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ANAIS DA X JOIA JORNADA DE INTEGRAÇÃO DOS OS ALUNOS DA GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO 22 a 25 de outubro de 2018 Casa da Arte, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Botucatu, SP Promovido pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Animal 2018

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ANAIS DA X JOIA – JORNADA DE INTEGRAÇÃO DOS OS ALUNOS DA GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

22 a 25 de outubro de 2018

Casa da Arte, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Botucatu, SP

Promovido pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Animal

2018

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação FMVZ – UNESP - 2018

Editor Responsável Fabiana Ferreira de Souza

Colaboradores

Gabriel Barbosa de Melo-Neto Laíza Sartori de Camargo Marcos Gomides Carvalho

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Reitoria e Pró-reitorias

Reitor

Sandro Roberto Valentini

Vice-reitor Sergio Roberto Nobre

Pró-reitora de Graduação

Gladis Massini-Cagliari

Pró-Reitor de Pós-Graduação João Lima Sant'Anna Neto

Pró-Reitor de Pesquisa

Carlos Frederico de Oliveira Graeff

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Diretoria

Celso Antonio Rodrigues

Vice-Diretoria Cezinande de Meira

Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Animal

Coordenadora Ana Liz Garcia Alves

Vice-coordenadora

Fabiana Ferreira de Souza

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

Comitê de Organização

Coordenação Geral

Profa. Dra. Fabiana Ferreira de Souza, Pesquisadora, Departamento de Reprodução

Animal e Radiologia Veterinária

Coordenadores Acadêmicos

Débora de Fátima Ferreira Calman, Graduanda

Kelry Mayara da Silva, Doutoranda

Laíza Sartori de Camargo, Doutoranda

Marcos Gomides Carvalho, Mestrando

Otávio Luis de Oliveira Henriques Paulo, Doutorando

Comitê Científico

Antonio Fernando Leis Filho, Mestrando

Cristiane Sella Paranzini, Doutoranda

Fernanda de Castro Stievani, Doutoranda

Fernando Evaristo da Silva,Mestrando

Gabriel Barbosa de Melo Neto, Mestrando

Gustavo dos Santos Rosa, Mestrando

Jaqueline Cândido de Carvalho, Mestranda

João Pedro Hübbe Pfeifer, Doutorando

Kelry Mayara da Silva, Doutoranda

Laíza Sartori de Camargo, Doutoranda

Laura Teodoro de Oliveira, Doutoranda

Lorenzo Garrido Teixeira Martini Segabinazzi, Doutorando

Marcos Gomides Carvalho, Mestrando

Otavio Luis de Oliveira Henriques Paulo, Doutorando

Patrícia de Faria Lainetti, Mestranda

Rúbia Alves Schmith, Doutoranda

Promoção

Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Animal, da Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho” - UNESP, Botucatu, SP.

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

PRÓLOGO

A primeira versão da JOIA ocorreu em 1997, organizada pelo Prof. Dr. Sony

Dimas Bicudo, do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, ano

que eu ainda me encontrava na UNESP de Jaboticabal fazendo Mestrado. Dois anos

depois me deparei com a III JOIA, em 1999, durante o Doutorado, já na UNESP de

Botucatu. Naquela época, para nós, alunos da pós-graduação, era um momento

empolgante, talvez porque não tínhamos muitos recursos e oportunidades de participar

de outros eventos e porque acontecia na nossa Instituição. Mais emocionante ainda

quando nosso trabalho era escolhido para apresentação oral, afinal as oportunidades

eram escassas. A partir daí vieram outras JOIAs, como a própria sigla/gíria, atualmente

ultrapassada, diz... era um momento especial, no qual todos nos encontrávamos,

discutíamos nossos projetos, tínhamos novas ideias, conhecíamos novas pessoas,

novos amigos e novos companheiros. E assim foi, durante 9 anos, 9 edições dessa

Jornada. Agora, em 2018, temos o prazer de resgatar esses momentos, com uma nova

edição da X JOIA – 2018, na qual esperamos que vocês, discentes, se encontrem,

façam novas amizades, discutam seus projetos, encontrem novos amigos, novos

companheiros e “curtam” muito este momento, retornando para os seus afazeres com

novas e interessantes ideias! Foi um grande desafio para todos da organização, mas

acho que cumprimos nosso papel.

Fabiana Ferreira de Souza

Pesquisadora

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária

Coordenadora Geral da X JOIA

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

PREFÁCIO

Ao ter percorrido metade de minha trajetória acadêmica como professor em

Cursos de Graduação e Pós-graduação, senti-me encorajado em propor a realização

de um evento que proporcionasse aos alunos a oportunidade de compartilhar, de

maneira inovadora, suas experiências de crescimento, obtidas ao longo de seus

estudos.

De fundamental importância à concepção da Jornada de Integração dos Alunos

de Graduação e Pós-graduação em Reprodução Animal – JOIA foi o perfil histórico e

inovador da FMVZ – UNESP, e sua competência reconhecida nacional e

internacionalmente. Amoldada desde sua origem, há mais de 50 anos, em garantir a

excelência na formação da graduação em Medicina Veterinária e Zootecnia, respondeu

de maneira brilhante, a partir de 1981, à consolidação de Programas de Pós-

graduação, e tem contribuído ao longo de quase quatro décadas com a formação de

Mestre e Doutores de todos os estados do Brasil.

A realização da primeira Jornada de Integração dos Alunos de Graduação e Pós-

graduação em Reprodução Animal – JOIA, em novembro de 1997, foi inspirada na

crença de que ambas modalidades de ensino visam a excelência na formação pessoal

e profissional, sem a possibilidade de haver preponderância de uma delas, em

detrimento da outra. Este ideal foi então prontamente abraçado por todos com

entusiasmo.

A dinâmica instituída para a Jornada permitiu superar, de imediato, uma

atmosfera meramente especulativa, para se estabelecer um diálogo concreto e

produtivo promovendo, de fato, a integração dos alunos das duas modalidades de

ensino.

Ao longo das nove edições da JOIA, houve intensa participação dos docentes e

dos alunos da graduação e da pós-graduação fazendo com que se cumprissem todos

os objetivos da proposta original.

O compartilhamento das experiências didáticas e científicas obtidas pelos pós-

graduandos, bem como o despertar de vocações científicas, somadas à possibilidade

de ampliação do conteúdo previsto no programa curricular dos graduandos,

constituíram-se no gigantesco ganho imaterial dessa interação, beneficiando diversas

gerações de alunos.

Adicionalmente, as sucessivas reedições da Jornada permitiram consolidar, em

nossa unidade, a convicção de que a harmoniosa e virtuosa integração entre as duas

modalidades de ensino, deva ser buscada de forma permanente, sendo este outro

grande legado da JOIA.

A décima edição da Jornada, que ora se apresenta de maneira repaginada e

ampliada, representa um avanço significativo no conceito de integração graduação/pós-

graduação e a ratificação do compromisso com a excelência no ensino.

Aliada à oportunidade didático-pedagógica a ser vivenciada pelos professores e,

sobretudo pelos graduandos e pós-graduandos, será dada a possibilidade de se

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

conhecer e divulgar os temas e resultados obtidos das pesquisas de alunos de

Iniciação Científica e das Dissertações ou Teses, objetos de estudo dos alunos da Pós-

graduação da FMVZ, UNESP.

Vida longa à “Jornada de Integração dos Alunos de Graduação e Pós-graduação

– JOIA” e parafraseando o prólogo de minha tese de Livre docência eu reafirmo:

“Uma ideia só se concretiza quando colocada em prática, antes disso ela é tão

somente uma esperança.”

Sony Dimas Bicudo

Prof. Titular do Dpto. de RARV

Prof. Voluntário da FMVZ

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

PROGRAMAÇÃO

DIA 22/10

18:00 – 18:30h Entrega de material e crachás, e recebimento de doações (o recebimento de doações será mantido até o final do evento)

18:30 – 19:15h MESA DE ABERTURA

19:15 – 19:35h A concepção do JOIA Palestrante homenageado: Prof. Dr. Sony Dimas Bicudo

19:35 – 20:15h MESA REDONDA – O papel do pesquisador na empresa Méd. Vet. Bruna Colhado – VETNIL, Louveira, SP Méd. Vet. Dr. José Antônio Dell’Aqua Junior – BOTUPHARMA, Botucatu, SP Méd. Vet. José Roberto Potiens, Responsável Técnico - SELEON BIOTECNOLOGIA ANIMAL LTDA., Itatinga, SP Méd. Vet. Dra. Erika Maria Terra Carabolante, Coordenadora do Pet Care Center –PURINA-NESTLÉ, São Paulo, SP Moderadora: Profa. Dra. Ana Liz Garcia Alves, Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Animal

20:15 – 20:45h Coffee Break

20:45 – 21:15h Horário do Patrocinador Méd. Vet. Jacqueline Ojeda, representante comercial da PURINA-NESTLÉ, São Paulo, SP

21:15 – 21:45h Mitos e verdades da congelação do sêmen de cães Méd. Vet. MSc. Doutoranda Laíza Sartori de Camargo

21:45 – 22:00h PERGUNTAS DO DIA

DIA 23/10

18:30 – 18:45h Experiências de outros JOIAs Prof. Dr. João Carlos Pinheiro Ferreira, Professor do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária

18:45 – 19:00h Identificação e caracterização do antígeno prostático específico (PSA) em amostras prostáticas caninas Graduanda Natalia Sayegh Tokunaga

19:00 – 19:30h Uso do plasma rico em plaquetas autólogo e heterólogo aquecido no tratamento da ceratite ulcerativa em cães Méd. Vet. Mestranda Annalú Pinton Ferreira

19:30 – 20:00h Coffee Break

20:00 – 20:30h Efeito do PRP na resposta inflamatória endometrial de éguas com endometrite persistente pós-cobertura Méd. Vet. MSc. Doutorando Lorenzo Garrido Teixeira Martini Segabinazzi

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

20:30 – 20:45h Abordagem proteômica do desenvolvimento fetal de búfalas Graduanda Gabriela Ferreira Tavares Boy

20:45 – 21:15h Linguagem corporal de equinos e a dor: o que precisamos saber? Méd. Vet. MSc. Doutorando Pedro Henrique Esteves Trindade

21:15 – 21:30h PERGUNTAS DO DIA

DIA 24/10

18:30 – 19:00h Descrição do sistema respiratório de Jabuti-piranga (Chenoloidis carbonária, SPIX, 1824). Aspectos radiográficos, tomográficas e anatômicos Méd. Vet. MSc. Doutorando Joshua Benjamín Andrés Polanco Stuart

19:00 - 19:15h Efeitos de métodos de separação (swin-up, Percoll e Equipure) sobre a qualidade espermática de gatos Graduanda Débora de Fátima Ferreira Calman

19:15 – 20:00h Empreendedorismo: jornada da universidade à empresa Dra. Débora Colombi Ribolla, Genotyping Laboratório de Biotecnologia Ltda, Botucatu, SP

20:00 – 20:15h PERGUNTAS

20:15 – 20:45h Coffee Break

20:45 – 21:15h Obtenção de Scaffold de liga de titânio como carreador de biomoléculas na aplicação ortopédica Física-Médica MSc. Doutoranda Mariana Correa Rossi

21:45 – 22:00h PERGUNTAS DO DIA

DIA 25/10

18:30 – 19:30h Avaliação dos pôsteres

19:30 – 20:00h Coffee Break

20:00 – 20:30h Condicionamento para colheita de sêmen de bubalinos e avaliação espermática in vitro do sêmen criopreservado Méd. Vet. Mestrando Fernando Evaristo da Silva

20:30 – 21:00h PERGUNTAS DO DIA

21:00 – 21:30h Premiação dos melhores pôsteres e encerramento do evento

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

PATROCINADORES E COLABORADORES PATROCINADOR OURO

PATROCINADORES PRATA

PATROCINADOR BRONZE

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COLABORADORES

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

PREMIAÇÕES DA X JOIA

APRESENTAÇÃO ORAL

DOUTORADO

POLANCO-STUART, J.B.A.; MAMPRIM, M.J.; DA SILVA, J.P.; INAMASSU, L.R.;

SCHIMMING, B.C. Descrição do sistema respiratório do jabuti-piranga (Chelonoidis

carbonaria, Spix, 1824). Aspectos radiográficos, tomográficos e anatômicos

MESTRADO

FERREIRA, A.P.; GANDOLFI, M.G., RAMOS, L.A.; SESSA, M.; HIROTA, I.N.;

GONÇALVES, L.G.; BRANDÃO, C.V.S. Uso do plasma rico em plaquetas autólogo e

heterólogo aquecido no tratamento de ceratite ulcerativa em cães

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

TOKUNAGA, N.S.; LAUFER-AMORIM, R.; SARTORI, L.C.; SOUZA, F.F.; FONSECA-

ALVES, C.E. Identificação e caracterização do antígeno prostático específico (PSA) em

amostras prostáticas caninas

PÔSTERES

ENSINO MÉDIO

CARDOSO, G.H.M.; OLIVEIRA, G.L.S.; BICUDO, G.N.; MELO, L.G.; DANTAS, A.;

VETTORATO, J.A.3; OLIVEIRA, R.A.; CODOGNOTO, V.M.; SALGADO, L.C.;

BARBOSA, L.G.B. Avaliação sensorial de silagem de colostro bovino na forma de

manteiga para consumo humano

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

1º - BORGES, T.F.; CAMARGO, G.C.; POSSOMATO-VIEIRA, J.S.; ROCHA, T.L.A.;

DIAS-JUNIOR, C.A. Isoflurano possui potencial anti-inflamatório e, apesar de

diminuir o status antioxidante, não causa peroxidação lipídica

2º - GIRNOS, V.C.; BARROS, J.S.; GOMES, T.G.J.; SOUZA, D.M.; MEIRELES, P.R.L.;

SERRANO, L.D.; MARQUES, D.B. Cisalhamento do capim-Xaraés em três

intensidades luminosas

RESIDENTE E MESTRADO

Estudo científico

SILVA, D.F.; NAGAI, K.K.; ANGRIMANI, D.S.R.; LOSANO, J.D.A.; RUI, B.R.; BICUDO,

L.C.; NICHI, M. Funcionalidade e perfil oxidativo de espermatozoides epididimários de

gatos submetidos a diferentes tempos de refrigeração (24, 48 e 72 horas)

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

Relato de caso

1º - OLIVEIRA, A.L.; GARCES, H.G.; CHECHI, J.L.; PAZ, G.S.; BOSCO, S.M.G.

Esporotricose na região de Botucatu, SP: estudo retrospectivo e identificação

molecular do agente etiológico

2º - SANTANA, L.R.; PEREIRA, K.H.N.P.; CHIACCHIO, S.B., LOURENÇO, M.L.G.;

SILVA, M.F.; SILVA, D.F.; ANGRIMANI, D.S.R. Babesiose e transfusão sanguínea

em cão neonato

3º - PRADO, M.C.M.; LEIS–FILHO, A.F.; ALVES, C.E.F. Neuropatia periférica

associada a mastocitoma subcutâneo canino: relato de caso

DOUTORADO

Estudo científico

YAMADA, P.H.; GOMES, D.O.S.; SILVA, K.M.; MORELLO, A.F.; FACHIOLLI, D.F.;

VERA, J.H.S.; SOUTELLO, R.V.G.; OBA, E. Prevalência de helmintos gastrintestinais

em um rebanho de bubalinos (Bubalus bubalis) na região da alta paulista

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

SUMÁRIO

PALESTRAS ................................................................................................................................................ 1

ABORDAGEM PROTEÔMICA DO DESENVOLVIMENTO FETAL DE BÚFALAS ..................................... 1

CONDICIONAMENTO PARA COLHEITA DE SÊMEN DE BUBALINOS E AVALIAÇÃO ESPERMÁTICA IN VITRO DO SÊMEN CRIOPRESERVADO............................................................................................... 1

DESCRIÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DO JABUTI-PIRANGA (Chelonoidis carbonaria, Spix, 1824). ASPECTOS RADIOGRÁFICOS, TOMOGRÁFICOS E ANATÔMICOS ........................................... 2

EFEITO DO PRP NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA ENDOMETRIAL DE ÉGUAS COM ENDOMETRITE PERSISTENTE PÓS-COBERTURA ............................................................................................................ 3

EFEITOS DE MÉTODOS DE SEPARAÇÃO (SWIN-UP, PERCOLL E EQUIPURE) SOBRE A QUALIDADE ESPERMÁTICA DE GATOS .................................................................................................. 3

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) EM AMOSTRAS PROSTÁTICAS CANINAS ...................................................................................................... 4

LINGUAGEM CORPORAL DE EQUINOS E A DOR: O QUE PRECISAMOS SABER? ............................. 5

MITOS E VERDADES DA CONGELAÇÃO DE SÊMEN EM CÃES ............................................................ 6

OBTENÇÃO DE SCAFFOLD DE LIGA DE TITÂNIO COMO CARREADOR DE BIOMOLÉCULAS NA APLICAÇÃO ORTOPÉDICA ........................................................................................................................ 7

USO DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS AUTÓLOGO E HETERÓLOGO AQUECIDO NO TRATAMENTO DE CERATITE ULCERATIVA EM CÃES ........................................................................... 8

RESUMOS.................................................................................................................................................. 10

ABORTAMENTO EM FÊMEA CANINA RELACIONADO COM A HEMOPARASITOSE .......................... 10

ACUTE EFFECT OF CACL2 ASSOCIATED WITH DMSO ON SPERM PARAMETERS OF THE WISTAR RATS .......................................................................................................................................................... 11

ALTERAÇÕES CLÍNICO-LABORATORIAIS EM GATOS COM LIPIDOSE HEPÁTICA - ESTUDO RETROSPECTIVO (2013-2018) ................................................................................................................ 11

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE MULTIRRESISTÊNCIAS EM Salmonella spp. SUBMETIDAS A MIC PROVENIENTES DE FONTES DIVERSAS .............................................................................................. 12

ANÁLISE PROTEÔMICA DO DESENVOLVIMENTO E REGRESSÃO INDUZIDA DO CORPO LÚTEO DE ÉGUAS ................................................................................................................................................. 13

APLASIA CUTIS CONGÊNITA EM GATO NEONATO – RELATO DE CASO .......................................... 14

ASSOCIAÇÃO DE MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM NEONATO CANINO: RELATO DE CASO ... 14

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO E DAS CARACTERÍSTTICAS MORFOLÓGICAS DE MUDAS DE BETERRABA EM FUNÇÃO DO TIPO DE SUBSTRATO .......................................................................... 15

AVALIAÇÃO DA INCLUSÃO DE LEITES DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL SEM LACTOSE NA PREPARAÇÃO DE DIFERENTES RECEITAS.......................................................................................... 16

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE DIFERENTES VARIEDADES DE Paspalum spp PARA DIVERSIFICAÇÃO DE PASTAGENS ........................................................................................................ 17

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DA BIOMETRIA CORPORAL E TESTICULAR DE CARNEIROS MESTIÇOS .................................................................................................................................................................... 18

AVALIAÇÃO DE FATORES PROGNOSTICOS EM HEMANGIOSSARCOMAS ESPLÊNICOS CANINOS .................................................................................................................................................................... 19

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE LEITE E DERIVADOS NA ESCOLA TÉCNICA DE SÃO MANUEL ..... 20

AVALIAÇÃO DO USO DE SORAFENIB E ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE VEGF E VEGFR EM CARCINOMA MAMÁRIO DE CADELAS ................................................................................................... 21

AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE ESPERMATOZOIDES CANINOS A PARTIR DA MODIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE COLORAÇÃO POR PANÓTICO ......................................................................................... 22

AVALIAÇÃO PROTEÔMICA DO PLASMA SEMINAL DE JUMENTOS (Equus asinus) ........................... 22

AVALIAÇÃO REPRODUTIVA DO MACHO DE Tomodon dorsatus (Dipsadidae), DO ESTADO DE SÃO PAULO, NAS DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO .................................................................................. 23

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE SILAGEM DE COLOSTRO BOVINO NA FORMA DE MANTEIGA PARA CONSUMO HUMANO ................................................................................................................................ 24

BABESIOSE E TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CÃO NEONATO ......................................................... 25

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E AVALIAÇÃO DOS FATORES PROGNÓSTICOS DO CARCINOMA DUCTAL DE CADELAS COMO MODELO DE ESTUDO PARA O TUMOR DE MAMA EM MULHERES ................................................................................................................................................ 26

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSÓRIAS DO SISTEMA GENITAL MASCULINO DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla) .................................................................................................................................................... 27

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM PÊNIS E PREPÚCIO DE GARANHÃO: RELATO DE CASO .......................................................................................................................................................... 28

CATARATA MADURA EM OVELHA DA RAÇA BERGAMÁCIA: RELATO DE CASO .............................. 29

CISALHAMENTO DO CAPIM-XARAÉS EM TRÊS INTENSIDADES LUMINOSAS ................................. 30

CONTRIBUIÇÃO RADIOGRÁFICA NA SÍNDROME BRAQUICEFÁLICA: RELATO DE CASO .............. 31

CORREÇÃO CIRÚRGICA DE GASTROSQUISE EM NEONATO CANINO ............................................. 32

CORRELAÇÃO DA FOSFATASE ALCALINA COM PARÂMETROS ESPERMÁTICOS EM BÚFALOS E BOVINOS ................................................................................................................................................... 33

DESCRIÇÃO ANATOMO-ULTRASSONOGRÁFICA DO CARPO EQUINO ............................................. 34

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X JOIA – Jornada de Integração dos Alunos da Graduação e Pós-graduação

22 a 25 de outubro de 2018

DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE MICROBIANA IN VITRO EM LINHAGENS DE Enterococcus spp. ISOLADOS DE CASOS DE MASTITE BOVINA E EM LEITE DE TANQUES DE EXPANSÃO ........ 34

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE BRIX, pH E UMIDADE DE AMOSTRAS COMERCIAIS DE BETERRABA PRODUZIDAS DE FORMA CONVENCIONAL E ORGÂNICA ........................................... 35

DIAGNÓSTICO PRECOCE DE GESTAÇÃO EM JUMENTA: RELATO DE CASO .................................. 36

EFEITOS DA ADIÇÃO DE PLASMA SEMINAL AUTÓLOGO E HOMÓLOGO SOBRE A VIABILIDADE ESPERMÁTICA NO SÊMEN DE GARANHÕES PÓS-DESCONGELAÇÃO ............................................ 37

EFEITOS DO CO-CULTIVO COM CÉLULAS ESTROMAIS MULTIPOTENTES DO ENDOMÉTRIO DURANTE A PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS ............................................................. 38

EFEITOS DO LAPATINIBE SOBRE AS CÉLULAS DO CARCINOMA MAMÁRIO ................................... 39

CANINO HER2+ E HER2- CULTIVADAS IN VITRO ................................................................................. 39

EFICÁCIA DO CETOPROFENO EM PROGRAMAS DE TRATAMENTO SELETIVO DE CASOS NATURAIS DE MASTITE CLÍNICA EM VACAS LEITEIRAS – RESULTADOS PRELIMINARES ............ 40

ELETROFORESE SÉRICA DE QUATIS DE VIDA LIVRE ........................................................................ 40

EMISSÃO DE N2O NO CERRADO PIAUIENSE, AVALIADA EM LABORATÓRIO, SOB DIFERENTES SISTEMAS DE USO DO SOLO ................................................................................................................. 41

ESPOROTRICOSE NA REGIÃO DE BOTUCATU, SP: ESTUDO RETROSPECTIVO E IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DO AGENTE ETIOLÓGICO ............................................................................................... 42

ESTRATÉGIA DO USO DO NITROGÊNIO NA PRODUÇÃO DE PALMA FORRAGEIRA EM AMBIENTE TROPICAL .................................................................................................................................................. 43

FATORES QUE LEVAM A CAUSAS INCONCLUSIVAS NA PAAF E ADEQUAÇÃO PARA INCLUSÃO DO PROTOCOLO ROSE NA ROTINA CITOPATOLÓGICA ..................................................................... 44

FREQUENCIA DO VÍRUS RÁBICO EM HERBÍVOROS NA REGIÃO DE BOTUCATU ........................... 45

FUNCIONALIDADE E PERFIL OXIDATIVO DE ESPERMATOZOIDES EPIDIDIMÁRIOS DE GATOS SUBMETIDOS A DIFERENTES TEMPOS DE REFRIGERAÇÃO (24, 48 E 72 HORAS) ........................ 46

GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA EM FÊMEA CANINA: RELATO DE CASO ................................ 47

HEMANGIOSSARCOMA MAMÁRIO PRIMÁRIO EM CADELA: RELATO DE CASO .............................. 47

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA ACENTUADA EM CÃO ASSOCIADA A NEOPLASIA TESTICULAR: RELATO DE CASO ........................................................................................................... 48

HIPERPLASIA VAGINAL EM CADELA: RELATO DE CASO .................................................................... 49

HISTEROCELE INGUINAL COM ENCARCERAMENTO DE CORNO UTERINO ASSOCIADO COM PIOMETRA EM CADELA: RELATO DE CASO ......................................................................................... 50

HISTEROCELE INGUINAL GRAVÍDICA BILATERAL EM CADELA ......................................................... 51

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO DE TRATAMENTO COMPUTADORIZADO ECLIPSE EM RADIOTERAPIA VETERINÁRIA ......................................................................................... 52

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INFLUÊNCIA DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA E DO TRATAMENTO COM FINASTERIDA NA INTEGRIDADE DO DNA DE ESPERMATOZOIDES EM CÃES ......................................................... 53

ISOFLURANO POSSUI POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO E, APESAR DE DIMINUIR O STATUS ANTIOXIDANTE, NÃO CAUSA PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA ...................................................................... 54

LEVANTAMENTO DO USO INDISCRIMINADO DE FÁRMACOS CONTRACEPTIVOS EM CÃES E GATOS ....................................................................................................................................................... 54

MÉTODO ALTERNATIVO DE COLETA DE SÊMEN DE BÚFALO COM INCAPACIDADE DE MONTA: RELATO DE CASO .................................................................................................................................... 55

NEUROPATIA PERIFÉRICA ASSOCIADA A MASTOCITOMA SUBCUTÂNEO CANINO: RELATO DE CASO .......................................................................................................................................................... 56

ONFALOFLEBITE NEONATAL EM GATO – RELATO DE CASO ............................................................ 57

PARAFIMOSE SECUNDÁRIA A LACERAÇÃO PENIANA EM TOURO ................................................... 58

PIOMETRA JUVENIL NA ESPECIE CANINA DE 11 MESES DE IDADE: RELATO DE CASO ............... 59

PREVALÊNCIA DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM UM REBANHO DE BUBALINOS (Bubalus bubalis) NA REGIÃO DA ALTA PAULISTA ............................................................................................... 60

PRODUTIVIDADE DO CAPIM-XARAÉS EM TRÊS INTENSIDADES LUMINOSAS ................................ 61

PRODUTIVIDADE DO MILHO SUBMETIDO A ADUBAÇÃO COM DIFERENTES DOSES DE CAMA DE AVIÁRIO ..................................................................................................................................................... 61

PRODUTIVIDADE E COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DA FORRAGEM DOS CAPINS MARANDU E PIATÃ EM SISTEMA INTEGRADO DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA ................................................. 62

PROLAPSO UTERINO E HISTERECTOMIA TRANSVAGINAL EM GATA: RELATO DE CASO ............ 63

PROLAPSO UTERINO EM CADELA: RELATO DE CASO ....................................................................... 64

REPARO DE NERVOS PERIFÉRICOS COM TUBO DE VÁLVULA CARDÍACA DE SUÍNO .................. 65

RUPTURA DE VESÍCULA URINARIA ASSOCIADA À HEMANGIOMA DISSEMINADOEM CÃO: RELATO DE CASO .................................................................................................................................... 66

RUPTURA UTERINA PÓS-PARTO EM CADELA: RELATO DE CASO ................................................... 67

SUPERFETAÇÃO EM CADELAS: RELATO DE CASO ............................................................................ 67

SUPERFETAÇÃO EM GATO – RELATO DE CASO ................................................................................. 68

TUMOR DAS CÉLULAS DA GRANULOSA EM ÉGUA QUARTO-DE-MILHA .......................................... 69

TUMOR TESTICULAR MISTO (SERTOLIOMA INTRATUBULAR E SEMINOMA DIFUSO) EM CÃO CRIPTORQUIDA ........................................................................................................................................ 70

TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL RETROBULBAR E EM CAVIDADE NASAL EM CÃO: RELATO DE CASO.................................................................................................................................................... 71

USO DE HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINAS (GnRH) PARA TRATAMENTO DE HIPOCINESIA ESPERMÁTICA EM GARANHÃO ..................................................................................... 72

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UTILIZAÇÃO TÓPICA DE POLICRESULENO PARA TRATAMENTO DE FÍSTULA URETRAL EM GARANHÃO: RELATO DE CASO ............................................................................................................. 73

VAGINITE JUVENIL EM CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous) ..................................................... 74

VÉRTEBRA TRANSICIONAL SUPRANUMERÁRIA EM CÃO: RELATO DE CASO ................................ 75

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PALESTRAS

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PALESTRAS

ABORDAGEM PROTEÔMICA DO DESENVOLVIMENTO FETAL DE BÚFALAS

BOY, G.F.T.; SOUZA, F.F.; FALEIROS-LIMA, M.C.M.; PARANZINI, C.S.; CODOGNOTO, V.M.; QUEIROZ, D.L.; YAMADA, P.H.; RUEDIGER, F.R.; OBA, E.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, SP, Brasil

A composição dos líquidos amniótico e alantoideano reflete do metabolismo fetal. Pela análise destes fluídos é possível o estudo da fisiologia fetal, das funções placentárias e das alterações que podem acometer a gestação neste período. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever as modificações do perfil proteico dos líquidos fetais em diferentes fases gestacionais de búfalas (Bubalus bubalis). Os líquidos amniótico e alantoideano foram colhidos e quantificados nos terços inicial, médio e final da gestação, os fetos foram mensurados através do comprimento da articulação occipital até a primeira vértebra coccígea, pesados, foram verificados presença de revestimento piloso (GRUNERT; BIRGEL, 1989), e a maturidade pulmonar foi verificada pelo teste de Clements (CLEMENTS et al., 1972) pela primeira vez nessa espécie. A concentração de proteínas totais foi mensurada pelo método de Bradford. Então, 50 µg de proteína foram digeridase a digestão proteica foi realizada com tripsina e a espectrometria de massas foi conduzida pela abordagem shotgun. No total, foram encontradas 33 proteínas, sendo 13 comuns aos líquidos. O líquido alantoideano apresentou classes de proteínas diferenciadas, embora um número maior de proteínas foi identificado no líquido amniótico. Considerando as fases gestacionais, a alpha-1-antiproteinase e a serum albumin foi menor no terço final e maior no terço inicial da gestação no líquido amniótico, respectivamente. Na comparação entre os líquidos foram identificadas maiores concentrações da actin, cytoplasmic 1 (terço inicial) e a alpha-2-macroglobulin (terço inicial e final) no líquido alantoideano. Já a fibronectin, alpha-1-antiproteinase e serum albumin foram maiores no terço médio do líquido amniótico. Todas essas proteínas estão envolvidas no processo de formação e desenvolvimento fetal, necessitando de outros estudos para verificar a possibilidade de usa-las como marcadores de maturidade fetal e como diagnóstico de gestação. Agradecimentos Ao Laboratório de Espectrometria de Massas, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), CNPEM, Campinas, Brasil, pela permissão ao uso do equipamento NanoAcquity Ultra Performance LC acoplado à fonte de nanoeletrospray no espectrômetro de massas Q-TOF Premier; e à FAPESP pela bolsa de iniciação científica, processo nº 2017/01801-8.

_________________________________________________________________ CONDICIONAMENTO PARA COLHEITA DE SÊMEN DE BUBALINOS E

AVALIAÇÃO ESPERMÁTICA IN VITRO DO SÊMEN CRIOPRESERVADO

SILVA, F.E.¹; CARVALHO, J.C.²; FERREIRA, J.C.P.¹

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¹Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ,

UNESP, Botucatu, SP, Brasil. O uso do sêmen refrigerado leva a melhores taxas de prenhez se comparado ao uso do sêmen congelado. Esse resultado parece ser influenciado pelas lesões das membranas espermáticas desencadeadas pela congelação, que são mais severas quando comparadas com as amostras refrigeradas. O caseinato de sódio, por sua habilidade em se ligar às proteínas ligadoras de espermatozoide (BSPs) e ao cálcio (Ca+2), vêm sendo testado como uma substância capaz de diminuir a capacitação espermática precoce, fator que pode causar diminuição da taxa de prenhez do sêmen congelado. Há um empecilho no que diz respeito a encontrar touros condicionados e ao condicionamento dos mesmos para coleta por meio de vagina artificial, uma vez que o uso de métodos como a eletroejaculação não é indicada para alguns animais. A literatura relata que o touro bubalino é provavelmente a espécie mais fácil de ser condicionar para a coleta de sêmen com vagina artificial, entretanto, para esse condicionamento se faz necessária presença de uma fêmea bubalina no estro. Contudo, uma vez condicionado os animais realizam a monta a despeito da fêmea se encontrar ou não no estro. O objetivo deste estudo será investigar o efeito da adição do caseinato de sódio na cinética e taxa de capacitação espermática dos espermatozoides bubalinos aos processos de refrigeração e/ou congelação. As amostras de sêmen bubalino serão obtidas por meio de vagina artificial de touros condicionados ou não.

_________________________________________________________________ DESCRIÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DO JABUTI-PIRANGA (Chelonoidis

carbonaria, Spix, 1824). ASPECTOS RADIOGRÁFICOS, TOMOGRÁFICOS E ANATÔMICOS

POLANCO-STUART, J.B.A.; MAMPRIM, M.J.; DA SILVA, J.P.; INAMASSU, L.R.;

SCHIMMING, B.C. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, São Paulo, Brasil O diagnóstico das doenças em quelônios é um desafio para o clínico, pois a presença de casco e plastrão impedem o exame físico detalhado com auscultação e palpação (MCARTHUR; WILKINSON. 2004). Em vista disso, exames de imagem como radiografia e tomografia computadorizada têm provado serem benéficos para o diagnóstico, prognóstico e planos de tratamento em numerosas espécies animais (KIEFER; PEES, 2011). Assim, este estudo teve como objetivo identificar e descrever as estruturas do sistema respiratório em jabuti-piranga, por tomografia computadorizada, radiografia digital e dissecações e secções anatômicas. Para o estudo foram utilizados 12 exemplares de jabutis-pirangas (Chelonoidis carbonaria), adultos, machos e fêmeas, sendo 10 animais vivos e hígidos e dois mortos. A partir dos exames realizados, foi possível identificar que as estruturas que compõem o sistema respiratório nesta espécie compreendem a glote, a traqueia, os brônquios e os pulmões. Não se observou a presença da cartilagem epiglote. A tomografia computadorizada permitiu observar a porção intrapulmonar dos brônquios, a qual foi

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acompanhada por grandes vasos sanguíneos. Os pulmões apresentaram parênquima com aspecto reticulado, sem lobulações. Cada pulmão possuía uma pequena estrutura localizada junto aos polos cranial e caudal. Estas estruturas foram identificadas nos cortes tomográficos e reconstruções 3D. Sugere-se que estas dilatações poderiam ser estruturas não respiratórias, semelhantes aos sacos aéreos das aves. Concluiu-se que de todas as técnicas usadas, a tomografia computadorizada mostrou-se mais eficaz para a identificação das estruturas anatômicas. Assim, sugerimos o uso da tomografia para melhor atendimento clínico de animais selvagens com alterações respiratórias. Referências MCARTHUR, S.; WILKINSON, R.; MEYER, J. Medicine and surgery of tortoises and turtles, 2004. KIEFER, I.; PEES, M. Tomografia computadorizada em répteis. In KRAUTWALD-JUNGHANNS, M.E.; PEES, M; REESE, S. et al. Diagnóstico por imagen en animales exóticos: aves, pequeños mamíferos y reptiles, 2011.

_________________________________________________________________ EFEITO DO PRP NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA ENDOMETRIAL DE ÉGUAS COM

ENDOMETRITE PERSISTENTE PÓS-COBERTURA

SEGABINAZZI, L.G. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A endometrite persistente pós-cobertura (EPPC) é a principal causa de redução da fertilidade nas éguas, causando impactos econômicos importantes dentro do mercado do cavalo. Os tratamentos comumente utilizados para EPPC visam apenas minimizar os fatores predisponentes a sua instalação, não atuando diretamente no processo inflamatório. Com o intuito de reduzir a resposta inflamatória, estudos recentes têm demonstrado um aumento da fertilidade de animais acometidos por EPPC, quando se utiliza agentes imunomoduladores. O PRP é modulador da resposta inflamatória que está sendo largamente utilizado na medicina veterinária. Este concentrado de plaquetas contém diversos fatores de crescimento que atuam diretamente nos mediadores inflamatórios, reduzindo o processo e promovendo reparação tecidual. O PRP é benéfico no tratamento de inflamações tendíneas e osteoarticulares, modulando a inflamação e acelerando a regeneração do tecido lesionado. Mais recentemente, vários estudos demonstraram resultados satisfatórios no tratamento de éguas com EPPC, com modulação da resposta inflamatória endometrial após a cobertura/inseminação e incremento dos índices de fertilidade desses animais.

_________________________________________________________________ EFEITOS DE MÉTODOS DE SEPARAÇÃO (SWIN-UP, PERCOLL E EQUIPURE)

SOBRE A QUALIDADE ESPERMÁTICA DE GATOS

CALMAN, D.F.F.; PARANZINI, C.S.; SILVA, K.M.; PAULO, O.L.O.H.; SCOTT, C.; SOUZA, F.F.

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Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Atualmente, o interesse na aplicação de biotécnicas da reprodução em gatos tem crescido, em vista da elevação do número de raças e animais criados no Brasil. Além disso, o gato doméstico é modelo experimental para felídeos selvagens, portanto estudos do sêmen felino são úteis para servir como modelo de preservação do material genético (LUVONI et al., 2003). Apesar da facilidade na colheita do sêmen felino com a eletroejaculação, a porcentagem de defeitos espermáticos é elevada (PUKAZHENTHI et al., 2001). Desta maneira, o objetivo desse estudo foi avaliar 3 métodos de separação (swin-up, centrifugação em gradiente de Percoll® 45-90% e Equipure®) dos espermatozoides inviáveis de gatos. O sêmen de 9 gatos foi colhido por eletroejaculação e analisado quanto à cinética espermática, concentração e morfologia. A seguir, as amostras foram submetidas aos tratamentos e então, reavaliadas. A taxa de recuperação após o procedimento foi de 6,5%, 9,9% e 12,5%, respectivamente no swin-up, Percoll® e Equipure®. A motilidade total e progressiva não variou entre os tratamentos (19,2% e 3,7%; 35,8% e 19,5%; 41,7% e 22,7%, respectivamente no swin-up, Percoll® e Equipure®). Os outros parâmetros de cinética espermática também não variaram entre os tratamentos. O número de defeitos totais foi menor no swin-up (54,8%) quando comparado ao Percoll® (75,6%) e ao Equipure® (73,3%). Em qualquer um dos parâmetros avaliados, os tratamentos apresentaram piores resultados quando comparado ao sêmen fresco. Conclui-se que os métodos de separação espermática não contribuíram para reduzir a quantidade de defeitos ou elevar a motilidade espermática, não sendo indicado, nas condições do estudo, para o tratamento do sêmen felino. Agradecimento À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, processo nº 2017/21895-7. Referências LUVONI, G.C.; KALCHSCHMIDT, E.; LEONI, S.; RUGGIERO, C. J. Feline Med. Surg., 2003;5:203-208. PUKAZHENTHI, B.; WILDT, D.E.; HOWARD, J.G. J. Reprod. Fertil., 2001;57:423-433.

_________________________________________________________________ IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ANTÍGENO PROSTÁTICO

ESPECÍFICO (PSA) EM AMOSTRAS PROSTÁTICAS CANINAS

TOKUNAGA, N.S.¹; LAUFER-AMORIM, R.1; SARTORI, L.C.2; SOUZA, F.F.2; FONSECA-ALVES, C.E.1

1Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil. 2Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil O carcinoma prostático (CP) é o câncer mais comum em homens acima de 65 anos e a terceira causa de morte por câncer. Nos cães, o CP é uma neoplasia pouco frequente,

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no entanto, é considerada andrógeno independente, com alta taxa de metástase e alto escore de Gleason. Assim, o cão pode ser considerado um bom modelo de estudo para o CP de alto grau de Gleason refratário à terapia hormonal. Em cães, o PSA sérico não está associado com o diagnóstico e/ou prognóstico. Alguns pesquisadores têm demonstrado a expressão de PSA em amostras de tecido prostático canino para identificar a célula de origem do CP canino (FONSECA-ALVES et al., 2018). No entanto, a expressão de PSA no tecido prostático é controversa. Previamente, nosso grupo de pesquisa demonstrou a expressão de PSA em tecido prostático canino e metástases de CP. Indicando a imuno-histoquímica para a proteína PSA para identificação da origem prostática em metástases de carcinomas de origem desconhecida. Devido a esse papel ambíguo da expressão do PSA no tecido prostático canino, a presente pesquisa propõe identificar, caracterizar e validar o PSA como um marcador diagnóstico de amostras de tecido prostático canino. A presente pesquisa teve por objetivo identificar e caracterizar a proteína PSA em amostras de próstatas normais e com carcinoma. Será realizar western blotting de quatro amostras normais e quatro amostras de carcinomas prostáticos para identificação do tamanho da proteína nas amostras caninas. Após identificar o tamanho da proteína no cão, propomos separar a banda marcada e realizar espectrometria de massas para caracterização desta proteína. Após identificação e caracterização do PSA no cão, propomos ainda a validação proteica do anticorpo em um grande grupo de amostras caninas (80 amostras) dispostas em uma lâmina de TMA. Estabelecendo assim, um padrão de expressão nas diferentes lesões prostáticas caninas. Agradecimento Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP (Processo nº 2017/26773-7). Referência FONSECA-ALVES, C.E.; KOBAYASHI, P.E.; RIVERA-CALDERÓN, L.G. et al. PLoS One. 2018;13(6):e0199173.

_________________________________________________________________ LINGUAGEM CORPORAL DE EQUINOS E A DOR: O QUE PRECISAMOS SABER?

TRINDADE, P.H.E.

Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Bem-estar animal (BeA) é o estado de um indivíduo em relação às suas tentativas de se ajustar ao ambiente, variando de muito ruim a muito bom. Um dos principais fatores que diminuem o BeA é a dor, provocando sofrimento e angústia quando não tratada apropriadamente, por isso, é imprescindível quantificá-la para que seja tratada de forma adequada. Em cavalos que experimentem dor observam-se comportamentos novos ou incomuns e diminuição de comportamentos normais, espontâneos ou evocados, acompanhados ou não de mudanças fisiológicas, como pressão sanguínea, motilidade gastrointestinal, frequências cardíaca e respiratória. Embora os indicadores fisiológicos sejam úteis para mensurar a dor, é necessária a abordagem do animal pelo

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avaliador, o que pode alterar as respostas fisiológicas de dor. Dessa forma, as informações provenientes da linguagem corporal podem fornecer subsídios mais fidedignos para melhor conhecer a dor, uma vez que são métodos não invasivos, não intrusivos, que podem ser avaliados em tempo real e/ou por vídeo. Nesta lógica, apesar dos cavalos serem presas na natureza e tentarem mascarar os sinais de dor, exibem uma gama de comportamentos que podem ser utilizados para avaliar a dor, que são divididos em duas classes: não específicos e específicos. Vários desses comportamentos foram usados para criar instrumentos de avaliação da dor, como as escalas compostas. Uma limitação importante destes instrumentos é a necessidade presencial do avaliador, o que pode distrair o cavalo, mascarando a expressão da dor. Apesar da vasta literatura no que tange avaliações de dor em equinos, estudos sugerem que ainda não existe um método padrão ouro. O paradigma reinante é avaliar a dor e se valer das emoções negativas para quantificar a dor em cavalos, o que pode caracterizar insuficientemente a dor e gerar diagnóstico falso negativo para dor de menor intensidade. As emoções positivas poderiam fornecer relevantes informações para dimensionar essa sensação.

_________________________________________________________________ MITOS E VERDADES DA CONGELAÇÃO DE SÊMEN EM CÃES

CAMARGO, L.S.; SOUZA, F.F.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Algumas informações acerca das biotecnologias do sêmen canino ainda não estão estabelecidas e padronizadas. Por não haver dados científicos documentados, há discussões sobre protocolos de congelação do sêmen em cães. Alguns pesquisadores sugerem que a congelação do sêmen seguida pela descongelação pode ser prejudicial à qualidade espermática. Dessa forma, foi realizada colheita do sêmen de 2 cães, machos, entre 1 e 5 anos. A descongelação foi feita imediatamente após a congelação, 24 horas pós-congelação e 48 horas. Após a colheita, as amostras foram analisadas quanto a cinética espermática, integridade da membrana espermática e do acrossomo. Os resultados foram comparados e não houve diferença estatística entre os tempos de congelação, ou seja, não há interferência do tempo de armazenamento do sêmen em nitrogênio líquido sobre a qualidade espermática. A concentração de espermatozoides em cada palheta também pode interferir na qualidade pós-congelação espermática, visto que deve haver uma quantidade adequada de meio diluente e seus componentes para sustentar as células espermáticas em solução. Além disso, a quantidade de crioprotetor disponível para cada célula deve ser suficiente para evitar o choque térmico e também não pode haver. Outro fator que começou a ser investigado é a relação da senilidade com a qualidade do sêmen em cães. Animais idosos demonstraram ter maior concentração de gota proximal, causando maior estresse oxidativo, esse fato pode interferir na qualidade do sêmen descongelado. Dessa maneira, com essa breve discussão é possível concluir que há necessidade de investigações mais detalhadas destinadas ao sêmen canino, tanto fresco quanto criopreservado.

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Agradecimento Ao CNpQ pelo apoio financeiro, número de processo 170848/2017-5.

_________________________________________________________________ OBTENÇÃO DE SCAFFOLD DE LIGA DE TITÂNIO COMO CARREADOR DE

BIOMOLÉCULAS NA APLICAÇÃO ORTOPÉDICA

ROSSI, M.C.1,2; BAYERLEIN, D.L.3; BRANDÃO J.S.1; Rosa G.S.1; PFEIFER J.P.H.1; KRIECK A.M. T.1; STIEVANI F.C.1; FERREIRA, J.C.P.1; SAEKI, M.J.2,5; ALVES, A.L.G.1 1Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Química e Bioquímica, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, IBB, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 3Instituto de Pesquisas Tecnológicas

do Estado de São Paulo, IPT, SP, Brasil Sabe-se que existe um aumento da expectativa de vida da população humana. Com isso, é necessário o desenvolvimento e melhoramento de dispositivos biomédicos ortopédicos a fim de utilizá-los para garantir a longevidade do tecido e o bem-estar do paciente. Este estudo visa desenvolver uma nova liga de titânio com melhor compatibilidade mecânica e biológica, através da formação de poros com o uso de substâncias não tóxicas (Nióbio/Estanho). Assim, o objetivo deste trabalho foi sintetizar a liga com quantidades controladas de poros e utilizá-la como arcabouço para ancoragem de células e carreador de biomoléculas. Inicialmente os pós metálicos foram moídos, compactados em uma matriz cilíndrica e submetidos ao tratamento térmico. Em seguida, passaram por um acabamento a fim de avaliarmos suas características microestruturais por Microscopia Eletrônica e Óptica. A liga de Titânio apresentou aproximadamente 45% de porosidade, com superfície irregular com significativa quantidade de poros abertos de tamanhos heterogêneos. Foi feita a diferenciação osteogênica das células tronco mesenquimais derivadas da medula óssea de equinos (MoCTM), a fim de utilizá-las para a avaliação citotóxica do biomaterial. Após 10 dias de cultivo, as células se apresentaram diferenciadas, através da coloração com Alizarin Red. Em seguida, fizemos o plaqueamento das MoCTMs. Após a semi-confluência fizemos o tratamento destas células com o meio condicionado com o material por 24 h (sem soro), e o grupo controle recebeu apenas meio de cultivo (sem soro). A placa foi mantida por 24h incubada. Em seguida, retirou-se os meios e adicionou o sal de MTT (1:1) e a placa foi incubada por 3h. A leitura da absorbância em 570 nm foi realizado em leitor de microplacas. Não foi identificada diferença significativa entre os dois grupos. Assim, concluímos que o método escolhido proporcionou a formação da liga e de porosidade e em 24h o meio condicionado não promoveu citotoxicidade. Agradecimentos À CAPES e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo nº 2017/13876-2.

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USO DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS AUTÓLOGO E HETERÓLOGO AQUECIDO NO TRATAMENTO DE CERATITE ULCERATIVA EM CÃES

FERREIRA, A.P.¹; GANDOLFI, M.G.¹, RAMOS, L.A.¹; SESSA, M.¹; HIROTA, I.N.¹;

GONÇALVES, L.G.¹; BRANDÃO, C.V.S.¹ ¹Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil O plasma rico em plaquetas (PRP) atua na reparação corneal e quando aquecido, apresenta menor potencial à reação imunológica local sem prejudicar os níveis dos fatores de crescimento. O objetivo deste trabalho foi comparar o PRP autólogo com o heterólogo aquecido no tratamento de ceratite ulcerativa em cães, bem como os seus efeitos clínicos. Para isso, foram utilizados 24 cães com ceratite ulcerativa e estes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais, um tratado por meio de colírio de PRP autólogo (GP) e outro com colírio de PRP heterólogo aquecido (GA). Todos os animais foram reavaliados: antes do tratamento e aos 3, 5, 10, 15 e 30 dias após início da terapêutica. Foram avaliadas as variáveis oftalmológicas: opacidade corneal, vascularização, secreção ocular, quemose, hiperemia conjuntival, fotofobia, espessura corneal, bem como o percentual de redução da úlcera de córnea. Em ambos os grupos, verificou-se tempo de cicatrização da lesão satisfatório com adequada reparação do defeito e recobrimento epitelial, bem como minimização dos sinais de inflamação. Conclui-se que o PRP autólogo e heterólogo aquecido apresentaram resultados equivalentes e podem ser uma excelente opção no tratamento adjuvante na reparação das ceratites ulcerativas em cães e que sua utilização promove diminuição de sinais inflamatórios e dor, potencializando a cicatrização corneal. O uso do PRP heterólogo favorece o tratamento clínico em cães de pequeno porte, estimulando a sua aplicação na oftalmologia veterinária. Agradecimento Projeto financiado pela FAPESP nº 2017/13836-0.

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RESUMOS

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RESUMOS

ABORTAMENTO EM FÊMEA CANINA RELACIONADO COM A HEMOPARASITOSE

JORGE, M.L.N.; BOUÉRES, C.S.; LEIS FILHO, A.F.; GOBATO, M.L.M.; CYRINO, M.A.; BERNARDO, R.B.; SOUZA, F.F.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

As doenças infecciosas são pesquisadas nos casos de falhas reprodutivas ou abortamentos. Uma série de alterações como febre, anemia e endotoxemia são encontradas em fêmeas prenhes doentes, prejudicando a gestação. As hemoparasitoses podem levar ao abortamento devido às alterações sistêmicas provocadas (FREIRE et al., 2017). Anaplasma platys é um parasita de plaquetas, tendo seu principal vetor o carrapato Rhipicephalus sanguineus, nos casos onde temos coinfecção com Erlichia canis, os animais apresentam quadro ainda mais grave (MEGID et al., 2016). Os hemoparasitas como já citados causam hemólise e trombocitopenia, além de diminuir os níveis de oxigênio no sangue que chega até o feto através da placenta endoteliocorial, provocando perdas do ponto de vista reprodutivo. O objetivo deste relato é descrever um caso de abortamento em paciente canino com anaplasmose. Foi atendida no Hospital Veterinário, uma fêmea canina, Boiadeiro Australiano, de 6 anos, 21 Kg, prenhe de aproximadamente 45 dias, com apatia, hiporexia e secreção sanguinolenta pela vulva. Ao exame físico, paciente apresentava frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura dentro da normalidade para a espécie, exceto as mucosas que estavam hipocoradas. Ao exame ultrassonográfico não foi observado viabilidade fetal. Durante o atendimento, animal deu início ao processo de expulsão dos fetos mortos, de maneira fisiológica. O hemograma revelou

anemia (hemácias 4,11x103/L; hemoglobina 9,5 g/dL; hematócrito 29%), intensa

trombocitopenia (11.000 plaquetas/L) e leucócitos dentro da normalidade para a

espécie (12,8 x 103/L). No esfregaço sanguíneo foi identificado Anaplasma platys, o proprietário optou por não realizar PCR para Erlichia canis. Foi instituído o tratamento com doxiciclina (15 mg/Kg), por via endovenosa, o qual se estenderia por 3 dias, e posteriormente por via oral (27 dias), porém no dia posterior tutor informou que animal veio a óbito. Este relato ressalta a importância da realização do diagnóstico diferencial para as hemoparasitoses em casos de absorção embrionária, morte fetal e/ou abortamento, em qualquer espécie animal. Referências FREIRE, D.A.C.; OLIVEIRA, I.V.P.M.; FERREIRA, H.I.P. et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., 2017, 69:1326-1330. MEGID, J.; RIBEIRO, M.G.; PAES, A.C. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia, 2016.

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ACUTE EFFECT OF CACL2 ASSOCIATED WITH DMSO ON SPERM PARAMETERS OF THE WISTAR RATS

PARANZINI, C.S.1, YAMADA, P.H.1, CAMARGO, L.S.1, RUEDIGER, F.R.1, SCHMITH,

R.1, CODOGNOTO, V.M.1, MARTINS, M.I.M.2, SOUZA, F.F1

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Clínica Veterinária, CCA, Universidade

Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil The objective of this study was to verify the effect of calcium chloride (CaCl2) associated with dimethylsulfoxide (DMSO) on spermatic parameters. For this, 90 males Wistar rats, 80 days old, were divided into 15 groups (n = 6). The rats received 0.1 mL of 20% CaCl2 associated with 0.5% DMSO intratesticularly. Semen was collected from the epididymal tail at 2 h, 4 h, 8 h and 12 h, and during 10 consecutive days (D1 to D10) after intratesticular injection. Sperm motility, concentration and morphological defects percentage were evaluated and were expressed by mean and standard deviation respectively: control group 50.0 ± 20.8%, 150.0 ± 87.5 x 106, 15.0 ± 7.0%; at 2 h 0%, 35.0 ± 19.5 x 106, 20.0 ± 0%; at 4h, 10.8 ± 9.5%, 18.2 ± 14.7 x 106, 38.0 ± 28.0%; at 8h 20.5 ± 9.9%, 51.0 ± 33.3 x 106, 32.0 ± 29.0%; at 12h 10.8 ± 13.1%, 26.2 ± 22.5 x 106, 30.0 ± 25.0%; at D1 5.8 ± 14.6%, 37.0 ± 34.2 x 106, 31.0 ± 14.0%; at D2 23.75 ± 18.2%, 12.7 ± 0 x 106, 36.0 ± 27.0%; at D3 0%, 0.7 ± 0.2 x 106, 29.0 ± 20.0%; at D4 0%, 1.02 ± 0 x 106, 28.0 ± 25.0%; at D5 0%, 5.0 ± 0 x 106, 77.0 ± 20.0%; at D6 0%, 0.2 ± 0 x 106, 95.0 ± 85.0%. After D6, the spermatozoa concentration was too low, which did not allow to evaluate morphology. Decreased sperm motility two hours after intratesticular injection may be occurred due the local toxicity and action of pro-inflammatory mediators on sperm cells. Decreased sperm parameters between 4 h to D2 were presented by low motility and low sperm concentration. Reduced viable spermatozoa in D3 after testicular injection, was probably due to the oxidative stress and cell apoptosis promote by local inflammatory mediators. According to these findings, the rats became subfertile soon after injection of 20% CaCl2 associated with 0.5% DMSO reaching infertility 3 days after treatment. Agradecimentos À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pela concessão da bolsa.

_________________________________________________________________ ALTERAÇÕES CLÍNICO-LABORATORIAIS EM GATOS COM LIPIDOSE HEPÁTICA

- ESTUDO RETROSPECTIVO (2013-2018)

QUIRINO, G.A.P.; TAKAHIRA, R.K.; MELCHERT, A.; GUIMARÃES-OKAMOTO, P.T.C.; LOURENÇO, M.L.G.; MACHADO, L.H.

Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil A lipidose hepática felina (LHF) é a síndrome hepática mais comum em gatos, classificada como: primária, resultante da privação de ingestão de alimentos em gatos sadios, decorrente da mudança de hábitos de dieta ou estresse; secundária, quando a

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anorexia é causada por doenças concomitantes (ARMSTRONG & BLANCHARD, 2009) O objetivo do estudo foi realizar estudo retrospectivo da LHF, no período de 2013 a 2018. Foram avaliados 51 gatos no serviço de Clínica Médica de Pequenos Animais da FMVZ, Unesp-Botucatu com diagnóstico de LHF, sendo determinada a função hepática laboratorialmente. A idade média dos animais foi 7,5 ± 3,7 anos sendo 4 animais (8%) da raça siamês e 47 (92%) animais sem raça definida. Dos 25 animais com escore de condição corporal disponível ao diagnóstico, 10 animais (40%) normais, 5 animais (20%) abaixo do peso, 2 animais (8%) caquéticos e 8 animais (32%) obesos. Na avaliação hepática as medianas e valores mínimos e máximos em mg/dL, respectivamente, foram: GGT 5 (0,6-571), FA 454 (7-2690), ALT 114 (33-642) e AST 110 (3-344). Trinta e sete animais (59%) apresentaram soro ictérico. Diferindo de Armstrong e Blanchard (2009), o aumento de ALT (n=11) em 64% dos animais e AST (n = 33) em 63%, foram tão constantes quanto a FA (n=44), que ocorreu em 79% dos gatos. Concluiu-se que a LHF ocorre predominantemente em animais de meia idade, com alteração do escore corporal e laboratorialmente caracterizada pelo aumento de FA, ALT e AST.

Referência ARMSTRONG, P.J.; BLANCHARD, G. Vet. Clin. North Am. Small Anim. Pract., 2009;39:599–616.

_________________________________________________________________ ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE MULTIRRESISTÊNCIAS EM Salmonella spp.

SUBMETIDAS A MIC PROVENIENTES DE FONTES DIVERSAS

OLIVEIRA, F.F.; LISTONI, F.J.P.; PAES, A.C. Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil Salmonella é um gênero de bactérias importantes em infecções alimentares (MARDER et al., 2018). Com um grande número de sorotipos e hospedeiros (TRABULSI; ALTERTHIM, 2005), a pesquisa de multirresistências associada à sorotipagem torna-se importante no controle das infecções pela bactéria. O objetivo desse estudo foi estimar multirresistência de Salmonella spp. a diversos antimicrobianos, relacionando com sorovares encontrados. Amostras de espécies e natureza diversas (urina, fezes, fragmentos de órgãos, entre outros) são semeadas em Ágar sangue e McConkey com o material incubado em caldo tetrationato. Os ágares e o caldo tetrationato são incubados a 37º C por 20h, com posterior semedura da amostra no caldo tetrationato em Ágar Salmonella-Shigella, também sendo incubada a 37º C por 20h. Colônias de Salmonella spp. já estocadas são reanimadas em Ágar McConkey, incubadas a 37ºC por 20h. Colônias purificadas são repicadas para crescimento em Mueller-Hinton Infusion, incubadas a 37ºC até turbidez ajustada a 0,5 pela Escala de Mac Farland com água salina a 8,5%. Segue semeadura da amostra ajustada em Ágar Mueller-Hinton e teste MIC com ciprofloxacino, gentamicina, ampicilina e amicacina com exame dos halos 24h depois. A sorotipificação das colônias de Salmonella spp. será feita no Instituto Adolfo Lutz. O projeto atual prevê o uso de 100 amostras. Proporções de multirresistência de trabalho anterior do autor: ciprofloxacino, 20%; ampicilina, 38%;

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gentamicina, 28%; amicacina, 55%. O trabalho permitirá um controle mais preciso de Salmonella spp. Referências MARDER E.P.; GRIFFIN, P.M.; CIESLAK, P.R. et al. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2018;67:324–328. TRABULSI, L.R.; ALTERTHIM, F. Microbiologia. 2005.

_________________________________________________________________ ANÁLISE PROTEÔMICA DO DESENVOLVIMENTO E REGRESSÃO INDUZIDA DO

CORPO LÚTEO DE ÉGUAS

SCHMITH, R.A.¹; CAVALERO, T.M.S.¹; FERREIRA, J.C.²; CAMARGO, L.S.¹; SOUZA, F.F.¹; MEIRA, C.¹

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.2Universidade de Franca, UNIFRAN, Franca, SP, Brasil

O desenvolvimento e regressão do corpo lúteo (CL) é um processo fundamental para a eficiência do ciclo estral e manutenção da gestação. O objetivo do estudo foi descrever a expressão das proteínas do CL e o efeito do tratamento na expressão destes fatores durante a luteogênese e luteólise induzida. Foram utilizadas 12 éguas, distribuídas aleatoriamente em grupo controle e grupo tratamento (10 mg de dinoprost trometamina). Os tratamentos foram realizados nos momentos D2 e D8, considerando como D0 o dia da ovulação. Após, seis horas da aplicação do tratamento foram coletados fragmentos teciduais do CL para a quantificação proteica por espectrometria de massas. A concentração proteica total foi determinada pelo método ácido bicinconínico. As amostras foram preparadas na concentração de 100 µg para realização da eletroforese unidimensional em gel de poliacrilamida a 12%. As proteínas encontradas nas principais bandas foram cortadas em pequenos blocos e digeridas em 20 ng/µL de tripsina. A análise proteômica identificou 499 proteínas, sendo 25 mais relevantes para este estudo. Das quais, 8 estão presentes em todos os grupos. No grupo D2 tratamento identificamos proteínas diferenciais ao grupo controle como: 60S acidic ribosomal protein P2 e prostaglandin E synthase. As principais funções moleculares são a atividade catalítica e de ligação para a formação do coágulo e regressão do CL. No entanto, no momento D8 prevaleceram 13 proteínas comuns, porém no tratamento diferiram as proteínas hemoglobin subunit alpha, heat shock cognate 71 kDa protein, tropomyosin alpha-4 chain, 60S acidic ribosomal protein P2 e annexin A1. Estas são relacionadas a via de sinalização da apoptose celular e estresse oxidativo das células. Dessa forma, este estudo permitiu elucidar a distribuição e a variação das proteínas do CL de éguas durante a luteogênese e luteólise induzida, porém mais pesquisas estão sendo desenvolvidas sobre a fisiologia nesta espécie. Referências BERISHA, B.; MEYER, H.H.D.; SCHAMS, D. Biol. Reprod., 2010;82:940-947. SHEVCHENKO, A.; TOMAS, H.; HAVLIS, J. et al. Nat. Protoc., 2006;1: 2856-2860. ISHIHAMA, Y.; ODA, Y.; TABATA, T. et al. Mol. Cell. Proteomics, 2005;4:1265-1272.

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APLASIA CUTIS CONGÊNITA EM GATO NEONATO – RELATO DE CASO

PEREIRA, K.H.N.P.²; CYRINO, M.A.¹; JORGE, M.L.N.¹; GOBATO, M.L.M.¹; BERNARDO, R.B.¹; CHIACCHIO, S.B.², LOURENÇO, M.L.G.², FERREIRA,

J.C.P¹

¹Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu,

SP, Brasil A aplasia cutis congênita é uma malformação genética rara descrita em humanos, sendo caracterizada por ausência de pele ao nascimento, geralmente no couro cabeludo. As lesões tendem a ser bem demarcadas, ulceradas, podendo atingir somente a epiderme ou diferentes profundidades, sendo estes acometimentos graves. Foi atendida no Hospital Veterinário da FMVZ uma gata, sem raça definida, com sinais clínicos compatíveis com distocia, a qual foi submetida a cesariana. Ao nascimento da ninhada de quatro filhotes, um neonato apresentou lesão profunda e ulcerada na cabeça que demonstrava herniação encefálica, o qual veio a óbito óbito logo após o nascimento. Em humanos trata-se de uma condição rara, e sua prevalência em neonatos é de 1 a cada 10.000 nascimentos. São descritas lesões na dura-máter que possibilitam a herniação do encéfalo e a propagação de alterações infecciosas e hemorrágicas ao compartimento endocraniano. Na literatura consultada, encontrou-se apenas um caso descrito de aplasia cutis em gato neonato da raça Persa, após acasalamento consanguíneo dos genitores. No histórico materno pregresso não havia relatos de malformações em ninhadas anteriores. Possivelmente essa malformação no neonato possui uma causa genética, pois durante a gestação não houve exposição a agentes teratogênicos como fármacos, toxinas, doenças infecciosas, agentes químicos, traumas, e irradiação, que poderiam sugerir um fator teratogênico envolvido. Assim, demonstra-se a importância da investigação de defeitos congênitos nas ninhadas ao nascimento, além da realização de medidas preventivas para a reprodução, como o cuidado na escolha dos pais, a realização do pré-natal nas gestantes, e evitar a exposição a agentes teratogênicos na gestação, que podem ser fundamentais para prevenir malformações. Referências MARTINI-SANTOS, B.J.; DIEFENBACH, A.; PEIXOTO, T.C.; et al. Acta Sci. Vet., 2012;40 (4):1087. PERRRY, B.M.; MAUGHAN, C.B.; CROSBY, M.S. et al. Int. J. Womens Dermatol., 2017;56(6):118-121. ALMEIDA, A.; ALMIRO, M.M.; HENRIQUES, R. Acta Pediatr. Port., 2015;46:154-155.

_________________________________________________________________ ASSOCIAÇÃO DE MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM NEONATO CANINO:

RELATO DE CASO

SOUSA, G.C.; SILVA, M.F.; JORGE, M.L.N; SANTOS, B.F.; SANTANA, L.R.; PEREIRA, K.H.N.P.; LADIM, F.C.

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Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil

Defeitos congênitos neonatais são definidos como anormalidades estruturais ou funcionais, observadas no pós-parto imediato, sendo relatadas em diversas raças de cães e gatos (Simpson, et al 1998). A incidência de malformações oscila entre 5% e 10% entre filhotes, porém existem poucos estudos descrevendo a ocorrência destas (YOUNG et al, 2015). Portanto, o objetivo deste resumo foi relatar um conjunto de malformações encontradas em feto canino nascido por cesariana. Assim, uma fêmea canina foi recebida em distocia no setor de Reprodução Animal do Hospital Veterinário. O animal encontrava-se em bom estado geral e não fazia uso de qualquer medicamento ou hormônio. Contudo, o animal havia sido diagnosticado com tumor venéreo transmissível há 1 semana, sem início do tratamento, devido à prenhez. Foi realizada cesariana, retirados 6 fetos viáveis, e dentre estes, um feto macho apresentou uma série de malformações, tais como, persistência de fontanela, palatosquiase, mal formação de metacarpo direito, onfalocele, atresia anal e ausência de cauda. Devido ao elevado número de malformações e a condição do neonato serem incompatíveis com a vida, foi realizada a eutanásia. As diversas malformações neonatais relatadas ainda não possuem etiologia bem definida. Estudos sugerem que carências ou excessos nutricionais, uso de medicamentos durante a gestação e defeitos genéticos hereditários podem estar relacionados com a ocorrência destas malformações (DUMON, 2005; SIMPSON, 1998). A atresia anal e anomalias de desenvolvimento ano-genitais são raras em neonatos caninos (FOX, 1966). A onfalocele é um defeito na formação da parede abdominal, em que o conteúdo umbilical exteriorizado está envolto por um saco membranoso contíguo ao cordão umbilical (KIYOHARA, 2012) Já a palatosquiase e as malformações de esqueleto, como no caso relatado, podem ter origem multifatorial (DUMON, 2005). Portanto é possível concluir que há poucos relatos sobre as malformações neonatais caninas e que são necessários mais estudos visando definir a etiologia destas malformações para assim obter tratamento adequado e prognóstico dos neonatos afetados. Referências DUMON C.; PRATS, A. Neonatologia E Pediatria: Canina E Felina, 2005 FOX, M.W. Canine Pediatrics – Development, Neonatal and Congenital Diseases, 1966. KIYOHARA, M.Y. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, 2012. SIMPSON G, ENGLAND G, HARVEY M. Manual of Small Animal Reproduction and Neonatology, 1998. YOUNG, C.N.; HALDORSON, G.; MEMON, M.A. Clin. Theriogenology, 2015;7:53-57.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO E DAS CARACTERÍSTTICAS MORFOLÓGICAS DE

MUDAS DE BETERRABA EM FUNÇÃO DO TIPO DE SUBSTRATO

BONALUME, I.C.¹; COTRIN, B.G.B.¹; RAMOS, L.A.¹; BERTOLLO, L.B.¹; BIAGGIONI, L.H.M.2; SILVA, A.C.P.2; DANTAS, A.3; VETTORATO, J.A.2; FARIAS, D.A.2;

BERNARDO, J.O.4

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¹Discente do Ensino Médio Integrado a Agropecuária, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 2Docente da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 3Docente, Professora Orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso do Ensino Médio Integrado a Agropecuária da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel,

SP. 4Doutoranda do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu, SP

A formação de mudas de hortaliças é uma fase importante que define o sucesso do plantio, assim a utilização de substratos de qualidade é um requisito fundamental no estabelecimento de um sistema de produção eficaz. A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma hortaliça que destaca-se pelo seu elevado teor de vitaminas do complexo B e minerais (potássio, sódio, ferro, cobre e zinco). O objetivo do trabalho foi avaliar a influência de tipos diferentes de substratos na taxa de germinação e no desenvolvimento de mudas de beterraba. Foram utilizados três tipos de substratos: tratamento 1, com húmus de minhoca, tratamento 2, comercial (Carolina Soil®) e tratamento 3, composto por esterco bovino e bandejas de polietileno com 200 células com a cultivar Early Wonder Tall Top (Horticeres®). As bandejas foram mantidas em ambiente externo e a irrigação foi realizada diariamente (2 vezes/dia). O delineamento experimental consistiu na utilização de três repetições para cada tratamento. A leitura da porcentagem de germinação foi realizada a cada sete dias após a semeadura e considerou-se as 200 células de cada bandeja. A avaliação agronômica foi realizada uma vez aos 21 dias após a semeadura, amostrando-se 12 plantas por parcela, medindo-se a altura da parte aérea e o comprimento do sistema radicular, ambos com auxílio de régua (cm). A taxa de germinação do tratamento 1, 2 e 3 foi, respectivamente de 35%, 20% e 32%. A altura da parte aérea e o comprimento das raízes foram, respectivamente, 4,6; 5,0 e 4,0; e 6,5; 7,8 e 6,5. As taxas de germinação das mudas foram baixas e semelhantes entre tratamentos, sugerindo um possível erro de manejo, contudo, o melhor desenvolvimento e vigor das mudas foi observado para o tratamento 2, indicando que as características físicas e químicas desse substrato foram superiores aos demais substratos orgânicos utilizados.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DA INCLUSÃO DE LEITES DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL SEM

LACTOSE NA PREPARAÇÃO DE DIFERENTES RECEITAS

VIZONI, A.R.M.1; ALVES, C.M.A.1; CAVALCANTI, C.R.1; PEREIRA, E.G.1; ORPHI, G.N. 1; GAIOTO, K.V.1; GARCIA, I.P.2; DANTAS, A.3; VETTORATO, J.A.2, OLIVEIRA,

R.A.4; SALGADO, L.C.5; CODOGNOTO, V.M.5

¹Discente do Ensino Médio Integrado a Agropecuária, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 2Docente, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel,

SP. 3Docente, Professora Orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso do Ensino Médio Integrado a Agropecuária da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel,

SP. 4Docente, Departamento de Bioestatística, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP. 5Pós-graduando, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia

Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP

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A lactose é uma fonte de energia de extrema importância fisiológica, contudo, algumas pessoas possuem dificuldade em digerir esse nutriente podendo apresentar intolerância a lactose (PERRONE et al., 2016). Assim, o objetivo do trabalho é avaliar as características sensoriais de alimentos preparados com leite de diferentes origens e descrever a preferência quanto à receita e o tipo de leite usado na elaboração das mesmas dentre os provadores. Foram confeccionadas na Agroindústria da escola ETEC Dona Sebastiana de Barros de três receitas (panqueca, bolo e pão) utilizando três tipos diferentes de leite sem lactose: o de arroz (Nesfit®), de soja (Ades®) e de vaca (Italac®). Foi realizada a análise sensorial das receitas produzidas e consistiu no sorteio de quarenta e cinco pessoas dentre alunos, docentes e funcionários da própria instituição, não treinados, não portadores de intolerância a lactose, consumidores de leite, e que apresentavam disponibilidade de tempo e motivação, os quais foram aconselhados a avaliar as características de aparência, odor, textura e sabor, sendo orientados a escreverem em um papel distribuído por pessoa a atribuição das seguintes notas 1= desgostei muitíssimo, 2= desgostei muito, 3= desgostei moderadamente, 4= desgostei ligeiramente, 5= indiferente, 6= gostei ligeiramente, 7= gostei moderadamente, 8= muito e 9= gostei muitíssimo. Foi constatado que as receitas elaboradas com o leite de vaca sem lactose foram as que tiveram melhor aceitabilidade entre os provadores, sendo observado que 40%, 60% e 66% das notas máximas foram atribuídas para o quesito sabor para as receitas de bolo, panqueca e pão, respectivamente. Isso ocorreu possivelmente devido a melhor palatabilidade que os alimentos produzidos apresentaram, em virtude provavelmente da conservação das características sensoriais que o leite comum de vaca possui, o que dificulta a aceitação de forma satisfatória dos respectivos substitutos de leite bovino que são encontrados no mercado. Referência PERRONE, I.T. et al. Química, bioquímica, análise sensorial e nutrição no processamento de leite e derivados, 2016.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE DIFERENTES VARIEDADES DE Paspalum

spp PARA DIVERSIFICAÇÃO DE PASTAGENS

BARROS, J.S.¹; GOMES, V.C.¹; FACHIOLLI, D.F.1; GOMES, T.G.J.¹; SOUZA, D.M.¹; MEIRELES, P.R.L.¹, MATTA, F.P.2

¹Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²EMBRAPA, Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, Brasil

Visando atender à crescente demanda por novos materiais adaptados as diversas particularidades climáticas do Brasil o presente projeto objetiva: Avaliar e selecionar durante o período de maior precipitação pluvial (setembro a abril), variedades do gênero Paspalum, com base na produtividade, visando o futuro lançamento comercial de novos cultivares que possam contribuir para tornar os sistemas de produção animal que utilizam pastagens, menos vulneráveis. O experimento foi implantado em agosto de 2017, e as avaliações ocorreram no período de setembro a abril de 2018 no Setor de Forragicultura, da Fazenda Lageado, da FMVZ, UNESP, Botucatu. Foram

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estudadas 10 variedades pertencentes ao Banco de Germoplasma do gênero Paspalum, previamente selecionados como promissores para avaliações avançadas. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. A produtividade é um aspecto importante para a análise, pois quanto maior for, mostra que a planta está mais adaptada aos solos de média fertilidade, tem maior facilidade de manejo e uma melhor resposta a fertilização, possuindo maior produção de massa seca para o consumo animal (EUCLIDES et al., 1999). Não houve diferença estatística (P > 0,05) entre os acessos em nenhum dos cortes para a variável produtividade. Em relação à comparação de médias o P. atratum produziu mais, cerca de 4,162 kg/ha e o P. malacophyllum produziu menos cerca de 2,296 kg/ha. A partir dos resultados obtidos com o presente estudo, a variedade P. atratum foi o que mais se destacou em relação a produtividade apresentando potencial para avaliação em estudos posteriores visando avaliar o potencial de lançamento comercial deste acesso. Agradecimentos Ao CNPQ, pela concessão de bolsa de pós-graduação e a EMBRAPA pelo apoio financeiro e cientifico para condução do experimento. Referências EUCLIDES, V.P.B. Rev. Bras. Zoo., 1999;28(6):1177-1185.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DA BIOMETRIA CORPORAL E TESTICULAR DE

CARNEIROS MESTIÇOS

COSTA, B.A.1; OLIVEIRA, B.C.S.1; POLIO, C.F.1; PETRIM, C.R.O.1; BERTANHA, F.R.1; CARMO, G.H.1; ROCHA, G.C.O.1; NASCIMENTO, J.P.1; DANTAS, A.2;

CODOGNOTO, V.M.3; SALGADO, L.C.3, OBA, E.4; OLIVEIRA, R.A.4 ¹Discente do Ensino Médio Integrado a Agropecuária, ETEC Dona Sebastiana de

Barros, São Manuel, SP. 2Docente, Professora Orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso do Ensino Médio Integrado a Agropecuária da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 3Pós-graduando, Departamento de Reprodução Animal e

Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP. 4Docente, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária

da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP. 5Docente, Departamento de Bioestatística, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu,

SP As mensurações morfométricas quando analisadas juntamente com outros índices zootécnicos, constitui um importante parâmetro de evolução do sistema produtivo (HENRY et al., 2017). Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a associação do desenvolvimento corporal com o testicular de ovinos em fase de crescimento. Foram utilizados três cordeiros mantidos confinados durante todo o período experimental recebendo feno, farelo de milho e mistura mineral. A determinação do escore de condição corporal (variação de 1 a 5) as medidas biométricas do perímetro torácico (contorno do tórax e voltando perpendicularmente à linha do dorso), da altura da cernelha (vertical baixada da cernelha até o solo) e do comprimento corporal (tomada

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na parte final da região dorsal no limite do início da região lombar), com auxílio de fita métrica (cm), foram realizadas a cada 14 dias, durante sete meses. A partir do 8° mês de idade foi realizado, em cada animal, a mensuração da circunferência testicular com fita métrica plástica graduada (cm), a qual foi moldada em forma de alça e localizada na porção inferior do saco escrotal. Mensurou-se também o comprimento e a largura testicular utilizando o paquímetro (cm). A avaliação do comprimento dos testículos foi realizada no sentido dorso-ventral, excluindo a cauda dos epidídimos. A largura foi medida na porção média do testículo no sentido látero-medial. Para avaliação da relação dos dados foi realizada a correlação de Pearson. Correlações significativas foram encontradas para a maioria das características estudadas, contudo, as variáveis corporais que apresentaram forte correlação com as medidas testiculares foram o perímetro torácico (r = 0,80), a altura (r = 0,79) e o comprimento corporal (r = 0,78) sendo o valor de p<0,05. Medidas corporais são potenciais indicadores de desenvolvimento testiculares, bem como apontam para uma boa condução do manejo nutricional e evolução de características zootécnicas reprodutivas dos animais. Referência HENRY, F.C. et al. Redvet, 2017;18:1-10.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DE FATORES PROGNOSTICOS EM HEMANGIOSSARCOMAS

ESPLÊNICOS CANINOS

ROZOLEN, J.M; PRADO, M.C.M; FONSECA-ALVES, C.E. Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

O hemangiossarcoma (HSA) é um tumor maligno das células endoteliais e apresenta comportamento biológico agressivo. Acometem os cães de meia idade a idosos e caracterizam-se pela formação de novos vasos sanguíneos e comumente estão associados com área de necrose e hemorragia (CAROLYN et al, 2010,BAKER et al, 2016). Avaliar fatores prognósticos clínicos e diferentes critérios histopatológicos (necrose, figuras de mitose, anisocariose em animais portadores de hemangiossarcoma esplênico canino tratados com cirurgia e cirurgia e quimioterapia adjuvante (WENDELBURG et al, 2015). As amostras serão recuperadas do setor de Patologia Animal da FMVZ-UNESP e da Clínica de atendimento oncológico OncoCane, localizada na cidade de São Paulo. Os critérios de inclusão para a pesquisa serão: animais com diagnóstico histopatológico de HSA esplênico, tratados com cirurgia e/ou cirurgia associada a quimioterapia e os blocos de parafina devem apresentar material suficiente para análise imuno-histoquímica. Os diferentes parâmetros clínicos, laboratoriais, histopatológicos e imuno-histoquímicos (marcação de Ki67) serão correlacionados com a sobrevida dos animais, para identificação dos diferentes marcadores prognósticos. Os critérios clínicos a serem associados com o prognóstico de cães com hemangiossarcoma serão: ruptura do tumor, presença de metástase ao diagnóstico, presença de efusão pleural, trombocitopenia e neutrofilia. Os critérios histológicos considerados serão o número de mitoses, presença de necrose intratumoral e anisocariose. Na técnica de imuno-histoquímica (Ki67), o anticorpo primário anti-Ki67 será utilizado na diluição de 1:50 overnight. contra coradas com

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hematoxilina de Harris. A marcação será considerada positiva quando o núcleo das células neoplásicas apresentarem a marcação amarronzada e serão contabilizadas e realizada uma média o qual será considerado como índice prognóstico O resultado esperado de cada amostra) será considerado o índice proliferativo do tumor. A presente pesquisa apresenta potencial para identificação de diferentes marcadores prognósticos associados ao HSA esplênicos em cães. Referências BAKER, D.A.; FOALE, R.D.; HOLMES, M.A. et al. Vet. Rec., 2016. CAROLYN, J.; HENRY, M.; HIGGINBOTHAM, L. Cancer Management in Small Animal Practice, 2010. WENDELBURG, K. et al. JAVMA, 2015;4:393-403.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE LEITE E DERIVADOS NA ESCOLA TÉCNICA DE

SÃO MANUEL MORAES, A.S.1; GOES, D.F.S.S.1; FRANCO, E.M.1; QUALIO, H.A.M.1; BAVATO, I.S.1; PEDROSO, L.V.L.1; COLILIA, L.A.M.1; DANTAS, A.2; VETTORATO, J.A.3; SALGADO,

L.C.4; CODOGNOTO, V.M.4; OBA, E.5 ¹Discente do Ensino Médio Integrado a Agropecuária, ETEC Dona Sebastiana de

Barros, São Manuel, SP; 2Docente, Professora Orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso do Ensino Médio Integrado a Agropecuária da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP; 3Docente, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP; 4Pós-graduando, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária,

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP; 5Docente, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária da Faculdade

de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP O leite é uma importante fonte de nutrientes, contudo, seu consumo está relacionado a saúde e bem-estar, principalmente de adultos (FAO, 2013). O objetivo do trabalho foi avaliar a frequência de consumo de leite e derivados, segundo características de formação educacional e qualidade de vida. A pesquisa foi realizada através de um roteiro com perguntas curtas e simples feita para 5 professores de diferentes idades e áreas do curso de Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, escolhidos aleatoriamente. Observou-se que todos tinham idade acima de 29 anos, 3 eram casados (60%), 3 eram mulheres (60%), 4 possuíam Pós-Graduação (80%) e 60% tinham renda familiar mensal entre 3.520,00 a 8.800,00 reais. Apenas as mulheres possuíam o hábito de ingerir leite e destas, 66,66% o faziam porque sacia a fome. A ingestão era realizada por todos, no período da manhã durante toda a semana (100%). Todos os consumidores entrevistados preferiam comprar seus produtos no supermercado. A maioria dos entrevistados optou pelo consumo de derivados, sendo que 100% dos candidatos preferiam queijos. O tipo de leite mais aceito (100%) foi o UHT, contudo, a maioria não soube diferenciar o leite em saquinho do leite longa vida. O tipo de leite consumido variou entre os consultados, sendo consumido tanto o leite integral (33,33%), como o leite semidesnatado (33,33%) e o leite desnatado (33,33%). Embora a escolha do tipo de leite ter sido dada pelo prazo de validade e qualidade do produto,

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a maioria estava disposta a pagar mais por um leite de qualidade (66,66%). A maioria (60%) não levou uma vida saudável e não praticavam esporte. Notou-se que o consumo de leite permaneceu na rotina alimentar sob as formas: integral, desnatado ou semidesnatado e consumido na forma de derivados como queijos. Contudo, deve ser encorajado entre os homens, bem como desestimulada a inatividade física. Referência FAO. Food and Agriculture Organization. Milk and dairy products in human nutrition. Rome; 2013. Referências ÁVILA, E.C.; PAULA, T.A.R.; DECO-SOUZA, T.. et al. Protocolos de coleta de sêmen por eletroejaculação em jaguatiricas. Rev. Bras. Reprod. Anim., 2012;260–263. SOUZA, N.P; GUIMARÃES, R.C.; PAZ, R. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., 2011;1224–1228. _________________________________________________________________

AVALIAÇÃO DO USO DE SORAFENIB E ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE VEGF E VEGFR EM CARCINOMA MAMÁRIO DE CADELAS

PRADO, M.C.M.; ROZELEN, J.M.; LEIS – FILHO, A.F.; ALVES, C.E.F.

Departamento de Clinica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil O câncer de mama é o mais frequente em cadelas. Existem poucas terapias adjuvantes associadas ao tratamento das neoplasias mamárias. O Sorafenib é um inibidor de receptor tirosinaquinase (VEGFR), que tem se mostrado efetivo no tratamento de carcinoma renal, de tireoide e de mama em humanos. Em células de tumor mamário de cadelas, foi identificado apoptose celular e autofagia induzida por esta droga (LEE et al, 2012). No entanto, nenhuma pesquisa avaliou o efeito antitumoral desta droga em culturas primárias de tumores de mama em cadelas. O objetivo foi avaliar a expressão de VEGF e VEGFR em culturas de carcinomas mamários não metastáticos, metastáticos e suas metástases, bem como avaliar o efeito antitumoral in vitro deste fármaco (sorafenib). Serão utilizadas 3 culturas de carcinomas mamários não metastáticos, 3 culturas de carcinoma mamário metastáticos e 3 culturas de metástases de carcinoma mamário. Para avaliar a toxicidade in vitro do Sorafenibe será realizado o ensaio MTT (avalia a atividade metabólica celular) para determinar o melhor efeito antitumoral (IC50) sobre as duas culturas de células. O ensaio irá se basear na clivagem do sal amarelo de tetrazólio MTT [brometo de 3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-difenil tetrazólio] em cristais roxos por células metabolicamente ativas. As concentrações do inibidor Sorafenib a serem testadas serão, 50, 100, 250, 500 e 1000 µ/ml por 72 horas. Para avaliar o efeito antitumoral, será realizado o ensaio clonogênico para determinar a capacidade de formação de colônias pelas células neoplásicas mediante o tratamento com o Sorafenib. Para confirmar a ação inibitória das proteínas VEGF e VEGFR será realizada a expressão dessas proteínas por Western Blotting. Com a presente pesquisa, será possível avaliar o efeito antitumoral do Sorafenibe e instituir este fármaco como terapia alvo no tratamento do carcinoma mamário de cadelas.

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Agradecimento Agência de Fomento FAPESP. Referência LEE, Y.; CHEN, K.F.; CHOU, C.H. et al. Cancer Res., 2012;15.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE ESPERMATOZOIDES CANINOS A PARTIR DA

MODIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE COLORAÇÃO POR PANÓTICO

SEGABINAZZI, L.G.; OLIVEIRA, S.N.; PAPA, F.O.; ALVARENGA, M.A. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil O objetivo do presente estudo foi avaliar a utilização do Panótico, para avaliação da morfologia espermática de cães por meio de modificações da técnica convencional. Foram avaliadas amostras de sêmen de 04 cães. Três esfregaços de cada animal foram preparados em lâminas para microscopia e corados individualmente com a respectiva técnica: 1 - coloração Panótico modificado por Segabinazzi et al. (2017); 2 - coloração Panótico rápido; 3 - coloração Karras; e uma alíquota diluída em formol salina 10% para avaliação em microscópio de contraste de interferência diferencial de fase (DIC). Para a análise dos esfregaços foi utilizada microscopia óptica e no DIC a leitura feita em lâmina úmida, ambas visualizadas em 1000x utilizando óleo de imersão. Um total de 100 espermatozoides foram contados em cada técnica e classificados em morfologicamente normais ou anormais. Os defeitos foram distribuídos em defeitos de cabeça, defeitos de peça intermediaria, gota citoplasmática proximal, gota citoplasmática distal, defeitos de cauda e inserção e defeitos de acrossoma. A visualização do acrossoma de espermatozoides caninos se mostrou possível utilizando a técnica proposta por Segabinazzi et al. (2017), com resultados similares as técnicas de Karras e DIC (P > 0,05). Foi observada diminuição (P < 0,05) na visualização de gota proximal e distal pela técnica do Panótico Rápido comparado as demais técnicas. No restante dos defeitos não foram observadas diferenças (P > 0,05) entre as técnicas. A visualização do espermatozoide foi mais nítida no Panótico 5’ modificado, quando comparada ao Panótico Rápido. Baseado nos resultados do presente estudo pode-se concluir que a técnica proposta utilizando corante Panótico, é adequada para a realização de exames de morfologia espermática de cães. Referência SEGABINAZZI, L.G.; CHAVES, L.F.M.; ARAUJO, E.A. et al. J. Equine Vet. Sci., 2017;55:71-75.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO PROTEÔMICA DO PLASMA SEMINAL DE JUMENTOS (Equus

asinus)

SCHMITH, R.A.¹; CAVALERO, T.M.S.¹; GUASTI, P.N.²; CAMARGO, L.S.²; MAGALHÃES, H.B.¹; SOUZA, F.F.¹

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1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,. Botucatu, SP, Brasil. 2Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral, Garça, SP,

Brasil A aplicação de estratégias reprodutivas é essencial para a preservação de raças dos animais domésticos. Apesar da excelente qualidade, as taxas de fecundidade do sêmen congelado de jumento ainda são baixas após a inseminação. Sabe-se que as proteínas do plasma seminal (PS) estão envolvidas no processo de fertilização, embora a caracterização, identificação e funcionalidade das proteínas PS no sêmen de jumento ainda não estejam caracterizadas. O objetivo do estudo foi descrever o perfil proteico do PS de jumentos. Foram utilizados ejaculados de 4 jumentos com histórico reprodutivo conhecido, da raça Pêga e de idades variadas. A colheita de sêmen foi realizada com vagina artificial. Imediatamente após a colheita, o sêmen foi filtrado para retirada da fração gel e centrifugado a 600xg por 10 minutos para a separação do PS. O sobrenadante foi recolhido e novamente centrifugado a 10.000xg por 60 minutos, a 4°C para retirada dos resíduos de células espermáticas. As amostras foram preparadas na concentração de 100 µg para realização da eletroforese unidimensional. Posteriormente digeridas e analisadas por espectrometria de massas do tipo ESI-QTOF. Foram identificadas um total de 84 proteínas. Neste estudo destacou-se a presença de 23 proteínas da espécie, além disso as proteínas do seminal plasma protein 1, cysteine-rich secretory protein 3, kallikrein-1 que estão relacionadas com a fertilidade no equino e também podem estar associadas com a capacidade de fertilização do espermatozoide de jumento. Além disso, o proteoma está envolvido nas funções moleculares relacionadas a atividade antioxidante, ligação de moléculas e atividade catalítica. As espécies equina e asinina compartilham uma alta similaridade na composição do plasma seminal, provavelmente por serem geneticamente próximas. Este estudo nos permitiu elucidar a distribuição e a variação das proteínas do PS de jumentos, sendo imprescindível para novos estudos a fim de relacionar com a fertilidade desta espécie. Referências DRUART, X.; RICKARD, J.P.; MACTIER, S. et al. J. Proteomics, 2013;91:13-22. DOTY, A.; BUHI, W.C.; BENSON, S. et al. Biol Reprod., 2011;85:157-164.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO REPRODUTIVA DO MACHO DE Tomodon dorsatus (Dipsadidae), DO

ESTADO DE SÃO PAULO, NAS DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO

ABUD, L.L.¹; SCHIMMING, B.C.² ¹Mestranda do Programa de Pós-graduação em Animais Selvagens, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil. ²Professor do Programa de Pós-Graduação em Animais Selvagens, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A biologia reprodutiva é um ramo da pesquisa crucial para a elaboração de estratégias conservacionistas das espécies, muitas das quais ameaçadas de extinção. Em serpentes neotropicais, os padrões reprodutivos não estão completamente esclarecidos, limitando as metodologias para conservação dessas espécies. O ciclo

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reprodutivo das serpentes pode ser caracterizado a partir de análises macroscópicas e histológicas do aparelho reprodutor ao longo do ano. Assim este trabalho teve como objetivo analisar o ciclo reprodutivo do macho da serpente Tomodon dorsatus. Foram utilizados 50 espécimes provenientes da coleção herpetológica do Instituto Butantan e 6 indíviduos vivos que foram eutanasiados posteriormente. Após a dissecção dos espécimes, dados dos testículos (comprimento, largura e espessura), ductos deferentes (largura) e rins (comprimento e largura) foram coletados para análise. Os órgãos reprodutivos direitos de Tomodon dorsatus eram craniais em relação aos localizados no antímero esquerdo. Os testículos se conectavam a cloaca através dos ductos deferentes.Não houve aumento significativo (valor p= 0,416) no volume total dos testículos, entretanto, o maior volume testicular foi observado no verão. A largura do ducto deferente foi maior no inverno e não houve variação sazonal significativa (valor p= 0,145). O comprimento renal aumentou significativamente (valor p=0,027), no outono e inverno, porém, não foi observado variação significativa na largura ao longo do ano (p = 0,237). A posição dos órgãos de Tomodon dorsatus é assimétrica como em outras espécies de serpentes. Essa espécie estoca espermatozoide ao longo do ano no ducto deferente. Embora não significativas, as alterações morfológicas ao longo do ano, sugerem que Tomodon dorsatus apresente ciclo reprodutivo sazonal. Agradecimentos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e Instituto Butantan. Referências ALMEIDA-SANTOS, S.M.; BRAZ, H.B.; SANTOS, L.C.; SUEIRO, L.R.; BARROS, V.A.; ROJAS, C.A.; KASPEROVICZUS, K.N. Herpetolog. Bras., 2014;3:14–24. BIZERRA, A.; MARQUES, O.A.V; SAZIMA, I. Amphib. Reptil, 2005;26:33–38. KÜHNEL, W.; KRISCH, B. Cell Tissue Res, 1974;148:417–429. ROJAS, C.A.; BARROS, V.A.; ALMEIDA-SANTOS, S.M. J. Morphol., 2013;2:215–228. MATHIES, T. Reproductive cycles of tropical snakes. 2011;511–550.

_________________________________________________________________ AVALIAÇÃO SENSORIAL DE SILAGEM DE COLOSTRO BOVINO NA FORMA DE

MANTEIGA PARA CONSUMO HUMANO CARDOSO, G.H.M.1; OLIVEIRA, G.L.S.1; BICUDO, G.N.1; MELO, L.G.1; DANTAS, A.2;

VETTORATO, J.A.3; OLIVEIRA, R.A.4; CODOGNOTO, V.M.5; SALGADO, L.C.5; BARBOSA, L.G.B.6

¹Discente do Ensino Médio Integrado a Agropecuária, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 2Docente, Professora Orientadora de Trabalho de Conclusão

de Curso do Ensino Médio Integrado a Agropecuária da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 3Docente, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel,

SP. 4Docente, Departamento de Bioestatística, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP. 5Pós-graduando, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia

Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP. 6Pós-graduando, Departamento de Animais Selvagens, Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP

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O colostro é um alimento de elevado valor nutricional, sendo considerado essencial a recém-nascidos, oferecendo também, potencialidades no uso em dieta humana (SAALFELD et al., 2012). O objetivo deste trabalho foi avaliar características sensoriais de manteiga tendo como base a silagem de colostro. A ensilagem do colostro foi obtida por meio de fermentação, armazenada em garrafa fechada de politereftalato de etileno de 1000 mL por 30 dias. A matéria gorda da silagem de colostro foi desestabilizada através da ação física do liquidificador com água gelada, após 2 minutos ocorreu a expulsão do leitelho, resultando na manteiga. A análise sensorial da aparência, odor, textura e sabor foi realizada por 45 avaliadores (alunos, docentes e funcionários) da própria instituição, os quais atribuíram as seguintes notas: 1= desgostei muitíssimo, 2= desgostei muito, 3= desgostei moderadamente, 4= desgostei ligeiramente, 5= indiferente, 6= gostei ligeiramente, 7= gostei moderadamente, 8= muito e 9= gostei muitíssimo. Para avaliar a proporção observada nas categorias foi realizado o teste qui-quadrado (5%), e para análise de distribuição das notas em relação à receita e os avaliadores a análise de correspondência multivariada. A aceitação foi satisfatória, representadas pelas notas 7, 8 e 9 com 27,08%, 22,02% e 38,09% respectivamente com p < 0,05. Pela análise de correspondência multivariada foi encontrada as duas componentes que respondem por 78,36% da variabilidade observada nos dados. As notas das características se concentraram em 4 e 5 para odor, 7, 8 e 9 para a textura, 8 e 9 para a aparência, o sabor teve maior variabilidade em notas 3, 6 e 9. O estudo demonstrou que é possível desenvolver produto à base de colostro, mantendo características sensoriais agradáveis, além de satisfatória aceitabilidade pelos provadores. Referência SAALFELD, M.H. et al. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, 2012;5(2):18-24.

_________________________________________________________________ BABESIOSE E TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CÃO NEONATO

SANTANA, L.R.1; PEREIRA, K.H.N.P.2; CHIACCHIO, S.B.2, LOURENÇO, M.L.G.2;

SILVA, M.F.1; SILVA, D.F.1; ANGRIMANI, D.S.R.1 1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A babesiose canina é uma enfermidade comumente associada aos protozoários Babesia canis e B. gibsoni, os quais parasitam hemácias, levando a anemia hemolítica progressiva (CRIVELLENTI; BORIN-CRIVELLENTI, 2015). Os protozoários são transmitidos durante o repasto do carrapato Rhipicephalus sanguineus e os animais acometidos podem apresentar apatia, perda de peso, febre e mucosas pálidas ou ictéricas (CRIVELLENTI; BORIN-CRIVELLENTI, 2015; ROTONDANO; ALMEIDA; KRAWCZAK et al., 2015; REDDY; SIVAJOTH; REDDY et al., 2016). Objetivou-se com este relato a descrição de babesiose e anemia severa em um cão neonato, que foi submetido à transfusão sanguínea. Um cão sem raça definida, com 19 dias de idade, peso corporal 900g, apresentou mucosas pálidas, apatia, dispneia, febre e presença de

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carrapatos. No hemograma foram identificados parasitas piriformes intraeritrocitários (Babesia sp.), anemia, hematócrito 11%, leucopenia e trombocitopenia. Após teste de compatibilidade, foi instituída a transfusão sanguínea, com concentrado de hemácias 20ml/kg para elevar o hematócrito em 20%, com taxa de infusão de 5ml/kg/hora. Como prevenção às possíveis reações transfusionais, foram administrados os fármacos prometazina 2 mg/kg e hidrocortisona 10 mg/kg, 15 minutos antes da transfusão. Durante a transfusão foram realizadas oxigenioterapia por máscara, administração de dipropionato de imidocarb 2 mg/kg, por via subcutânea, e repetido após duas semanas, tendo sido tratado com atropina 0,004 mg/kg, por via subcutânea, 15 minutos antes da aplicação do imidocarb. Foram prescritos, também, doxiciclina 10 mg/kg, por via oral, SID, 28 dias, e ranitidina 2 mg/kg, por via oral, BID, 28 dias, associado ao ectoparasiticida tópico fipronil spray 2,5 mg/mL, na dose de 3 mL/kg, para tratamento da infestação de carrapatos. Ao término da transfusão sanguínea, observou-se as mucosas normocoradas e a normalização do padrão respiratório e ao término do tratamento houve remissão dos sinais clínicos e hemograma sem alteração. A babesiose é uma enfermidade que pode levar ao óbito neonatal rapidamente. Por isso, o diagnóstico deve ser realizado precocemente e o tratamento instituído o mais breve possível. Agradecimento Agradeço ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) pelo auxílio financeiro. Referências REDDY, B.S.; SIVAJOTHI, S.; REDDY, L.S.S.V. et al. Parasit. Dis., 2016;40:268-272. ROTONDANO, T.E.F.; ALMEIDA, H.K.A.; KRAWCZAK, F.S. et al. Rev. Bras. Parasitol. Vet., 2015;24:52-58. CRIVELLENTI, L.Z.; BORIN-CRIVELLENTI, S. Casos de Rotina na Medicina Veterinária de Pequenos Animais, 2015.

_________________________________________________________________ CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E AVALIAÇÃO DOS FATORES

PROGNÓSTICOS DO CARCINOMA DUCTAL DE CADELAS COMO MODELO DE ESTUDO PARA O TUMOR DE MAMA EM MULHERES

MACEDO, S.A.L.; MOURA, F.B.C.; FONSECA-ALVES, C.E.

Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil A Organização Mundial da Saúde estima que, por ano, ocorram mais de 1.050.000 casos novos de câncer de mama em todo o mundo, tornando este o câncer mais comum entre as mulheres (GOLDSCHMIDT et al., 2011; ACS, 2018). Dentre os subtipos histológicos identificados, o carcinoma ductal invasivo é o subtipo metastático mais comum (ACS, 2018). Nos cães, o carcinoma mamário é o câncer mais comum em cadelas, com uma incidência anual estimada de 182 a cada 100000 cadelas (GOLDSCHMIDT et al., 2011). As neoplasias mamárias em cadelas desenvolvem-se espontaneamente e são de grande interesse como modelo para o estudo dessa doença em mulheres (NGUYEN et al., 2017). A presente pesquisa visa estudar o padrão morfológico do carcinoma invasivo ductal de cadelas e relacioná-lo com suas

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características prognósticas, como possível modelo de estudo para neoplasias mamárias em mulheres, uma vez que esse subtipo histológico é o mais importante em humanos. Para a presente pesquisa, serão utilizadas amostras de tumores de mama provenientes de quatro diferentes centros de diagnóstico, além do banco de amostras previamente adquiridas de um projeto anterior. Assim, pretendemos adquirir 500 casos de tumores de mama de cadelas para a avaliação histopatológica e seleção dos casos de carcinoma de origem ductal. Para avaliação das amostras, serão utilizadas as lâminas que foram coradas pela técnica de hematoxilina e eosina para realização do diagnóstico prévio. A classificação e a graduação histológica seguirão os critérios descritos por Goldsmith et al. (2011). Para avaliação dos fatores prognósticos, os prontuários dos pacientes serão acessados, e informação como tempo de evolução, uso prévio de progestágenos exógenos, histórico de pseudogestação, tamanho do tumor, ulceração e presença de metástase serão extraídas. Para estabelecimento desses fatores como prognóstico, será realizada a associação entre esses fatores e o índice de proliferação, presença/desenvolvimento de metástase, tempo livre de doença e sobrevida global. Referências GOLDSCHMIDT M, PEÑA L, RASOTTO R, ZAPPULLI V. Vet. Pathol., 2011;48(1):117-31. ACS (AMERICAN CANCER SOCIETY). Disponível em < www.cancer.org/cancer/breast-cancer/understanding-a-breast-cancer-diagnosis/types-of-breast-cancer/invasive-breast-cancer.html> Acesso em: 08 Jan. 2018. NGUYEN, F.; PEÑA, L.; IBISCH, C. et al., Breast Cancer Res. Treat., 2017;167(3):635-648.

_________________________________________________________________ CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS GLÂNDULAS

SEXUAIS ACESSÓRIAS DO SISTEMA GENITAL MASCULINO DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla)

MOURA, F.B.C.1; MACEDO, S.A.L.1; FERREIRA, J.C.P.2; FONSECA-ALVES, C.E.1

1Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é o maior representante da família Myrmecophagidae, pertencente à ordem Pilosa e a superordem Xenarthra (Medri e Miranda, 2010). Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza a espécie Mymercophaga tridactyla é classificada como vulnerável no Brasil. Dentre os fatores que contribuem para a diminuição do número da população de tamanduás bandeiras, pode-se destacar o lento ciclo reprodutivo destes na natureza e as dificuldades de reprodução em cativeiro devido à escassez de informações sobre a morfologia do trato reprodutor desta espécie (Rossi et al., 2012). O objetivo foi realizar a caracterização morfológica e imuno-histoquímica das glândulas sexuais acessórias do sistema genital masculino do tamanduá-bandeira. Foram selecionados blocos de parafina, espécimes de Tamanduá-bandeira de vida livre. Adicionalmente, foram

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obtidos do banco de amostras do serviço de Patologia Animal da FMVZ-UNESP, amostras de tecido congelado de glândula prostática de três indivíduos da mesma espécie. Para análise morfológica, a partir dos blocos de parafina, serão realizados cortes de 4μm em micrótomo semiautomático (Leica Biosystems, Wetzlar, Alemanha) e distendidas em lâminas histológicas (Erviegas, São Paulo, SP, Brasil) para coloração com hematoxilina e eosina. Posteriormente, as lâminas serão visibilizadas em microscópio óptico (Leica Biosystems, Wetzlar, Alemanha). A avaliação será realizada nos aumentos de 100x, 200x e 400x. Será ainda realizada imuno-histoquímica para os anticorpos PSA, receptor de andrógeno, pan-citoqueratina e vimentina nas amostras. A técnica de imuno-histoquímica será padronizada no laboratório de imuno-histoquímica do setor de Patologia Veterinária da FMVZ, UNESP. Foram selecionados blocos de parafina de sete exemplares de Tamanduá-bandeira. Destes animais, foi possível recuperar blocos de parafina contendo testículo (7/7), epidídimo (3/7), próstata (7/7), vesícula seminal (7/7) e bulbouretral (6/7). Com esse material será possível avaliar morfologicamente e por imuno-histoquímica as diferentes glândulas. Referências ALDANA-MARCOS, H.J.; CETICA, P.D.; LUACES, J.P. et al., Anat. Histol. Embryol. 2013;42(4):247-256. MEDRI, I.; MIRANDA, F. IUCN 2012. Disponível em: www.iucnredlist.org – Acesso em 30/07/2014.

_________________________________________________________________ CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM PÊNIS E PREPÚCIO DE

GARANHÃO: RELATO DE CASO

GOBATO, M.L.M.; JORGE, M.L.N.; BOUÉRES, C.S.; BERNARDO, R.B.; CYRINO, M.A.; LEIS FILHO, A.F.; PAPA, F.O.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

O carcinoma de células escamosas (CCE) é a neoplasia mais comum em pênis e prepúcio equino. Os principais animais acometidos são aqueles que possuem genitália externa despigmentada (VAN DEN TOP et al., 2008). A apresentação macroscópica da lesão é variável, inicialmente manifesta-se como uma pequena placa queratinizada e pode evoluir com formação de tecido de granulação exuberante, áreas de ulceração e necrose (MCKINNON et al., 2011). O objetivo deste relato foi descrever o caso de um garanhão Mangalarga Marchador, 18 anos, tordilho, que apresentava CCE em pênis e prepúcio atendido no Hospital Veterinário, com histórico de habronemose e ressecção cirúrgica do tecido de granulação há 4 anos. O proprietário referiu aumento de volume prepucial e dificuldade para realizar cobertura. Ao exame físico foi observada massa com consistência fibroelástica na porção ventral do prepúcio, sugestivo de CCE. A frequência cardíaca, mucosas, temperatura e ausculta do sistema digestório estavam normais para a espécie, com exceção da auscultação pulmonar, que apresentava som estertor. Optou-se pela ressecção cirúrgica, em estação. Foi administrado cloridrato de acepromazina 1% (0,1 mg/Kg) para facilitar a exposição peniana e após antissepsia prévia, na linha da incisão, foi realizada anestesia infiltrativa local com lidocaína (0,8

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mg/Kg). Aplicou-se um torniquete de borracha na base do pênis para evitar sangramento e procedeu-se a ressecção cirúrgica da massa, contornando pênis e prepúcio. A sutura foi realizada em 2 planos, com fio absorvível multifilamentar, número 2. No pós-operatório foi instituído tratamento com associação de penicilina e flunixin meglumine. A análise histopatológica confirmou o diagnóstico de CCE. Houve deiscência de alguns pontos e foi necessário tratamento como ferida aberta. Animal recuperou-se e recebeu alta, retornando à reprodução. É importante o diagnóstico diferencial de afecções como habronemose em animais que apresentam CCE. Neste caso, a idade avançada do garanhão e o estado geral foram fatores decisivos na escolha da técnica cirúrgica empregada, impossibilitando a execução de procedimentos mais invasivos. Referências MCKINNON, A.O.; SQUIRES, E.L.; VAALA, W.E. et al. Equine reproduction, 2011. VAN DEN TOP, J.G.B.; HEER, N.; KLEIN, W.R. et al. Equine Vet. J., 2008;40:533-553.

_________________________________________________________________ CATARATA MADURA EM OVELHA DA RAÇA BERGAMÁCIA: RELATO DE CASO

MACEDO, G.G.1; GONÇALVES, L.G.2; KAMURA, B.C.1; BROMBERGER, C.R.1;

FÁVARO, G.M.1; FERREIRA, L.V.O.1; RAMOS, L.A.2; BRANDÃO, C.V.S.2; OLIVEIRA-FILHO, J.P.1

1Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, SP, Brasil

A catarata é definida como qualquer opacidade da lente e pode ser classificada de acordo com sua causa, idade de início (congênita, juvenil, senil), localização (capsular, subcapsular, cortical, nuclear), e estágio de progressão (incipiente, imatura, madura e hipermadura) (GELATT; GILGER; KERN, 2013). Foi encaminhada para a Clínica de Grandes Animais e Setor de Oftalmologia Veterinária da FMVZ-UNESP de Botucatu uma ovelha da raça Bergamácia, de 10 anos de idade, com queixa de dificuldade ao se locomover e perda parcial da visão há duas semanas. O animal apresentava-se alerta, com parâmetros fisiológicos normais e sem alterações em exame neurológico. Ao exame oftalmológico, foi constatado midríase responsiva com teste de ofuscamento e presença de reflexos pupilares a luz, pressão intraocular média (7,5 mmHg) e produção lacrimal média (teste de Schirmer de 17 mm/min), com resposta ausente de ameaça em ambos os olhos. Na avaliação de lente visualizou-se opacidade cortical e nuclear bilateral da mesma com característica densa e difusa, presença de linha densa anterior em formato de Y, caracterizando uma catarata madura quanto ao estágio de progressão. Em ovinos, apesar da catarata congênita ser frequentemente descrita, na anamnese verificou-se ausência de alterações anteriores, sugerindo o desenvolvimento de catarata senil bilateral, destacando-se a ausência de sinais ou histórico de trauma e uveíte grave (BOILEAU; GILMOUR, 2012). Descartou-se uma possível catarata diabetogênica por não haver alterações de glicemia (53 mg/dL) ou no exame clínico. A catarata pode ter uma base hereditária e estar relacionada à idade, quando não há outra causa associada, como observado neste caso (DUBIELZIG et al., 2010). O tratamento indicado é o cirúrgico, especialmente pela técnica de facoemulsificação, entretanto em decorrência dos custos do procedimento, o tutor optou pela não

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realização do mesmo, sendo orientado a realizar manejo com cuidado constante ao animal devido ao déficit visual. Referências BOILEAU, M. J.; GILMOUR, M. A. Sheep and Goat Medicine, 2012. DUBIELZIG, R.R.; KETRING, K.L.; McLELLAN, G.J. et al. Veterinary Ocular Pathology: a comparative review, 2010. GELATT, K.N.; GILGER, B.C.; KERN, T.J. Veterinary Ophthalmology. 2013.

_________________________________________________________________ CISALHAMENTO DO CAPIM-XARAÉS EM TRÊS INTENSIDADES LUMINOSAS

GIRNOS, V.C.; BARROS, J.S.; GOMES, T.G.J.; SOUZA, D.M.; MEIRELES, P.R.L.;

SERRANO, L.D.; MARQUES, D.B. Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil Em razão da excelente adaptação das plantas do gênero Urochloa aos ecossistemas brasileiros, a utilização de sombreamento artificial em estudos com avaliação de valor nutritivo se torna uma ferramenta importante para se conhecer o comportamento e a qualidade das plantas quando utilizadas em integrações com componentes arbóreos. O experimento foi conduzido na FMVZ – UNESP Botucatu, com objetivo de avaliar a força de cisalhamento da cultivar de Urochloa brizantha (syn Brachiaria brizantha) cv Xaraés submetida a três intensidades luminosas e quatro cortes. O delineamento experimental foi realizado em blocos completos ao acaso, sendo os tratamentos: luminosidade natural, redução de 30% e 60% de luz, com três repetições. Em cada corte foram escolhidos ao acaso, 10 perfilhos em cada parcela. De cada perfilho foi retirado uma folha plenamente expandida, que posteriormente foi levada ao laboratório de Tecnologia dos Produtos Agropecuários, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP - Botucatu, para determinar a força de cisalhamento por meio do texturômetro TA XT-Plus Texture Analyser 2i, marca Stable Micro System (UK), equipado com conjunto de lâmina Warner-Bratzler (capacidade de 25kg e velocidade do seccionador de 20cm/min), ajustado para se obter a força medida em kg. Conforme Hughes et al. (2000), o instrumento, normalmente utilizado para determinar a maciez da carne, foi utilizado para medir a resistência das folhas ao corte, a força de cisalhamento tende a apresentar correlação positiva com a fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), fibra insolúvel em detergente ácido (FDA), lignina e celulose, ou seja, plantas com maior resistência apresentam maiores níveis de FDN, FDA, lignina e celulose. Isso corrobora com os resultados deste experimento, houve efeito significativo entre os tratamentos (P < 0,0001) ocorrendo diminuição da força de cisalhamento com o aumento da porcentagem de sombra utilizada acompanhando o comportamento dos componentes acima citados. Referência HUGHES, N.R.G.; VALLE, C.B.; SABATEL, V.; BOOCK, J.J. Agricult. Scie., 2000;135:123-130.

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CONTRIBUIÇÃO RADIOGRÁFICA NA SÍNDROME BRAQUICEFÁLICA: RELATO DE CASO

BETE S.B.S.¹; DADALTO C.R.¹; SILVA J.P.¹; GERALDINI, C.M.²; BRANDÃO, V.S.²;

RAHAL, S.C.²; MAMPRIM, M.J.¹ 1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil. ²Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A síndrome braquicefálica é caracterizada pela maior resistência à passagem do ar em vias aéreas superiores, causada por alterações anatômicas congênitas como alongamento de palato mole, eversão de sáculos laríngeos, estenose de narinas, colapso de traqueia e hipoplasia traqueal (ROEDLER; OECHTERING, 2013). A traqueia desempenha papel fundamental na eficiência da respiração, portanto, a avaliação morfométrica é de suma importância para caracterizar afecções que comprometem o diâmetro do lúmen traqueal, como a hipoplasia (SOUTO et al., 2015). Cães braquicefálicos apresentam o diâmetro traqueal reduzido, sendo mais evidente em Buldogue Inglês. Por meio de exames radiográficos é possível relacionar o diâmetro da traqueia na altura da entrada do tórax com o diâmetro da entrada do tórax, tendo como valor de referência para Buldogues 0,13 ± 0,03 (HARVEY; FINK, 2003). Foram atendidos dois animais, provenientes da mesma ninhada, da raça Buldogue Inglês, fêmeas, com dois meses de idade, sendo que uma apresentava episódios intermitentes e intensos de tosse e dispneia e a outra chegou para avaliação geral, porém sem sinais clínicos. Ao exame clínico, constatou-se prolongamento de palato e estenose de narinas em ambos os animais, porém mais acentuado na fêmea com sintomatologia respiratória. Ao exame radiográfico, a proporção traqueal foi de 0,096 no animal sintomático e 0,11 no assintomático, caracterizando hipoplasia traqueal apenas no cão com sintomatologia clínica. Associando o exame clínico com a imagem radiográfica foi possível diagnosticar a síndrome braquicefálica devido à obstrução parcial das vias aéreas superiores por alterações anatômicas. O grau de obstrução está correlacionado com a apresentação clínica de angústia respiratória, que é mais severa se o animal apresentar simultaneamente as alterações, como descrito no relato (KOCH et al., 2003). O tratamento para síndrome braquicefálica é correção cirúrgica (SCHLICKSUP, 2016). Portanto, para o diagnóstico completo dessa síndrome foi fundamental a realização de radiografia torácica para o diagnóstico de hipoplasia de traqueia. Referências ROEDLER, F.S.; POHL, S.; OECHTERING, G.U. Vet. J., 2013;198;606-610. SOUTO, C.K.; MARTÍN, C.M.; FERRANTE, B. et al. Rev. Acad. Ciênc. Anim., 2015;13;111-123. HARVEY, C.E.; FINK, E. JAAHA, 1982;18:570-576. KOCH, D.A; KOCH, S.; HUBLER, M.; MONTAVON, P.M. Comp. Cont. Educ. Pratic., 2003;25; 48-55. SCHLICKSUP, M. Small Anim. Surg. Emerg., 2016;25; 270-277.

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CORREÇÃO CIRÚRGICA DE GASTROSQUISE EM NEONATO CANINO

SANTANA, L.R.1; PEREIRA, G.2; SOUSA, G.C.1; CLARO, M.M.1; PEREIRA, K.H.N.P.3; ROSSI, E.S.1; ANGRIMANI, D.S.R.1

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 3Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A gastrosquise é uma má-formação congênita caracterizada pela falha na formação da parede abdominal, acarretando extrusão do conteúdo intra-abdominal, principalmente do intestino fetal (CASTILLA; MASTROIACOVO; ORIOLI, 2008). Destarte, a conduta deve ser emergencial após o diagnóstico da afecção, não há relatos de predisposição racial desta doença, contudo em Beagles, já foi descrita que a prevalência de gastrosquise é de 2 a cada 1.157 nascimentos (ANDERSEN, 1957). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi relatar um caso de gastrosquise em neonato canino com correção cirúrgica. O relato ocorreu no setor de Reprodução Animal do Hospital Veterinário UNESP (Botucatu), onde um cão neonato, sem raça definida, nascido por meio de cesariana, feto único, apresentando exteriorização intestinal pela abertura abdominal do cordão umbilical. Assim, o diagnóstico foi de gastrosquise. Pelo fato dos órgãos se apresentarem normais e viáveis, o animal foi submetido, após o nascimento, à cirurgia corretiva, com o reposicionamento do intestino na cavidade abdominal e síntese em dois planos (musculatura abdominal e pele). Foi utilizado nylon 4-0 e foram prescritos dipirona e ceftriaxona, ambos por via subcutânea. Foi recomendado ao tutor aleitamento artificial via sonda e bandagem, entretando as recomendações não foram seguidas. Após sete dias do procedimento cirúrgico o animal retornou com sinais de infecção na ferida cirúrgica e ocorreu o óbito no dia seguinte. Evidenciou-se negligência do tutor nos cuidados com o neonato, já que as orientações para evitar contaminações não foram seguidas. Sabe-se que as causas mais comuns de teratologias em pequenos animais são fatores genéticos ou hereditários, desequilíbrios alimentares, origem iatrogênica e fatores infecciosos (PRATS; DUMON; GARCIA et al., 2005). Ademais, a utilização de vincristina, aspirina, actinomicina ou hidroxiureia em cadelas gestantes durante o início da gestação pode acarretar a gastrosquise (SORRIBAS, 2013). Neste relato, pelo histórico do animal, foram descartados fatores iatrogênicos, nutricionais e infecciosos, assim o fator genético provavelmente foi o causador da gastrosquise. Referências ANDERSEN, A. C. J. Am. Vet. Med. Assn., 1957;130:151. CASTILLA, E. E.; MASTROIACOVO, P.; ORIOLI, I. M. Am. J. Med. Gen. C. Seminars Med. Genet., 2008;148:162-179. PRATS, A.; DUMON, C.; GARCIA, F. et al. Neonatologia e Pediatria Canina e Felina, 2005. SORRIBAS, C.E. Atlas de neonatologia e pediatria em cães, 2013.

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CORRELAÇÃO DA FOSFATASE ALCALINA COM PARÂMETROS ESPERMÁTICOS EM BÚFALOS E BOVINOS

SILVA, T.C.F. da¹; CODOGNOTO, V.M.¹; YAMADA, P.H.¹; RUEDIGER, F.R.¹;

MARQUES, N.F.S.¹; TAKAHIRA, R.K.²; OBA, E.¹ 1Departamento de Reprodução Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.

2Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil A enzima fosfatase alcalina (FA), encontrada no sêmen, funciona como um marcador, podendo ser utilizada para diferenciar casos de oligospermia ou azoospermia em machos. O objetivo desse estudo foi avaliar se existe correlação entre a FA e os parâmetros espermáticos em bubalinos e bovinos. Foram utilizados 16 búfalos e 16 bovinos machos, de 3 a 5 anos de idade, criados em regime extensivo. O sêmen foi coletado por eletroejaculação, sendo o plasma seminal separado do espermatozoide por meio de centrifugação a 900g durante 10 minutos. Uma alíquota do sêmen total foi separada para a realização de análises microscópicas como motilidade, concentração espermática, vigor e patologias espermáticas. As amostras de plasma seminal foram armazenadas a -196° C (nitrogênio líquido), sendo descongeladas no momento da análise. Os resultados referentes à média e desvios padrão de FA de búfalos e bovinos foram, respectivamente, 920,31 ± 697,20 e 5177,50 ± 5677,51 UI/L. A concentração média do ejaculado foi de 294,12 x 106 espermatozoides/mL para búfalos e 157,06 x 106 espermatozoides/mL para bovinos. Correlação significativa de FA foi observada em relação ao volume espermático em bubalinos (p = 0,02), sendo que as demais variáveis analisadas apresentaram p > 0,05%. Já nos bovinos, evidenciaram-se correlações significativas para p-valor menor que 0,02 entre: motilidade com vigor (p = 0,0000198), concentração (p = 0,424) volume (p = 0,0041) e defeitos maiores (p = 0,00009); entre vigor com volume (p = 0,00613) e defeitos maiores (p = 0,00141); e entre volume com defeitos maiores (p = 0,0381). Embora a FA não tenha mostrado correlações significativas com a maioria dos parâmetros espermáticos, não é possível afirmar que sua presença no ejaculado não interfira nas características do sêmen de ruminantes. A correlação dos parâmetros espermáticos de bovinos revela significância entre a maioria dos caracteres, reforçando a ideia de que a análise de um ejaculado depende da mensuração de diversos parâmetros simultâneos. Agradecimentos Agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), agência de fomento deste projeto (2017/11224-8). Referências BERNARDES, O. Rev. Bras. Reprod. Anim., 2007;293-298. CASTRO, T.A.M.G.; MACHADO, C.E.P.; SILVA, B. et al. Indústr. Anim., 1986;223-230. GUASTI, P.N.; MONTEIRO, G.A.; PAPA, F.O., Vet. Zoot., 2012;169-180. FOLHADELLA, I.M., CASTRO, T.S., SALVADOR, D.F., Rev. Bras. Reprod. Anim., 2007;64-71.

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DESCRIÇÃO ANATOMO-ULTRASSONOGRÁFICA DO CARPO EQUINO

CARDOSO, I.M.Z.C.; MACHADO, V.M.V.; VIANA, G.F. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil O carpo equino é uma região anatômica que apresenta relevância clínica e cirúrgica aos veterinários, sendo o ultrassom uma modalidade de exame complementar útil para auxiliar no diagnóstico de afecções que envolvem as principais estruturas desta articulação. Devido à escassez de estudos que ilustrem os aspectos morfológicos da articulação cárpica hígida e também por consequência de sua alta complexidade, o objetivo deste estudo foi realizar a descrição anatomo-ultrassonográfica comparada entre peças anatômicas e imagens provenientes do exame de ultrassom do carpo equino. Na primeira etapa deste estudo, foram utilizadas peças anatômicas provenientes de membros torácicos equinos de modo a priorizar estruturas de maior importância clínica nos aspectos dorsal, palmar, lateral e medial da articulação cárpica. Na segunda etapa, através do exame ultrassonográfico de dois cavalos, foram geradas imagens longitudinais e transversais das estruturas alvo para o estudo anatômico, as quais foram avaliadas quanto à espessura, ecogenicidade e ecotextura. A partir destes dois estudos, foi realizada a correlação das estruturas macroscópicas das peças com suas respectivas representações ultrassonográficas, levando ao desenvolvimento de imagens didáticas aliadas às descrições das estruturas musculoesqueléticas da articulação cárpica, de modo a auxiliar no estudo desta região. Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq pela concessão da bolsa PIBIC edital PROPe 04/2017. Referências LIEBICH, H.; MAIERL, P.J.; KÖNIG, H. E. Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atas Colorido, 2011. BUDRAS, K. et al. Anatomy of the Horse, 2009. BLANKSTEIN, A. World J. Orthop., 2011;2:13-24. WHITCOMB, M.B. Ultrasound of the Carpus and Carpal Canal, 2014. CARSTENS, A. Atlas of Equine Ultrasonography, 2014.

_________________________________________________________________ DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE MICROBIANA IN VITRO EM LINHAGENS DE Enterococcus spp. ISOLADOS DE CASOS DE MASTITE BOVINA E EM LEITE DE

TANQUES DE EXPANSÃO

MORAES, G.N.; LANGONI, H.; JOAQUIM, S.F.; GUERRA, S.T.; GUIMARÃES, F.F. Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil Enterococos resistentes à vancomicina são frequentemente resistentes a múltiplos antimicrobianos, têm uma ampla distribuição geográfica, e tornaram-se uma das

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principais causas de infecções nosocomiais. As espécies de enterococos mais isoladas são E. faecium e E. faecalis. Estes podem ser isolados a partir do trato intestinal, fezes, úberes infectados e no ambiente. Os enterococos podem causar infecção intramamária, acarretando em mastites clínicas e subclínicas em rebanhos leiteiros, além de contaminar tanques de expansão. Porém, os dados são escassos em relação a sensibilidade microbiana dessas linhagens isoladas na produção leiteira. O objetivo do presente estudo é determinar a sensibilidade de Enterococcus isolados de rebanhos leiteiros e tanques de expansão frente a antimicrobianos, principalmente vancomicina, buscando avaliar o potencial risco dessas linhagens multirresistentes para a saúde pública e produção de leite. Serão utilizadas amostras de Enterococcus spp. previamente isoladas de casos de mastite clínica bovina e tanques de expansão de dez propriedades leiteiras dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, nas quais serão estudados o perfil de sensibilidade pelo método de difusão em disco dos seguintes antibióticos: marbofloxacino (5 µg), gentamicina (10 µg), tetraciclina (30 µg), penicilina G (10 U.I.), neomicina (30 µg), ampicilina (10 µg), sulfametoxazole/trimetropin (25 µg), oxacilina (10 µg), ciprofloxacino (10 µg), enrofloxacino (10 µg), vancomicina (10 µg), novobiocina (5 µg), cefoxitina (10 µg) e cefalexina (30 µg). As amostras que apresentarem resistencia ou sensibilidade intermediária à vancomicina serão submetidas à determinação da concentração inibitória mínima. Agradecimentos À FAPESP pela concessão da bolsa de Iniciação Científica (Processo 2018/09103-0). Referências ARIAS, C.A.; MURRAY, B.E. Nat Rev Microbiol., 2012;10:266-278. KATEETE, D.P.et al. Plos One., 2013;8:1-12. LOW, D.E. et al. Clin Infect Dis., 2001;32:133-145. MAGIORAKOS, A.P. et al. Clin. Microbiol Infect., 2011;18:268–281. SUTTER, S.T., et al. Clin. Infect. Dis., 2010;51:678-683.

_________________________________________________________________ DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE BRIX, pH E UMIDADE DE AMOSTRAS

COMERCIAIS DE BETERRABA PRODUZIDAS DE FORMA CONVENCIONAL E ORGÂNICA

BONALUME, I.C.¹; COTRIN, B.G.B.¹; RAMOS, L.A.¹; BERTOLLO, L.B.¹; BIAGGIONI,

L.H.M.2; SILVA, A.C.P.2; DANTAS, A.3; VETTORATO, J.A.2; FARIAS, D.A.2; BERNARDO, J.O.6

¹Discente do Ensino Médio Integrado a Agropecuária, ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP. 2Docente da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel,

SP. 3Professora Orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso do Ensino Médio Integrado a Agropecuária da ETEC Dona Sebastiana de Barros, São Manuel, SP.

4Doutoranda do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu, SP

A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma hortícola rica em diversas vitaminas e minerais, a qual conferem diversos benefícios à saúde humana. Porém, apresenta-se instável em

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certas faixas de pH e temperatura (LUENGO et al., 2011). Dessa forma, a realização de estudos que permitam a caracterização da qualidade desse alimento obtido em diferentes tipos de manejos de produção é fundamental. Assim, o objetivo foi avaliar as variáveis da qualidade de produção de beterrabas produzidas de forma orgânica e convencional. Foram utilizadas cinco beterrabas in natura adquiridas no comércio local, sendo as orgânicas adquiridas de um empório especializado na venda de produtos orgânicos. Os sólidos solúveis foram determinados por refratometria, utilizando aparelho digital ATAGO PR 100 com compensação a temperatura ambiente a 27°C e os resultados expressos em graus Brix. A determinação de umidade foi realizada usando o método de secagem em estufa com amostras liquefeitas. Os resultados de Brix, pH e umidade das beterrabas convencionais e orgânicas foram, respectivamente 8,0 e 8,5; 5,54º e 5,71º e 10,66 e 19,13. De acordo com os dados obtidos, observou-se que os valores médios do Brix e pH estavam próximos da neutralidade, já os de umidade das amostras indicaram que os teores mais altos foram observados para as beterrabas produzidas de forma orgânica. Tal fato é importante, pois quanto maior a umidade, mais perecível será o alimento e menor será o tempo de vida útil de prateleira, visto proporcionar aumento de condições favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos e redução da qualidade do produto (PARK; ANTONIO, 2006). Referência LUENGO, R.F.A. et al. Tabela de composição nutricional de hortaliças. 2 ed. Brasília: Embrapa hortaliças, 2011. PARK, K.J.; ANTONIO, G.C. Análises de materiais biológicos, 2006.

_________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO PRECOCE DE GESTAÇÃO EM JUMENTA: RELATO DE CASO

CANUTO, L.E.F.; MAGALHÃES, H.B.; MEDRADO, F.E.; SCHEEREN, V.F.C.;

CAVALERO, T.M.S.; PAPA, F.O. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil Sabe-se que na égua após 10 dias de ovulação é possível, pelo exame ultrassonográfico, visualizar a vesícula embrionária (VE), que se apresenta como uma estrutura anecóica com pontos hiperecóicos em polos opostos, e possui de 4 a 5 mm de diâmetro (GASTAL et al., 2007). O presente relato refere-se a uma jumenta da raça Nordestina Brasileira, com 6 anos de idade, com histórico reprodutivo de boa fertilidade. A fêmea participou de um estudo sobre caracterização do fluxo sanguíneo do corpo lúteo. Durante o estudo, a fêmea foi inseminada 24 horas antes da ovulação. A pré-determinação do momento ovulatório foi dado por dados retrospectivos da dinâmica folicular de um estudo concomitante ao qual foram utilizados os mesmos animais. A avaliação ultrassonográfica era realizada a cada 24 horas e após a detecção de parâmetros indicativos da proximidade da ovulação os animais eram inseminados. Considerando o D0 como o dia da ovulação, no 9º dia após a ovulação (D9) observou-se estrutura anecóica de 2,8 mm de diâmetro no corpo uterino. No dia seguinte, a mesma estrutura apresentou 3,2 mm de diâmetro e em outro local. Assim como na espécie equina o movimento de migração embrionário é determinante para o

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sucesso no reconhecimento materno o gestacional. No D11, o diâmetro foi novamente mensurado, constatando um aumento de 0,4 mm em relação ao dia anterior, comprovando-se o diagnóstico da gestação. Com base nesses achados conclui-se que o diagnóstico precoce de gestação, em jumentas da raça Nordestina Brasileira, pode ser realizado a partir do D9 pós-ovulação, desde que seja feito com um equipamento de boa qualidade e profissional treinado. Referência GASTAL, E.L.; GASTAL, M.O.; DONADEU, F.X. et al. Anim. Reprod., 2007;102:314–321.

_________________________________________________________________ EFEITOS DA ADIÇÃO DE PLASMA SEMINAL AUTÓLOGO E HOMÓLOGO SOBRE

A VIABILIDADE ESPERMÁTICA NO SÊMEN DE GARANHÕES PÓS-DESCONGELAÇÃO

RICCETTO, L.C.; CANUTO, L.E.F.; NUNES, S.O.; PAPA, F.O.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A criopreservação é um processo estressante às células espermáticas, de forma que nem todos os garanhões possuem um sêmen resistente e viável após o processo. O sêmen é constituído por uma fração celular e uma fração acelular, denominada plasma seminal (PS). Nos protocolos convencionais de congelação, contudo, após a demonstração de efeitos deletérios associados com a presença de PS, é preconizado a retirada deste composto. Assim, objetivou-se evidenciar efeitos benéficos ou prejudiciais associados a adição de 20% de plasma seminal autólogo (PSA) e homólogo (PSH) sobre as características seminais pós descongelamento de garanhão “bad freezer” e “good freezer”. Foram utilizados dois garanhões, um “good freezer” (GF) e outro “bad freezer” (BF). O PS de ambos foi obtido por centrifugação e armazenado em freezers. Foram colhidos 5 ejaculados de cada animal. A adição do PS foi pré-centrifugação e a proporção 1:1 foi obtida com o diluente BotuSêmen Special (BSS). O diluente de congelação utilizado foi BotuCrio – ambos da Botupharma. No experimento 1 manipulou-se os ejaculados do garanhão GF e no experimento 2 do garanhão BF, obtendo-se assim: (G1 GF): diluição com BSS; (G2 GF): BSS + 20% PSA; (G3 GF): BSS + 20% PSH e (G1 BF) diluição com BSS; (G2 BF) BSS + 20% PSA; (G3 BF) BSS + 20% PSH. As amostras foram avaliadas por análise computadorizada (CASA) - motilidade total (MT), motilidade progressiva (MP) e espermatozoides rápidos (RAP) e epifluorescência para integridade de membrana (IM). Não foram evidenciadas diferenças estatísticas (P > 0.05) para nenhuma das características avaliadas nos experimentos 1 e 2. A adição de plasma seminal autólogo e homólogo não evidenciou efeitos benéficos ou prejudiciais sobre a qualidade espermática pós-descongelamento em garanhões “good freezer” e “bad freezer”, não sendo justificada a sua adição na proporção e protocolo realizados. Agradecimento À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

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EFEITOS DO CO-CULTIVO COM CÉLULAS ESTROMAIS MULTIPOTENTES DO ENDOMÉTRIO DURANTE A PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS

CAMARGO, G.C.; CINTRA, L.N.; LANDIM, F.C.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Os laboratórios de produção in vitro, em geral, utilizam em seus meios de cultivo, a suplementação com soro fetal bovino (SFB). Embora contenha nutrientes essenciais e fatores de crescimento para o embrião (LIM et al., 1994; RORIE et al., 1994; CAROLAN et al., 1995), estudos demostram que a exposição prolongada dos embriões ao SFB pode afetar sua morfologia e metabolismo, o qual pode estar relacionado com o aumento de peso do feto ao nascimento (CROSIER et al., 2001). Na tentativa de substituir o SFB e aumentar a taxa de produção e qualidade embrionária, uma alternativa para a produção de embriões in vitro é o co-cultivo de embriões com células somáticas. Neste sentido células estromais multipotentes obtidas de endométrio, frente a grande gama de fatores secretados, podem auxiliar no melhoramento dos protocolos de produção in vitro de embriões (THIBODEAUX; GODKE, 1992), potencializando a fertilidade de animais de interesse econômico. Para tanto, embriões bovinos produzidos in vitro serão co-cultivados com células estromais multipotentes obtidas de tecido endometrial (CTMsE). As células que serão usadas no experimento foram previamente isoladas, caracterizadas e mantidas em banco criobiológico a -196°C no laboratório. As amostras celulares serão descongeladas e reconstituídas. Será realizado protocolo de fertilização in vitro (FIV) para o cultivo de quatro grupos de embriões, sendo eles Grupo 1 (controle negativo, sem SFB), Grupo 2 (controle positivo, com SFB), Grupo 3 (co-cultivo com CTMsE, sem SFB) e Grupo 4 (co-cultivo com CTMsE, com SFB). 72 horas após a FIV, a clivagem será avaliada, sendo descartadas as estruturas que não estiverem clivadas. Sete dias após, a formação de blastocistos será avaliada. A técnica do TUNEL (terminal deoxynucleotidyl transferase-mediated X-dUTP nick end labeling) será realizada para avaliar a taxa de apoptose e a coloração com Hoechst-33342 será utilizada para verificação do número total de células dos embriões. Agradecimento À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo 2018/10340-7. Referências LIM, J.M.; OKITSU, O.; OKUDA et al. Theriogenology, 1994;41:1091-1098. RORIE, R.W.; LESTER T.D.; MILLER G.F. et al. Theriogenology, 1994;42:385-395. CAROLAN, C.; LONERGAN, P.; VAN LANGENDONCKT, A. et al. Theriogenology, 1995;43:1115-1128. CROSIER, A.E.; FARIN, P.W.; DYKSTRA, M.J. et al. Biol. Reprod., 2001;64:1375-1385. THIBODEAUX J.K.; GODKE, R.A. Arch. Pathol. Lab. Med., 1992;116:364-372.

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EFEITOS DO LAPATINIBE SOBRE AS CÉLULAS DO CARCINOMA MAMÁRIO CANINO HER2+ E HER2- CULTIVADAS IN VITRO

LEIS-FILHO, A.F.1; LAINETTI, P.F.¹; KOBAYASHI, P.E.1; SOUZA, F.F.²; AMORIM,

R.L.1; PRADO, M. C. M.1; FONSECA-ALVES, C.E.1 1Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.

2Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

As neoplasias mamárias em cadelas, assim como em mulheres, são de ocorrência espontânea e frequente. Por este motivo, a cadela, é considerada o principal modelo experimental para esta doença em humanos (QUEIROGA et al., 2011). O lapatinibe, um inibidor do receptor tirosina-quinase HER-2, apresenta-se como uma alternativa terapêutica, especialmente frente as neoplasias HER2+ (ARTEAGA et al., 2012). O projeto pretende avaliar o efeito anti-tumoral do lapatinibe em células de carcinoma mamário canino HER2+ in vitro. Os grupos serão compostos de células de carcinoma mamário HER2+, HER2- e células mamárias sem alterações neoplásicas, tratadas ou não com lapatinibe. Foram colhidas amostras de neoplasias mamárias, obtidas após a mastectomia total unilateral, incluindo a exérese do linfonodo inguinal e axilar. As neoplasias foram avaliadas histologicamente e classificadas de acordo com Goldsmith et al. (2011). A partir destas amostras foram estabelecidas culturas celulares de carcinoma mamário. A expressão de HER2 será determinada pela imuno-histoquímica e por RT-qPCR. Para avaliar a capacidade e efeito antitumoral (concentração inibitória de 50% das células) in vitro do lapatinibe será realizado o ensaio MTT (3-(4,5 dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bomide) e azul de tripan das culturas de células. A apoptose celular após tratamento com o lapatinibe será avaliada utilizando o kit Annexin V-FITC Apoptosis Detection. O ensaio de wound healing será realizado para avaliar a resposta das células quanto à migração quando tratadas com o lapatinibe. Espera-se que o lapatinibe iniba a proliferação e reduza a viabilidade celular no carcinoma mamário canino HER2+. O estudo determinará a concentração inibitória de 50% da viabilidade celular deste fármaco e a partir desses resultados outros estudos poderão ser desenvolvidos para determinar uma dose adequada para o tratamento in vivo de carcinoma mamário HER2+ em cães. Agradecimentos Agradeço a CAPES pelo auxílio fornecido. Referências ARTEAGA, C.L.; SLIWKOWSKI, M.X.; OSBORNE, C.K. et al. Nat. Rev. Clin. Oncol., 2012;9(1):16-32. GOLDSCHMIDT, M.; PEÑA, L.; RASOTTO, R. et al. Vet. Pathol., 2011;48(1):117-131.

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EFICÁCIA DO CETOPROFENO EM PROGRAMAS DE TRATAMENTO SELETIVO DE CASOS NATURAIS DE MASTITE CLÍNICA EM VACAS LEITEIRAS –

RESULTADOS PRELIMINARES LATOSINSKI, G.S.¹; AMZALAK, M.J.²; GOUVEA, F.L.R.¹; LOPES, A.F.C.¹; PANTOJA,

J.C.F.¹ ¹Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil. ²Fazenda Ponte Alta, Três corações, MG, Brasil O uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINE) para o tratamento de mastite clínica (MC) em gado leiteiro é bastante frequente, apesar da sua eficácia ser pouco esclarecida (OLIVEIRA; RUEGG, 2014). Em condições experimentais foi demonstrado que os AINE podem contribuir para aliviar os sinais clínicos da inflamação (YEISER et al., 2012; FITZPATRICK et al., 2013). O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do cetoprofeno no tratamento seletivo de casos de MC leve ou moderada, que não apresentam crescimento bacteriano nas culturas realizadas em nível de fazenda. Animais de dois rebanhos comerciais foram randomizados em dois grupos experimentais. Um grupo foi tratado com cetoprofeno (GCET) no momento do diagnóstico negativo da cultura e o grupo controle não recebeu nenhum tipo de terapia (GCON). Amostras de leite foram coletadas no momento do diagnóstico de mastite, 14 (D14) e 21 (D21) dias após o caso. Foram avaliados desfechos, tais como tempo até a cura clínica, tempo de retorno do leite ao tanque, taxas de recorrência e recidiva de MC, e contagem de células somáticas (CCS). Vinte e três quartos de 22 vacas foram incluídos no estudo. Doze quartos foram incluídos no GCON e 11 quartos foram incluídos no GCET. O tempo mediano até a cura clínica foi de 2,5 dias no GCET e 2,3 dias no GCON. O tempo mediano até o retorno do leite ao tanque foi de 4,5 dias no GCET e 5 dias no GCON. Nenhuma recidiva de MC foi observada no GCET e 25% dos casos do GCON apresentaram recidiva de MC. A CCS no D14 e D21 foi de 5,43 e 5,55 log10 células/mL no GCET e 5,29 e 5,50 células/mL no GCON. Os resultados preliminares sugerem que, com exceção do tempo até o retorno do leite ao tanque, não houve diferença evidente entre os grupos nos desfechos estudados. Referências OLIVEIRA, L.; RUEGG, P.L.J. Dairy Sci., 2014;97:5426–5436. YEISER, E.E.; LESLIE, K.E.; MCGILLIARD, M.L. et al. J. Dairy Sci., 2012;95:4939-4949.

ELETROFORESE SÉRICA DE QUATIS DE VIDA LIVRE

SANTOS, G.J.1; MOREIRA, I.S.R.2; TEODORO, L.O.3; BARBOSA, L.G.B.4; BROCHINE, S.3; CODOGNOTO, V.M.3; RAMOS, P.R.R.5

1Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Dermatologia e Radiologia, FMB, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.

3Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 4Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ,

UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 5 Departamento Física e Biofísica, IB, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

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A eletroforese permite o fracionamento das proteínas, identificação e quantificação, e sua correlação com os processos biológicos em que estão envolvidas. Embora a aplicação clínica já esteja demonstrada, estudos sobre o perfil eletroforético sérico em carnívoros selvagens são pouco explorados e, do conhecimento dos autores, não foram encontrados dados da família Procyonidae. O objetivo do estudo foi descrever o perfil proteico sérico de quatis de vida livre, contribuindo para o conhecimento do padrão fisiológico da espécie. Os quatis (7 machos e 9 fêmeas) foram capturados em Botucatu, SP. Após contenção química com cetamina e midazolam, intramuscular, foi realizado exame físico e coleta de sangue por venopunção jugular. A eletroforese foi realizada conforme descrito por Laemmli (1970), em gel de poliacrilamida 7% (Native-PAGE), com imagens analisadas no ImageMaster VDS, para determinar massa molecular e densidade ótica integrada. A eletroforese permitiu o fracionamento das proteínas em sete bandas proteicas, com os seguintes valores para machoe fêmeas, respectivamente: pré-albumina, 0,41 ± 0,30 g/dL e 0,40 ± 0,34 g/dL (p = 0,94); albumina, 4,62 ± 0,64g/dL e 4,35 ± 0,55 g/dL (p = 0,39); Alfa-1, 0,16 ± 0,17 e 0,39 ± 0,19 (p = 0,02); Alfa-2, 0,24 ± 0,17 e 0,55 ± 0,29 (p = 0,02); Beta-1, 0,24 ± 0,15 e 0,40 ± 0,26 (p = 0,13); Beta-2 0,13 ± 0,16 e 0,17 ± 0,16 (p = 0,56); Gama, 0,99 ± 0,27 e 1,09 ± 0,38 (p = 0,57). Foram verificadas duas bandas de albumina em 100% das fêmeas e machos (n = 6), caracterizando possível polimorfismo. Uma banda adicional de pré-albumina foi verificada em 55.5% das fêmeas e 42.9% dos machos. A banda α-1 ocorreu em 100% dos machos e 77.8% das fêmeas. A relação albumina/globulina (p = 0.04) e a quantidade total de albumina (pré-albumina + albumina) (p = 0.01) foram superiores nas fêmeas, enquanto a quantidade total de globulinas (frações α-1+ α-2 +

β-1 + β-2 + ) foi superior nos machos (p = 0.03). Considerando que de acordo com exames laboratoriais e clínicos os quatis se apresentavam hígidos, os valores obtidos são uma referência para a espécie em animais de vida livre. Referência LAEMMLI, U.K. Nature, 1970;227(5259):680-685.

_________________________________________________________________ EMISSÃO DE N2O NO CERRADO PIAUIENSE, AVALIADA EM LABORATÓRIO,

SOB DIFERENTES SISTEMAS DE USO DO SOLO

BARROS, J.S.¹; MEDEIROS, J.C.²; ROSA, J.D.²; GOMES, T.G.J.¹; SOUZA, D.M.¹; FACHIOLLI, D.F.¹; MEIRELES, P.R.L.¹

¹Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Universidade Federal do Sul da Bahia, UFSB, Bahia, BA, Brasil

De acordo com a FAO em 2014, o Brasil é um importante emissor de gases de efeito estufa, classificado mundialmente como terceiro maior emissor. As concentrações atmosféricas dos GEE têm aumentado rapidamente em virtude das atividades antrópicas e, parte dessas emissões é oriunda da atividade agrícola. O objetivo do presente estudo foi de quantificar a emissão do gás de efeito estufa N2O, em diferentes sistemas de cultivo no cerrado piauiense. O estudo foi desenvolvido em uma área comercial de produção de grãos do Cerrado Piauiense, no município de Bom Jesus. Para realização do experimento foram selecionadas três áreas agrícolas cultivadas

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com soja, milho e consórcio milho e braquiária. Além de uma mata nativa, utilizada como sistema de referência. Após a seleção das áreas foram instaladas as câmaras para monitoramento dos fluxos de N2O, com 4 câmaras em cada área selecionada. O monitoramento de N2O foi realizado durante o ciclo das culturas, no período de 18/01/2017 a 18/02/2017, realizou-se 4 coletas de gases, sendo as mesmas realizadas a cada 7 dias, exceto na semana que ocorreu a adubação nitrogenada, em que as coletas foram realizadas no segundo, quarto e sétimo dia após adubação. Observou-se um pico de emissão nos dias 3 e 4, nos cultivos do milho, onde podemos explicar o aumento das emissões através da aplicação de nitrogênio nas áreas de cultivo com plantas monocotiledôneas. O mesmo pico de emissão ocorre no consórcio de milho e braquiária, no dia 3. O sistema cultivado com soja apresentou picos de emissão menos elevados. A mata nativa apresentou três picos de emissão e para os demais dias avaliados apresentou predomínio fluxos negativos ou nulos de emissão de N2O. Estes resultados podem ser reflexos do consumo de N2O pelo sistema edáfico. As menores emissões de N2O foram verificados na mata nativa da região dos cerrados e os fluxos de N2O foram muito semelhantes entre os sistemas de cultivo avaliados. Agradecimento Ao CNPQ pela concessão de bolsas de iniciação cientifica Referência FAO - Food and Agriculture Organization (2014). Agriculture, forestry and other land use: Emissions by sources and removals by sinks. Recuperado de http://www.fao.org/docrep/019/i3671e/i3671e.pdf

_________________________________________________________________ ESPOROTRICOSE NA REGIÃO DE BOTUCATU, SP: ESTUDO RETROSPECTIVO E

IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DO AGENTE ETIOLÓGICO

OLIVEIRA, A.L.¹; GARCES, H.G.¹; CHECHI, J.L.²; PAZ, G.S.²; BOSCO, S.M.G.²

¹Mestranda em Medicina Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Departamento de Microbiologia e Imunologia, IB, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.

A esporotricose é uma micose subcutânea que acomete humanos e também animais. Acreditava-se ser causada por Sporothrix schenckii, no entanto, hoje se sabe que os agentes etiológicos são fungos do complexo Sporothrix spp. (MAHMOUDI et al, 2016). Entre as espécies patogênicas estão Sporothrix brasiliensis, Sporothrix schenckii, Sporothrix globosa e Sporothrix luriei, que apresentam distintos perfis de distribuição geográfica, virulência e resistência aos antifúngicos. A espécie Sporothrix mexicana também apresenta um leve potencial patogênico (RODRIGUES et al., 2014). Os felinos são muito sensíveis à doença e em particular tem-se observado uma prevalência da espécie S. brasiliensis como a causadora da esporotricose felina. S. brasiliensis vem sendo considerada a mais virulenta dentre as espécies do complexo Sporothrix spp. (MONTENEGRO et al., 2014, MACEDO-SALES et al., 2018). Nosso objetivo é realizar estudo retrospectivo dos casos de esporotricose previamente diagnosticados pelo exame histopatológico e identificar molecularmente a espécie de Sporothrix spp. Para a execução do experimento, foi realizado levantamento das amostras enviadas ao

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Laboratório de Patologia da Medicina – Campus Botucatu de pacientes atendidos no Hospital Veterinário (FMVZ) e pacientes externos; compreendido entre o período de 1977 até março de 2018. Foi observado até o momento 27 casos de esporotricose animal, sendo 25 em felinos e dois em cães. Os materiais se encontram emblocados em parafina e serão avaliados por meio de extração de DNA e posterior realização de PCR, utilizando primers específicos para a identificação das espécies de Sporothrix, baseados na região do DNA ribossomal e também do gene da calmodulina, como proposto por Rodrigues et al. (2015). Os amplicons obtidos na reação de PCR serão submetidos ao sequenciamento de DNA, que será realizado no Instituto de Biotecnologia (IBTEC) da UNESP. Com este estudo, espera-se contribuir para estudos epidemiológicos na definição do agente etiológico causador da esporotricose, na região de Botucatu, em cães e gatos. Referências MAHMOUDI, S.; ZAINI, F.; KORDBACHEH, P. et al. Med. Mycol., 2016;54:503-599. MONTENEGRO, H.; RODRIGUES, A.M.; DIAS M.A.G. et al. BMC. Vet. Res., 2014;10:269. MACÊDO-SALES P.A.; SOUTO, S.R.L.S.; DESTEFANI. C.A. et al. BMC. Vet Res., 2018;14:19. RODRIGUES, A.M.; HOOG, G.S.; PIRES, D.C. et al. BMC. Infect. Dis., 2014;14. RODRIGUES, A.M.; HOOG, G.S.; CAMARGO, Z.P. PLOS Neglect. Trop. D., 2015;Dez.

_________________________________________________________________ ESTRATÉGIA DO USO DO NITROGÊNIO NA PRODUÇÃO DE PALMA

FORRAGEIRA EM AMBIENTE TROPICAL

GOMES, T.G.J.1.; CARVALHO, C.B.M.2; AMORIM, D.S2; SILVA, A.L.; SOUSA, S.V.2; EDVAN, R.L.2

¹Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Universidade Federal do Piauí, Câmpus Professora Cinobelina Elvas, Bom

Jesus, PI, Brasil O déficit hídrico e a sazonalidade da produção de forragem na região Tropical do Brasil, em decorrência do regime pluviométrico, constitui um dos principais determinantes da produção animal, por interferir diretamente na alimentação, um dos principais fatores do desempenho e eficiência produtiva dos rebanhos. O objetivo desse estudo foi avaliar a produção de palma forrageira do genótipo Doce em diferentes localidades Tropicais. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados em parcelas sub-subdivididas no espaço, com cinco repetições. As parcelas corresponderam a duas frequências de aplicação da adubação nitrogenada (aplicação total aos 30 dias e aplicação fracionada aos 30/60 dias de plantio) as sub-parcelas de quatro doses de nitrogênio (0, 100, 200 e 400 kg N/ha/ano) e as sub-subparcelas corresponderam a duas localidades de cultivo da palma forrageira (Localidade 1 e Localidade 2). Foram avaliadas a produção de matéria verde e matéria seca da palma forrageira genótipo doce após um ano de plantio. Os resultados encontrados para a interação frequência × localização houve diferença significativa (P < 0,05) para produção de matéria verde (PMV) e produção de matéria seca (PMS).

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Para dose de adubação houve significância para a PMV e PMS. Assim como houve efeito significativo para localização. Houve influência das doses de adubação nitrogenada (P < 0,05) em relação a produtividade da palma forrageira variedade Doce, obtendo-se 68,0 toneladas PMV por hectare e 3,7 toneladas PMS por hectare, com a utilização de 400 kg N/ha/ano. A produção da palma forrageira genótipo Doce teve aumento em relação a aplicação de diferentes doses e frequências de adubação nitrogenada, observando-se que a localidade 2, obteve uma maior produção de PMV e PMS na frequência de aplicação de N de 30/60 dias. Conclui-se que a palma forrageira responde positivamente à adubação nitrogenada para produção obtendo os maiores valores com adubação de 400 kg N/ha/ano associada a frequência de aplicação fracionada do nitrogênio em 30/60. Agradecimento Ao CNPQ pelo financiamento do projeto. Referência COSTA, N.R.; ANDREOTTI, M.; LOPES, K.S.M. et al. Rev. Bras. Ciên. Agrá. 2014;3:376-383.

_________________________________________________________________ FATORES QUE LEVAM A CAUSAS INCONCLUSIVAS NA PAAF E ADEQUAÇÃO

PARA INCLUSÃO DO PROTOCOLO ROSE NA ROTINA CITOPATOLÓGICA

FABIANE, A.C.N; EBURNIO, E; ROCHA, N.S. Laboratório de Patologia Investigativa e Comparada, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil O tumor de mama é a neoplasia mais frequente diagnosticada em mulheres e cadelas. A citologia aspirativa por agulha fina (PAAF) consiste em um método rápido, barato, pouco invasivo, que requer mínima quantidade de instrumentos. Porém, alguns fatores como erros ao longo do procedimento e características da lesão acabam reduzindo a acurácia desse exame. O ROSE (avaliação imediata do material) tem contribuído para aumentar sua eficácia. Após análise retrospectiva dos casos atendidos pela rotina do Setor de Citopatologia no Hospital Veterinário da UNESP-Botucatu no período de cinco anos (2012-2016), foram identificados os resultados cancelados e inconclusivos dos exames citológicos. Dessa forma, buscou-se levantar quais as justificativas dos exames cancelados e inconclusivos, reconhecer a importância da citologia para mama, aprofundar o estudo acerca do que é o protocolo ROSE e identificar possíveis dificuldades para sua implantação no Setor. A taxa de inconclusão obtida foi condizente com dados literários, relatando a eficácia diagnóstica da PAAF. Os principais fatores encontrados foram: "material insuficiente", "exame não indicado", "sem diagnóstico determinado", "lesão não encontrada", "tamanho < 0,5cm", "dificuldade de coleta", "processo inflamatório", "desistência pelo tutor", "contaminação por sangue/material proteináceo/gorduroso", "teste de leishmaniose", "animal em cio". Observa-se que as dificuldades encontradas podem ser superadas com a realização do treinamento para o desenvolvimento adequado de todas as etapas do exame citológico. A UNESP Botucatu possui infraestrutura adequada para aplicação do ROSE: ambulatório

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disponível, professores aptos a treinarem Residentes e estagiários, além de material para estudo. É importante que Residentes de outros Departamentos adquiram conhecimento a respeito do funcionamento desse exame e quando o mesmo deve ser indicado. Agradecimentos Registro aqui meus sinceros agradecimentos ao CNPQ pela bolsa PIBIC. Referências ACHARYA, A.T.; GHODASARA, D.J.; JOSHI, B.P. et al. Indian J. Vet. Pathol., 2017;41:210-213. BELTRÁN, A; DEBUT, A.; VACA, A. et al. Microsc. Res. Tech., 2017;80:1229-1233. CABRAL, L.A.; VOLKWEIS, F.S. Rev. Cient. Curso Med. Veter. FACIPLAC, 2017;4:16-30.

_________________________________________________________________ FREQUENCIA DO VÍRUS RÁBICO EM HERBÍVOROS NA REGIÃO DE BOTUCATU

RODRIGUES, N.J.L.; JOAQUIM,S.F.; YAMAKAWA, A.C.; GAVA, M.Z.; NILSSON, M.G., OLIVEIRA, N.O.; ZANOTTO, P.F.C.; BENETTON, R.P.D.B.; LANGONI, H.;

MENOZZI, B.D.

Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública. Serviço de Zoonoses e Saúde Pública, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A raiva é uma zoonose letal, de ampla distribuição geográfica e representa sério problema de saúde pública. O laboratório do Serviço de Diagnóstico de Zoonoses da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu integra os laboratórios da rede de diagnóstico de raiva da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e MAPA. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a frequência da raiva em bovinos e equinos nos anos de 2016 e 2017. Foram realizados os exames de reação de imunofluorescência direta e prova biológica pela inoculação intracerebral em camundongos (Mus musculus) para determinação dos casos positivos. A frequência em ambas as espécies foi de 47% (IC 95%-40,0;54,0). Avaliando as espécies separadamente, a positividade em bovinos foi de 52% (IC 95%-43,2;60,8) e em equinos de 34% (IC 95%-22,0;46,0). A raiva em herbívoros é considerada endêmica em algumas regiões no Brasil e o principal transmissor nesses animais é o morcego hematófago Desmodus rotundus. O municipio de Botucatu e vizinhos apresentam relevo acentuado, com declive, permitindo a ocorrência de abrigos de D. rotundus. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo promover ações visando o efetivo controle da ocorrência da doença no país, por meio da vacinação estratégica de espécies susceptíveis e controle populacional de D. rotundus. Pode-se concluir com os resultados desse trabalho que essa enfermidade ainda é um problema de saúde pública no interior do Estado de São Paulo. Apesar do controle da raiva canina e felina no país, observa-se a dispersão do vírus rábico na região, o que reforça a importância da vacinação animal e de outras ações de vigilância, evitando-se a ocorrência da raiva animal e humana.

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Referência Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Controle da raiva dos herbívoros: manual técnico 2009 / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília: Mapa/ACS, 2009. 124p.

_________________________________________________________________ FUNCIONALIDADE E PERFIL OXIDATIVO DE ESPERMATOZOIDES

EPIDIDIMÁRIOS DE GATOS SUBMETIDOS A DIFERENTES TEMPOS DE REFRIGERAÇÃO (24, 48 E 72 HORAS)

SILVA, D.F.1; NAGAI, K.K.2; ANGRIMANI, D.S.R.1; LOSANO, J.D.A.2; RUI, B.R.2;

BICUDO, L.C.2; NICHI, M.² 1Departamento de Reprodução e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil. 2Departamento de Reprodução Animal, FMVZ, USP, São Paulo, SP, Brasil. A refrigeração de amostras epididimárias permite o transporte e processamento do material genético mesmo após a morte do animal. Melhorias nessa prática permitem a preservação de espermatozoides de gatos domésticos, que são o modelo de estudo ideal para felinos selvagens (ANGRIMANI et al., 2017). No entanto, as modificações nas características espermáticas e o perfil oxidativo não são totalmente compreendidos (AITKEN; DE IULIIS, 2010). Entretanto, esta informação é necessária para o desenvolvimento de biotecnologias, como novos diluidores para criopreservação. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil espermático e oxidativo em amostras da cauda do epidídimo de gatos domésticos refrigerados a 5° C por 24, 48 e 72 horas. Após os espermatozoides serem coletados da cauda do epidídimo as avaliações consistiram de análise computadorizada do sêmen (CASA), integridade da membrana plasmática (eosina/nigrosina), integridade do acrossomo (Fast Green/Rosa Bengala), morfologia espermática, integridade do DNA espermático (azul de toluidina), atividade mitocondrial (3′3 diaminobenzidina), atividade das enzimas antioxidantes glutationa peroxidase (GPx) e superóxido dismutase (SOD) e mensuração do estresse oxidativo (TBARS). Uma redução nos parâmetros de motilidade dos espermatozoides foi observada após 72 horas de resfriamento (ou seja, total e progressiva) com uma porcentagem maior de defeitos menores (37,7 ± 6,3%) e totais (53,4 ± 6,3%). Além disso, uma redução na alta atividade mitocondrial (Classe I: 16,6 ± 2,2%) ocorreu após 72 horas. A diminuição da taxa de motilidade após longo tempo de refrigeração provavelmente foi causada pelo aumento das anormalidades espermáticas. Tempo de refrigeração longo causa choque térmico e exaustão mitocondrial, mas não houve mudança observada na condição de estresse oxidativo. Portanto, o espermatozoide epididimário de felinos armazenado a 5°C parece manter alta qualidade por até 48 horas de tempo de refrigeração. Referências AITKEN, R.J.; DE IULIIS, G.N. Molecular Human Reproduction, 2010;16:3–13. ANGRIMANI, D.S.; BARROS, P.M.; LOSANO, J.D.; CORTADA, C.N. et al. Theriogenology, 2017;89,146–154.

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GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA EM FÊMEA CANINA: RELATO DE CASO

GOBATO, M.L.M.; JORGE, M.L.N.; BOUÉRES, C.S.; LEIS FILHO, A.F.; CYRINO, M.A.; BERNARDO, R.B.; PRESTES, N.C.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A gestação múltipla patológica ocorre quando o número de fetos é superior ao considerado normal para a espécie. Em cadelas de porte pequeno o número máximo de fetos considerado normal são 6, já em cadelas de porte grande considera-se até 12 fetos (Prestes, 2017). O objetivo deste relato foi descrever um caso de gestação múltipla patológica em fêmea canina, primípara, de 2 anos, 54 Kg, da raça Rottweiler, atendida no Hospital Veterinário. O proprietário referiu que o animal foi coberto quatro vezes por macho da mesma raça, sendo que a última cruza ocorreu há 64 dias. Além disso, a mesma apresentava cansaço fácil e apatia. Ao exame físico, a paciente apresentou parâmetros dentro da normalidade para a espécie e pouca secreção láctea nas mamas. O exame ultrassonográfico identificou a presença de múltiplos fetos viáveis no útero, com frequência cardíaca variando de 200 a 210 bpm, e idade fetal estimada em 63 dias. No exame radiográfico foi observado 14 fetos, com diâmetro biparietal inferior ao diâmetro pélvico. Decorridas 24 horas, foi feito acompanhamento ultrassonográfico, e observado presença de filhotes em sofrimento fetal, ou seja, frequência cardíaca menor que 180 bpm. Dessa forma, optou-se pela cesariana, pois animal não apresentava sinais de parto. O procedimento cirúrgico ocorreu sem complicações e após a cesariana foi realizada a ovariohisterectomia. Os 14 filhotes e a fêmea foram liberados após a cirurgia. Foi necessária a suplementação láctea dos filhotes com sucedâneo. Após 10 dias da intervenção cirúrgica, a fêmea retornou para a retirada dos pontos e recebeu alta. Nos casos de gestação múltipla patológica, como este, a cesariana é recomendada. Além disso, estas fêmeas devem ser retiradas da reprodução, pois a condição é hereditária. Referências PRESTES, N.C.; LANDIM-ALVARENGA, F.D. Obstetrícia veterinária, 2017.

_________________________________________________________________ HEMANGIOSSARCOMA MAMÁRIO PRIMÁRIO EM CADELA: RELATO DE CASO

MACEDO, S.L.; LEIS-FILHO, A.F.; LAINETTI, P.F.; CYRINO, M.A.; SOUZA, F.F.;

FONSECA-ALVES, C.E. FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

As neoplasias mamárias são comuns na medicina veterinária, no entanto, alguns subtipos histológicos são considerados raros (GOLDSCHMIDT et al., 2011). O hemangiossarcoma mamário primário é uma neoplasia rara na medicina veterinária, e foi descrita anteriormente em estudos retrospectivos, sem descrição detalhada do caso (GOLDSCHMIDT et al., 2011). Realizando uma busca na literatura internacional e nacional, não foram encontrados relatos de casos de hemangiossarcoma mamário primário em cadelas (GOLDSCHMIDT et al., 2011). Descrever os achados clínicos e

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anatomopatológicos de um caso de hemangiossarcoma mamário primário em cadela. Foi realizada necropsia de uma cadela, sem raça definida, com 10 anos apresentando um uma massa difusa que afetava toda a extensão da glândula mamária. Macroscopicamente, a lesão era uma placa irregular e difusa, envolvendo todo o tecido da glândula mamária. Notou-se áreas de hemorragia e presença de coágulos na glândula mamária. Os linfonodos inguinais e axilares estavam acometidos. Foram coletadas amostras de tecido glandular mamário e dos linfonodos para análise histopatológica. A avaliação histopatológica revelou células endoteliais neoplásicas, com núcleo ovoide e basofílico, com moderada anisocariose, anisocitose e 7 figuras de mitose por campo de grande aumento. Não houve proliferação glandular e nenhuma alteração na derme superficial e nenhum êmbolo neoplásico nos vasos linfáticos foi observado. Para confirmação do diagnóstico, foi realizada imuno-histoquímica para vimentina, pan-citoqueratina, CK8/18 e CD31. Foi observado expressão positiva de pan-citoqueratina e CK8/18 por células epiteliais remanescentes, confirmando a origem luminal dessas glândulas. As células neoplásicas foram positivas para vimentina e CD31, confirmando a origem endotelial e o diagnóstico de hemangiossarcoma. Os achados histopatológicos e imuno-histoquímicos confirmaram nosso diagnóstico de hemangiossarcoma mamário primário. Referência GOLDSCHMIDT, M.; PEÑA, L.; RASOTTO, R. et al. Vet. Pathol. 2011;48(1):117-131.

_________________________________________________________________ HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA ACENTUADA EM CÃO ASSOCIADA A

NEOPLASIA TESTICULAR: RELATO DE CASO

ROSSI, E.S.; JORGE, M.L.N.; SILVA, M.F.; SOUSA, G.C.; SANTANA, L.R.; ILKIU, A.M.; SOUZA, F.F.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Atualmente com a maior expectativa de vida dos cães, inúmeras doenças vêm sendo diagnosticadas com maior frequência dentre elas, obesidade, catarata e distúrbios reprodutivos. A hiperplasia prostática benigna (HPB) destaca-se, sendo principalmente observada em animais acima de 6 anos e não castrados. Pode ser assintomática ou apresentar sinais clínicos como: tenesmo, disquesia, hematúria, hematospermia e disúria (GALVÃO et al., 2011). Este trabalho tem por objetivo relatar um caso acentuado e crônico de HPB. Foi atendido no Hospital Veterinário um cão de 11 anos, sem raça definida, 21 kg com histórico de massa firme à palpação em região meso/hipogástrica. Na anamnese, o tutor negou presença de sintomatologia clínica e qualquer alteração no paciente o mesmo que apresentava-se em bom estado geral. Pelo toque retal a próstata apresentava-se aumentada, firme e simétrica, e o animal não apresentou desconforto, suspeitando-se de HPB. O animal foi submetido à radiografia abdominal que identificou estrutura radiopaca, de aproximadamente 11 cm nesta região. Na ultrassonografia evidenciou-se o aumento prostático, sendo que a glândula apresentava contornos parcialmente definidos, regulares, ecogenicidade preservada, e parênquima heterogêneo, devido à presença de cistos (o maior medindo

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1,25 x 1,14cm). Realizou-se citologia prostática por punção aspirativa, que confirmou a suspeita constatando moderada quantidade de células epiteliais dispostas em grupos, exibindo citoplasma discretamente redilhado, levemente basofílico, de bordos indistintos e núcleo redondo. Como tratamento foi indicado orquiectomia terapêutica. Os testículos e epidídimos foram encaminhados para histologia, que evidenciou a presença de neoplasia das células de Leydig. Aproximadamente um mês após o procedimento cirúrgico, foi realizada outra avaliação ultrassonográfica da próstata, que apresentou redução do tamanho, medindo 4 x 7cm. As neoplasias de células de Leydig, não são diagnosticadas com tanta frequência como as outras neoplasias testiculares, pois os nódulos costumam ser pequenos e circunscritos, se tornando um achado histopatológico. Pacientes com esta neoplasia testicular podem apresentar aumento da produção de testosterona, predispondo ao agravamento de HPB, como neste caso (APPARÍCIO et al., 2015). Após a excisão cirúrgica dos testículos, a próstata apresentou involução completa após alguns meses. Referências APPARÍCIO, M.; VICENTE, W.R.R. Reprodução e obstetrícia em cães e gatos, 2015. GALVÃO, A.L.B. FERREIRA, G.S.; LÉGA, E. et al. Rev. Bras. Reprod. Anim., 2011;35:456–66.

_________________________________________________________________ HIPERPLASIA VAGINAL EM CADELA: RELATO DE CASO

BERNARDO, R.B.; GOBATO, M.L.M.; CYRINO, M.A.; BOUÉRES, C.S.; JORGE,

M.L.N.; LEIS FILHO, A.F.; LANDIM-ALVARENGA, F.C. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP A hiperplasia vaginal é uma afecção que acomete mais frequentemente cadelas jovens, durante o proestro e/ou estro, caracterizada pelo edema da mucosa vaginal em resposta ao estímulo estrogênico (PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2017; SONTAS et al., 2010). O termo hiperplasia ou prolapso são consagrados, porém a patogênese é diferente do que ocorre nos ruminantes. Na cadela, ocorre um inchaço edematoso da mucosa vaginal cranial ao orifício uretral, então os termos edema vaginal ou prolapso da prega vaginal seriam mais fidedignos (SONTAS et al., 2010). As causas são variadas, observou-se maior tendência em raças como Boxer, Dobermann, Bulldog e Fila Brasileiro. A separação forçada na cópula, debilidade hereditária do tecido perivaginal e ovários císticos são fatores que podem contribuir (SCHAEFERS-OKKENS, 2010). Foi atendida no Hospital Veterinário uma cadela sem raça definida, com seis meses de idade apresentando hiperplasia vaginal associado a hiperemia. Segundo o proprietário, o primeiro cio iniciou-se aproximadamente 15 dias antes da consulta. Além da hiperplasia vaginal, o exame clínico revelou mucosas oculares levemente hiperêmicas, sem outras alterações. O animal foi submetido à limpeza da mucosa vaginal com solução fisiológica, em seguida, aplicada pomada de digluconato de clorexidine com açúcar cristal para redução do edema. Também se realizou compressa fria (aproximadamente 30 minutos) e reduziu-se o edema vaginal manualmente no ambulatório. Aplicou-se um único ponto de sutura na vulva padrão

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Wolff captonado, utilizando Nylon nº 0, a fim de se evitar recidiva. Um mês após o atendimento, o animal retornou para a ovariohisterectomia (OHE), como recomendado. Havia rompido o ponto de sutura poucos dias depois do último atendimento, porém não houve maiores complicações e o animal estava apto à cirurgia. A técnica foi convencional e a cadela recuperou normalmente, recebendo alta hospitalar. A terapêutica instituída é corrobora com diversos autores. A redução manual e sutura da vulva são importantes para prevenir trauma, além de ser possível, pois o tecido estava viável (PINTO FILHO et al., 2002; SALES et al., 2017). Tudo isto, associado a posterior OHE, colaborou para a resolução do caso com sucesso, pois é um método eficiente e curativo para esta afecção. Referências PINTO FILHO, S.T.L.; HENRIQUES, G.B.; DALMOLIN, F. Revista FZVA, 2002; 9:89-94. PRESTES, N.C.; LANDIM-ALVARENGA, F.C. Obstetrícia Veterinária, 2017. SALES, K.K.S.; RODRIGUES, N.M.; RUFINO, A.K.B. et al. Pubvet Med. Vet. e Zootec, 2017;11:78-81. SCHAEFERS-OKKENS, A.C. Recent Advances in Small Animal Reproduction, 2001. Available in http://www.ivis.org/advances/Concannon/schaefers/IVIS.pdf?q=ivis SONTAS, H.B.; ERICI, H.; ROMAGNOLI, S. Eur. J. Companion Anim. Pract., 2010; 20:127-135.

_________________________________________________________________ HISTEROCELE INGUINAL COM ENCARCERAMENTO DE CORNO UTERINO

ASSOCIADO COM PIOMETRA EM CADELA: RELATO DE CASO

CLARO, M.M.; SILVA, D.F.; CARMO, L.M.; ILKIU, A.M.; ROSSI, E.S.; SILVA, M.F.; ANGRIMANI, D.R.S.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP Botucatu, SP, Brasil

A histerocele é definida como hérnia uterina, enfermidade pouco frequente que ocorre após a perda de continuidade da musculatura abdominal, pelo qual o útero pode deslocar-se para o canal inguinal (ARAÚJO, et al. 2014). Ainda, alterações uterinas como piometra ou gestação, podem agravar a histerocele, podendo ocorrer encarceramento das estruturas (STURION, et al. 2013; PANTOJA, et al. 2016). Foi recebida no setor de Reprodução Animal, do Hospital Veterinário FMVZ, UNESP, Botucatu, uma cadela da raça Pinscher, 13 anos, nulípara, 4,9Kg que apresentava histerocele inguinal com encarceramento de corno uterino associado com piometra. As alterações clínicas do animal foram secreção vulvar mucosanguinolenta, anorexia, apatia, hipotermia, mucosas hipocoradas, desidratação leve e presença de aumento de volume inguinal esquerdo em região de glândula mamária (M5). Ao exame ultrassonográfico da cavidade abdominal notou-se aumento uterino com regiões anecóicas evidentes e lobuladas. No exame hematológico observou-se anemia severa, neutrófilos tóxicos com basofilia, bem como leucocitose grave. Enquanto o exame bioquímico do soro revelou apenas uremia. Tais resultados foram compatíveis com o quadro de piometra. Ademais, o aumento de volume na região inguinal mostrou-se

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firme, indolor e não redutível ao exame clínico. Desta forma, o tratamento recomendado foi laparotomia. Observou-se que o aumento de volume inguinal era causado pelo estrangulamento do corpo uterino e parte dos cornos uterinos que estavam herniados. Após a remoção lenta do conteúdo encarcerado através do anel herniário foi realizada a ovariosalpingohisterectomia e herniorrafia. Para restabelecimento do quadro realizou-se fluidoterapia e antibioticoterapia intraoperatória com ceftriaxona 50mg/Kg via intravenosa e dipirona 25mg/Kg para controle da dor. No pós-operatório foi prescrito Metronidazol 25mg/Kg,B.I.D por 5 dias, Cefalexina 25mg/Kg B.I.D 10 dias e Omeprazol 1mg/Kg, S.I.D durante 10 dias. A paciente apresentou melhora do quadro rapidamente. Assim, conclui-se que a histerocele apesar de pouco frequente, deve ser considerada pelos clínicos, objetivando melhor prognóstico e tratamento. Referências PANTOJA,L.F. et al. Anais da 37ºANCLIVEPA. 2016. STURION, D.J. et al. Arq. Cienc. Vet. Zootec., 2013;16:165-168. ARAUJO, E.A.B. et al. Rev. Educ. Cont. Vet. Med. Zootec., 2014;12:379.

_________________________________________________________________ HISTEROCELE INGUINAL GRAVÍDICA BILATERAL EM CADELA

BOUÉRES, C.S.; JORGE, M.L.N.; CYRINO, M.A.; GOBATO, M.L.M.; LEIS FILHO,

A.F.; BERNARDO, R.B.; SOUZA, F.F. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A histerocele inguinal se refere à herniação do útero através do canal inguinal, sendo incomum em cadelas e está associada ao aumento da pressão intrauterina e dos níveis estrogênicos (BYERS et al., 2007; SONTAS et al., 2013). Quando relacionada à gestação, recebe a designação de gravídica, e pode ocorrer uni ou bilateralmente. O diagnóstico diferencial inclui neoplasia mamária, abscesso, linfadenomegalia, hematoma e granuloma (SONTAS et al., 2013). Este resumo descreve o caso clínico-cirúrgico de uma cadela sem raça definida, 7 anos de idade, 6 kg, atendida pelo Serviço de Reprodução Animal da FMVZ, sob queixa inicial de aumento de volume mamário em região inguinal. Durante o atendimento, a proprietária relatou que as mamas caudais se encontravam aumentadas havia 2 meses, e que observou acasalamento com macho desconhecido 15 dias antes do atendimento. A cadela era multípara (um ano desde o último parto), nunca tendo sido tratada com anticoncepcionais, e o quadro clínico referido sempre recidivava após os períodos de estro. O estado geral da paciente era bom e o exame físico não evidenciou alterações. A palpação abdominal confirmou aumento bilateral localizado, de consistência flácida, sobre ambas as mamas inguinais, sem aderência ou ulceração, suspeitando-se de histerocele inguinal. Exame ultrassonográfico revelou vesículas embrionárias viáveis, nas duas regiões aumentadas. Devido ao caráter da afecção, agendou-se correção cirúrgica em curto intervalo, porém, o animal retornou devido a abortamento espontâneo. Ainda assim, realizou-se acesso cirúrgico ventral mediano, expondo-se os sacos herniários e reduzindo-se o útero manualmente. Executou-se ovário-

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histerectomia por celiotomia, seguida por amputação dos sacos herniários e herniorrafia. Instituiu-se tratamento pós-operatório com cefalexina, meloxicam, dipirona e omeprazol, e curativo tópico com iodopovidona. A paciente foi monitorada até retirada dos pontos cirúrgicos, sem complicações. Herniações uterinas devem ser incluídas como diagnóstico diferencial em casos de cadelas apresentando massa inguinal flácida. Exames de imagem são fundamentais para um diagnóstico conclusivo. A opção terapêutica indicada é cirúrgica, dado o alto risco gestacional (Oliveira et al, 2016). Referências BYERS, C.G.; WILLIAMS, J. E.; SAYLOR, D. K. J. Vet. Emerg. Crit. Care, 2007;17(1):86-92. OLIVEIRA, S.N.; ARAÚJO, E.A.B.; SILVA, L.F.M.C. et al. Vet. e Zootec., 2016;23(2):231-234. SONTAS, B.H.; TOYDEMIR, F.T.S.; ERDOGAN, Ö. et al. Can. Vet. J., 2013;54(9):840–44.

_________________________________________________________________ IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO DE TRATAMENTO

COMPUTADORIZADO ECLIPSE EM RADIOTERAPIA VETERINÁRIA

SILVA, D.A.; FERNANDES, M.A.R ¹Aluno de Pós-Graduação em Animais Selvagens, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Docente do Departamento de Dermatologia e Radioterapia, FMB, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A área da oncologia aplicada à medicina veterinária tem se expandido significativamente nos últimos tempos no campo da terapêutica, assim como nas pesquisas científicas (LARUE; CUSTIS, 2014; FERNANDES et al., 2000). A radioterapia, já consolidada na medicina de humanos, vem despertando o interesse dos profissionais da área veterinária (BENTUBO et al., 2007). Este estudo é sobre o uso do sistema de planejamento de tratamento (TPS) computadorizado Eclipse do fabricante Varian, visando a viabilidade da sua aplicação em radioterapia veterinária. Foram estudadas cinco sequencias de imagens de tomografias computadorizadas de mamíferos selvagens, das quais o exame de imagem de uma leoa que possuía um leiomiossarcoma na região da vulva, sendo simuladas lesões na região pélvica nas tomografias restantes. Foram contornadas as regiões de tratamento, bem como os órgãos de risco, entre eles a bexiga, reto e cabeça de fêmur direita e esquerda que são os exigidos na medicina humana. As simulações dos campos de radiação foram feitas considerando a experiência na rotina clínica de humanos em um acelerador linear de 6 MeV. Os resultados mostram que os limites de dose de radiação descritos na literatura para os órgãos de risco foram mantidos e que o TPS pode ser adaptado para a radioterapia veterinária, proporcionando melhor distribuição de dose no volume tratado, podendo se apresentar como uma importante ferramenta para melhorar as condutas terapêuticas em patologias oncológicas veterinárias. Referências BENTUBO, H. D. L et al. Ciênc. rural, 2007; 37:1021-1026.

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FERNANDES, M. A. R. et al. Rev. Bras. Fis. Med., 2010; 4:11-14. LARUE, S. M.; CUSTIS, J. T. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 2014.

_________________________________________________________________ INFLUÊNCIA DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA E DO TRATAMENTO COM FINASTERIDA NA INTEGRIDADE DO DNA DE ESPERMATOZOIDES EM

CÃES

SANTANA, L.R.1; CARMO, L.M.1; ANGRIMANI, D.S.R.2; BICUDO, L.C.2; RUI, B.R.2; LOSANO, J.D.A.2; NICHI, M.2;

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Reprodução Animal, FMVZ, USP, São Paulo,

SP, Brasil A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma das doenças mais comuns em caninos e humanos (MEMON, 2007). No entanto, alguns detalhes sobre a etiopatogenia da HPB e o impacto da doença na qualidade seminal permanecem incertos, como o uso de finasterida para o tratamento da afecção e os possíveis efeitos colaterais na fertilidade. Portanto, o objetivo deste estudo foi caracterizar modificações na integridade do DNA espermático relacionadas à HPB e à terapia com finasterida em cães. Para isso, vinte cães (n = 20) foram alocados no seguinte esquema fatorial 2x2: cães afetados por HPB (n = 5), cães afetados por HPB e tratados com finasterida (n = 5), cães livres de HPB (n = 5) e cães livres de HPB, mas tratados com finasterida (n = 5). Ressalta-se que os animais livres de HPB não apresentavam quaisquer afecções intercorrentes. As coletas seminais foram realizadas por manipulação digital do pênis e as avaliações foram realizadas mensalmente durante 60 dias a partir do diagnostico ou inicio da terapia (D0, D30 e D60). As amostras de sêmen foram avaliadas quanto à suscetibilidade do DNA espermático à fragmentação pelo azul de toluidina e pelo teste de susceptibilidade ao dano de DNA (SCSA). A avaliação direta da fragmentação do DNA foi avaliada pelo teste de dispersão da cromatina espermática (SCD), que também foi previamente otimizada para cães neste estudo (R2 = 0,97). A protaminação foi avaliada pela cromomicina A3. Não foram observadas alterações quanto ao uso da Finasterida. Contudo, observou-se que os animais com HPB (0,37 ± 0,06%) apresentaram menor integridade de DNA que os hígidos (sem a doença - 1,86 ± 0,69%) no SCSA. Esse mesmo padrão foi observado na análise do azul de toluidina (HPB: 76,8 ± 4,6%; hígido: 94,7 ± 1,3%). Em conclusão, os espermatozoides de cães com HPB parecem ter uma maior suscetibilidade ao dano no DNA, provavelmente devido a uma etiologia pós-testicular. Agradecimentos Agradeço a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo auxílio financeiro. Referência MEMON, M.A. Theriogenology, 2007;68:322

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ISOFLURANO POSSUI POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO E, APESAR DE DIMINUIR O STATUS ANTIOXIDANTE, NÃO CAUSA PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA

BORGES, T.F.1; CAMARGO, G. C.1; POSSOMATO-VIEIRA, J.S.2; ROCHA, T.L.A.3;

DIAS-JUNIOR, C.A.1 1Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu, SP.

2Departamento de Farmacologia, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP. 3Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, Botucatu, SP

Isoflurano é um anestésico inalatório frequentemente usado na prática clínica veterinária, entretanto os resultados das pesquisas que avaliaram seu potencial anti-inflamatório, capacidade antioxidante e peroxidação lipídica são conflitantes, tornando necessária a realização de novos estudos para melhor compreensão das alterações promovidas pelo anestésico. Portanto, essa pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial anti-inflamatório, a capacidade antioxidante e a peroxidação lipídica plasmática em ratos anestesiados com isoflurano. Os animais foram divididos em 2 grupos: isoflurano (GI, n = 8) e controle (GC, n = 7). Os ratos do GC foram submetidos à eutanásia por decapitação e o plasma congelado a -80º C. A indução anestésica dos ratos do GI foi realizada com 5% e a manutenção com 2-3%, durante 150 minutos. Mensurou-se o potencial anti-inflamatório plasmático com o ensaio de mieloperoxidase (MPO); o status antioxidante, com o ensaio antioxidante do poder de redução do ferro (FRAP) e peroxidação lipídica com ensaio das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Empregou-se t-test, com intervalo de confiança de 95%, para se analisar a diferença dos parâmetros entre os grupos (P < 0,05, considerado significativo). Como resultado, houve diminuição significativa dos níveis de MPO, proteína encontrada em neutrófilos (BAITON; FARQUHAR; ULLYOT, 1971), macrófagos e linfócitos B (ARAÚJO et al., 2013), sugerindo que o anestésico possui um potencial anti-inflamatório. Houve também diminuição significativa dos níveis de FRAP, todavia não o suficiente para alterar os níveis de TBARS, indicando que o anestésico diminui o status antioxidante, mas não o suficiente para causar peroxidação lipídica. Logo, o isoflurano possui potencial anti-inflamatório e, apesar de diminuir a capacidade antioxidante, não causa peroxidação lipídica em ratos anestesiados. Referências BAITON, D. F.; FARQUHAR, M. G.; ULLYOT, J. L. J. Exp. Med.; 1971; 134: 907-934; ARAUJO T. H.; OKADA, S. S.; GHOSN, E. E. et al. Cell. Immunol., 2013; 21: 27-30.

_________________________________________________________________ LEVANTAMENTO DO USO INDISCRIMINADO DE FÁRMACOS CONTRACEPTIVOS

EM CÃES E GATOS MARQUES, D.B.; BARROS, J.S.; GOMES, T.G.J.; SOUZA, D.M.; MEIRELES, P.R.L.;

GIRNOS, V.C.; SERRANO, L.D.; FACHIOLLI, D.F. Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil

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Os métodos contraceptivos em animais podem ser de maneira geral cirúrgicos e não cirúrgicos. Como métodos não cirúrgicos, se destaca os fármacos contraceptivos progestágenos, megestrol (acetato) e a medroxiprogesterona, que são utilizados em fêmeas e machos caninos e felinos. Diversos efeitos indesejáveis destes medicamentos são descritos, tais como hiperplasia cística endometrial, podendo progredir para o quadro de piometra, hiperplasia mamária, hiperadrenocorticismo, aumento na produção de prolactina, aumento na produção de hormônio de crescimento, podendo cursar com acromegalia, diabetes, alteração no comportamento, hiporexia, redução de peso, polidipsia, depressão, e redução de libido (ROMAGNOLI, 2002). Especificamente em machos, esses fármacos reduzem a qualidade seminal. Os efeitos colaterais observados incluem o aparecimento de diabetes mellitus e nódulos mamários, o que limita sua utilização como método contraceptivo no cão (ENGLAND, 1997). Sendo assim o uso corriqueiro, inadvertido e dos efeitos colaterais por esses medicamentos desencadeou, essa pesquisa que teve como objetivo avaliar por meio de questionário, a casuística de utilização, formas de administração, e também a real consciência dos proprietários frente aos riscos que podem ocorrer devido a utilização destes, podendo ter como auxilio futuramente na elaboração de meios mais aplicáveis e que torne a conscientização populacional mais expandida, chegando de uma forma geral a toda a população sem diferenças de classe, evitando o uso desses medicamentos. Foram aplicados 100 questionários a proprietários de cães e gatos em bairros distintos da cidade de Bom Jesus-Piaui. Os resultados basearam-se na frequência de resposta dos proprietários, verificou-se que há uso indiscriminado destes fármacos sem orientação e/ou aplicação de técnica adequada, que esse uso pode causar efeitos indesejáveis principalmente as neoplasias mamárias, podendo levar até a morte, e que a conscientização da população sobre os riscos que esses fármacos causam podem minimizar o uso dos mesmos e optando-se pela castração cirúrgica dos animais. Referencias ENGLAND GCW. J. Reprod. Fertil. Suppl., 1997;51:123-138. ROMAGNOLI, S. Canine Pyometra: Pathogenesis, Therapy and Clinical Cases, Granada, 2002.

_________________________________________________________________ MÉTODO ALTERNATIVO DE COLETA DE SÊMEN DE BÚFALO COM

INCAPACIDADE DE MONTA: RELATO DE CASO

CANUTO, L.E.F.1; SCHEEREN, V.F.C.1; MEDRADO, F.E.1; MAGALHÃES, H.B.1; ALBERTINO, G.L.2; OLIVEIRA-FILHO, J.P.2; PAPA, F.O.1

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu,

SP, Brasil Os principais métodos de coleta de sêmen em búfalos são por vagina artificial, eletroejaculação e massagem de ampolas dos ductos deferentes por palpação retal. No entanto, recomenda-se que a eletroejaculação seja realizada apenas em animais jovens e com contenção adequada, pelo risco de reatividade aos estímulos elétricos,

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evitando-se acidentes. No presente relato, um búfalo de 13 anos de idade, com histórico de impotência coeundi há 4 anos, devido a um distúrbio podal e muscular, apresentou incapacidade de realizar monta tanto para cópula quanto em manequim para coleta de sêmen com vagina artificial. O proprietário solicitou a coleta do sêmen em vista da importância genética do reprodutor. O histórico da ausência de ejaculação em resposta ao estímulo da eletroejaculação há três anos, e sua limitação locomotora, optou-se pela coleta de sêmen por massagem das ampolas e ductos deferentes, pela via retal, na qual se obteve sucesso. O ejaculado apresentou volume de 2 mL, com concentração de 200x106 espermatozoides/ml, 50% de motilidade total e 70% de integridade de membrana plasmática, avaliada pela coloração com eosina/nigrosina. Para comprovar a fertilidade, já que estava em repouso sexual há 4 anos, após a coleta e avaliação, o sêmen foi diluído em meio comercial (Botu-Bov®, Botupharma Ltda., Botucatu, SP, Brasil) na proporção 1:2 com objetivo de aumentar a cinética espermática. O sêmen diluído foi utilizado para a inseminação artificial de uma búfala que apresentava cio natural. Após 30 dias, por ultrassonografia transretal, foi realizado o diagnóstico de gestação, o qual foi positivo. Com isso, fica clara a importância do uso de técnicas alternativas, passíveis de obter sucesso no programa reprodutivo. O sêmen coletado pode ser usado tanto a fresco ou refrigerado, quanto congelado para garantir o banco genético do animal. Agradecimentos CNPq pela bolsa de mestrado e a Botupharma pelo doação do material utilizado. Referência OHASHI, O.M; SANTOS, S.S.D; MIRANDA, M.S.et al. Rev. Bras. Reprod. Anim., 2011;35:88-94.

_________________________________________________________________ NEUROPATIA PERIFÉRICA ASSOCIADA A MASTOCITOMA SUBCUTÂNEO

CANINO: RELATO DE CASO

PRADO, M.C.M.¹,²; LEIS-FILHO, A.F.¹; ALVES, C.E.F¹ 1Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2HOSVET

Pet – Hospital Veterinário, São Manuel, SP, Brasil A neuropatia periférica (NP) ocorre devido à produção de auto-anticorpos que têm como alvo antígenos partilhados pelo tumor e pelos nervos periféricos (Ettinger & Fieldman, 2006). A NP já foi relatada em casos de mastocitoma cutâneo canino e, do conhecimento dos autores, não foram encontrados relatos prévios de NP associada ao mastocitoma subcutâneo em cães. Assim, objetivou-se relatar um caso de NP associada ao mastocitoma subcutâneo canino e avaliar o uso da criocirurgia como terapia auxiliar no controle da doença residual. Uma cadela de 10 anos, sem raça definida, foi atendida no hospital veterinário HOSVET Pet, apresentando dificuldade de locomoção progressiva, evoluindo para paresia de membros pélvicos e torácicos. O exame neurológico indicou alteração de nervos periféricos. No exame clínico, foi identificada massa de aproximadamente 10 cm em região pré- escapular, cuja citologia foi sugestiva de mastocitoma. Devido a suspeita de NP como síndrome paraneoplásica,

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foi instituído tratamento com prometazina (Fenergan, Sanofi- Aventis, 0,4mg/Kg, BID, SC) e omeprazol (Omeprazol, Cristália, 1mg/kg, SID, IV), e em algumas horas os sinais motores haviam cessado. Foi realizada tomografia computadorizada (TC) para planejamento cirúrgico, que evidenciou massa invadindo jugular, estendendo-se desde a altura de C3 até a das primeiras vértebras torácicas entre escápula direita e face lateral das costelas. Foi realizada quimioterapia neoadjuvante com intuito induzir citorredução. Para isso, elegeu-se o protocolo com Vimblastina (Faulblastina, Libbs, 2mg/m², IV), semanalmente por 4 semanas e Prednisolona (Alcort, Ceva 1mg/kg, SID, VO, 2 semanas, depois 0,5mg/kg, SID, até o final do protocolo). Após citorredução, realizou-se a exérese da massa e, para aumentar a margem cirúrgica, optou-se por congelar o leito cirúrgico de ressecção tumoral. Foi mantido o protocolo de vimblastina, (quinzenal) e prednisolona por 4 meses. Até o momento, não houve recidiva tumoral. Portanto, pacientes com mastocitoma subcutâneo devem ser investigados quanto à presença de síndromes paraneoplásicas concomitantes. Agradecimento Instituição de Fomento: HOSVET Pet – Hospital Veterinário Referência ETTINGER, SJ e FELDMAN, EC, Tratado de Medicina Interna de Pequenos animais, 2006.

_________________________________________________________________ ONFALOFLEBITE NEONATAL EM GATO – RELATO DE CASO

PEREIRA, K.H.N.P.²; CYRINO, M.A.¹; JORGE, M.L.N.¹; LEIS FILHO, A.F.¹; BOUÉRES.

S.C.¹; CHIACCHIO, S.B.², LOURENÇO, M.L.G.², FERREIRA, J.C.P¹

¹Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu,

SP, Brasil A onfaloflebite e/ou onfalite é definida como a inflamação da região umbilical, frequentemente provocada por infecção, envolvendo os vasos umbilicais. A falha de assepsia na cicatriz umbilical, juntamente com a ausência de higiene ambiental, são fatores predisponentes para o desenvolvimento das onfaloflebites. Esta afecção normalmente é provocada por agentes como Streptococcus e Staphylococcus e aparece nas primeiras semanas de vida, evoluindo para quadros de sepse e peritonite. A onfaloflebite exibe sinais como distensão abdominal, região umbilical de coloração avermelhada e violácea, edemaciada, com presença de secreção purulenta, anorexia e letargia. Assim, este relato teve por objetivo a descrição de onfaloflebite em gato neonato, bem como seu diagnóstico e tratamento. Um gato neonato da raça Persa com 11 dias de idade apresentou tumefação e abscesso na região umbilical, hipertermia de 38,8ºC e apatia. Foi realizada a drenagem do abcesso e cultura bacteriana da secreção purulenta, a qual revelou bactérias do gênero Staphyloccocus na cultura bacteriana. O hemograma demonstrou leucocitose por neutrofilia e monocitose. O tratamento instituído foi drenagem do abcesso, antibioticoterapia com ceftriaxona 30mg/kg a cada 12 horas, por via subcutânea, durante sete dias. Foi prescrito tratamento tópico para a

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região umbilical a base do antibiótico gentamicina, sulfanilamida, sulfadiazina, ureia e vitamina A, duas vezes ao dia, durante cinco dias. Foi recomendada limpeza do ambiente. Ao término do tratamento houve remissão dos sinais clínicos. Possivelmente a infecção no neonato ocorreu devido a ausência de assepsia do cordão umbilical ao nascimento relatada e à contaminação do ambiente em que ele se encontrava. A onfaloflebite neonatal é de fácil manejo e tratamento, mas se não tratada o mais breve possível pode evoluir para casos de abcessos hepáticos, peritonite e sepse. A prevenção desta afecção envolve o saneamento adequado e a desinfecção umbilical ao nascimento. Agradecimento Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq). Referências JERICÓ, M.M.; KOGIKA, M.M.; DE ANDRADE NETO, J.P. Tratado de medicina interna de cães e gatos, 2015. PETERSON, M.E.; KUTZLER, M.A. Pediatria de Pequenos Animais, 2011. CRIVELLENTI, L.Z.; BORIN-CRIVELLENTI, S. Casos de rotina em medicina veterinária de pequenos animais, 2015.

_________________________________________________________________ PARAFIMOSE SECUNDÁRIA A LACERAÇÃO PENIANA EM TOURO

BOUÉRES, C.S.; JORGE, M.L.N.; GOBATO, M.L.M.; BERNARDO, R.B.; CYRINO,

M.A.; LEIS FILHO, A.F.; PAPA, F.O. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A parafimose corresponde à incapacidade de retração do pênis, comumente adquirida de modo secundário a postite traumática. Observa-se alteração clínica e comportamental do animal, dificuldade para copular, graus de edema variados, possível necrose da mucosa prolapsada, miíase, hemorragia e abscedação (Rabelo et al, 2017). Foi atendido no hospital veterinário touro, da raça Montana, 4 anos, aproximadamente 550 Kg, com parafimose secundária a laceração peniana. Animal foi encontrado no pasto isolado do rebanho e com lesão em pênis. Paciente apresentava parâmetros fisiológicos dentro da normalidade para espécie. O exame reprodutivo revelou prolapso do folheto prepucial interno, exposição do corpo peniano, que se encontrava edemaciado, com focos de necrose, miíase recente, e flexura sigmoide desfeita. Foram observadas força de retração peniana e sensibilidade, mas o recolhimento não foi possível devido ao edema. A porção final da glande apresentava consistência rígida e a micção não apresentava alterações. Foi feita limpeza da região do pênis e prepúcio com água e clorexidine degermante e retirada das larvas. O seguinte tratamento (BID) foi instituído: ducha (15 minutos), lavagem da região do pênis e prepúcio com água e clorexidine degermante e aplicação de pomada à base de Furanil , que continha mistura de dimetilsulfóxido, dexametasona e Tanidil (coumafós e propoxur), confeccionada especialmente para este caso. Sistemicamente, o touro recebeu flunixin meglumine, associação de penicilina, ivermectina 1% e tiamina. Houve

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redução do edema e, aproximadamente duas semanas após o início do tratamento, foi possível o recolhimento completo do pênis e animal recebeu alta. Proprietário ciente de que touro poderia apresentar estreitamento do óstio prepucial devido ao processo inflamatório ocorrido e necessidade de procedimento cirúrgico para correção. Foi recomendado repouso reprodutivo por 4 meses. Anomalias de pênis e prepúcio afetam a capacidade dos animais efetuarem cobertura pela dor gerada, portanto, diagnóstico preciso e tratamento imediato são importantes para evitar a redução da fertilidade no rebanho (BICUDO et al, 2007). Referências BICUDO, S.D.; SIQUEIRA, J.B.; MEIRA, C. Patologias do sistema reprodutor de touros. Biológico, 2007;69(2):43-48. RABELO, R.E.; SILVA, L.A.F.; SILVA, O.C. et al. Cirurgias do aparelho reprodutor de machos bovinos e equinos, 2017.

_________________________________________________________________ PIOMETRA JUVENIL NA ESPECIE CANINA DE 11 MESES DE IDADE: RELATO DE

CASO

SANTOS, B.F.; CLARO, M.M.; SOUSA G.C.; SILVA, D.F.; SILVA, M.F.; JORGE, M.L.N.; SOUZA, F.F.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Na rotina clínica de pequenos animais a enfermidade piometra é diagnosticada frequentemente em fêmeas caninas adultas e idosas. As cadelas que apresentam maior predisposição ao desenvolvimento desta patologia são nulíparas ou com histórico de aplicação hormonal de contraceptivo. Ocorre normalmente no diestro, devido a repetidos estímulos hormonais causando hiperplasia endometrial cística, que associada à contaminação bacteriana, provoca o acúmulo de material purulento no útero (GOBELLO et al., 2003). A afecção apresenta-se de duas formas, aberta ou fechada. Na primeira apresentação encontramos a cérvix aberta, com liberação de secreção vaginal. Já na piometra fechada, a cérvix está ocluída, então a fêmea não apresenta descarga vaginal (ALVARENGA et al., 1995). O objetivo deste trabalho é descrever um relato de caso incomum de piometra aberta em uma cadela de 11 meses de idade. Foi atendida, no Departamento de Reprodução Animal da UNESP, Botucatu, uma fêmea canina, da raça Shih Tzu, com 4,85 Kg. O animal apresentava histórico de apatia, anorexia, poliúria e polidipsia. O tutor informou que o primeiro cio foi com 10 meses de idade, o animal não estava gestante e nem sob efeito/aplicação de contraceptivos. No exame clínico foram observados parâmetros dentro da normalidade para a espécie e apenas visualizada secreção vaginal purulenta. Exames laboratoriais revelaram leucocitose com neutrofilia e desvio a direita. Após a inspeção e realização da citologia vaginal evidenciamos a presença de células intermediárias e neutrófilos degenerados. Após exame ultrassonográfico, no qual identificamos espessamento da parede uterina (0,35 cm) e aproximadamente 1,40 cm de conteúdo anecogênico com pontos hiperecogênicos em diferentes partes do útero, o diagnóstico presuntivo foi de piometra. O tratamento indicado para este tipo de enfermidade é o cirúrgico e animal foi

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submetido a ovariohisterectomia terapêutica. O diagnóstico por histopatologia apresentou células com hiperplasia endometrial e presença de infiltrados inflamatório supurativo com colônias bacterianas. Dessa forma, confirmamos o diagnóstico de piometra em uma fêmea jovem da espécie canina e destacamos a necessidade de informar aos clínicos a despeito da ocorrência de piometra em animais jovens. Referências ALVARENGA, F.C.L.; BICUDO, S.D.; PRESTES, N.C. et al. Braz. J. Vet. Res. Anim., 1995;32:105-108. GOBELLO, C.; CASTEX, G.; KLIMA, L. et al. Theriogenology, 2003;8897:1-8.

_________________________________________________________________ PREVALÊNCIA DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM UM REBANHO DE

BUBALINOS (Bubalus bubalis) NA REGIÃO DA ALTA PAULISTA YAMADA, P.H.¹; GOMES, D.O.S.2.; SILVA, K.M.¹; MORELLO, A.F.3; FACHIOLLI, D.F.4;

VERA, J.H.S.5; SOUTELLO, R.V.G.3; OBA, E.1

¹ Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP. 2Departamento de Zootecnia, FCAT, UNESP, Dracena, SP, Brasil.

3Departamento de Ciência e Tecnologia, FCAT, UNESP, Dracena, SP, Brasil. 4Departamento de Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP. 5Departamento de

Medicina Veterinária, FCA, UNESP, Andradina, SP, Brasil Os búfalos possuem alta rusticidade, tolerância e resistência a doenças contagiosas. Porém, quando não bem manejados, estão sujeitos às mesmas enfermidades que os bovinos, mesmo sendo um animal com alta rusticidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o parasitismo natural por helmintos gastrintestinais em um rebanho bubalino da raça Murrah, criado em uma propriedade localizada no município de Adamantina - SP, por meio da pesquisa de ovos destes parasitas em amostras de fezes de búfalas lactantes e suas respectivas crias. Foram realizadas 2 colheitas totalizando um número de 102 amostras de bezerros e 162 amostras de búfalas. As amostras de fezes foram coletadas, diretamente da ampola retal e processadas de acordo com as técnicas de Gordon e Whitlock. Foram consideradas positivas as amostras que apresentaram pelo menos um ovo de helminto. Nas amostras de fezes das búfalas foi observada na primeira coleta, para o grupo dos Trichostrongylideos, uma prevalência de 23,9 % de animais infectados. Para Moniezia e Toxocara a prevalência foi de 3% e 1,5%, respectivamente. O mesmo aconteceu na segunda coleta, onde a prevalência para Trichostrongylideos, foi de 29,2 %. Para Moniezia e Toxocara a prevalência foi de 2% e 0%. Já para a categoria bezerros, na primeira coleta a prevalência para Trichostrongylideos foi de 51,5 % de animais infectados. Para Moniezia e os Toxocara a prevalência foi de 3% e 18,2%. Porém na segunda coleta, encontrou-se um aumento da infecção da espécie Trichostrongylideos e uma diminuição do Toxocara. Foram também analisados separadamente fezes de bezerros machos e fêmeas, onde bezerros do sexo masculino obtiveram numericamente menor infecção dos parasitas Moniezia e Toxocara que as bezerras. Os búfalos bezerros são mais acometidos por helmintos, sendo o Toxocara o helminto de maior prevalência em animais com menos de seis meses, seguido pelos Trichostrongylideos na fase subsequente de vida.

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Referências BARBIERI, F.S.; BRITO, L.G.; FIGUEIRÓ, M.R. et al. EMBRAPA, 2010. BARBOSA, M.A.; CORRÊA, F.M.A. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec, 1989;41:511-525, 1989. GORDON, H.M.; WHITLOCK, H.V. J. Count Sci., 1939;12:50-52. LAU, H.D. EMBRAPA-CAPTU. Boletim de Pesquisa, 1980;18.

_________________________________________________________________ PRODUTIVIDADE DO CAPIM-XARAÉS EM TRÊS INTENSIDADES LUMINOSAS

SERRANO, L.D.; BARROS, J.S; GOMES, T.G.J.; SOUZA, D.M.; MEIRELES, P.R.L.,

GIRNOS, V.C.; MARQUES, D.B. Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP,

Brasil A adaptação da Urochloa brizantha aos ecossistemas brasileiros e a utilização de sombreamento artificial em estudos de produção sob baixas luminosidades são ferramentas importantes para se obter respostas produtivas e conhecer o comportamento das plantas quando utilizadas em integrações com componentes arbóreos. O experimento foi conduzido na FMVZ – UNESP Botucatu, com objetivo de avaliar a produtividade da cultivar de Urochloa brizantha (syn Brachiaria brizantha) cv Xaraés submetida a três intensidades luminosas e quatro cortes. O delineamento experimental foi realizado em blocos completos ao acaso, sendo os tratamentos: luminosidade natural, redução de 30% e 60% de luz, com três repetições e quatro cortes. A massa verde por hectare foi obtida com os dados do peso da forragem da área cortada, transformando em kg/ha. A produção de massa seca de forragem por hectare foi obtida multiplicando-se a produção de massa verde pelo respectivo teor de matéria seca de cada parcela. As produções de folha e colmo foram obtidas multiplicando-se a produção de massa verde. Os dados para todas as variáveis foram analisados utilizando o procedimento PROC MIXED do SAS, os efeitos foram considerados como estatisticamente significativos para P ≤ 0,05. A produtividade foi influenciada pelos níveis de intensidade de luz, sendo o melhor desempenho obtido no tratamento com 60% de sombreamento, que apresentou maior produção de massa seca em comparação ao pleno sol. O tratamento com 60% de redução de luminosidade foi o mais produtivo, sendo o melhor tratamento. Tais resultados demonstram que o capim-xaraés é adaptado à sombra e possui potencial para utilização em sistemas silvipastoris.

_________________________________________________________________ PRODUTIVIDADE DO MILHO SUBMETIDO A ADUBAÇÃO COM DIFERENTES

DOSES DE CAMA DE AVIÁRIO

BARROS, J.S.¹; MEDEIROS, J.C.2.; ROSA, J.D.2.; GOMES, T.G.J.¹; FACHIOLLI, D.F.¹.;SOUZA, D.M.¹; MEIRELES, P.R.L.¹

¹Departamento de Nutrição e Melhoramento Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Universidade Federal do Sul da Bahia, UFSB, Bahia, BA, Brasil

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O uso de resíduos animais é uma alternativa para fornecer nutrientes e aumentar os teores de matéria orgânica em solos arenosos (Brady, 2013). A cama de aviário é um dos resíduos animais mais rico em nutrientes, apresentando, portanto, potencial de fertilizante. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o efeito do uso de cama de aviário como fertilizante orgânico sobre a produtividade da cultura do milho e nos atributos químicos de um Neossolo Quartzarênico. O experimento foi realizado na fazenda experimental da Universidade Federal do Piauí, Câmpus Profa. Cinobelina Elvas, no município de Bom Jesus, PI. Os tratamentos consistiram em doses de cama de aviário: 0 (testemunha), 2, 4, 8, 12, 16 e 24 t/ha. Avaliou-se o efeito da cama de frango sobre a produtividade do milho. A produtividade do milho apresentou aumento linear crescente em função do aumento das doses de cama de aviário. Na ausência da adubação com cama de aviário (dose zero), obteve-se uma produtividade de 4.430 kg/ha e com a aplicação de 24 t/ha a produtividade aumentou para 6.551 kg/há, verificou-se um aumento na produtividade do milho, quando se utilizou a maior dose em relação à testemunha. O aumento da produtividade, observado neste estudo, é justificado pelo fato de que, o aumento das doses de cama de aviário resultou em aumento dos teores de matéria orgânica, Ca2+, Mg2+, K+, P, e pH do solo, que apresentaram, após colheita do experimento, valores superiores aos observados antes da instalação do experimento. As doses crescentes de cama de aviário promoveram aumento da produtividade de milho e qualidade do solo. A máxima produtividade foi obtida com a maior dose de cama de aviário (24 t/ha). Agradecimento Ao CNPQ pela concessão de bolsas de iniciação cientifica que possibilitaram a condução do projeto. Referencia BRADY, N.C. Elementos da natureza e propriedades dos solos, 2013.

_________________________________________________________________ PRODUTIVIDADE E COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DA FORRAGEM DOS

CAPINS MARANDU E PIATÃ EM SISTEMA INTEGRADO DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

SOUZA, D.M.; MEIRELLES, P.R.; BARROS, J. S.; GOMES, T.G.J.; FACHIOLLI, D.F. Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A boa adaptação das cultivares de Urochloa brizantha às condições dos cerrados, tornou esta espécie preferida nos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPA). Existem poucos estudos com SIPA envolvendo pastagem com relação a composição bromatológica e seu comportamento sob pastejo. O objetivo da pesquisa foi avaliar a produção e composição bromatológica dos capins Marandu e Piatã em SIPA. A pesquisa foi conduzida na Fazenda Experimental Lageado, FMVZ, UNESP, município de Botucatu-SP. O delineamento experimental foi de blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas as duas pastagens e as subparcelas duas alturas de colheita. O material amostrado foi pesado e colocado em estufa a 65°C para determinação da produtividade de massa seca de forragem. Foram determinados os

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teores de PB, FDN, FDA, CEL, HEM e LIG (SILVA; QUEIROZ (2002). O NDT foi estimado pela equação [NDT = 83,79 – (0,4171 x FDN)] (CAPPELLE et al. 2001). A pastagem formada após a colheita do milho para silagem na altura de 0,45 m do solo proporcionou melhores produtividades e persistência dos capins. Dentre os capins, a cultivar Marandu apresentou menor sensibilidade ao sombreamento exercido pela cultura do milho, apresentando maior disponibilidade de forragem e maior facilidade para recuperação e acúmulo de massa seca. Os valores de FDN e FDA foram superiores na altura de colheita do milho a 20 cm. Quando a colheita é feita em menores alturas, obtem-se partes mais velhas da planta e com maiores teores de fibra. Os maiores teores de NDT foram verificados para a altura de corte do milho a 0,45 m, devido a colheita das partes mais novas dos capins. A colheita de milho para silagem de planta inteira deve ser realizada na altura de 0,45 m em SIPA consorciada com o capim-marandu por proporcionar melhor formação da pastagem e melhor composição bromatológica da forragem. Agradecimento Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Referências CAPPELLE, E.R.; VALADARES FILHO, S.C.; SILVA, J.F.C. et al. Rev. Bras. Zoo., 2001; 30:1837-1856. SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de Alimentos: Métodos Químicos e Biológicos, 2002.

_________________________________________________________________ PROLAPSO UTERINO E HISTERECTOMIA TRANSVAGINAL EM GATA: RELATO

DE CASO ILKIU, A.M.1; JORGE, M.L.N.1; CARMO, L.M.1; SILVA, D.F.1; SANTOS, B.F.1; CLARO,

M.M.1; KEUSSEYAN. B.N.2; FERREIRA, J.C.P.1 1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

O prolapso uterino consiste na exteriorização do útero pelos lábios vulvares e acontece no período puerperal em até no máximo 48 horas pós-parto (APPARÍCIO; VICENTE, 2015). É baixa a incidência desta afecção em pequenos animais, sendo rara em gatas, as principais causas são: parto prolongado, contrações exacerbadas, distocias, manobras obstétricas inadequadas, feto grande, entre outras (PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2006). Foi atendida no Hospital Veterinário, felina, sem raça definida, plurípara,1 ano, 2,5 Kg. Tutor relatou que animal havia parido três filhotes, há três dias, que fugiu após o parto e retornou após dois dias apresentando massa tubular e firme protruída pelos lábios vulvares, que não foi administrada qualquer medicação e que não há histórico de distocia anterior. Ao exame físico animal apresentava temperatura de 39,6° C, mucosas pálidas, apatia, desidratação e pressão arterial de 60 mmHg, na inspeção e palpação da massa, foi notado que se tratava de um prolapso uterino, com áreas

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de necrose e presença de miíase. O exame ultrassonográfico evidenciou ausência de líquido livre na cavidade abdominal. Devido ao grave estado geral do animal e a inviabilidade uterina optou-se pela histerectomia transvaginal. Para tanto aplicou-se bloqueio local no corpo uterino com lidocaína 2%. Foi realizada uma incisão longitudinal na região de corpo uterino evidenciando os cornos, que puderam então

ser transfixados separadamente com Vycril 2 e aplicada uma ligadura em todo útero, com o mesmo fio, em seguida, procedeu-se a exérese uterina. A terapia de suporte ambulatorial foi constituída por fluidoterapia, norepinefrina, dopamina, omeprazol, meloxicam, dipirona e tramadol. Em casos como esse o tratamento depende da gravidade do prolapso, da viabilidade da mucosa e do estado geral do paciente. O recomendado é o cirúrgico, normalmente com o reposicionamento uterino e realização da ovariohisterectomia transabdominal (DEROY et al., 2015). Neste caso não foi possível realizar o reposicionamento uterino devido seu comprometimento, e ao grave estado geral do animal, optando-se então pela histerectomia transvaginal. Referência APPARÍCIO, M.; VICENTE, W.R.R. Reprodução e obstetrícia em cães e gatos, 2015.

_________________________________________________________________ PROLAPSO UTERINO EM CADELA: RELATO DE CASO

BERNARDO, R.B.; GOBATO, M.L.M.; CYRINO, M.A.; BOUÉRES, C.S.; JORGE,

M.L.N.; LEIS FILHO, A.F.; LANDIM-ALVARENGA, F.C. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP O prolapso uterino é uma eversão e protrusão do útero pela vagina, geralmente acontece próximo ou durante o parto. É de rara ocorrência em pequenos animais, sendo cadelas mais afetadas que gatas (PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2017). Uma cadela primípara, sem raça definida, com três anos de idade foi atendida no Hospital Veterinário, com histórico de parto recente e presença de massa protruindo pela vulva. Segundo a tutora, o estro foi observado há dois meses e houve cruza. Além disso, negou o uso de injeção anticoncepcional. O trabalho de parto iniciou-se 36 horas antes do atendimento, resultando em três filhotes natimortos e, após 24 horas ocorreu o prolapso uterino. Ao exame clínico, o animal apresentava parâmetros fisiológicos dentro da normalidade para a espécie, apatia e desidratação leve. Na inspeção foi notado prolapso uterino com áreas de necrose. O exame complementar revelou anemia normocítica e normocrômica, trombocitopenia e monocitose. Realizou-se limpeza por meio de lavagem com solução fisiológica e aplicação de açúcar cristal para diminuir o edema local e tentar a redução manualmente. Este procedimento falhou, o animal foi encaminhado para cirurgia de redução do prolapso e ovariohisterectomia (OHE) terapêutica. Com ajuda de auxiliar fora do campo cirúrgico, os cornos foram impulsionados pela vagina e o prolapso, então, reduzido. A OHE foi realizada em seguida pela técnica convencional. Decorridos sete dias de pós-operatório, animal retornou para retirada de pontos, e não havendo alterações clínicas, este recebeu alta

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hospitalar. Esta afecção acomete tanto cadelas primíparas quanto multíparas e diversos fatores predisponentes parecem estar associados, como hereditariedade, idade, fetos enfisematosos, lesões no canal do parto, hiperestrogenismo, relaxamento da musculatura pélvica, tenesmo e contrações uterinas excessivas (ÖZYURTLU; KAYA, 2005; MOSTACHIO et al., 2008). Neste caso, o parto distócico contribuiu para ocorrência do prolapso. Conclui-se que esta afecção é emergência obstétrica, pela possibilidade de ruptura dos vasos ovarianos e uterinos (KREBS, 2014; SLATTER, 2007). O bom prognóstico depende da terapêutica ser instituída rapidamente. Referências KREBS, T. Cistopexia videoassistida em cadela com cistocele após prolapso uterino. Monografia, UFSM, 2014;14-17. MOSTACHIO, G.Q.; VICENTE, W.R.R.; CARDILLI, D.J. et al. Ciência Anim. Bras., 2008;9:801-805. ÖZYURTLU, N.; KAYA, D. Turk. J. Vet. Ani. Sci., 2005;29:941-943. PRESTES, N.C.; LANDIM-ALVARENGA, F.C. Obstetrícia Veterinária, 2017. SLATTER, D. Manual de cirurgia de pequenos animais, 2007.

_________________________________________________________________ REPARO DE NERVOS PERIFÉRICOS COM TUBO DE VÁLVULA CARDÍACA DE

SUÍNO

CUNHA, J. F.¹; ALMEIDA-FRANCIA C.C.D.²; SOUZA, D.L.¹; VIEGAS, K.A.S.²; FILADELPHO, A.L.²

¹Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ²Departamento de Anatomia, IBB, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

Traumatismos por transecção em nervos periféricos são comuns e raramente apresentam recuperação sem intervenção cirúrgica. Técnicas de reparo vêm sendo desenvolvidas como a aplicação de tubos sintéticos e biológicos que propiciem um ambiente favorável à sua regeneração, sendo que esse processo pode ser influenciado por diversos fatores, como o tipo de fibra nervosa, o tipo de lesão, a distância entre os cotos proximal e distal, a técnica de reparo adotada e a idade do paciente (FU; GORDON, 1987). O objetivo deste estudo foi analisar a utilização de um tubo, confeccionado a partir de válvula cardíaca de suíno na condução e reparo do nervo sural em ratos. Foram utilizados 11 ratos, separados em três grupos: Grupo Controle (C) constituído de um animal, onde o nervo sural foi coletado e destinado à microscopia de luz, para estudo morfológico descritivo. Grupo Experimental I (EI) constituído de cinco animais em que as extremidades do nervo sural foram coaptadas por meio da sutura epineural. Grupo Experimental II (EII) constituído de cinco animais nos quais os procedimentos cirúrgicos foram idênticos aos realizados no grupo EI, sendo que após a coaptação do nervo sural, o mesmo foi envolvido pelo tubo de válvula cardíaca de suíno, que havia sido conservada em glicerina 98% durante 30 dias. Após 90 dias o material foi coletado nos dois grupos e encaminhado à microscopia de luz. Após a análise histológica observou-se que no Grupo EI a recoaptação, que obedeceu ao padrão normal de reparo tecidual, com interposição de tecido conectivo e degeneração walleriana nos cotos nervosos. No Grupo EII, houve a recoaptação neural com evidente reparo de vários axônios e degeneração walleriana mais discreta nos cotos neurais.

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Conclui-se, portanto, que a válvula cardíaca de suíno potencializou o reparo de nervos periféricos danificados, sendo promissora em futuros estudos. Agradecimento Ao meu orientador, aos meus colaboradores e ao Departamento de Anatomia por toda a sua colaboração para a realização deste trabalho. Referência FU, S.Y; GORDON, T. Mol. Neurobiol., 1997;14:67-116.

_________________________________________________________________ RUPTURA DE VESÍCULA URINARIA ASSOCIADA À HEMANGIOMA

DISSEMINADOEM CÃO: RELATO DE CASO

ROZOLEN, J.M; PRADO, M.C.M; FONSECA-ALVES, C.E. Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil O hemangioma (HSA) é um tumor benigno de células endoteliais e caracterizado por seu desenvolvimento lento e progressivo. Acometem os cães de meia idade a idosos e caracterizam-se pela formação de novos vasos sanguíneos e comumente estão associados com área de necrose e hemorragia aguda. (CAROLYN et al, 2010,NORTH e BANKS 2009 e MEUTEN, 2002).Relatar um caso de um paciente com hemorragia agudaem decorrência de necrose e perfuração de vesícula urinária.Paciente da espécie canina,fêmea, seis anos de idade, sem raça definida, com sinais clínicos de apatia, anorexia há 3 dias e com aumento de volume abdominal. Foi realizada abdominocentese que evidenciou líquido sanguinolento ativo. O paciente foi submetidoà laparotomia exploratória de emergência constatando uma ruptura em região cranial de bexiga em decorrência de necrose por um tumor acometendo a bexiga e baço. Omaterial enviado para histopatológicoidentificouuma proliferação de células endoteliais na bexiga, com limites citoplasmáticos indistintos, núcleo alongado e cromatina densa. Não foram observadas figuras de mitose e ausência de atipias celulares. Observou-se ulceração parcial com necrose profunda e hemorragia em lâmina própria e em camada muscular. No baço, as células endoteliais exibiram limites citoplasmáticos indistintos, núcleo alongado e cromatina densa. Não foram observadas figurasde mitose e ausênciadeatipias celulares. Nas duas amostras as alterações sugeriram o diagnóstico de hemangioma. O hemangioma é um tumor benigno de crescimento lento. Na bexiga, a ruptura ocorreu devido à extensa área de necrose, com prognostico favorável após remoção cirúrgica. Referências CAROLYN, J.; HENRY,M.; HIGGINBOTHAM,L. Cancer Management in Small Animal Practice, 2010. NORTH, S.; BANKS, T. Introduction to Small Animal Oncology, 2009. MEUTEN, D.J. Tumors in Domestic Animals, 2002.

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RUPTURA UTERINA PÓS-PARTO EM CADELA: RELATO DE CASO

JORGE, M.L.N.; BOUÉRES, C.S.; LEIS FILHO, A.F.; BERNARDO, R.B.; GOBATO, M.L.M.; CYRINO, M.A.; PRESTES, N.C.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

A ruptura uterina na cadela ocorre na maioria dos casos no período periparto, normalmente associada com a distocia, morte fetal, utilização indevida de hormônios, gestação múltipla patológica, entre outros fatores (APPARÍCIO; VICente, 2015; PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2017). Foi atendida no Hospital Veterinário uma fêmea canina, Rottweiler, primípara, 3 anos e 37 Kg parida há 13 dias, 4 filhotes e destes 3 morreram. Na anamnese, tutor informou que 1 dia após o parto foi aplicada penicilina e outro medicamento, que não soube informar, por colega veterinário. Desde o parto até o momento da consulta, tutor observou que o animal defecou apenas uma vez, referiu alguns episódios de êmese e aumento de volume abdominal há 5 dias. Ao exame físico, animal apresentou frequências cardíaca e respiratória dentro da normalidade para a espécie, 38,5o C, e presença de lóquio. Pela palpação abdominal e ultrassonografia foi observado que animal tinha ascite, que foi drenada (2,75 L) e enviada para análise, com resultado sugestivo de peritonite. Ao exame radiográfico, observou-se imagens compatíveis com fragmentos ósseos livres na cavidade abdominal, tendo o maior aproximadamente 2,3 cm. O hemograma apresentou leucocitose neutrofílica, indicando infecção. Optou-se pela realização de laparotomia exploratória. Na cavidade abdominal foi observada grande quantidade de líquido livre associado a sinais de peritonite e presença de pelos e fragmentos ósseos. Identificaram-se algumas aderências uterinas em omento e ruptura uterina, de aproximadamente 3 cm, em corno esquerdo. Procedeu-se a ovariohisterectomia, remoção dos restos fetais, lavagem da cavidade abdominal com solução fisiológica e aplicação de ceftriaxona e metronidazol. Tratamento foi continuado com ceftriaxona, metronidazol, omeprazol, dipirona e meloxicam. Após 10 dias, animal retornou para retirada dos pontos e passava bem. Suspeitou-se de que o medicamento aplicado tenha sido ocitocina em alta dose, o que justificaria a ruptura. A administração de fármacos hormonais em cadelas deve ser realizada com cautela e somente após exame obstétrico criterioso. Referências APPARÍCIO, M.; VICENTE, W.R.R. Reprodução e obstetrícia em cães e gatos, 2015. PRESTES, N.C.; LANDIM-ALVARENGA, F.D. Obstetrícia veterinária, 2017.

_________________________________________________________________ SUPERFETAÇÃO EM CADELAS: RELATO DE CASO

ILKIU, A.M.1; SANTANA, L.R.1; CARMO, L.M.1; PEREIRA, K.H.N.P.2; SANTOS, B.F.1;

ROSSI, E. S.1; ANGRIMANI, D.S.R.1 1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

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A superfetação é um processo no qual, durante o curso da gestação, ocorre a fecundação de um segundo oócito (NOAKES; PARKINSON; ENGLAND, 2009). Assim, observa-se o nascimento de fetos de tamanhos e idades diferentes, sendo essa síndrome pouco relatada em cadelas. Tal efeito ocorre devido a ovulação assincrônica, com intervalo de 2 a 10 dias no mesmo período de estro (PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2006). Dessa forma, foi atendido no setor de Reprodução Animal do Hospital Veterinário UNESP (Botucatu), uma cadela multípara, Pinscher, 6 anos, 3,4 kg e em trabalho de parto. A cruza havia ocorrido por monta natural. O tutor relatou que o animal iniciou o trabalho de parto na tarde do dia anterior, com contrações improdutivas e presença de secreção vaginal durante a noite, não resultando no nascimento dos filhotes e ocorrendo diminuição nas contrações no decorrer do tempo. No exame físico, o animal apresentava parâmetros normais. A palpação vaginal não evidenciou presença de filhote no canal do parto. Ao exame ultrassonográfico observou-se filhotes com batimentos cardíacos entre 152bpm a 210bpm e idade gestacional aproximada de 54 a 59 dias pelo diâmetro biparietal. O animal foi encaminhado para cesariana emergencial. Durante o procedimento cirúrgico foram obtidos cinco filhotes, sendo dois prematuros, dos quais um deles possuía fenda palatina. Todos os neonatos receberam ponto VG36 de acupuntura e expansão pulmonar utilizando, expansor específico para a espécie. Nos neonatos que apresentaram dispnéia foram administradas aminofilina por via sublingual, na dose de 0,2 ml/ 100g, e oxigenoterapia. Ambos os prematuros vieram a óbito e os demais neonatos sobreviveram. Tal caso, observando o histórico do animal e a idade gestacional dos filhotes (via ultrassom e após cesariana) foi compatível com superfetação. De fato, a síndrome promove reduzida sobrevida dos neonatos prematuros. Ressalta-se que esta condição é atribuída a cadela e ainda não há relatos de como evitá-la. Referências NOAKES, D.E.; PARKINSON, T.J.; ENGLAND, C.C.W. Veterinary Reproduction and Obstetrics, 2009. PRESTES, N.C.; LANDIM-ALVARENGA, F.C. Obstetrícia Veterinária, 2006.

_________________________________________________________________ SUPERFETAÇÃO EM GATO – RELATO DE CASO

CYRINO, M.A.; LEIS FILHO, A.F.; JORGE, M.L.N.; GOBATO, M.L.M.; BERNARDO,

R.B.; BOUÉRES. S.C.; FERREIRA, J.C.P.; SOUZA, F.F. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil Superfetação é uma condição decorrente da fertilização de diferentes ovócitos em um útero previamente gravídico, verificando-se fetos de idades gestacionais distintas. Sabe-se que nas gatas existem períodos de crescimento folicular durante a fase luteal, podendo levar a comportamento de estro e receptividade a cópula durante a gestação. Apesar de diversos relatos de caso existentes na literatura, ainda são necessários mais estudos para estabelecer critérios adequados e elucidar completamente a superfetação. Uma gata de 3 anos, sem raça definida, apresentou-se no Hospital

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Veterinário da FMVZ com secreção vaginal sanguinolenta e histórico de aborto de uma vesícula embrionária. O exame físico e o hemograma não apresentavam alterações. A palpação abdominal revelou presença de gestação, e ao exame ultrassonográfico foi possível observar presença de múltiplos fetos viáveis, de idades gestacionais distintas, sendo que o maior apresentava idade aproximada de 55 dias e o menor de 25 dias. Após a primeira consulta, houve outro episódio de abortamento e secreção vaginal sanguinolenta. Os produtos abortados revelavam 2 fetos imaturos com suas respectivas placentas, com idades gestacionais distintas de, aproximadamente, 25 e 40 dias. Ao novo exame ultrassonográfico observou-se presença de uma vesícula embrionária viável e presença de outro feto com idade gestacional mais avançada, com batimentos cardíacos dentro da normalidade. Como tentativa de aumentar as chances de sobrevivência do filhote, foi optado pela cesariana ovariohisterectomia terapêutica Foi usada anestesia regional epidural lombossacra com lidocaína 2% e indução anestésica com propofol (5 mg/kg, IV). Não houve intercorrências durante o procedimento. Foram realizadas manobras de reanimação no neonato pela fricção torácica e administração de oxigenoterapia por máscara, porém sem sucesso. No período pós-operatório foi administrado meloxicam 0,1 mg/kg e penicilina G benzatina 40.000 UI/kg. A fêmea se recuperou completamente em alguns dias. Referências KUSTRITZ, M. V. R. Theriogenology, 2006, 66:145-150. ROELLIG, K.; MENZIES, B.R.; HILDEBRANDT, T.B. et al. Biol. Rev. Camb. Philos Soc., 2011;86(1):77-95. JERICÓ, M.M.; KOGIKA, M.M.; ANDRADE NETO, J.P. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos, 2015.

_________________________________________________________________ TUMOR DAS CÉLULAS DA GRANULOSA EM ÉGUA QUARTO-DE-MILHA

GOBATO, M.L.M.1; JORGE, M.L.N.1; BOUÉRES, C.S.1; BERNARDO, R.B.1; CYRINO,

M.A.1; LEIS FILHO, A.F.1; PRESTES, N.C1. 1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil O tumor das células da granulosa (TCG) é a neoplasia ovariana mais comum em éguas. Normalmente é unilateral e o ovário contralateral apresenta-se atrofiado e inativo. O animal pode apresentar algumas alterações comportamentais, que são: anestro prologando, ninfomania ou comportamento masculinizado, relacionadas a maior ou menor atividade da aromatase. Com a evolução da doença, a fêmea pode apresentar aumento de clitóris e massa muscular. A ultrassonografia e a dosagem de testosterona são ferramentas úteis no diagnóstico, porém para diagnóstico definitivo é necessária a análise histopatológica. O tratamento recomendado é a remoção cirúrgica do ovário afetado (McCue et al., 2006). Foi atendida no Hospital Veterinário, uma égua atleta, da raça Quarta de Milha, de 5 anos, sem alteração comportamental, com histórico de nascimento de um único potro, obtido por transferência de embrião (TE), apresentando insucesso nas TE subsequentes. O animal apresentou aumento de volume do ovário direito (OD) e foi realizada dosagem de testosterona, que estava

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aumentada. No exame ultrassonográfico, o OD apresentou-se aumentado de tamanho, medindo aproximadamente 9x6 cm, com áreas císticas, já o ovário esquerdo, pequeno com aproximadamente 2 cm. Optou-se então pela realização de ovariectomia (OD). O procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia geral inalatória e acesso pela linha alba. O ovário acometido foi removido e encaminhado para histopatológico, que confirmou o diagnóstico de TCG. O tratamento pós operatório instituído foi ceftiofur (7 dias) e flunixin meglumine (5 dias), limpeza da ferida cirúrgica com clorexidine e

aplicação de pomada Furanil. Após 12 dias, os pontos de pele foram retirados e o animal recebeu alta. Como já descrito por McKinnon et al. (2011), com a remoção do ovário afetado, o ovário contralateral retoma a sua função hormonal normal e a fêmea pode voltar a reprodução. Referências MCCUE, P. M.; ROSER, J.F.; MUNRO, C.J. et al. Vet. Clin. Equine, 2006; 22:799-817. MCKINNON, A.O.; SQUIRES, E.L.; VAALA, W.E. et al. Equine reproduction, 2011.

_________________________________________________________________ TUMOR TESTICULAR MISTO (SERTOLIOMA INTRATUBULAR E SEMINOMA

DIFUSO) EM CÃO CRIPTORQUIDA

BOUÉRES, C.S.; LEIS FILHO, A.F; JORGE, M.L.N.; GOBATO, M.L.M.; CYRINO, M.A; BERNARDO, R.B.; QUEIROZ, E.M.C; SOUZA, F.F.

Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil

As neoplasias testiculares caninas têm alta prevalência, especialmente em animais idosos (PETERS et al., 2000). As mais frequentes, envolvendo estroma gonadal e cordões sexuais, são o sertolioma e o tumor das células de Leydig. Por sua vez, o seminoma se origina das células germinativas. Existe ainda o tipo misto, composto por ambos os tipos celulares. O criptorquidismo aumenta significativamente incidência dessas neoplasias, que, geralmente, são benignas, e incomumente metastáticas (ARGENTA et al., 2016). Foi atendido no Setor de Reprodução Animal da FMVZ um cão da raça Border Collie,11 anos, 21,5 kg, sob queixa de polaciúria e urina com aspecto leitoso havia duas semanas. A proprietária não soube informar sobre as fezes, não notando alterações comportamentais. O paciente apresentava parâmetros fisiológicos para espécie, exceto alopecia multifocal. O exame andrológico constatou presença de apenas um testículo na bolsa escrotal, com 4,2 x 3,0 x 1,8 cm e consistência flácida. Como o outro testículo não se encontrava na região inguinal, suspeitou-se de localização intra-abdominal. O exame ultrassonográfico evidenciou próstata aumentada, não sendo possível localizar o testículo retido. Realizou-se criptorquidectomia. O acesso se deu pela linha mediana ventral. Após inspeção, localizou-se o testículo direito (6,5 x 5,5 x 4,6 cm) na região próxima ao rim. Procedeu-se à sua remoção e à síntese rotineira da parede abdominal. O testículo encontrado na bolsa foi removido em seguida. A terapia pós-operatória consistiu de enrofloxacina, meloxicam, dipirona, ranitidina e curativos tópicos com iodopovidona. O paciente não teve complicações e apresentou melhora clínica significativa nos dias seguintes. Análise histopatológica revelou múltiplas áreas císticas, hemorrágicas e necróticas

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substituindo completamente o parênquima normal do testículo retido, cuja superfície era multilobulada, e permitiu estabelecer o diagnóstico de tumor misto (sertolioma intratubular e seminoma difuso). Como esperado, o testículo contrário apresentou marcada hipoplasia. Casos como este ressaltam a importância da precocidade diagnóstica e terapêutica de animais criptorquidas. A criptorquidectomia, na maioria dos casos, promove melhor qualidade de vida, evitando evolução da doença nos quadros ainda não metastáticos. Referências ARGENTA, F.F.; PEREIRA, P.R.; CAPRIOLI, R.A. et al. Acta Sci. Vet., 2016;44:1-6. PETERS, M.A.J.; DE JONG, F.H.; TEERDS, K.J. et al. Ageing, testicular tumours and the pituitary–testis axis in dogs. J. Endocrinol., 2000;166(1):153–161.

_________________________________________________________________ TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL RETROBULBAR E EM CAVIDADE NASAL EM

CÃO: RELATO DE CASO

GONÇALVES, L.G.¹; GANDOLFI, M.G.¹; HIROTA, I.N.¹; RAMOS, L.A.¹; FERREIRA, A.P.¹; SESSA, M.¹; BRANDÃO, C.V.S.¹; RANZANI, J.J.T.¹; ROCHA, N.S.²

1Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, Serviço de Oftalmologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Clínica Veterinária,

Serviço de Patologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia de células redondas, transmitida principalmente pelo contato direto durante o coito, hábito de cheirar ou lamber entre cães susceptíveis (WITHROW et al., 2007; JERICÓ et al., 2015). Os órgãos genitais externos são o local mais comum da neoplasia e as metástases são raras, ocorrendo em 1 a 6% dos casos (COSTA et al., 2010; ROGERS et al., 1998). Lesões em locais extragenitais como ânus, tecidos subcutâneo e cutâneo, baço, fígado, globo ocular, cavidade nasal e oral são descritos, podendo estar acompanhados ou não da forma genital (BOSCOS et al., 2007). Com este relato, objetiva-se descrever o caso de TVT com lesões extragenitais localizadas em cavidade oral e retrobulbar de um cão macho com sete anos de idade e sem raça definida. No exame clínico pode-se observar neoformação em cavidade oral e em pálpebra inferior do olho direito. Tomografia computadorizada foi realizada demonstrando acometimento retrobulbar e em seios nasais. O diagnóstico foi realizado por meio de citologia aspirativa com agulha fina das lesões em pálpebra e palato revelando TVT de aspecto plasmocitóide. Sulfato de vincristina na dose 0,75 mg/m² de superfície corpórea pela via intravenosa foi administrada semanalmente, demonstrando regressão macroscópica de 100% das lesões após sessões de quimioterapia. Ao término do tratamento quimioterápico, uma segunda tomografia computadorizada foi realizada indicando regressão favorável da neoformação retrobulbar. Casos de TVT envolvendo o bulbo ocular, mucosa oral e nasal podem ser oriundos tanto de metástases quanto por implantação através dos atos comportamentais de lamber e cheirar (BOSCOS et al., 2007). Desta forma, supõe-se que o TVT, neste caso, tenha se originado pela transplantação, por não conter sinais genitais e os linfonodos encontrarem-se livres de alterações macroscópicas. O fato de este TVT ser de aspecto plasmocitóide também reforça essa ideia. Embora o

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TVT plasmocitóide ter comportamento biológico geralmente mais agressivo, após duas sessões de quimioterapia com o sulfato de vincristina, foi observado regressão macroscópica de 100% das lesões tumorais. Agradecimentos A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo auxílio financeiro da bolsa de estudos. Referências BOSCOS, C.M.; VERVERIDIS, H.N.; TONDIS, D.K. et al. Vet. Ophthalm., 1998;1:167-170. COSTA, M.T. In: DALECK, C.R.; DE NARDI, A.B.; RODASKI, S. Oncologia em cães e gatos. 2010. JERICÓ, M.M.; NETO, J.P.A.; KOGIKA, M.M. Tratado de Medicina Interna de cães e gatos, 2015. ROGERS, K.S.; WALKER, M.A.; DILLON, H.B.. JAAHA, 1998;34(6):463-470. WITHROW, S.J.; VAIL, D.M.; WITHROW & MACEWEN’S Small Animal Clinical Oncology, 2007.

_________________________________________________________________ USO DE HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINAS (GnRH) PARA

TRATAMENTO DE HIPOCINESIA ESPERMÁTICA EM GARANHÃO SCHEEREN, V.F.C.; CAVALERO, T.M.S.; GOBATO, M.L.M.; CANUTO, L.F.; SANTOS,

B.F.; CARMO, L.M.; PAPA, F.O. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A seleção de garanhões é feita pelo seu potencial esportivo, e não reprodutivo. Sendo comum encontrarmos animais com baixa qualidade seminal. A hormonioterapia pode auxiliar no tratamento dessa alteração. O objetivo deste relato é descrever o uso de GnRH em um garanhão Quarto de Milha de 3 anos atendido na FMVZ–Unesp/Botucatu, com histórico de subfertilidade nos quatro meses que antecederam o atendimento. Nenhuma alteração foi constatada no exame físico específico, com testículos esquerdo e direito medindo 7 x 4 x 4cm e 6x3x3,5, respectivamente. Foram realizadas três coletas de sêmen, apresentando volume médio de 30mL. A cinética espermática foi realizada por sistema computadorizado de análise espermática. Os parâmetros para motilidade total (MT), progressiva (MP) e percentual de espermatozoides rápidos(RAP) dos ejaculados foram de 5%, 1% e 3%, respectivamente, ea concentração de 80x106 espermatozoides/mL. A morfologia espermática foi realizada em microscopia DIC, onde observou-se 33% de defeitos maiores e 9% de defeitos menores. Avaliou-se a intergridade de membrana plasmática (IMP) com o método de coloração de eosina/nigrosina obtendo 66% de espermatozoides íntegros. O garanhão foi diagnosticado com um quadro de hipocinesia espermática de origem idiopática. Foi instituído o tratamento com 2 mL de acetato de gonadorelina (0,05 mg/IM/SID – Gestran Plus®) associado a suplementação vitamínica, mineral e pentoxifilina (6,6 g/SID/VO) durante 30 dias. Após esse período, o

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garanhão retornou para exame, sem alterações testiculares, e com considerável melhora na qualidade espermática. Os parâmetros seminais foram de 64%MT, 26%MP, 45%RAP, volume do ejaculado de 50 mL, concentração de 110x106 espermatozoides/mL e 66% de IMP. Foram observados 29% de defeitos maiores e 5% de defeitos menores. Indicou-se manter o tratamento por mais 30 dias e retornar à avaliação. Portanto, é possível concluir que o tratamento com GnRH foi eficaz para melhorar a qualidade seminal de um garanhão jovem, sem induzir alterações no tamanho e consistência testicular. Agradecimento À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de Mestrado.

_________________________________________________________________ UTILIZAÇÃO TÓPICA DE POLICRESULENO PARA TRATAMENTO DE FÍSTULA

URETRAL EM GARANHÃO: RELATO DE CASO

SCHEEREN, V.F.C.1; CAVALERO, T.M.S.1; SANCLER-SILVA, Y.F.R.2; GOBATO, M.L.M.1; CANUTO, L.F.1; PAPA, F.O.1

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 2Departamento de Zootecnia, UFV, Viçosa, MG, Brasil

A fístula uretral é uma alteração importante de origem idiopática que causa de hemospermia em garanhões. Existem poucos relatos sobre o assunto e os tratamentos geralmente são por uretrostomia subisquial ou laserterapia. Recentemente, uma nova técnica terapêutica foi proposta utilizando policresuleno (Albocresil®). O objetivo deste relato é descrever um caso de fístula uretral e sucesso do tratamento. Um garanhão Mangalarga Paulista de 17 anosfoi atendido na FMVZ–Unesp/Botucatu, com histórico de hemospermia. O animal apresentava alteração no ejaculado há aproximadamente 30 dias e com concentrações variáveis de sangue. Foi realizada coleta fracionada de sêmen e a hemospermia foi visualizada em todas as frações do ejaculado. A cinética espermática foi realizada pelo método CASA e os parâmetros para motilidade total(MT), progressiva(MP) e percentual de espermatozóides rápidos(RAP) foram de 89%, 42% e 83%, respectivamente. Foi realizado um esfregaço do sêmen e corado com Panótico Rápido®, onde se observou um total de 52% de espermatozoides, 46% de hemácias e 2% de neutrófilos. Foi instituído tratamento com uso tópico da solução à 4% de policresuleno. Foram realizadas 3 aplicações, a cada 24h, de 100mL no interior da uretra utilizando uma pipeta flexível para inseminação, permanecendo por cinco minutos em contato com a mucosa, seguindo técnica descrita por Sancler-Silva et al., 2018. O garanhão foi mantido em repouso sexual por 7 dias e após esse período foi realizada uma nova coleta de sêmen, sem a presença de sangue no ejaculado e ausência de hemácias em esfregaço seminal. Após 30 dias, uma nova coleta de sêmen apresentou 87% MT, 34% MP e 81% RAP e coloração normal. Dessa forma, podemos concluir que este foi mais um caso de tratamento bem sucedido utilizando esta alternativa terapêutica para tratamento de fístula uretral. Agradecimento À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de Mestrado.

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Referência SANCLER-SILVA, Y.F.R.; SILVA-JUNIOR, E.R.; FEDORKA, C.E. et al. J. Equine Vet. Sci., 2018, 64:89-95.

_________________________________________________________________ VAGINITE JUVENIL EM CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)

JORGE, M.L.N.; BOUÉRES, C.S.; BERNARDO, R.B.; GOBATO, M.L.M.; CYRINO,

M.A.; LEIS FILHO, A.F.; SOUZA, F.F. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,

Botucatu, SP, Brasil A vaginite é definida como uma inflamação da vagina e do vestíbulo vaginal, podendo não estar associada a uma causa infecciosa. Acomete fêmeas caninas de qualquer idade, raça ou fase do ciclo estral. Apresenta-se de duas formas: vaginite juvenil e vaginite dos animais adultos. Entre os casos relatados de vaginite, 40 a 52% deles são casos de vaginite juvenil, ou seja, acometem cadelas que ainda não atingiram a puberdade (APPARÍCIO; VICENTE, 2015). A etiologia é desconhecida, mas suspeita-se de que ocorra devido a uma imaturidade fisiológica do sistema reprodutor e sistema imune (SANT’ANNA et al., 2012). O diagnóstico é confirmado através da citologia vaginal. O objetivo deste relato é descrever o primeiro caso de vaginite juvenil em cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). Foi atendida no Hospital Veterinário da FMVZ, UNESP, Botucatu, uma fêmea de aproximadamente 3 meses, com histórico de secreção vaginal mucopurulenta há 4 dias e lambedura vulvar, sem nenhuma outra queixa. Animal apresentava parâmetros fisiológicos dentro da normalidade para a espécie. No exame físico foi observada secreção mucopurulenta e hiperemia de vulva. Ao exame ultrassonográfico não foi identificada qualquer alteração em útero. Procedeu-se ao exame citológico de fundo de vagina com swab estéril. Na lâmina foram observados 90% de neutrófilos e células parabasais. Baseado nos exames físicos e clínicos, concluiu-se que o animal apresentava vaginite juvenil. O tratamento instituído foi limpeza diária com solução fisiológica e foi explicado que o processo só teria resolução definitiva após o primeiro cio. Decorridos alguns meses, a fêmea apresentou o primeiro cio e não teve mais qualquer tipo de secreção sugestiva de vaginite. A vaginite juvenil é auto-limitante e apresenta resolução espontânea após o primeiro cio, devido à exposição das células da mucosa vaginal ao estrógeno. Este relato evidencia que a afecção também acomete canídeos silvestres, como as fêmeas de cachorro-do-mato, fato ainda não registrado na literatura. Referências APPARÍCIO, M.; VICENTE, W.R.R. Reprodução e Obstetrícia em Cães e Gatos, 2015. SANT’ANNA, M.C.; FABRETTI, A.K.; MARTINS, M.I.M. Semina: Ciênc. Agrár., 2012;33:1543-1554.

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VÉRTEBRA TRANSICIONAL SUPRANUMERÁRIA EM CÃO: RELATO DE CASO

BETE S.B.S.¹, DADALTO C.R.¹, SILVA, J.P.¹, KARCHER, D.E.², BRANDÃO, V.S.², RAHAL, S.C.², MAMPRIM, M.J.¹

1Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. ² Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, FMVZ,

UNESP, Botucatu, SP, Brasil As anomalias espinhais são achados radiográficos comuns na rotina de pequenos animais e podem não ter significado clínico (WALKER, 2002). As vértebras transicionais são localizadas na transição de regiões anatômicas da coluna vertebral e apresentam características de ambos os segmentos adjacentes (WESTWORTH; STURGES, 2016; SANTO, et al.,2006). Trata-se de uma malformação visibilizada predominantemente em raças caninas de grande porte e com predileção de ocorrência na região lombossacra (WESTWORTH; STURGES, 2016; POLLIS et al., 2011). Normalmente não há sintomatologia clínica nos animais acometidos, mas pode ser um fator predisponente para instabilidade, estenose do canal vertebral e doença do disco intervertebral (POLLIS, et al., 2011). Foi atendido um cão, da raça pastor alemão, macho, 2 anos, com queixa de claudicação e atrofia muscular de membros pélvicos (MPS). Ao exame neurológico, constatou-se propriocepção diminuída dos MPS, sensibilidade dolorosa à dorsoflexão da cauda, palpação epaxial lombar e apresentando cifose. Ao exame ortopédico, evidenciou-se deformidade óssea varus, contratura e atrofia muscular dos MPS. Foram realizadas radiografias de coluna toracolombar, lombar, lombossacra e pelve. Na coluna, foi visibilizada vértebra transicional supranumerária na região lombossacra (L8) e sinais radiográficos compatíveis com DDIV nos espaços intervertebrais de L4 até L8 e espondilose deformante entre L7-L8. As articulações coxofemorais evidenciaram sinais sugestivos de doença articular degenerativa. A incidência de DDIV no segmento lombossacro e a compressão da raiz nervosa são decorrentes de uma sobrecarga que leva a degeneração discal, instabilidade e espondilose (WALKER, 2002), mesmo em animais jovens como no relato. Embora os exames de imagem avançados como mielotomografia ou ressonância magnética são fundamentais para detecção das áreas de compressão do canal medular e possibilitam o planejamento cirúrgico, no presente relato foi possível sugerir com as imagens radiográficas e sinais clínicos o quadro compressivo. Pode-se concluir que os exames de imagem são importantes para o diagnóstico, mesmo a vértebra transicional sendo uma afecção congênita, os sinais clínicos de compressão medular podem ser tardios. Referências WALKER, M.A. Textbook of Veterinary Diagnostic Radiology, 2002;9:98-109. SANTOS T.C.C.; VULCANO, L.C.; MAMPRIM, M.J. et al. Vet. Zoo., 2006;13:144-152. WESTWORTH, D.R.; STURGES, B.K. Veterinary clinics of North America: Small Animal Practice, 2016;46. POLLIS, E.S.C; CARVALHO-SOBRINHO, J.R.C; ATAN, J.B.C.D et al. Simpósio Internacional de Diagnóstico por Imagem, 2011;191-193.