(transformar 16) gestão de conselhos institucionais dia 1
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GESTÃO DE CONSELHOS INSTITUCIONAIS
CONCEITOS, COMPOSIÇÃO E RELAÇÃO COM GOVERNANÇA
DIA I – 19/09/2016
CONSELHOS ORGANIZACIONAIS - CONCEITOS, COMPOSIÇÃO E FUNÇÕES
Taís Coppini Pereira
Gestão de Conselhos Institucionais
Alinhamento inicial
Quem somos?
Organizações legalmente constituídas,
De direito privado (não integrantes do Estado),
Sem fins lucrativos
Instituidor fará, por escrita pública ou testamento, doação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único: só poderão constituir- se para fins religiosos, morais, culturais ou assistenciais
Podem ser constituídas por empresas, pessoas ou poder público,
Escritura pública ou testamento
Declaração sobre uso/ destino do recurso
Estatuto Social
CNPJ
Registro no Ministério Público
Código Civil artigo 60
Gestão de Conselhos Institucionais
Tipos Jurídicos _ Fundação
Gestão de Conselhos Institucionais
Grupo de indivíduos que se reúne em torno de uma causa
ou objetivo comum, constituindo- se posteriormente em
uma Associação formalizada.
Segundo Artigo 53 do Código Civil:
Estatuto Social
Ata de Assembléia
CNPJ
Tipos Jurídicos - Associações
Segundo artigo 54, V da Lei 10.406/02 as associações
serão administradas pelos seguintes órgãos:
I – Assembleia Geral,
II – Diretoria Executiva,
III – Conselho Fiscal.
Gestão de Conselhos Institucionais
Tipos Jurídicos - Associações
Gestão de Conselhos Institucionais
I – Assembleia Geral:
Artigo 15º - A Assembleia Geral é órgão máximo e soberano
da vontade social e será constituída pelos associados em
pleno gozo de seus direitos estatutários.
É responsável pelas principais decisões, podendo alterar o
estatuto social, destituir dirigentes, conselheiros e até
diretores. Deliberar sobre transações patrimoniais, analisar
as contas do Administrativo, deliberando sobre as
demonstrações financeiras, eleger conselheiros e extinguir a
associação também compõem responsabilidades desse
grupo.
Gestão de Conselhos Institucionais
II – Diretoria Executiva
Composta por um ou mais membros, eleitos pela Assembleia
Geral e, segundo artigo 21º tem as seguintes competências:
I- Elaborar programa anual de atividades e executá-lo;
II- Elaborar e apresentar, à Assembleia Geral, o relatório anual;
III- Entrosar-se com instituições públicas e privadas, para mútua
colaboração em atividades de interesses comum;
IV- Convocar a Assembleia Geral;
V - Contratar e demitir funcionários;
VI – Praticar atos da gestão administrativa e
VII - Outras funções que lhes forem atribuídas pelo respectivo
regimento aprovadas pela Assembleia Geral
Gestão de Conselhos Institucionais
III – Conselho Fiscal
Composto por, no mínimo,dois (2) membros efetivos (associados ou não) eleitos pela Assembleia Geral e seu mandato coincide com a Diretoria.
Artigo 26º - O Conselho Fiscal tem as atribuições e os poderes
que são conferidos por lei, sendo competente, dentre outras atribuições, para:
I - opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitir pareceres para os organismos superiores da entidade,
II - examinar as contas da Diretoria Executiva no final de cada exercício, submetendo-se à aprovação da Assembleia Geral;
III - auxiliar a Diretoria, sempre que solicitado;
IV - sugerir a contratação e acompanhar o trabalho de eventuais auditores externos independentes e
V - convocar extraordinariamente a Assembleia Geral.
Gestão de Conselhos Institucionais
Importância do Conselho Fiscal:
É obrigatório, por lei, para organizações que pretendem obter a
certificação de OSCIP (organização social de interesse público) e
seus membros NÃO podem ser remunerados,
Reforça a credibilidade/transparência da organização ao lidar com
recursos privados ou públicos, garantindo, por meio da prestação
de contas, o uso exclusivo para ações e projetos de interesse
público. Assegura, aos apoiadores, formas de acompanhar a
utilização do recurso investido,
Ao fiscalizarem e apontarem possíveis desvios na gestão,
contribuem para a profissionalização pois os ajustes realizados
previnem a intervenção de órgãos externos oficiais.
Gestão de Conselhos Institucionais
Composição do Conselho Fiscal:
É importante que, pelo menos, um dos 3 membros seja
externo e independente da organização. Imparcialidade e
independência contribuem para que os acertos e erros
sejam apresentados de forma clara e com a intenção de
correção/melhoria,
Desejável a formação, conhecimento e/ou prática sobre
administração, direito e contabilidade e familiaridade para
analisar demonstrações e relatórios financeiros e contábeis,
São indicados pela Assembleia Geral e suas definições,
composição e responsabilidades devem constar no Estatuto.
OUTRAS POSSIBILIDADES DE CONSELHOS
Gestão de Conselhos Institucionais
Independente se é ou não objetivo buscar a certificação de
OSCIP, a presença de um ou mais conselhos traz mais peso
para a transparência, pois coloca diversos aspectos da
organização em análise por diferentes grupos que podem
identificar e apontar processos que precisam melhorar,
assim como trazer novas perspectivas e “alimentar” a
organização com práticas e metodologias existentes no
setor.
Gestão de Conselhos Institucionais
Juntamente com indicadores de resultados,
acompanhamento do uso do recurso, prestação de contas,
decisões de gestão e alinhamento das atividades com a
causa, a existência desses órgãos demonstra a intenção da
organização em se profissionalizar, qualificar seus trabalhos
e processos além de manter-se alinhada com as
necessidades e potencialidades das comunidades nas quais
atuam e da sociedade em geral.
Gestão de Conselhos Institucionais
É importante que as organizações reflitam sobre quais
conselhos são estratégicos e possíveis de serem criados,
considerando a realidade e necessidade de cada
organização/contexto.
Interessante considerar aspectos como tamanho da
organização, quantidade de pessoas beneficiadas, tempo de
existência, abrangência, número de programas
desenvolvidos, tipos de financiadores, rede de contatos com
perfil de conselheiros, estrutura da organização, viabilidade
de reuniões entre outros no momento de definir e estruturar
os conselhos.
.
Gestão de Conselhos Institucionais
Existem organizações que possuem apenas um conselho,
com membros que reúnem as características do conselho
administrativo, consultivo, deliberativo.
Cada caso precisa ser analisado com atenção e, se
possível, contar com a orientação e acompanhamento de
um especialista em criação de conselhos.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Institucional
Órgão colegiado que possui o dever de garantir o cumprimento da missão da organização, sendo a ponte entre a causa/visão e a gestão da organização. Os membros recebem os poderes dos associados e a eles devem prestar contas, além de outros órgãos que variam conforme a constituição da organização.
O olhar estratégico de seus membros contribui para a criação de diretrizes/objetivos para médio e longo prazo alinhados com a essência da organização e que serão desenvolvidos e colocados em prática pela equipe executiva e técnica.
Em suas decisões deve sempre prevalecer o que é melhor para a organização e não escolhas pessoais ou que favoreçam grupos específicos internos ou externos.
Também faz parte do papel do Conselho estabelecer as políticas de governança e de atuação do executivo e equipe técnica, definindo o limite de atuação de cada um.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Institucional – Composição
Entre cinco (5) e onze (11) membros
Mandato de, no mínimo, dois (2) anos e, no máximo, 4
(quatro anos) com reeleição limitada a dois mandatos
consecutivos.
A renovação do Conselho é importante para que novas
pessoas contribuam com olhar estratégico para a
organização, trazendo novas ideias e diferentes modelos de
governança, porém alterar todo o Conselho pode
comprometer a continuidade dos processos, por isso é
sugerida uma renovação parcial, assim sempre existirá um
grupo “antigo” e membros “novos”.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Institucional – Perfil dos membros
Possuir visão estratégica,
Ter alinhamento com valores da organização e seu código
de conduta,
Conhecer boas práticas de governança,
Disponibilidade de tempo,
Capacidade de trabalhar em equipe,
Noções de legislação relacionadas à associações,
Experiência em outros conselhos,
Buscar diversidade de representação (diversas áreas da
organização), de perfil/estilo e de experiências e
conhecimentos.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Deliberativo
A principal função desse Conselho é monitorar/avaliar as
ações realizadas e, caso necessário, trazer orientações
gerais e/ou contribuir em questões específicas.
Outra função que pode ser atribuída a este Conselho é a
busca por novas fontes de financiamento e ampliação da
rede de contatos da organização, uma vez que seus
membros podem atuar como legitimadores do trabalho
desenvolvido e “abrir portas” para potenciais
parceiros/financiadores
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Deliberativo
Em alguns casos Conselho Deliberativo e Conselho
Administrativo possuem ações tão próximas que a
organização opta por um deles, agregando funções.
Em algumas literaturas pode aparecer com funções
semelhantes à Assembleia Geral, ou seja, órgão máximo
da organização.
A forma de atuação, duração do mandato, composição e
funcionamento desse Conselho são estabelecidos pela
organização e devem constar no estatuto.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Administrativo
Responsável pelas diretrizes e decisões relacionadas à gestão da organização.
Formado por profissionais com experiência e conhecimento em diferentes áreas (RH, Governança, Finanças, Comunicação, Legislação)
Toma suas decisões alinhado com as direcionamento estratégico e interesses da organização além de criar diretrizes para o planejamento estratégico.
Formado por, no mínimo, cinco (5) e no máximo onze (11) membros com participação máxima de dois (2) anos.
Por abordar diversos temas específicos é possível estruturar o grupo em pequenos comitês de temas específicos que desenvolverão propostas a serem validadas no grupo maior.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselho Consultivo
O principal atributo desse Conselho é ampliar a visão da organização sobre sua atuação, posicionamento, projetos desenvolvidos, imagem, comunicação, gestão etc.
Por ser constituído de pessoas externas à organização, geralmente especialistas e/ou experientes em temas relacionados à atividade fim ou gestão, atua como orientador do gestor (executivo), indicando caminhos, fazendo conexões, contribuindo na solução de desafios/conflitos e trazendo um olhar de fora capaz de “oxigenar” a equipe, além de contribuir para o alinhamento entre decisões e missão/valores da organização.
Podem fornecer pareceres e relatórios que fundamentam suas orientações, mas não necessariamente essas contribuições devem ser adotadas pela associação.
Gestão de Conselhos Institucionais
Conselhos – Avaliação
É aconselhável a realização de uma avaliação dos conselhos, considerando a atuação individual de cada membro assim como a atuação do grupo.
Essa avaliação pode ser mediada por um profissional externo ou pelo presidente do Conselho em questão.
Os principais pontos avaliados nesses momentos são:
Assiduidade,
Nível de envolvimento,
Metodologia utilizada para tomada de decisões,
Integração e alinhamento de novos conselheiros em relação à
Missão, Visão, Valores e Objetivos estratégicos da organização,
Interesse e realização de formações, qualificações dos membros
Atividade Reflexiva
A organização
avalia os
conselhos e
conselheiros?
Quem faz parte dos conselhos da
associação?
Existe diversidade de pontos de
vista, formações, área de
atuação, conhecimentos e
experiência?
Quais critérios foram
utilizados para escolher os
membros dos conselhos da
associação?
Os membros do Conselho
Fiscal possuem
conhecimentos e/ou
formação suficiente para
realizar o
acompanhamento
financeiro da associação?
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