ressonÂncia magnetica da mama

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RESSONÂNCIA MAGNETICA DA MAMA

Há décadas, a mamografia tem sido a única recomendação regular para detecção de câncer de mama. Independente do nível de risco, mulheres com mais de 40 anos devem fazer mamografia (exame que utiliza raios-X para examinar a mama) pelo menos uma vez ao ano.

Mas em março de 2007, duas fontes distintas divulgaram informações recomendando que a ressonância magnética, técnica de visualização magnética, seja utilizada como procedimento para detecção de câncer de mama para determinadas mulheres.

INDICACÕES

As aplicações da Ressonância

Magnética (IRM) das mamas têm

atualmente 2 indicações principais: 

Avaliação de Implantes Mamários

Avaliação dos Tumores de Mama

CONTRA INDICACOES Cateter de Swan-Ganz e qualquer outro cateter com eletrodos ou

dispositivo eletrônico

Clipes de aneurisma cerebral ferromagnéticos (antes de 1995 todos

são). Não pode realizar RM os modelos em aço inox 17-7PH e 405

Desfibrilador implantável

Fios guias intravasculares

Fios metálicos de localização pré-cirúrgica mamária (exceto aqueles

especificamente compatíveis)

Fixadores ortopédicos externos metálicos não-removíveis

Halos cranianose

Implantes dentários magnéticos Marcapasso (cardíaco e outros) Monitor de PIC (pressão intracraniana) Neuroestimuladores e moduladores

(espinhais/medulares, intestinais, vesicais e outros)

Prótese coclear metálica, implantes otológicos e aparelhos auditivos não removíveis

Próteses internas ortopédicas em pacientes anestesiados, com rebaixamento do nível de consciência, ou conscientes com perda de sensibilidade no local da prótese

PAPEL DESEMPENHADO PELA RESSONANCIA MAGNÉTICA DA

MAMA Diferenciar lesões benignas das malignas

Rastreamento em mama densa de

pacientes com alto risco de

 Avaliação da extensão do câncer de

mama.

Acompanhamento após cirurgia

conservadora da mama e radioterapia

para câncer de mama

LIMITACOES DO EXAME Necessidade de utilização de contraste endovenoso

Alto custo

Claustrofobia

Utilização de dispositivos de metal incompatíveis com a RM (alguns

clips de aneurisma, marca-passo, implantes metálicos)

Inexistência de protocolo e técnica consensuais

Pouca disponibilidade de sistemas de biópsia compatíveis com o

magneto (maior limitação).

 Apesar das suas inúmeras vantagens, não é capaz de substituir os

exames padrões para diagnóstico e “screening” do câncer de mama

(exame físico, mamografia, PAAF ou biópsia).

PROTOCOLO DO EXAME

Nas últimas duas décadas, a ressonância

magnética mamária teve excepcional

aprimoramento técnico através da introdução de

contrastes paramagnéticos, avanços nas

bobinas de superfície, novos protocolos de

realização de exames e aparelhos de alto

campo. Para o diagnóstico mamário é utilizada

de duas formas: com e sem contraste.

Ressonância Magnética Mamária sem

Contraste

Tem indicação específica, com elevada

sensibilidade, para avaliação complementar de

implantes mamários e suas complicações.

Ressonância Magnética Mamária com

Contraste

É utilizada de forma complementar na detecção,

avaliação e estadiamento do carcinoma de mama.

PROTOCOLO I: Ressonância Magnética de Mama (Implante)

Indicação: Avaliação de implantesContraste: NãoProtocolo: ImplanteSeqüência:

3 planeSag T2 WS EsqSag T2 WS Dir Ax T2 WS Esq Ax T2 WS DirSag IR WS EsqSag IR WS Dir8. Ax IR WS Esq9. Ax IR WS Dir10. Sag T2 FatSat Esq11. Sag T2 FatSat Dir

Series opcionais:3 planeSag T1 FAT SATSag FSE T1 FAT SATSag IR Silicon SAT (CSF)Documentacões:

Todas as séries devem ser documentadas, sempre que possível formatar 24 imagens por filme.Observações:

Muitas mulheres possuem implantes e muitas vezes o objetivo do exame não é a avaliação deles. Como o protocolo necessário para o estudo dos implantes é longo, ele só será feito quando o pedido medico e / ou a paciente indicar que o exame é para avaliação dos implantes. Portanto, se houverem dúvidas no pedido medico, o responsável pelo console deve entrevistar a paciente

PROTOCOLO II:Ressonância Magnética de Mama (lesões)

Indicação: Todas as indicações, exceto quando o estudo for para avaliação de

implantes tais como: Controle de lesões detectadas pela RM Avaliação de achados mamográficos, clínicos e / ou ultrassonográficos. Rastreamento do câncer de mama Estadiamento locoregional em mulheres com diagnóstico atual de câncer de mama.Controle de quimioterapia neoadjuvante Pesquisa de carcinoma oculto nas mamas.Avaliação de recidiva tumoral em mulheres tratadas de câncer de mama.Doença de Paget Leito de mastectomiaContraste: SimProtocolo: LesõesSeqüência: BILATERAL:3 planeAsset.CalSag T2 DirSag T2 EsqVibrantAxial 3D T1 tardio

Documentações:

Após a aquisição das imagens deve ser realizada a subtração

da série pós contraste e pré contraste. As séries ponderadas em T2,

T1 pré e pós contraste e a subtração devem ser documentadas. As

imagens obtidas em T1 pré e pós contraste e a subtração devem ser

documentadas em espelho e sempre que possível com filme

formatado para 24 imagens. A segunda série pós contraste é a série

documentada e utilizada para subtração. Não é necessário

documentar a série axial tardia.

Observações:

Quando a paciente possuir implantes, mas o exame não tiver

como objetivo a avaliação dos implantes (ver observações no

protocolo implante) deve – se realizar apenas o protocolo com

contraste.

PROTOCOLO III:

Ressonância Magnética de Mama (Implante+lesão)

Indicação:

Utilizada quando o pedido médico e / ou a paciente indicar que a exame tem como objetivo avaliar os implantes e: Controlar de lesões detectadas pela RM Avaliar de achados mamográficos, clínicos e / ou ultrassonográficos. Rastrear do câncer de mama Estadiamento locoregional em mulheres com diagnóstico atual de câncer de mama.Controlar de quimioterapia neoadjuvante, Pesquisar de carcinoma oculto nas mamas.Avaliar de recidiva tumoral em mulheres tratadas de câncer de mama.Doença de Paget, Leito de mastectomia.

Contraste:

Sim

Protocolo:

Implante+lesão

Seqüência:

3 plane

Sag T2 WS Esq

Sag T2 WS Dir

Ax T2 WS Esq

Ax T2 WS Dir

Sag IR WS Esq

Sag IR WS Dir

Ax IR WS Esq

Ax IR WS Dir

Sag T2 FatSat Esq

Sag T2 FatSat Dir

Vibrant

Axial 3D T1 tardio

Documentações:

Ver documentação do implante no protocolo implante e das séries com contraste no protocolo lesões.

Observações:

Este protocolo deve ser uma exceção em mulheres com implantes, pois na maioria dos casos o exame é indicado para avaliar ou os implantes ou lesões. Portanto, deve ser restrito para situações em que o pedido medico ou a paciente indicar que o objetivo do exame é avaliar os implantes e o parênquima mamário.

O carcinoma ductal infiltrativo é identificado como imagem geralmente espiculada, irregular, com intensidade de sinal semelhante ao tecido fibroglandular em T1, com realce intenso e clareamento após o contraste. Realces segmentares e ductais também podem ser caracterizados, geralmente em direção à papila (Figura 1).

O carcinoma lobular pode ser caracterizado como uma massa irregular e mal delimitada, podendo haver distorção arquitetural associada. O realce é intenso e acompanha o padrão de qualquer processo expansivo maligno, com clareamento, ou ainda, “platô” (Figura 2).

É bastante freqüente o encontro de pequenos focos irregulares de realce semelhantes ao da massa principal, caracterizando multifocalidade e/ou multicentricidade (17) (Figura 3).

A RM também pode ser utilizada no acompanhamento da terapia neoadjuvante (QT pré-cirúrgica). Oferece informação precisa sobre o tamanho do tumor e se houve ou não resposta ao tratamento (8, 22, 23) (Figura 4).

Já os fibroadenomas são caracterizados à RM como nódulos arredondados, bem definidos, com contornos lobulados, com sinal geralmente hiperintenso em T2, hipointenso em T1. Após contraste apresentam realce lento e progressivo, predominantemente periférico e ainda septos hipointensos no seu interior (15) (Figura 5).

A RMM é indicada na a avaliação dos implantes mamários (próteses). A prótese íntegra apresenta contornos geralmente regulares com dobras radiais que são caracterizadas por imagens lineares hipointensas que vão até a periferia do invólucro. A rotura intra-capsular é identificada pela presença de inúmeras imagens lineares hipointensas no centro da prótese, com aspecto serpiginoso, ou o chamado “sinal do linguine”. É importante ressaltar que estas imagens lineares não atingem a periferia. Já a rotura extra-capsular é caracterizada pela presença de descontinuidade da prótese, material com sinal de silicone livre no parênquima (fora da prótese) (21, 28) (Figura 6).

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