slides de aulas 2 semestre de 2013

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DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ED. FÍSICA2º período / 2 semestre de 2012

PROF. JOELCIO FERNANDES PINTO

CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA

EMENTA

Estudo dos sentidos historicamente atribuídos à Educação Física no contexto da Educação Brasileira, seu processo de inserção na escola e nas instituições espotivas e de Lazer. A pesquisa e sua importancia na formação do graduado em Educação Física.

OBJETIVOS Conhecer os conceitos principais sobre a pesquisa

histórica e sua importância no entendimento do contexto atual.

Identificar os principais sentidos das práticas corporais nas diferentes temporalidades.

Relacionar os sentidos atribuídos à Educação Física com as ambiências (políticas, sociais, culturais, etc) de cada contexto histórico.

Discutir alternativas para o desenvolvimento da Educação Física brasileira.

RECURSOS DIDÁTICOS

Aula dialogada Seminários de apresentação de textos Filmes épicos Visitas à Museus Leituras de textos e debates.

AVALIAÇÃO Participação – 10 pontos Seminários – 15 pontos Avaliação escrita – 40 pontos (duas) Visitas aos Museus – 8 pontos Portifólio – 20 pontos Trabalhos avaliativos em sala – 7 pontos

História: conceitos e sentidos “A história serve para que o homem conheça a si

mesmo – assim como suas afinidades e diferenças em relação aos outros. Saber quem somos permite definir para onde vamos” (Conhecimento).

O estudo histórico serve para desnaturalizar o presente. Recuos e progressos (Transformação).

História é a experiência humana no tempo. Assim, o que fazemos hoje é história que poderá se transformar em um estudo histórico no futuro.

História: conceitos e sentidos Aprender história é aprender a formular questões

pertinentes. “A análise histórica deve ter sempre um caráter

coletivo. O que se busca é compreender a ação conjunta dos homens em sociedade.”

O estudo histórico pode então ser uma forma de nos libertar do excesso de individualismo da atualidade. Pois, nele percebemos o quão dependentes somos um do outro.

História é vida. E vida não se dá sem o outro, sem relações sociais.

História: conceitos e sentidos Reflexão: é possível superar momentos de crise

ou resolver problemas que nos angustiam sem refletir sobre eles, sem buscar suas origens e causas?

“Ao proporcionar o conhecimento de outras maneiras de viver, experimentadas por seres humanos que viveram em outras épocas, em outros espaços e em outras culturas, a História nos ensina a conviver melhor com as diferenças existentes em nosso meio social”

Conceito moderno cunhado pela História: muticulturalismo.

Fundamento da História Dar sentido à vida pela compreensão de

uma totalidade da qual fazemos parte. Dar sentido social primeiramente à

pequena comunidade que nos rodeia, depois à espécie humana como um todo e finalmente, num exercício de imaginação, à coletividade dos seres racionais e livres do universo.

(Expressões e conhecimentos retirados do livro: Por que estudar História? Caio Cesar Boschi)

HISTÓRIA E EDUCAÇÃO FISICA “Os homens fazem sua própria História,

mas não fazem como querem, não a fazem sob a circunstância de sua escolha e sim sob aquelas que se defrontam diretamente, ligadas e transmitidas pelo passado”. (Marx, 1974, p.17)

“Um disciplina moderna de Hist. da EF deveria se preocupar em oferecer a possibilidade de aprender a compreender historicamente um problema.”(Victor Marinho)

História e Educação Física Compreender historicamente o problema ou a

realidade é conhecer a ambiência social, política e econômica de cada momento histórico e seus impactos sobre aquela realidade, relacionando estes conhecimentos com o presente.

Exemplo: o sugirmento do esporte moderno e suas transformações acontecem em função de modelos econômicos e usos políticos que muitas vezes induziram o aparecimento de graves conflitos sociais, além de evidenciar, a olhos vistos, as mazelas de uma sociedade.

Ciência e História História já foi considerada como os relatos de

pessoas que vivenciaram ou diziam que havia vivenciado.

Depois passou a ser considerada como os acontecimentos mais importantes que marcaram épocas e

Mais recentemente, a história tem se preocupado em construir pesquisas que nos informem não só os fatos marcantes, mas os seus condicionantes e também a história da vida comum. Ou seja, a vida dos homens simples, aquela que materializa o dia a dia.

Ciência e História Ciência é a modalidade de saber

constituída por um conjunto de aquisições intelectuais que tem por finalidade propor uma explicação racional e objetiva da realidade . Mais precisamente ainda: é a forma de conhecimento que não somente pretende apropriar-se do real para explicá-lo de modo racional e objetivo

Ciência Histórica Ramo da Ciência que investiga a ação humana

em diversas temporalidades e que utiliza como objeto de investigação as diversas inserções humanas na sociedade, tais como: politica, economica, social, cultural, biológica, outras.

Situação problema no presente que precisa ser entendida historicamente. Questionamentos de versões históricas já existentes.

Os métodos de investigação podem ser: história oral, documental fisico (livros, cadernos, leis, fotos, desenhos, outros), imagens televisivas, artefatos culturais, dentre outros.

Ciências

Pré-históriaDas origens do homem até 4000 a.C.

AntiguidadeDe c. 4000 a.C. a 476 d.c.

Idade MédiaDe 476 a 1453

Idade ModernaDe 1453 a 1789

Idade Contemporâneade 1789 aos dias atuais

Periodização clássica

Antiguidade – 4000 a.c até 476 d.c Vida muito simples: para grande maioria a vida

se resumia em lutar pela sobrevivência individual, por meio de lutas, caças e trocas de mercadorias.

Acreditavam em diversos deuses. Politeístas Os rituais para agradecer e louvar os deuses

eram constantes. As práticas corporais assumiam então sentidos e

significados ritualísticos - religiosos. Jogos, Danças, Lutas, Disputas de força e

velocidade, Ginástica, pesca, etc.

Os corpos na Antiguidade As roupas eram véus jogados sobre os

corpos. Os corpos eram magros devido a escassez

de comida e um estilo de vida ativo. Os corpos eram judiados pelo tempo e

pelo trabalho. Mas os Romanos faziam questão dos

banhos nas termas construídas pelos imperadores.

Idade Média – 476 d.c. até 1453 d.c.

Ambiência social e política da Idade Media

O início da Idade Média se dá com a queda do Império Roma pela invasão dos Bárbaros.

Inicia-se a estrutura Feudal. Início de uma estrutura mercantilista. O comércio se espalha por toda a europa. Veneza se destaca nesse início de

atividade mercantilista. Ascenção e apogeu do Cristianismo

Dogmas da Igreja na Idade Média A alma era coisa divina. O corpo era o lugar do pecado. As danças teatrais foram proíbidas por

serem sensuais. Mas as companhias de teatros ambulantes

preservaram a tradição da dança teatral. As pessoas com deficiência fisica eram

consideradas pela igreja como amaldiçoadas. Assim, o anão, o canhoto, etc eram pessoas hereges.

Brincadeiras na Idade Média

Jogos na Idade Média

Palio – famoso jogo praticado em Florença – Itália na Idade Média

Dança na Idade Média

Elaboração de representações de mundo até hoje preconizadas

A esquerda é coisa demoníaca O sexo era a fraqueza do espírito. Aos sete anos os meninos deveriam ser

separados das meninas. Instituição de pápeis diferenciados para

homens e mulheres. Depreciação das atividades corporais que

não fossem para o trabalho. Instituição da cultura da monogamia e da

instituição casamento.

História da Educação Brasileira

Período Jesuítico 1549 a 1759

Período Pombalino 1760 a 1808

Período Joanino 1808 a 1821

Período Imperial 1822 a 1888

Primeira Republica 1889 a 1929

Segunda Republica 1930 a 1936

Estado Novo 1937 a 1945

Nova Republica 1946 a 1963

Regime Militar 1964 a 1985

Abertura Política 1986 a 2003

Periodização segundo

José Luiz de Paiva Bello

Pedagogia de Nóbrega 1549 a 1570

Ratio studiorium 1570 a 1759

Pedagogia Pombalina 1759 a 1808

Educ. da fase Joanina 1808 a 1822

Primeiras tentativas de organizar a educação

1822 a 1889

Escolas graduadas e Ideário Iluminista

1889 a 1930

Regulament. da educação; Ideário Renovador

1930 a 1964

Internacionalização capitalista e a ditadura

1964 a 1984

Nova ordem mundial: educação e democracia

1984 a ...

Periodização segundo

José Claudinei Lombardi

Educação Jesuíta

Educação Jesuíta

O modelo de escola no Brasil quando colónia , foi constituído conforme as políticas de colonização portuguesa;

A formação das crianças indígenas se baseava nas atividades tribais, até

que elas chegassem a idade adulta.Contexto observado pelos colonizadores;

Educação Jesuíta Aos colonos cabia a instrução , aos indígenas a catequização pois para a

religião catequizar era conquistar fieis ao catolicismo , sendo assim os beneficiados era tanto o clero quanto os colonos, afinal a catequização dos índios facilitava a dominação;

Com a população se tornando cada vez mais mista, os ofícios manuais eram transmitidos através da observação e convivência, sendo assim a base de uma "Educação profissional";

Quanto as mulheres cabia somente em aprender boas maneiras e trabalhos

domésticos; A fatia elitizada da comunidade ficava com a formação de acordo com a

igreja, voltada a trabalhos intelectuais, no entanto muitos n se tornavam sacerdotes;

Educação, sociedade e política.

Fortalecimento do Estado Imperial Justificativa de oferecimento de aulas de primeiras letras:

necessidade de um país independente, autônomo e com leis próprias. (1834)

Jornal Mineiro “O Universal” – (...) é preciso que o povo seja livre para que possa escolher; e é preciso que ele seja instruído para que faça a escolha certa.”(1825)

Necessidade de uma instituição que enfrentasse a questão do analfabetismo.

A escola é pensada para erradicar o analfabetismo considera as manifestações da cultura popular um folclore e/ou ações perigosas de grupos ignorantes.

Cultura e forma escolar no Brasil Heterogeneidade de formas de

escolarização (genéricos ou específicos)

Aulas de costura

Cultura escolar no BrasilEspaços escolares

Casas adaptadas para serem escolasEspaços precários de funcionamento

Final do séc. XIX construção de prédios escolares.

Tempos escolaresMuito heterogeneo cada escola organizava seus

próprios tempos. Crescia a idéia de que a escolarização era uma prática sociocultural de

plena especificidadeNecessidade organizar os tempos escolares.

Prédios escolares

Prédios escolares – século XIX

Prédio do antigo Educandário de Nazaré e Escola Normal. Bahia. Século XIX

Cultura e forma escolar no Brasil Transformações na profissão docente

Durante o séc. XIX má formação e baixos saláriosResultado: fracasso escolar

Necessidade de regulamentação da profissão.Fuga de professores do sexo masculino do magistério e ingresso maior de mulheres na

profissão.

Cultura e forma escolar no Brasil A imprensa e as publicações pedagógicas.

Relação da escola com os impressos é de interdependência.

A escola se afirma como importante em decorrência da crescente produção de impressos.

O mercado editorial encontra na escola um mercado especifico e certo de consumo da sua produção.

Cultura e forma escolar no Brasil A questão metodológica

Até 1860 se entende por método a forma de organização de aula.

Métodos de ensino: individual, mutuo e misto.Nos anos 1870 e 1880 discute a questão do metodo

como a melhor forma de ensinar, independente da organização da sala de aula.

Método intuitivo – a lição das coisas.

Cultura e forma escolar no Brasil A legislação do ensino

Em Minas Gerais as primeiras leis são de 1835. Lei de 28 paragrafos e 78 artigos.

Em 1906 já são quatro grossos volumes.A questão da obrigatoriedade da frequencia à

escola só aparece nesta última.Razoes: as resistências das famílias de enviarem

seus filhos à escola.

Tipos de escolas (metade do séc. XIX) • Escolas régias herdadas do período colonial

(espaços improvisados como casas antigas);• Escolas domésticas (professores contratos por

fazendeiros); • Escolas organizadas por grupos de pais que

pagavam os salários dos professores • Colégios (masc. e fem.) – final do séc. XIX

Foto do primeiro prédio educacional de Belo Horizonte

Grupo Escolar Pedro II

Inaugurado em setembro de 1926

Pátio interno e salas de aula

A Educação Física no BrasilMetade do séc. XIX

Construindo um Brasil novo: a Educação Física como instrumento da ordem.

Instituições Médicas e Militares Idéias Higienistas Educação das Elites Onde: Colégios Conteúdo: Ginástica

A Educação Física no Brasil A Educação Física na educação das elites:

um distintivo de classeInfluência Européia trazida pela Corte.Uma nova ordem social – sociedade

escravista para sociedade capitalistaUma valorização das cidades e de costumes

urbanos.Uma nova elite – robusta, saudável e

conhecedora de novos hábitos.

A Educação Física no Brasil A educação das elites, a educação do povo e o

papel da Educação Física. Em 1872 apenas 10% da população morava nas

cidades. Dois movimentos:Imigração – dava conta do trabalho e aumentava a

população branca.Educação do povo – muitos problemas (resistência

das famílias, poucas escolas, poucos professores,etc) mas a EF também foi pensada.

A Educação Física no Brasil Parecer de Rui Barbosa em 1882:Instituição de uma sessão de ginástica em cada

escola normal.Extensão obrigatória de ginástica a ambos os sexos

(formação de professores e escola normal)Em relação a mulher: a harmonia da formas feminis

e a exigência da maternidade futura.Inserção da ginástica nos programas escolares

como matéria de estudo, em horas distintas do recreio, e depois das aulas.

Equiparação dos professores de ginástica.

A Educação Física no Brasil Apropriação seletiva do ideário burguês

Europeu. A EF aparece como instrumento ideal para

forjar indivíduos saudáveis e úteis para ocupar funções especificas na produção e na defesa da pátria.

O movimento de imigração do campo para a cidade traz consigo o aumento das doenças e a mortalidade infantil cresce.

O discurso médico se potencializa.

A Educação Física no Brasil A instituição médica passa a defender um

melhoramento da raça. O estado e a instituição médica afinam o

discurso:o povo brasileiro precisa mais do que qualquer outro da EF (ginástica), pois este apresenta estado avançado de degeneração da raça.

Mas o problema estava nas condições de trabalho que o novo sistema econômico impunha.

O Povo resiste. A revolta da vacina em 1904.

A Educação Física no Brasil O mundo presenciava a Primeira Guerra Mundial

(1914 – 1918). Declínio do prestigio europeu. O mundo presenciava também a ascensão do

esporte moderno. Discurso médico muda o foco: a infância e as

condições de trabalho passam a ter uma importância acentuada.

Criação da ABE (Associação Brasileira de Educação) em 1924 (movimento da Escola Nova).

Discurso do movimento da Escola Nova afina com o discurso da Sociedade Brasileira de Higiene.

A Educação Física no Brasil Em 1929, no Rio de Janeiro, acontece o

primeiro congresso Brasileiro de Eugenia. Fernando de Azevedo é o pensador que se

apresenta defensor da EF com o propósito de melhoramento da raça.

Incentivava o modelo ginástico sueco, em detrimento ao modelo alemão.

Sugere a dança para as mulheres. Incentiva a criação de cursos de formação

de educadores físicos.

Ideais higienistas – séc. XX

A Educação Física no Brasil Os primeiros defensores da inclusão do

esporte nas aulas de EF (escola) aparecem nos debates da ABE (1930)

A segunda Guerra Mundial adia os planos do esporte. A EF passa a ser entendida como preparação dos homens para a guerra.

A Educação Física no Brasil

Festival de Ginástica Alemã

Ginástica Francesa

Ginástica Sueca

Aula de EF - 1910

Aula de Ed. Física – século XIX

Esporte Moderno Muitas sociedades em diversas partes do

mundo deixaram registros de atividades de caráter competitivo.

Mas é equivocado concluir que tais atividades foram as origens do esporte moderno

O movimento inicial de criação do esporte moderno se dá nas escolas inglesas.

Esporte Moderno Não é mera coincidência o esporte

moderno ter aparecido primeiro na Inglaterra.

Nesse periodo, a sociedade inglesa começava a sentir os efeitos da revolução industrial

O esporte moderno não é um produto da industrialização, ele se apresenta como adaptações da vida social, econômica e política da época.

Esporte Moderno O conceito moderno de esporte, para Mandell, formou-se

no Reino Unido em conformidade com os desejos de diversão ou de ostentação das novas e ambiciosas classes sociais, e só depois disso espalhou-se pela América e por outros países da Europa. A Inglaterra é considerada como a pátria do esporte moderno não apenas porque os ingleses inventaram ou regulamentaram boa parte das modalidades esportivas hoje praticadas. É assim considerada também por ter introduzido uma série de inovações que mudaram a feição dos jogos e competições atléticas. Segundo ele, exemplos de novas idéias introduzidas são os obstáculos nas corridas, a mensuração de disparidades nas chances de vitória (como nas apostas), os conceitos de “esporte amador” e de “esporte limpo”, a noção de recorde esportivo.

Esporte Moderno Historiadores do esporte moderno devem explicitar as

mudanças culturais que instituíram práticas corporais competitivas construídas em bases racionais e estimularam a busca por eficiência nas atividades de lazer de pessoas das mais diferentes procedências.

No século XIX, tais práticas sociais ajudaram os indivíduos a se adaptarem a uma sociedade que se urbanizava e se industrializava. E devem notar que, no século XX, com o progresso cultural, o esporte continuou ganhando novas feições e significados.

Mandell menciona novidades sociais como a educação universal compulsória e o lazer de massa, a difusão da televisão e as teorias científicas do comportamento humano, para argumentar que novos determinantes passaram a atuar na definição das características e motivações do esporte contemporâneo, tornando mais complexo o entendimento de suas funções na sociedade.

Esporte Moderno

Pierre de Frédy (Paris, 1 de Janeiro de 1863 — Genebra, 2 de Setembro de 1937), mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e historiador francês, tendo ficado para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna.Nascido na capital francesa em uma família aristocrática, Pierre de Coubertin foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e estadunidenses, propondo-se a melhorar os sistemas de educação. Nas melhorias que visionava estava incluída a promoção da educação para o desporto, que ele acreditava ser uma parte importante do desenvolvimento pessoal dos jovens

Popularização do Esporte no Brasil Fim do séc. XIX e início do séc. XX. Inicia-se pelas elites. Mas as classes desfavorecidas entram em

contato bem rapidamente. Via relações sociais ou comerciais. Diferente da Inglaterra que as escolas que

fizeram o papel de disseminar.

Nos primeiros momentos do futebol paulista, o treino entre o Internacional e o Germânia, registrado em 1899.

Atletas Olímpicos

Popularização do Esporte no Brasil Práticas esportivas nas camadas mais

populares eram regulares em 1930. Principalmente o Futebol, mas também o

Handebol, o Atletismo (corridas) e outros. Apropriação do esporte pelas camadas

populares significa um desvio dos sentidos e significados do esporte?

Os colégios também apropriaram do Esporte com sentidos complicados.

Política de Esporte e Educação Física Décadas de 30 e 40

Políticas de Esporte e Ed. Física ainda muito incipientes

Políticas independentes Política de EF dialogava com a ABE Incentivava ainda o metodo de Ginástica

Francês (adoção oficial via lei). Muitos questionamentos sobre o

verdadeiro valor educativo do esporte.

Política de Educação Física Décadas de 50 e 60

Poucos recursos Tímido incentivo ao esporte Primeiros cursos superiores de EF em BH

(Escola de EF de Minas Gerais e Escola Católicas de EF de Minas Gerais)

Currículos esportivizados de forte influência européia.

Presença marcante dos militares na EF. Método incentivado – Metodo Desportivo

Generalizado (França) Escassas referências bibliográficas

Esporte e Política A política apropriou-se do esporte de

várias maneiras. Na ditadura militar foi um marco político

de incentivo financeiro e político. Muita prática, muito desenvolvimento e

pouca reflexão. Esporte e Escola uma combinação perfeita.

Política de EF na Ditadura Militar Décadas de 70 e 80

Fusão das política de Esportes e de EF - DED

Alterações legais que injetaram muito dinheiro na política de estado para a área.

Em função da união, o esporte passa ser incentivado com bastante ênfase.

Campanha de esclarecimento esportivo – Revistas de Historia em Quadrinhos DEDINHO.

Revista de História em QuadrinhosDEDINHO

Representações positivas do esporte Reproduções do papel da mulher e do

homem na sociedade. Muita ênfase na beleza estética e na

performance. Desmerecimento dos jogos e das

brincadeiras. Estratégia inovadora divulgando conteúdos e

representações da sociedade capitalista em ascenção.

Práticas de Ed. Física Professores se sentiram valorizados, mas

não perceberam as consequências. Muitos professores atuaram como

verdadeiros técnicos esportivos em suas aulas de EF.

Aulas esportivas, separadas por sexo e com características de treinos.

Mas a grande maioria não deram conta, pois as condições impediam.

Haviam também professores que se rebelaram.

Ambiência Acadêmica

* Muitos professores voltando dos cursos de mestrado nos EUA.• Currículos com forte influência americana e voltados para o desenvolvimento de capacidades motoras e de Fisiologia do Exercício.• Muita preocupação no desenvolvimento de atletas para o esporte profissional.• Concepção Desenvolvimentista muito incentivada.

Primeiras críticas às aulas de Ed. Física esportivizada.

Década de 90 e anos 2000. Reflexões sobre o caráter excludente das

aulas e as reproduções de um modelo societário desigual.

Quais reflexões: o esporte confraterniza quem? O esporte ensina a respeitar quais regras? O esporte desenvolve a saúde de quem?

Concepções de Educação Física em uma ambiência de abertura política:

crítico- emancipatória crítico- superadora.

QUADRO SINTÉTICO DA EFRecorte Temporal

1850 1900 1930 1970 1990

Função social da EF

Preparar um povo nobre e saudável

Preparar um povo forte - guerra

Preparar um povo branco –saudável e forte.

Preparar atletas p/ competição internacio- nais.

Construir cidadão crítico e autônomo cultura corporal

Influência Higienista Militar e Higienista

Higienista e Eugenia

Esportivização

Justiça e inclusão social

Conteúdo Ginastica Ginástica Sueca

Ginásticas Ginástica e Esporte

Práticas corporais e suas dimensões

Métodos Calistênia Calistênia Calistenia Analiticosintético

Encenações, debates, textos, vivências críticas.

Avaliação Participação Testes físicos

Auto-avaliação, participação, avaliação escrita, debates

Pontos importantes Relação com contextos sociais de cada

época. Leitura crítica da história (linear e

dinâmica). História: conhecimentos de avanços e

retrocessos. De espaços de reprodução e questionamentos. De uma dinâmica de luta e de conformismo.

História: grande responsável por construir cidadãos interventores críticos.

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