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Valorizando o produto com uso da Indicação Geográfica

Seção de Suporte Agropecuário – SeSAG

Divisão de Política Produção e Desenvolvimento Agropcuário - DPDAG

Superintendência Federal de Agricultura no Acre – SFA-AC

“Consumidor julga a qualidade de um alimento por sinais de informação (intrínsecos e extrínsecos) que

associa ao produto”.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO

OrigemGeográfica

Ambiente

QualidadeSensorial Superior

Método Tradicional (M. Prima, Composição)

Método artesanal

ORGÂNICOS(ambiente + método)

IGP (origen + tradición + características)

ETG (M. prima-método-composición)

‘Selo Vermelho’(qualidade superior)

Artesanía agroalimentaria (Manual+Familiar+ Não Químico)

ResponsabilidadeSocial e Trabalhista

Comércio Justo (Preço+Comercialização+Ambiente + Leis Trabalhistas)

Atributos Diferenciadores

de Valor

Satisfação do Consumidor

Cataluña (Dptode Agricultura)

Cataluña(Dpto de Agricultura)

Produção Integrada

Produção Orgânica

Sinais Distintivos(Sinais de Propriedade Intelectual)Indicações Geográficas Marca de Certificação Marca Coletiva

SISTEMAS DE QUALIDADE DIFERENCIADA

SINAIS DISTINTIVOS

São nomes ou elementos gráficos (logotipos) que distinguem produtos ou serviços por sua origem, qualidade, fabricante ou outra característica própria.

MARCASINDICAÇÕES

GEOGRÁFICAS

MARCAS COLETIVAS

Identifica produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade.

Elemento característico: regulamento de uso determinando as regras de uso da marca.

Fortalecimento de Marca exige investimento em qualidade do produto e publicidade – marca coletiva reduz custos e é uma boa opção para pequenos e médios produtores/empresários.

MARCAS DE CERTIFICAÇÃO

Conformidade de produtos a determinadas normas e padrões específicos.

Não distingue produtos e sim atesta quanto ao atendimento de regras.

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

Duas modalidades de Indicações Geográficas (Lei nº 9.279/96 – Lei de Propriedade Industrial):

Indicação de procedência é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

Denominação de origem é o nome geográfico de país, cidade,região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

Marco Legal sobre Propriedade Intelectual

Acordo TRIPS

Agreement on “Trade-Related Aspects of Intellectual Property rights”

Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

Marco Legal sobre Propriedade Intelectual

Acordo TRIPS

Art. 22, 1: Indicações Geográficas são, para os efeitos deste Acordo, indicações que identifiquem um produto como originário do território de um Membro, ou região ou localidade deste território, quando determinada qualidade, reputação ou outra característica do produto seja essencialmente atribuída à sua origem geográfica.

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

Marco Legal sobre Propriedade Intelectual

Lei nº 9.279/96 (LPI): regula direitos e obrigações relativas a PI Título IV- Das Indicações Geográficas (Arts. 176 a 182)

Art. 176 - Constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem.

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

Marco Legal sobre Propriedade Intelectual

Lei nº 9.279/96 (LPI): regula direitos e obrigações relativas a PI Título IV- Das Indicações Geográficas (Arts. 176 a 182)

Art. 182 - O uso da IG é restrito aos produtores e prestadores de serviços estabelecidos no local, exigindo-se, ainda, em relação as denominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade

Parágrafo único: O INPI estabelecerá as condições de registro das indicações geográficas.

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

Orgão de registro: INPI

Resolução n.° 75/2000 - Estabelece as condições para o registro das indicações geográficas.

EXEMPLOS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

• França:• Champagne• Vinhos tintos de

Bourdeaux• Queijos das

regiões de Roquefort, Comté

• Cognac.

EXEMPLOS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

• América Latina:• Café da Colômbia,• Pisco (Peru)• Tequila (México)• Café Blue Mountain

(Jamaica)• Charutos de Cuba

EXEMPLOS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS

• Itália:• Presuntos de Parma• Queijos Parmesão e

Grana Padano.

MOTIVAÇÕES PARA PROTEÇÃO

• Concorrência desleal

• Desenvolvimento territorial e rural

• Patrimônio e conservação dos recursos genéticos,

biodiversidade, saberes locais e comunidades tradicionais

AÇÕES CONVERGENTES

• Slow food – Arca do Gosto e Fortalezas

• Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

• Agroturismo

• Projetos de gastronomia sustentável

• Proteção do patrimônio imaterial – IPHAN

• APL da sociobiodiversidade

• Fair trade – Comércio Justo e outros

• Proteção dos consumidores e produtores contra usurpação do nome – concorrência desleal

• Melhoria da organização da produção/produtores e promoção das especificidades regionais

• Evolução qualitativa dos produtos

• Ampliação/manutenção de renda, emprego, preços, mercados

• Promoção da imagem da região

• Resgate e promoção turística e cultural da região

• Desenvolvimento do turismo local, preservação e valorização do patrimônio cultural, gastronômico

POTENCIAIS BENEFÍCIOS

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL

2002 2005

2006 2007

Vinho tinto, branco e espumantes

Carne bovina e seus derivados

Café

Aguardentes, tipo cachaça e aguardente composta azulada

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL

2009 2009

2010 2010

Couro acabado

Vinhos tintos, brancos e espumantes

Uvas de mesa e manga

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL

2011 2011

2011 2011

Café

Doces artesanais de confeitaria e frutas

Capim Dourado

Queijo

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS REGISTRADAS NO BRASIL

2011

DO DO Camarões Camarões marinhosmarinhos

Cachaça:

– Proteção da IG da “Cachaça” em outros países para evitar usurpação, conferir exclusividade de uso do nome aos produtores brasileiros

– Consolidação do uso do nome “Cachaça” como exclusivo do Brasil e reconhecimento no mercado internacional – notoriedade!

– Criação e controle do regulamento de uso para produção da “Cachaça” no Brasil

Demandas específicas das diferentes cadeias produtivas quanto a proteção e promoção dos sinais distintivos

IG EM NÚMEROS

• 6 milhões de libras: valor estimado do café das Antiguas (Guatemala). Mas são vendidos no mundo cerca de 50 milhões de libras de cafés utilizando esse nome.

• Europa: mais de 5000 produtos (aproximadamente 4200 para vinhos e destilados e 800 para outros produtos)

• França: 593 IGs movimentam 19 bilhões de euros em comércio (16 bilhões para vinhos e destilados e 3 bilhões para outros produtos)

• Itália: 420 IGs – 12 bilhões de euros de receitas, empregando mas de 300 mil pessoas

• As IGs são importantes para os países da EU e a definição de um símbolo comum contribuiu para o reconhecimento dos consumidores europeus.

Fonte: Dupont, 2005.

IMPORTANTES PONDERAÇÕES

• O registro de IG pode trazer efeitos positivos, mas também negativos• Normas excludentes• Supervalorização da terra • Distribuição desigual dos benefícios• Conflitos• Super exploração dos recursos naturais

• Os efeitos da IG não são automáticos pós registro, dependem das estratégias da organização local e políticas públicas que irão definir a união pessoas, produto e território resultando em desenvolvimento

• O registro da IG modifica a estrutura e lógica organizacional e produtiva• Os produtores deixam de ser concorrentes e passam a ser parceiros• As decisões passam a ser conjuntas e não individuais• As vantagens passam a ser compartilhadas, assim como os problemas

• Os produtores estão conscientes desse processo de mudança?

• Os produtores querem de fato essa mudança?

• Os produtores são os agentes e líderes da construção do processo pré e pós registro?

• IG é realmente a melhor ferramenta para o desenvolvimento regional?• Existem outras ferramentas disponíveis a depender do objetivo final

(marcas coletivas, marcas de certificação, fair trade etc.)

IMPORTANTES PONDERAÇÕES

• Identificação do produto (ou serviço)• Organização dos produtores• Levantamento histórico e cultural• Delimitação geográfica• Elaboração do regulamento de uso• Criação do conselho regulador• Procedimento de registro• Implementação do órgão de controle• Continuidade da IG após o seu registro

PASSOS PARA OBTENÇÃO DA IG

• Dados estatísticos;• Estatísticas agrícolas antigas

• Documentos:• Relatórios técnicos;• Livros, Jornais, revistas;• Relatos de aventureiros, biografias.

• Trabalhos acadêmicos• Historiadores, Antropólogos, Economistas;• Teses e dissertações.

ESTUDO HISTÓRICO E CULTURAL

• Requisito para registro• Normas específicas e voluntárias

• Método de produção;• Práticas tradicionais;• Composição.

• Meio de garantir manutenção do saber-fazer, regramento local e padronização do produto• Melhorias na qualidade dos produtos e processos

• Importante passo a ser discutido pelos produtores, de forma participativa e acompanhados por especialistas

• Atenção especial para as legislações transversais (produto, estabelecimento, fiscal, trabalhista, meio ambiente, atendimento aos mercados alvo etc.)

REGULAMENTO DE USO

• Normas: devem ser claras e passíveis de controle• Produção;• Transformação;• Comercialização.

• Plano de controle.• Associação/Cooperativa faz avaliação através do Conselho

Regulador• Normas construídas pelos agentes locais (processo coletivo)

REGULAMENTO DE USO

• Divulgar e incentivar o uso de sinais distintivos na agropecuária

• Formar parcerias interinstitucionais para ação conjunta de incentivo ao registro e gerenciamento dos sinais distintivos

• Formalizar convênios de apoio a projetos com cooperativas e associações de produtores

• Apoiar as organizações de produtores no desenvolvimento, reconhecimento e registro de IG e Marcas, bem como a melhoria das condições higiênico-sanitárias da produção.

ATUAÇÃO DO MAPA

22/04/2008: reunião na Divisão Técnica da SFA-AC, uma das primeiras atividades referentes à Indicação Geográfica envolvendo os técnicos da Superintendência.

25/04/2008: palestra na SFA-AC, com 02 pesquisadoras da Embrapa - Projeto Farinha do Vale do Juruá e seus trabalhos sobre caracterização, qualidade microbiológica e classificação da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul e Região.

09/05/2008: uma reunião na SFA-AC para apresentação da proposta, objetivando a formação do Grupo de Trabalho. Durante esta reunião estiveram presentes 09 (nove) instituições, totalizando 18 participantes. Em seguida foi realizada uma reunião de apresentação da proposta para a diretoria da Cooperfarinha com a participação do Superintendente e o Chefe da Divisão Técnica da SFA - AC.

ATUAÇÃO DA SFA-AC/MAPA

17, 18 e 19 de junho de 2008, foi realizado o Mini Curso sobre Indicação Geográfica, na SFA – AC, com a apresentação de palestras na SFA-AC e visitas à Cooperfarinha e Casavaj, seguida de uma Reunião Técnica em Cruzeiro do Sul.

1º a 3 de Setembro de 2008: reunião de sensibilização junto a produtores de farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima onde foi apresentada a proposta para representantes das comunidades Japãozinho, Pentecostes, Santa Bárbara, Belo Monte e Belo Jardim

17/02/2009: Reunião na Divisão Técnica da SFA-AC, com a participação de representantes da Embrapa/AC e Sebrae/AC

ATUAÇÃO DA SFA-AC/MAPA

29/04/2010: Reunião com produtores de farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul e região.

08/04/2011: Reunião com representantes de Cooperativas, Organização das Cooperativas Brasileiras e SEDICT.

27/07/2011: Reunião na SFA-AC com participação da Central de Cooperativas, SEDICT;

18/10/2011: Participação no Serminário Qualidade da Farinha de Mandioca (EMBRAPA);

20/10/2011: Oficina para Elaboração do Regulamento de Uso

Estudo histórico (UFAC e FEM)

ATUAÇÃO DA SFA-AC/MAPA

ATUAÇÃO DA SFA-AC/MAPA

Assinatura Regulamento de Uso

ATUAÇÃO DA SFA-AC/MAPA

Central Juruá

ATUAÇÃO DA SFA-AC/MAPA

Embaladora Central Juruá

- Castanha do Brasil do Vale do Acre e Purus;

- Açaí de Feijó;

- Amendoim do Quinari;

- Abacaxi de Tarauacá;

- Cacau Nativo de Boca do Acre.

POTENCIAIS IG´S

Gregory Santiago de Souza – gregory.souza@agricultura.gov.br

Fiscal Federal Agropecuário

Seção de Suporte Agropecuário – SeSAG

Divisão de Política Produção e Desenvolvimento Agropcuário - DPDAG

Superintendência Federal de Agricultura no Acre – SFA-AC

(68) 3212-1326

OBRIGADO!

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