regimento interno do tj ma

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ESTADO DO MARANHO PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA

NDICE DO REGIMENTO INTERNO RESOLVE APROVAR O SEGUINTE REGIMENTO INTERNO 1 PARTE TTULO I DO TRIBUNAL DE JUSTIA CAPTULO I DA COMPOSIO E FUNCIONAMENTO CAPTULO II DO PLENRIO CAPTULO III DAS CMARAS REUNIDAS CAPTULO IV DAS CMARAS ISOLADAS SEO I DAS DISPOSIES GERAIS SEO II DAS CMARAS ISOLADAS CRIMINAIS SEO III DAS CMARAS ISOLADAS CVEIS CAPTULO V DO PLANTO JUDICIRIO CAPTULO VI DA PRESIDNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA CAPTULO VII DA VICE-PRESIDNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA CAPTULO VIII DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIA CAPITULO IX DOS DESEMBARGADORES SEO I DA PROMOO E NOMEAO SEO II DO COMPROMISSO, POSSE E EXERCCIO SEO III DAS SUSPEIES, IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES SEO IV DA ANTIGIDADE SEO V DA REMOO E PERMUTA SEO VI DAS FRIAS SEO VII DAS LICENAS SEO VIII DOS AFASTAMENTOS SEO IX DAS SUBSTITUIES CAPTULO X DAS COMISSES CAPTULO XI DAS ELEIES 05 05 05 05 05 05 06 06 10 10 12 12 12 12 12 12 13 13 13 13 15 15 18 18 19 19 22 22 22 22 23 23 23 23 24 24 24 24 25 25 26 26 26 26 27 27 29 29 32 32

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CAPTULO XII DO MINISTRIO PBLICO CAPTULO XIII DO PODER DE POLCIA TTULO II DA MAGISTRATURA DO 1 GRAU CAPITULO I DA DISPOSIO GERAL CAPTULO II DO INGRESSO NA CARREIRA CAPTULO III DO VITALICIAMENTO E EXONERAO CAPTULO IV DAS GARANTIAS, PRERROGATIVAS, VENCIMENTOS E VANTAGENS CAPTULO V DAS FRIAS CAPTULO VI DA MATRCULA E ANTIGIDADE CAPTULO VII DA PROMOO, REMOO E PERMUTA CAPTULO VIII DA APOSENTADORIA E INCAPACIDADE TTULO III DA DISCIPLINA JUDICIRIA CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS CAPTULO II DA ADVERTNCIA E CENSURA CAPTULO III DA REMOO COMPULSRIA CAPTULO IV DA APOSENTADORIA COMPULSRIA CAPTULO V DA DISPONIBILIDADE E REAPROVEITAMENTO CAPTULO VI DA DEMISSO DE MAGISTRADO VITALCIO CAPTULO VII DA PRISO E INVESTIGAO CRIMINAL CONTRA MAGISTRADO CAPITULO VIII DO PROCESSO DISCIPLINAR CAPTULO IX DA REVISO DE PENALIDADES 2 PARTE TTULO I DO PROCESSO CAPTULO I DO REGISTRO CAPTULO II DO PREPARO E DESERO CAPTULO III DA DISTRIBUIO CAPTULO IV

34 34 35 35 36 36 36 36 36 36 37 37 39 39 39 39 40 40 41 41 49 49 50 50 50 50 52 52 52 52 53 53 53 53 54 54 55 55 56 56 58 58 58 58 58 58 58 60 60 61 61 63

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DA SUSPENSO DO PROCESSO E SOBRESTAMENTO DE ATOS PROCESSUAIS TTULO II DA INSTRUO E DOS JULGAMENTOS CAPTULO I DO RELATOR CAPTULO II DO REVISOR CAPTULO III DA VINCULAO CAPTULO IV DAS SESSES CAPTULO V DAS AUDINCIAS CAPTULO VI DA PAUTA CAPTULO VII DOS JULGAMENTOS SEO I DA ORDEM DOS TRABALHOS SEO II DA SUSTENTAO ORAL CAPTULO VIII DO ACRDO E DA PUBLICIDADE DOS ATOS SEO I DO ACRDO SEO II DA PUBLICIDADE DOS ATOS 3 PARTE TTULO I DOS PROCESSOS ORIGINRIOS CAPTULO I DO HABEAS-CORPUS CAPTULO II DO MANDADO DE SEGURANA CAPTULO III DO MANDADO DE INJUNO CAPTULO IV DO HABEAS DATA CAPTULO V DA AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE CAPTULO VI DA INTERVENO FEDERAL NO ESTADO CAPTULO VII DA INTERVENO EM MUNICPIO CAPTULO VIII DA AO PENAL SEO I DA INSTRUO E JULGAMENTO SEO II DO PEDIDO DE EXPLICAES EM JUZO CAPTULO IX DA REVISO CRIMINAL

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CAPTULO X DOS CONFLITOS DE JURISDIO, DE COMPETNCIA E DE ATRIBUIES SEO I DO CONFLITO DE JURISDIO SEO II DO CONFLITO DE COMPETNCIA SEO III DO CONFLITO DE ATRIBUIO CAPTULO XI DA AO RESCISRIA CAPTULO XII DA REPRESENTAO POR INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO E PERDA DA GRADUAO DE PRAA TTULO II DOS PROCESSOS INCIDENTAIS CAPTULO I DA UNIFORMIZAO DE JURISPRUDNCIA CAPTULO II DA INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO CAPTULO III DOS PROCESSOS CAUTELARES CAPTULO IV DAS EXECUES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIO CAPTULO V DA SUSPENSO DE SEGURANA CAPTULO VI DA HABILITAO INCIDENTE CAPTULO VII DO INCIDENTE DE FALSIDADE CAPTULO VIII DA RESTAURAO DE AUTOS CAPTULO IX DA ASSISTNCIA JUDICIRIA CAPTULO X DO DESAFORAMENTO CAPTULO XI DA FIANA CAPTULO XII DOS PRECATRIOS TTULO III DOS RECURSOS CAPTULO I DO AGRAVO REGIMENTAL CAPTULO II DOS EMBARGOS INFRINGENTES CAPTULO III DOS EMBARGOS DE DECLARAO CAPTULO IV DA APELAO CRIMINAL CAPTULO V DA APELAO CVEL CAPTULO VI

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DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CAPTULO VII DO AGRAVO DE INSTRUMENTO E DO AGRAVO RETIDO CAPTULO VIII DO REEXAME NECESSRIO CAPTULO IX DA CORREIO PARCIAL CAPTULO X DOS RECURSOS PARA OS TRIBUNAIS SUPERIORES 4 PARTE TTULO NICO CAPTULO I DA SECRETARIA CAPTULO II DA DISPOSIO FINAL Atualizada at a RESOLUO N 40, de 20 de agosto de 2009

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O TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO MARANHO, reunido em sesso plenria do dia 10 de novembro de 1993, usando do poder que lhe conferido p elo art. 96, I, "a", da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, bem como, pelo art. 76, I, da Constituio do Estado do Maranho e pelos arts. 29, II e 31 do Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias do Estado do Maranho (Lei Complementar n. 14, de 17 de dezembro de 1991), RESOLVE APROVAR O SEGUINTE REGIMENTO INTERNO 1 PARTE TTULO I DO TRIBUNAL DE JUSTIA CAPTULO I DA COMPOSIO E FUNCIONAMENTO

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Art. 1 O Tribunal de Justia do Estado do Maranho, com sede na cidade de So Lus e jurisdio em todo o Estado do Maranho, compe-se de vinte e quatro desembargadores, nomeados na forma da Constituio, da Lei e deste Regimento. Pargrafo nico. A alterao do nmero de desembargadores depender de proposta motivada do Tribunal, desde que o total de processos distribudos e julgados no ano anterior supere o ndice de trezentos feitos por desembargador, no includos, para efeito deste clculo, o presidente, o vicepresidente e o corregedor-geral da Justia, devendo a proposta ser aprovada por maioria absoluta de seus membros. Art. 2 Compem a mesa diretora do Tribunal de Justia o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justia, eleitos na forma do Captulo II deste Ttulo. 1 O presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justia no integraro quaisquer cmaras isoladas ou reunidas. 2 O Tribunal e todos os seus rgos tm o tratamento de Egrgio e os seus membros o de Excelncia. 3 privativo dos membros do Tribunal o ttulo de desembargador, que o conservaro quando da aposentadoria. Art. 3 Na composio do Tribunal, um quinto dos lugares provido por nomeao de membros do Ministrio Pblico Estadual e da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, que satisfaam as condies exigidas na Lei; e os demais lugares por nomeao de juzes de direito, pelos critrios de antiguidade e merecimento, alternadamente. Pargrafo nico. Das vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas ser, alternada e sucessivamente, preenchida por membros do Ministrio Pblico e por advogados, de tal forma que, tambm sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade. Art. 4 O Tribunal funcionar: I - em sesses: a) do Plenrio; b) das cmaras reunidas; c) das cmaras isoladas. II - em reunies de comisses permanentes e temporrias. 1 As cmaras reunidas e as cmaras isoladas integraro duas sees, a Seo Cvel e a Seo Criminal. 2 O presidente do Tribunal ter assento especial em todas as sesses e reunies a que presidir, em frente bancada dos demais desembargadores. 3 O desembargador mais antigo ocupar, na bancada, a primeira cadeira direita do presidente; seu imediato, a primeira esquerda, seguindo-se a este os de nmero par e, quele os de nmero mpar, obedecendo-se ordem de antiguidade. 4 Os presidentes das cmaras reunidas e das cmaras isoladas assumiro o assento especial e os demais desembargadores tomaro seus lugares na bancada, na forma estabelecida no pargrafo anterior. 6

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CAPTULO II DO PLENRIO

Art. 5 O Plenrio composto de todos os membros do Tribunal e somente se reunir com a presena de, no mnimo, doze desembargadores, alm do presidente. Pargrafo nico. Quando exigido quorum especial para deliberao, a verificao do quorum ser feita antes do julgamento ou deciso. Art. 6 Compete ao Plenrio processar e julgar originariamente: I - nas infraes penais comuns, o vice-governador; II - nas infraes penais comuns e de responsabilidade, os deputados estaduais, os secretrios de Estado, o procurador-geral de Justia, o procurador-geral do Estado e o defensor pblico-geral; III - nas infraes penais comuns e de responsabilidade, os juzes de direito e os membros do Ministrio Pblico, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral; IV - habeas corpus, quando o coator ou paciente for o vicegovernador, o presidente da Assemblia Legislativa, os deputados estaduais e o procurador-geral de Justia ou quando forem pacientes juzes de direito, ressalvada tambm a competncia da Justia Eleitoral; V - mandados de segurana e habeas data contra atos ou omisses do governador, da mesa e presidncia da Assemblia Legislativa, do presidente do Tribunal de Justia, do corregedor-geral da Justia, dos presidentes das cmaras reunidas ou isoladas, dos desembargadores, do presidente do Tribunal de Contas e do procurador-geral de Justia; VI - mandados de injuno, quando a alegada omisso de ato regulamentador for atribuda ao governador do Estado, Assemblia Legislativa e ao prprio Tribunal de Justia ou rgo ou entidade da administrao direta ou indireta do Estado; VII - aes diretas de inconstitucionalidade e de constitucionalidade de leis ou de atos normativos estaduais e municipais contestadas em face da Constituio Estadual; VIII - ao direta de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos municipais que afrontem a Constituio Federal; IX - embargos infringentes opostos a seus acrdos e aos das Cmaras Reunidas, bem como os recursos de despachos que no admitirem os embargos; X - aes rescisrias de seus julgados e de acrdos das Cmaras Cveis Reunidas, bem como as revises criminais nos processos de sua competncia; XI - embargos de nulidade e os pedidos de reviso criminal dos acrdos proferidos originariamente pelas Cmaras Criminais Reunidas; XII - habilitaes e outros incidentes, nos processos de sua competncia originria ou recursal; XIII - conflitos e dvidas de competncia entre seus rgos e conflitos de jurisdio entre seus rgos e os magistrados de 1 grau; XIV - conflitos de atribuies entre autoridades judicirias e administrativas quando interessados o governador e secretrios de Estado, a mesa ou presidncia da Assemblia Legislativa, o presidente do Tribunal de Contas e o procurador-geral de Justia; 7

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XV - excees de impedimento e de suspeio opostas a desembargador e ao procurador-geral de Justia; XVI - embargos de declarao opostos aos seus acrdos; XVII - agravos regimentais ou outros recursos de decises proferidas nos feitos de sua competncia pelo presidente, vice-presidente ou relator; XVIII - execuo do julgado em causas de sua competncia originria, facultada a delegao de competncia para a prtica de atos processuais no decisrios; XIX - reclamaes para preservao de sua competncia ou da de seus rgos e garantia da autoridade de suas decises; XX - incidentes de declarao de inconstitucionalidade suscitados pelos demais rgos julgadores; XXI - representaes contra membros do Tribunal, por excesso de prazo; XXII - exceo de verdade em processos de crime contra a honra em que o querelante fizer jus a foro especial por prerrogativa de funo junto ao Tribunal; XXIII - incidentes de uniformizao de jurisprudncia; XXIV - restaurao dos feitos de sua competncia. Art. 7 Compete tambm ao Plenrio: I - provocar a interveno da Unio no Estado, nos termos da Constituio da Repblica e da Constituio do Estado; II - requisitar a interveno do Estado em municpio, nas hipteses previstas em lei; III - expedir resoluo, por maioria absoluta de seus membros, autorizando o presidente do Tribunal a pleitear, perante o Supremo Tribunal Federal, interveno federal no Estado, quando se procurar coatar o livre exerccio do Poder Judicirio estadual, entre outros meios, por falta de recursos decorrentes da injustificada reduo de sua proposta oramentria ou pela no satisfao oportuna das dotaes oramentrias; IV - representar, quando for o caso, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, Ordem dos Advogados do Brasil, ao procurador-geral do Estado e ao defensor pblico-geral; V - homologar desistncia dos feitos de sua competncia, desde que o pedido tenha sido protocolado depois da incluso do processo em pauta. Art. 8 So atribuies do Plenrio: I - elaborar o regimento interno do Tribunal, emend-lo atravs de resolues e dar-lhe interpretao autntica por via de assento; II - eleger o seu presidente, o vice-presidente, o corregedor-geral da Justia e o diretor da Escola Superior da Magistratura; III - aprovar a proposta anual do oramento do Poder Judicirio a ser encaminhada ao Poder competente; IV - conhecer da prestao de contas a ser encaminhada anualmente ao Tribunal de Contas do Estado; V - conhecer da renncia de ocupantes dos cargos de direo e ou declarar a sua vacncia, realizando as eleies intercorrentes; VI - deliberar sobre pedido de informaes de comisso parlamentar de inqurito dirigido ao presidente, vice-presidente ou ao corregedor-geral da Justia; 8

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VII - propor ao Poder Legislativo alterao do Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias do Estado; bem como aumento ou diminuio do nmero de desembargadores e criao, alterao e extino de comarcas, varas, juizados especiais, serventias extrajudiciais e cargos de juzes de direito e serventurios extrajudiciais; VIII - organizar as secretarias e demais servios do Poder Judicirio, propondo ao Poder Legislativo a criao e extino de cargos, bem como a fixao dos vencimentos; IX - apreciar e encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei sobre Regimento de Custas e Emolumentos do Estado do Maranho, bem como sobre suas alteraes; X - autorizar a instalao de cmaras, comarcas, varas, juizados especiais e serventias extrajudiciais; XI - eleger, por voto secreto, desembargadores e juzes de direito que comporo o Tribunal Regional Eleitoral, bem como seus substitutos; e, ainda, elaborar, por voto secreto, lista trplice para preenchimento das vagas destinadas aos advogados a ser enviada ao presidente da Repblica, atravs do Tribunal Superior Eleitoral, para integrar o Tribunal Regional Eleitoral; XII - declarar a vacncia de cargos, por abandono, na magistratura, de servidores do Poder Judicirio e nas serventias extrajudiciais; XIII - promover juzes de direito para o Tribunal de Justia e de entrncia para entrncia; e deliberar sobre pedidos de remoo e permuta, de acordo com a Constituio, a Lei e na forma deste Regimento; XIV - deliberar sobre o vitaliciamento e sobre a perda do cargo de juiz de direito, na forma da Constituio e deste Regimento; XV - instaurar contra magistrados procedimento disciplinar para remoo, disponibilidade ou aposentadoria, mediante proposta do presidente, do corregedor-geral da Justia ou de desembargador, na forma deste Regimento; e decidir sobre afastamento de magistrado das funes judicantes durante o curso desses procedimentos; XVI - instaurar, em segredo de justia, inqurito judicial para a averiguao de crime comum ou de responsabilidade atribudo a desembargador, encaminhando-o ao Superior Tribunal de Justia; XVII - deliberar sobre remoo, disponibilidade e aposentadoria de magistrado, por interesse pblico, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, na forma da Constituio e deste Regimento; XVIII - promover aposentadoria de magistrado no caso de invalidez, na forma deste Regimento; XIX - promover a aposentadoria compulsria de magistrados e servidores do Poder Judicirio em razo de idade; XX - apreciar pedidos de aposentadoria voluntria dos magistrados e servidores do Poder Judicirio; XXI - apreciar pedidos de remoo de desembargadores de uma cmara para outra; XXII - conceder afastamento a magistrados para freqncia de cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos com durao superior a sessenta dias; XXIII - aprovar lista anual de antiguidade de magistrados, julgando as reclamaes apresentadas; XXIV - julgar as reclamaes feitas contra magistrados; 9

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XXV - elaborar regulamento de concurso para o cargo de juiz de direito substituto de entrncia inicial e homologar o seu resultado; XXVI - elaborar regulamento de concurso para servidores do Poder Judicirio e homologar o seu resultado; XXVII - elaborar regulamento de concurso para ingresso e remoo nas serventias extrajudiciais e homologar o seu resultado; XXVIII - conhecer das sugestes do relatrio bienal da presidncia e dos relatrios anuais do corregedor-geral da Justia e dos juzes de direito; XXIX - deliberar sobre as proposies apresentadas pelas comisses permanentes e temporrias; XXX - deliberar sobre pedidos de permuta entre servidores do Poder Judicirio de quadros diferentes ou remoo de um quadro para outro; XXXI - deliberar sobre aplicao de penas de advertncia, repreenso, suspenso e demisso aos servidores do Poder Judicirio, ressalvada a competncia do presidente, do corregedor-geral da Justia e dos juzes de direito; XXXII - deliberar sobre aplicao de penas de repreenso, multa, suspenso e perda de delegao dos serventurios extrajudiciais, ressalvada a competncia do corregedor-geral da Justia e dos juzes de direito; XXXIII - denominar os fruns e demais edifcios de seu uso, bem como autorizar a colocao de bustos, esttuas ou placas nos prdios do Poder Judicirio, ou por ele administrados; XXXIV - aprovar os modelos de vestes talares para desembargadores, juzes de direito e serventurios da Justia; XXXV - exercer as demais atribuies conferida-lhe em Lei, no Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias e neste Regimento. CAPTULO III DAS CMARAS REUNIDAS Art. 9 So duas as cmaras reunidas, sendo uma criminal e outra cvel, composta cada uma pelos membros das cmaras isoladas da respectiva especialidade. Pargrafo nico. As cmaras reunidas so presididas pelo desembargador mais antigo de cada uma delas, que tambm exercer as funes de relator e revisor e ser substitudo pelo seu membro mais antigo presente sesso. Art. 10. As Cmaras Cveis Reunidas funcionaro com no mnimo seis desembargadores, alm do seu presidente, e as Cmaras Criminais Reunidas, com cinco desembargadores, alm do seu presidente. Art. 11. Compete s Cmaras Cveis Reunidas: I - processar e julgar: a) embargos infringentes das decises das cmaras isoladas cveis; b) aes rescisrias dos acrdos das cmaras isoladas cveis; c) restaurao em feitos de sua competncia; d) execuo de sentenas proferidas nas aes rescisrias de sua e) habilitaes e demais incidentes nas causas sujeitas ao seu 1

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competncia; julgamento;

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f) mandados de segurana quando autoridade apontada como coatora for secretrio de Estado, o procurador-geral do Estado, o defensor pblico-geral ou conselheiro do Tribunal de Contas; g) mandados de segurana, quando a autoridade coatora for juiz de direito em matria cvel; h) representao do procurador-geral de Justia, que tenha por objeto a interveno em municpio. II - julgar: a) embargos de declarao opostos a seus julgados; b) recursos das decises que inadimitiram embargos infringentes de sua competncia; c) suspeies e impedimentos dos juzes de direito, nos feitos cveis; d) suspeies e impedimentos de procuradores de Justia com exerccio nas cmaras cveis; e) agravos de decises proferidas, nos feitos de sua competncia, pelo seu presidente e pelos relatores; f) recursos de apelao, de agravo de instrumento e demais processos nos casos de assuno de competncia; g) execues de seus acrdos, nas causas de sua competncia originria, podendo delegar ao juzo de primeiro grau a prtica de atos no decisrios. III - representar, quando for o caso, ao presidente do Tribunal, ao corregedor-geral da Justia, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, Ordem dos Advogados do Brasil, ao procurador-geral do Estado e ao defensor pblicogeral; IV - homologar desistncia dos feitos de sua competncia, desde que o pedido tenha sido protocolado depois da incluso do processo em pauta; V - decretar medidas cautelares e de segurana; e fazer aplicao provisria de interdio de direito nos processos de sua competncia. Art. 12. Compete s Cmaras Criminais Reunidas: I - processar e julgar: a) pedidos de reviso criminal das sentenas e dos acrdos proferidos pelas cmaras criminais isoladas;

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b) embargos de nulidade e infringentes dos julgados das cmaras criminais isoladas; c) mandados de segurana, quando a autoridade coatora for juiz de direito em matria criminal; d) agravos de decises proferidas, nos feitos de sua competncia, por seus presidente e relatores. II - julgar: a) embargos de declarao opostos aos seus acrdos; b) recursos de deciso de relator que indeferir liminar ou pedido de reviso criminal ou os embargos de nulidade ou infringentes; c) suspeies e impedimentos dos juzes de direito nos feitos criminais; d) suspeies e impedimentos dos procuradores de Justia com exerccio nas Cmaras Criminais; e) representao por indignidade para o oficialato e a perda da graduao de praas; f) execuo de seus acrdos, nas causas de sua competncia originria, podendo delegar ao juzo de primeiro grau a prtica de atos no decisrios. III - aplicar medidas de segurana em decorrncia de deciso proferida em reviso criminal; IV - conceder, de oficio, ordem de habeas corpus, nos feitos submetidos ao seu conhecimento;

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V - decretar, de oficio, a extino da punibilidade; VI - representar, quando for o caso, ao presidente do Tribunal, ao corregedor-geral da Justia, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, da Ordem dos Advogados do Brasil, ao procurador-geral do Estado e ao defensor pblico-geral. Art. 13. Aos presidentes das cmaras reunidas compete: I - presidir as sesses de suas cmaras reunidas, sem prejuzo das suas funes de relator e revisor, e proferir voto nos casos de empate; II - convocar sesses extraordinrias, sem prejuzo de convocao pelo presidente do Tribunal; III - proclamar os resultados dos julgamentos; IV - exercer o poder de polcia durante as sesses; V - impor penas disciplinares a servidores do Poder Judicirio. CAPTULO IV DAS CMARAS ISOLADAS SEO I Das Disposies Gerais cveis. Art. 14. So sete as cmaras isoladas, sendo trs criminais e quatro

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Pargrafo nico. As cmaras isoladas criminais e cveis so compostas, cada uma, por trs desembargadores. Art. 15. Cada cmara isolada presidida, em sistema de rodzio, pelo desembargador mais antigo na cmara, pelo perodo de um ano, competindo-lhe: I - presidir as sesses da cmara, sem prejuzo de oficiar como relator, revisor ou vogal; II - convocar sesses extraordinrias, sem prejuzo dessa convocao pela Presidncia do Tribunal; III - proclamar o resultado dos julgamentos; IV - exercer o poder de polcia durante as sesses. Pargrafo nico. O presidente da cmara ser substitudo pelo desembargador mais antigo e que seja membro da cmara. SEO II Das Cmaras Isoladas Criminais Art. 16. Compete s cmaras isoladas criminais: I - processar e julgar: a) prefeitos municipais, nos crimes comuns; b) pedidos de habeas corpus, sempre que os atos de violncia ou coao ilegal forem atribudos a juzes de direito;

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c) conflitos de jurisdio entre juzes de direito ou entre estes e autoridades administrativas, quando no forem de competncia do Plenrio; d) pedidos de correio parcial; II - julgar: a) recursos das decises do Tribunal do Jri e dos juzes de 1 grau em matria criminal; b) recursos das decises dos juzes de direito em processos de habeas corpus. c) embargos de declarao opostos aos seus julgados; d) medidas e processos incidentes, bem como agravos regimentais relativos a processos cujo julgamento lhes seja afeto; e) exame para verificao da cessao de periculosidade antes de expirado o prazo mnimo da durao da medida de segurana; f) confisco de instrumentos e produtos de crime; III - executar, no que couber, suas decises, facultada a delegao de competncia para a prtica de atos processuais no decisrios. IV - representar, quando for o caso, ao presidente do Tribunal, ao corregedor-geral da Justia, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, Ordem dos Advogados do Brasil, ao procurador-geral do Estado e ao defensor pblicogeral; V - exercer outras atribuies conferida-Ihes pela Lei ou por este Regimento. Pargrafo nico. Cada cmara isolada ter um secretrio, indicado pelos seus respectivos membros e nomeado pelo presidente do Tribunal, cujas atribuies so definidas no regulamento da Secretaria do Tribunal. SEO III Das Cmaras Isoladas Cveis Art. 17. Compete s cmaras isoladas cveis: I - processar e julgar: a) habeas corpus, nos casos de priso civil e nas matrias relacionadas ao Estatuto da Criana e do Adolescente; b) habilitaes e incidentes nas causas sujeitas ao seu julgamento; c) agravo de instrumento das decises dos juzes de direito; d) agravos das decises do seu presidente e dos relatores nos feitos de sua competncia; e) conflitos de competncia entre os juzes de 1 grau ou entre estes e autoridades administrativas, quando no forem de competncia do Plenrio; f) aes rescisrias das sentenas dos juzes de 1 grau; g) restaurao em feitos de sua competncia; h) pedidos de correio parcial e reclamaes em matria cvel II - julgar apelaes, remessas e outros recursos relativos a sentena ou a decises proferidas em casos de matria cvel pelos juzes do 1 grau; III - julgar recursos referentes aos procedimentos relativos Justia da Infncia e Juventude; IV - executar, no que couber, suas decises, facultada a delegao de competncia para a prtica de atos processuais no decisrios; 1

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IV - representar, quando for o caso, ao presidente do Tribunal, ao corregedor-geral da Justia, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, Ordem dos Advogados do Brasil, ao procurador-geral do Estado e ao defensor pblicogeral; V - exercer outras atribuies conferida-lhes pela Lei ou por este Regimento; Pargrafo nico. Cada cmara isolada ter um secretrio, indicado por seus respectivos membros e nomeado pelo presidente do Tribunal, cujas atribuies so definidas no regulamento da Secretaria do Tribunal. CAPTULO V DO PLANTO JUDICIRIO Art. 18. O planto judicirio, no mbito da Justia de 2 grau, destina-se a atender, fora do expediente forense, s demandas revestidas de carter de urgncia, nas esferas cvel e criminal. Pargrafo nico. O planto abranger: I - nos dias teis, o perodo compreendido entre o final do expediente do dia corrente e o incio do expediente do dia seguinte; II - nos sbados, domingos e feriados, inclusive os de ponto facultativo, o perodo compreendido entre o final do ltimo dia til anterior e o incio do expediente do primeiro dia til subseqente. Art. 19. O planto judicirio de 2 grau destina-se a conhecer, exclusivamente: I - dos pedidos de liminares em habeas corpus e mandados de segurana impetrados contra atos e decises dos juzes de direito; II - dos pedidos de liminares em habeas corpus e mandados de segurana contra ato do governador do Estado, da mesa diretora da Assemblia Legislativa e de seu presidente, do Tribunal de Contas do Estado, dos procuradores-gerais de Justia e do Estado, do defensor pblico-geral e dos secretrios de Estado ou ocupantes de cargos equivalentes; III - dos pedidos de liminares em habeas corpus em que forem pacientes juzes de direito, deputados estaduais, secretrios de Estado ou ocupantes de cargos equivalentes, os procuradores-gerais de Justia e do Estado, o defensor pblico-geral, membros do Ministrio Pblico e prefeitos municipais; IV - dos pedidos de concesso de liberdade provisria s autoridades mencionadas no inciso anterior, bem assim das comunicaes de que trata o inciso LXII do art. 5 da Constituio Federal; V - dos pedidos de concesso de medidas cautelares, de competncia do Tribunal, por motivo de grave risco vida e sade das pessoas; VI - dos pedidos de decretao de priso provisria mediante representao da autoridade competente. 1 Verificada urgncia que imponha atendimento fora do expediente forense, poder o desembargador de planto apreciar, em carter excepcional, tutelas ou medidas preementes, mesmo fora das hipteses enumeradas no caput deste artigo. 2 Verificado no se tratar de matria do planto, o desembargador plantonista determinar a remessa do pedido distribuio. 1

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Art. 20. O planto obedecer escala de rodzio semanal, dele participando todos os desembargadores, exceo do presidente e do vicepresidente do Tribunal de Justia e do corregedor-geral da Justia; e ser iniciado pelo desembargador de investidura mais recente no Tribunal. 1 O presidente do Tribunal far publicar a escala de planto, trimestralmente, no Dirio da Justia, alm de deix-la disponvel no site do Tribunal e no Telejudicirio, e a encaminhar, por ofcio, ao Ministrio Pblico, Seccional da Ordem dos Advogados, Defensoria Pblica e Secretaria de Segurana. 2 Da escala de planto constaro tambm o nome do servidor de planto com endereo e nmero de telefone. 3 Em qualquer das hipteses do art. 19, o interessado dever contatar o funcionrio plantonista, que o responsvel pelo recebimento da petio, processamento e encaminhamento ao desembargador de planto, bem como pelas providncias necessrias ao cumprimento de qualquer deciso exarada nos autos. 4 Ao deixarem os cargos de direo, o presidente e o vicepresidente do Tribunal de Justia e o corregedor-geral da Justia, a escala de planto ser adequada nova composio. Art. 21. Julgando-se impedido, suspeito, ou estando impossibilitado, por motivo superveniente, de conhecer do feito, o desembargador de planto ser substitudo, primeiro, pelo vice-presidente; segundo, pelo decano e, sucessivamente, pelo desembargador mais antigo. Art. 22. Durante o recesso natalino e de ano novo, o servio de planto ser exercido pelo presidente, pelo vice-presidente e pelo corregedorgeral da Justia, de acordo com escala expedida pelo presidente do Tribunal. 1 Os processos com pedido de liminar e de medidas de urgncia no apreciadas pelos relatores sero, no perodo de que trata o caput, encaminhados ao presidente, para distribuio entre os membros da mesa diretora. 2 Findo o recesso, os autos retornaro aos relatores originrios; e os novos, independentemente de determinao do relator temporrio, sero distribudos. vias. Art. 23. Todas as peties sero apresentadas ao planto em duas

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Pargrafo nico. O desembargador que conhecer do pedido remeter a segunda via e demais documentos ao servidor de planto, que guardar os autos e papis recebidos e, no primeiro dia til subseqente, os encaminhar distribuio. Art. 24. A obrigao de recolhimento de custas judiciais fica postergada para o primeiro dia til subseqente ao ingresso do feito no planto. Pargrafo nico. O valor correspondente concesso de fiana criminal ser entregue ao servidor de planto, que efetuar o recolhimento no primeiro dia til subseqente, juntando aos autos o respectivo comprovante de depsito. CAPTULO VI 1

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DA PRESIDNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA Art. 25. Alm das atribuies jurisdicionais e gerais, advindas da Lei e deste Regimento, compete ao presidente do Tribunal: I - representar o Poder Judicirio do Estado em suas relaes com os demais poderes e autoridades; II - zelar pelas prerrogativas do Poder Judicirio, da Magistratura e do Tribunal de Justia; III - administrar e dirigir os trabalhos do Palcio da Justia; IV - praticar todos os atos processuais nos recursos e feitos de competncia originria do Tribunal de Justia, antes da distribuio e depois de exaurida a competncia do relator, quando no for de competncia do vicepresidente; V - exercer as funes de juiz das execues criminais, quando a condenao houver sido imposta em processo de competncia originria do Tribunal; VI - exercer a alta polcia do Tribunal, mantendo a ordem, ordenando a expulso dos que a perturbarem e a priso dos desobedientes, fazendo lavrar os respectivos autos; VII - determinar a suspenso dos servios judicirios, quando ocorrer motivo relevante; VIII - convocar sesses extraordinrias do Plenrio, das cmaras reunidas, das cmaras isoladas e das comisses; IX - determinar, aps autorizao do Plenrio, abertura de concurso para juiz de direito substituto de entrncia inicial; X - assinar atos de nomeao, promoo, permuta, remoo e aposentadorias dos desembargadores e juzes de direito, ressalvada a hiptese do art. 94 da Constituio da Repblica; XI - conceder frias a desembargador; XII - conceder licenas a desembargadores e juzes; XIII - conceder afastamento aos magistrados nos casos de casamento ou de falecimento de cnjuge, companheiro e parentes consangneos ou afins, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau ou em razo de outros motivos relevantes; XIV - conceder afastamento de magistrados por prazo no superior a sessenta dias para freqncia de cursos e seminrios, depois de ouvido o corregedor-geral da Justia; XV - dar posse aos juzes de direito; XVI - reorganizar e fazer publicar anualmente, depois de aprovada pelo Plenrio, as listas de antiguidade dos magistrados de 1 e 2 graus; XVII - conceder ajuda de custo aos juzes promovidos ou removidos compulsoriamente; XVIII - conceder prorrogao de prazo aos juzes de direito para assumirem seus cargos depois de nomeados, promovidos, permutados ou removidos; XIX - determinar a incluso em pauta dos feitos de competncia do Plenrio e mandar preparar, assinar e publicar a referida pauta; XX - dirigir os trabalhos do Plenrio, mantendo a ordem, regulando a discusso da matria e a sustentao oral, encaminhando e apurando as votaes e proclamando seus resultados; 1

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XXI - intervir com voto em todas as matrias administrativas e disciplinares submetidas ao Plenrio; XXII - oficiar como relator em todos os processos administrativos advindos da secretaria ou de matria de sua competncia; XXIII - decidir questes de ordem ou submet-las ao Plenrio quando considerar necessrio; XXIV - votar em Plenrio nos feitos de inconstitucionalidade; XXV - executar e fazer executar as resolues e decises do Plenrio; XXVI - fazer publicar mensalmente os dados estatsticos dos trabalhos de judicatura do Tribunal; XXVII - encaminhar, em poca oportuna, proposta oramentria dos rgos do Poder Judicirio, depois de aprovada pelo Plenrio; XXVIII - solicitar crditos suplementares para os rgos do Poder Judicirio; XXIX - autorizar despesas oramentrias e providncias legais sua efetivao no Tribunal de Justia; XXX - firmar contratos e atos de outra natureza pertinentes administrao do Poder Judicirio, salvo os de competncia do corregedor-geral da Justia; XXXI - julgar recurso contra excluso ou incluso de nome na lista geral de jurados; XXXII - executar as sentenas dos tribunais estrangeiros; XXXIII - encaminhar cartas rogatrias ao juiz competente para o seu cumprimento; XXXIV - suspender medidas liminares e execues de sentenas de 1 grau nos casos previstos em lei; XXXV - nomear servidores em cargos comissionados e nomear e lotar os servidores efetivos do Poder Judicirio, em ambos os casos, aps aprovao do Plenrio; e prorrogar, quando requerido pelo servidor, o prazo para posse por at trinta dias; XXXVI - decidir sobre concesso de gratificaes, adicionais por tempo de servio, salrio-famlia e outras vantagens salariais aos servidores do Poder Judicirio; XXXVII - conceder afastamentos, no caracterizados como licenas, a servidores do Poder Judicirio por prazo de at noventa dias, ressalvada a competncia do vice-presidente, do corregedor-geral da Justia, dos desembargadores e do diretor da Escola da Magistratura, pelo mesmo prazo, quanto aos funcionrios lotados respectivamente na Vice-Presidncia, na Corregedoria, nos gabinetes e na Escola da Magistratura e, ressalvada tambm, a competncia dos juzes de direito quanto aos funcionrios lotados em seus juzos e at pelo prazo de oito dias; XXXVIII - conhecer de oficio ou por reclamaes a exigncia ou percepo de custas indevidas por funcionrios do Tribunal de Justia ou, nos casos subordinados a seu julgamento, por servidores de qualquer categoria, ordenando as competentes restituies e impondo as penas previstas em lei; XXXIX - indicar ao Plenrio os membros das comisses permanentes e sugerir a criao de comisses temporrias com os respectivos integrantes; XL - constituir comisses que no dependam de deliberao do Plenrio; 1

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XLI - regulamentar uso de veculos pertencentes ao Tribunal ou que estejam a seu servio; XLII - decidir sobre qualquer matria administrativa, ressalvada a competncia do Plenrio; XLIII - proferir nos julgamentos do Plenrio voto de desempate; XLIV - relatar e votar os agravos interpostos de seus despachos; XLV - assinar, com o relator, os acrdos do Plenrio, bem como, as cartas de sentena e as rogatrias; XLVI - prestar informaes em habeas corpus e mandados de segurana contra ato seu ou do Plenrio; XLVII - despachar petio referente a processos findos ou arquivados; XLVIII - decidir as reclamaes por erro de ata e de publicao de acrdos do Plenrio; XLIX - decidir sobre pedidos de extrao de cartas de sentena, quando interpostos recursos extraordinrio ou especial; L - admitir ou no recursos extraordinrios e especiais, resolvendo os incidentes suscitados; LI - expedir ordem de pagamento devido pelas fazendas pblicas estadual e municipal, nos termos do artigo 100 da Constituio da Repblica, despachando os precatrios; LII - deliberar sobre a remoo e permuta de funcionrios nos casos de sua competncia; LIII - apresentar ao Plenrio relatrio circunstanciado dos trabalhos efetuados durante sua presidncia, at trs meses aps deixar o cargo; LIV - comunicar aos poderes Legislativo e Executivo do Estado ou do Municpio declarao de inconstitucionalidade de lei estadual ou municipal; LV - comunicar autoridade subscritora de ato normativo estadual ou municipal a declarao de sua inconstitucionalidade; LVI - baixar ato, aps aprovao em Plenrio, para verificao de invalidez de magistrado; LVII - praticar ato que lhe for delegado pelo Plenrio; LVIII - delegar poderes ao vice-presidente, ao corregedor-geral de Justia e ao diretor-geral da secretaria; procedendo, quanto aos dois primeiros, de acordo com o disposto no pargrafo nico do art. 27 e no pargrafo nico do art. 30 deste Regimento. LXIV - deliberar sobre aplicao de penas de advertncia, repreenso e suspenso aos servidores do Poder Judicirio, ressalvada a competncia do corregedor-geral da Justia e dos juzes de direito; LX - corrigir os servios da Secretaria do Tribunal; LXI - designar desembargador para substituir membro de cmara isolada em seus perodos de frias, licenas e outros afastamentos; LXII - cumprir e fazer cumprir este Regimento. Art. 26. O presidente votar nas eleies e indicaes a serem feitas pelo Tribunal, bem como o primeiro a votar em todas as questes administrativas. CAPTULO VII DA VICE-PRESIDNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA 1

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Art. 27. Ao vice-presidente do Tribunal de Justia compete: I - substituir o presidente em suas faltas, frias, licenas e impedimentos e suced-lo no caso do caput do art. 93 deste Regimento; II - exercer quaisquer das atribuies do presidente prevista em Lei ou neste Regimento e que lhe forem delegadas; III - resolver as dvidas quanto classificao de feitos e papis registrados na Secretaria do Tribunal, baixando as instrues necessrias; IV - decidir sobre quaisquer questes relacionadas distribuio dos processos; V - convocar desembargador para substituir membro de cmara isolada em seus impedimentos, suspeies e ausncias ocasionais; VI - relatar processos de exceo de impedimento e de suspeio de desembargadores; VII - relatar processos de conflitos de competncia entre cmaras do Tribunal; VIII - homologar desistncia requerida antes da distribuio dos processos; IX - despachar atos administrativos referentes ao presidente; X - colaborar com o presidente na administrao e representao do Poder Judicirio; XI - exercer quaisquer atribuies oriundas de Lei ou deste Regimento. Pargrafo nico. A delegao de que trata o inciso II far-se- mediante ato do presidente e de comum acordo com o vice-presidente. Art. 28. O vice-presidente substitudo em suas faltas e impedimentos, ou quando no exerccio da Presidncia, pelo decano do Tribunal. Pargrafo nico. No caso de ausncia ou impedimento do decano, o vice-presidente ser substitudo pelo desembargador mais antigo, que no exera outro cargo na administrao do Tribunal. CAPTULO VIII DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIA Art. 29. A Corregedoria Geral da Justia, rgo de fiscalizao e disciplina, com jurisdio em todo o Estado do Maranho, ser exercida por um desembargador, com o ttulo de corregedor-geral da Justia, que ser auxiliado por quatro juzes corregedores. 1 O corregedor-geral da Justia substitudo em suas faltas e impedimentos pelo decano do Tribunal. 2 No caso de ausncia ou impedimento do decano, o corregedor ser substitudo pelo desembargador mais antigo, que no exera outro cargo na administrao do Tribunal. Art. 30. Ao corregedor-geral da Justia, alm da incumbncia da correo permanente dos servios judicirios de primeira instncia, zelando pelo bom funcionamento e aperfeioamento da Justia, das atribuies referidas em Lei e neste Regimento, compete: I - elaborar o regimento interno da Corregedoria e modific-lo, em ambos os casos, com a aprovao do Plenrio; 2

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II - organizar os servios internos da Corregedoria, inclusive discriminando as atribuies dos juzes corregedores; III - indicar ao Plenrio os juzes de direito da comarca de So Lus, auxiliares ou titulares, para as funes de juzes corregedores; IV - realizar correio geral ordinria anual, sem prejuzo das extraordinrias, diretamente ou por seus juzes auxiliares, em pelo menos um tero das comarcas do interior e das varas da Capital; V - apreciar os relatrios anuais dos juzes de direito, submetendoos ao Plenrio; VI - apresentar ao Plenrio, oralmente ou por escrito, relatrio das correies realizadas; VII - expedir normas referentes ao estgio probatrio dos juzes de direito substitutos; VIII - conhecer das representaes e reclamaes relativas aos servios judicirios, determinando ou promovendo as diligncias necessrias, ou encaminh-las ao procurador-geral de Justia, ao presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, ao procurador-geral do Estado e ao defensor pblico-geral; IX - determinar a realizao de sindicncia ou de processo administrativo, decidindo os que forem de sua competncia e procedendo s medidas necessrias ao cumprimento de sua deciso; X - remeter ao Ministrio Pblico cpias de peas de sindicncias ou processos administrativos, quando houver elementos indicativos da ocorrncia de crime cometido por servidor; XI - julgar os recursos das decises dos juzes, referentes s reclamaes sobre cobrana de custas e emolumentos; XII - conceder ou suspender frias de juzes de direito; XIII - designar juzes de direito para responder por varas e comarcas; XIV - opinar sobre a convenincia de pedidos de remoo, permuta e gozo de licena-prmio de juzes de direito; XV - organizar tabelas do planto judicial da Comarca da Capital e das do interior, onde houver mais de uma vara; podendo, no caso das comarcas do interior, delegar aos juzes diretores dos fruns. XVI - opinar sobre a criao, desdobramento, desmembramento, aglutinao ou extino de serventias extrajudiciais; XVII - opinar sobre pedidos de remoo, permuta e transferncia de serventurios da 1 instncia; XVIII - providenciar, de oficio ou a requerimento, sobre o retardamento na tramitao de processos; XIX - designar substituto permanente do secretrio judicial das varas e comarcas e das secretarias dos servios de distribuio, contadoria, avaliao, partilha e depsito judicial e das secretarias de diretorias de fruns, observando quanto s secretarias de comarcas, varas e diretorias de fruns as indicaes dos juzes de direito respectivos; XX - orientar os servios de distribuio de 1 instncia; XXI - conhecer dos recursos das penalidades aplicadas pelos juzes de direito e diretores de frum aos servidores do Poder Judicirio e aos serventurios extrajudiciais; XXII - fiscalizar o procedimento funcional dos juzes de direito, propondo ao Plenrio as medidas cabveis; 2

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XXIII - exercer as funes que lhe forem delegadas pelo Plenrio; XXIV - controlar e fiscalizar a cobrana de custas e emolumentos; XXV - determinar abertura de sindicncias contra juzes de direito, servidores do quadro da Justia de 1 grau e dos serventurios extrajudiciais; XXVI - proceder ou delegar aos juzes corregedores as sindicncias de que trata o inciso anterior; XXVII - indicar ao presidente do Tribunal para nomeao os ocupantes de cargos em comisso da Corregedoria e solicitar a nomeao de servidores aprovados para o quadro da Justia de 1 grau; XXVIII - deliberar sobre aplicao das penas de advertncia, repreenso e suspenso aos servidores do quadro da Justia de 1 grau e das penas de repreenso, de multa e de suspenso, aos serventurios extrajudiciais, ressalvada, em ambos os casos, a competncia dos juzes de direito; XXIX - encaminhar ao Plenrio, at 31 de maro de cada ano, relatrio anual das atividades da Corregedoria; XXX - decidir sobre matria administrativa relativa aos servidores da Justia de 1 grau e aos funcionrios do quadro da Justia de 2 grau lotados na Corregedoria Geral da Justia, ressalvada a competncia do Plenrio, do presidente e dos juzes de direito; XXXI - designar juzes de direito diretores dos fruns das comarcas do interior; XXXII - indicar para aprovao do Plenrio, o juiz de direito diretor do frum da Comarca de So Lus; XXXIII - executar as diligncias complementares, no caso de priso em flagrante de magistrado; XXXIV - opinar sobre criao, extino e elevao de comarcas, bem como, sobre criao de varas; XXXV - fiscalizar em carter geral e permanente a atividade dos rgos e servios judicirios de primeira instncia e do servio extrajudicial; XXXVI - realizar correio extraordinria em comarca, vara ou serventia, por deliberao prpria ou do Plenrio; XXXVII - proceder correio nas penitencirias e presdios do Estado ou deleg-la aos juzes corregedores; XXXVIII - decidir os recursos interpostos das decises dos juzes corregedores e das decises disciplinares dos juzes de direito; XXXIX - propor ao Plenrio a demisso de servidores do quadro da Justia de 1 grau e de serventurios extrajudiciais; XL - instaurar, de oficio ou mediante representao de qualquer autoridade judiciria ou de membro do Ministrio Pblico, inqurito administrativo para apurao de invalidez de servidor da Justia de 1 grau ou de serventurio extrajudicial; XLI - propor ao Plenrio instaurao de procedimento para verificao de invalidez de juiz de direito, ressalvada a competncia dos demais desembargadores; XLII decretar regime de exceo de qualquer comarca ou vara, indicando os juzes para atuar na mesma durante esse perodo; XLIII - expedir determinaes, instrues e recomendaes, sob a forma de provimento, sobre: a) as atividades judicantes de 1 grau; b) as atividades dos diretores de frum; c) a classificao dos feitos para distribuio no 1 grau; 2

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d) os livros necessrios ao expediente forense; e) as atividades em geral da magistratura de 1 grau, as secretarias judiciais, as secretarias de diretoria de fruns e as serventias extrajudiciais; f) as atividades dos juzes de paz; XLIV - exercer outras atividades previstas em lei, neste Regimento ou delegadas pelo Plenrio ou pelo presidente do Tribunal de Justia. Pargrafo nico. A delegao de competncia do presidente prevista no inciso XLIV, far-se- de comum acordo com o corregedor-geral da Justia. Art. 31. O corregedor-geral da Justia relatar no plenrio os feitos relativos s sindicncias instauradas, de oficio ou mediante representao, contra juiz de direito at deciso de instaurao definitiva do processo administrativo disciplinar. Pargrafo nico. Instaurado preliminarmente o processo administrativo e apresentada a defesa pelo magistrado, o corregedor-geral relatar a acusao perante o Plenrio e redigir o acrdo, salvo se for voto vencido. Art. 32. O corregedor-geral da Justia ser auxiliado pelos juzes corregedores, que por delegao exercero atividades relativas aos juzes de direito e aos serventurios judiciais e extrajudiciais. 1 Os juzes corregedores so designados pelo presidente do Tribunal, depois de indicados pelo corregedor-geral e aprovados pelo Plenrio. 2 Os juzes corregedores so designados por prazo indeterminado e durante a designao ficaro afastados de suas funes judicantes. 3 A designao considerar-se- finda em razo de dispensa ou com o trmino do mandato do corregedor-geral que os indicou, salvo se houver reconduo. Art. 33. O corregedor-geral da Justia dispensado das funes de relator, revisor e vogal nas cmaras reunidas e isoladas; e poder participar no Plenrio, como vogal, nas questes constitucionais. Pargrafo nico. Nas sesses administrativas, o corregedor-geral participar de todas as votaes, eleies e indicaes; e ser o relator dos processos originrios da Corregedoria. Art. 34. Haver na Corregedoria Geral da Justia livro prprio para registro de queixa de qualquer do povo, por abusos, erros ou omisses das autoridades judicirias, servidores do Poder Judicirio e notrios e registradores. CAPITULO IX DOS DESEMBARGADORES SEO I Da Promoo e Nomeao

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Art. 35. Ressalvado os casos de nomeao como previsto no art. 94 da Constituio da Repblica, a investidura no cargo de desembargador ser feita por acesso de juzes de direito, segundo os critrios, alternados, de antiguidade e merecimento. Art. 36. O acesso dos juzes de direito pelos critrios de merecimento ou antiguidade se dar da mesma forma da promoo dos juzes de uma entrncia para outra, prevista no captulo VII do Ttulo II deste Regimento. Art. 37. Ocorrendo vaga destinada ao quinto constitucional, o presidente do Tribunal, ouvido o Plenrio, oficiar ao procurador-geral de Justia ou ao presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, conforme o caso, comunicando a existncia de vaga para elaborao da lista sxtupla. Pargrafo nico. A lista sxtupla deve ser acompanhada dos documentos probatrios das exigncias constitucionais e do currculo de seus integrantes. Art. 38. Recebida a lista sxtupla, o presidente do Tribunal distribuir cpia da mesma e do currculo dos candidatos a todos os desembargadores e designar sesso, com antecedncia mnima de 48 horas, para o Plenrio, verificando a regularidade da lista, escolher, por voto pblico, aberto e fundamentado, a lista trplice a ser encaminhada ao governador do Estado. Art. 39. A votao da lista trplice ser feita com a presena de pelo menos dois teros dos desembargadores. 1 Cada desembargador votar em trs nomes e sero considerados escolhidos os mais votados, desde que obtenham a maioria absoluta dos votos dos desembargadores presentes, repetindo-se a votao, se necessrio. 2 No segundo e subseqentes escrutnios, cada desembargador votar em tantos nomes quantos faltarem para compor a lista. 3 Havendo empate para o ltimo nome, ser procedida nova votao entre os empatados, cuja escolha se dar por maioria de votos. SEO II Do Compromisso, Posse e Exerccio Art. 40. Os desembargadores tomaro posse e prestaro compromisso perante o Plenrio, em sesso solene, salvo manifestao em contrrio do interessado, quando ento o far perante o presidente do Tribunal. 1 O compromisso e posse podero ser prestados por procurador com poderes especiais. 2 Do compromisso e posse ser lavrado termo pelo diretor-geral, que ser assinado pelo presidente, pelo empossado e pelo diretor-geral. 3 No ato da posse o desembargador apresentar declarao de bens. Art. 41. O prazo para posse de trinta dias, contado da publicao do ato de nomeao no Dirio da Justia ou no Dirio Oficial, conforme o caso, podendo ser prorrogado por igual prazo pelo Plenrio. 2

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1 Sendo o nomeado magistrado ou membro do Ministrio Pblico e estando de frias ou de licena, o prazo ser contado da data em que deveria retornar ao servio. 2 Se a posse no se realizar no prazo, o ato de nomeao perder sua validade. Art. 42. O incio do exerccio do desembargador se dar imediatamente aps a posse e independentemente de termo especial. Pargrafo nico. O novo desembargador tomar assento na cmara isolada em que haja vaga, segundo a ordem de antiguidade, depois de resolvidos os requerimentos de remoo. Art. 43. Logo aps a posse, a secretaria do Tribunal abrir-lhe- matrcula, onde sero anotados dados e ocorrncias da vida funcional do empossado. SEO III Das Suspeies, dos Impedimentos e das Incompatibilidades Art. 44. No Tribunal no podero ter assento no mesmo rgo julgador cnjuges, companheiros e parentes consangneos ou afins em linha reta, bem como, em linha colateral at o 3 grau. Pargrafo nico. Nas sesses do Plenrio ou das cmaras reunidas, o primeiro dos membros mutuamente impedidos que votar excluir a participao do outro no julgamento. Art. 45. Quando se tratar de recursos ou mandado de segurana contra ato administrativo de qualquer rgo do Tribunal, no sero considerados impedidos os desembargadores que no rgo tenham funcionado. Art. 46. Deve o desembargador, nos casos previstos em Lei, dar-se por suspeito ou impedido, e se no o fizer poder ser recusado por quaisquer das partes. Art. 47. Se o desembargador alegar suspeio ou impedimento nos casos previstos nos artigos 134 a 137 do Cdigo de Processo Civil e nos artigos 252 a 256 do Cdigo de Processo Penal e for relator do processo, determinar o encaminhamento dos autos redistribuio. Se for revisor, determinar a remessa do processo ao seu substituto e, se for vogal, outro desembargador ser convocado, quando necessrio, para a composio do quorum de julgamento. Pargrafo nico. Se o substituto no aceitar o impedimento alegado, submeter a divergncia ao Plenrio, atravs do vice-presidente. Art. 48. A recusa de desembargador por suspeio ou impedimento ser feita mediante petio assinada por procurador habilitado, com poderes especiais, conforme o caso, aduzidas suas razes, acompanhadas de prova documental e/ou de rol de testemunhas, seguindo-se o processo competente regulado neste Regimento. SEO IV Da Antiguidade 2

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Art. 49. A antiguidade dos desembargadores contada pela ordem das respectivas posses. Pargrafo nico. Havendo empate na posse prevalecer: a) a data da nomeao; b) a antiguidade na entrncia final; c) o tempo de servio de magistrado; d) o tempo de servio prestado ao Estado do Maranho. Art. 50. A antiguidade precedncia e substituio. estabelecida para os efeitos de

Art. 51. O quadro da ordem de antiguidade dos desembargadores ser fixado na entrada do Plenrio e renovado quando houver posse de novo desembargador. Art. 52. As questes sobre antiguidade dos desembargadores sero decididas pelo Plenrio, tendo como relator o presidente do Tribunal. SEO V Da Remoo e Permuta Art. 53. Havendo vaga, poder o desembargador requerer remoo de uma cmara para outra, independentemente de especialidade, cujo pedido ser apreciado pelo Plenrio. Pargrafo nico. Ocorrendo vaga, o presidente do Tribunal oficiar a todos os desembargadores para que possam, tendo interesse, requerer remoo. Art. 54. O pedido de remoo ser apresentado no prazo de trs dias, contados do recebimento do oficio de que trata o pargrafo nico do artigo anterior. Pargrafo nico. Havendo mais de um pedido de remoo para a mesma vaga ser dado preferncia ao desembargador mais antigo e que no tenha sido removido no ltimo ano. Art. 55. O Plenrio conceder permuta de uma para outra cmara isolada de dois desembargadores, independentemente da especialidade, desde que um dos requerentes no tenha permutado ou sido removido no ltimo ano. Art. 56. O desembargador que deixar a cmara por remoo ou permuta continuar vinculado aos feitos j distribudos, inclusive das cmaras reunidas, se efetivadas as situaes previstas nos artigos 266 e 267 deste Regimento. SEO VI Das Frias Art. 57. Os desembargadores tero direito a sessenta dias de frias anuais, gozadas individualmente. 2

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1 At trinta de novembro de cada ano, o presidente do Tribunal expedir ato contendo escala de frias dos desembargadores, cuja elaborao obedecer s regras estabelecidas neste Regimento. 2 Na elaborao da escala de frias ser levado em conta a manifestao do desembargador quanto ao perodo de gozo e, se coincidindo perodos entre membros da mesma cmara, ser dado preferncia ao que primeiro tenha requerido. 3 A escala de frias de que trata o 1 s poder ser alterada por imperiosa necessidade e desde que no comprometa o andamento dos servios judicirios. Art. 58. O afastamento de desembargador por motivo de frias no poder comprometer a prestao da atividade jurisdicional do Tribunal de forma ininterrupta. Art. 59. proibido acumulao de frias, salvo motivo justo, ajuzo do presidente do Tribunal. Em nenhum caso, porm, sero acumulados mais de dois perodos. Pargrafo nico. considerado motivo justo para fins do pargrafo anterior o exerccio de cargo da mesa diretora do Tribunal de Justia. Art. 60. No gozaro frias simultaneamente mais de um membro da mesma cmara isolada. Pargrafo nico. O presidente do Tribunal poder convocar desembargador em frias que se encontre na cidade de So Lus e quando necessrio para formao do quorum na sua cmara isolada ou para deciso de matria administrativa pelo Plenrio, sendo-lhe restitudos, ao final, os dias de interrupo. Art. 61. O desembargador em gozo de frias poder, a seu critrio, participar das sesses solenes e das administrativas do Tribunal Pleno. Pargrafo nico. A participao nesses atos no suspende frias e nem d direito restituio ao final. Art. 62. As frias no podero ser gozadas, em nenhuma hiptese, por perodo inferior a trinta dias. SEO VII Das Licenas Art. 63. O desembargador gozar todas as licenas previstas em Lei e concedidas aos juzes de direito e aos funcionrios pblicos do Estado. Pargrafo nico. A licena ser sempre requerida ao presidente do Tribunal. Art. 64. O desembargador licenciado no poder exercer qualquer funo jurisdicional ou administrativa, salvo os casos previstos no pargrafo nico do art. 60 e no art. 61, deste Regimento.

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Art. 65. Salvo contra indicao mdica, o desembargador licenciado poder reassumir a qualquer tempo, entendendo-se que desistiu do restante da licena, bem assim proferir decises em processos que antes da licena lhe tenham sido conc1usos para julgamento, ou os tenha recebido com visto como relator ou revisor. 1 A interrupo de licena ser comunicada ao presidente do Tribunal, atravs de oficio. 2 A interrupo de gozo de licena-prmio no implica em renncia do restante do perodo. SEO VIII Dos Afastamentos Art. 66. Sem prejuzo de vencimentos e vantagens, o desembargador poder afastar-se das funes por at oito dias consecutivos, por motivo de: I - casamento; II - falecimento de cnjuge, companheiro, ascendente, descendente, parente colateral at o 2 grau e enteado; III - para tratar de assuntos relevantes fora da Capital do Estado. 1 Esses afastamentos no implicaro em redistribuio dos processos, salvo o previsto no art. 244, X, deste Regimento. 2 O desembargador comunicar seu afastamento ao presidente do Tribunal para as providncias necessrias. Art. 67. O Plenrio poder autorizar afastamento de desembargador, sem prejuzo de vencimentos e vantagens, para freqncia de curso ou seminrios de aperfeioamento ou estudos por prazo superior a sessenta dias e inferior a dois anos ou em razo do exerccio da presidncia da Associao dos Magistrados do Maranho. Pargrafo nico. O afastamento por prazo igual ou inferior a sessenta dias ser concedido pelo presidente do Tribunal.

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SEO IX Das Substituies Art. 68. O presidente do Tribunal nos seus impedimentos, licenas e frias ser substitudo pelo vice-presidente, e na falta ou impedimento deste, pelo decano e demais desembargadores, na ordem decrescente de antiguidade. Art. 69. O vice-presidente e o corregedor-geral da Justia sero substitudos pelo decano e, na falta ou impedimento deste, pelos demais desembargadores, na ordem decrescente de antiguidade, desde que no exeram outro cargo na administrao do Tribunal. Art. 70. Nos casos de substituio no permitido acumulao das funes de presidente, vice-presidente e corregedor-geral, assumindo os primeiros cargos os mais antigos. 2

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Art. 71. Para composio de quorum de julgamento das cmaras isoladas ou reunidas, nos casos de ausncia, impedimento eventual ou afastamento por perodo inferior a trinta dias, o desembargador ser substitudo por membro de outra cmara, de preferncia da mesma especialidade, na ordem de antiguidade e na forma fixada neste Regimento. 1 A convocao ser feita pelo vice-presidente do Tribunal. 2 A convocao de membros das cmaras de outra especialidade s se dar se os desembargadores da mesma especialidade estiverem convocados, impedidos, suspeitos ou no estiverem disponveis. Art. 72. Afastado membro de cmara isolada por perodo igual ou superior a trinta dias, ser substitudo por desembargador de outra cmara da mesma especialidade, devendo a escolha dar-se por sorteio no Plenrio, excludos os que j tenham exercido substituio por perodo no inferior a trinta dias no ano, salvo se no houver quem aceite a substituio. Pargrafo nico. O sorteio ser realizado na primeira sesso do Plenrio, judicial ou administrativa, aps a concesso do afastamento. Art. 73. Havendo afastamento de desembargador-relator por perodo inferior a trinta dias, mas igual ou superior a trs dias teis, sero redistribudos, mediante oportuna compensao, os habeas corpus, mandados de segurana, agravos de instrumento que aguardem apreciao de liminar, e outros feitos sob sua relatoria que, consoante fundada alegao do interessado, reclamem soluo urgente. Pargrafo nico. Nos casos de outros feitos, caber ao vicepresidente apreciar pedido de urgncia alegado pela parte. Art. 74. Em caso de afastamento, a qualquer ttulo, por perodo igual ou superior a trinta dias e igual ou inferior a sessenta, os feitos em poder do desembargador-relator, exceto os em que tenha lanado relatrio ou pedido incluso em pauta, sero encaminhados ao desembargador convocado para substituio. Pargrafo nico. Os processos dos quais o afastado seja revisor, ainda que includos em pauta, sero encaminhados ao desembargador convocado para substituio. Art. 75. Nos casos de afastamento de desembargador, a qualquer ttulo, por perodo superior a sessenta dias, ou no caso de vacncia, todos os processos, inclusive os das excees previstas no caput do artigo anterior, sero encaminhados ao desembargador convocado para substituio. Art. 76. Em quaisquer dos casos, retomando o desembargador ao exerccio de suas funes ou tomando posse o novo desembargador, sero os feitos que se encontrarem com o substituto encaminhados ao titular, salvo aqueles nos quais haja lanado relatrio ou pedido pauta, casos em que o substituto ser considerado juiz certo do processo.

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Art. 77. Quando, por impedimento ou suspeio de desembargador, no for possvel atingir quorum para julgamento no Plenrio, nas cmaras reunidas e nas cmaras isoladas, e, no caso das cmaras reunidas e das cmaras isoladas, no seja possvel proceder substituio na forma prevista nos artigos anteriores, sero convocados juzes de direito. 1 A convocao de juiz de direito ser feita por sorteio, no Plenrio, em sesso administrativa ou judicial, dentre os juzes de direito da Comarca de So Lus, no podendo participar os j sorteados no ano e os que respondam ao procedimento previsto no art. 27 da Lei Orgnica da Magistratura Nacional, ou tenham sido punidos com as penas previstas no art. 42, I, II, III e IV, da mesma Lei. 2 Na primeira sesso do Plenrio dos meses mpares, judicial ou administrativa, sero sorteados cinco juzes de direito, que sero convocados de acordo com a ordem do sorteio. Art. 78. Ser tambm convocado juiz de direito quando, em razo de licenas para tratamento de sade ou ausncias, eventuais houver possibilidade de no realizao de sesso do Plenrio por falta de quorum. 1 A convocao de que trata este artigo obedecer o disposto nos pargrafos do artigo anterior. 2 Os juzes convocados s participaro da sesso se o quorum no for alcanado. Art. 79. O presidente das comisses ser substitudo pelo desembargador mais antigo dentre os seus membros, salvo se o membro a ser substitudo for o presidente do Tribunal, que ser substitudo pelo presidente em exerccio; e os demais membros das comisses sero substitudos pelos suplentes. Art. 80. O relator substitudo: I - pelo revisor, se houver, ou pelo desembargador imediato em antiguidade, em casos de ausncia ou impedimento eventual, quando se tratar de deliberao de medidas urgentes e no houver a substituio prevista no art. 73 deste Regimento; II - pelo desembargador designado para lavrar o acrdo, quando vencido no julgamento; III - pelo desembargador convocado, durante o perodo da convocao, nos casos previstos nos artigos 74 e 75 deste Regimento; IV - pelo novo relator, nos casos de redistribuio previstos neste Regimento; V - em casos de aposentadoria ou morte: a) pelo desembargador que assumir a vaga na cmara isolada; b) pelo desembargador que tiver proferido o primeiro voto vencedor, acompanhando o do relator, para lavrar e assinar os acrdos dos julgamentos anteriores abertura da vaga. Art. 81. O revisor substitudo nas cmaras isoladas: I - em casos de vaga ou licenas, pelo desembargador convocado para substituio na cmara; II - em casos de impedimentos ou suspeio, pelo outro desembargador membro da cmara. 3

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Pargrafo nico. Nas cmaras reunidas e no Plenrio, o revisor substitudo, nos casos de vaga ou de licena igual ou superior a trinta dias, pelo desembargador que lhe seguir na ordem de antiguidade. CAPTULO X DAS COMISSES Art. 82. Alm dos rgos jurisdicionais e administrativos, o Tribunal contar com comisses tcnicas permanentes e provisrias. Pargrafo nico. So comisses tcnicas permanentes: I - Comisso de Diviso e Organizao Judicirias e Assuntos Legislativos; II - Comisso de Regimento Interno e Procedimentos; III - Comisso de Planejamento, Oramento e Gesto; IV - Comisso de Coordenao de Assuntos Administrativos; V - Comisso de Concursos e Promoes de Servidores; VI - Comisso de Documentao, Revista, Jurisprudncia e Biblioteca; VII - Comisso de Informtica; VIII - Comisso de tica. Art. 83. As comisses tcnicas permanentes so compostas de cinco membros, dentre os quais ser escolhido o presidente, salvo a Comisso de Planejamento, Oramento e Gesto, a Comisso de Coordenao de Assuntos Administrativos, a Comisso de Diviso e Organizao Judicirias e Assuntos Legislativos e a Comisso de Regimento Interno e Procedimentos, sendo as duas primeiras presididas pelo presidente do Tribunal, e as duas ltimas, pelo vicepresidente. 1 O Corregedor-Geral da Justia membro nato da Comisso de Planejamento, Oramento e Gesto e da Comisso de Coordenao de Assuntos Administrativos; o Vice-Presidente membro nato da Comisso de Planejamento, Oramento e Gesto e da Comisso de Coordenao de Assuntos Administrativos; e o Decano membro nato da Comisso de Coordenao de Assuntos Administrativos. 2 Na primeira sesso administrativa de seu mandato, o novo presidente indicar, para aprovao do Plenrio, os membros das Comisses Permanentes e seus suplentes. 3 Cada comisso ter tambm dois membros suplentes. Art. 84. Competem s comisses permanentes: I - Comisso de Diviso e Organizao Judicirias e Assuntos

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Legislativos:

a) elaborar anteprojetos de alterao do Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias e emitir parecer sobre anteprojetos de alterao do Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias apresentados pelo presidente, pelo corregedor-geral da Justia e pelos demais desembargadores; b) emitir parecer sobre anteprojetos de leis apresentados pelo presidente, pelo corregedor-geral e pelos desembargadores; c) apresentar sugestes sobre os servios auxiliares da Justia de 1 e 2 graus; d) realizar controle e acompanhamento dos projetos encaminhados 3

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Assemblia Legislativa; e) zelar pela fiel execuo do Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias. II - Comisso de Regimento Interno e Procedimentos: a) apresentar emendas e elaborar anteprojeto de reforma total ou parcial do Regimento Interno; b) sugerir alteraes nos procedimentos processuais do Tribunal; c) emitir parecer sobre emendas ao Regimento apresentadas pelos desembargadores e, se aprovadas, dar-lhes redao final e incorpor-las ao texto, nos lugares adequados; d) emitir parecer sobre propostas de assentos e resolues do Tribunal; e) sugerir aos presidentes do Tribunal, das cmaras reunidas e das cmaras isoladas medidas destinadas a aumentar o rendimento das sesses; a abreviar a publicao dos acrdos; e a facilitar a tarefa dos advogados; f) zelar pela fiel execuo deste Regimento, de seus assentos e das resolues do Tribunal. III - Comisso de Planejamento, Oramento e Gesto: a) auxiliar a Presidncia no planejamento das aes de curto, mdio e longo prazo, do Poder Judicirio; b) manifestar-se sobre a proposta de oramento do Poder Judicirio antes de sua apresentao ao Plenrio; c) colaborar com a Presidncia na gesto do Poder Judicirio. IV - Comisso de Coordenao de Assuntos Administrativos: a) manifestar-se sobre assuntos relativos administrao do Tribunal de Justia e da Justia de 1 grau; b) colaborar, quando convocada pelo presidente do Tribunal, com a administrao do Poder Judicirio. c) sugerir ao presidente medidas tendentes modernizao administrativa do Tribunal. V - Comisso de Concursos e Promoes de Servidores: a) apresentar projetos de regulamentos de concursos para servidores do Poder Judicirio e notrios e registradores; b) emitir parecer sobre as alteraes apresentadas aos regulamentos dos concursos referidos na alnea anterior; c) apresentar projetos de resoluo sobre promoo de servidores na carreira. VI - Comisso de Documentao, Revista, Jurisprudncia e Biblioteca: a) organizar, manter e publicar a Revista do Tribunal; b) superintender servios de sistematizao e divulgao da jurisprudncia do Tribunal; c) orientar e inspecionar servios da Biblioteca, sugerindo ao Plenrio as providncias necessrias ao seu funcionamento; d) manter o servio de documentao que sirva de subsdio histria do Poder Judicirio do Maranho; e) supervisionar a administrao dos servios da biblioteca e arquivo e acompanhar a poltica de guarda e conservao de processos, livros, peridicos e documentos histricos do Tribunal. VII - Comisso de Informtica: 3

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a) superintender os servios de tecnologia de informtica do Poder Judicirio, sugerindo medidas para seu aperfeioamento e segurana; b) zelar pelo bom funcionamento e atualizao dos softwares usados no Poder Judicirio. VIII - Comisso de tica: a) assegurar e promover o solidarismo e justia na relao entre o magistrado e o jurisdicionado; b) orientar e aconselhar sobre a tica profissional do magistrado, no tratamento com as pessoas e com o patrimnio pblico; c) instaurar, de ofcio, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar passvel de infringncia a princpio ou norma tico-profissional, podendo, ainda, conhecer de consultas, denncias ou representaes formuladas contra o magistrado ou o juzo, sem prejuzo da competncia da Corregedoria-Geral da Justia; d) fornecer ao Tribunal e Corregedoria Geral da Justia registros sobre a conduta tica dos magistrados para o efeito de instruir e fundamentar pedidos de promoes, remoes e permutas, sem prejuzo da competncia da Corregedoria-Geral da Justia; Pargrafo nico. Resoluo dispor sobre os procedimentos para elaborao, emendas, discusso e votao de anteprojetos de lei, de projetos de alterao do Regimento Interno e de projetos de resoluo. ( redao dada pela Resoluo n 38/09) Art. 85. As comisses reunir-se-o por convocao de seu presidente e deliberaro por maioria de votos. Art. 86. O Plenrio poder constituir comisses temporrias para assuntos especificamente determinados, que sero dissolvidas automaticamente aps o trmino dos trabalhos. Art. 87. As comisses para realizao de concurso para os cargos de juiz de direito substituto de entrncia inicial, de servidores do Poder Judicirio e de notrios e registradores, sero constitudas para realizao desses concursos aps o que sero dissolvidas. Art. 88. A comisso de concurso para o cargo de juiz de direito substituto de entrncia inicial, presidida pelo presidente do Tribunal, ser constituda de mais trs magistrados aprovados pelo Plenrio e por um representante da Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil e por ela indicado. 1 A comisso de concurso para os cargos de servidores do Poder Judicirio ser presidida pelo presidente do Tribunal e constituda por mais dois desembargadores aprovados pelo Plenrio. 2 Quando o concurso de servidores for para uma nica comarca, a presidncia da comisso pode ser delegada ao corregedor-geral da Justia ou a outro desembargador, independentemente de aprovao do Plenrio. 3 A comisso de concurso para os cargos de notrios e registradores, presidida pelo presidente do Tribunal, ser composta por mais dois magistrados indicados pelo presidente e aprovados pelo Plenrio, um advogado 3

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indicado pela Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, um membro do Ministrio Pblico indicado pelo procurador-geral de Justia e um notrio e um registrador indicados pelas respectivas entidades de classe. 4 Para cada membro das comisses de concurso ser indicado um suplente. 5 s comisses de concurso referidas neste artigo incumbem tomar todas as providncias necessrias realizao do concurso na forma do regulamento aprovado pelo Plenrio. CAPTULO XI DAS ELEIES Art. 89. Por maioria de seus membros efetivos e por votao secreta, o Plenrio eleger o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da justia, em sesso extraordinria a ser realizada na primeira sexta-feira que se seguir ao dia 15 de novembro dos anos mpares, dentre seus juzes mais antigos, em nmero correspondente ao dos cargos de direo, para mandato de dois anos, proibida a reeleio. ( alterada pela Resoluo n 38/09) 1 A sesso ser convocada pelo presidente com pelo menos 72 horas de antecedncia. 2 O quorum para eleio de dois teros dos membros do Tribunal. 3 obrigatria a aceitao do cargo, salvo recusa manifestada antes da eleio. 4 A desistncia ser manifestada antes de comear a votao para cada um dos cargos. 5 Em caso de recusa ou inelegibilidade, sero chamados a compor a relao os desembargadores mais antigos, na ordem de antiguidade, em nmero igual aos cargos a serem preenchidos. Art. 90. Para cada cargo far-se- um escrutnio e ser considerado eleito presidente, vice-presidente e corregedor-geral da Justia, o desembargador que, no respectivo escrutnio, obtiver a maioria absoluta dos votos dos presentes. 1 Se nenhum dos desembargadores elegveis obtiver a maioria referida no caput, proceder-se- a novo escrutnio entre os dois mais votados. 2 No caso do escrutnio do pargrafo anterior, em havendo empate, ser feito mais um escrutnio e, persistindo o empate, considerar-se- eleito o mais antigo. 3 Ser adotada cdula nica, para cada eleio, na qual sero includos, na ordem decrescente de antiguidade, os nomes dos desembargadores que concorrero. Art. 91. O presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justia sero eleitos para mandato de dois anos, vedada a reeleio, salvo no caso previsto no art. 95 deste Regimento. Art. 92. A posse dos eleitos, que ser realizada em sesso solene do Plenrio, ocorrer na terceira sexta-feira do ms de dezembro do ano da eleio. 1 A posse consistir em compromisso do cargo e leitura do 3

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termo, lavrado pelo diretor-geral, havendo em seguida a transmisso do cargo do presidente e do vice-presidente. 2 A transmisso do cargo do corregedor-geral da Justia ser feita na Corregedoria, aps encerramento da sesso de posse. 3 Usaro da palavra, antes da posse, o presidente que termina o mandato; e, aps a posse, o presidente empossado. 4 Outras autoridades podero usar da palavra, desde que tenham o consentimento do presidente empossado.

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Art. 93. Vagando o cargo de presidente, por renncia, aposentadoria ou morte, assumir o vice-presidente, se h menos de um ano do trmino do mandato, sendo ento eleito novo vice-presidente. Pargrafo nico. Se a vacncia ocorrer faltando um ano ou mais para o trmino do mandato, ser eleito novo presidente. Art. 94. Ocorrendo vaga do cargo de vice-presidente ou do corregedor-geral da Justia, ser procedida nova eleio, qualquer que seja o perodo a ser completado. Art. 95. Nos casos dos arts. 93 e 94, se o prazo que faltar foi inferior a um ano, o novo presidente, vice-presidente e corregedor-geral, podero ser reeleitos para os respectivos cargos. Pargrafo nico. Aplicam-se s eleies de que tratam os artigos 93, 94 e 95, no que couber, o disposto no art. 89 deste Regimento. Art. 96. O desembargador que tiver exercido quaisquer dos cargos de direo por quatro anos, ou o de presidente, no figurar mais entre os elegveis, at que se esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica aos eleitos na forma do artigo anterior. Art. 97. O desembargador eleito para os cargos de direo, ao ser empossado, perder, ipso facto, a titularidade de membro efetivo ou substituto do Tribunal Regional Eleitoral ou de Comisso. Pargrafo nico. A eleio dos substitutos ser feita logo aps a eleio do desembargador que ser substitudo. Art. 98. A eleio de desembargador e de juiz de direito e a elaborao da lista de advogados para integrar o Tribunal Regional Eleitoral ser feita na primeira sesso do Plenrio que se seguir comunicao da ocorrncia da vaga feita pelo presidente daquele Tribunal, salvo o previsto no pargrafo nico do artigo anterior. 1 A eleio ser por voto secreto, sendo indicado quele que obtiver maioria dos votos dos presentes. 2 Na eleio de desembargador ou de juiz de direito, a votao ser feita separadamente para cada vaga. 3 So inelegveis para integrar o Tribunal Regional Eleitoral os desembargadores que estejam exercendo os cargos de presidente, vice-presidente e corregedor-geral da Justia. 4 Na elaborao de listas de advogados, cada desembargador poder votar em at trs nomes para cada vaga, considerando-se eleitos os que tenham obtido maioria absoluta dos votos dos presentes. 5 Sendo necessrio outro escrutnio para complementao da lista, somente concorrero os remanescentes mais votados, em nmero no superior ao dobro de lugares a preencher na lista. 6 No caso de vagas para a classe de juzes de direito e para a de advogados, o presidente do Tribunal publicar comunicado, com antecedncia de 48 horas, no site do Tribunal de Justia. 3

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Art. 99. Os membros efetivos e suplentes das comisses permanentes tero mandatos de dois anos, sendo permitida a reconduo. Pargrafo nico. Em caso de vaga, assumir o suplente at que o novo membro efetivo seja eleito. Art. 100. Na mesma data da eleio do presidente do Tribunal, ser eleito o diretor do frum da Comarca de So Lus, que ter mandato de dois anos, no sendo admitida a reconduo. Pargrafo nico. O corregedor-geral da Justia recm eleito poder sugerir ao Plenrio, antes da votao, nome de juiz de direito da Capital para diretor do frum da Comarca de So Lus. CAPTULO XII DO MINISTRIO PBLICO Art. 101. O Ministrio Pblico Estadual representado no Tribunal de Justia pelo procurador-geral de Justia, que tomar assento direita do presidente. Art. 102. O procurador-geral de Justia ou seu substituo legal oficiar perante o Plenrio em todas as sesses, inclusive as solenes, exceto nas sesses administrativas, das quais s participar se houver convocao especfica da presidncia. Art. 103. Os procuradores de Justia funcionaro perante as cmaras isoladas e as cmaras reunidas. Art. 104. O procurador-geral de Justia e os procuradores de Justia usaro vestes talares nas sesses e audincias de que participarem. Art. 105. Sempre que o Ministrio Pblico houver que se manifestar, o relator mandar-lhe- abrir vista, pelo prazo legal ou regimental, antes de pedir dia para julgamento ou de passar os autos ao revisor. Pargrafo nico. Excedido o prazo, o relator poder requisitar a devoluo dos autos. Art. 106. Nas sesses de julgamento, o representante do Ministrio Pblico poder usar da palavra nos casos previstos em lei, neste Regimento ou quando deferido pela Presidncia. Art. 107. O representante do Ministrio Pblico presente sesso poder pedir preferncia para julgamento de processo que esteja em pauta. CAPTULO XIII DO PODER DE POLCIA Art. 108. O poder de polcia nas dependncias do Tribunal ser exercido pelo presidente, que, se necessrio, poder requisitar o auxlio de outras autoridades. 3

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Art. 109. Ocorrendo infrao penal nas dependncias do Tribunal, o presidente instaurar inqurito e o remeter ao corregedor-geral da Justia, para as investigaes, se envolver magistrado, caso contrrio, autoridade policial. Art. 110. A polcia das sesses e das audincias compete ao respectivo presidente; na Corregedoria Geral da Justia, ao corregedor-geral da Justia e aos juzes corregedores; nesse mister, compete, a qualquer um deles, manter a ordem, ordenar a retirada dos que a perturbarem e a priso dos desobedientes. Art. 111. Sempre que tiver conhecimento de desobedincia de ordem emanada do Tribunal ou de seus membros, o presidente comunicar o fato ao Ministrio Pblico, encaminhando-lhe os documentos necessrios propositura da devida ao penal. Art. 112. Competem aos rgos judicantes, ao presidente do Tribunal, ao vice-presidente e aos relatores dos feitos, mandar cancelar nos autos ou peties as palavras, expresses ou frases desrespeitosas a magistrados, membros do Ministrio Pblico, advogados, partes, auxiliares e rgos da Justia, bem como ordenar o desentranhamento de peas do processo, facultada parte ou ao interessado a reiterao, em termos adequados. Art. 113. O presidente de sesso ou audincia poder requisitar fora policial, que ficar exclusivamente sua disposio. 1 O presidente far retirar da sala os desobedientes, sujeitandoos, em caso de resistncia, priso em flagrante. 2 Os atos de instruo prosseguiro com a assistncia exclusiva do advogado, se o constituinte portar-se inconvenientemente. 3 Sem licena do presidente da sesso ou audincia, ningum poder retirar-se da sala, se tiver comparecido a servio, exceo do representante do Ministrio Pblico e dos advogados. Art. 114. Caber ao presidente do Tribunal, aos presidentes das sesses ou aos relatores dos feitos, no mbito de suas competncias, mandar riscar as cotas marginais ou interlineares lanadas nos autos, impondo a quem as escreveu a devida multa, sem prejuzo da comunicao do fato ao rgo disciplinar competente, quando cabvel. Pargrafo nico. vedado sublinhar o texto de peas dos autos.

TTULO II DA MAGISTRATURA DO 1 GRAU CAPTULO I DA DISPOSIO GERAL 3

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Art. 115 Todos os atos referentes a nomeao, promoo, remoo, permuta, disponibilidade, exonerao e aplicao de pena disciplinar a magistrados, sero formalizados pelo presidente do Tribunal, satisfeitas as exigncias legais e deste Regimento. CAPTULO II DO INGRESSO NA CARREIRA Art. 116 O ingresso na carreira da magistratura de 1 grau ser feito atravs de concurso pblico para o cargo de juiz de direito substituto de entrncia inicial. 1 O concurso obedecer s normas estabelecidas em seu regulamento, que ser aprovado por maioria absoluta dos membros do Tribunal. 2 O projeto de regulamento ser elaborado por comisso temporria formada por quatro desembargadores designados pelo presidente do Tribunal. 3 Da comisso temporria a que se refere o pargrafo anterior participar advogado designado pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados. 4 A qualquer tempo, antes de publicado o edital do concurso, poder qualquer desembargador ou o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados propor alteraes ao regulamento do concurso, que sero decididas por maioria absoluta dos membros do Tribunal. 5 Do regulamento do concurso constar previso de curso de formao nos termos da Resoluo n 1, de 17 de setembro de 2007, da Escola Nacional de Formao de Magistrados. Art. 117 Ocorrendo duas ou mais vagas de juiz de direito substituto de entrncia inicial, o presidente do Tribunal levar o fato ao Plenrio e, aps aprovao deste, determinar a abertura de concurso. Pargrafo nico. Na sesso que determinar a abertura do concurso ser constituda a comisso para sua realizao. Art. 118 A comisso para realizao do concurso para ingresso na carreira da magistratura ser constituda de trs magistrados, alm do presidente do Tribunal que a presidir e de um advogado indicado pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados. 1 Para cada membro titular ser indicado um suplente. 2 O suplente do presidente ser o vice-presidente. 3 comisso incumbe tomar as providncias necessrias realizao do concurso na forma do regulamento de que trata o art. 116. Art. 119 Homologado o concurso, o presidente do Tribunal nomear os aprovados de acordo com a ordem de classificao e, em dias diferentes ou no, mas sempre de forma que, se todos tomarem posse e tiverem exerccio no mesmo dia, a ordem de antiguidade dos novos juzes corresponda ordem de classificao do concurso. Art. 120 A posse dos novos juzes ser perante o presidente e ter carter solene. 3

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1 O empossado dever apresentar declarao pblica de bens, alm dos documentos necessrios para os assentamentos. 2 O exerccio dos juzes substitutos ser perante o corregedorgeral da Justia. 3 Aps o exerccio, o juiz substituto ter cinco dias teis para trnsito. Art. 121 Aps o exerccio, o juiz substituto, observada a ordem de antiguidade, ser designado para o exerccio de suas funes em zona judiciria. 1 O ato de designao para zona judiciria de competncia do presidente do Tribunal e dever obedecer antiguidade dos juzes substitutos e ordem de preenchimento das zonas. 2 Para fins do disposto no caput deste artigo e antes da divulgao do resultado do concurso, o Tribunal decidir sobre a ordem das zonas judicirias a serem preenchidas. 3 O corregedor-geral da Justia designar o juiz substituto para auxiliar comarca ou vara de sua zona judiciria, ou ainda para responder por comarca ou vara, de sua zona ou de outra, que se encontre vaga ou cujo titular se encontre de frias, afastado ou de licena. 4 O juiz substituto poder ter residncia na sede da respectiva zona judiciria ou na comarca para onde for designado. Art. 122 Vagando comarca de entrncia inicial e decididos os pedidos de remoo (art. 157), ser titularizado juiz de direito substituto. 1 A titularizao obedecer ordem de antiguidade, no sendo facultado ao juiz substituto a recusa. 2 Aps a posse, o juiz titularizado ter cinco dias teis para incio do exerccio. 3 A titularizao no prejudicar o estgio probatrio e nem antecipar a vitaliciedade. CAPTULO III DO VITALICIAMENTO E EXONERAO Art. 123 Os juzes de direito substitutos de entrncia inicial s adquiriro vitaliciedade aps dois anos de efetivo exerccio no cargo, contados a partir da posse. Art. 124 O corregedor-geral da Justia apresentar ao Plenrio, at trs meses antes do final do binio do estgio probatrio, relatrio circunstanciado das atividades do juiz, com parecer sobre a idoneidade moral, capacidade intelectual e adequao ao cargo, propondo seu vitaliciamento ou exonerao.

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1 O relatrio ser baseado em visita s comarcas onde trabalhou o magistrado ou em sindicncia e dele devero constar, alm do parecer antes referido: a) cpias de sentenas, despachos e de outros documentos expedidos pelo magistrado; b) informaes idneas colhidas durante o binio. 2 Proposto o vitaliciamento e sendo o mesmo aprovado pela maioria dos presentes ao plenrio, ser dessa deciso extrada cpia da ata e encaminhada ao juiz e ao setor de pessoal, para as devidas anotaes. 3 O quorum da sesso para deciso de vitaliciamento de dois teros dos membros do Tribunal. Art. 125 Ao juiz em estgio probatrio ser aplicada pena de demisso em caso de: I - falta que derive da violao s proibies contidas na Constituio e nas leis; II - manifesta negligncia no cumprimento dos deveres do cargo; III - procedimento incompatvel com a dignidade, a honra e o decoro de suas funes; IV - escassa ou insuficiente capaci

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