:00 | Workshop Doutoral
20/07/2011
08:00 às 18:00 | Credenciamento
08:00 às 10:00 | Minicursos
10:00 às 12:00 | Mesa Redonda
12:00 às 13:00 | Intervalo
13:00 às 14:45 | Painéis
15:00 às 16:45 | Painéis
17:00 às 18:45 | Painéis
19:00 às 20:30 | Conferência de Abertura
21/07/2011
08:00 às 10:00 | Fórum de Editores
08:00 às 18:00 | Credenciamento
08:00 às 10:00 | Minicursos
10:00 às 12:00 | Mesa Redonda
12:00 às 13:00 | Fórum de Coordenadores de Graduação
12:00 às 13:00 | Fórum de coordenadores de Pós–graduação
12:00 às 13:00 | Intervalo
13:00 às 14:45 | Painéis
15:00 às 16:45 | Painéis
17:00 às 18:45 | Painéis
19:00 às 20:30 | Assembleia ABRI
22/07/2011
08:00 às 18:00 | Credenciamento
08:00 às 10:00 | Minicursos
10:00 às 12:00 | Mesa Redonda
12:00 às 13:00 | Intervalo
13:00 às 14:45 | Painéis
15:00 às 16:45 | Painéis
17:00 às 18:45 | Painéis
EP1 | INSTITUIÇÕES ECONÔMICAS E GOVERNANÇA GLOBAL
Sistema Tributário Brasileiro e Governança Global
Lauriana Magalhães (Universidade Católica de Brasília)
Trabalho Completo
EP2 | HEGEMONIA E IMPERIALISMO NO SISTEMA INTERNACIO-
NAL
Notas sobre o Ordenamento Hegemônico do Sistema Internacio-
nal na virada do século XX para o XXI
Luiz Eduardo Simões e Júlio Gomes da Silva Neto (UNESP /
UFAL)
Trabalho Completo
EP3 | O PAPEL DO ESTADO BRASILEIRO NA INTERNACIONALIZA-
ÇÃO DE EMPRESA
Políticas públicas e interesses privados: a internacionalização de
empresas brasileiras e a atuação internacional do governo Lula
Ana S. Garcia (PUC-Rio)
Trabalho Completo
Um estudo de caso - A EMBRAER e seu processo
Frederico Bonatto (IBMEC-BH)
Trabalho Completo
Estratégias do desenvolvimento brasileiro na última década
Samuel Parreira Pires (PUC MINAS)
Trabalho Completo
EP4 | REFORMA FINANCEIRA: ATORES DOMÉSTICOS E GLOBAIS
Congresso, partidos políticos e grupos de interesse na reforma
financeira dos EUA
Celso Roma (INCT-Ineu)
Trabalho Completo
Além da abordagem de “melhores práticas” para a atividade de
regulação internacional do mercado de capitais
Nora Rachman (IRI/USP)
Trabalho Completo
EP5 | SEGURANÇA ENERGÉTICA NO SÉCULO XXI
A iniciativa para a integração da infra-estrutura regional da
América do Sul (IIRSA)
Angélica Matos souza (Unesp Marília)
Trabalho Completo
WIRED POLITICS The international political regulation of electri-
city in the southern cone
Jessica Crivelli (University of Zurich)
Trabalho Completo
A teoria da maldição dos recursos naturais e a nova agenda de
pesquisa
Marcelo Lima (UFPE)
Trabalho Completo
Notas sobre a inflexão no processo de integração energética da
América do Sul
Olegário Franco (IFCH/Unicamp)
Trabalho Completo
EP6 | BRASIL E OS PAÍSES EMERGENTES: VISÕES COMPARADAS
As relações econômicas entre Índia e Brasil
Jacqueline Haffner (UFRGS) e Larissa de Oliveira Vanzellotti
Monteiro (UFRGS)
Trabalho Completo
EP7 | NOVOS DILEMAS DAS POTÊNCIAS EMERGENTES NO SÉCU-
LO XXI
A assistência oficial para o desenvolvimento na política externa
japonesa
Juliano Akira (UNICAMP)
Trabalho Completo
Politicas economicas dos paises emergentes na crise de 2008
Rafael Pons Reis (UNICURITIBA) e Cintia Rubim de Souza Netto
(UNICURITIBA)
Trabalho Completo
EP8 | DESENVOLVIMENTO E POLÍTICA EXTERNA ECONÔMICA
NA AMÉRICA LATINA
Política externa da Venezuela Chavista: origens e implicações da
ascensão de um bloco histórico
Júlio César Nogueira Soares (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Jogos ocultos e potências médias: um estudo da atuação brasi-
leira na OMC
Pascoal Gonçalves (UNICAMP)
Trabalho Completo
Instituições, capital social e desenvolvimento econômico na
América Latina
Paula Pavarina (UNESP)
Trabalho Completo
EP9 | ATORES NÃO-ESTATAIS LOCAIS E TRANSNACIONAIS
A sustentabilidade de cadeias produtivas - Processos e atores
transnacionais envolvidos
Ana Malavazi (USP)
PAINÉIS
ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
Trabalho Completo
A Importância da voz dos atores locais nas discussões globais
sobre o Meio ambiente
Andréa Cardoso (UFBA) e Luana Queiroz (UFBA)
Trabalho Completo
Atores Não Estatais e Institucionalização ‘Privada’ Novos Con-
ceitos e Implicações Teóricas
João Paulo Candia (DCP-USP)
Trabalho Completo
Regulação transnacional privada – Análise institucional da go-
vernança da soja – Análise
Pietro Carlos de Sousa Rodrigues (DCP/USP)
Trabalho Completo
EP10 | COMÉRCIO INTERNACIONAL E COMÉRCIO EXTERIOR
Direitos Humanos no comércio internacional: o que muda com a
nova geração de acordos regionais de comércio da UE?
Lucas Tasquetto (DCP/USP)
Trabalho Completo
Comércio Exterior e inovação industrial: o caso do agreste de
Pernambuco
Marcone Aurélio e Silva (Faculdade Asces)
Trabalho Completo
EP11 | COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVI-
MENTO E GOVERNANÇA GLOBAL: LANÇANDO NOVOS OLHARES
E QUESTÕES SOBRE UMA RELAÇÃO COMPLEXA
Governança no combate à corrupção
Amanda Faria (UNB)
Trabalho Completo
Fluxos de práticas e modelos de governo em escala global
Kelly Silva (UNB)
Trabalho Completo
EP12 | ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA GLOBAL NO SÉCULO XXI:
ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO NOVOS ATORES
Ordem econômica global e as potências emergentes: Brasil e
China em um contexto de reforma do sistema G7/8
Leonardo Ramos (PUC MINAS)e Javier Vadell (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Lidando com a crise internacional: a política e a economia do
crescimento de Brasil e China e a ordem global
Diego Santos Vieira de Jesus
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
HRIS1 | A POLÍTICA EXTERNA DO NACIONALISMO PRAGMÁTI-
CO: O BRASIL SOB O REGIME MILITAR
O Brasil no terceiro mundo. uma abordagem sobre a diplomacia
econômica no regime militar
Bernardo Kocher (UFF)
Trabalho Completo
Uma questão de confiança
Carlos Eduardo Vidigal (UNB)
Trabalho Completo
A Política Externa do Regime Militar entre o ranço ideológico e a
atuação pragmática
Juliana Luiz (UERJ)
Trabalho Completo
HRIS2 | ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO NAS RELAÇÕES INTERNACIO-
NAIS CONTEMPORÂNEA
A invenção da África: as fronteiras do Magreb no contexto geo-
político mediterrâneo e do Oriente Médio
Rodrigo Corrêa Teixeira (PUC MINAS)
Trabalho Completo
HRIS3 | ANTIAMERICANISMO NO BRASIL
Antiamericanismo e política externa o caso do Brasil sob o para-
digma desenvolvimentista
Seme Taleb Fares (UNB)
Trabalho Completo
Nacionalismo e antiamericanismo no Brasil na década de 1950
Túlio Sérgio Henriques Ferreira (UNIBH)
Trabalho Completo
A Tradição Liberal e as origens do excepcionalismo norte-
americano
Ulysses Tavares Teixeira (IREL / UnB)
Trabalho Completo
HRIS4 | CULTURA E COOPERAÇÃO NA AÇÃO INTERNACIONAL
DO BRASIL
A “virada ao norte” do Brasil na América do Sul: reflexos e lições
Thiago Gehre Galvão (UNB)
Trabalho Completo
HRIS5 | MEMÓRIA E IDENTIDADES NAS RELAÇÕES INTERNACIO-
NAIS DO BRASIL
Barão do Rio Branco: construtor de paradigmas da diplomacia
brasileira
Guilherme Mello Graça (UERJ)
Trabalho Completo
De Caliban a Próspero – a identidade nacional e a política exter-
na republicana: primeiras aproximações
Ludimila Stival Cardoso (Universidade Federal de Goiás) e Elias
Nazareno (CAEI)
Trabalho Completo
HRIS6 | O BRASIL E O MUNDO: VISÕES SOBRE OS VÍNCULOS
ESTRATÉGICOS
A América do Sul na percepção da política externa do Brasil:
aproximações e afastamentos
Gabriela Gonçalves Barbosa (UEPB)
Trabalho Completo
Uma análise construtivista da política externa do Brasil: o im-
pacto da identidade internacional na gestão das relações exteri-
ores
Ivani Vassoler (State University of New York at Fredonia)
Trabalho Completo
HRIS7 | PODER E CULTURA NA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTER-
NACIONAIS CONTEMPORÂNEAS
Tráfico de Mulheres, Feminismo e Relações Internacionais Uma
abordagem histórica
Alexandre de Oliveira Kappaun (UERJ)
Trabalho Completo
HRIS8 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO INÍCIO DO SÉCULO
XXI: VISÕES DO PASSADO E LIÇOES PARA O FUTURO
Autonômia pela diversificação: continuidade e mudança na polí-
tica externa do governo Lula
André Eiras (Universidade do Sagrado Coração)
Trabalho Completo
Política externa brasileira e a Ásia: as relações Brasil-leste
Leticia Simões
Trabalho Completo
A política externa independente brasileira de Lula-Celso
Raphael Tsavkko Garcia (PUC SP)
Trabalho Completo
HRIS9 | RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA AMÉRICA LATINA
Rumo a Punta del Este (1962): um estudo da VIII Reunião de
Consultas de Ministros das Relações Exteriores das Américas
Carlos Federico Domínguez Avila (Centro Universitário de Bra-
sília e Centro Universitário Unieuro)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
PAINÉIS
HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
As possibilidades e os limites do “realismo periférico”: a política
externa do Paraguai de 1954 a 1989
Tomaz Espósito Neto (UFGD)
Trabalho Completo
HRIS10 | RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA ÁSIA: CHINA E JAPÃO
A reinserção internacional do Japão no pós-segunda Guerra
Mundial
Paulo Daniel Wantanbe (Santiago Dantas / UNESP / UNICAMP /
PUC SP)
Trabalho Completo
HRIS11 | POLÍTICA E HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
APROXIMAÇÕES
A formação recente de um Estado nas relações internacionais
Carolina Ferreira Galdino (UNESP)
Trabalho Completo
Direitos Humanos e Direito Internacional dos refugiados: uma
relação de complementaridade
Thais Silva Menezes (UNESP)
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
IOIS1 | GOVERNANÇA GLOBAL E MEIO AMBIENTE
Governança ambiental, poder e instituições internacionais
Acácio Alvarenga (UNB)
Trabalho Completo
A eficácia do regime internacional de mudanças climáticas
Cristina Catunda (IRI / USP)
Trabalho Completo
IOIS2 | GOVERNOS SUBNACIONAIS E GOVERNANÇA
Paradiplomacia nos Estados Unidos
Debora Prado (UNICAMP/INCT-INEU)
Trabalho Completo
O Papel dos Governos Subnacionais na Mitigação
Adalberto Felício Maluf Filho (USP)
Trabalho Completo
Governança Global no Pós-Guerra Fria a emergência dos gover-
nos locais no âmbito das Nações Unidas
Ana Mauad(UNB)
Trabalho Completo
IOIS3 | GOVERNANÇA E MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
Entre a Segurança e a Sobarania: a questão alimentar e o papel
da via campesia como novo ator nas Relaçoes Internacionais
Adriane de Souza Camargo (USP)
Trabalho Completo
Povos indígenas como atores da governança global
João Urt (UFRR)
Trabalho Completo
IOIS4 | DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E INSTITUIÇÕES IN-
TERNACIONAIS
A Autonomia Burocrática das Organizações Financeiras Interna-
cionais IOIS4 (UnB)
Feliciano Guimarães (FGV-RJ)
Trabalho Completo
IOIS5 | NOVOS TEMAS E MUDANÇAS INTERNACIONAIS
Transformações religiosas e a integração europeia
Bruno Gonçalves Rosi (PUC Rio)
Trabalho Completo
A Transição Hegemônica na Estrutura Institucional do Sistema
Monetário Internacional do Século XX
Júlio Gomes da Silva Neto (UNESP)
Trabalho Completo
IOIS6 | COOPERAÇÃO E REGIMES INTERNACIONAIS
A Conservação da Biodiversidade Marinha como Problema Políti-
co Internacional e suas Implicações para as Políticas Públicas no
Brasil
Andrea Steiner (UFPE), Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE) e
Fernanda Amaral (UFPE)
Trabalho Completo
Governança Global dos Recursos Hídricos Transfronteiriços: o
papel da cooperação internacional e da cooperação transfron-
teiriça
Fernando Mello Sant'Anna (USP)
Trabalho Completo
Brasil e México no regime internacional de mudanças climáticas:
adoção de metas de redução de emissões de gases de efeito
estufa para os países em desenvolvimento
Leticia Britto (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Governança Global na Área da Saúde e a Influência do Medo:
estudo sobre a OMS e a AIDS
Janiffer Tammy Gusso Zarpelon (UFSC)
Trabalho Completo
A Regulação dos Ensaios Clínicos Multicêntricos Internacionais
no Brasil: impasses entre setor público nacional e privado inter-
nacional a partir do fortalecimento do sistema CEP-CONEP
Rui Harayama (UFMG)
Trabalho Completo
IOIS7 | CULTURA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
O Ator Santa Sé na Política Internacional Moderna
Ana Claúdia Portilho (PUC Minas)
Trabalho Completo
Uso de visualização de informações para o estudo de Relações
Internacionais
Arthur Welle (UNICAMP)
Trabalho Completo
Análise da Convençao sobre a proteção e promoção da Diversi-
dade das Expressões Culturais
Natali Catarina (UEPB)
Trabalho Completo
IOIS8 | A INFLUÊNCIA DE QUESTÕES INTERNACIONAIS NO PLA-
NO DOMÉSTICO
Políticas do Mercosul e legislativos nacionais uma visão compa-
rada sobre o Brasil e a Argentina
Bruno Ricardo viana Sadeck dos Santos (UFRGS / UFPEL)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
PAINÉIS | INSTITUIÇÕES E
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Prado A Rodada Doha e a ineficiência do Multilateralismo Co-
mercial impactos domésticos no MERCOSUL
Henrique Sartori (FADIR - UFGD) e Carlos Henrique Canesin
(SRI - EMBRAPA)
Trabalho Completo
IOIS9 | DIREITOS HUMANOS E GOVERNANÇA GLOBAL
A poliarquização da política internacional pela via institucional
Dawisson Lopes (PUC MINAS)
Trabalho Completo
IOIS10 | EMPRESAS E GOVERNANÇA GLOBAL
A importância da organização internacional dos trabalhadores
em empresas multinacionais (EMNS)
Eduardo Magalhães Rodrigues (Programa San Tiago Dantas
Unicamp, PUC-SP e Unesp)
Trabalho Completo
As regulamentações privadas no contexto da governança global
Flávia Donadelli (USP)
Trabalho Completo
Governing the commons and common
Magnus Franzen (Universidade de Estocolmo)
Trabalho Completo
IOIS11 | A ONU E SEU PROCESSO DE REFORMA
Meio Ambiente e Relações Internacionais: Uma discussão sobre
a crise ambiental e a ausência de uma Organização Internacio-
nal para Meio Ambiente dentro das Nações Unidas
Paola Gonçalves Rangel do Prado Juliano (UNESP UNICAMP e
PUC-SP)
Trabalho Completo
A reforma do conselho de segurança uma questão de legitimida-
de e autoridade
Mariana Baccarini (UFMG)
IOIS12 | PERSPECTIVAS DA OMC
A adesão da Rússia à organização mundial do comércio sob a
lógica das relações bilaterais Rússia-EUA
Ciro Eduardo Ferreira (UNB)
Trabalho Completo
O Poder Institucional e a Criação da Organização Mundial do
Comércio
Igor Abdalla (Instituto Universitário Europeu)
Trabalho Completo
IOIS13 | MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS
Deslocamentos Ambientais O Caso dos Pequenos Países Insula-
res
Marina Rocchi (IRI / USP)
Trabalho Completo
Deslocados ambientais: uma nova categoria no regime interna-
cional de migração forçada
Renata de Lima Mendonça (UEPB)e João Ricardo Pessoa Xavier
(UEPB)
Trabalho Completo
IOIS14 | CONFLITOS INTERNACIONAIS E PADRÕES DE GOVER-
NANÇA
Efeitos perversos da centralização da ajuda em países do sul: o
caso de cabo verde
Rosinha Machado Carrion (UFRGS)
Trabalho Completo
IOIS15 | GESTÃO E PADRÕES INTERNACIONAIS PARA MEIO AM-
BIENTE
Conflito internacional sobre recursos hídricos – uma análise
quantitativa
Leticia Tatemoto (PUC MINAS)
Trabalho Completo
IOIS16 | GOVERNANÇA E PODER
Há um papel para a justiça internacional em processos de paz
Claúdia Marconi (PUC SP)
Trabalho Completo
Multipolaridade e Multilateralismo o G-20 e a relação entre
poder e governança no século XXI
Fernanda Magnotta (FAAP)
Trabalho Completo
Movimentos internacionais e atores sociais moldando uma nova
atuação no cenário internacional
Paula Ditzel Facci (Universidade de Innsbruck)
Trabalho Completo
IOIS17 | REGULAÇÃO DO COMÉRCIO GLOBAL
Relatório parcial – pesquisa pnpd/ipea 105/2010 - Tendências
nos acordos regionais e bilaterais de comércio face ao sistema
multilateral de regras de comércio: elementos para um debate
sobre direito e desenvolvimento no Brasil
Michelle Badin (FGV SP)
Trabalho Completo
Perfil da política e instrumentos de comércio internacional dos
BICs China, Índia e Brasil
Vera Thorstensen, Daniel Ramos e Carolina Muller
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
IOIS18 | OS DESAFIOS DO MULTILATERALISMO COMERCIAL: O
CASO DA OMC
A estratégia da inserção brasileira no comércio internacional na
era Lula: dasafios sistêmicos
Susan Elizabeth Martins(UNB)
Trabalho Completo
IOIS19 | DIREITOS HUMANOS E TERRORISMO: UMA DÉCADA
DEPOIS DO 11 DE SETEMBRO
Impactos do 11-09 nas políticas de segurança humana e contra-
terroristas o caso Japão
Ariana Bazzano de Oliveira (UNICAMP)
Trabalho Completo
As tensões entre segurança e direitos civis nos EUA pós 11 de
setembro
Cleber da Silva Lopes (USP)
Trabalho Completo
Excepcionalismo americano, direitos humanos e política externa
dos Estados Unidos no pós-11 de setembro
Matheus Carvalho (UNESP) e William Torres (UNESP)
Trabalho Completo
IOIS20 | COOPERAÇÃO SUL-SUL E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS
POLÍTICAS DE SAÚDE DO BRASIL
A reforma sanitária brasileira em perspectiva internacional: coo-
peração técnica e internacionalização do sistema de saúde bra-
sileiro
Carlos Paiva e Fernando Pires (FIOCRUZ)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
IR1 | OS DESAFIOS PODER, INSTITUIÇÕES E LIDERANÇADA INTE-
GRAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL
Vinte anos de Mercosul: as partes e o todo
Hoyêdo Nunes Linsor Leis (UFSC)
Trabalho Completo
Parlamento do Mercosul e a democratização da integração
Karina L. Pasquariello Mariano (FCL / UNESP)
Trabalho Completo
IR2 | NOVOS TEMAS EM INTEGRAÇÃO REGIONAL
Saúde e Integração Regional na América Latina
Alejandra Carrillo Roa (Universidad Central de Venezuela) e
José Paranaguá de Santana (Organização Pan-Americana da
Saúde)
Trabalho Completo
O papel da cultura nos processos de integração regional o caso
da Unila
Beatriz Thomaz Carvalho (PPGRI UFRJ) e José Elísio (Uni La Sal-
le)
Trabalho Completo
Notas sobre o silêncio cultura no Mercosul
Janira Trípodi Borja (Universidade Federal da Bahia)
Trabalho Completo
IR3 | CIDADANIA E DEMOCRACIA NO MERCOSUL
Dilemas do transnacionalismo: o caso da agricultura familiar no
Mercosul
Priscila D Carvalho (UNB) e Marisa von Bulow (UNB)
Trabalho Completo
O desafio democrático para a integração latino-mericana
Regiane Nitsch Bressan (Faculdades Integradas Rio Branco)
Trabalho Completo
IR4 | AS CIDADES NOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
Mercocidades e Governança Multinivel no processo de integra-
ção regional sulamericano
Armando Gallo Yahn Filho (Universidade Federal de Uberlân-
dia)
Trabalho Completo
La inserción de las ciudades en el aparato institucional del MER-
COSUR
Bruno Maciel Santos (PUC MINAS)
Trabalho Completo
As cidades no cenário global: do neoliberalismo à crise de 2008
Eber Pires Marzulo (UFRGS) e Vanessa Marx (UFRGS)
Trabalho Completo
Paradiplomacia, desenvolvimento e integração regional de cida-
des amazônicas: desafios e especificidades do estado do Pará
William Rocha (NAEA / UFPA)
Trabalho Completo
IR5 | FRONTEIRAS E INTEGRAÇÃO REGIONAL DE INFRAESTRU-
TURA
O Princípio do Interesse Nacional aplicado à Integração regional
de infra-estrutura na América do Sul
Debora Rossi (UNESP)
Trabalho Completo
O contencioso Brasil-Bolívia em torno dos hidrocarbonetos des-
fazendo mitos
Igor Fuser (USP)
Trabalho Completo
IR6 | A VENEZUELA E OS ARRANJOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
ALBA: exemplo de regionalismo pós-liberal na América Latina?
Adriana Suzart de Pádua (UNESP FRANCA)
Trabalho Completo
O social em foco: influências da política externa brasileira e ve-
nezuelana sobre a coesão social nacional e regional
Ana Paula Becker (UERJ) e Erika Medina Barrantes (UERJ)
Trabalho Completo
Aliança bolivariana para os povos de nossa América (ALBA)
William Daldegan de Freitas (PUC MINAS)
Trabalho Completo
IR7 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO CONTEXTO DA INTE-
GRAÇÃO
Models of South American integration and Brazil´s international
Cristina Pecequilo (UNIFESP) e Corival Alves (IPEA)
Trabalho Completo
As relações entre o Brasil e a União Europeia: vantagens e desa-
fios da parceria estratégica
Karine de Souza Silva (UFSC)
Trabalho Completo
Integração, imaginação e política externa: o espaço sul-
americano na política externa de Lula da Silva
Roberto Goulart Menezes (UNB)
Trabalho Completo
A America do Sul do governo Lula
Rogério Santos da Costa (UNISUL)
Trabalho Completo
IR8 | A UNASUL
Governança Global e Novos Atores
PAINÉIS
INTEGRAÇÃO REGIONAL
Modelos de integração na América do Sul do Mercosul à Unasul
Ana Carolina Vieira de Oliveira (UERJ) e Rodrigo Souza Salgado
(UERJ)
Trabalho Completo
A Unasul como bloco de integração regional
Jeancezar Ditzz de Souza Ribeiro (Unilasalle/RJ)
Trabalho Completo
Unasul: mais do mesmo? Desafios do novo processo de integra-
ção regional sul americano na construção de um regionalismo
democrático
Kelly da Rocha Gomes (UNESP / UNICAMP / PUC-SP)
Trabalho Completo
IR9 | NOVOS ATORES NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS INTE-
GRACIONISTAS
O Mercosul, a paradiplomacia e as políticas nacionais para atu-
ação dos governos subnacionais no processo de integração regi-
onal
Felipe Cordeiro de Almeida (UNB)
Trabalho Completo
A paradiplomacia no processo de integração regional - O caso
do Mercosul
Henrique Sartori de Almeida Prado (UFGD)
Trabalho Completo
A inserção de pequenos Estados sub-naconais nas relações in-
ternacionais através da paradiplomacia: Rondônia, Acre – Perú
Hewerton William Avelino Alves Pereira
Trabalho Completo
Democratizando o “global”: um estudo sobre a participação dos
governos não centrais no cenário internacional
João Ricardo Pessoa Xavier de Siqueira (UEPB) e Renata de
Lima Mendonça (UEPB)
Trabalho Completo
IR10 | SEGURANÇA E CONFLITO EM ZONAS DE INTEGRAÇÃO
Governança Securitária Europeia e Novos Atores Transnacionais
Carlos Aturi (UFRGS)
Trabalho Completo
Conflitos Políticos e Integração Regional na América do Sul
Marcelo Coutinho (UFRJ e IUPERJ)
Trabalho Completo
A integração regional como bem público: uma análise da agen-
da de segurança pública do MERCOSUL
Taiane Las Casa Campos (PUC MINAS)
Trabalho Completo
IR11 | FLUXOS DE BENS, PESSOAS E CAPITAL EM EXPERIÊNCIAS
INTEGRACIONISTAS
Política Migratória dos Países do Mercosul e a conformidade
com a Política
Cintiene Sandes (UFRJ)
Trabalho Completo
A integração regional para o desenvolvimento
Luis Alejandro Araque Botero
Trabalho Completo
IR12 | ASPECTOS DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL DA
INTEGRAÇÃO
Ativismo partidário internacional como forma de intervir nas
relações inter-estatais: algumas influências na construção da
união de nações Sul-americanas (Unasul)
Guilherme Nafalski
Trabalho Completo
Mercosul custos e benefícios de diferentes acordos comerciais
Rosana Curzel (UFRRJ)
Trabalho Completo
IR13 | AS RELAÇÕES REGIONAIS SUL-AMERICANAS APÓS 20
ANOS DE MERCOSUL: BALANÇO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Democracia e Politica externa
Ariane Cristine Roder Figueira (UFRJ)
Trabalho Completo
Democratização supranacional? O caso do Mercosul
Fabricio Pereira da Silva (UNILA)
Trabalho Completo
A terceira margem do Prata: hierarquias e travessias no proces-
so de integração do Cone Sul
Diego Santos Vieira de Jesus
Trabalho Completo
IR14 | ESTUDOS LEGISLATIVOS E INTEGRAÇÃO REGIONAL: COM-
PETÊNCIAS E REPRESENTAÇÃO NO PARLASUL
A dimensão dos parlamentos regionais no organograma institu-
cionais: lições do parlamento europeu, resultados do Parlasul e
comparações possíveis
Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE), Maria Eduarda Paiva
(UFPE) e Marion Lamenha (UFPE)
Trabalho Completo
O “neoinstitucionalismo crítico” como ferramenta de análise
para os parlamentos regionais
Cícero Krupp (USP)
Trabalho Completo
A Comissão Parlamentar Conjunta desempenho e atuação
Keren Hapuque (UFPE)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011 Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
IR15 | UNASUL: ABORDAGENS SOBRE A INTEGRAÇÃO SUL-
AMERICANA
Venezuela e Argentina na Unasul: divergências e convergências
no processo de integração
Ana Carolina Martins (UFS)e Miguel Brunoo Soares Silva (UFS)
Trabalho Completo
Bolívia e Peru perspectivas compartilhadas com relação à UNA-
SUL
Andréia Teixeira dos Santos (UFS) e Karine Ribeiro (UFS)
Trabalho Completo
IR16 | PARA ONDE CAMINHA A AMÉRICA DO SUL? NOVAS
AGENDAS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL
Conselho Sul-americano de defesa: gênese, desenvolvimento
inicial e desafios (2008-2010)
Kleber Antonio Galerani (UFRGS)
Trabalho Completo
Possibilidades e desafios para um projeto Sul-americano de coo-
peração em temas relacionados à propriedade intelectual no
âmbito da Unasul
Marc Antoni Deitos (Centro Universitário Ritter dos Reis)
Trabalho Completo
IR17 | INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA DO SUL: NOVOS E
VELHOS PROCESSOS
Integração regional na América do Sul: processos em aberto
Miriam Gomes Saraiva (UERJ)
Trabalho Completo
La agenda sociopolítica del mercosur desde 2003: un acercami-
ento desde lo ideacional
Sergio Caballero (UAM)
Trabalho Completo
IR18 | INTEGRAÇÃO DA INFRAESTRUTURA REGIONAL SUL-
AMERICANA
Os projetos de integração regional do governo Hugo Chávez
Luiz Fernando Sanná Pinto (UFRJ)
Trabalho Completo
A integração de infraestrutura entre Brasil e Venezuela: a IIRSA
e o eixo Amazônia-Orinoco
Pedro Silva Barros (IPEA ) e Raphael Padula (UFRJ)
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
PE1 | BRASIL E OS EQUILÍBRIOS REGIONAIS: ÁSIA
A influência das mudanças geopolíticas Internacionais sobre a
Política Externa brasileira nos governos FHC e Lula
Diogo Villela Garcia Moura (UFPE)
Trabalho Completo
Governo Lula e a Ásia: primeiras impressões das relações Brasil –
Ásia de 2003-2010
Kelly Ferreira (UNESP/UNICAMP/ PUC SP)
Trabalho Completo
O sistema internacional em processo e o papel dos poderes regi-
onais: o papel da África nas políticas externas de Brasil e Índia
Sandra Cardozo (UFU)
Trabalho Completo
PE2 | AS RELAÇÕES BRASIL-ÁFRICA EM PROCESSO DE TRANS-
FORMAÇÃO
Mapeamento dos projetos de cooperação horizontal Brasil-
África em países de língua oficial portuguesa na área da saúde
entre 2000 -2010
Livia de Oliveira Pasqualin (UNAERP) e Tatiana de Souza Leite
Garcia (UNAERP)
Trabalho Completo
Brasil e África: um novo olhar? Notas para uma pesquisa
Shiguenoli Miyamoto (Universidade de Campinas)
Trabalho Completo
PE3 | RELAÇÕES SUL-SUL: coalizões e projeção de poder
Uma agenda internacional im“bric”ada: Os novos caminhos e
desafios da política externa brasileira no século XXI
Marcus Maurer de Salles (USP)
Trabalho Completo
O Brasil dos brics: mecanismos de compreensão acerca da con-
dição de potência emergente no atual sistema internacional
Verônica Moreira dos Santos Pires (UFRJ)
Trabalho Completo
PE4 | TRANSFORMACOES POLITICAS INTERNAS E EXTERNAS DE
POTENCIAS REGIONAIS
Reavaliando as transições: apontamentos sobre a política exter-
na da África do Sul pós-apartheid
Bernardo Ramos Bahia (PUC MINAS)
Trabalho Completo
As relações russo-japonesas no início do século XXI
Gabriel Pessin Adam (UFRGS)
Trabalho Completo
Análise da diplomacia chinesa: a “ascensão pacífica” e seus
questionamentos
Gabriela Amaral (UNESP / UNICAMP / PUCSP)
Trabalho Completo
PE5 | AMÉRICA DO SUL E DESENVOLVIMENTO: ENTRE SIMETRI-
AS E ASSIMETRIAS
Política externa de Lula e a dinâmica Sul-americana: o caso da
IIRSA
Julio Cesar Pinguelli Jacomo (PUC-Rio) e Ana Carolina Vieira de
Oliveira (UERJ)
Trabalho Completo
A Atuação do BNDES como Agente Indutor da Inserção Comerci-
al do Brasil no Governo Lula
Robson Coelho Cardoch Valdez (UFRGS)
Trabalho Completo
A integração regional para o desenvolvimento na América do
Sul: a provisão de um bem público regional
Luis Alejandro Araque Botero (PUC MINAS)
Trabalho Completo
PE6 | DESENVOLVIMENTO E DEMOCRACIA NAS RELACOES IN-
TERNACIONAIS DO BRASIL
A convenção do milênio e sua efetividade como fonte de uma
ordem mais justa e democrática no Brasil
Ariadne Celinne de Souza Silva (UFMS) e Celeida Maria C. S.
Silva (Universidade Católica Dom Bosco)
Trabalho Completo
A energia como variável estratégica da política externa brasilei-
ra
Daniela Marques Medeiros (Programa San Tiago Dantas)
Trabalho Completo
Política externa brasileira e os rumos do desenvolvimento: alter-
nâncias históricas e proposição conceitual (1990-2010)
Creomar Lima Carvalho de Souza (IBMEC-DF) e Leandro Freitas
Couto (IBMEC-DF)
Trabalho Completo
PE7 | ESPAÇO ÍBER0-AMERICANO: transformações sociais, polí-
ticas e econômicas
A política externa cubana em tempos de incerteza: isolamento
ou reinserção?
Marcos Antonio da Silva (UFRN) e Guillermo Alfredo Johnson
(UFGD)
Trabalho Completo
La relación Argentina-Venezuela 2003-2010: ¿Un vínculo de
ritmos oscilantes?
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
PAINÉIS
POLÍTICA EXTERNA
Maria Elena Lorenzini (Universidad Nacional de Rosario)
Trabalho Completo
PE8 | IDENTIDADE E CULTURA NAS RELACOES INTERNACIONAIS
Futebol e política externa: um olhar sobre as relações Brasil-
Argentina
Beatriz Thomaz Carvalho (UERJ)
Trabalho Completo
Identidade, política externa e os discursos sobre história na
Ucrânia
Daniel Edler (PUC-Rio)
Trabalho Completo
O Estado e a Emigração: as novas politicas para os emigrantes
brasileiros e os seus descendentes
Fernanda Rais Ushijima (Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho)
Trabalho Completo
PE9 | ESTUDOS DE POLÍTICA EXTERNA – ATORES/IDÉIAS
O Brasil e o G-20: Pressões Domésticas e a Construção da Posi-
ção Negociadora na Rodada Doha da OMC
Haroldo Ramanzini Júnior (UFU) e Marcelo Passini Mariano
(UNESP)
Trabalho Completo
Análise comparativa da política externa comercial do Brasil e
dos estados unidos no contencioso do suco de laranja
Marcelo Fernandes de Oliveira (Unesp Marília) e Camilla Silva
Geraldello (Unesp Marília)
Trabalho Completo
Diplomacia comercial brasileira: a defesa dos interesses do setor
agrícola na rodada Doha (2001-2010)
Silvana Aline Soares Simon (UFRGS)
Trabalho Completo
A política externa Argentina (PEA) durante os governos justicia-
listas (Menem, Duhalde e Kirchner) e as relações com o Brasil
Vera Lucia (UFRGS)
Trabalho Completo
PE10 | POLÍTICA EXTERNA: TEORIA E TEMAS
O ensino e a pesquisa sobre política externa no campo das Rela-
ções Internacionais do Brasil
Carlos Aurélio Pimenta de Faria (PUC MINAS)
Trabalho Completo
PE11 | INSERÇÃO INTERNACIONAL E DESENVOLVIMENTISMO
NA POLITICA EXTERNA BRASILEIRA
O Brasil na reunião ministerial de agricultura da OCDE, fevereiro
de 2010
Leandro Simões (PUC SP), George Samir Abdul-Hak (PUC SP) e
Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC SP)
Trabalho Completo
Segurança alimentar, solidariedade internacional e a política
externa no governo Lula (2003-2010)
Pilar Figueiredo Brasil (IREL – UnB) e Thiago Gehre Galvão
(Universidade Federal de Roraima)
Trabalho Completo
PE12 | A POLITICA EXTERNA BRASILEIRA E AS QUESTOES RELA-
TIVAS AO MEIO AMBIENTE
Atuação diplomática brasileira nas negociações internacionais
do meio ambiente
Ariane C. Roder Figueira (UFRJ)
Trabalho Completo
Política externa brasileira para mudanças
Jefferson Estevo (PUC-SP / UNESP / UNICAMP)
Trabalho Completo
A Evolução da posição oficial brasileira sobre as mudanças cli-
máticas
Lucas José Galvão Garcia de Freitas (UNB)
Trabalho Completo
Caminhos bifurcados: o Brasil e a Argentina na dinâmica global
de clima
Matías Franchini (UNB)
Trabalho Completo
PE13 | POLITICA EXTERNA BRASILEIRA, DIREITOS HUMANOS E
QUESTOES HUMANITARIAS
Direitos humanos: o posicionamento internacional brasileiro
durante o governo do partido dos trabalhadores (2003-2010)
Fábio Koifman (UFRRJ)
Trabalho Completo
PE14 | A PARADIPLOMACIA EM ACAO: NOVAS PRATICAS E NO-
VOS NIVEIS DA ACAO ESTATAL
Diplomacia federativa: o estado brasileiro e a atuação internaci-
onal de suas unidades constituintes
Manoela Salem Miklos (PPGRI San Tiago Dantas)
Trabalho Completo
As cidades como atores políticos nas relações internacionais
Vanessa Marx (UFRGS)
Trabalho Completo
PE15 | MUDANCAS E CONTINUIDADES NA POLITICA EXTERNA
NORTE-AMERICANA
Governança Global e Novos Atores
Acomodação estratégica? As relações entre o Brasil e os estados
unidos durante o governo Lula (2003-2010)
André Luiz Reis da Silva (UFRGS)
Trabalho Completo
Dos Neocons ao Tea Party: conservadorismo norte-americano
comparado
Lucas Amaral Batista Leite (UNESP / UNICAMP / PUCSP)
Trabalho Completo
A direita cristã e a política externa norte-americana durante a
administração W. Bush
Luiza Mateo (UNESP)
Trabalho Completo
A (des)governança norte-americana e seu impacto na governan-
ça global
Diego Santos (PUC-RJ) e Tatiana Teixeira (UERJ)
Trabalho Completo
PE16 | POLITICA EXTERNA BRASILEIRA E SEGURANÇA INTERNA-
CIONAL
Operações de paz à brasileira – Uma reflexão teórica, contextual
e historiográfica
Daniele Dionisio da Silva (UFRJ)
Trabalho Completo
Política externa, segurança e defesa: um estudo do governo Lula
Giovanni Hideki Chinaglia Okado (UNB)
Trabalho Completo
Entre a defesa e a diplomacia: o caminho para uma política de
defesa brasileira
Priscila Rodrigues Pereira (PPGRI San Tiago Dantas / Unesp /
Unicamp / USP)
Trabalho Completo
PE17 | O BRASIL COMO ATOR PROTAGONICO NAS RELACOES
INTERNACIONAIS
Smart Power: os pilares deste poder na política externa brasilei-
ra
Danielle Jacon Ayres Pinto (UNICAMP)
Trabalho Completo
O Smart Power do Brasil: as lições advindas do engajamento
brasileiro no Haiti
Leonardo Miguel Alles (UFRGS)
Trabalho Completo
Em busca do papel protagonista uma análise da participação
brasileira em fóruns internacionais
Clarice Menezes (IBMEC-BH / CPDOC-FGV)
Trabalho Completo
PE18 | A POLITICA EXTERNA BRASILEIRA E AS NOVAS DIMEN-
SOES DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
A cooperação sul-sul na agenda diplomática brasileira : explo-
rando suas dimensões técnica e cientifíca e tecnológica
Fernanda C. N. Izidro Gonçalves (PUC Rio) e Lana Bauab Brito
(UERJ)
Trabalho Completo
O Brasil no regime da Cooperação Internacional para o Desen-
volvimento: quoi de neuf?
Luara Landulpho Alves Lopes (PUC SP)
Trabalho Completo
PE19 | POLÍTICA EXTERNA, BUROCRACIA E PARTICIPACAO DE-
MOCRATICA
Poder Legislativo e Política Externa Brasileira: estado da arte e
agenda de pesquisa
Ernani Carvalho (UFPE) e Deywisson Souza (UFPE)
Trabalho Completo
Participação social na política externa brasileira- O caso da
construção do mercosul participativo
Giorgio Romano Schutte (Universiade de Amsterdam / USP)
Trabalho Completo
A inserção internacional do poder executivo federal brasileiro:
mapeamento quantitativo
Michelle Badin e Cassio Luiz de França
Trabalho Completo
O plano doméstico e a importância das novas unidades de deci-
são na formulação de política externa para a Amazônia
Paula Moreira (UERJ)
Trabalho Completo
PE20 | DIREITO INTERNACIONAL
Política externa e direitos de propriedade intelectual: a adesão
do Brasil ao regime internacional da UPOV
Camila Bassi (UNESP MARILIA) e Cristina Soreanu Pecequilo
(UNIFESP)
Trabalho Completo
Modelos de reputação internacional e paradigmas de política
externa
Sabrina Evangelista Medeiros (EGN/MB - PPGHC/UFRJ)
Trabalho Completo
PE22 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E SOCIEDADE CIVIL
O papel da mídia no processo decisório em política externa. O
caso de reconhecimento de Angola no governo Ernest Geise
Jacqueline Ventapane (UFRGS)
Trabalho Completo
Partidarização da Política Externa Brasileira - Uma proposta
para a participação partidária na Política Externa
Lucas Mesquita (UNICAMP)
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
Trabalho Completo
PE23 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E PENSAMENTO ESTRA-
TEGICO
A Política Externa Brasileira e o Etanol: Um Exercício de Planeja-
mento Estratégico
José Alexandre Altahyde Hage (Unicamp)
Trabalho Completo
Em busca de espaços para a inserção internacional: o pragma-
tismo da política externa brasileira na primeira década do século
XXI
Julio Cesar Borges dos Santos (USP)
Trabalho Completo
O CEBRI e o Governo FHC: Uma Abordagem da Influência dos
Think Tanks na Política Externa Brasileira
Ricardo Oliveira dos Santos (PUC Rio)
Trabalho Completo
PE25 | REGIME DEMOCRÁTICO E PRODUÇÃO DA POLÍTICA EX-
TERNA BRASILEIRA
Diplomacia rima com democracia? A hipótese do
“republicanismo mitigado”
Dawisson Lopes (PUC MINAS)
Trabalho Completo
A política externa de Collor de Mello: bases societárias, mudan-
ças institucionais e conjunturas globais
Guilherme Casarões (FAAP)
Trabalho Completo
PE26 | EXPORTAÇÃO DE DEMOCRACIA NA POLÍTICA EXTERNA
AMERICANA NO PÓS-GUERRA FRIA
Democracia e segurança na política externa americana no pós-
guerra fria
Maria Helena de Castro Santos (UNB) e Ulysses Teixeira (UNB)
Trabalho Completo
Estratégias de promoção de democracia na política externa
americana: o caso da Doutrina Bush
Ulysses Tavares Teixeira
Trabalho Completo
PE28 | A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: PROTAGONISMO, ME-
DIAÇÃO E INSERÇÃO INTERNACIONAL
As relações bilaterais Brasil-Índia: um estudo das perspectivas
de aproximação e de distanciamento (2003-2010)
Ana Regina Falkembach Simão (ESPM-SUL)
Trabalho Completo
O discurso autonomista vs o discurso institucionalista pragmáti-
co da política externa brasileira sobre o Mercosul
Erica Simone Almeida Resende (UFRRJ)
Trabalho Completo
Discurso e política externa brasileira
Maria Izabel Mallmann (PUC RS)
Trabalho Completo
PE29 | PODER E POLÍTICA EXTERNA NAS AMÉRICAS: O BRASIL
PODE LIDERAR?
La evaluación de las nuevas dinámicas de la política exterior en
las américas: continuidades y cambios. el caso Brasil
Juan Battaleme (UADE / USAL, FLACSO)
Trabalho Completo
Ajuda ou estorvo? Respostas americanas à postura mais asserti-
va do Brasil nas politicas externas
Kai Lehmann (PUC-Rio)
Trabalho Completo
A Política Externa Brasileira e seus matizes históricos
Marcial A. G. Suarez (UFF)
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
SI1 | AÇÃO HUMANITÁRIA E SEGURANÇA HUMANA
Segurança humana, ajuda externa e política externa japonesa
Juliano Akira (UNESP / UNICAMP / PUC-SP)
Trabalho Completo
Transformações nas Operações de Paz e Proteção Humanitária
no Pós Guerra Fria
Marcos Vinicius Mesquita A. Figueiredo (PUC Rio)
Trabalho Completo
A ação humanitária e a contrução de Estados Liberal-
Democráticos: o caso do Timor Leste de 1999 a 2008
Ricardo Oliveira (PUC Rio)
Trabalho Completo
SI2 | AMEAÇAS ASSIMÉTRICAS NO NOVO CENÁRIO DE SEGU-
RANÇA INTERNACIONAL
O narcotráfico como uma questão de segurança internacional.
Andrea Rangel Ribeiro (ESPM-RJ)
Trabalho Completo
Entre Urnas e Armas: A Competitividade do Poder Executivo e as
Guerras Civis
Danilo Freire (USP)
Trabalho Completo
As novas guerras e as cidades: a urbanização da guerra e as
forças armadas norte-americanas
Manoela Miklos (PPGRI San Tiago Dantas)
Trabalho Completo
Intervenções para a Paz em Conflitos Assimétricos: desafios na
formulação de estratégias de estabilização no século XXI em
relação a novos atores beligerantes
Rafael Assumpção Rocha (UFSC)
Trabalho Completo
SI3 | CONFLITOS E REVOLUÇÕES DA ÁFRICA AO ORIENTE MÉ-
DIO
Secessão, Estatalidade e Novos Estados Africanos
Daniel Carvalho (UVV)
Trabalho Completo
Os círculos concêntricos da política libanesa e suas repercussões
para o Oriente Médio
Danny Zahreddine (PUC Minas)
Trabalho Completo
A primavera árabe na perspectiva de neoconservadores e libe-
rais
David Almstadter de Magalhães (Universidade Anhembi-
Morumbi)
Trabalho Completo
As identidades nacionais e o conflito geopolítico entre Israel e
Palestina
Geovana Zoccal Gomes (PUC MINAS)
Trabalho Completo
SI5 | DILEMAS RECENTES DA SEGURANÇA SUL-AMERICANA
Política de defesa nacional, estratégia nacional de defesa e dou-
trina militar de defesa: América do Sul e segurança regional
Andréa Benetti Carvalho de Oliveira (UFPR ) e Caroline Cordei-
ro Viana e Silva (UFPR)
Trabalho Completo
Tear Down this Wall: The Tri-Border Discussion
Pedro Erik Carneiro (UNB)
Trabalho Completo
Operações de paz como incentivo ao profissionalismo das Forças
Armadas: o caso uruguaio
Tiago Pedro Vales (UNESP)
Trabalho Completo
SI6 | ESTADOS FALIDOS: AMEAÇA REAL OU CONSTRUÍDA?
Estados falidos: uma ameaça a segurança internacional
Cintia Ribeiro (San Tiago Dantas – UNESP, Unicamp, PUC/SP)
Trabalho Completo
SI7 | GÊNERO E SEGURANÇA INTERNACIONAL
Notas sobre a implementação da Resolução 1325 do Conselho
de Segurança relativa à mulher, paz e segurança
Camila Soares Lippi (UFRJ)
Trabalho Completo
O impacto da transversalização de gênero em operações de paz
da ONU
Fabiana Pierre (Universidad de Chile)
Trabalho Completo
SI8 | GEOPOLÍTICA, PODER E SOBERANIA
Soberania e Diferença nas Nações Unidas
Felipe Bernardo Estre (PUC Rio)
Trabalho Completo
Diáspora e conflitos: uma reflexão sobre o papel da diáspora no
conflito da terra-natal
Geraldine Rosas (UNI BH e PUC Minas)
Trabalho Completo
O custo de projeção de poder
Henrique Furtado (PUC Minas) e Saymon Sanderson (PUC Mi-
nas)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
PAINÉIS
SEGURANÇA INTERNACIONAL
Uma Nova Abordagem para o Estudo do Engajamento do Brasil
em Operações de Paz da ONU
Lucas Rezende (UFGRS)
Trabalho Completo
SI9 | GOVERNANÇA GLOBAL E AMEAÇAS COMPLEXAS: ABORDA-
GENS CRÍTICAS PARA O ESTUDO DE SEGURANÇA
As políticas de segurança humana e a análise do conflito colom-
biano durante o governo Uribe: o papel de discursos de capaci-
tação e vitimização
Diogo Dario (University of St Andrews)
Trabalho Completo
SI10 | GRANDES POTÊNCIAS E EMERGENTES: DILEMAS DA SE-
GURANÇA INTERNACIONAL
O wilsonismo e a segurança internacional: valores como pressu-
posto para a segurança coletiva?
Ana Carolina Camargo (UNESP)
Trabalho Completo
SI11 | HUMANITARISMO E NOVOS ATORES INTERNACIONAIS
A “estatização” do trabalho humanitário no pós-Guerra Fria: o
“novo humanitarismo” e o dilema da cooperação entre humani-
tários e Estados
Bruno Heilton Toledo Hisamoto (USP)
Trabalho Completo
Segurança Internacional e os Atores Sociais
Carolina Dantas Nogueira (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Os campos de refugiados: um exemplo de “espaços de exceção”
na política contemporânea
Jorge Braga (UERJ-FFP)
Trabalho Completo
SI12 | IMPACTOS DA ATUAÇÃO CHINESA NA SEGURANÇA DAS
NAÇÕES
Segurança e soberania no contexto chinês
Alexandre César Cunha Leite (PUC SP)e e Jéssica Máximo (UNI
BH)
Trabalho Completo
A China como hegemon em potencial e as implicações para a
segurança nacional americana
Kelly Cristiane da Silva (Programa San Tiago Dantas (Unesp,
Unicamp , PUC-SP)
Trabalho Completo
China na América Latina: suas estratégias, interesses e as impli-
cações dessa proximação sino-latioamericana no relacionamen-
to triangular China – América Latina - EUA
Maria Rita Vital Paganini Cintra (PEPI)
Trabalho Completo
SI13 | OPERAÇÕES DE PAZ: PRÁTICAS E REPERCUSSÕES PARA A
SEGURANÇA INTERNACIONAL
A interoperacionalidade nas operações de paz: as doutrinas de
peacekeeping do Brasil, França e Canadá
Marco Freitas (Universidade Federal Fluminense)
Trabalho Completo
SI14 | POLÍTICA DE SEGURANÇA E DEFESA BRASILEIRA: DISCUR-
SO E AÇÃO
A lógica de segurança no projeto de América do Sul: Componen-
tes do regionalismo brasileiro
Artur Andrade da Silva Machado (UNB)
Trabalho Completo
Análise semiótico-pragmática comparada das Políticas de Defe-
sa Nacional brasileiras (1996 e 2005)
Martino Gabriel Musumeci (DCP / FFLCH-USP)
Trabalho Completo
A atuação brasileira na agenda de segurança internacional:
pacifismo ou política de inserção?
Priscila Pereira (PPGRI San Tiago Dantas - Unesp / Unicamp /
Usp)
Trabalho Completo
SI15 | PRIVATIZAÇÃO DA SEGURANÇA NAS RELAÇÕES INTERNA-
CIONAIS
A privatização da força e os novos desafios para a segurança
internacional: Empresas Militares Privadas no Afeganistão e no
Iraque
Cauê Pimentel (UNESP Franca)
Trabalho Completo
A Governança da Segurança dos EUA pós 11 de setembro: O
papel da segurança privada na promoção da segurança nacio-
nal
Cléber da Silva Lopes (USP)
Trabalho Completo
A utilização de Empresas Militares Privadas em Missões de Paz
Cristiano Garcia Mendes (PUC MINAS) e Christopher Bahia
Mendonça (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Atores não-estatais como agentes de Securitização em conflitos:
o papel das Companhias Militares Privadas na Guerra do Afega-
nistão
Fernando Brancoli (UFF)
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
O padrão de atuação das empresas de segurança privada: o
caso de Angola
Tomaz Paoliello (PUC SP)
Trabalho Completo
SI16 | SEGURANÇA REGIONAL NA AMÉRICA LATINA
A influência dos conflitos intermésticos socioambientais no pro-
cesso de integração política sul-americana: Da Guerra do Pacífi-
co à atualidade
Vitor Stuart Gabriel de Pieri (UNICAMP)
Trabalho Completo
SI17 | TECNOLOGIA MILITAR E INDÚSTRIA BÉLICA: EXPERIÊN-
CIAS INTERNACIONAIS E O CASO BRASILEIRO
A factibilidade da transferência de tecnologia e o spin-off no
programa fx-2 da FAB
Alcides Eduardo Dos Reis Pero (UNICAMP)
Trabalho Completo
Impacto de novas tecnologias nas políticas de defesa das gran-
des potências
Érico Esteves Duarte (UFRGS)
Trabalho Completo
SI18 | TERRORISMO E SEGURANÇA NO SÉCULO XXI
Guerra ao terror: uma guerra na sociedade de controle
João Paulo Gusmão P. Duarte
Trabalho Completo
Os esforços da sociedade internacional no combate ao terroris-
mo
Sérgio Aguilar (UNESP)
Trabalho Completo
Conflitos assimétricos e o estado: o neoterrorismo e os novos
paradigmas para formulação de políticas de defesa nacional
Wando Dias Miranda (UFPA) e Durbens MartinsNascimento
(UFPA)
Trabalho Completo
SI19 | USO E CONTROLE INTERNACIONAL DE ARMAS NUCLEA-
RES E CONVENCIONAIS
A nova doutrina nuclear dos EUA e a materialização do Hemisfé-
rio Sul Livre de Armas Nucleares
Elias David Morales Martinez (UEPB)
Trabalho Completo
A relação entre os Estados Unidos e a Índia e o regime de não
proliferação nuclear: as mudanças no pós guerra-fria
Tainá Dias Vicente (UNESP/PUC-SP/UNICAMP)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
TRI1 | As implicações políticas das práticas de sentir, sofrer,
esquecer e memorizar em contextos de crise, ruptura, trauma e
transição política
Trauma e crise de significados na articulação de identidades
coletivas na política internacional
Erica Simone Almeida Resende (UFRRJ)
Trabalho Completo
O papel da memória histórica imperial na política externa: Fran-
ça, Inglaterra, Rússia e Japão em perspectiva comparada
Juliana Ramos Luiz (UERJ)
Trabalho Completo
A prática da medicalização como forma de tratamento do
‘trauma’: implicações para os processos de reconciliação social
em cenários de pós- conflito
Renata Barbosa Ferreira (IBMEC-BH)
Trabalho Completo
TRI2 | Potências emergentes e hegemonia em crise no sistema-
mundo moderno: rumo ao caos sistêmico ou oportunidade para
uma nova governança global?
A China diante dos desafios internacionais pós-hegemônicos no
século XXI: alternativas de poder num período de caos sistêmico
Fernando Marcelino Pereira (UFPR e Unicuritiba)
Trabalho Completo
TRI4 | Migrações, Cidadania e Soberania: tensões e dilemas
para as relações internacionais contemporâneas
Cidadania, migrações e integração regional - Notas sobre o Bra-
sil, o Mercosul e a União Européia
Camila Baraldi (IRI / USP)
Trabalho Completo
TRI5 | A Contribuição do Pensamento Francês para as Relações
Internacionais
Une approche sociologique des dynamiques multilatérales. Les
cas du Brésil et du Mexique dans le multilatéralisme onusien
depuis 1945
Mélanie Albaret (Instituto de Estudos Políticos de Poitiers e
Université de Lille)
Trabalho Completo
TRI6 | Cultura e Teoria da Relações Internacionais
Governança mundial: a África entre o relativismo e o universalis-
mo
Alfa Diallo (UFGD)
Trabalho Completo
TRI7 | Teorias Criticas
A transnacionalização sindical como instrumento de governan-
ça: contextualização histórica e alguns debates teóricos sob a
luz da literatura das relações internacionais da década de 1970
Katiuscia Moreno Galhera Espósito (San Tiago Dantas)
Trabalho Completo
Teoria Crítica e Governança Global: como compreender o papel
das Organizações Internacionais?
Mariana Yante B. Pereira (Unicamp)
Trabalho Completo
Governança global em questão: uma crítica poulantziana a Ro-
bert Cox
Tatiana Berringer (UFPE)
Trabalho Completo
Os movimentos sociais transnacionais
Renata Guimarães Reynaldo e Ana Cecilia da Costa (Centro de
Ciências Jurídicas)
Trabalho Completo
TRI8 | Construtivismos e governança global
Em busca de um modelo analítico para o estudo da política in-
ternacional contemporânea
Bernardo Silva Martins Ribeiro (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Os atores sociais e a teoria das relações internacionais
Carolina Dantas Nogueira (PUC MINAS)
Trabalho Completo
TRI9 | Virada lingüística e análise de discurso
Análise do discurso e relações internacionais: potencialidades e
limitações
Aureo de Toledo Gomes (USP)
Trabalho Completo
Análise de discurso e relações internacionais: considerações
teórico-metodológicas
Julia Faria Camargo (UFRR) e Elizabete Sanches Rocha (UNESP)
Trabalho Completo
Contribuições linguísticas na construção e desconstrução das
Relações Internacionais
Martino Gabriel Musumeci (DCP / FFLCH-USP)
Trabalho Completo
Robert Mugabe, um herói com o poder do discurso
Xaman Minillo Robert (UNB)
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
PAINÉIS
TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
TRI10 | Meio Ambiente, Direitos Humanos e Governança Global
Justiça ambiental global: uma metateoria de justiça para a aná-
lise da crise mundial de alimentos
Anahi Castro (UEPB)
Trabalho Completo
Avanços e Empecilhos na Governança Global uma análise de
três níveis
Italo Beltrão Sposito (IRI / USP)
Trabalho Completo
A dimensão e o espaço do meio ambiente frente às teorias de
relações internacionais
Vinicius Wolf (FECAP)
Trabalho Completo
TRI11 | Segurança e Teoria das Relações Internacionais
Reputação e Política Internacional Entendendo a Atitude dos
EUA quanto às Atividades Nucleares do Brasil
Eugenio Diniz (PUC MINAS)
Trabalho Completo
Interpretações sobre regimes internacionais e a disputa entre
Eua e o secretariado-geral da ONU pela formação de consensos
sobre o combate ao terrorismo
William Torres Laureano da Rosa (San Tiago Dantas - UNESP,
UNICAMP, PUC-SP)
Trabalho Completo
TRI12 | Hegemonia, interdependência e ordem nas Relações
Internacionais
Teoria das alianças e os Bric (Brasil, Rússia, Índia e China): uma
análise de sua formação e dinâmica
Antonio Henrique Lucena Silva (UFF)
Trabalho Completo
Um olhar crítico da nova ordem mundial de Slaughter
Fabiano L de Menezes (USP)
Trabalho Completo
Poder, interdependência e desigualdade
Felipe Bernardo Estre (PUC Rio)
Trabalho Completo
TRI13 | Epistemologia e Historicidade
A paz no conflito entre teorias das relações internacionais
Diego Trindade d'Ávila Magalhães (UNB)
Trabalho Completo
Lakatos e a teoria das relações internacionais: o programa de
pesquisa científico neo-realista
Flávio Pedroso Mendes (Universidade Federal de Uberlândia)
Trabalho Completo
TRI14 | Pós-modernismo e governamentalidade
Pós-Modernismo e as Relações Internacionais: uma análise sob
a ótica da Complexidade
Heron Sergio M Begnis (UNISC), Gabriella Azevedo (UNISC),
Maurício Stein (UNISC) e Rafael Kirst (UNISC)
Trabalho Completo
TRI16 | Democracia, Justiça e a Teoria das Relações Internacio-
nais
Qual o lugar da democracia nas Relações Internacionais: uma
apreciação teórica
Guilherme Casarões (FAAP)
Trabalho Completo
Justiça e negociações internacionais. Um quadro teórico norma-
tivo
Osmany Porto de Oliveira (USP)
Trabalho Completo
A “globalização da democracia”: aspectos teóricos dos modelos
em questão
Regina Laisner (UNESP)
Trabalho Completo
TRI17 | Democracia, Direitos Humanos e a Teoria das Relações
Internacionais
A mídia e a percepção da sociedade civil nas relações internacio-
nais
Paula de Campos Elias (San Tiago Dantas)
Trabalho Completo
TRI18 | Filosofia Política e Teoria das Relações Internacionais
Guerra e Paz na Teoria Politica de Thomas Hobbes
Ligia Pavan Baptista (UNB)
Trabalho Completo
Quando o Particular Desloca o Universal: Notas de Teoria Políti-
ca Internacional sobre a Crítica da Razão Pura
Victor Coutinho Lage (PUC RIO)
Trabalho Completo
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
GOVERNANÇA GLOBAL, INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS E IMPAC-
TO DOMESTICO
A reforma do conselho de segurança e a “democracia global”
Alexsandro Eugenio Pereira
Trabalho Completo
Governança global em matéria de direitos humanos e seu im-
pacto no Brasil: o caso Maria da Penha na Comissão Interameri-
cana de Direitos Humanos
Camila Soares Lippi
Trabalho Completo
O G-20 e a nova configuração do poder mundial
Giorgio Romano Schutte
Trabalho Completo
Diplomacia e representação empresarial: a política externa bra-
sileira nos anos 90
Meire Mathias
Trabalho Completo
OS BRICS E A ORDEM INTERNACIONAL
Emergindo de onde e para onde? Países "emergentes" e a possi-
bilidade de configuração de uma nova ordem mundial
Ana S. Garcia (Freie Universitat Berlin)
Trabalho Completo
BRIC: de estratégia do mercado financeiro à construção de uma
estratégia de política internacional
Corival Alves do Carmo (UNICAMP)
Trabalho Completo
O novo norte do sul: países emergentes como vetores da globali-
zação no mundo em desenvolvimento
Diego Trindade Magalhães (UNB)
Trabalho Completo
Governança Global e Novos Atores
WORKSHOP DOUTORAL
Economia Política Internacional
EPI P36 | Análise comparada de mercados de capitais: Crise
Global e Arquitetura Financeira Internacional
Autor(a): Caroline Yukari Miagut (IEUFU)
Orientador(a): José Rubens Damas Garlipp (IEUFU)
Resumo: O grau de desenvolvimento dos mercados de capitais
é determinado pela legislação básica, juntamente com as es-
truturas corporate governance e corporate finance de seus
mercados de origem e dos mercados em que atuam. Estas
estruturas, por sua vez, dependem da forma como se proces-
sou o Padrão de Industrialização do país. A legislação básica
destes mercados está relacionada com os fatores estruturais,
os quais, por sinal, encontram-se também sob impacto das
transformações, ainda em curso, advindas da atual crise finan-
ceira internacional e dos desdobramentos que possam ter as
propostas de reordenamento da arquitetura financeira inter-
nacional. Dessa forma, este trabalho tem o objetivo duplo de
desenvolver uma análise crítica acerca das propostas de reor-
denamento da arquitetura financeira internacional, buscando
compreender os seus alcances e limites, mormente no que
tange as suas implicações junto aos mercados de capitais obje-
tos de análise comparada desta pesquisa; além de desenvolver
uma análise comparada do mercado de capitais brasileiro com
os de economias em desenvolvimento ou emergentes, a partir
de estudos de casos de economias selecionadas, com o intuito
de mostrar que esta conformação tem a ver com as caracterís-
ticas estruturais definidas pelo padrão de industrialização des-
tas economias. O método aqui utilizado consiste na revisão
bibliográfica, e consulta a documentos oficiais das instituições
e centros de estudo protagonistas das propostas de reordena-
mento da arquitetura financeira internacional. Assim, serão
estudadas e analisadas condições que prevaleceram no siste-
ma financeiro internacional quando do advento da crise inter-
nacional de 2007 e as principais propostas de reordenamento
da arquitetura financeira internacional e suas implicações jun-
to aos mercados de capitais objetos de análise comparada
desta Pesquisa.
EPI P37 | Dois gigantes em ascensão: Inserção Internacional do
Brasil e da China – um recorte comparativo do período 1990 a
2010
Autor(a): Jéssica Máximo (UNIBH)
Orientador(a): Leandro Rangel (UNIBH)
Resumo: Para Samuel Huntington, após um breve período de
unipolaridade norte-americana pós-Guerra Fria, alguns novos
players teriam ganho um papel de relevância na manutenção
da ordem mundial e na definição da agenda internacional. Os
críticos a este argumento são céticos quanto à real capacidade
destes novos players de moldar a ordem mundial. Contudo, ao
observar o despontar destas novas potências e seu desenvolvi-
mento econômico e social, alguns estudiosos defendem que
estes novos players possam desafiar a hegemonia norte-
americana, especialmente em seus contextos regionais. Se-
guindo a pretensão de se manter em curva ascendente econô-
mica e politicamente no cenário internacional, estes Estados
procuram estratégias de inserção internacional que garantam
a continuidade de seu desenvolvimento e o aumento de sua
influência política e, em alguns casos, militar. Todavia, estas
estratégias variam para cada caso de acordo com as caracterís-
ticas estruturais de cada Estado, com as percepções que cada
um possui desta nova ordem político-econômica internacional,
suas capacidades e recursos e o papel almejado dentro deste
cenário em construção. Dessa forma, este trabalho pretende
analisar como estas estratégias são formuladas e implementa-
das por Brasil e China, dois Estados que têm ganhado grande
destaque no cenário internacional e em seu entorno regional,
dentro do recorte temporal de 1990 a 2010, que abrange perí-
odos de abertura econômica, flexibilização política e de uma
maior tentativa de integração ao sistema regional e internacio-
nal em vários campos praticadas por ambos os Estados. A me-
todologia deste projeto consiste, então, em uma pesquisa des-
critiva-explicativa, de métodos quantitativos e qualitativos,
que busca identificar os aspectos e características da formula-
ção e implementação da estratégia de inserção internacional
do Brasil e da China através de estudo crítico bibliográfico,
análise de documentos oficiais – de governos e OIs – e exame
de dados estatísticos – de governos, OIs e empresas privadas
de pesquisa e estatística.
EPI P38 | A presença de Investimentos Chineses na África: prós e
contras para o desenvolvimento do continente
Autor(a): Jonathan Yuji Kimura (Faculdades Integradas Rio Bran
co)
Orientador(a): Martha Mercado(Faculdades Integradas Rio
Branco)
Resumo: Os investimentos chineses na África se iniciaram no
período da Guerra Fria, quando a relação diplomática entre a
China e a URSS sofreu revezes no final da década de 1950,
gerando um desgaste diplomático por conta principalmente
do conflito armado fronteiriço sino-soviético. A partir deste
quadro, os chineses buscaram novos parceiros estratégicos e
econômicos, com a aproximação dos EUA e de alguns países
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
PÔSTERES | INICIAÇÃO CIENTÍFICA
do continente africano. Em meados da década de 1980, com
as reformas política e econômica de Deng Xiaoping, que busca-
va fontes de recursos e a expansão comercial da China, o con-
tinente africano revelou-se propício para os investimentos
chineses. Assim, a partir dos anos 90 a China passou a investir
de forma contínua no continente, beneficiando-se de acordos
favoráveis, principalmente nas áreas de extração mineral, pe-
trolífera e de commodities, entre outras. Os cinco países que
mais receberam investimentos nas duas últimas décadas fo-
ram: Argélia, Nigéria, África do Sul, Sudão e Zâmbia. Desses,
principalmente o Sudão, destaca-se pela abundância de recur-
sos energéticos e naturais. Esse trabalho busca investigar co-
mo os investimentos chineses na África criam ou não uma con-
juntura propícia ao desenvolvimento do continente. Para tal,
busca-se analisar os acordos econômico-comerciais firmados
nas últimas décadas, bem como investigar as relações diplo-
máticas entre a África e a China, no que concerne a política
chinesa de não ingerência nos assuntos internos dos países
africanos; e no que diz respeito aos investimentos chineses,
examinar suas possíveis conseqüências, como: incremento do
mercado de trabalho para os africanos, transferência de tec-
nologia, ações nas áreas de transporte, saúde, educação e
infra-estrutura social.
EPI P39 | A Evolução da Interdependência Econômica entre Chi-
na e EUA
Autor(a): Julia Callegari (PUC-SP)
Orientador(a): Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC-SP)
Resumo: Nessa pesquisa, analisa-se o relacionamento entre a
República Popular da China e os Estados Unidos da América,
sob o enfoque da interdependência econômica. O objetivo
central é compreender de que modo as rivalidades de nature-
za política e econômica se inserem na evolução dessa interde-
pendência e até que ponto as tensões decorrem da forma
como a ela se formou e tem evoluído, desde 1970 até agora.
Para tanto, a pesquisa foi divida em três partes: primeiramen-
te, é uma feita uma caracterização das relações econômicas
entre China e EUA, com uma introdução sobre o contexto de
aproximação inicial entre as nações, mas com foco nas tensões
que as envolvem. Nessa seção, são examinadas questões co-
mo a perda de parcelas de mercado externo e interno norte-
americano para os exportadores chineses e seu impacto no
crescimento econômico e na taxa de emprego dos EUA, bem
como os problemas decorrentes da política cambial chinesa.
Destaque especial é dado às disputas no âmbito da Organiza-
ção Mundial do Comércio (OMC), com análise da natureza
geral das controvérsias entre os dois países, da representativi-
dade destas dentro do número total de embates que a China e
os EUA travam com o resto do mundo e do grau de sucesso da
OMC em regular as relações comerciais entre as duas econo-
mias. Na segunda seção, descreve-se a evolução das relações
comerciais entre os dois países, a partir do estudo das varia-
ções nas importações, exportações e balança comercial entre
eles. Utiliza-se das conclusões da primeira parte para a identi-
ficação de fatores que condicionam a evolução da interdepen-
dência. Finalmente, na terceira seção, relaciona-se os resulta-
dos até então obtidos com o conceito desenvolvido por Robert
Keohane e Joseph Nye de interdependência complexa, por
meio do qual se pensa o processo internacional que impacta a
referida relação de interdependência econômica.
EPI P40 | A formulação da política externa brasileira: Compre-
endendo sua articulação com a exportação de expertise em
políticas públicas sociais para a África
Autor(a): Laiz Soares (PUC MINAS)
Orientador(a): Taiane Las Casas Campos (PUC MINAS)
Resumo: Na elaboração e execução da política externa brasilei-
ra, a África tem tido posição de destaque. Além da adoção de
políticas na área comercial, de investimentos e até mesmo
cultural, o governo brasileiro tem executado um expressivo
conjunto de acordos de cooperação nas questões referentes
ao combate à pobreza. O objetivo dessa pesquisa é analisar
esses acordos de cooperação, em especial no que se refere ao
programa Bolsa Família. Nosso foco é o processo de
“exportação” de expertise em políticas sociais na política ex-
terna brasileira (PEB) para o continente africano.
Para tanto, o método da análise de discurso será utilizado a
fim de avaliar como ocorre a articulação entre as diretrizes, os
temas e os formuladores de política externa no Brasil aplica-
dos ao estudo de caso do Bolsa Família. A parir de documen-
tos oficiais avaliamos as propostas de adequação desse pro-
grama para a realidade dos países africanos. A opção pelo te-
ma está no interesse por compreender como se estrutura a
política externa brasileira, em especial em temas até recente-
mente pouco importantes. Também temos interesse especial
nos estudos relativos à África e nas possibilidades de
“exportação” de políticas sociais.
EPI P41 | Uma virada de século, uma virada de influências: A
Busca por poder e legitimidade pelo G8 a partir do continente
africano
Autor(a): Marina Scotelaro de Castro (PUC MINAS)
Orientador(a): Leonardo César Souza Ramos (PUC MINAS)
Resumo: Ainda que desde a década de 1980 o seleto grupo
composto pelos auto-intitulados “gestores” da ordem econô-
mica mundial demonstrasse interesse em assuntos ligados aos
Governança Global e Novos Atores
países subdesenvolvidos, foi apenas nos últimos anos do sécu-
lo XX que o então G7/8 começa efetivamente a dar respaldo
por meio de resoluções de suas reuniões sobre a temática que
permeia a África: o desafio do desenvolvimento. Apontam
também para este novo direcionamento à África a rápida pro-
jeção dos Estados asiáticos para a parte Sul do globo, em volu-
me e impacto, com destaque para a atuação da China, que por
sua vez, não dissemina o modelo liberal capitalista das grandes
economias que compõem o G7/8. O objetivo deste artigo é
analisar de que maneira o G7/8 passa a incorporar os países da
África dentro de suas reuniões (como tema ou participantes)
neste período de crise de representatividade e legitimidade no
sistema internacional, e se a crescente presença chinesa no
continente africano acelera esse processo de recuperação da
influência do modelo capitalista difundido pelo G7/8. É possí-
vel avaliar esta redefinição de agenda como uma tomada de
consciência política pelos países do G7/8 com a importância de
uma coordenação das relações internacionais mais descentra-
lizada e proporcional. Ou então, como na hipótese deste arti-
go, esta mudança seja resultante da busca por uma solução à
crise de legitimidade que este grupo tem vivenciado desde a
onda de crises financeiras que marcaram a segunda metade da
década de 1990, em decorrência da sua incapacidade de lidar
com os contratempos da nova ordem econômica pós-Guerra
Fria. Ademais, a ascensão da China no cenário internacional e
a ameaça de seu modelo econômico alternativo aos parâme-
tros definidos anteriormente pelo G7/8 incentivam formas
originais de lidar com a emergência de novos atores no siste-
ma internacional preservando a posição dominante que o blo-
co ocupa.
EPI P42 | Expansão Chinesa na América Latina: Iniciativas na
área monetária e Financeira
Autor(a): Natália Caroline Souza (PUC SP)
Orientador(a): Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC SP)
Resumo: A pesquisa analisa as iniciativas de natureza monetária
e financeira da China em relação a países da América Latina:
financiamento a empresas e governos, acordos monetários,
abertura de sucursais de bancos e agências, e outras. O pro-
cesso é relativamente novo e há poucas informações organiza-
das a respeito. Pretende-se identificar os objetivos dessas inici-
ativas, a partir do exame de sua natureza e de seu alcance, de
forma a avaliar se há uma estratégia geral para a região e qual
o alcance potencial e os possíveis desdobramentos. O interes-
se da China pelo continente cresceu muito nos últimos anos.
Além dos interesses comerciais, as novas iniciativas podem ser
atribuídas a preocupações com o suprimento de recursos na-
turais. Na área comercial, a China conta com uma forte estru-
tura de apoio ao comércio externo, por parte de instituições
financeiras e agências públicas. As novas iniciativas podem ser
avaliadas como desdobramentos dessa rede de apoio, agora
mais concentrada em segurança alimentar e energética. O
foco seria a busca de contratos estáveis e longos, com susten-
tação da oferta dos produtos Contudo algumas iniciativas re-
centes parecem vinculadas a objetivos mais ambiciosos, como
a expansão do uso do yuan e a defesa contra os riscos de des-
valorização do dólar. A forma discreta com que essas medidas
têm sido anunciadas e implementadas não destoa da estraté-
gia low profile da China no Continente, explicável pelas óbvias
suscetibilidades políticas com os EUA e com as pretensões de
liderança regional do Brasil e do México. Ainda assim, pela
magnitude e diversidade, permitem supor que se trata de uma
nova etapa de protagonismo externo.
EPI P43 | Contribuição para o estudo da crise da virada do milê-
nio: um balanço bibliográfico
Autor(a): Rodrigo Fagundes Cézar (UNESP-FFC, Marília)
Orientador(a): Francisco Luiz Corsi (UNESP-FFC, Marília)
Resumo: O desenrolar da bolha no mercado de ações norte-
americano nos anos 90 trouxe uma série de características
peculiares que se apresentaram no bojo de um período de
relativo lento crescimento após o boom pós-guerra. Os anos
que se seguem de 1973 são caracterizados por uma baixa pro-
dutividade, cortes salariais e baixas taxas de lucros na econo-
mia dos Estados Unidos – com uma interrupção de aproxima-
damente dez anos, de 1985 à 1995, quando os lucros aumen-
taram por conta, principalmente, um dólar desvalorizado. Tais
fatores favoreceram o aumento da intensidade e ocorrência
das crises. A partir de 1995, principalmente, as questões liga-
das ao “efeito riqueza” promovido por uma bolsa de valores
em alta mostraram de que forma as ações das empresas ma-
nufatureiras – especialmente o setor de alta tecnologia – fo-
ram importantes para o crescimento norte-americano durante
a última década do século passado. Além disso, a recessão de
2001 trouxe mudanças estruturais com relação à dinâmica das
crises do decorrer da década de 90 tanto quanto colocou fim
às “ilusões” alimentadas pelo excesso de confiança em uma
“nova economia”. Dito isso, o projeto foi desenvolvido susten-
tando-se na análise de uma bibliografia baseada em autores e
obras de destaque, bem como em dados documentais que
servem de suporte para a argumentação, tendo sido retirados
de fonte oficial; trata-se de um balanço bibliográfico prelimi-
nar, dada a diversidade de obras que tratam do assunto. Tra-
çando paralelos entre o material averiguado, perseguimos o
fim de retratar os pontos mais importantes para uma exposi-
ção satisfatória de nosso objeto. Buscamos comprovar a hipó-
tese de que o crescimento econômico dos EUA nos anos 90 foi
interrompido pelo fim da tendência de sobrevalorização das
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
ações, insustentável num contexto de lucros progressivamente
menores.
EPI P44 | A crise de 2008, o G20 e a inserção internacional do
Brasil
Autor(a): Vinícius Tavares de Oliveira (PUC MINAS)
Orientador(a): Leonardo César Souza Ramos (PUC MINAS)
Resumo: A política externa brasileira sofreu algumas mudanças
desde a eleição de Lula. É possível verificar algumas iniciativas
de política externa que lidam com questões econômicas e co-
merciais, sempre se articulando entre países desenvolvidos,
mas também, e principalmente, com países emergentes, como
Índia, China, África do Sul e outras. A realidade social é cons-
truída através da imposição de significados e funções em obje-
tos que antes não possuíam tais significados. Criar regras do
jogo, definir o que seria um jogo aceitável e ser capaz de con-
duzir demais atores a sua auto-compreensão é uma das for-
mas mais sutis e efetivas de se conquistar poder. Assim, este
trabalho tem por objetivo analisar como o Brasil se insere no
processo de recriação das estruturas de poder internacionais
no âmbito do G-20 financeiro depois da crise de 2008. A esco-
lha deste fórum se dá por alguns motivos: (i) o G-20 é um fó-
rum relativamente novo , que nos últimos anos vem sendo o
palco das grandes negociações internacionais e (ii) grandes
decisões, como a recente reforma do FMI, foram tomadas no
fórum. A delimitação do tempo se dá pelo fato de que, após a
crise, o Brasil tem intensificado seu discurso de que países
emergentes devem ter um peso maior nas decisões acerca da
economia política internacional. Ao mesmo tempo, o país vem
incentivando iniciativas de cooperação Sul-Sul. Uma das possí-
veis motivações para que tais iniciativas sejam empreendidas
seria exatamente obter uma legitimação de atuação no fórum
G-20 e convencer os demais países de que o Brasil pode con-
quistar mais poder.
EPI P45 | O ressurgimento do liberalismo nos anos 1980
Autor(a): Wellington Souza Silva (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Orientador(a): Regiane Nitsch Bressan (Faculdades Integradas
Rio Branco)
Resumo: Este trabalho busca demonstrar a maneira na qual as
práticas econômico liberais ressurgiram de modo assaz pre-
sente em diversos países nos idos dos anos 1980, sendo deno-
minadas pela alcunha de “neoliberalismo econômico”, tendo
principal representação nos Estados Unidos da América, com
as “Reaganomics”, e no Reino Unido, com o “Thatcherismo”.
Para tal, este trabalho apresenta as principais características
destas práticas liberais adotadas nos Estados Unidos da Améri-
ca e na Grã-Bretanha, que primavam pela diminuição da ação
do Estado sobre as finanças e ao apoio às iniciativas privadas.
Tais práticas estavam totalmente baseadas numa releitura do
liberalismo econômico, sendo caracterizada primordialmente
pela diminuição da ação do Estado no âmbito econômico e ao
grande estímulo à livre iniciativa. Além disso, esse estudo de-
monstra como essas políticas reavivaram a economia e estabi-
lizaram o âmbito interno de ambos os países à época, o que
levou a uma grande aproximação entre os dois governos, ain-
da mais impulsionados por esta concomitância de interesses
econômicos. Ver-se-á, ainda, como estas práticas neoliberais
contribuíram para uma maior fortificação na abordagem dos
países capitalistas contra o socialismo, principalmente repre-
sentado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS), no período final da Guerra Fria. Tal pesquisa mostra-se
de grande pertinência uma vez que após a adoção de tal pos-
tura econômica, o mundo ocidental, de modo melhor repre-
sentado pelos EUA, ganhou impulso no embate contra a União
Soviética, o que culminou na quebra deste país e na derrota
do socialismo na Guerra Fria. Além disso, demonstrar-se-á
que, a partir disto, o mundo de maneira geral aderiu à tendên-
cia da abertura econômica e da utilização das práticas neolibe-
rais
História das Relações Internacionais
HRIS P60 | Os filhos da revolução e o uso de novas tecnologias:
resistência e democracia no Irã
Autor(a): Rafaela Martins Buonomo (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Resumo: Essa pesquisa busca investigar qual o papel desempe-
nhado pelos jovens e mulheres no movimento democrático
iraniano, que ganhou força após as eleições de 12 de junho de
2009. As manifestações durante e após a reeleição de Mah-
moud Ahmadinejad foram marcadas pela participação ativa
desses dois grupos e também pelo grande uso de novas tecno-
logias de comunicação. Essas novas ferramentas auxiliaram na
organização e deram visibilidade aos protestos, dando aos
cidadãos iranianos um poder de mídia difícil de ser contido
pelo governo. Muitas dessas ferramentas foram utilizadas por
essas duas parcelas da população, em especial pelos jovens,
como plataforma de discussão e resistência. A população total
do Irã é de quase 70 milhões habitantes, sendo que 45% desse
total estão abaixo dos 18 anos e mais de 36 milhões são mu-
lheres. As mulheres representam 60% dos estudantes universi-
tários, muitas contribuem com a renda familiar e compõem,
Governança Global e Novos Atores
hoje, metade do eleitorado iraniano. Já os jovens integram a
maior parte dos 11% de desempregados do país e não possu-
em identificação com os ideais da Revolução Islâmica (1979),
pois não eram nem nascidos, daí uma das razões de sua insa-
tisfação crescente com o regime. Após um ano de repressão, o
governo iraniano parece ter conseguido enfraquecer ou pelo
menos desorganizar a oposição. Muitas das mídias que antes
foram usadas como armas contra o governo passaram a ser
utilizadas como fontes de informação contra os integrantes da
oposição. Apesar disso, novas ondas de protesto ocorreram
recentemente, muito provavelmente inspiradas pelos aconte-
cimentos que sacodem o Oriente Médio e o entorno, compro-
vando que o movimento pró-democracia continua ativo e de-
safiando o regime. Para se entender a atual crise de legitimida-
de que o regime iraniano enfrenta é preciso entender o papel
que as mulheres e os jovens desempenham dentro do movi-
mento democrático, e qual o impacto do uso de novas tecno-
logias no decorrer desse processo.
Instituições e Organizações Internacionais
IOIS P22 | O papel do ACNUR na proteção, assistência e inclusão
aos refugiados na cidade de São Paulo
Autor(a): Aline Renata Caffaro (Faculdades Integradas Rio Bran-
co)
Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Resumo: Esse trabalho trata de investigar o papel e desempe-
nho do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados) na proteção e inclusão dos refugiados na cidade
de São Paulo. O ACNUR foi criado em 1950 por resolução da
Assembléia Geral das Nações Unidas, a fim de reassentar refu-
giados europeus que em conseqüência da Segunda Guerra
mundial, ainda estavam sem lar. Atualmente, mais de 36 mi-
lhões de pessoas estão sob o mandato do ACNUR em diversas
partes do mundo. No Brasil a agência trabalha em cooperação
com o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) ligado ao
Ministério da Justiça, prestando assistência e proteção a apro-
ximadamente 4,5 mil (dos quais dois mil são atendidos somen-
te na cidade de São Paulo). Em São Paulo o ACNUR atua desde
1989 em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo,
uma organização da sociedade civil que atua em prol dos refu-
giados desde 1977, por intermédio da Comissão de Justiça e
Paz. Quando chegam a São Paulo em busca de uma nova vida,
os refugiados são atendidos pela organização, que os orienta
para que possam receber auxílio legal e pessoal assegurado
pela lei 9474/97, de proteção, assistência e integração. A Cári-
tas estabelece ainda parcerias com inúmeras organizações não
-governamentais (ONGs) que realizam projetos de inclusão dos
refugiados ao mercado de trabalho, bem como classes de por-
tuguês, auxílio psicológico e material, entre outros, criando as
bases à reestruturação de suas vidas. Em seu estatuto o AC-
NUR afirma que sua principal tarefa é possibilitar que os refu-
giados se integrem à sociedade que os acolhe, colaborar com
as instituições governamentais e buscar garantir que os países
que os recebam, estejam cientes de suas obrigações, possibili-
tando aos refugiados exercerem seus direitos humanos bási-
cos, vivendo com segurança e dignidade. O presente trabalho
visa avaliar a capacidade de cumprimento do estatuto do AC-
NUR.
IOIS P23 | Índia, Brasil E África do Sul: Agendas multilaterais e
Eficácia do regime
Autor(a): Amanda de Carvalho Siqueira (PUC Minas)
Orientador(a): Taiane Las Casas (PUC Minas)
Resumo: A poluição dos recursos hídricos causada pela ação
antrópica, principalmente aqueles fronteiriços e transfronteiri-
ços, é uma forma grave de ataque ao meio-ambiente tendo
em vista a extensão dos danos que pode causar. Desde 1972,
os Estados Partes das Nações Unidas atentavam para esta
questão declarando que “os Estados têm, de acordo com a
Carta das Nações Unidas e os princípios do direito internacio-
nal, o direito soberano de explorar seus próprios recursos,
conforme suas próprias políticas relativas ao meio-ambiente, e
a responsabilidade de assegurar que tais atividades exercidas
dentro de sua jurisdição, não causem danos ao meio ambiente
de outros Estados ou a áreas fora dos limites da jurisdição
nacional”. Tendo em vista o contorno e a complexidade que o
tema adquire ao ser transposto ao plano internacional, faz-se
necessário uma análise minuciosa de como os Estados lidam
frente à questão e como ocorre a cooperação internacional
nessa esfera. Nesse sentido, sob a luz da perspectiva teórica
construtivista, cabe identificar, em um primeiro momento, as
discussões e iniciativas existentes no combate ao problema,
tanto no âmbito local interno a jurisdição estatal quanto no
âmbito regional ultrapassando as fronteiras do Estado, com o
intuito de estudar, analisar, avaliar e propor alternativas possí-
veis para a sua redução. Em um segundo momento, este tra-
balho buscará estudar e avaliar os passos que estão sendo
dados rumo a uma maior institucionalização desse tema, pro-
por caminhos para acelerar esse processo, além de discutir a
relevância do papel das instituições no combate a poluição dos
recursos hídricos compartilhados. Este estudo será restringido
a Bacia do Prata, compartilhada entre Argentina, Brasil, Para-
guai e Uruguai, devido a importância estratégica e ambiental
que possui essa região.
IOIS P24 | Análise da Cooperação Internacional no Combate à
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
Poluição dos Recursos Hídricos Compartilhados. Estudo de caso:
Bacia do Prata
Autor(a): Carla Roberta Ferreira Valle (PUC MINAS)
Orientador(a): Matilde Souza (OUC MINAS)
Resumo: A poluição dos recursos hídricos causada pela ação
antrópica, principalmente aqueles fronteiriços e transfronteiri-
ços, é uma forma grave de ataque ao meio-ambiente tendo
em vista a extensão dos danos que pode causar. Desde 1972,
os Estados Partes das Nações Unidas atentavam para esta
questão declarando que “os Estados têm, de acordo com a
Carta das Nações Unidas e os princípios do direito internacio-
nal, o direito soberano de explorar seus próprios recursos,
conforme suas próprias políticas relativas ao meio-ambiente, e
a responsabilidade de assegurar que tais atividades exercidas
dentro de sua jurisdição, não causem danos ao meio ambiente
de outros Estados ou a áreas fora dos limites da jurisdição na-
cional”. Tendo em vista o contorno e a complexidade que o
tema adquire ao ser transposto ao plano internacional, faz-se
necessário uma análise minuciosa de como os Estados lidam
frente à questão e como ocorre a cooperação internacional
nessa esfera. Nesse sentido, sob a luz da perspectiva teórica
construtivista, cabe identificar, em um primeiro momento, as
discussões e iniciativas existentes no combate ao problema,
tanto no âmbito local interno a jurisdição estatal quanto no
âmbito regional ultrapassando as fronteiras do Estado, com o
intuito de estudar, analisar, avaliar e propor alternativas possí-
veis para a sua redução. Em um segundo momento, este tra-
balho buscará estudar e avaliar os passos que estão sendo
dados rumo a uma maior institucionalização desse tema, pro-
por caminhos para acelerar esse processo, além de discutir a
relevância do papel das instituições no combate a poluição dos
recursos hídricos compartilhados. Este estudo será restringido
a Bacia do Prata, compartilhada entre Argentina, Brasil, Para-
guai e Uruguai, devido a importância estratégica e ambiental
que possui essa região.
IOIS P25 | MERCOSUL: o papel da assimetria entre seus mem-
bros
Autor(a): Diogo Dias Romero (PUC MINAS)
Orientador(a): Matilde de Souza (PUC MINAS)
Resumo: Como é intrínseca ao sistema internacional, a desigual-
dade entre estados também se faz presente na instituição aqui
analisada, o MERCOSUL. Sabendo dessa desigualdade, o Trata-
do de Assunção e o Protocolo de Ouro Preto já assumem e se
comprometem com a superação das assimetrias, que se apre-
sentam principalmente entre os estados menores (Paraguai e
Uruguai) e os estados maiores (Brasil e Argentina). O Brasil é
responsável pela maior discrepância em relação aos demais
membros do bloco, correspondendo a quase 70% de todos os
indicadores referentes às capacidades econômicas, territoriais
e populacionais dos Estados pertencentes ao bloco.
O objetivo desse projeto é analisar a efetiva contribuição da
instituição na busca da redução dessas assimetrias entre seus
membros. Ao levantarmos os interesses de cada membro e as
resoluções promovidas pelo MERCOSUL, buscamos identificar
se a assimetria entre os Estados destacados se faz ou não pre-
sente na agenda institucionalizada do bloco. Para tanto, anali-
saremos os dados relevantes dos Estados-membros do MER-
COSUL referentes às suas capacidades anteriormente destaca-
das e políticas demandas. De posse destas informações, esta-
belecemos uma análise histórico-comparativa sobre a confor-
mação da estrutura institucional relativa às assimetrias entre
seus membros. A analise se concentra em alguns sub grupos
do Grupo de Mercado Comum; GMC.
IOIS P26 | União Africana e a Integração Continental na África:
Estrutura institucional e liderança
Autor(a): Diogo Lopes Nunes Galvão (USP)
Orientador(a): Janaina Onuki (USP)
Resumo: Está intrínseca na história do continente africano a
tensão entre a sua unidade e fragmentação. A União Africana
(UA) representa o novo debate sobre o continente, recuperan-
do sua história através do Renascimento Africano, e assume
papel fundamental para ditar o seu desenvolvimento. A pro-
posta do presente foi identificar a importância dessa institui-
ção na atual integração do continente, na solução de seus
problemas internos e na inserção da África no sistema interna-
cional contemporâneo. O presente trabalho foi concluído em
Setembro de 2010, como pesquisa de Iniciação Científica, e
propôs-se a analisar a estrutura e o papel da UA, enfatizando o
seu desenho institucional, as lideranças internas, e a capacida-
de de inserção do continente no sistema internacional.
A conclusão dessa análise levou a compreender que a UA iso-
ladamente, não é suficientemente capaz de lidar com todos os
problemas africanos. Contudo, ao mesmo tempo, trata-se de
um elemento e de uma ferramenta indispensável para o de-
senvolvimento do continente. A UA deve trabalhar juntamente
com esforços individuais dos Estados, simultaneamente com a
sociedade civil e organismos não-governamentais. A UA exer-
ce pressão e exige dos Estados membros certos comprometi-
mentos democráticos que viabilizam seu funcionamento.
Compreende-se, por fim, que com a renovação da União Afri-
cana o continente ingressou em novo período histórico, do
mesmo modo que observamos com a Europa através da UE,
ou com a América Latina por meio da UNASUL. A UA, portan-
to, define um novo momento do processo de integração do
Governança Global e Novos Atores
continente africano e o do entendimento dos africanos sobre
o próprio continente e sobre sua condição.
IOIS P27 | Análise dos desdobramentos da temática ambiental
na esfera do MERCOSUL
Autor(a): Erika Heyden (PUC MINAS)
Orientador(a): Matilde de Souza (PUC MINAS)
Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir qual a relevância
da temática ambiental no âmbito do MERCOSUL, a partir da
análise de documentos que tratem desta questão desde o
Tratado de Assunção (1992) até os dias atuais.
O MERCOSUL iniciou-se como uma união aduaneira entre Bra-
sil, Argentina, Paraguai e Uruguai, e o que se percebe atual-
mente é que este busca uma integração que ultrapasse as
questões econômicas. Para tanto, além das relações comerci-
ais deveriam compor a agenda do Bloco outras questões como
as sociais e ambientais, assumam maior destaque na agenda
da instituição. A respeito das questões ambientais, constata-se
inicialmente que estas são tratadas de forma externa à institui-
ção; assim, busca-se compreender porque isso acontece e se
há uma preferência pelo trato bilateral das questões relativas
ao compartilhamento destes recursos. Para isto será feito um
levantamento dos principais recursos ambientais comuns aos
membros do MERCOSUL, possuindo como foco principal a
gestão do Aqüífero Guarani (águas subterrâneas compartilha-
das, situadas na Bacia do Prata), que partirá de uma contextu-
alização dos documentos e das ações relativas ao compartilha-
mento do aqüífero desde 1992. Desta forma, com este traba-
lho, procura-se avaliar o envolvimento do MERCOSUL com o
meio ambiente, e como este é tratado, ou ainda se é pouco
abordado, buscando assim as razões para este comportamen-
to, ao realizar um levantamento dos desdobramentos históri-
cos que o expliquem e ainda buscando alternativas que pos-
sam modificar esta situação.
IOIS P28 | Teoria dos Jogos e a Geopolítica Comercial da Rodada
Doha
Autor(a): Felipe Nogueira (Centro Universitário Anhanguera de
Campo Grande)
Orientador(a): Alexandre Honig Gonçalves (Centro Universitário
Anhanguera de Campo Grande)
Resumo: Em novembro de 2001, em Doha, no Catar, foi lançada
a primeira rodada de negociações multilaterais no âmbito da
OMC e a nona desde a criação do GATT. Sua meta principal é a
liberalização comercial para o desenvolvimento dos Estados,
principalmente daqueles que não pertencem ao grupo dos
países desenvolvidos. Corresponde, portanto, a um diálogo
multilateral de fundamental importância para a política exter-
na brasileira, já que tem enfoque específico nos países em
desenvolvimento. As negociações geraram uma geopolítica
comercial caracterizada pela bipolaridade em torno dos temas
agrícolas: de um lado, países ricos, que defendem maior aces-
so aos mercados de bens e serviços dos países em desenvolvi-
mento; de outro, estes últimos, que em troca exigem mais
espaço para seus produtos agrícolas nos mercados das nações
industrializadas. Isto nos fornece uma visão do processo nego-
ciador semelhante a um jogo. Trata-se de uma situação em
que a decisão de um ator influencia a posição e as decisões
dos demais, obrigando-os a algum tipo de interação. A geopo-
lítica comercial da Rodada Doha constitui, portanto, um caso
passível de análise pelo prisma da teoria dos jogos. Neste sen-
tido, a presente pesquisa elegeu como escopo o estudo da
Rodada a partir do instrumental analítico da teoria dos jogos.
Buscando especificamente: identificar os elementos do jogo,
seus atores, os trunfos que possuem para negociar, e quais os
interesses e estratégias de cada um deles. Para alcançar seus
objetivos, a pesquisa utilizou basicamente dados secundários.
Ademais, analisamos os relatórios da OMC, do Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da
Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) e do Ministério das
Relações Exteriores (MRE). Assim, indicamos que a pesquisa
fornece um modelo para reflexão acerca da possibilidade de
avanços na negociação e obtenção de um equilíbrio entre os
interesses divergentes, bem como levanta e avalia a postura
brasileira.
IOIS P29 | O Banco Mundial na Era dos Três Quintos: a estraté-
gia política dos projetos desenvolvidos pela agência no Brasil
durante o governo Fernando Henrique (1995-2002)
Autor(a): João Antônio dos Santos Lima (UEPB)
Orientador(a): Cristina Carvalho Pacheco (UEPB)
Resumo: O objetivo desse estudo é avaliar a influência do Ban-
co Mundial, um dos principais organismos internacionais nas
temáticas de desenvolvimento econômico e combate à pobre-
za, nas políticas governamentais do Brasil, durante o primeiro
governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998). Para
avaliar o impacto das políticas adotadas pelo Banco Mundial
dentro do Brasil, utiliza-se uma literatura bibliográfica e docu-
mental sobre o Banco e um banco de dados disponível no site
da organização, com a finalidade de discutir a convergência
das políticas do Banco e as políticas do governo brasileiro. A
literatura do Banco Mundial se concentra na divulgação de
projetos, relatórios institucionais e sobre o Brasil, além de
trabalhos acadêmicos que envolvam discussões sobre a atua-
ção do organismo. A literatura acerca do governo Fernando
Henrique refere-se aos trabalhos acadêmicos voltados às reali-
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
zações do governo nas temáticas sociais. Utiliza-se o banco de
dados com a proposta de avaliar a aplicação direta das políti-
cas do Banco no país, juntamente com os resultados obtidos
através das análises bibliográficas e documentais. Assim, per-
cebe-se a influência do Banco Mundial na consolidação dos
compromissos do Brasil, perante os fundamentos técnicos e
na equação de responsabilidades do governo com o órgão.
Após um forte período de liberalização comercial, desregula-
mentação dos mercados e enfraquecimento do Estado, o Ban-
co se renova e atua na busca de maiores eficiências, nesse
caso, com principal destaque para as temáticas sociais, de Edu-
cação e Saúde. A revitalização do Estado, na reconfiguração de
seu papel aparece em vários projetos desenvolvidos pelo Ban-
co no país, ao buscar o aperfeiçoamento de tarefas do Estado
e o seu compromisso na área sócio-política.
IOIS P30 | O papel dos THINK TANKS no primeiro Governo de
George W. Bush
Autor(a): Lucas Pereira Dantas (UEPB)
Orientador(a): Cristina Carvalho Pacheco (UEPB)
Resumo: O presente trabalho tem como fim discutir o papel das
instituições na construção das políticas internas e externas de
um país. Para tanto, focará seus estudos na atuação do Project
for the New American Century (PNAC) ao longo do primeiro
Governo de George W. Bush, elucidando, para tal, como e em
quais circunstâncias esse think tank influenciou no processo
político de tomada de decisões do governo. Para alcançar tal
objetivo, esse trabalho se encontra estruturado em três par-
tes: primeiramente, na explanação do conceito de think tanks
como “fabricas de idéias”, em que seus especialistas atuam
para construir, legitimar e justificar as políticas públicas, de seu
interesse, nos Estados Unidos; subsequentemente, apresentar
o objeto da pesquisa, Project for the New American Century
(PNAC), considerando a sua origem, princípios, constituição,
composição e a sua funcionalidade na sociedade americana; e,
por último, discutir a relação entre o PNAC e o governo de
George W. Bush, através de uma análise comparativa do rela-
tório sobre a defesa norte-americana, Rebuilding America’s
Defenses’, proposto em 2000 por esse think tank e o National
Security Strategy do ano de 2002 entregue ao congresso, que
tinha como base as preocupações e os planos do governo no
que concernia às questões de segurança dos norte-
americanos. Este trabalho encontra-se sob orientação da Profa
Cristina Carvalho Pacheco, e compõem, ao lado de outros tra-
balhos de Iniciação Científica, parte de uma pesquisa maior
desenvolvida pela Profa juntamente ao Curso de Relações In-
ternacionais da UEPB.
IOIS P31 | Organização das Nações Unidas: uma análise dos
mandatos do Conselho de Segurança para as operações de paz
Autor(a): Mariana Bergamo (UNESP)
Orientador(a): Sergio Aguilar (UNESP)
Resumo: A Organização das Nações Unidas é uma instituição
internacional, fundada por 51 países, após a Segunda Guerra
Mundial com o propósito de fomentar relações cordiais entre
as nações, promover progresso social, melhores padrões de
vida, direitos humanos e principalmente, manter a paz e a
segurança internacionais. Nesse âmbito, as operações de ma-
nutenção da paz representam o principal instrumento a dispo-
sição da comunidade internacional para atingir tal fim. As ba-
ses das Missões das Nações Unidas estão nos seus mandatos,
que podem ser encontrados nas resoluções do Conselho de
Segurança da ONU. O mandato deve conter informações rele-
vantes acerca da operação, como nomeação de um coman-
dante, recomendações sobre o tamanho da força necessária e
do financiamento necessário, nomeação dos países prepara-
dos para fornecer efetivo imediatamente e os que ainda estão
em negociações, propostas para o movimento e manutenção
das tropas, estabelecimento de um prazo final para a opera-
ção, entre outras particularidades. Os diversos mandatos já
instituídos pelo Conselho diferem-se de acordo com a situação
e natureza dos conflitos existentes, além dos desafios específi-
cos que eles representam. A pesquisa parte dos tipos e carac-
terísticas das missões de paz para analisar algumas operações
de manutenção da paz da ONU traçando um paralelo entre
cada conflito e sua evolução com as atitudes tomadas pelo
Conselho de Segurança por meio da adoção de mandatos es-
pecíficos. As operações selecionadas foram UNAVEM I, II e III
(Angola), UNAMIC (Camboja), UNOMIG (Geórgia), ONUMOZ
(Moçambique), UNOMUR (Uganda-Ruanda) e UNOSOM I e II
(Somália) por permitiram a observação de tipos diferentes de
operações de paz e, em alguns casos como de Angola, modifi-
cações nos objetivos das missões estabelecidas em decorrên-
cia das evoluções do conflito.
IOIS P32 | O papel e desempenho da CÁRITAS Brasileira na pro-
teção e integração dos refugiados africanos no Brasil
Autor(a): Marlon Marcelo dos Santos (Faculdades Integradas
Rio Branco)
Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Resumo: Este trabalho trata de investigar e avaliar as atividades
e ações desenvolvidas pela Cáritas Brasileira, em cooperação
com o governo brasileiro e com os organismos internacionais,
visando à proteção e integração dos refugiados africanos. Por
meio de um estudo de caso – a Cáritas -, buscamos demons-
Governança Global e Novos Atores
trar a importância do papel desempenhado pelas organizações
não-governamentais (ONGs), no que concerne às políticas de
cooperação e parcerias com as diversas instâncias governa-
mentais, as organizações regionais e intergovernamentais, no
que tange ao bem estar e a integração dos refugiados, especi-
ficamente dos africanos no Brasil. Organismo da CNBB – Con-
ferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Cáritas Brasileira foi
fundada em 12 de novembro de 1956 e faz parte da Rede Cári-
tas Internationalis, rede da Igreja Católica de atuação social
composta por 162 organizações presentes em 200 países e
territórios, com sede em Roma. Atualmente é reconhecida
como de utilidade pública federal. A Instituição tem 170 enti-
dades-membros em todo o Brasil, tendo como presidente
Dom Demétrio Valentini. Desde o final da década de 1980 a
Cáritas São Paulo (instituição-membro da Cáritas Brasileira)
exerce o papel de principal organismo de proteção e auxílio
aos refugiados que buscam asilo no país, atuando em conjunto
com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Re-
fugiados), em observância à Convenção das Nações Unidas de
1951 para os refugiados. Segundo o CONARE (Comitê Nacional
para os Refugiados), dos aproximadamente 4,5 mil refugiados
sob tutela do Governo Brasileiro e do Alto Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 65% (2,9 mil) são de
origem africana. A Cáritas Brasileira é a organização mais im-
portante na busca de proteção e integração, pois orienta sua
ação no trato direto com os refugiados, uma vez que as orga-
nizações internacionais ocupam-se primordialmente com trâ-
mites legais e realocação. Cabe a ela providenciar o suporte
necessário, por meio de parcerias, projetos e ações, possibili-
tando o acesso aos direitos básicos como assistência médica,
direito ao trabalho e a escolaridade, bem como, a liberdade de
expressão e circulação, ressaltando também a garantia da se-
gurança física e reinserção social dos refugiados.
IOIS P33 | Cooperação Internacional, Regimes Internacionais e
Relações Internacionais: Perspectivas Sobre o Meio Ambiente
Autor(a): Murilo Alves Zacareli (UNAERP)
Orientador(a): Tatiana de Souza Leite Garcia (UNAERP)
Resumo: Os problemas ambientais globais, juntamente com a
revolução da informação e a globalização econômica têm in-
fluenciado nas mudanças das relações entre os atores interna-
cionais – Estados, Empresas, Organizações Internacionais, Or-
ganizações Não-Governamentais e indivíduos. A partir desta
afirmação, acredita-se que a Cooperação Internacional e os
Regimes Internacionais são implicações necessárias ao sistema
internacional no que se refere às questões ambientais, consi-
derando-as fundamentais para a sobrevivência e prosperidade
das Instituições públicas e privadas, sociedades e indivíduos.
Para tanto, a promoção da Cooperação Internacional é um dos
instrumentos necessários para a construção de Regimes Inter-
nacionais Ambientais, pois possibilita a disseminação das
idéias e práticas de sustentabilidade e gestão racional dos re-
cursos ambientais. O sistema anárquico internacional necessi-
ta da criação de meios não conflituosos para a resolução de
assuntos complexos, como as questões ambientais, seja por
meio da cooperação internacional, e também com a formula-
ção de padrões de comportamento para os atores internacio-
nais, notadamente a construção de regimes internacionais
ambientais. A Cooperação Internacional é definida como uma
situação em que as partes envolvidas concordam em trabalhar
conjuntamente objetivando novos ganhos para os participan-
tes, que possivelmente não seriam atingidos se os autores
envolvidos utilizassem meios unilaterais. O processo de coope-
ração entre os atores internacionais é muito mais comum do
que a guerra; no entanto, há muito mais estudos sobre assun-
tos envolvendo conflitos do que cooperação. Desta forma, a
construção de regimes internacionais para as questões ambi-
entais se apresenta com fundamental nas relações internacio-
nais, foco deste trabalho que almeja demonstrar como a ges-
tão dos recursos naturais pode ser mais eficiente quando reali-
zada de forma cooperativa e conjunta.
IOIS P34 | Cooperação Internacional e Meio Ambiente na Rede
Mercocidades: a atuação da Unidade Temática Ambiente e De-
senvolvimento Sustentável
Autor(a): Noemi Galvão (CUFSA)
Orientador(a): Marco Antonio C. Teixeira (CUFSA)
Resumo: O objetivo desta pesquisa é investigar a atuação da
Unidade Temática de Ambiente e Desenvolvimento Sustentá-
vel (UTADS) da Rede Mercocidades, relacionando-a com a
discussão teórica tangente às questões ambientais e à coope-
ração internacional. Para tanto, foi feita uma análise bibliográ-
fica e documental dos temas desenvolvimento sustentável e
cooperação internacional. No concernente ao desenvolvimen-
to sustentável, apresenta-se uma discussão das diferentes
correntes que emergiram do tema, e como o mesmo foi abor-
dado nas conferências internacionais, como a de Estocolmo, a
Rio-92 e a II Cúpula da Terra. Na sequência, faz-se uma análise
e sistematização das atas e planos de trabalho da UTADS, e
uma descrição da cooperação no âmbito da Rede Mercocida-
des, que representa um conceito novo na dinâmica de coope-
ração internacional para o desenvolvimento. Posteriormente,
relacionam-se as discussões que envolvem as questões ambi-
entais com as práticas desenvolvidas pela Unidade Temática.
Ao longo da pesquisa, as discussões sobre globalização, inter-
dependência complexa e cooperação descentralizada foram
retomadas como subsídios para uma melhor compreensão do
funcionamento das redes, mais precisamente da Rede Merco-
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
cidades. Com a análise das atas das reuniões da Unidade Te-
mática de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável observa-
se que um dos objetivos da Unidade é a promoção de estraté-
gias que permitirão às cidades membros da Rede um avanço
no desenvolvimento sustentável local, priorizando a inclusão
social. As atividades desenvolvidas pela UTADS estimulam a
promoção de ações, programas e projetos de desenvolvimen-
to local sustentável nas cidades mediante a integração regio-
nal, a inclusão social e uma crescente interação com a socieda-
de civil, permitindo a implementação de programas e projetos
de desenvolvimento sustentável local a partir da capacitação
de técnicos municipais e relevantes atores sociais, que priori-
zam as necessidades de suas respectivas cidades.
IOIS P35 | Poder de Guerra nos Estados Unidos da América pós
11 de Setembro: Uma análise preliminar da literatura
Autor(a): Gustavo Carlos Macedo
Orientador(a):
Resumo: Esta proposta tem por objetivo apresentar os resulta-
dos obtidos pela pesquisa de iniciação científica em andamen-
to - “Poder de guerra e política externa: o caso da
‘Authorization for Use of Military Force Against Iraq Resolution
of 2002’ e a relação de poderes entre Legislativo e Executivo
nos EUA pós-11 de Setembro”. Pretende-se comparar e con-
trastar os autores utilizados na pesquisa com o objetivo de
apresentar de forma sintética e sistematizada as principais
explicações teóricas oferecidas pela bibliografia especializada
trabalhada até o momento na pesquisa de IC. A partir de uma
leitura centrada nas interpretações da literatura atual sobre os
possíveis sentidos da aprovação pelo Congresso de uma auto-
rização para uso da força militar contra o Iraque em 2002; a
pesquisa tem por idéia geral mapear e situar o debate domés-
tico norte-americano sobre separação de poder de guerra en-
tre Congresso e Presidente e sua relação com a política exter-
na dos EUA. O objeto de pesquisa será apresentado na forma
como foi situado pela bibliografia, tendo em vista explicitar sua
relevância de estudo. No mesmo sentido, serão apresentadas
as fontes de dados utilizadas, e metodologia de análise aplica-
da; e assim, as possíveis reflexões que permitam chegar a con-
clusões acerca da questão de pesquisa proposta.
IOIS P61 | Direitos Humanos e a Mutilação Genital Feminina
(MGF) na Somália: os fatores que contribuem para a permanên-
cia de tal prática e as políticas adotadas para sua eliminação
Autor(a): Heloisa Nunes (Faculdades Integradas Rio Branco)
Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Resumo: Essa pesquisa trata de investigar a permanência da
prática da Mutilação Genital Feminina (MGF) e as políticas
adotadas para sua contenção e eliminação tendo por base os
tratados internacionais de proteção e defesa dos Direitos Hu-
manos. Apesar dos inúmeros tratados que proíbem tal prática,
como a carta dos Direitos Humanos da ONU, muitos países
ainda possuem um alto índice de Mutilação Genital Feminina
(MGF). Essa prática ocorre em vários estados africanos, no
Oriente Médio e na Europa, entre as comunidades de imigran-
tes. A Somália foi o país escolhido devido ao alto índice de
Mutilação Genital Feminina, 97,9% de mulheres mutiladas.
(UNICEF, 2008) A prática da Mutilação Genital Feminina (MGF)
está baseada em tradições tribais e ritualísticas; não podendo
ser creditada às religiões, já que é praticada em diferentes
comunidades. Foi identificada em grupos cristãos
(protestantes, católicos e coptas), muçulmanos, judeus, ani-
mistas e ateístas. De acordo com as comunidades investigadas
são várias as razões que induzem a tal prática como: preserva-
ção da virgindade; proteção a honra da família garantindo a
legitimidade das descendências; redução do desejo sexual;
maior prazer do homem durante o ato sexual; aumento da
higiene e estética, entre outras. (ONU, 2007)
Situada na África Oriental, a Somália possui 9,8 milhões habi-
tantes, sendo 4,9 milhões de mulheres. A maior parte da po-
pulação vive em comunidades rurais, onde a tradição prevale-
ce e faz aumentar o índice de MGF (a população urbana é de
apenas 37% do total). A idade em que a MGF é realizada, varia
de uma região para outra, podendo ocorrer entre o zero e os
14 anos, poucos dias após o nascimento ou pouco antes da
jovem se casar ou ainda após a primeira gravidez. (UNICEF,
2008)
Integração Regional
IR P55 | O Sistema de Solução de Controvérsias do Mercosul
Autor(a): Alexandre Toshio Matsui (Faculdades Integradas Rio
ranco )
Orientador(a): Regiane Nitsch Bressan (Faculdades Integradas
Rio Branco)
Resumo: O trabalho consiste analisar a arbitragem praticada
dentro do processo de integração regional Mercado Comum
do Sul (MERCOSUL). Para isso, serão estudados tanto o Siste-
ma de Solução de Controvérsias do Mercosul, regido atual-
mente pelo Protocolo de Olivos, quanto as soluções dadas aos
conflitos que emergiram no bloco e foram julgados por esse
mecanismo. Dentro desse panorama, propõe-se analisar pri-
meiramente o próprio Mercosul. Através do Tratado de Assun-
ção, assinado em março de 1991, foi oficializada criação do
Mercosul, entre os quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e
Governança Global e Novos Atores
Uruguai. O bloco foi construído visando, a longo prazo, a cons-
tituição de um mercado comum, a curto prazo, em apenas
cinco anos, a criação de uma união alfandegária plena entre os
países participantes, e imediatamente, a instituição de uma
zona de livre comércio entre os países integrantes. A integra-
ção que emergia era impulsionada por três fatores principais:
a superação das divergências geopolíticas, o retorno ao regime
democrático nos países envolvidos, e a crise do sistema econô-
mico multilateral que induzia à busca por outras oportunida-
des. Em seguida ao estudo do histórico do bloco, o estudo foca
o procedimento arbitral estipulado pelo Mercosul. Portanto,
será analisado o Protocolo de Brasília, quando as controvérsias
eram dirimidas somente pelo tribunal Ad Hoc. Em seguida,
será estudado o Tribunal Permanente de Revisão, situado em
Assunção no Paraguai, criado no marco do Protocolo de Oli-
vos. Para essa analise, é fundamental a descrição e análise do
Sistema de Solução de Controvérsias, que apresentou mudan-
ças com a assinatura do Protocolo de Olivos. Com isso, esse
estudo pretende revelar essas principais alterações e, a partir
delas, evidenciar as possibilidades, facilidades e dificuldades
impostas para a solução de conflitos.
IR P56 | A integração latino-americana sob o ponto de vista
cultural
Autor(a): Andressa Roberta Siqueira dos Santos (UNESP/Marília)
Orientador(a): Heloisa Pait (UNESP/Marília)
Resumo: É longo o histórico de tentativas integracionistas latino
-americanas e pode-se dizer que o Mercosul é a mais bem
sucedida. Decorridos 20 anos de sua existência, o bloco ainda
enfrenta dificuldades que podem comprometer seus avanços:
tratar singularidades nacionais como obstáculos e não como
trunfos, confundir integração com homogeneização e priorizar
sobremaneira a área econômica em detrimento de outras
áreas, são alguns dos problemas. Tendo em vista a preocupa-
ção latente da projeção da América Latina no cenário interna-
cional - evidenciada pela primeira visita internacional oficial da
presidenta Dilma Roussef ter sido a vizinha Argentina - e en-
tendendo que os avanços do Mercosul incidem diretamente
sobre os rumos que o continente tomará, faz-se importante
uma análise desse processo, que se dá em meio ao intenso
processo de globalização que impõe uma redefinição dos es-
paços globais, onde as fronteiras tornam-se cada vez mais po-
rosas. O presente trabalho pretende então refletir sobre a
importância da cultura como instrumento cuja função é auxili-
ar e facilitar o processo da integração regional ‘Mercosulina’,
para tanto, faremos um levantamento bibliográfico de obras
de estudiosos da área da cultura – principalmente na sociolo-
gia, antropologia e história – além de obras na área da ciência
política e relações internacionais sobre regionalismos.
Dessa forma, entendemos que o fortalecimento do bloco per-
passa a mudança do papel da cultura nos debates: deve deixar
o lugar marginal que hoje ocupa e ser vista como suporte para
mitigar obstáculos. Pensaremos uma política cultural para
além do aparato do Estado, cujas iniciativas muitas vezes se
quedam na linha tênue entre o discurso e a ação, assim, inves-
tigaremos o papel de outros agentes formuladores dessas polí-
ticas, destacaremos principalmente as iniciativas da sociedade
civil, os avanços da agenda cultural no Mercosul desde sua
criação até hoje e também a pauta das reuniões anuais entre
ministros da cultura.
IR P57 | Parlasul: o que é, para que serve?
Autor(a): Maria Eduarda Paiva (UFPE)
Orientador(a): Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE)
Resumo: A existência de uma instância parlamentar em Organi-
zações Regionais de Integração se pauta no argumento de
conceder voz às populações afetadas por um processo integra-
cionista. A primeira iniciativa nesse sentido foi a criação do
Parlamento Europeu (PE), modelo que acabou por ser impor-
tado pelo Mercosul, com as devidas alterações impostas pelos
distintos graus de integração. Apesar de possuir competências
mais modestas que as do PE, o Parlamento do Mercosul
(Parlasul) também objetiva representar os povos de uma de-
terminada região. Suas competências principais, elencadas no
Protocolo Constitutivo, são: (i) auxiliar na harmonização de
normas entre Estados membros e; (ii) propor projetos de nor-
ma ao órgão superior do Mercosul, o Conselho Mercado Co-
mum (CMC). Como se pode observar, ao órgão não compete
legislar nem controlar o Executivo. É, em suma, uma esfera
consultiva. Considerando as limitações do Parlasul e do pró-
prio processo de integração no Cone Sul, é de se questionar
para que serve uma estrutura parlamentar. Este trabalho bus-
ca, inicialmente, escrutinar a função do órgão e analisar sua
consolidação. Num segundo momento, a discussão foca-se nas
razões de sua criação: se ele é de fato uma tentativa de inserir
o cidadão na esfera regional, ou se sua existência responde a
outras demandas. Para tanto, analisam-se – quantitativa e
qualitativamente- os atos produzidos pelo Parlamento em
seus quatro anos de existência. Conhecer a produção dos atos
no seio do Parlasul pode auxiliar a determinar que papel ele
cumpre no organismo mercosulino, para além das teorias
acerca da representação democrática.
IR P58 | A inserção da Venezuela no MERCOSUL: análise dos
aspectos políticos e econômicos
Autor(a): Rafael Schmuziger Goldzweig (USP)
Orientador(a): Janaina Onuki (USP)
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
Resumo: O artigo tem por objetivo estudar a percepção dos
agentes políticos do legislativo brasileiro, através da análise de
seus votos na questão da entrada da Venezuela no MERCO-
SUL, relacionando ela aos potenciais ganhos provindos de seu
ingresso. A importância do tema justifica-se pela importância
que o bloco adquiriria com a adesão desse novo país, tendo
em vista a ampliação dos mercados consumidores e das reser-
vas petrolíferas do bloco. Nesse intuito, ele visa esclarecer a
situação política favorável à integração e, a partir da percep-
ção brasileira, estabelecer uma relação entre os ganhos
econômicos provindos da aceitação de fato da Venezuela co-
mo Estado-membro do bloco e o discurso político sobre esse
tema na no Congresso Nacional, através dos votos de deputa-
dos e senadores.
IR P59 | Os Biocombustíveis na Agenda do Mercosul
Autor(a): Weriky Victor de Oliveira Araújo (UFGD)
Orientador(a): Henrique Sartori de Almeida Prado (UFGD)
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a
evolução do biocombustível, como uma matriz energética
renovável de grande importância econômica e ambiental e a
discussão dessa matriz no âmbito do MERCOSUL. A extração
de petróleo (combustível fóssil) como fonte de energia primá-
ria é o principal meio de produção de combustíveis na atuali-
dade, mas, de acordo com relatórios e levantamentos científi-
cos, não será capaz de suprir a demanda crescente nos futuros
40 a 50 anos. A procura por uma nova matriz energética e a
proteção ambiental, atenta para a preocupação econômica da
dependência dos combustíveis derivados de petróleo, tornan-
do a economia vulnerável aos altos e baixos da disponibilidade
dessa fonte. Neste cenário, é onde apresenta a necessidade
de uma fonte alternativa e competitiva frente à fonte de ener-
gia de origem fóssil. Surge daí, uma nova alternativa que são
os biocombustiveis. Dentre os biocombustíveis existentes, o
presente trabalho irá focar no Etanol e o Biodiesel, uma vez
que, possuem uma escala de produção mundial significativa.
Apesar de existirem outras fontes de energias renováveis, os
biocombustíves líquidos possibilitam uma evolução considerá-
vel no processo de integração regional, decorrente da evolu-
ção da produção, integrando a economia e políticas comuns
promovidas nos blocos econômicos. No MERCOSUL, ainda há
uma necessidade de superação das assimetrias entre os Esta-
dos-membros para que haja uma integração produtiva viável e
a construção de uma política comum entre seus membros. O
MERCOSUL tem capacidade para se tornar um pólo da produ-
ção dos biocombustíveis, pois possui vantagens comparativas
de clima, solo e tecnologia para isso, sendo portanto, liderado
pelo Brasil que está entre os três maiores produtores de bi-
combustíveis do mundo.
Política Externa
PE P46 | O impacto das políticas sociais sobre a inserção inter-
nacional do Brasil: um estudo do governo Lula da Silva
Autor(a): Augusto Leal Rinaldi (UNESP)
Orientador(a): Marcos Tadel Del Roio (UNESP)
Resumo: A pesquisa pretende analisar em que medida as políti-
cas sociais adotadas pelo governo Lula da Silva durante seus
dois mandatos impactaram na projeção internacional do Bra-
sil, considerando que o discurso do presidente de combate à
pobreza e sua busca por maior justiça e igualdade social no
cenário doméstico implicou numa tentativa de impulsionar a
inserção internacional do país. Nossa hipótese é a de que o
sucesso em diversas iniciativas empregadas por Lula da Silva
dentro do quadro de exclusão social, pobreza e distribuição
desigual de renda que pinta o cenário interno brasileiro deu
maior destaque para o país no cenário externo. Isso acontece
devido à relevância que o tema social adquire nos Fóruns Mul-
tilaterais de discussão e na busca do Brasil por atuar, cada vez
mais assertivamente, nos diversos meios diplomáticos para
defender sua iniciativa. Esta proposição, por conseguinte, está
associada à nova configuração que a diplomacia brasileira ga-
nhou durante o governo, canalizada na ideia de maior prota-
gonismo externo e expansão do alcance dos interesses nacio-
nais no palco internacional, sempre acompanhados da pers-
pectiva de mudança social. Assim, é deveras importante anali-
sarmos todo o período no qual o ex-presidente esteve a cargo
da nação tendo como objetivo compreender de que forma a
percepção sobre o cenário doméstico implicou na reorganiza-
ção de nossa política externa e como esta se pautou nas políti-
cas sociais para atingir seus fins de inserção internacional.
PE P47 | A participação do Ministério da Educação nos acordos
de integração educativa do Mercosul: um exemplo de horizonta-
lização da PEB?
Autor(a): Fernando Santana Felipe (PUC MINAS)
Orientador(a): Carlos Aurélio Pimenta de Faria (PUC MINAS)
Resumo: O estudo proposto tem como objeto a coordenação
intragovernamental entre Ministério das Relações Exteriores e
Ministério da Educação para o desenho e a negociação das
políticas de educação do Mercosul no âmbito doméstico brasi-
leiro. Objetiva-se avaliar o papel do Ministério da Educação na
formulação e negociação das políticas de integração educativa
do Mercosul e a relação desse Ministério com o Ministério das
Relações Exteriores. A hipótese que orienta esse trabalho é
que a coordenação intragovernamental para promoção de
objetivos de política externa (da qual a interação entre os dois
Governança Global e Novos Atores
Ministérios seria um exemplo) é tanto causa quanto conse-
qüência da maior integração brasileira ao bloco. Utiliza-se a
formulação teórica proposta pelo neofuncionalismo de Haas,
segundo a qual a integração em um setor gera efeitos e de-
mandas por integração em outros setores dentro de um Esta-
do (o que o autor chama de spillover; transbordamento, em
uma tradução livre). A teoria neofuncionalista de integração
regional proposta por Haas trata da maneira pela qual integra-
ção em setores específicos transborda para outros setores,
fazendo com que os grupos de interesse domésticos terminem
por deslocar suas lealdades da comunidade política doméstica
para a regional. Para realizar os objetivos propostos, analisam-
se os mecanismos de coordenação adotados pelo MEC e pelo
MRE no caso supracitado. Ademais, na tentativa de verificar
em que medida a coordenação entre os dois órgãos represen-
ta um exemplo de horizontalização da política externa brasilei-
ra no plano governamental, busca-se compreender se a coor-
denação entre os dois Ministérios pode ser considerada como
um exemplo da ampliação da participação de agentes gover-
namentais na formulação e implementação da PEB, processos
tradicionalmente monopolizados pelo Itamaraty.
PE P48 | A revisão peródica universal dos Estados Unidos de
2010: Uma análise da Política Externa americana para os Direi-
tos Humanos
Autor(a): Hevellyn Menezes Albres (UNESP)
Orientador(a): Tullo Vigevani (UNESP)
Resumo: Em 2010, os Estados Unidos passaram pela Revisão
Periódica Universal (RPU), a qual forneceu um significante ins-
trumento de análise da política externa americana para os
direitos humanos. A RPU é um mecanismo de exame da situa-
ção dos direitos humanos no mundo, considerada um dos
principais avanços obtidos com a criação, em 2006, do Conse-
lho de Direitos Humanos da ONU (CDHNU). Através desse me-
canismo é possível examinar a situação dos direitos humanos
em todos os 191 Estados da ONU a cada cinco anos, identifi-
cando pontos precários e fazendo recomendações. Tomando
como objeto a RPU realizada nos Estados Unidos em 2010,
procuraremos discutir as principais iniciativas americanas na
área dos direitos humanos internacionais, bem como as viola-
ções identificadas e as recomendações propostas pela ONU.
Para tanto, focaremo-nos principalmente na análise do relató-
rio inicial apresentado pelos Estados Unidos ao Conselho, dos
discursos proferidos na sessão do CDHNU em que foi discutida
a RPU americana e da compilação final preparada pelo Alto
Comissariado das Nações Unidas. A partir dessas análises, bus-
caremos captar elementos para uma pesquisa mais ampla, já
em curso, sobre a formulação da política externa americana
para o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
PE P49 | A inserção internacional de Cuba pós-Fidel
Autor(a): Iris Rabelo Nunes (UNESP - Marilia)
Orientador(a): Marcos Tadeu Del Roio (UNESP - Marilia)
Resumo: O pôster a ser apresentado faz parte de uma pesquisa
ainda em andamento com o objetivo de ser apresentada como
Trabalho de Conclusão de Curso. A intenção é mostrar as no-
vas tomadas de rumo que o governo comunista cubano se vê
obrigado a seguir durante o processo revolucionário que per-
corre desde 1959, considerando este como ainda não concluí-
do. A pesquisa envolve a análise histórica deste, esmiuçando
as contradições e dificuldades dele provenientes e por fim, as
reformas políticas e econômicas que vêm sendo planejadas
desde o último congresso do Partido Comunista Cubano, em
1997, e postas em prática desde a passagem do cargo de Che-
fe de Estado de Fidel Castro para seu irmão Raul, em 2006.
As reformas que se fazem notadas nos últimos anos, intitula-
das oficialmente como “atualização do modelo socialista”, são
marcadas pela abertura econômica e pela descentralização
Estatal. Elas suscitam questionamentos quanto a continuidade
do regime imperante na Ilha, e com o VI Congresso do Partido
que se inicia em abril de 2011 mais mudanças são prometidas.
A ressonância que esse processo tem no âmbito internacional,
especialmente nos projetos imperialistas estadunidenses e
anti-imperialistas da América Latina é o foco da pesquisa, as-
sim como as relações internacionais entre Cuba e os outros
governos e instituições intergovernamentais, além das diretri-
zes seguidas pela política externa deste país.
PE P50 | Idealismo e Pragmatismo na retórica da política exter-
na americana: o caso de Barack Obama e o Iraque
Autor(a): Juliana Cintra Lauriano Silva (Anhanguera Educacional
de Campo Grande/MS)
Orientador(a): Alexandre Hoing Gonçalves (Anhanguera Educa-
cional de Campo Grande/MS)
Resumo: O principal objetivo deste trabalho é analisar os dis-
cursos do atual Presidente dos Estados Unidos Barack Obama
relacionados à Guerra do Iraque, com o intuito de sistematizar
a balança existente entre argumentos idealistas e pragmáti-
cos, tão tradicionais na retórica da Política Externa Americana.
Os discursos analisados são aqueles que mencionam o referi-
do conflito desde a posse deste presidente, até o anúncio do
fim do combate, portanto de 20 de Janeiro de 2009 até 31 de
Agosto de 2010. A vertente de análise da pesquisa é a Análise
do Discurso, que consiste em considerar o momento histórico
e a ligação dos discursos do presidente Barack Obama com
argumentos idealistas e pragmáticos, além de auxiliar na análi-
se crítica de como os discursos políticos podem contribuir para
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
a reprodução ou mudança de relação de poder. A Análise Críti-
ca do Discurso Político envolve investigação, linguagem, dis-
curso e poder. A pesquisa utiliza basicamente fontes bibliográ-
ficas e os discursos do atual Presidente norte-americano Ba-
rack Obama que mencionam a Guerra do Iraque, como os dis-
cursos de posse, da Universidade do Cairo, da ONU, do prêmio
Nobel da Paz e do anúncio do fim da Guerra no Iraque. Espera-
se que esse estudo auxilie os estudantes de Relações Interna-
cionais e os pesquisadores de Política Externa Americana a
compreender e a analisar qual o real comprometimento da
retórica do atual Presidente norte-americano. Nesse sentido,
desde já podemos indicar que o discurso do Presidente Obama
expõe o conflito do Iraque em termos idealistas ao buscar a
persuasão a partir do reconhecimento da situação dos seus
interlocutores, às vezes colocando-se em uma condição pare-
cida com as deles, situando sua existência naquele determina-
do grupo a fim de referenciar/legitimar seu pragmatismo. Dan-
do continuidade a tradição persuasiva da retórica norte-
americana, por isso é mister a reflexão e análise dos atuais
discursos presidenciais norte-americanos.
PE P51 | Política Externa Brasileira e o Legislativo: o papel da
comissão de Relações Exteriores e defesa Nacional
Autor(a): Marcela Tullii (USP)
Orientador(a): Janina Onuki (USP)
Resumo: O papel do Legislativo no processo decisório da políti-
ca externa tem sido tradicionalmente classificado como não
significativo. Grande parte da literatura existente sobre o tema
aponta para uma indiferença do Legislativo quanto aos assun-
tos internacionais, supondo-os sob responsabilidade do Execu-
tivo. No final dos anos 80, no entanto, surgiram novas pers-
pectivas analíticas que questionavam essa visão. Os primeiros
estudos que procuravam avaliar a influência do Poder Legisla-
tivo na política externa tinham por base o caso norte-
americano. Recentemente, estudos com o mesmo foco de
análise voltado para o caso brasileiro surgiram, procurando
entender como se dá a atuação do Congresso em temas de
política externa. Este trabalho, derivado de pesquisa de Inicia-
ção Científica, explora o papel do Legislativo brasileiro no pro-
cesso decisório de política externa. O foco principal foi analisar
a tramitação de todos os acordos comerciais e temáticas que
se relacionem com o ambiente externo no âmbito da Comis-
são de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) através
do estudo de sua composição e atividades no processo delibe-
rativo. Para acompanhar essa evolução, tomamos como base
empírica de análise o período de 1990 (início do processo de
abertura comercial no País) até 2002 (final do primeiro gover-
no de Luis Inácio Lula da Silva). Para tanto, foi organizado um
quadro qualitativo que pretende descrever os eventos e classi-
ficá-los do ponto de vista da discussão substantiva, o que per-
mite uma análise institucional mais detalhada.
PE P52 | A Atuação do Brasil em Agrupamentos Internacionais:
O G-20 Comercial e o G-20 Financeiro
Autor(a): Rodolfo de Camargo Lima (PUC-SP)
Orientador(a): Flavia de Campos Mello (PUC-SP)
Resumo: O paradigma autonomista da política externa de Lula
está tanto ligado ao condicionamento tradicional de redução
das vulnerabilidades externas e aquisição de mais abertura
para políticas de desenvolvimento quanto na ambição por
mais protagonismo político nos foros internacionais objetivan-
do status e interesses nos âmbitos econômicos e políticos.
Essa realidade pode ser evidenciada por um lado, na consoli-
dação do “agrobusiness” que garantiu e refletiu a instrumen-
talização desses interesses na criação do G-20 Comercial na
OMC. Com maior aproximação e liderança para com os países
emergentes, viu-se no G-20 Comercial, durante as negocia-
ções agrícolas, a complacência brasileira com as posturas pro-
tecionistas dos países do “Sul”, enquanto maximizava as de-
mandas de liberalização direcionada para os países do “Norte”
e resistia a assumir temas e compromissos destes (atenuação
dessa clivagem). Por outro lado, demonstrou diante esse con-
texto uma política externa de visão multipolar do mundo em
que objetivava consolidar tal realidade na busca por mais
igualdade de condições no âmbito internacional (reforma da
ordem econômica e de poder global). Com os impasses nas
negociações comerciais, surge no pós-crise de 2008 uma ver-
são expandida do G-7, o G-20 Financeiro. O Brasil prosseguiu
com uma postura política ativa também nesse arranjo, sendo
o primeiro alertar na reunião de Seul para uma possível
“guerra cambial” nos movimentos cambiais desordenados –
de desvalorização da moeda – de China e EUA. O arranjo tem
caráter informal, envolve as potências e países intermediários,
tendo assumido o papel de principal foro para as questões
econômicas globais. Sua pauta inclui o financial stability board,
a reforma das instituições financeiras e a crescente represen-
tação dos países emergentes nessas instituições. O Brasil tem
se destacado na ânsia por mais voz e espaço nas questões
globais. O estudo da atuação nesses foros traz questões rele-
vantes que auxiliarão a identificar e compreender os desafios
recentes da inserção internacional do Brasil.
PE P53 | A política estadunidense para Cuba no Pós-guerra Fria
Autor(a): Sílvia Maria Dias Medeiros (PUC MINAS)
Orientador(a): Onofre dos Santos Filho e Wolney Lobat (PUC
MINAS)
Governança Global e Novos Atores
Resumo: Este trabalho tem como objetivo examinar os motivos
que levam os EUA a manter a política externa diferenciada em
relação a Cuba após a Guerra Fria e os novos argumentos que
irão sustentá-la, bem como as variáveis que interferem na sua
formulação. Após décadas de ingerência estadunidense nos
assuntos internos da ilha eclode em 1959 a Revolução Cubana.
O contexto no qual ela ocorre, a Guerra Fria, é marcado pela
disputa ideológica entre as duas superpotências da época, os
EUA e a URSS, por áreas de influência ao redor do globo. As-
sim, a emergência de Fidel Castro como uma liderança incon-
testável na América Latina e o temor norte-americano de que
a ideologia comunista se difundisse pela região levaram os
EUA a adotarem medidas com o objetivo de solapar o governo
revolucionário. O bloqueio econômico imposto à ilha no início
da década de 60, e que dura até os dias atuais, tem sido o
principal instrumento de política externa estadunidense. O
fato é que o triunfo revolucionário levou um grande número
de imigrantes para os EUA, que foram observados como a ba-
se social da contra revolução e tratados como refugiados polí-
ticos através da Lei de Ajuste Cubano. Esses imigrantes organi-
zaram-se sob a FNCA que desde a sua fundação busca a manu-
tenção de uma política diferenciada para a ilha objetivando a
queda de Castro e o estabelecimento de uma democracia libe-
ral no país.Durante o período da Guerra Fria a política externa
estadunidense para a Cuba foi definida nos termos da estraté-
gia de contenção, ou seja, pela necessidade de frear a ideolo-
gia comunista no mundo e principalmente na América Latina.
Com o final do conflito e o desmoronamento da URSS, os EUA
optam por manter suas estratégias de “hard power” traçadas
nos tempos da política de contenção.
PE P54 | O neoconservadorismo e a construção de uma pax
americana
Autor(a): Valmir Herbert Barbosa Gomes (UEPB)
Orientador(a): Cristina Pacheco (UEPB)
Resumo: Este trabalho acadêmico é parte de um projeto de
iniciação científica financiado pelo CNPq e pelo INCT-INEU. O
pensamento político neoconservador ganhou notabilidade
recente graças ao atentado de 11/09 e às ações de política
externa estadunidense que se seguiram, como as invasões ao
Afeganistão e ao Iraque e seus reflexos nos organismos inter-
nacionais. O pensamento político que orientou a política exter-
na beligerante da superpotência da atualidade, nos anos 2001-
2008, originou-se de um think tank chamado Project for the
New American Century, ou PNAC, um manifesto que tem co-
mo objetivo magno defender a hegemonia estadunidense,
transformando este país em um “império benevolente”, com
reflexos sobre a maneira como lida com outras nações. Ideia
corroborada por Robert Kagan, em seu artigo “The Benevolent
Empire”, onde ele afirma que os EUA são a única nação com
capacidade para arbitrar crises internacionais e que a ordem
criada sob sua égide é a melhor solução para a construção da
paz, justiça e prosperidade no sistema internacional. Assim
exposto, os Estados Unidos seriam a única nação com supre-
macia econômica, militar, cultural, ideológica e política para
concretizar seus fins. O objetivo deste trabalho é analisar os
reflexos do neoconservadorismo no sistema internacional,
entendendo que ele tem raízes nos manifestos que defende-
ram uma atitude política estadunidense mais firme durante a
Guerra Fria, expostos por Irving Kristol e, no pós Guerra Fria,
por Francis Fukuyama e Charles Krauthammer, entre outros.
Reflexos estes devidos à adoção de objetivos do PNAC no Nati-
onal Strategy for Homeland Security, surgido no pós 11/09 e a
presença de vários neoconservadores célebres ou signatários
do PNAC no alto escalão do governo G. W. Bush, como Paul
Wolfowitz, Donald Rumsfeld, Richard Armitage e do antigo
vice-presidente Dick Cheney. Alguns elementos do neoconser-
vadorismo ainda se encontram presentes na política externa
estadunidense, sobretudo em sua relação com Israel.
Segurança Internacional
SI P6 | Um outro olhar sobre os estudos de segurança: a contri-
buição do paradigma da Segurança Humana
Autor(a): Ana Carina Rodrigues de Oliveira (Universidade Esta-
dual da Paraíba)
Orientador(a): Paulo Kuhlmann (Universidade Estadual da Paraí-
ba)
Resumo: Desde meados dos anos 1990, diante da diminuição
da preocupação com a guerra ideológica proporcionada pelo
fim da Guerra Fria, novas formas de pensar a segurança inter-
nacional ganharam espaço nas discussões acadêmicas. O obje-
tivo desta exposição está na análise do campo de estudos de-
nominado ‘segurança humana’, uma das abordagens críticas
surgidas nesse contexto, cujo foco inovador, que está na rela-
ção entre conflito e desenvolvimento e nas suas consequên-
cias humanas, introduz uma crítica ao paradigma dominante -
de fundações em termos militares e estatocêntricos – trazen-
do, dessa forma, novas possibilidades em termos acadêmicos
e empíricos. O instrumental teórico utilizado nesse trabalho
deriva das considerações de Pauline Kerr, Roland Paris, Sabina
Alkire e Bernardo Sorj, buscando analisar as características
normativas e epistemológicas dos estudos de ‘segurança hu-
mana’, bem como de seu potencial e suas falhas na constru-
ção de um pensamento analítico e de uma estrutura teórica
capaz de explicar e auxiliar na resolução das questões de segu-
rança internacional, inerentes ao contexto contemporâneo.
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
SI P7 | Colômbia e Venezuela: fronteiras comerciais frente às
geopolíticas
Autor(a): Arthur Felipe Murta Rocha Soares (UEPB)
Orientador(a): Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann (UEPB)
Resumo: As aparentes descontinuidades entre as políticas ex-
ternas e de segurança colombianas foram motivadoras para a
percepção e estudo de outro problema que ocorre na região: a
frágil segurança fronteiriça. O trabalho objetiva verificar que as
decisões políticas responsáveis pelo rompimento diplomático
parecem esquecidas diante da fragilidade comercial que os
dois países adquiriram pós-rompimento. Trata-se de um levan-
tamento bibliográfico munido da leitura de periódicos colom-
bianos e venezuelanos. Um dos últimos eventos do governo de
Álvaro Uribe (2002-2010) foi o rompimento das relações diplo-
máticas entre Colômbia e Venezuela. Em agosto de 2010, Juan
Manuel Santos sobe ao poder e rapidamente confere novos
rumos à política externa colombiana, reatando as relações
diplomáticas com os fronteiriços Equador e Venezuela. O hiato
observado trouxe sérias conseqüências para ambos os países,
que perderam muito no comércio bilateral. Em março de
2011, os dois países firmaram 13 acordos comerciais, que es-
tão sendo postos em prática. Se no âmbito comercial as rela-
ções têm sido retomadas vertiginosamente, o mesmo não
pode ser dito dentro da segurança fronteiriça. Esses novos
rumos das relações internacionais no arco andino, região de
maior tensão no subcontinente, esboçam o que seria uma
estratégia bilateral de cooperação militar. A questão fronteiri-
ça é delicada e não se observam esforços condizentes com a
necessidade da região.
SI P8 | Impacto do conflito entre Estado e narcotráfico no deslo-
camento interno colombiano
Autor(a): Áurea Helena Leite Cariri (UEPB)
Orientador(a): Elias David Morales Martinez (UEPB)
Resumo: Aborda-se neste trabalho como o conflito armado na
Colômbia atrai o interesse da comunidade internacional no
que diz respeito ao transbordamento das relações entre tráfi-
co de drogas e repressão política. Para melhor compreender a
evolução do conflito, é feito uma análise histórica da formação
política do país, tendo como ponto de partida a década de 40,
com a morte do líder liberal Jorge Gaitán, até o governo do ex-
presidente Álvaro Uribe ( 2002- 2010). O entrave na Colômbia
é o retrato de uma polarização entre classes sociais e um siste-
ma político bipartidário: Liberal e Conservador. Mediante su-
cessivas tensões travadas entre grupos oposicionistas, abriu
espaço para a insurgência de guerrilhas,as quais posteriormen-
te associadas ao narcotráfico, contribuíram para que o Estado
mergulhasse em uma verdadeira guerra civil. O ponto central
deste estudo busca abordar como a relação entre o conflito
armado - narcoguerrilhas e Estado - está intimamente envolvi-
da no processo de deslocamento interno no país. Tem-se co-
mo deslocados internos, pessoas forçadas ou impelidas a fugir
ou abandonar suas residência habituais, particularmente em
consequência de evitar os efeitos dos conflitos armados ou
situações de violência generalizada. Sabe-se que a propagação
do medo não é o único causador do deslocamento. O confron-
to resulta no deslocamento de milhares de camponeses das
zonas rurais à urbana. Mais recentemente, tem-se visto tam-
bém, a emergência de um novo padrão de deslocamento intra
-urbano, com a chamada “ Urbanização" do conflito sobretudo
em Medellín e Bogotá. Estas ações têm desempenhado um
papel fundamental em transformar a Colômbia num país vio-
lento, onde as práticas de corrupção crescem e a administra-
ção da justiça funciona precária. Como base metodológica,
esta pesquisa foi baseada na análise de artigos científicos, dis-
sertações, livros, jornais, e sites oficiais da CODHES-
Consultoria para los Derechos Humanos y el Desplazamiento e
ACNUR-Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugia-
dos.
SI P9 | O Reposicionamento Internacional do Japão no séc. XXI
Autor(a): Bárbara Dantas Mendes da Silva (Faculdades Integra-
das Rio Branco)
Orientador(a): Alexandre Ratsuo Uehara (Faculdades Integradas
Rio Branco)
Resumo: O fim da bipolaridade da Guerra Fria impôs ao Japão
uma reavaliação do seu posicionamento frente as novas confi-
gurações de poder global e regional. A ascensão chinesa e a
nova postura de outros atores, tais como Coréia do Norte, na
conjuntura atual são fatores que influenciam para um reposici-
onamento do Japão no sistema internacional do século XXI. O
século XXI trás à tona novas perspectivas, tais como a saída da
Coréia do Norte do TNP, a projeção econômica chinesa, e o
reposicionamento norte-americano após o atentado de 11 de
setembro. E, nesse contexto, o Japão se vê impelido a discutir
domesticamente uma alteração da sua constituição para po-
der readquirir autonomia militar. A partir do mandato do pri-
meiro ministro Junichiro Koizumi o Japão tem buscado promo-
ver alterações em sua imagem no cenário internacional. O
fortalecimento das relações com os EUA – apoio a guerra con-
tra o terror e a invasão do Iraque - e a inabilidade, segundo
Chang (2008), em lidar com as questões regionais foi o grande
divisor de águas da política japonesa. No momento, parte da
população não vivenciou a segunda Guerra Mundial, há uma
crescente onda nacionalista e a grande parte pela nucleariza-
ção da Coréia do Norte, indica que a revisão da constituição
Governança Global e Novos Atores
torna-se cada vez mais provável. Assim, buscar-se analisar e
compreender como as mudanças na configuração de poder do
século XXI - com ênfase no leste asiático- impactaram na pro-
jeção internacional e no status global do Japão, reascendendo
o debate acerca da necessidade do país de reavaliar e, se ne-
cessário, alterar sua constituição a fim de revitalizar suas for-
ças armadas e consequentemente retomar o caráter de sobe-
rania plena.
SI P10 | A Responsabilidade de Proteger e a Questão do Kosovo
Autor(a): Bárbara Lobo Feijó (UNESP Marília)
Orientador(a): Sergio Aguiar (UNESP Marília)
Resumo: A questão dos direitos fundamentais do homem ga-
nhou espaço nas últimas décadas nas discussões sobre paz e
segurança internacional. A questão da responsabilidade de
proteger insere-se nesta temática na medida em que pretende
minimizar os efeitos negativos dos conflitos nas populações
por eles afetadas. No entanto, discussão ainda em curso diz
respeito a questões importantes acerca desse conceito como:
quando e como a intervenção humanitária deve ocorrer e sob
que autoridade; qual o limiar entre uma “operação de ajuda
humanitária” e uma “intervenção humanitária”; e como lidar
com a dicotomia entre o princípio da imparcialidade e a neces-
sidade de ajudar determinados grupos envolvidos num conflito
armado. O presente trabalho utiliza a intervenção da Organiza-
ção do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na província sérvia
do Kosovo, em 1999, para discutir as questões abordadas aci-
ma. O caso do Kosovo se apresenta apropriado uma vez que
envolveu, inicialmente, a ação soberana do Estado para resol-
ver um problema de segurança interna, evoluindo para um
cenário de limpeza étnica e de crise de refugiados, para uma
intervenção de uma organização internacional e posterior-
mente, uma operação de paz das Nações Unidas. Estão sendo
utilizados na pesquisa documentos da ONU, o relatório da Co-
missão Internacional para a Intervenção e Soberania os Esta-
dos de 2001, além de livros e artigos de revistas especializadas
que tratam do conflito e da intervenção humanitária no Koso-
vo.
SI P11 | Regulamentação das armas de destruição em massa:
manutenção do status quo ou segurança internacional?
Autor(a): Bruna Strufaldi (FAAP)
Orientador(a): Raquel Maria de Almeida Rocha (FAAP)
Resumo: Com o final da Segunda Guerra Mundial e o decorrer
da Guerra Fria, as bombas atômicas deixaram de ser apenas
armas de destruição em massa e tornaram-se um modo de
exercer poder entre os Estados e assim manter o status quo.
Prova disso é o fato de os assentos permanentes do Conselho
de Segurança das Nações Unidas pertencerem àqueles que os
possuíam na época de sua fundação. O constante medo de um
eventual ataque e destruição por parte de inimigos faz com
que um país mais fraco sempre busque balancear o poder no
sistema internacional, com a finalidade de obter um equilíbrio
de poder. Tal equilíbrio é baseado em um contexto anárquico,
no qual as unidades almejam a sobrevivência. Sendo assim, a
principal inquietação das partes não é elevar ao máximo sua
força, mas sim, re-afirmar sua posição no sistema internacio-
nal. O panorama do equilíbrio do terror, instaurado por mais
de duas décadas, é justificado pela Destruição Mutua Assegu-
rada (MAD, Mutual Assured Destruction), formulação doutri-
nária do pentágono. Com base em tais fatos, este estudo pos-
sui o intuito de corroborar com a afirmação de Kenneth N.
Waltz, no que diz respeito às bombas atômicas, “more may be
better”, a partir de uma análise histórica, para então salientar
argumentos acadêmicos da teoria neorealista que justifiquem
tal afirmativa.
SI P12 | Fronteira: construção social e material
Autor(a): Camila Viana Ciancalio (PUC MINAS)
Orientador(a): Rodrigo Correa Teixeira (PUC MINAS)
Resumo: Tendo como base as reflexões trazidas por FOUCHER
(2009), DÖPCKE (1999) e Mkandawire (2005) sugere-se três
eixos preliminares acerca da problemática da fronteira na Áfri-
ca: 1- a perda do conteúdo exclusivamente geográfico do con-
ceito, e sua transição para uma categoria que mescle elemen-
tos da geopolítica e da teoria da cultura. Assim, a fronteira
deixa de ser entendida simplesmente enquanto demarcação
jurídica do território, para ser compreendida como um com-
plexo de relações culturais estabelecidas num espaço dinâmi-
co; 2- a substituição da abordagem da fronteira enquanto con-
quista e controle hegemônico de territórios e populações por
um tratamento da fronteira como lugar de trocas materiais e
simbólicas, de intercâmbios culturais. A fronteira perde a rigi-
dez de um limite quase militar entre territórios e culturas e
passa a ser compreendida como porosidade e permeabilidade
cultural e simbólica; 3- o destaque da fronteira como laborató-
rio de experiências históricas, sociais e econômicas nas rela-
ções internacionais. Tanto a discussão sobre o Estado quanto
sobre o desenvolvimento na África, frequentemente, são asso-
ciados a uma suposta artificialidade das fronteiras. No entan-
to, atribuir as fronteiras um papel de catalisador das conten-
das africanas é simplificar em demasia o problema, mitificando
o assunto. Num continente tão diversificado natural, cultural,
linguística, religiosa e politicamente, pode-se pensar nas fron-
teiras enquanto um dos muitos fatores que têm implicância na
questão.
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
SI P13 | Segurança Ambiental na Amazônia segundo a Escola de
Copenhague
Autor(a): Elze Camila Ferreira Rodrigues (UEPB)
Orientador(a): Elias David Morales Martinez (UEPB)
Resumo: Uma agenda abrangente é o que os estudiosos de
segurança internacional encontram desde o fim da Guerra
Fria. A partir do limiar entre as décadas de 1980 e 1990, outros
temas que não apenas estratégicos-militares passaram a alar-
gar a temática do pensamento sobre segurança. A visão esta-
tocêntrica foi revisitada, embora continue com o mesmo vigor
acadêmico. O que aconteceu foi o fortalecimento do debate
sobre o paradoxo entre a soberania estatal e a onda globali-
zante. A segurança militar não é mais a única relevante. Outras
ameaças à segurança internacional surgiram e emergiram de
maneira que demonstra que a nova ordem mundial pós-
Guerra Fria – caracterizada pela interdependência econômica,
comunicação de alta velocidade e desequilíbrios ecológicos – é
o novo enfoque das Relações Internacionais. A Amazônia é a
grande fonte de recursos naturais do Brasil e, por isso, seu
grande desafio. O Estado Brasileiro precisa lidar com suas di-
mensões energética, alimentar, hídrica, climática e ambiental.
Além disso, a Amazônia é a temática em diversos debates de
cunho regional e internacional e não poderia ser diferente já
que, como defendido pelos retóricos da Escola de Copenha-
gue, a segurança do setor ambiental interessa, uma vez que
também os afeta, diversos outros atores que não o Estado.
Entretanto, é válido ressaltar que, apesar de ser uma preocu-
pação global, a relevância política de segurança ambiental é
decidida em nível local. A segurança do setor ambiental, se-
gundo a Escola de Copenhague, é a mais complexa entre os
demais segmentos. O meio-ambiente é fundamental para o
bem-estar e manutenção da civilização como conhecemos,
uma vez que aí se estabeleceu uma relação de dependência.
Este trabalho, apesar de não ignorar a agenda científica de
securitização do meio-ambiente, segue o foco da agenda polí-
tica e considera como epicentro do debate a discussão sobre a
urgência causada por uma ameaça. Assim, a proposta deste
trabalho é aplicar o conceito de segurança ambiental defendi-
do pela Escola de Copenhague à Amazônia. Como se dá a se-
curitização? Quais são suas ameaças? Quem são os principais
atores?
SI P14 | A construção regional da segurança na América do Sul:
o Conselho de Defesa Sul-americano
Autor(a): Flora Evangelista (UEPB)
Orientador(a): Paulo Kuhlmann (UEPB)
Resumo: O presente trabalho pretende analisar o processo de
criação, a agenda propositiva e as demandas do Conselho de
Defesa Sul-americano (CDS) estabelecido no âmbito da União
de Nações Sul-americanas (UNASUL). Para tal, será utilizada
bibliografia acadêmica, documentos oficiais e conteúdo divul-
gado em jornais sobre a temática. O cenário de surgimento do
CDS é o do pós Guerra Fria que extinguiu a ordem bipolar e
deflagrou uma nova conformação no que tange as questões
de segurança, estas perderam o caráter ideológico e assumi-
ram características de cunho regionalizado. A partir de então
os Estados viram aumentar suas responsabilidades vinculadas
à segurança regional. Concomitantemente, aprofundaram-se
os processos de integração regional na ordem internacional
dos anos 90 em diante, com a consolidação de antigos e a
criação de novos blocos regionais. A primeira década do sécu-
lo XXI é marcada por uma estrutura internacional multipolar
que facilita e permite à América do Sul empreender esforços
conjuntos de integração e concerto político, a fim de inserir-se
e ter uma só voz no debate mundial sobre o novo século que
se deseja construir. A UNASUL, que teve seu Tratado Constitu-
tivo firmado em 23 de maio de 2008, nasceu com o desafio de
ir além da retórica para a concretização célere e duradoura de
uma ação integracionista na região – que é marcada por longo
histórico de iniciativas fracassadas. Um dos campos em que se
almeja avançar com a criação da organização é o da defesa
regional, uma vez que existe amplo espaço de desenvolvimen-
to para a cooperação sul-americana em segurança. A relevân-
cia do tema decorre do fato da América do Sul ser uma das
últimas regiões a instituir um fórum permanente para discus-
são de assuntos de segurança e defesa regional. O CDS, pro-
posta do governo
SI P15 | Consequências do tráfico internacional de resíduos peri-
gosos e a busca de soluções para a consolidação da segurança
ambiental na ordem internacional
Autor(a): Igor Moreira Moraes (Faculdade Stella Maris)
Orientador(a): João Bosco Monte (Faculdade Stella Maris)
Resumo: O presente trabalho, através de uma abordagem mul-
tifacetada, busca analisar de forma detalhada o problema dos
movimentos transfronteiriços ilegais de resíduos perigosos,
forma de tráfico que, nos últimos tempos, tem causado sérios
prejuízos ao meio-ambiente, em escala internacional, bem
como vem causando sérios danos à ordem econômica interna-
cional, haja vista as crescentes somas de capitais movimenta-
das através dessa forma de criminalidade, ligada inexoravel-
mente a outras modalidades de crime, mormente a lavagem
de dinheiro. Primeiramente, através de um método analítico-
descritivo, focado principalmente na analise pratica de como o
fenômeno ocorre na comunidade internacional, busca-se
identificar as causas do tráfico ilegal de resíduos perigosos, os
Governança Global e Novos Atores
agentes envolvidos no processo (particulares, Estados, Orga-
nismos Internacionais) e os "países-destino" e "países-origem"
dos resíduos perigosos, para se fazer uma análise crítica à in-
fluência desses países no Sistema Internacional. E feita a con-
ceituação de resíduos sólidos, bem como especificamente o
conceito de resíduos perigosos, devido a importância para a
definição das políticas de tratamento desses resíduos. Após o
estudo primariamente focado na apreensão de um panorama
geral do fenômeno, passa-se à constatação dos prejuízos gera-
dos por esse tráfico, principalmente com relação aos danos
ambientais, econômicos e sociais. Analisam-se as alternativas
de combate a essa modalidade criminosa internacional e o
papel dos diversos atores internacionais envolvidos na regula-
mentação das movimentações transfronteiriças de resíduos,
com foco especial para a avaliação da efetividade dos instru-
mentos legais internacionais já existentes relacionados ao te-
ma. Setores da criminalidade organizada possuidores de gran-
de poderio econômico, que comumente participam no trafico,
são abordados em tópico especifico. É dada especial atenção
às relações entre a produção de resíduos, sua destinação e a
preservação da segurança ambiental internacional e os inte-
resses econômicos dos diversos atores internacionais envolvi-
dos. Ao longo do trabalho são apresentados também casos
práticos ocorridos recentemente que atestam a relevância da
temática para a segurança global internacional.
SI P16 | A complexidade da política libanesa e seus desdobra-
mentos regionais
Autor(a): Laura Antonini Itabaiana (PUC MINAS)
Orientador(a): Danny Zahreddine (PUC MINAS)
Resumo: Desde o processo de descolonização da República
Libanesa, suas características populacionais e geográficas tor-
naram este Estado peça fundamental para o equilíbrio de po-
der na região. Este Estado multiétnico/religioso, com uma ex-
tensão que equivale à metade do Estado do Sergipe, e herdei-
ro de uma história milenar, tem enfrentado dezenas de confli-
tos devido ao seu papel balanceador no Oriente Médio. A sua
política doméstica é fortemente influenciada pelas condições
da política regional e global. O objetivo deste pôster é de-
monstrar como esses três níveis de análise são responsáveis
pela diversidade e complexidade das alianças praticadas no
país, e explicitar que o fator religioso não é a variável predomi-
nante de explicação dos conflitos envolvendo o Líbano. A abor-
dagem por meio da Escola Inglesa permitirá um entendimento
melhor dos impactos dos níveis de análise e suas repercussões
nos setores societal, político e militar do Oriente Médio. Para
isto, este Pôster irá apresentar as intrincadas relações existen-
tes entre as três escalas geográficas mencionadas acima e as
alianças resultantes das mesmas, bem como os focos de ten-
são advindos dessas alianças.
SI P17 | O Caso da Tríplice Fronteira: Um estudo acerca das
supostas conexões terroristas presentes na América do Sul
Autor(a): Maylle Alves Benício (UEPB)
Orientador(a): Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann (UEPB)
Resumo: A conformação mundial do pós Guerra-Fria indica
uma nova ordem internacional, caracterizada pelo prenúncio
da limitação da soberania estatal mediante aos crescentes
processos de integração regional. Nesse cenário globalizado,
nota-se maior ocorrência do efeito spill-over, trazendo à tona
problemáticas como o Terrorismo Global. Nesse ínterim, com-
posta por uma vasta diversidade étnica e comercial, a Tríplice
Fronteira (TF) que se estrutura na confluência das cidades de
Foz do Iguaçu no Brasil, Ciudad Del Est no Paraguai e Puerto
Iguaçu na Argentina, se faz desígnio de inúmeros estudos refe-
rentes à segurança e crimes transnacionais. Em virtude de ser
uma região que possui intenso fluxo humano e econômico,
essa se torna exposta a ação do contrabando e do tráfico ilegal
de drogas e armas. O quadro de instabilidade apresentado
pela TF passou a fomentar, por parte de alguns países, proe-
minentemente após o 11 de setembro, intrigantes suspeitas
de conexões terroristas no cone sul da América. A exemplo
disso, os Estados Unidos advogam a presença de células do
terrorismo islâmico inseridas na abrangente comunidade ára-
be local, supondo que os atos delitivos observados na região
estão intrinsecamente relacionados ao apoio logístico e finan-
ceiro de grupos considerados terroristas. Todavia, faz-se de
extrema importância ressaltar que inexistem elementos com-
probatórios de atos correlacionados ao terrorismo internacio-
nal na TF, ao passo que diversos líderes de Estado da referida
região repudiam tal idéia. Esses alegam que as acusações esta-
riam, por vezes, fundamentadas em preconceitos étnicos ou
religiosos . Destarte, objetiva-se confrontar as distintas per-
cepções acerca do suposto terrorismo na América do Sul, en-
globando a visão estadunidense, bem como as diametralmen-
te opostas. Ademais, o estudo busca analisar as políticas públi-
cas de segurança multilateral que visam a sanar as práticas
ilícitas observadas na Tríplice Fronteira.
SI P18 | O combate ao terrorismo e as imigrações: a generaliza-
ção da ameaça transnacional
Autor(a): Paula Barreto Haddad (PUC MINAS)
Orientador(a): Onofre Santos Filho (PUC MINAS)
Resumo: O final da Guerra Fria é tido como um momento de
inclusão de novos e revisão de antigos temas da agenda inter-
nacional. Uma das revisões ocorreu no campo da segurança.
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
Encerradas as tensões entre os estados – EUA e URSS – novos
atores, ditos transnacionais, se projetaram no sistema interna-
cional. Alguns destes atores expuseram os estados a novos
perigos e demonstraram que, mesmo dispondo de outro sta-
tus, são capazes de comprometer a segurança estatal. É nesse
contexto que devemos entender o errorismo transnacional e,
mais especificamente, os ataques de 11 de setembro. O fenô-
meno alia problemas de segurança a uma característica do pós
-Guerra Fria: o incremento e a generalização dos fluxos trans-
nacionais. A resposta estadunidense aos ataques de 11 de
setembro teve, portanto, que levar em conta essas caracterís-
ticas contextuais. O que é intrigante é como o governo dos
EUA elaborou uma nova estratégia de segurança que não se
restringe ao combate terrorismo, mas se encarrega de outros
temas como imigração, segurança cibernética, controle de
fronteiras etc. O objetivo deste trabalho é, especificamente,
entender como foi possível a inclusão da imigração nessa es-
tratégia. Para tanto, parte-se do pressuposto de que tanto
terrorismo quanto imigração foram tomados como ameaças
ao Estado-nação. E, durante a reorganização estatal para com-
bater o terrorismo, a imigração entrou e se firmou na agenda
de segurança como uma ameaça à nação. Para entender de
que maneira a construção da imigração como problema de
segurança foi possível, faremos uma breve discussão sobre as
imigrações na história dos EUA e as tendências nacionalistas à
discriminação racial que influenciaram o pensamento xenófo-
bo contemporâneo, para em seguida descobrir como esse
discurso se inseriu na elaboração da nova estratégia de segu-
rança – especificamente, na criação do Department of Home-
land Security.
SI P19 | A Baía de Guantánamo: o papel da relação doméstica
entre os poderes americanos na criação e consolidação do siste-
ma carcerário em uma perspectiva internacional
Autor(a): Pedro Henrique Oliveira Frazão (UEPB)
Orientador(a): Cristina Carvalho Pacheco (UEPB)
Resumo: A Baía de Guantánamo tornou-se a principal prisão
durante a “guerra ao terror” no Afeganistão. Seu gerencia-
mento, entretanto, gerou grandes controvérsias no mundo e
internamente nos EUA. O desrespeito às leis internacionais de
guerra e às próprias leis americanas incitaram críticas às quais
o governo não pôde esquivar-se. Neste contexto, o trabalho –
parte constitutiva de um projeto de pesquisa mais amplo ori-
entado pela professora Dra. Cristina Carvalho Pacheco – tem
por objetivo compreender a relação entre as instituições do-
mésticas americanas no tocante às decisões proferidas pela
Suprema Corte sobre Guantánamo. Para tanto, serão analisa-
dos as decisões proferidas pela Suprema Corte, os principais
atos produzidos pelo Congresso e o posicionamento do gover-
no Bush quanto ao funcionamento e o futuro da prisão.
Apesar dos discursos liberais sobre a libertação do mundo do
terrorismo, as políticas de guerra da administração Bush tive-
ram um forte teor realista tendo em vista o objetivo central de
segurança do Estado frente à ameaça externa. Desta forma, as
ações realizadas em Guantánamo refletiram tal posicionamen-
to ao utilizá-la como fonte de informações cruciais para a con-
tinuação da guerra através de depoimentos obtidos, por ve-
zes, de forma desumana e cruel. A Suprema Corte, neste caso,
agiu de acordo com os Direitos Internacionais quanto ao trata-
mento dos detentos e ao funcionamento de Guantánamo,
seguindo, assim, uma vertente liberal de disseminação de va-
lores internacionais com o foco em uma melhor relação exter-
na. Já o Congresso buscou um equilíbrio entre o fim do trata-
mento desumano e a manutenção da importante fonte de
depoimentos. Sendo assim, o trabalho busca demonstrar que
a relação doméstica entre os poderes americanos no caso de
Guantánamo está intrinsecamente ligada ao seu comporta-
mento quanto a questões externas que refletem no posiciona-
mento referente à prisão. Desta forma, as teorias de Relações
Internacionais ganham relevância na análise deste caso.
SI P20 | O Conflito na Colômbia e suas implicações regionais:
uma análise sob a ótica da interdependência complexa
Autor(a): Renata Inocencio (UNESP)
Orientador(a): Sérgio Aguilar (UNESP)
Resumo: A dinâmica dos acontecimentos globais, cada vez mais
de alguma forma interconectados permite que sejam discuti-
dos sob diferentes pontos de vista entre as mais diversas na-
ções, sobretudo quando o assunto envolve a questão de con-
flitos que interferem na vida cotidiana. Na sociedade contem-
porânea, cada vez mais globalizada, um problema causado em
uma parte do mundo é sentido e discutido no mundo inteiro.
Isso ocorre com mais rapidez e profundidade quando um de-
terminado conflito deixa de ser uma questão interna e passa a
envolver diferentes atores externos, modificando a agenda
internacional. Partindo deste pressuposto, este projeto estuda
e analisa o conflito interno colombiano provocado, principal-
mente, pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(FARC), a partir de uma perspectiva neoliberal, tendo como
pilar a teoria da Interdependência Complexa, na medida em
que essa teoria analisa o fato de que nas relações internacio-
nais contemporâneas existem atores distintos e relevantes
que não somente o Estado com capacidade de influenciar nes-
sas relações. A pesquisa, a partir da perspectiva de multidisci-
plinaridade, sobretudo nos aspectos políticos e econômicos,
apresenta a influências dos atores internos, especialmente as
FARC, nas relações da Colômbia com seus vizinhos sul-
americanos. Analisa, também, as mudanças nas posturas rela-
Governança Global e Novos Atores
cionadas com a segurança e defesa dos países vizinhos, decor-
rentes da evolução do conflito, das atividades das FARC e das
próprias forças armadas colombianas além da sua fronteira
física. A aplicação da teoria da interdependência complexa de
Joseph Nye e Robert Keohane nesse caso nos indica a necessi-
dade de cooperação sub-regional e maior coordenação de
esforços, de caráter multidisciplinar, entre a Colômbia e seus
vizinhos para a resolução permanente do conflito.
SI P21 | Processo de Securitização e Meio Ambiente: A Russia
diante das mudanças climáticas
Autor(a): Vinícius Alves Marques (UEPB)
Orientador(a): Elias David Morales (UEPB)
Resumo: O objetivo do presente trabalho é apresentar e traba-
lhar o processo de securitização definido pela Escola de Cope-
nhague, dentro da temática ambiental. Para contemplar o
objetivo da pesquisa será realizada uma revisão bibliográfica
em fontes primárias, ou seja, documentos oficias de Estado
que comprovem o processo de securitização, além de fontes
secundárias pertinentes às matizes teóricas da temática de
segurança e meio ambiente. Dessa forma a divisão do trabalho
consistirá: Primeiramente, um breve histórico sobre a Escola
de Copenhague e a abordagem do meio ambiente dentro das
questões de segurança; em seguida uma análise sobre o pro-
cesso de securitização e os atos de discurso (speech acts); e
por último interpretar tal processo a partir da concepção de
segurança do governo russo, publicado no Arms Control Asso-
ciation, especificando o tratamento para as mudanças climáti-
cas e o consequente derretimento do permafrost. Este traba-
lho segue continuação a uma pesquisa de iniciação científica,
propondo a cumprir com os seus objetivos no levantamento
de dados qualitativos e quantitativos.
Teoria das Relações internacionais
TRI P01 | Imagens e Identidades nas Relações Internacionais: a
visão do outro na fronteira Pacaraima – Santa Elena de Uairén
(Brasil – Venezuela)
Autor(a): Débora Silva Brito da Luz (Universidade Federal de
Roraima)
Orientador(a): Júlia Camargo (Universidade Federal de Roraima)
Resumo: Com o fim da Guerra Fria, novos temas surgiram nos
debates acadêmicos da disciplina de Relações Internacionais
tais como, a temática da identidade, e assuntos como fronteira
vêm adquirindo novos significados. A presente pesquisa objeti-
va analisar a relação fronteiriça estabelecida entre Brasil e
Venezuela a partir de uma visão identitária e imagética. Há a
necessidade de pesquisar sobre essas novas questões, em
especial, inserindo-as em contextos possíveis de aplicar con-
ceitos e teorias. Pensando nisso, um estudo que compreenda
a região fronteiriça entre Brasil e Venezuela, países geografica-
mente próximos e com frequente contato, sobretudo popula-
cional, conforme ocorre entre Pacaraima (Roraima) e Santa
Elena de Uairén (Bolívar), se mostra condizente com essa reali-
dade internacional emergente. Identidade é um conceito com-
plexo e ainda pouco estudado nas Relações Internacionais,
assim como, o papel das imagens na sociedade local, regional
e global. Para suprir essa carência, o trabalho se apoia em fon-
tes secundárias de outras áreas, em especial das Ciências Soci-
ais, com o intuito de tentar trazer as discussões e teorizações
ao campo das Relações Internacionais, fato que torna a pes-
quisa um estudo interdisciplinar. O objetivo da apresentação é
expor as reflexões teóricas a respeito do tema de imagens e
identidade realizadas mediante um estudo bibliográfico, bem
como os resultados obtidos com a aplicação de questionários
com os universitários de Pacaraima (Universidade Estadual de
Roraima) e de Santa Elena de Uairén (Universidad Nacional
Experimental de Guayana). Assim, o trabalho tem uma aborda-
gem qualitativa e também quantitativa, uma vez que há a cole-
ta e a quantificação de dados e opiniões. Para a realização do
processo de análise dos dados utiliza-se o método dedutivo
que parte de verdades consideradas universais, como os con-
ceitos de imagens e identidades, para que seja possível obter
conclusões particulares, neste caso, a formação de imagens e
identidades na fronteira Brasil - Venezuela.
TRI P02 | A Intifada de Al-Aqsa e sua veiculação no Ocidente:
Um estudo das representações do árabe nas Relações Internaci-
onais
Autor(a): Jane Angélica da Silva Gulielmitti (UNESP Marília )
Orientador(a): Lidia M. V. Possas (UNESP Marília )
Resumo: O presente trabalho estuda o que foi veiculado na
imprensa sobre a Intifada de Al-Aqsa, levante palestino inicia-
do em setembro de 2000 contra a ocupação israelense, para
observar as representações do árabe difundidas na cultura
ocidental e as conseqüências desta prática no estudo das Rela-
ções Internacionais. Tomando por método as contribuições da
História Comparada, faremos uma investigação comparativa
entre o que foi difundido nas mídias online CNN, para repre-
sentar a repercussão do levante árabe no ocidente, e Al Jazee-
ra, a fim de adentrar a abordagem da Intifada nos países ára-
bes, trabalhando dentro do período de seis meses após seu
início. Apoiando-se nas teorias do Pós-colonialismo e nos Estu-
dos Culturais, o trabalho recupera o tema do “terceiro mun-
do” nas Relações Internacionais ao atentar-se às práticas pós-
coloniais geradas por uma cultura do “Ocidente” e às suas
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011
permanências, dentro do contexto do conflito árabe-
israelense. A fim de iluminar novas narrativas, tomaremos por
base a obra “Orientalismo” de Edward Said (1978) para funda-
mentar nossa hipótese de que os árabes são alvos de uma
guerra de representações que visa, em seu extremo maior,
conflitá-los com o mundo e com os valores do Ocidente, sob a
lógica “Oriente” versus “Ocidente”, que desqualifica, ao fim,
tanto a cultura como a etnia árabe. O trabalho analisa ainda o
papel da mídia jornalística como atual difusora dessa cultura
“orientalista” e instrumento de soft power ou poder brando,
permanentemente a conformar o imaginário ocidental a res-
peito dos árabes. Nesse sentido, seus objetivos concentram-se
na investigação das representações do árabe como forma de
poder brando/soft power, na compreensão da prática orienta-
lista por parte do Ocidente e de sua permanência, e no papel
da cultura e sua importância aos estudos das Relações Interna-
cionais, utilizando como recorte a Intifada de Al-Aqsa.
TRI P03 | A Intencionalidade do Indivíduo por meio da entidade
Estado
Autor(a): Leandro Guiraldeli (Faculdades Integradas Rio Branco)
Orientador(a): Alexandre Uehara (Faculdades Integradas Rio
Branco)
Resumo: O presente trabalho busca discutir os estudos de
Edward H. Carr para entender a real intencionalidade dos líde-
res mundiais e o que realmente almejam quando sob a égide
das Nações Unidas. Para o pensamento que sintetiza o sistema
internacional anárquico – onde os Estados buscam seus inte-
resses, devido à sua necessidade de sobrevivência no sistema
– é possível conceber alguma evolução no que tange ao bem-
estar político e social dos Estados, extrapolando fronteiras e
culturas - o velho embate entre ideal versus real. Edward H.
Carr exemplifica com clareza ao interpretar o período entre-
guerras com base a cientificar o processo da Política Internaci-
onal, o que leva primeiramente ao “objetivo”, como “a paz
entre as nações”, que alimenta o pensamento para o desen-
volvimento de tentativas de resolução do problema analisado;
e da “utopia”, sendo como “soluções imaginativas”, o “novo”,
ao que o texto, no contexto abordado do entre-guerras, faz
referência à criação de um “Estado Mundial” e de uma
“segurança coletiva” centrado em um foro qual seja, a Liga das
Nações. Assim, com relação ao fato do interesse de um siste-
ma mundial mais cooperativo ocorrendo em maior segurança
coletiva, tendo a ONU como centro de debates e possíveis
soluções para maior cooperação entre os Estados, para a solu-
ção de problemas que assolam todos, será discutido nesse
trabalho o comportamento dos líderes mundiais: suas reais
intenções o que é desejado (a utopia) e o executado (o agir
para tal, tornar realidade). Face aos desafios das várias agen-
das dos Estados, dá-se a entender que o objetivo real dos indi-
víduos, representados por seus líderes, não correspondem a
real intenção de cooperação, devido, primeiramente, aos inte-
resses dos governantes e grupos políticos do breve “poder”
que detém por meio das entidades “Estados”, atores do siste-
ma internacional.
TRI P04 | As Novas Tecnologias de Comunicação e as Relações
Internacionais: O Papel do Facebook
Autor(a): Paulo Eduardo Venovichi Dias (Faculdades Integradas
Rio Branco)
Orientador(a): Denilde Oliveira Holzhacker (Faculdades Integra-
das Rio Branco)
Resumo: Este trabalho visa examinar o grau de mobilização
gerado pelas novas tecnologias da informação nas relações
internacionais atuais, especificamente o Facebook, que é a
maior rede social online, com seus mais de 500 milhões de
usuários ativos em todo mundo, integrando pessoas de dife-
rentes condições sociais, origens nacionais e posições ideológi-
cas, tornando-se palco de diversas mobilizações sociais e polí-
ticas. As novas tecnologias ultrapassam as fronteiras territori-
ais, criando uma maneira fácil e rápida de difundir conheci-
mentos e causas. Reynolds (2000), por exemplo, argumenta
que, a revolução das comunicações, com transmissão ao vivo
via satélite e a ampliação do acesso aos computadores, permi-
tiu aos indivíduos maior acesso aos temas da agenda internaci-
onal, consequentemente, ampliando a capacidade de mobili-
zação além das fronteiras nacionais. De acordo com Keohane e
Nye (1998), a era da informação além de baratear e facilitar o
acesso às fontes de comunicação diminui as distâncias e, con-
sequentemente, permite que se tenha maior capacidade de
mobilização dos indivíduos no plano global. Este contexto po-
de ser analisado a partir da teoria neoliberal, em que a
“interdependência complexa” torna os países e indivíduos
conectados por múltiplas relações sociais e políticas. Além
disso, este processo permite a construção de agendas e prefe-
rências políticas que, muitas vezes, não são submetidas aos
processos tradicionais da participação política. Dessa forma, o
objetivo central deste trabalho é compreender, através de
fontes secundárias, como livros, artigos, relatórios do próprio
Facebook, e também informações contidas nos respectivos
sítios localizados na rede social, o impacto destas novas ferra-
mentas nas relações internacionais e suas implicações para a
atuação dos indivíduos nos processos globais, sendo analisa-
das as redes sociais no âmbito do Facebook que tenham como
foco temas da agenda internacional.
TRI P05 | Estados Falidos: uma análise discursiva sobre as cau-
sas e impactos no sistema intenacional
Governança Global e Novos Atores
Autor(a): Tainah Espíndola Ferreira (IEUFU)
Orientador(a): Áureo de Toledo Gomes (IEUFU)
Resumo: O estudo dos Estados Falidos teve proeminência a
partir da década de 1980. As discussões e estudos dos fracas-
sos estatais são baseados principalmente nas obras de Jackson
e Rosberg (1982) em “Why Africa’s Weak States Persist: the
Empirical e Juridical in Statehood” e “Quasi States: Sovergnity,
International Relations and Third World” (1990) . No entanto,
o tema ganha mais destaque após os atentados de 11 de se-
tembro, principalmente após a constatação de que um Estado
até então considerado irrelevante como o Afeganistão poderia
trazer grandes problemas para a principal potência mundial.
Existe consenso na definição de o que é um Estado Falido.
Grosso modo, um Estado é considerado falido quando o gover-
no perde a sua autoridade e reconhecimento político. Além
disso, esse Estado apresenta dificuldades para manter uma
infra-estrutura adequada e prover bens políticos aos seus cida-
dãos. Em um Estado Falido a economia também entra em co-
lapso sendo vitima de intermináveis crises. Logo após o fim da
Guerra Fria, os debates sobre soberania e direitos humanos
serviram como base para a primeira corrente de ideias que
debateram os impactos dos Estados Fracassados no cenário
internacional. Para essa primeira corrente, os riscos eram basi-
camente conseqüências diretas, como os refugiados políticos e
a instabilidade econômica que afetaria os países vizinhos.
Dez anos depois, o fracasso estatal passa a ser um problema
refletido em todo cenário internacional. Nesse novo contexto,
os principais países no cenário internacional passam a associar
a fracasso das nações a grupos terroristas e ao crime organiza-
do. Assim, mediante o uso do que se convencionou chamar de
Critical Discourse Analysis, o objetivo dessa iniciação científica
é realizar uma análise discursiva de obras selecionadas sobre o
fracasso estatal e procurar entender como elas trabalham com
questões envolvendo a causa e as conseqüências desse fenô-
meno. A escolha por essa metodologia se justifica na medida
em que ela nos habilitará a entender como uma definição e
caracterização excluem outras possibilidades de interpretação
do mesmo fenômeno, além de também de nos permitir avaliar
como o ambiente institucional aonde foram produzidas as
obras impactaram no resultado.
Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011