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AN ANÁ LISE SENSORIAL LISE SENSORIAL “(…) disciplina da Ciência usada para evocar, medir, analisar e interpretar as reacções às características dos alimentos e materiais tal como são percebidos pelos sentidos da visão visão, olfacto olfacto, paladar paladar, tacto tacto e audi audição ão (IFT, 1981)”. Conceito da análise sensorial Alimento (prop. físicas e químicas) Resultados da Análise sensorial Resultados de medidas instrumentais Homem (sensações) Estimulação Comunicação Medição Relação

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Page 1: AN ÁLISE SENSORIAL - ESAC · humano e consiste na interpretação que o sistema sensorial e o cérebro atribuem aos diferentes comprimentos de onda da luz recebida ao

ANANÁÁLISE SENSORIALLISE SENSORIAL

“(…) disciplina da Ciência usada para evocar, medir, analisar e

interpretar as reacções às características dos alimentos e materiais

tal como são percebidos pelos sentidos da visãovisão, olfactoolfacto, paladarpaladar,

tactotacto e audiaudiççãoão (IFT, 1981)”.

Conceito da análise sensorial

Alimento(prop. físicas e químicas)

Resultados da Análise sensorial

Resultados demedidas instrumentais

Homem(sensações)

Estimulação

ComunicaçãoMedição

Relação

Page 2: AN ÁLISE SENSORIAL - ESAC · humano e consiste na interpretação que o sistema sensorial e o cérebro atribuem aos diferentes comprimentos de onda da luz recebida ao

• Método cientifico

• “Medir com os sentidos”

• Testes sensoriais

• Treino e/ou selecção periódica de

provadores

• Análise estatística dos resultados

Análise sensorial vs Provas organolépticas

• Procedimentos não científicos

• Registar sensações

• Experiência dos provadores

• Provas hedonísticas

• Sem avaliação precisa dos

resultados

• Alguns estímulos apenas são percebidos pelos sentidos enquanto

outros são demasiado complexos para os instrumentos de análise!

Aplicações

• Análise e desenvolvimentos de (novos) produtos;

• Testes de tempo de vida útil de produtos

• Controlo da qualidade

• Testes de mercado

• ….

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� Descrição

Análise sensorial : 3 Questões

� Discriminação

�Preferência (hedónico)

A que é que sabe?

Quais as características sensoriais apercebidas?

Como é que a qualidade de um produto difere da do outro produto?

O consumidor detecta isto?

Estes produtos são diferentes?

Qual a magnitude da diferença?

Quantas pessoas gostam deste produto?

O produto é tão bom como o concorrente?

Características mais apetecidas?

Sentidos Aparência

Tamanho

Forma

Cor

Odor, aroma e/ou fragrância

Consistência

Textura

Ruído

Sabor

Flavour

Adstringente

Temperatura

Picante

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Gosto, aroma, sabor, flavour sinGosto, aroma, sabor, flavour sinóónimos?nimos?

•• AromaAroma: determinado pelos compostos voláteis dos alimentos percebidos pelo nariz, por via retronasal.

•• GostoGosto: sensações relacionadas com o paladar (por exemplo, ao apertar o

nariz enquanto se prova determinado alimento).

Sensações apercebidas pelo órgão gustativo quando estimulado por

substâncias químicas desenvolvidas na saliva

•• SaborSabor: sensações mais complexas, que associam a estimulação dos

gomos gustativos e células receptoras olfactivas, e dos elementos tácteis e

térmicos da língua e da cavidade oral.

Conjunto de sensações olfactivas (aroma), gustativas (gosto) e

químicas/trigeminais apercebidas durante a degustação.

•• Flavour: Flavour: conceito de análise sensorial que engloba, pelo menos, dois

fenómenos, o gosto e o aroma.

• A cor afecta cada momento da nossa vida…

• A cor é uma das características sensoriais mais importantes para a

aceitabilidade do consumidor.

• A cor é uma percepção visual resultante da detecção da luz após

interacção com um objecto.

• O impacto visual gerado pela cor, sobrepõe-se, frequentemente, ao

causado por outros atributos de aparência e odor.

Cor

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• A cor de uma substância deve-se, em geral, à absorção selectiva das

radiações visíveis que sobre ela incidem;

• A cor não é uma característica da substância;

• A cor é essencialmente um conceito subjectivo próprio do ser

humano e consiste na interpretação que o sistema sensorial e o

cérebro atribuem aos diferentes comprimentos de onda da luz recebida

ao interpretarem os estímulos nervosos provocados pela absorção dos

fotões da radiação electromagnética com comprimento de onda

compreendido entre 350 e 700 nm.

Cor

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• A percepção das cores não é um processo meramente visual, mas

sim psico-social.

• A cor é algo que se vê com os olhos e se interpreta com o cérebro, é

o resultado da interacção da luz com os materiais.

Cor

A luz permite receber informação sobre o mundo.

Sem luz, a cor não é possível.

A luz é uma combinação da energia magnética e eléctrica, que viaja em

velocidades extremamente elevadas (vácuo 300.000 km/s).

Composta por fotões, que são pequenas partículas da energia, que

progridem em pequenas ondas segundo uma linha recta.

A luz

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Os fotões têm velocidades variáveis, com diferentes amplitudes e frequências de onda.

Cada comprimento de onda é caracterizado pela sua velocidade, amplitude e frequência.

Os diferentes comprimentos de onda compõem o espectro electromagnético.

A luz

O olho humano só é sensível a alguns comprimentos de onda (VVíísivelsivel).

A cada cor corresponde um determinado comprimento de onda de luzvisível.

A luz

A luz e a cor são indissociA luz e a cor são indissociááveis !veis !

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Tom Tom (Hue): designa o nome da cor (ex: vermelhos, azuis, verdes, etc.).

Comprimento de onda dominante.

Luminosidade Luminosidade (Value): quantidade de luz que é reflectida de uma cor.

brilho de um determinado objecto tendo o branco absoluto

como referência (mais clara, mais escura), limites: preto e branco

• Nível de luminosidade baixo: cor com luminosidade perto do preto.

• Nível de luminosidade alto: cor com luminosidade perto do branco.

SaturaSaturaçção ão (Chroma): grau de concentração ou pureza de uma cor. Uma cor é tanto mais saturada quanto menos a quantidade de branco ou preto tiver. Uma

cor está completamente saturada, quando não possui nem branco nem preto.

Propriedades da cor

Propriedades da cor

Tom:Tom:

• comprimento de onda

dominante - verde

SaturaSaturaçção:ão:

resulta da menor extensão

que o comprimento de

onda dominante abrange.

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Formação de cores

Fontes luminosas brancas

possuem todos os comprimentos

de onda.

Fonte luminosa colorida tem um

comprimento de onda dominante

que define o seu tom.

Formação de cores

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Mistura aditiva da cor Mistura aditiva da cor -- RGBRGB

Formação de cores

A mistura de cores aditiva é o efeito da projecção de luzes

de várias cores no mesmo ponto

Mistura aditiva da cor Mistura aditiva da cor -- RGBRGB

A síntese aditiva resulta da adição dos diversos comprimentos de onda da radiação visível do espectro electromagnético.

Cores primárias• vermelho• verde • azulCores secundárias• amarelo (vermelho + verde)• ciano (azul + verde)• magenta (vermelho + azul)

Mistura de todas as cores primárias resulta o branco.

Formação de cores

Se a luz reflectida contém a máxima

intensidade da cor vermelha, verde e

azul, o olho percebe o branco, e se não

existe luz, é percebido o preto.

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Mistura subtractiva da cor Mistura subtractiva da cor -- CMYCMY

Formação de cores

A mistura de cores subtractiva é o efeito da passagem de luz

através de vários filtros.

Mistura subtractiva da cor Mistura subtractiva da cor -- CMYCMY

• combinação de ciano, magenta e amarelo perfeitamente puros, absorvem

todos os comprimentos de onda da luz, resultando assim no preto.

Formação de cores

Exemplo: cor cianomistura dos comprimentos de onda verde e azul provenientes do espectro.Um ponto de tinta ciano subtrai (absorve) o comprimento de onda vermelho da luz branca, permitindo a reflexão e combinação dos comprimentos de onda verde e azul, resultando na percepção da cor ciano.

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Globo ocular

Íris:

Regula a quantidade de luz que entra nos nossos olhos.

Os músculos da íris distendem-se ou contraem-se automaticamente

de modo a alterar o tamanho / perímetro da pupila.

Fisiologia da visão da cor

Entrada da luz no olho CórneaPupilaHumor aqueousCristalinoHumor vitreous

Sensibilização da retina

Retina (compostas por camadas)

• Recebe imagens do mundo e transforma as sensações luminosas em

sinais (impulsos nervosos) que são emitidos ao cérebro através do nervo

óptico.

Fisiologia da visão da cor

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• A camada superficial da retina é composta por células

fotossensíveis:

- os bastonetes (responsáveis pela visão nocturna, sensíveis à

intensidade luminosa, detecção das formas e não da cor)

Informação acromática: branco/preto

- os cones (responsáveis pela visão diurna)Informação cromática (cor)

Fisiologia da visão da cor

• 6 milhões de cones

• 120 milhões bastonetes

Cones sensíveis à luz em determinados comprimentos de onda

• zona do vermelho (cones do tipo ρ)

• na zona do verde (cones do tipo γ)

• na zona do azul (cones do tipo β).

Os cones necessitam de níveis de luminosidade mais elevados do

que os bastonetes

o olho humano não é capaz de detectar a cor dos

objectos em condições de iluminação muito fraca

como à noite.

Fisiologia da visão da cor

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Fisiologia da visão da cor

• Olhos são sensibilizados

pela luz, a imagem que se

forma sobre a retina é

convertida, por acção das

células fotossensíveis, em

impulsos nervosos e

enviados para o cérebro para

serem interpretados.

• A descodificação daquilo

que vemos é da

responsabilidade do cérebro. Percurso visual (dos olhos atéao córtex visual)

Olhos são sensibilizados pela luz

Forma-se a imagem na retina

Células fotossensíveis

Imagem convertida em impulsos nervosos

Cérebro (córtex visual) interpretação e descodificação do que vemos

Transformam os fotões em impulsos nervosos

Fisiologia da visão da cor

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Fisiologia da visão da cor

Tipo Cor principal

Distribuição relativa (%)

Gama detectada

(nm)

λda maior sensibilidade

(nm)

Fracção deluz absorvidaa λmax , %

β Azul 4 350-550 440 2

γ Verde 32 400-660 540 20

ρ Vermelho 64 400-700 580 19

Distribuição relativa dos três tipos de cones da retina, gamas detectadas e

características dos comprimentos de onda de absorção máxima.

No seu conjunto, os cones da retina permitem detectar luz na gama de

comprimentos de onda situada entre 350 e 700 mm.

Estes valores poderão variar de pessoa para pessoa.

Cada tipo de cone é sensível à luz numa gama limitada de comprimentos

de onda.

Esta sensibilidade não é uniforme, existindo um comprimento de onda

para o qual a sensibilidade de cada tipo de cone atinge um máximo.

Fisiologia da visão da cor

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Da discriminação variável em função do comprimento de onda o olho

humano é capaz de discriminar o que corresponde a 128 cores.

Por outro lado, uma análise das respostas combinadas dos três tipos de

cones da retina leva-nos a considerar que deverá existir maior facilidade

de discriminar entre cores sombreadas na zona do amarelo (23 cores) e

uma menor facilidade na zona do azul (16 cores).

Como o olho humano consegue igualmente distinguir entre cerca de 130

níveis de saturação, é fácil então concluir que o olho humano é capaz de

discriminar cerca de 380 000 (128×23 ×130) cores diferentes.

Fisiologia da visão da cor

Qualquer cor (comprimento de onda) do espectro visível pode ser

reproduzida através da adição dos resultados obtidos pelo estímulo

dos três tipos de cones de forma diferente.

A cor percepcionada depende unicamente da relação entre os três

estímulos.

Teoria dos três estímulos

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A cor

• Quando os comprimentos de onda da fonte de luz atingem um

objecto, a superfície do objecto absorve alguns comprimentos de onda

do espectro e reflecte os não absorvidos, que são percebidos pelo

sistema visual humano como a cor do objecto.

A cor que normalmente atribuímos aos objectos resulta da nossa experiência preceptiva.

Maçã vermelha porque esta absorve todas as cores do espectro solar, reflectindo o vermelho.

A cor dos materiais depende da luz que sobre eles incide.

A cor “natural” dos objectos é aquela que estes aparentam sob a luz solar branca.

Exemplo:

em termos culturais uma maçã vermelha é desta cor tanto à luz do dia como à noite, sem luz.

A cor

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Ao iluminar essa maçã sob uma luz azul, apesar de não a vermos vermelha, dizemos que essa é a sua cor.

No entanto se nunca tivéssemos visto uma maçã sob a luz natural assumiríamos como a sua cor “natural” aquela que estávamos a ver.

Todas as superfícies têm um determinado espectro de absorção e reflexão de luz, o que determina, para além do seu brilho, a sua aparência cromática.

A cor

A cor

λ (nm) Cor absorvida Cor aparente

400- 435 Violeta Amarelo-verde

435- 480 Azul Amarelo

480-490 Verde-azul Laranja

490-500 Azul-verde Roxo

500-560 Verde Púrpura

560-580 Amarelo-verde Violeta

580-595 Amarelo Azul

595-605 Laranja Verde-Azul

605-750 Roxo Azul-verde

Cor aparente e absorvidaEx:

Vinho branco (amarelo)

Absorve radiações azul e violeta

Planta (verde)

Absorve radiações roxo ou alaranjado

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Percepção da cor

• Processo que envolve as propriedades físicas da luz.

• Tradução pelos fotoreceptores do olho em estímulos nervosos e a

interpretação destes pelo cérebro.

• Envolve fenómenos físicos, fisiológicos e psicológicos.

• A luz proveniente do objecto, seja por reflexão, transmissão e/ou emissão

estimula o sistema visual humano permitindo que o objecto seja

visualmente percebido.

• A cor percebida de um objecto depende não só das características da

superfície do objecto, mas também das características da iluminação, de

objectos à sua volta e do sistema visual do observador.

Resumindo…

Visão: ProblemaDaltonismoDaltonismo (discromatopsia ou discromopsia)

perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de

diferenciar todas ou algumas cores.

Caso mais comum: dificuldade em distinguir o verde do vermelho.

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Sistemas de notação da cor

EspaEspaçço de cor (o de cor (color spacecolor space))

Representação geométrica, tridimensional, onde as cores podem ser

visualizadas utilizando determinado modelo de cor.

Sistemas de notação da corModelo RGBModelo RGB

• Nos vértices do cubo:- cores primárias: Vermelho, Verde, Azul- cores secundárias: Ciano, Magenta, Amarelo.

• Preto está localizado na origem

• Branco na extremidade oposta

• A diagonal do cubo entre preto e branco é a escala de Cinza

Cubo de Cores RGB

Utilizado por câmaras e monitores de vídeo

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Sistema de MunsellSistema de Munsell

O sistema de Munsell consegue identificar milhares de cores

distintas em termos físicos, a partir de três características

mensuráveis:

• o tomo tom (hue) - H

• a luminosodade/brilho a luminosodade/brilho (value) - V

• a saturaa saturaççãoão (chroma) - C

Sistemas de notação da cor

Cor é descrita por um ponto no espaço tridimensional

Hue-Value-Chroma

Na borda da órbita está a faixa das cores, ou seja, o tom.

No eixo central está uma escala de cinza neutro que pode variar de preto (localizada

no pólo sul) a branco (localizada no pólo norte). Quando se afasta do eixo central, o

valor de cada cinza é gradativamente modificado até atingir uma cor totalmente

saturada.

Sistemas de notação da cor

Sistema de MunsellSistema de Munsell

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Sistemas de notação da cor

Sistema de MunsellSistema de Munsell

Cada cor mede-se de acordo com as características, H, V e C

• há 10 tons principais e 10 tons intermédios.

• a luminosidade está classificada numa escala de 1 a 9, atribuindo ao amareloo valor máximo.

• saturação de 1 a 14.

Na prática o sistema é descodificado em PANTONES

Útil para especificar uma cor mas…

Necessário olho humano para efectuar a correspondência da cor da

amostra com a cor do sólido de Munsell.

Sistemas de notação da cor

Sistema de MunsellSistema de Munsell

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Modelo de cor CIE

A CIE (Comission Internationale de I´Eclairage)

Os modelos de cor CIE permitem representar numericamente as cores

que as pessoas, com a visão normal, podem perceber.

Representação perceptual de cores, utilizando as cores básicas:

vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue) - Método RGB

Modelo mais simples: Three-lights system

Modelo de cor CIEModelo de cor CIE

Projectar e regular a

intensidade das cores RGB

tentar produzir a mesma

sensação de cor

(metamerismo).

Sistemas de notação da cor

Sistema proposto não se consegue representar todas as cores visíveis!

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Modelo de cor CIEModelo de cor CIE

Sistemas de notação da cor

Modelo de cor CIEModelo de cor CIE

Sistemas de notação da cor

Sistema proposto não se consegue representar todas as cores

visíveis.

Artifício da subtracção, ou seja, faz-se uma das componentes RGB

interagir com a cor desejada, produzindo então uma nova cor

procurando com as outras duas restantes conseguir o metamerismo.

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Modelo de cor CIESistema PrimSistema Primáário CIE XYZrio CIE XYZ

É o espaço de cor padrão da CIE.

Baseado na capacidade visual do Observador Padrão ao tri-

estímulo (vermelho, verde e azul) utilizando como referência três três

cores imagincores imaginááriasrias derivadas das primárias aditivas e no espaço de

cor universal.

As coordenadas X, YX, Y e e ZZ são proporcionais às três cores primárias.

Os valores em RGB são convertidos para um sistema que utiliza

somente valores positivos e inteiros. Os valores não correspondem

directamente ao vermelho, verde e azul, mas são bastante

aproximados.

Modelo de cor CIE

Sistema PrimSistema Primáário CIE XYZrio CIE XYZ

Espaço de cor CIE

X, Y, Z – Valores tri-estimulos

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Modelo de cor CIE

Sistema PrimSistema Primáário CIE XYZrio CIE XYZ

Y - denominado Luminosidade/Luminância

Associado à luminosidade/brilho, percepção de claro/escuro.

Relacionada com a refletância do objecto

X e Z: associados a informações de cromaticidade (tom e saturação)

Modelo de cor CIE

Sistema PrimSistema Primáário CIE XYZrio CIE XYZ

O padrão CIE-XYZ define ainda um conjunto de brancos ou iluminantes:

São fontes de luz com definições espectrais determinadas, exemplos:-Iluminante A: representa uma lâmpada de filamento de tungstênio com a

temperatura de cor de 2854 K.

-Iluminante B: representa um dia de sol com temperatura de cor de 4874 K.

-Iluminante C: representa um dia de sol pela manhã com temperatura de cor

de 6774 K.

- Iluminante D: é uma série de iluminantes que representam a luz do dia de

vários modos. Mais comuns: D50 D50 e o D65D65 com temperaturas de cor de 5000 K e 6504 K, respectivamente.

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Modelo de cor CIE

Sistema PrimSistema Primáário CIE xyzrio CIE xyz Diagrama de cromaticidade CIE a três

dimensões

ZYX

Xx

++=

ZYX

Yy

++=

ZYX

Zz

++=

x + y + z = 1

Cor definida por 2 valores

x, y, z

Coordenadas cromáticas

CIE xyY

Modelo de cor CIE

Sistema PrimSistema Primáário CIE xyzrio CIE xyz

Diagrama de cromaticidade

CIE a duas dimensões

CIE xy

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Modelo de cor CIESistema PrimSistema Primáário CIE xyzrio CIE xyz

Cromaticidade de alimentos a

duas dimensões (Y constante)

Modelo de cor CIE

Diagrama de cromaticidade xyYDiagrama de cromaticidade xyY

Coordenadas cromáticas dos iluminantes:

Iluminante AIluminante A (0,448; 0,408)

Iluminante BIluminante B (0,349; 0,3452)

Iluminante CIluminante C (0,310;0,316)

Iluminante Energia IgualIluminante Energia Igual (0,333; 0,333);

Iluminante D6500Iluminante D6500 (0,313; 0,329)

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Modelo de cor CIE

O modelo de cor HunterLABO modelo de cor HunterLAB

Modelo de cor definido pela CIE na tentativa de aumentar a

uniformidade das cores percebidas pelo sistema visual humano.

Sistema de definição de uma cor dentro da tricromacia, bastante

utilizado.

O modelo de cor CIELAB funciona como um tradutor universal de

línguas entre os dispositivos, permitindo controlar as cores que

passam de um dispositivo para outro, correlacionando os valores em

RGB ou CMYK com os valores em L, a, b.

Modelo de cor CIE

O modelo de cor HunterLAB / CIELabO modelo de cor HunterLAB / CIELab

Conceito dos eixos “L”, “a” e “b” - CIELab ,

• L – Luminosidade (value) – define a cor relativamente a ser mais clara ou mais escura,

Limites: preto e o branco;

• a - Tom (hue) - define a tonalidade da cor,

Limite: verde e o vermelho

• b - Saturação (chroma) – define a intensidade ou pureza da cor.

Limites: azul e o amarelo

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Modelo de cor CIE

Plano tridimensional policromático: Espaço de cor HunterLab

O modelo de cor HunterLAB / CIELabO modelo de cor HunterLAB / CIELab

Modelo de cor CIE

Utilizando-se os valores numéricos atribuídos a cada um destes eixos definiu-se os parâmetros “delta - ∆”:

• ∆L - É a diferença medida no eixo “L” entre o claro e o escuro quando o padrão é comparado a uma amostra.

Um valor positivo indica que a amostra é mais clara que o padrão, enquanto que um valor negativo indica que o padrão é mais escuroque a amostra.

O modelo de cor HunterLAB / CIELabO modelo de cor HunterLAB / CIELab

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Modelo de cor CIE

• ∆a - É a diferença medida no eixo “a”, entre o vermelho e o verde,

quando um padrão é comparado a uma amostra. Para outras cores

além do vermelho ou verde, este valor indica uma mudança no tom.

Um valor positivo indica que a amostra é mais vermelha que o

padrão e um valor negativo indica que a amostra é mais verde que o

padrão.

O modelo de cor HunterLAB / CIELabO modelo de cor HunterLAB / CIELab

Modelo de cor CIE

Para as cores vermelhas e verdes aplica-se ainda a seguinte relação:

Vermelho

Valor negativo

Valor positivo

Cor menos saturada

Cor mais saturada

Verde

Valor negativo

Valor positivo

Cor mais saturada

Cor menos saturada

O modelo de cor HunterLAB / CIELabO modelo de cor HunterLAB / CIELab

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Modelo de cor CIE

∆b - É a diferença medida no eixo “b”, entre o azul e o amarelo,

quando um padrão é comparado a uma amostra.

Para cores além do amarelo e do azul este valor indica uma

mudança de tom.

Um valor positivo indica que a amostra é mais amarela que o

padrão, enquanto que um valor negativo indica que amostra é mais

azul que o padrão.

O modelo de cor HunterLAB / CIELabO modelo de cor HunterLAB / CIELab

Modelo de cor CIE

Para cores amarelas e azuis aplica-se ainda a seguinte relação:

Amarelo

Valor negativo

Valor positivo

Cor menos saturada

Cor mais saturada

Azul

Valor negativo

Valor positivo

Cor mais saturada

Cor menos saturada

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Modelo de cor CIE

∆E - É um número absoluto que indica a diferença de “sensação” na

totalidade da cor, incluindo brilho, tom e saturação.

O valor do ∆E é calculado pela seguinte equação:

∆E* = [ (∆L)2 + (∆a)2 + (∆b)2 ]1/2

Modelo de cor CIE

EspaEspaçço L* C* ho L* C* h

Semelhante ao CIELab e utiliza o mesmo diagrama a*b* de

cromaticidade, porém as coordenadas são cilíndricas, definidas

por:

22*baC +=

( )a

btgh 1−=

L*= L

C* - croma ( pureza ou intensidade da cor)

h – ângulo de tom (tonalidade, cor propriamente dita)

Luminosidade

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Modelo de cor CIE

EspaEspaçço L* C* ho L* C* h

L* - luminosidade• 0 = preto• 100 = branco

C*- croma• C* = 0, cinzento• Maior valor indica maior pureza ou intensidade da cor

h- tom (cor propriamente dita)

• 0º = vermelho• 90º = amarelo• 180º = verde• 270º = azul• Olho distingue ∆h > 2,5

Interpretação dados:

Modelo de cor CIE

Pode efectuar-se conversão de cores entre notações, mas..

Matrizes alimentares ocorrem discrepâncias quando se converte de outras

notações para o sistema CIE XYZ, porque a conversão baseia-se na

resposta de padrões opacos.

Os alimentos são translúcidos e não se comportam exactamente como os

padrões.

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Medição da cor

“Medir a cor” é um paradoxo, pois o que se pode medir é o

estímulo, ou seja, a luz, que para o observador é a luz que entra nos olhos e possibilita a sensação das cores.

Os instrumentos para medir o estímulo utilizam uma luz de valor

espectral conhecido e sensores para medir a luz reflectida ou

transmitida.

Instrumentos:

• Densitómetros

• Colorímetros

• Espectrofotómetros

As diferenças entre os instrumentos são a quantidade de filtros que utilizam e a sensibilidade dos sensores.

Medição da cor

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Objectos coloridos podem ser analisados de acordo com as cores cores

primprimááriasrias ou pelo comprimento de onda.comprimento de onda.

Amostras de cores são analisadas de acordo com a densidade medida

utilizando o filtro vermelho, verde e azul, separadamente.

No colorcoloríímetrometro, são utilizadas as três cores primárias, vermelho, verde

e azul, resultando num valor numérico dentro de um modelo de cor CIE.

O espectrofotómetro fornece uma análise da intensidade da luz em

diversos comprimentos de onda da amostra da cor em termos de

reflexão ou transmissão espectral.

Medição da cor

A densidade é a relação entre a luz incidente e a luz reflectida ou

transmitida pelos materiais.

Dispositivo fotoelétrico que simplesmente mede e armazena a

quantidade de luz reflectida ou transmitida pelo objecto em comparação

com a luz incidente.

Densitómetro

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Ciência do estudo da cor de acordo com a percepção humana padrão.

Princípio do colorímetro: separar as componentes RGB da luz.

Utiliza filtros que imitam a resposta dos cones do sistema visual humano e produz resultado numérico em um dos modelos de cores CIE.

A maioria dos colorímetros permite uma selecção para obtenção dos valores das cores, podendo geralmente ser CIEXYZCIEXYZ, CIELABCIELAB ou outro modelo de cor colorimétrico, assim como a medição do valor ∆E entre duas amostras de cores.

Colorimetria

Ciência que estuda a análise quantitativa das radiações com relação à

sua composição espectral, ou seja, a relação entre a intensidade de luz

sobre uma superfície e a curva espectral resultante da mesma luz

reflectida de volta ao detector no instrumento.

Reflexão espectral é similar à reflexão (R) medida pelo densitómetro e

convertida em densidade, com uma importante diferença: densidade é

um valor único que representa o total de números de fotões reflectidos

ou transmitidos, enquanto a reflexão espectral é um conjunto de valores

que representa o número de fotões que está sendo reflectido ou

transmitido em diferentes comprimentos de onda.

Espectrofotometria