topicos de farmacocinética - prof yara - unip go
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COLINÉRGICOSANTICOLINÉRGICOS
ANTICOLINESTERÁSICOS
Profa. MSc.Yara Lúcia Marques Maia
FarmáciaTópico 02
SNA – Aula 02
UNIP, 2008/1
Generalidades
Um fármaco com ação direta exerce um efeito diretamente no órgão alvo;
Um fármaco com ação indireta desencadeia a liberação de um neurotransmissor que passa a assumir o comando;
Os fármacos de ação dupla atuam de ambas maneiras.
Agonistas Colinérgicos
Ao estimular diretamente os receptores, eles imitam a ação da acetilcolina:
Acetilcolina (não utilizada na clínica)
Betanecol
Carbacol
Pilocarpina
Agonistas Colinérgicos
Farmacocinética A ação e o metabolismo dos agonistas colinérgicos variam amplamente;
Seus efeitos são essencialmente periféricos, com ação disseminada;
A acetilcolina penetra pouco no SNC;
O medicamento é rapidamente destruído no organismo;
Agonistas Colinérgicos
Via de Administração Evitar injeções IM ou IV, pois são quase imediatamente degradados por colinesterases dos espaços intersticiais;
Também atuam rapidamente podendo causar uma crise colinérgica (fraqueza muscular extrema e possível paralisia dos músculos da respiração);
São habitualmente utilizados por via tópica (gotas oftálmicas), VO e SC.
Agonistas Colinérgicos
Metabolismo e Excreção Todos são metabolizados por colinesterases:
Nos receptores muscarínicos e nicotínicos
No plasma
No fígado
Todos são excretados pelos rins.
Agonistas Colinérgicos
Como Atuam - Farmacodinâmica Imitam a ação da acetilcolina nos neurônios nos órgãos-alvo;
Quando se combinam com os receptores existentes nas membranas celulares dos órgãos-alvo, estimulam o músculo e produzem:
Salivação Bradicardia
Bronciconstrição Aumento da atividade TGI
Miose
Agonistas Colinérgicos
Para que são utilizados - Farmacoterapia Tratar atonia da bexiga e retenção urinária pós-operatória e pós-parto;
Tratar distúrbios GI;
Reduzir a pressão ocular em pacientes com glaucoma e durante a cirurgia ocular;
Tratar hipofunção das glândulas salivares.
Agonistas Colinérgicos
Reações Adversas Podem produzir efeitos adversos em qualquer órgão inervado pelo SN Parassimpático:
Náusea e vômitos
Cólicas e diarréia
Visão turva
Bradicardia e diminuição da pressão arterial
Dispnéia, frequência urinária, salivação e sudorese
Anticolinesterásicos
São agentes que bloqueiam a enzima acetilcolinesterase que decompõe a acetilcolina nos receptores colinérgicos;
Como conseqüência a acetilcolina se acumula e continua estimulando os receptores;
São divididos em duas categorias:
Reversíveis
Irreversíveis
Anticolinesterásicos
Reversíveis - Possuem curta duração de ação e incluem:
Ambedônio
Donezepil
Edrofônio
Neostigmina
Fisostigmina
Piridostigmina
Tacrina
AnticolinesterásicosIrreversíveis São compostos organofosforados sintéticos que se ligam covalentemente à acetilcolinesterase;
O resultado é um aumento de longa duração nos níveis de acetilcolina em todos os locais onde ela é liberada,
Vários desses fármados são extremamente tóxicos, possuem longa duração de ação e são utilizados basicamente como inseticidas tóxicos e pesticidas ou como gás dos nervos na gerra química;
Anticolinesterásicos
Irreversíveis O fármaco protótipo mais estudado é o isoflurofato, que se liga covalentemente à acetilcolinesterase;
O único que possui efeito terapêutico é o:
Ecotiofato – liga-se covalentemente à acetilcolina e substitui o isoflurofato como tratamento para a condição de intoxicação por esta substância.
Anticolinesterásicos
Aplicações Terapêuticas:
Reduzem a pressão ocular em pacientes com glaucoma e durante a cirurgia ocular;
Aumentam o tônus da bexiga;
Melhoram o peristaltismo GI;
Promovem contração muscular (miastenia grave);
São antídoto dos bloqueadores colinérgicos, dos antidepressivos tricíclicos (atropina, beladona, escopolamina).
Anticolinesterásicos
Reações Adversas Resultam de aumento da ação da acetilcolina nos receptores:
Náusea e vômitos
Diarréia
Dispnéia, respiração sibilante ou sensação de aperto no tórax
Convulsões
Antagonistas Colinérgicosou
Anticolinérgicos
Bloqueadores Colinérgicos Interrompem os impulsos parassimpáticos no SNC e SNA;
São também denominados anticolinérgicos;
Não bloqueiam todos os receptores colinérgicos, mas apenas os receptores muscarínicos;
Os principais bloqueadores colinérgicos são os alcalóides da beladona:
Atropina (protótipo dos anticolinérgicos)
Homatropina
Hioscinamina e Escopolamina
Bloqueadores Colinérgicos Também existem derivados sintéticos destes medicamentos:
Aminas quaternárias (clidínio, glicopirrolato, propantelina)
Aminas terciárias (benztropina, diciclomina, etopropazina, oxibutinina, triexifenidil);
Alguns são usados no tratamento de Parkinsonismo (benztropina, etopropazina, triexifenidil)
Bloqueadores Colinérgicos
Farmacocinética Os alcalóides da Beladona são absorvidos por:
Olhos, TGI, Mucosas, Pele
Os compostos de amônio quaternário e as aminas terciárias são absorvidos principalmente pelo TGI, embora não tão rapidamene quanto os alcalóides da beladona;
Quando adminstrados IV, os anticolinérgicos como a atropina começam a agir imediatamente.
Bloqueadores Colinérgicos
Farmacocinética Os alcalóides da Beladona distribuem-se mais amplamente pelo organismo do que os derivados;
Os alcalóides atravessam facilmente a barreira HE, o que não ocorre com os outros medicamentos;
Eles possuem menor tendência de ligação às proteínas séricas, conseqüentemente uma maior quantidade de fármaco permanece disponível para produzir o efeito terapêutico.
Bloqueadores Colinérgicos
Farmacocinética Os alcalóides da Beladona são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins sob a forma de fármaco inalterado e seus metabólitos;
Os derivados de amônio quaternário são um pouco mais complicados. Ocorre hidrólise no TGI e no fígado, sendo a excreção feita pelas fezes e urina.
Bloqueadores Colinérgicos
Efeito - Farmacodinâmica Os anticolinérgicos podem ter efeitos paradoxais sobre o organismo, dependendo da dose e da doença que está sendo tratada;
Podem produzir efeito estimulante ou depressor, dependendo do órgão-alvo;
No cérebro exercem ambos efeitos – ocorre estimulação com baixos níveis do medicamento, enquanto ocorre depressão com níveis elevados.
Bloqueadores Colinérgicos
Usos Tratamento de distúrbios GI e suas complicações;
Todos são utilizados em condições hiperativas do TGI e vias urinárias;
Os alcalóides da Beladona são usados com a morfina no tratamento de cólica biliar;
São administrados antes de certos procedimentos diagnósticos, como endoscopia ou sigmoidoscopia para relaxar a musculatura GI;
Bloqueadores Colinérgicos
Usos A atropina é utilizada antes de cirurgia para:
Reduzir as secreções orais e gástricas;
Reduzir as secreções no sistema respiratório;
Impedir a queda da freqüência cardíaca causada por estimulação vagal durante a anestesia.
Bloqueadores Colinérgicos
Usos Os bloqueadores colinérgicos também são utilizados como cicloplégicos:
Paralisam os músculos ciliares do olho (utilizados para a acomodação visual);
Alteram a forma do cristalino do olho;
Também atuam como midriáticos para dilatar as pupilas, facilitando a medida de erros de refração durante o exame oftalmológico ou durante cirurgia.
Bloqueadores Colinérgicos
Beladona, Cérebro e Coração Os alcalóides da Beladona podem afetar o cérebro de diversas maneiras:
Escopolamina adm com os analgésicos morfina ou meperidina provoca sonolência e amnésia no paciente submetido à cirurgia;
Escopolamina é utilizada em cinetose;
Atropina trata bradicardia e arritmias ocasionadas por anestésicos, ésteres da colina e succinil colina;
Bloqueadores Colinérgicos
Pesticidas Os alcalóides da Beladona, particularmente a atropina e a hioscinamina, atuam como antídotos eficazes contra drogas colinérgicas e agentes anticolinesterásicos:
A atropina é a droga de escolha contra o envenenamento por pesticidas organofosforados;
A atropina e a hioscinamina também neutralizam os efeitos dos agentes bloqueadores neuromusculares competindo com os sítios receptores.
Bloqueadores Colinérgicos
Interações Medicamentosas Como estes medicamentos retardam a passagem do alimento e das drogas no TGI, estas permanecem em contato prolongado com a mucosa;
Este evento aumenta a quantidade de fármaco absorvido e, portanto, aumenta o risco de efeitos adversos;
Bloqueadores Colinérgicos
Interações Medicamentosas O risco de toxicidade da digoxina aumenta;
Os analgésicos do tipo opiáceo tornam ainda mais lenta a passagem do alimento e de medicamentos pelo TGI quando adm junto com anticolinérgicos;
A absorção de comprimidos de nitroglicerina colocados sob a lingua é reduzida quando tomados com um anticolinérgico.
Bloqueadores Colinérgicos
Reações Adversas Estão estreitamente relacionadas com a dose do fármaco:
Boca seca
Redução das secreções brônquicas
Aumento da freqüência cardíaca
Diminuição da sudorese
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