universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo “lato … · 2 pÓs-graduaÇÃo “lato sensu”...
Post on 24-Jan-2020
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
ACESSO À JUSTIÇA
Por: Denise Alves do Couto Furtado Andrade
Orientador
Prof. Jean Alves
Rio de Janeiro
2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
ACESSO À JUSTIÇA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Direito
processual civil
Por: Denise Alves do Couto Furtado Andrade
3
AGRADECIMENTOS
.... a Cristo a Virgem santíssima, meu
marido Marcelo, meu pai e mãe, meus
irmãos.
4
DEDICATÓRIA
.....dedico a Cristo e A virgem santíssima,
ao meu amado pai, e querida mãe
ambos são as colunas que me sustentam,
meu amado Marido, e meus queridos
irmãos.
5
RESUMO
O objetivo desse trabalho é abordarmos o acesso à justiça, com seus
inúmeros problemas tanto de sua morosidade como de salientar a falta de
informação dos cidadões que acompanham a justiça Brasileira. Buscando
solucionar este problema a Constituição de 1988 com a Emenda nº 45
alcançou a idéia de um judiciário mais célere e econômico por intermédio do
do art. 98, inc.I juizados especiais Lei nº 9.099 de 1995, objetivando assim,
diminuir custos, reduzir a morosidade e garantir de forma mais adequada a
pacificação das controvérsias. Com essa verificação compreender o
funcionamento e limitações dos processos analisados. Abordou-se a
proposição de mudanças que garantissem a aplicação e a eficácia das
medidas.
6
METODOLOGIA
O trabalho proposto, que parte de um estudo crítico, foi elaborado
através de leitura de livros, jornais, doutrina e jurisprudência.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
1. Histórico 09
2. Direito processual civil 13
2.1 Princípios do processo civil 14
3.Conceitos e princípios do acesso a justiça 17
3.1 Princípios do acesso a justiça 18
3.2 conceitos do acesso a justiça 19
4. Acesso a Justiça e o código de processo civil 20
5. Acesso a justiça no âmbito constitucional 27
5.1 Acesso a justiça como Direito fundamental 30
6. Acesso a Justiça e sua Limitação 32
6.1 Morosidade da Justiça e Juizados 33
6.2 A Lei n.º 9.099, de 1995 e Lei n.º 10.259 de 2001. 37
6.3 A Lei 1.060, de 1950. 37
7. As Três ondas de Cappelletti 38
7.1. Projeto de Lei no Senado nº 166 de 2010. 40
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
8
INTRODUÇÃO
O acesso à justiça é um direito pelo qual se depende o exercício de todos
os outros direitos, que dependem da intervenção do estado. É, um direito
fundamental e direito humano essencial e basilar. Porém, a sua concretização
depende superação dos fatores que o limitam
No Brasil, como em muitos países, o acesso à justiça é preocupação
constante da sociedade que busca de forma contínua o ingresso no judiciário.
Na verdade, a plena capacidade civil e o exercício de direitos sociais e
individuais assegurados na Constituição, encontra -se na desigualdade sócio-
econômica, a qual dia após dia se distancia da igualdade jurídico-formal .o
acesso à justiça está em crise, porque a grande maioria da população,
constituída de pessoas carentes, e sem informação sobre seus direitos, têm
medo de buscar a tutela jurisdicional. Assim, simplesmente terminam por
renunciar seus direitos ou buscá-los sem o respaldo do Poder Judiciário.
Persistindo a impressão de que a Justiça serve melhor às pessoas mais
influentes,uma parte da sociedade brasileira, está com a idéia de que a Justiça
é parcial . Com destino de atender somente aos interesses dos grandes
proprietários.
No entanto, a democratização dos serviços da justiça passa pela análise de
fatores não só jurídicos, mas também sociais, culturais e econômicos.
Aproximando o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Advocacia do cidadão
comum, de baixo poder aquisitivo, sem nível de escolaridade, é a melhor forma
de promover a cidadania, ampliando o acesso à justiça.
Os Juizados Especiais no Brasil, aliada às técnicas alternativas de solução
dos conflitos ,tal como a conciliação, tem evidenciado que a descentralização
da justiça traz resultados.
Com tudo, objetivando de reduzir a distância entre o cidadão e a Justiça, é
necessário salientar todos os fatores que dificultam o acesso à justiça,
apresentando o modelo da uma Justiça mais célere e ao alcance de todos.
9
1. Histórico
O Movimento acesso à justiça e antigo tal como a história da luta
dos homens pelos seus direitos fundamentais.
Na antiga Grécia, começa a se formalizar a expressão isonomia,
considerando a evolução de seus conceitos e foi a base para importantes
discussões acerca do direitos humanos.Embora não existisse na Grécia antiga
uma unidade jurídica e política,salvo nos tempos de Alexandre ,o grande.Muito
antes de surgir o pensamento socrático a escola pitagórica já se utilizava de
um quadrado para simbolizar a justiça,pela absoluta igualdade entre seus
lados.
Aristóteles veio a revolucionar o pensamento filosófico e jurídico de
seu tempo e formular o que hoje conhecemos por teoria da justiça.
Reformulando assim os conceitos matemáticos de igualdade e proporção. Foi
também o primeiro pensador a admitir a possibilidade de o magistrado adaptar
a lei ao caso concreto. De fato o acesso a justiça na Grécia antiga, não mais
seguia a proporcionalidade de acordo com a religião,mas com a cidadania
englobada no conceito grego de cidadania. Eram as assembléias que julgavam
os litígios, restando aqueles cidadões especializados garantir a execução das
decisões assemblares. Da mesma forma não havia dificuldade ao acesso dos
cidadões a justiça, em Atenas eram nomeados dez advogados para prestar
assistência jurídica aos carentes.
No Direito romano, foi marcado pela luta de classes na participação
do poder.
No período da realeza (aproximadamente século VIII até 510 A.C),
a disputa do poder se deu entre a peble e os gentiles. A peble marcou por
conquistas paulatinas,culminando com a possibilidade de um pebleu ingressar
nas magistraturas,enquanto os patrícios jamais obtiveram ingresso nas
10
magistraturas plebéias.
O período da República também revelou luta pela
preponderância na comitia centuriata, órgão formado dentre aqueles que
pagavam impostos em prestavam serviços militar,agrupados em cinco classes
divididas de acordo com seu patrimônio, com funções eleitorais ,legislativas e
judiciárias.
O período do principado ( 82 a.C até 284 d.C) foi marcado por
uma profunda alteração na expansão militar romana, fez com que houvesse
uma reforma na organização militar,dando aos generais o poder de livremente
recrutar soldados e receber seu juramento, criando uma vinculação entre
estes.no Principado, o poder passou a ser exercido pelas lideranças militares,
gozando da lealdade dos soldados.
O Dominato ( 284 d.C até 568 d.C) foi marcado por verdadeiro
regime de absolutista de poder, o que nos faz perceber um grande retrocesso
político.Ocorre, que com a jurisdição pode ser percebido avanço institucional .
num primeiro momento, a autotutela complementada pela intervenção
religiosa do estado, que se restringia a distinguir a violência legítima da
ilegítima. Após, as vinganças particulares foram sendo substituídas pela
conciliação e arbitragem, ora facultativa e após obrigatória. O último momento
da evolução da jurisdição romana é quando o Estado afasta o emprego da
justiça privada e passa, por funcionários seus, ao resolver os conflitos de
interesse e impor executoriedade ás suas sentenças , esse foi o monopólio
estatal da jurisdição.É um marco histórico.
O Direito medieval foi marcado pela luta da igreja Católica,
representada pela escola dos Glosadores e dos Pós Glosadores, pela
Supremacia da Europa.essa batalha gerou a rediscussão do direito Romano
basicamente elaborando glosas ao que mais tarde chamou de Corpus Iuris
Civilis( Código), sem dúvida um Direito nacional.a predominância nessa época
dós católicos acarretou em pluralidade de ordem jurídica, com a inserção do
Direito Canônico.tornando-se mais tarde, essa jurisdição soberana sobre as
11
demais,e o indivíduo a passou a ter como maior atributo a fé, a qual era medida
pelas autoridades eclesiásticas.
Mesmo que de forma absolutamente precária tendo em vista o
conceito dos dias de hoje, o acesso a justiça era limitado a possibilidade do
indivíduo comparecer aos ordálios (juízo de Deus),que eram provas de
habilidades água, fogo.. era a única intervenção permitida as partes nos
processos canônicos, nos quais a verdade era confiada ao jogo de força, de
sorte.não apenas a condição litigante era prejudicada ,mais a própria
submissão dos indivíduos ao soberano os reduzia a uma condição de quase
escrava.Os servos eram ligados ao Senhor que lhe devia obediência por ser
ele o que ditava as leis e decretos de seu feudo, lhe devia boa parte de sua
produção por estar plantada em terras de sua propriedade,preposto da igreja e
de Deus.
Com a crise da igreja católica, surge o período do Renascimento,
onde, no Direito, predominou a escola jusnaturalista,chamada de “arma de
combate”, uma vez que o instrumental teórico envolvido era justamente o
necessário para se legitimar a ascensão da nova classe e do novo estado.A
Revolução gloriosa, o movimento de independência das colônias
estadunidenses da Inglaterra e a revolução francesa foram marcantes para
que passasse da discussão jurídica a condição natural do homem.Grandes
declarações de direito e assim que se chamavam pois não instituíam
direitos,apenas proclamavam e garantiam aqueles já inerentes a própria
“natureza humana” invertendo a ordem jurídica inclusive pondo a discussão a
cerca do acesso a justiça.o pensamento jusnaturalista mais marcante e a
atomização da sociedade,a plena individualização. O Direito medieval não
permitia a fluência das mercadorias conforme as necessidades da classe que
as impulsionava, de maneira que o novo direito burguês devia dar novos
delineamentos ao comércio,á propriedade e os contratos, adequando seus
sujeitos de forma mais livre, dando –lhes legitimidade jurídica para exercício de
tais direitos,outrora não reconhecidos.
12
O acesso à justiça, teve um grande avanço em relação ao período
medieval,mas a igualdade formal apenas era a garantia de uma nova forma de
exploração,que se adequava mais as novas formas de produção.
O renascimento marcou a ascensão da burguesia ao poder, assim
como se fez nítida a contradição entre o capital e o trabalho.
O positivismo contrariando as formas próprias que foram arautos de
suas reivindicações, a burguesia “fecha as portas à interpretação”, e inaugura
a escola que viabiliza sua manutenção no poder, resgatando todo o Ímpeto
apologético e normativista de seus antecessores eclesiástico e sua escola dos
glosadores.
A linha de pensamento Marxista, foi fundamental para o conceito de
acesso a justiça , foi o principal teórico da materialização do direito,ainda que
persista o sistema capitalista de produção e a luta de classes,uma gama
imensa de correntes no direito surge com noções alternativistas, semiológicas
e críticas, inovando e ganhando espaço redesenhando a ciência do Direito e
do Estado.
Mesmo com imensa resistência da burguesia, muitas foram as
vitórias da classe dos trabalhadores, e o acesso a justiça e a materialização do
direito vieram a se manifestar primeiramente pelo Direito do trabalho (CLT
1943), em seguida com a constituição federal de 1988, foi reconhecida a
função social da propriedade, e o novo Código Civil (2002) já reconhece a
função social dos contratos gerando com isso, a entrada do Brasil neste
movimento de reforma.
1
1 FONTAINHA, Fernando de Castro: Acesso a Justiça. .Rio de Janeiro. ed. Lumen Juris 2009.p. 19-26.
13
2- Direito Processual Civil
Não há como se falar de acesso a justiça, sem falar previamente as linhas do
direito processual civil.
O Direito Processual Civil é um conjunto de princípios e leis que regulamentam
o exercício da jurisdição quanto às lides de natureza civil, como tais entendidas
todas as lides que não são de natureza penal e as que entram na órbita das
jurisdições especiais.
O Direito Processual Civil se divide em processo de conhecimento, processo
de execução e processo cautelar. No primeiro o processo de conhecimento é
para que seja reconhecido um direito, no segundo, o direito já está
reconhecido, seja pela existência de um processo anterior já julgado ou por um
título extrajudicial, e o pedido é para que seja cumprido esse direito
forçadamente. No processo cautelar tem como objetivo resguardar um direito
para que no decorrer do processo principal este não perca a sua integridade.
Tendo em vista que o direito processual civil é um conjunto de princípios de
acordo com a definição citada enumeremos alguns dos princípios basilares do
processo civil:
14
2.1-Princípios do Processo Civil
Princípio da Imparcialidade do Juiz
Para que o processo seja justo e tenha validade é preciso que o juiz atue de
forma imparcial, não exibir-se de forma tendenciosa para qualquer das partes.
O juiz está entre as partes e acima delas, esta é a primeira condição para que
possa exercer a sua função dentro do processo. A imparcialidade do juiz é
pressuposto para que a relação processual se instaure precisamente.
Principio da Igualdade
As partes autor e réu e seus advogados devem ter igual tratamento pelo juiz.
Esse princípio encontra seus traços fundamentais no art. 5.° da CF. As partes e
os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as
mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões.
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Todas as partes no processo devem ter direito de se manifestar sobre o
processo e de se defender- se de todas as afirmações que lhe forem
imputadas.
Princípio da Disponibilidade e da Indisponibilidade
O poder é a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos.
Em direito processual tal poder é configurado pela possibilidade de apresentar
ou não sua pretensão em juízo, bem como de apresentar da maneira que
melhor lhes aprouver e renunciar a ela ou a certas situações processuais.
Denomina-se princípio da disponibilidade processual.sendo quase absoluto no
15
processo civil, mercê da natureza do direito material que se visa atuar. Sofre
limitações quando o próprio direito material é de natureza indisponível, por
prevalecer o interesse público sobre o privado.
Princípio Dispositivo e Princípio da Livre Investigação das Provas Verdade Formal e Verdade Real O princípio dispositivo consiste na regra de que o juiz depende, na instrução da causa, da iniciativa das partes quanto às provas e às alegações em que se fundamentará a decisão. Mesmo quando, no processo civil, se confiava exclusivamente no interesse das partes para o descobrimento da verdade, tal critério não poderia ser seguido nos casos em que o interesse público limitasse ou excluísse a autonomia privada. Princípio da Economia e Instrumentalidade processual Se o processo é um instrumento, não pode exigir um dispêndio exagerado com relação aos bens que estão em disputa. E mesmo quando não se trata de bens materiais deve haver uma necessária proporção entre fins e meios, para equilíbrio do custo-benefício. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Esse princípio indica a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau que corresponde à denominada jurisdição inferior. Trazendo , assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos de segundo grau O princípio do duplo grau de jurisdição traz na possibilidade de a decisão de primeiro grau ser injusta ou errada, daí decorrendo a necessidade de permitir sua reforma em grau de recurso. Princípio da Publicidade O princípio da publicidade nos diz que todos os atos devem ser públicos e notório a todos, constitui uma garantia do indivíduo no tocante ao exercício da jurisdição. A presença do público nas audiências e a possibilidade do exame dos autos, fiscalização popular sobre a obra dos magistrados, promotores públicos e advogados. Como se diz, o povo é o juiz dos juízes.
16
Princípio da lealdade processual No processo, é reprovável que as partes dele se sirvam faltando ao dever de
honestidade, boa-fé, agindo deslealmente e empregando artifícios fraudulentos.
a finalidade suprema do processo é a eliminação dos conflitos existentes entre
as partes, possibilitando a estas respostas às suas pretensões, mas também
para a pacificação geral na sociedade e para a atuação do direito, por isso que
se exige de seus usuários a dignidade que corresponda aos seus fins. O
princípio que impõe esses deveres de moralidade e probidade a todos aqueles
que participam do processo (partes, juízes e auxiliares da justiça; advogados e
membros do Ministério Público).
Princípio do Acesso a Justiça
Princípio do acesso a justiça, da Ação, ou princípio da demanda, indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. É a ação o direito de acessar os órgãos jurisdicionais, visando à satisfação de uma pretensão. A jurisdição é inerte , para a sua movimentação, exige a provocação da parte interessada. O princípio pressupõe a possibilidade de que todos, indistintamente, possam pleitear as suas demandas junto aos órgãos do Poder Judiciário, desde que obedecidas as regras estabelecidas pela legislação processual para o exercício do direito.
17
3.CONCEITO E PRINCÍPIOS DO ACESSO A JUSTIÇA
3.1 Princípios Não podemos antes de uma possível conceituação deixar de abordar, a
base, ou seja, os principais princípios que nos informam o acesso a justiça; de
acordo com Cappelletti, que são o da acessibilidade, o da operosidade, da
utilidade e da proporcionalidade.
A acessibilidade é a condição objetiva do sujeito de direitos de fato
penetrar na justiça, ou seja, seu acesso. Ele visa garantir que não haverá
restrição de acesso à justiça A falta de informações, o excessivo rigor no
estabelecimento da legitimação e as barreiras materiais (custos) do processo
tendem a ser superados por esse princípio.
Já o princípio da operosidade prepõe que o desempenho dos sujeitos
processuais deve buscar a forma mais produtiva possível para garantir a
realização da justiça, quanto a seus instrumentos e institutos.
O princípio da utilidade versa que a justiça possa conceder a parte
vencedora, no momento da violação, o direito material reivindicado. Tudo
aquilo que ele tenha a receber de uma forma rápida e proveitosa com menos
sacrifício para o vencido.
A proporcionalidade ao acesso a justiça é quando uma decisão
controvertida a ser proferida, diante de um conflito entre interpretações e
normas se de prioridade a um princípio ou uma lei em detrimento de outra, ou
seja, a figura do magistrado escolhe o quer for mais satisfativo e justo para
resolução.
18
3.2 Conceitos
Primeiramente, acesso à Justiça é um direito fundamental e
constitucional. Está expresso no artigo 5º, Inciso XXXV, da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988:
"a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito".2
A Constituição quer garantir, principalmente, a eficácia das decisões
judiciais em benefício das partes do processo, ricos ou pobres,
indiscriminadamente.
O acesso a justiça é o meio pelo qual as pessoas podem reivindicar seus
direitos e resolver seus litígios sob as promessas do Estado. Deve ser
igualmente acessível a todos, devendo produzir resultados que sejam
individuais e socialmente justos.
Sendo preciso salientar o conceito do tema tratado. Quando se pensa em
acesso à justiça, tem-se uma visão estreita do tema, limitando-se apenas ao
seu aspecto formal, o de ter a possibilidade de ingressar em juízo para
defender um direito de que se é titular. Este aspecto, e de suma importância
pois , sem ingressar com a ação, é impossível obter a realização do direito
ameaçado ou violado corresponde ao conceito de acesso à justiça em sentido
formal, mas não alcança o seu sentido material, ou seja, o acesso a um
processo e a uma decisão justa aplicada pelo Juiz.
2Constituição Federal 1988. FONTAINHA, Fernando de Castro: Acesso a Justiça. .Rio de Janeiro.ed. Lumen Juris 2009.p.26-33.
19
Em verdade, o direito processual nada mais é do que um instrumento a
serviço da realização do direito material ou, seja aplicação da justiça. E aí que
entra o acesso à justiça, pois precisamos de um instrumento que nos garanta
que, em caso de violação ou simples ameaça de violação de direitos, temos
aonde recorrer podemos exigir o cumprimento forçado da norma violada ou a
atuação da sanção pelo descumprimento.Neste sentido, que não basta ter a
mera possibilidade de reclamar pela violação de um direito, mas é necessário
que a apreciação desta questão seja feita de forma ágil e justa, sem restringir
contudo, a garantia do contraditório e ampla defesa.
De forma mais precisa vejamos alguns conceitos de acesso a justiça;
A partir destas premissas, podemos buscar a conceituação de acesso à justiça dos autores o mestre Mauro Cappelletti 3
“O direito ao acesso efetivo tem sido progressivamente reconhecido como sendo de importância capital entre os novos direitos individuais e sociais, uma vez que a titularidade de direitos é destituída de sentido, na ausência de mecanismos para a sua efetiva reivindicação. O acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como requisito fundamental – o mais básico dos direitos humanos – de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos”.
3 CAPPELLETTI, Mauro e GARTH, Bryant. Trad.: Ellen Gracie Northfleet. Acesso à justiça. Porto Alegre:Sergio Antonio Fabris Editor, 1988.p.71 -83.
20
Nesse sentido, Cândido Rangel Dinamarco diz que:4
“Falar em instrumentalidade do processo ou em sua efetividade significa, no contexto, falar dele como algo posto à disposição das pessoas com vistas a fazê-las mais felizes (ou menos infelizes) mediante a eliminação dos conflitos que as envolvem, com decisões justas. Mais do que um princípio, o acesso à justiça é a síntese de todos os princípios e garantias do processo, seja a nível constitucional ou infraconstitucional , seja em sede legislativa ou doutrinária e jurisprudencial. Chega-se à idéia do acesso à justiça, que é o pólo metodológico mais importante do sistema processual na atualidade, mediante o exame de todos e de qualquer um dos grandes princípios.”
Por fim, um conceito simples e de fácil entendimento, trazido pelo mestre Alexandre Freitas Câmara:5
“(...) A garantia do acesso à justiça (ou, como preferimos, do acesso à ordem jurídica justa) deve ser uma garantia substancial, assegurando-se assim a todos aqueles que se encontrem como titulares de uma posição jurídica de vantagem e que possam obter uma verdadeira e efetiva tutela jurídica a ser prestada pelo judiciário(...). A garantia de acesso à ordem justa, assim, deve ser entendida como a garantia de que todos os titulares de posições jurídicas de vantagem possam ver prestada a tutela jurisdicional, devendo esta ser prestada de modo eficaz, a fim de se garantir que a já referida tutela seja capaz de efetivamente proteger as posições de vantagem mencionadas.”
4 DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do Processo. 8a ed. São Paulo: Malheiros, 2003. p.372 5 CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil, ed.14º., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.p.34
21
Para José da Silva Pacheco, “o acesso à justiça é direito de ação, de 6natureza pré-processual, pública constitucional, que se dirige ao Estado”,
através dos órgãos do Poder Judiciário (art. 92, CF), entre os quais os
tribunais, juízes dos estados e Distrito Federal, inclusive os juizados especiais
(art. 98, I), a que, na esfera de sua competência, couber o exercício da
jurisdição.
Assim, por meio dos conceitos citados o acesso a justiça é a busca de uma
justiça para todos, independentemente de qualquer condição social, não basta
simplesmente a garantia formal da defesa dos direitos e o de acesso aos
tribunais, mas a garantia de proteção material desses direitos, assegurados a
todos os cidadãos.
6 PACHECO, José da Silva. Evolução do Processo Civil Brasileiro: desde as origens até o advento do novo milênio. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999 p.217.
22
4- ACESSO À JUSTIÇA E O CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL
Em primeiro lugar, devemos dar determinada relevância que o acesso à justiça
não é apenas limitado ao direito ao processo ou possibilidade de ingresso em
juízo, mas também ao resultado objetivo que se pretende.
Vale citar novamente o professor Cappelletti e Garth;7
“A expressão “acesso à justiça” é reconhecidamente de
difícil definição, mas serve para determinar duas
finalidades básicas do sistema jurídico , o sistema pelo
qual as pessoas podem reivindicar seus direitos e/ou
resolver seus litígios sob os auspícios do Estado.
Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a
todos; segundo, ele deve produzir resultados que sejam
individual e socialmente justos”
Como podemos observar , o acesso à justiça e a buscar medidas que
garantam a sua fruição, há algum tempo tem sido o que impulsiona as
reformas na legislação processual, isso em virtude da necessidade do
Estado em oferecer aos cidadãos o direito de acesso ou ingresso em juízo,
assim como prestar à todos que buscam a tutela jurisdicional do Estado como
uma resposta satisfativa.
7 CAPPELLETTI; GARTH. Op. Cit. apud ABREU, Gabrielle Cristina Machado. Duração Razoável do Processo como Elemento Constitutivo do Acesso à Justiça: novas perspectivas após a emenda constitucional n.° 45, de 25 de dezembro de 2004. Florianópolis: Conceito Editorial, 2008. p. 2
23
Nas palavras de Cândido Rangel Dinamarco8 “a Lei n. 5.925 de 1º de
outubro de 1973 foi portadora de uma série grande de retoques, alterando
perto de uma centena de dispositivos do Código”
Durante toda a sua vigência, da sua promulgação até os dias de hoje, o
Código de Processo Civil sofreu inúmeras alterações em seus artigos,
realizadas através de leis, com intuito de melhorar e simplificar as regras do
tramite processual e com isso garantindo a efetividade da prestação da tutela
judicial. Mas , se costuma atribuir a expressão “Reforma do Código de
Processo Civil” ao movimento de reformas iniciado em 1990 até hoje.
De início , é de certo frisar , que a reforma constitucional, de 1988, atingiu o
sistema processual brasileiro. A Constituição da República vislumbrou
princípios e garantias voltados à tutela constitucional do processo, trazendo a
garantia do contraditório no processo civil, e até mesmo em processo
administrativo, a exigência constitucional de motivação das decisões
judiciais.
A etapa inicial da reforma foi impulsionada pela comissão
revisora, presidida pelo, Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, sendo
este grupo responsável pela a elaboração de vários de anteprojetos de lei
que propunham reformas no Código de Processo Civil.
8 DINAMARCO, Cândido Rangel. A Reforma do Código de Processo Civil. 1ª Ed. São Paulo: Malheiros, 1995. p. 24. DINAMARCO, Cândido Rangel. A Reforma do Código de Processo Civil. 1ª Ed. São Paulo: Malheiros, 1995. p. 30.
24
As alterações mais importantes, nesta fase inicial, de 1994 e 1995, no que
tange especificamente ao processo de execução,
Como nos diz Cândido Rangel Dinamarco foram as
seguintes: “a previsão dos efeitos da desistência da
execução sobre os Embargos já opostos; a possibilidade
da suspensão parcial da execução; cominação de multa
por atentado à dignidade da justiça; instituto do ônus de
levar ao registro a penhora incidente sobre imóvel;
definição do termo inicial para fluência do prazo de
oposição dos embargos.”
Sendo relevante lembrar, que a criação das tutelas antecipadas e
específicas nos mostra a maior novidade realizada neste período com as
de medidas de coerção para se cumpri atos judiciais, gerando
uma melhor efetividade. Neste período, foi dada uma relevante importância da
ampliação do acesso da população ao poder judiciário através da
regulamentação de dispositivos da constituição, como o Código de Defesa do
Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, as ações coletivas, os
Juizados Especiais, dentre outros , que permitiram o acesso ao judiciário a
população pobre.
A segunda onda reformista do Código de Processo Civil,
Começou no ano de 2001 com a promulgação da Lei 10.352, que trouxe
modificações pertinentes aos recursos.E, ainda neste ano, a Lei 10.358, que
reconheceu a existência e eficácia das decisões mandamentais.
Com isso, as modificações mais relevantes deste período, foram
as oriunda da Lei 10.444/2002, que, suprimiu o processo de
25
execução autônomo nas sentenças condenatórias em obrigações de fazer e
não fazer ou de dar coisa certa ou incerta
No ano 2003,Poder Executivo, por iniciativa do Ministro da Justiça Márcio
Thomaz Bastos, criou a Secretaria de Reforma do Judiciário.
.
No de 2004, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário fizeram o Pacto de
Estado em favor de uma justiça mais Rápido e democrática. O texto enumera
11 compromissos que serão adotados pelos poderes com intuito de tornar o
Judiciário mais eficiente e acessível à todos.
E com a Emenda Constitucional n.º 45/2004, que trouxe ao rol de direitos e
garantias fundamentais temas como celeridade, acesso planejamento de
políticas judiciais, como do inciso LXXVIII, do artigo 5º da Constituição
Federal, versa que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação”, iniciando pelo legislador um movimento para a
implementação uma reforma constitucional e infraconstitucional visando uma
inovadora concepção jurídica.
Sendo está previsão legal trazendo à terceira onda de reformas
do processo . Uma das primeiras leis provenientes desse movimento foi a Lei
N.° 11.187, de 2005.
Trazendo um Processo Civil, que evita protelar , a interposição de agravos. A
lei determina como regra, que os agravos serão julgados apenas no momento
da apelação, depois término do processo.
26
Ainda tivemos a Lei n.° 11.276/06 que estabelece a súmula impeditiva de
recursos, sobre a impossibilidade de interposição de recurso contra decisão de
juiz de primeira instância que esteja em conformidade com matéria já sumulada
pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça.
A Lei 11.277/06 autoriza o juiz a julgar de imediato a ação, dispensando a
citação do réu, caso a matéria controvertida seja exclusivamente de direito e já
tenha sido objeto de decisões anteriores tramitadas no mesmo juízo e julgadas
improcedentes.A Lei 11.280/06 trouxe para acelerar o julgamento dos litígios.
A Lei 11.232/2005, que representou a unificação entre os processos de
conhecimento e processo de execução de sentença.Sendo a mais importante
etapa no processo de modernização do direito processual civil, porque acabou
com a autonomia do processo de execução das sentenças, tornando-o
uma fase seguinte, do processo de cognição, o que certamente
agilizou o procedimento de execução, evitando atos repetitivos, estimulando o
imediato e voluntário cumprimento da sentença, com o objetivo de dar maior
efetividade na prestação jurisdicional.
27
5- ACESSO A JUSTIÇA NO ÂMBITO CONSTITUCIONAL
.
Dispõe o art. 5.º, XXXV, da Constituição Federal que 9“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Kazuo Watanabe nos assinala que:10
“o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, inscrito no art. 5.º, XXXV, da CF, não assegura, apenas, o acesso formal aos órgãos judiciários, mas sim o acesso à justiça que propicie a efetiva e tempestiva proteção contra qualquer forma de denegação da justiça e também o acesso à ordem econômica
Fulcra Alexandre de Moraes10 que:11
“o Poder Judiciário, desde que haja plausibilidade da ameaça ao direito, é obrigado a efetivar o pedido de prestação judicial requerido pela parte de forma regular, pois a indeclinabilidade da prestação judicial é princípio básico que rege a jurisdição, uma vez que a toda violação de um direito responde uma ação correlativa, independentemente de lei especial que a outorgue.”
A Constituição é vasta em preceitos e disposições que fundamentam
o direito de acesso à justiça. Iniciando pelo art. 1.º, III, que estabelece, como
fundamento da República, a dignidade da pessoa humana. Ora, sem a via
aberta do Judiciário, nenhuma pessoa terá reconhecida, em um todo, sua
dignidade, quando prejudicada em seus direitos.
Já no art. 3.º, incisos I, III e IV, e no art. 5.º, caput, a CF estabelece
que constitui objetivo fundamental da República é a construção de uma
sociedade livre, justa e solidária, com a pobreza e a marginalização e
promovendo o bem da coletividade, que são iguais perante a lei, sem
preconceitos, sexo, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de
9 Constituição Federal 1988. 10 WATANABE, Kazuo. Controle Jurisdicional (Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional no sitema jurídico brasileiro). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 1980. p.106. 11 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 15.ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.p.105.
28
discriminação. Trata-se do princípio da isonomia, já previsto nas constituições
anteriores, mas com grande fortalecimento na CF de 1988.
O art. 5.º ainda contempla o direito de petição em defesa de direitos
– inciso XXXIV, a, o processo e decisão pela autoridade judiciária competente
– inciso LIII, o devido processo legal , inciso LIV , o contraditório e a ampla
defesa, seja no processo judicial, ou no administrativo inciso LV. Assegurou,
ainda, a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem vulnerabilidade de recursos inciso LXXIV.
Contudo, a teor do § 2.º do art. 5º da CF/88, os direitos e garantias
expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Já § 3.º, do art. 5.º, acrescido pela Emenda Constitucional n.º 45,
dispõe que se o decreto legislativo que referenda o texto do tratado, for
aprovado pelo quorum e forma de votação das emendas constitucionais (art.
60, § 2.º), o tratado terá força constitucional.
E mais, a Emenda Constitucional n.º 45 de 2004, acrescentou o
inciso LXXVIII ao art. 5.º da Constituição que dispõe que “a todos, no âmbito
judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”
Assim, agora, “o direito ao processo no prazo razoável” passou a ser
uma garantia constitucional (art. 5.º LXXVIII)”.
29
A Emenda Constitucional n.º 45, explica Paulo Bonavides: 12
“Essa Emenda criou o Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público, e instituiu a chamada “súmula vinculante”[...]. Extinguiu os Tribunais de Alçada, ampliou a competência da Justiça do Trabalho, deu autonomia administrativa às Defensorias Públicas, previu a justiça itinerante [...] e a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias, podendo os Tribunais de Justiça , os Tribunais do Trabalho e os Tribunais Regionais Federais funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. “
12 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. Ed. Malheiros. 23ª ed, São Paulo, 2008.p.683.
30
5.1 O ACESSO A JUSTIÇA COMO DIREITO FUNDAMENTAL
O acesso à justiça e os direitos fundamentais, o mestre Leonardo
Greco nos diz o seguinte:
“Antes de assegurar o acesso à proteção judiciária dos
direitos fundamentais, deve o Estado investir o cidadão
diretamente no gozo de seus direitos ficando a proteção
judiciária, através dos tribunais, como instrumento
sancionatório, no segundo plano acionável, apenas
quando ocorrer algumalesão ou ameaça a um desses
direitos”.13
E como vislumbra Cappelletti e Bryan Garth: ” o acesso à justiça pode ser
encarado como o requisito fundamental o mais básico dos direitos humanos de
um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir, e não apenas
proclamar os direitos de todos.” ou seja, é que quando um cidadão tem seu
acesso à justiça de modo pleno, significa que o mesmo não só adentrou nas
edificações do Tribunal de Justiça e sim, que teve o seu acesso à justiça,
satisfeitos sem deixar lacunas.
O acesso à justiça, como direito fundamental é também constitucional, pois
consta na nossa constituição de 1988 no inciso LXXIV do Art.5º. Art. 5º Todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 13 GRECO,Leonardo. Acesso à Justiça no Brasil. Revista do Curso de Direito da UNIVALE- Universidade do Vale do Rio Doce, nº 1.Governador Valadares . UNIVALE,1998, p. 70. CAPPELLETTI, Mauro. GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução por Ellenm Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 1988. P 165.
31
seguintes: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos; E pela data de criação da
Constituição podemos visualizar que esta previsão foi declarada há mais de
vinte e cinco anos, e por incrível que possam parecer muitos os entes
federativos, estes não se amoldaram, para estarem prontos para prestarem a
necessária assistência jurídica tão necessária no caso dos vulneráveis, tudo
isto se encontra relatado na Carta Magna.
O professor Leonardo Greco relata outro sim que “O Acesso á Justiça não
estará concretamente assegurado se o Estado não oferecer a todos a
possibilidade de receber aconselhamento jurídico a respeito de seus direitos”
Pelo descrito o acesso a justiça é um direito de todos e para todos integrantes
da sociedade.
Nos relata o Professor Leonardo Greco,14 realmente esta conexão existe, no
acesso à justiça aos pobres e a todos os cidadãos que tenham necessidade de
acionar a justiça e que não possuam meios financeiros para fazê-lo e
realmente um acesso à justiça de modo eficaz, tem que ser levado a efeito em
um tribunal que seja pertencente ao poder estatal, não servindo para isto, um
Tribunal não pertencente ao sistema governamental, e tem ainda que ser
provido de imparcialidade em seus julgamentos e ter de maneira prévia a
competência para dar a solução ou resolver quaisquer questões, lides ou
causas que tenham suas ligações com a legalidade e que sejam protegidos
dentro dos trâmites legais e que tenham o consentimento da lei e tenham seus
atos ratificados pelo juiz. Isto ficará mais eficiente e funcional se os cidadãos
forem conscientizados e esclarecidos quanto a seus direitos e que o Estado
tenha lhe dado todas as condições na efetivação dos seus direitos quanto ao
acesso à justiça; e se caso houver alguma disposição em contrário que o
órgão estatal policie e que faça valer os direitos do cidadão sem nenhuma
hesitação ou atrasos por parte do Estado, pois a Constituição assegura isto
pelo seu art.5º § 2º e ss. Conforme consta na Constituição Federal de 1988, È
claro reconhecer que o acesso à justiça possui diante de suas realizações 14 GRECO, Leonardo. Estudos de Direito Processual. Campos dos Goytacazes. Ed. Faculdade de Direito de Campos, 2005. , p. 205-6
32
barreiras que podem ser econômicas, geográficas, e burocráticas em relação à
proteção que o Estado deve proporcionar ao cidadão os seus direitos como é
o acesso à justiça.
6. ACESSO A JUSTIÇA E SUA LIMITAÇÃO .
Cândido R. Dinamarco ensina-nos que:15
“as tradicionais limitações ao ingresso na Justiça, jurídicas ou de fato (econômicas, sociais) são óbices graves à consecução dos objetivos processuais e, do ponto-de-vista da potencial clientela do Poder Judiciário, constituem para cada qual um fator de decepções em face de esperanças frustradas e insatisfações que se perpetuam; para a sociedade, elas impedem a realização de práticas pacificadoras destinadas ao estabelecimento de clima harmonioso entre os seus membros; para o Estado, é fator de desgaste de sua própria legitimidade e a dos seus intuitos e do seu ordenamento jurídico”.
Podemos afirmar que fatores externos ao processo são capazes
de limitar o acesso à justiça. Essas limitações ao acesso à justiça localizam-se,
principalmente, nas áreas processual, organizacional e econômico-financeira.
O obstáculo econômico-financeiro, é qualquer dificuldade que
passe um cidadão,quando necessita do uso do judiciário,decorrente de uma
relação social.Fazendo que muitas pessoas deixem de procurar a solução
para as controvérsias devido as custas processuais.
No caso do sistema organizacional as pessoas se mobilizam por
direitos próprios e individuais, mas tal não ocorre no caso de demandas de
direitos não-tradicionais, como direito ao meio ambiente.
15 DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do Processo. 8a ed. São Paulo: Malheiros, 2000.p.274.
33
Vislumbrando assim os Direitos difusos entende-se que é o
interesse de um determinado grupo, entre as quais não há um vínculo jurídico
ou de fato de um grupo menos determinado de pessoas. Estes interesses
difusos como referente ao meio ambiente, pode ser incluído, à categoria do
interesse público. A titularidade pertencendo a todos e a ninguém.
Com os direitos coletivos, os interesses difusos são indisponíveis
condizendo que a satisfação ou a lesão dos mesmos a toda a coletividade.
Por fim o obstáculo processual deve haver mais reforma e
elaboração de novas leis e redução de custas e simplificação dos pedidos,para
sim evitar barreiras.
Certas, limitações ao acesso à justiça são intrínsecas no sistema
processual. As dificuldades para obtenção dos resultados prometidos pela
atividade jurisdicional, podem ser enraízadas nos próprios instrumentos
processuais que sistema coloca à disposição dos usuários, na possibilidade de
excluir o problema.
São barreiras de cunho processual e que repercutem deforma no
sistema de acesso à justiça. Podem eles provir da propositura da ação ou por
todo percurso da relação processual, até sua extinção através sentença
terminativa e definitiva.
As inúmeras possibilidades de recursos cabíveis no curso de uma
ação podem configurar uma limitação endoprocessual.
6.1 MOROSIDADE DA JUSTIÇA E JUIZADOS
Um dos grandes problemas ligados a falta de efetividade do acesso a
justiça está ligado a questão na demora do julgamento dos processos.no que o
Judiciário brasileiro e comprovam que muitos são os pontos que precisam ser
melhorados, um deles a pouca contratação de profissionais(concursados ou
34
não) a falta e aparelhamento do órgão para atender a demanda cada vez mais
crescente e os altos custos que o trâmite processual acarreta para os
indivíduos que buscam do Estado uma solução para os seus litígios.
Segundo Cintra, Grinover e Dinamarco16, “o tempo é inimigo da
efetividade pacificadora, pois a permanência de situações indefinidas constitui
fator de angústia e infelicidade pessoal. “
A Emenda Constitucional n.º 45 acrescentou o inciso LXXVIII ao art.
5.º da Constituição que dispõe que “a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação”.
16 CINTRA, Antonio Carlos de Araújo, GRINOVER, Ada Pellegrini, DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 13.ª ed. São Paulo: Malherios, 1997. p..45.
35
Sobre esse inciso do art. 5.º, José Afonso da Silva observa:
“Nesse signo razoável duração do processo se tem um
aceno ao princípio da razoabilidade, cuja textura aberta
proporciona ponderações que podem reduzir, em muito,
os objetivos que o texto em comentário visa a alcançar –
e, assim, diria que se teria uma ponderação aberta, por
não estar sopesando dois valores ou dois objetos, mas
apenas verificando se o juiz teve, ou não, razões para
demorar sua decisão, levando-se em conta a carga de
trabalho que pesava sobre ele. É aqui que a garantia de
celeridade da tramitação tem sua importância, já que o
que se tem não e uma garantia abstrata da celeridade,
mas o dever de preordenar meios para ser alcançada.17”
17 SILVA, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. 6.ª ed. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 177.
36
Nos ensina João Baptista Herkenhoff: 18“se a conciliação é aceita por um dos
litigantes porque se sinta espremido e pressionado, inclusive pela lentidão da
Justiça, tal conciliação não humaniza, mas violenta a pessoa.”
E aumentando os custos para as partes e pressiona os vulneráveis
economicamente a abandonar suas causas, ou aceitar acordos por valores
muito inferiores àqueles a que teriam direito.
Com tudo, a morosidade no julgamento das lides pelo Poder Judiciário
causa sentimentos de desconforto, frustração e a perda da credibilidade do
Poder Judiciário pela sociedade que alcançar a eficaz atuação do Estado
investido em sua função jurisdicional.Gerando efeitos extremamente danosos
para sociedade, podendo retomar à prática da justiça particular ou pessoal,
como nos tempos antigos onde a lei do “olho por olho, dente por dente.
18 HERKENHOFF, João Batista. O Direito Processual e o Resgate do Humanismo. Rio de Janeiro: Tex Ed., 1997, p.147.
37
6.2 A Lei n.º 9.099, de 1995 e Lei n.º 10.259 de 2001.
Nos fala sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, em que o processo, “orientar-se-á pelos critérios de oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando sempre que possível, a conciliação ou transação” (art. 2.º).
Os juizados são de suma importância para a ampliação do acesso à justiça, já que superam os fatores econômicos e burocráticos da Justiça Comum.
Em 2001, sancionada a Lei n.º 10.259, criando os Juizados Especiais Federais, com finalidade de viabilizar, também, a solução simplificada de pequenas causas no âmbito da Justiça Federal.
6.3 A Lei 1.060, de 1950.
A garantia do artigo 5.º, LXXIV, assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos, não revogou a de
assistência judiciária gratuita da Lei n.º 1060, de 1950, aos necessitados, de
certo que, para obter basta uma declaração, feita pelaparte interessada, de
que sua situação financeira não permite vir a Juízo sem prejuízo da sua
manutenção ou de sua família.
38
7- AS TRÊS ONDAS DE CAPPELLETTI
O professor Cappelletti19 pretende propor reformas e possíveis
decisões, que possam melhorar e modificar e aduzir suas três ondas por uma
observação do acesso a justiça ao longo dos anos, percebidas em diversos
países.
Assim, a primeira onda foi percebida a fim de superar, os obstáculos
econômicos ao acesso a justiça dos mais necessitados.
Em suma, o litigante necessitado de acesso à Justiça o Sistema
Judicare, que resultou sistema através do qual assistência judiciária é
estabelecida como um direito para todas as pessoas que se enquadrem nos
termos da lei, em que os advogados particulares seriam pagos pelo Estado. O
objetivo desse sistema é proporcionar aos litigantes de baixa renda a mesma
representação (em juízo) que teriam se pudessem pagar um advogado. Assim,
também, com advogados remunerados pelos cofres públicos, com um objetivo
diverso do sistema judicare, o que reflete sua origem no Programa de Serviços
Jurídicos do Office of Economic Opportunity, de 1965, em que os serviços
jurídicos são prestados por "escritórios de vizinhança", atendidos por
advogados pagos pelo governo e encarregados de promover os interesses dos
pobres, enquanto classe.
A segunda onda vem com objetivo de romper com as barreiras
organizacionais de acesso a justiça,é necessário primeiro romper com a idéia
dispositiva de processo, segundo o qual o processo é coisa das partes e a
ninguém mais interessa.Sendo necessário contemplar interesses de
titularidade coletiva , comunitárias e até classista. A. onda diz respeito às
reformas necessárias para a legitimação à tutela dos “interesses difusos”,
19 FONTAINHA, Fernando de Castro: Acesso a Justiça. .Rio de Janeiro. ed. Lumen Juris 2009.p. 61-77.
39
especialmente os respeitantes aos consumidores e os pertinentes à higidez
ambiental, abarcados, na Constituição Brasileira, pela ação civil pública.
Por fim a terceira onda nos traz a “deformalização das
controvérsias”, isso nos faz perceber que falamos e agimos muito mais do que
pequenas medidas, dos atos processuais, dos procedimentos, enfim de
qualquer reforma tendente a tornar o Direito processual mais eficaz e moderno.
Essa onda nos faz identificar que não visa exclusivamente às instituições não
judiciais. Incluindo a advocacia, judicial e extrajudicial, por meio de advogados
particulares ou público, mais vai além. Esse enfoque ao acesso a justiça, seus
métodos consiste em não esquecer as duas últimas ondas, mas tratá- lás como
um aperfeiçoamento e possibilidades para cada vez mais melhorar o acesso a
justiça pela sociedade.
40
7.1-Projeto de Lei no Senado nº 166 de 2010.
O projeto de lei que cria um novo Código de Processo Civil, aprovado
pelo Senado Federal vem sendo anunciado como a grande solução para
combater a morosidade dos processos judiciais.
O ministro Luiz Fux20, , salienta que a comissão tinha como desafios
"resgatar a crença no Judiciário e tornar realidade a promessa constitucional de
uma Justiça pronta e célere". De acordo com o ministro, as alterações devem
reduzir em pelo menos 50% o tempo de duração de um processo, atingindo
70% nos chamados "contenciosos de massa". Apesar de boas intenções,
dificilmente o novo código reduzirá, por si só, o tempo de duração dos
processos.
O processo no Brasil onera muito tempo. Embora a morosidade seja
um fato notório, não existem dados estatísticos confiáveis, elaborados em
escala nacional e com a utilização de critérios científicos, acerca do tempo
médio de duração de um processo judicial. Esse fato impede a identificação
precisa das principais causas da morosidade.
Com isso, torna-se praticamente impossível encontrar soluções devidas
e certas para combater tais problemas e reduzir o tempo de espera pela tutela
jurisdicional do estado na figura do juiz.
De certo não há dados seguros a evidenciar quais regras precisam ser
alteradas, reformadas ou definitivamente eliminadas do sistema processual,
nem o que precisa ser introduzido para melhorar os serviços judiciais.
O Código atual está em vigor há quase 40 anos e já foi alterado por
20 artigo do jornal Valor Econômico.Ricardo Quass Duarte é mestre em direito pela USP e pela Columbia University,
advogado de Trench, Rossi e Watanabe Advogados.
41
aproximadamente mais de 60 leis. Se fosse ele a principal causa da
morosidade, o problema certamente já teria sido solucionado anteriormente,
ainda que de forma parcial. A morosidade do processo civil não é causada por
um único fator. As situações são complexas e envolve múltiplas e
heterogêneas causas, não só de cunho processual, mas também de ordem
política, estrutural, econômica e social do acesso a justiça .
A realidade de um fórum nos deixa claro que se não houver impulso de
advogados e partes o processo fica totalmente parado, no aguardo da prática
de atos para seguir adiante, como a juntada de uma petição, um envio
conclusão, a expedição de uma guia ou a publicação de uma decisão.
Não basta reformar a lei se, na prática forense, em decorrência da falta de
estrutura do Poder Judiciário, o processo fica amontoado nas pilhas que se
formam nos cartórios. De nada adianta criar institutos processuais modernos e
apurados, se na realidade do dia a dia representam apenas mais etapas e
rotinas burocráticas a serem seguidas pelos serventuários da justiça.
Em suma o projeto de novo Código preveja diversos institutos que
realmente podem trazer benefícios à duração das demandas, como a
simplificação do procedimento, o incidente de resolução de ações repetitivas e
os mecanismos de uniformização e estabilização da jurisprudência.
Por fim além do beneficio que pode vir a trazer é imprescindível que se
diagnostiquem as principais mazelas da lei atual e que se combatam outras
causas, principalmente as de natureza estrutural e social.
42
CONCLUSÃO
De acordo com a monografia apresentada, podemos concluir que o
acesso a justiça ganha destaque real na sociedade,por trazer a realidade das
pessoas.Ainda que a busca por meios eficazes de realização de direitos não
seja o objetivo final de muitos que sonham com um mundo melhor, para este
fim temos que observar os avanços no sentido de ampliar o acesso a justiça
.como uma verdadeira guerra de posições contra as formas de revolução da
sociedade.Para remediarmos essa guerra de posições temos que reconhecer
que o acesso a justiça é um problema em movimento, um problema que se
apresenta como necessidade de resolução de várias mazelas do mundo da
classe pobre ,contra o acesso pelas classes altas do poder.
Nesse ponto temos que transformar de forma radical a sociedade, temos
que enfrentar os problemas de acesso a justiça não só na sociedade Brasileira,
mas em todo o mundo. Democratizando o poder judiciário, trazendo maior
integração entre a justiça e o cidadão, sendo também necessária a reforma
processual, e a implantação de mais Defensorias Públicas para tornar mais
amplo o acesso ao poder judiciário pela sociedade. Propondo a modernização,
racionalização e desburocratização dos instrumentos colocados à disposição
das partes e do Juiz para que se vivencie um movimento de mudança dos
aplicadores do direito, que estes abandonem as técnicas e formalismo, para
ousar de outros mecanismos, como a mediação judicial como via possível para
tão almejada paz social, uma vez que garante a decisão em tempo ágil e com
menor desgaste entre as partes.
O acesso à justiça vem da democracia participativa e buscando alcançar
a igualdade material de direitos e não apenas a mera igualdade formal.Com
Constituição Federal de 1988 no art. 5º, encontra-se o (art. 5º, inc. XXXV, da
CF/88) e à duração razoável do processo (art. 5º, inc. LXXVIII, da CF/88). veio
a consolidar essa preocupação, exibindo extenso rol que visam a maior
efetividade de direitos e garantias frisados ali.
43
Mesmo com todo esse empenho, persiste o problema da inacessibilidade
à Justiça no Brasil. Não por inércia da legislação e da Constituição , mas por
uma questão de Justiça social ou seja, de uma construção moral e política
com igualdade de direitos e na solidariedade coletiva para o desenvolvimento
da justiça.
44
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA FONTAINHA, Fernando de Castro: Acesso a Justiça. .Rio de Janeiro. ed. Lumen Juris 2009
CAPPELLETTI, Mauro e GARTH, Bryant. Acesso à justiça (Tradução de Ellen Gracie Northfleet) . Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1988.
DINAMARCO, Cândido Rangel. A Instrumentalidade do Processo. 12.ª ed. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2005.
BERMUDES, Sérgio. A Reforma do Judiciário pela Emenda Constitucional n.º 45. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. Ed. Malheiros. 18.ª
ed. São Paulo, 2006.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do Processo de Conhecimento. 3ª ed.. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo, GRINOVER, Ada Pellegrini, DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 13.ª ed. São
Paulo: Malherios, 1997. LIMA, Francisco Meton Marques de. Reforma do Poder Judiciário –
Comentários iniciais à EC 45/2004. São Paulo: Ed.Malheiros, 2004. SILVA, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. 6.ª ed. São
Paulo: Malheiros, 2009.
LENZA, Pedro. Teoria Geral da Ação Civil Pública. São Paulo: RT, 2008.
45
THEODORO JR, Humberto. O Processo Civil Brasileiro no Limiar do Novo Século. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
TUCCI, José Rogério Cruz. Questões Práticas de Processo Civil. São
Paulo: Atlas, 1998. WATANABE, Kazuo. Controle Jurisdicional (Princípio da inafastabilidade
do controle jurisdicional no sistema jurídico brasileiro). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 1980.
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
top related