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PROJETO NEPSO – FASE II
A PESQUISA NO ALUNO
Diário de Pesquisa dos alunos do 9º Ano
DIÁRIO ENDÉZIO
MERCADO DE TRABALHO DAS GRANDES EMPRESAS DE NOVA
PETRÓPOLIS: NECESSIDADES E OPORTUNIDADES
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Nome dos autores do diário:
Alisson José da Silveira dos Santos
Cauê Gabriel Mathieu Prates
Christian Mateus Fusiger Ferraz
Cleberson José Fritzen
Dionathan Leonardo de Castro
Eliezer Kechner da Silva
Felipe Jacques Sippe
Jonathan Ruviaro
Júlia Emanueli da Silva Paula
Kelly Lopes Maciel
Luana Milena da Silva Fritsch
Maíse Helene Schenkel
Paola Janice Lopes da Silveira
Rian Vitor Lemos
Tainá Letícia schaefer
Tainara Gomes da Silva
Vitória Aguiar
Vitória Arielle Gottschalk
Weslei Francisco Fantoni Barbosa
Wesley Matheus dos Santos Silva
Yhassana Marques Perlinze
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Índice
1. POR DENTRO DO PROJETO NEPSO ......................................................................................4
2. EM MEIO A DISCUSSÕES, ENCONTRAMOS O FOCO DE NOSSA PESQUISA .........................8
3. CONSTRUINDO AS ETAPAS DA PESQUISA: OBJETIVOS, HIPÓTESES, PROBLEMAS E
QUESTIONÁRIO ..........................................................................................................................13
4. DESBRAVANDO AS EMPRESAS: PESQUISADORES EM AÇÃO ............................................20
5. NOVAS PERCEPÇÕES: DADOS CONSTRUÍDOS, E AGORA?.................................................23
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1. POR DENTRO DO PROJETO NEPSO
As pessoas presentes nesta foto somos nós, os alunos da turma 91 da
Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto Guillherme Gaedicke,
juntamente com nossas professoras Joice, Janine, Daiane e Márcia, com a
nossa orientadora da UCS, professora Cineri, e com a pedagoga da Secretaria
Municipal de Educação, professora Cristiane. Este foi o momento em que
recebemos pela primeira a visita da professora Cineri, conversamos muito,
discutimos sobre o nosso tema, sobre as nossas dúvidas e divergências, e ao
fim do encontro, obtivemos um ponto de partida. Queremos esclarecer também
que você encontrará neste diário algumas falas que marcaram nossa trajetória
pela pesquisa NEPSO. Estas falas estarão entre aspas, seguidas do nome de
sua autora.
A metodologia da pesquisa envolve buscar, refletir e aprimorar os
conhecimentos de quem a realiza, sendo assim, uma forma de tornar a
aprendizagem significativa e construtiva. Para a nossa colega Luana
“Pesquisar é conhecer e conhecer é ter o mundo em suas mãos”.
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Nosso diário trata do relato de uma pesquisa de opinião sobre mercado
de trabalho realizada em algumas empresas de grande porte e elevada
contribuição de ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços) de Nova Petrópolis/ RS.
Residimos nas proximidades da escola, temos entre 14 e 16 anos, e estamos
prestes a entrar no Ensino Médio e no mercado de trabalho, sendo que alguns
colegas nossos já estão incluídos neste meio através do programa Jovem
Aprendiz.
Antes de iniciarmos, gostaríamos de dizer o motivo pelo qual nomeamos
o nosso grupo e o nosso mascote de Endézio. Nos primeiros dias de aula do
ano de 2014, durante uma aula de música, o professor Felipe estava pedindo o
nome dos alunos novos e como haviam sido as férias. Quando chegou na vez
do nosso colega Eliezer, o professor não entendeu o que ele havia falado e
repetiu alto “Endézio?”, e todos riram, então, desde lá, chamamos o nosso
colega assim e sempre lembramos desse fato com alegria. Por isso, essa foi a
nossa primeira opção de nome e todos concordaram imediatamente.
No dia 18 de junho de 2015, as professoras Janine, Inês, Joice e
Caroline realizaram a apresentação do projeto NEPSO – Nossa Escola
Pesquisa Sua Opinião para nós, alunos do nono ano da Escola Municipal de
Ensino Fundamental Augusto Guilherme Gaedicke, localizada na cidade de
Nova Petrópolis – RS, no bairro Vale Verde. Neste momento, as professoras
relataram a pesquisa feita pelo corpo docente da escola, a qual tratou sobre o
interesse e as perspectivas dos familiares dos alunos em relação à
aprendizagem e à construção de conhecimentos. Também discutimos sobre as
conclusões obtidas pelos professores na sua pesquisa. Em seguida, as
professoras citadas acima explicaram que faríamos uma pesquisa também com
esta mesma metodologia, porém, o tema da nossa pesquisa deveria partir de
algo que nos inquietava, preocupava e que era do nosso interesse. Ficamos
muito empolgados e preocupados, e, neste momento surgiram os mais
variados assuntos em nossas cabeças, foi um misto de euforia e ansiedade.
Diante da explicação, entendemos que o projeto é um exercício de
trabalho em grupo e nos ensina a fazer um trabalho de pesquisa de campo. É
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um trabalho para estimular nossa vontade de aprender e esclarecer
curiosidades. Percebemos que o projeto NEPSO envolve a escola e a pesquisa
tornando os alunos mais críticos e conhecedores em relação ao assunto
pesquisado. Antes de conhecermos o projeto NEPSO, já desenvolvíamos a
pesquisa na sala de aula, principalmente nas disciplinas de História, Artes e
Música. Porém a metodologia era um pouco diferente, pois não
desenvolvíamos conceitos, hipóteses, trabalho de campo, o tema não era
escolhido por nós e, sim, proposto pelo professor. As pesquisas realizadas por
nós em sala de aula eram mais voltadas para o conteúdo em si e não para os
aspectos sociais e econômicos.
As disciplinas de História e Português se juntaram naturalmente à nossa
pesquisa, pois o tema da pesquisa estaria difundido nas duas matérias,
principalmente nos aspectos sociais e históricos, pois o que estudamos no ano
passado estava associado à indústria, como, por exemplo: revolução industrial,
mudanças no trabalho, novas concepções de consumo, guerras.
Em relação ao envolvimento da Língua Portuguesa no projeto NEPSO,
acreditamos que se deve ao fato de que o trabalho de pesquisa envolve a
leitura e a escrita de muitos textos, a criação de um questionário, a escrita de
um diário de pesquisa, o conhecimento e a aplicação de diversos gêneros e
tipologias textuais, dentre tantos outros aspectos. Estudar tudo isso de forma
conjunta e com um único propósito foi novo e nos mostrou novas formas de
aprendizagem e, de certa forma, nos tornamos mais autônomos e mais
criativos, pois, em diversos momentos, tivemos que ir em busca de soluções
para os problemas e inquietações da nossa pesquisa, tivemos que ouvir uns
aos outros, valorizando a opinião do colega.
Em relação à metodologia da pesquisa, nunca havíamos feito um
trabalho com pesquisa de opinião, posto isso, todas as etapas deste processo
eram novas para nós. Inicialmente, quando nos foram apresentados os passos
da pesquisa, percebemos que seria algo bastante desafiador e extenso,
inclusive, estávamos muito confusos, porque tudo era novo e havia muita
informação. Havia muitos aspectos a serem decididos em relação ao nosso
tema, por isso não era possível processar todas as informações e uni-las de
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modo a construir um projeto de pesquisa. Sendo assim, o início foi um pouco
conturbado, devido a quantidade de informações, mas, aos poucos, fomos nos
organizando e realizando uma etapa de cada vez, obviamente, com a ajuda
das nossas professoras.
O projeto NEPSO se mostrou interessante para nós, pois com ele
aprenderíamos a trabalhar com a pesquisa em sala de aula, sendo que esta é
a forma de trabalho das escolas estaduais de ensino médio do nosso estado, o
conhecido ensino médio politécnico. Assim podemos afirmar que o NEPSO
uniu a nossa turma de modo que todos os trabalhos e atividades eram
realizados em grupos levando em conta a opinião de todos. Ao longo deste
processo, se evidenciou muito o lado curioso da nossa turma, pois, como já foi
citado anteriormente, tudo era novo. Bem como, o tema escolhido é muito
importante para nós, como turma, visto que é o nosso futuro e isso fez com que
nós nos motivássemos e buscássemos o maior número de informações sobre
esse assunto.
Amadurecemos bastante em relação aos trabalhos em grupo, como
dividir e delegar tarefas, a união dos grupos e da turma, a responsabilidade e o
compromisso de cada um, o respeito pela opinião do outro. Após esses
apontamentos, consideramos válido relatar a opinião da nossa colega Júlia:
“Esse projeto é muito importante, pois teremos noção de como iremos realizar
trabalhos e pesquisas no Ensino Médio e Superior. Aprendemos a ter
responsabilidade, respeito pela opinião alheia. E esse projeto nos mostrou que
podemos aprender de formas diferentes e não somente com aula tradicional”.
Sendo assim, percebemos que cada um têm a sua função dentro da
pesquisa, não seria possível realizá-la se não fosse o conjunto da turma, todos
têm algo a contribuir, sendo uma vivência, uma opinião ou um questionamento.
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2. EM MEIO A DISCUSSÕES, ENCONTRAMOS O FOCO DE NOSSA
PESQUISA
A fim de decidirmos qual o seria o tema da nossa pesquisa, a professora
Janine separou a nossa turma em cinco grupos identificados pelas seguintes
cores: laranja, roxo, verde, amarelo e vermelho. Após muitas discussões e
debates sobre temas, surgiram muitas dúvidas e curiosidades seguidas de
inquietação, trazendo assim a vontade de pesquisar e esclarecer tudo.
Surgiram inquietações a respeito de áreas subliminares de pactos com
divindades, a respeito do universo, da sexualidade e tecnologia. A professora
Janine usou suas aulas de história para nos ajudar a colocar “a cabeça no
lugar”, assim como a professora Joice ajudou na motivação para continuar
pensando em um tema que nos trouxesse curiosidade.
Também queremos ressaltar a contribuição da nossa monitora,
professora Márcia, que nos auxiliou durante todas as etapas da pesquisa com
a organização do projeto, dos dados, dos grupos e com a motivação para que
não desistíssemos dos nossos objetivos.
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Após a divisão, cada grupo escolheu dois temas e dentre as duas
temáticas escolhidas pelo grupo houve uma votação final e chegamos aos
seguintes temas: Tecnologia e Robótica no Trabalho. Então, esse seria o tema
da nossa pesquisa. Em seguida, recebemos a visita da professora Cineri da
Universidade de Caxias do Sul - UCS. Foi um encontro muito produtivo e
esclarecedor, pois estávamos desorientados em relação à escolha do nosso
tema, porque, na verdade a nossa preocupação, da turma como um todo, é o
mercado de trabalho da atualidade que enfrentaremos quando concluirmos o
ensino médio. Trocamos ideias e preocupações com as professoras Joice,
Janine, Daiane, Márcia, Inês e com a pedagoga Cristiane, da prefeitura, que
estavam presentes neste encontro. Ao fim dele, a professora Cineri sugeriu que
direcionássemos a nossa pesquisa ao mercado de trabalho da nossa cidade,
Nova Petrópolis, devido ao nosso interesse e a nossa preocupação em relação
a isso, pois em pouco tempo todos estaremos trabalhando, e gostaríamos de
conhecer as necessidades e os anseios das empresas da nossa cidade. Frente
a isso, elaboramos o seguinte tema: “Mercado de trabalho das grandes
empresas de Nova Petrópolis: necessidades e oportunidades”.
Posteriormente a definição do tema, iniciamos a próxima etapa que foi
aexploração deste. A nossa turma foi em diversos momentos ao laboratório de
informática para pesquisar os seguintes conceitos das palavras-chaves da
nossa pesquisa: desemprego estrutural, desemprego conjuntural, tecnologia,
mercado de trabalho e grandes empresas. Levando em conta a complexidade
dos conceitos, consideramos que essa tarefa foi um pouco complicada, porque
não houve a colaboração total da turma e porque não conseguimos de imediato
explicar e transcrever o que estávamos pesquisando. “Quando iniciamos a
pesquisa sobre os conceitos, procurei primeiro no Google Acadêmico e não
encontrei nada que pudesse ser relevante para o trabalho e a professora
Janine me orientou para pesquisar na página do Google, então consegui achar
os conceitos, mas no início não entendi exatamente a definição dos conceitos.
Por essa dificuldade, a professora sugeriu que eu lesse tudo para depois
escrever o que eu havia entendido com as minhas palavras”, disse a aluna
Maíse ao relatar a sua experiência com a pesquisa sobre os conceitos.
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Para nossa pesquisa, consideramos importante mencionar os seguintes
conceitos. Conforme a Wikipédia, o mercado de trabalho é a relação entre a
oferta de trabalho e a procura de trabalhadores, e o conjunto de pessoas e/ou
empresas que, em época e lugar determinados, provocam o surgimento e as
condições desta relação. O mercado de trabalho associa aqueles que oferecem
força de trabalho àqueles que a procuram, num sistema típico de mercado
onde se negocia a fim de determinar os preços e as quantidades a transacionar
e inclui ofertas de trabalho relacionadas às empresas públicas, de economia
mista, privadas, pessoas físicas, entre outros, com suas normas para
remuneração, benefícios, carreira, condutas e aptidão dos profissionais. A
grande procura por empregos que ofereçam melhores salários e
reconhecimento fazem com que esse mercado se torne altamente competitivo.
Já, o desemprego estrutural, segundo o site Sua Pesquisa, é aquele
gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos
voltados para a redução de custos. Estes novos elementos afetam os setores
da economia de um país (indústria, comércio e serviços), causando demissão,
geralmente, em grande quantidade, tendo como principais causas a
implantação de robôs no processo de produção industrial, a instalação de
caixas eletrônicos em agências bancárias, a informatização em empresas e
órgãos públicos visando diminuir os processos burocráticos, uso da Internet
para serviços bancários, compras online e outros serviços e introdução de
novas tecnologias, que visam a substituição de mão de obra humana por
computadores a máquinas automatizadas. Ao passo que o desemprego
conjuntural é gerado por crises econômicas internas ou externas, pois elas
diminuem o consumo, as exportações e, por consequência de tudo isso,
aumenta o desemprego.
No que diz respeito à noção de grandes empresas, foco do nosso
trabalho, de acordo com o Portal Tributário, para fins da Lei Societária (Lei
6.404/1976), considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de
sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior: ativo
total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou
receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
Finalizando a parte das conceitualizações, falaremos sobre o conceito de
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Tecnologia que é o uso das técnicas e do conhecimento adquirido ou
aperfeiçoar e/ou facilitar o trabalho com a arte, a resolução de um problema ou
a execução de uma tarefa específica. Dessa forma, ela pode ser aplicada em
diferentes aspectos aparecendo em situações que poucas pessoas consideram
envolver a tecnologia. O simples aproveitamento dos recursos naturais e a
transformação do ambiente ao seu favor, por exemplo, é capaz de ser
considerado como um movimento tecnológico.
Em meio às pesquisas, recebemos a visita do auxiliar administrativo da
ACINP (Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis) Émerson
Rupenthall e do empresário do ramo calçadista Paulo Boelter. Primeiramente, o
Émerson apresentou um quadro geral referente ao acesso às vagas de
emprego existentes em Nova Petrópolis, o perfil das vagas e o perfil dos
candidatos. Nesta ocasião, Émerson ressaltou que, em certos momentos há
descomprometimento por parte de alguns empregados e isso gera
desmotivação e situações desagradáveis tanto para patrões como para
empregados. Dentre vários assuntos tratados nesta conversa, o que mais se
destacou foi a substituição do homem pela máquina no mercado de trabalho.
Oempresário Paulo Boelter esclareceu as nossas dúvidas e questionamentos
dizendo que o serviço braçal e pesado não deve ser feito pelo homem e, sim,
pela máquina e que o homem deve realizar cursos de aperfeiçoamento para
controlar o maquinário, sendo, desta forma, promovido dentro da empresa. Ele
ressaltou que jamais a máquina substituirá o homem por completo; sempre
haverá a necessidade do homem para controlar a máquina.
Durante esta conversa, tivemos acesso somente a um lado da moeda - o
lado do empresário. Ouvimos que, quando ocorre a substituição do homem
pela máquina, todos os funcionários são redirecionados a outros setores da
empresa, porém acreditamos que isso não acontece em 100% dos casos, pois,
em certos momentos, a demissão ocorre devido a essa substituição. Desta
forma, também haveria a necessidade de conhecer o outro lado da moeda - o
funcionário, ver os seus anseios e como ele se sente diante disso, porém
sabemos que na nossa pesquisa não nos propomos a este objetivo, talvez em
outro momento de estudo, outra pesquisa. O empresário que nos visitou disse
que as vagas de empregos estão diminuindo cada vez mais e isso nos deixou
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preocupados, conforme o relato da aluna Luana “com as vagas de emprego
diminuindo me faz pensar que futuramente não haverá vagas para os jovens de
hoje, pois muitas empresas estão precisando cada vez menos de
colaboradores. Posso pensar também nas possibilidades que isso pode trazer,
por exemplo, em chão de fábrica não estão mais precisando de funcionários
mas precisam de gente qualificada na parte administrativa”. Esta visita foi muito
produtiva e informativa, pois acreditamos ter sido um momento de
esclarecimento e de aprendizagens, visto que tivemos acesso a percepção da
ACINP em relação ao quadro de vagas de emprego existentes na cidade e ao
perfil de pessoas que procuram essas vagas.
Durante a exploração do tema de pesquisa, percebemos que existem
vagas de empregos disponíveis na nossa cidade, porém falta qualificação e
comprometimento por parte dos candidatos. No dia de hoje, existem 71 vagas
de empregos disponíveis no balcão da ACINP, inclusive algumas delas estão
em aberto desde janeiro; elas variam de auxiliar administrativo, de laboratório,
de farmácia, limpeza, camareira, call center, costureira, chefe de cozinha. A
aluna Júlia acredita que “para esse tipo de trabalho há pouca procura, pois as
pessoas não querem esse tipo de emprego, elas querem algo mais grandioso e
de mais status”. Também percebemos que existem vagas direcionadas para
homens e para mulheres, como, por exemplo, para costureira, eles dão
preferência para mulheres e eletricista industrial para homens.
Outro aspecto relevante foi o fato do nosso tema ser muito amplo, ser
interligado com outras áreas e ter várias possibilidades de investigação. Então,
verificamos a necessidade de focar em um determinado tópico, o mercado de
trabalho, visto que já é o início de uma realidade para nós, alunos. Esta foi uma
decisão que a exploração do tema permitiu, visto que foi falado sobre o assunto
diversas vezes e que essa é uma constante preocupação nossa.
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3. CONSTRUINDO AS ETAPAS DA PESQUISA: OBJETIVOS,
HIPÓTESES, PROBLEMAS E QUESTIONÁRIO
Nesta etapa, evidenciaram-se as nossas preocupações e inquietações
referentes ao mercado de trabalho. Com as pesquisas para a exploração do
tema, percebemos que as empresas exigem qualificação dos funcionários e
oferecem a oportunidade de crescimento dentro empresa, porém, para isso o
funcionário deve ter iniciativa, deve ser flexível, saber trabalhar em grupo e não
apenas se limitar a desempenhar a sua função na empresa, sempre pensando
no bem maior.
Sendo assim, a nossa preocupação no momento é a nossa entrada no
mercado de trabalho e a máquina tomando o nosso lugar. O aluno Alisson
pensa que “o empresário se preocupa somente com o seu lucro, sem pensar
no seu funcionário no momento em que ele foi demitido ao ser substituído pela
máquina”. A partir desta preocupação, temos os seguintes objetivos:
Pesquisar sobre as características do mercado de trabalho das
grandes empresas de Nova Petrópolis para sabermos quais são as
suas necessidades;
Estar mais preparado para se inserir no mundo do trabalho, estando
atentos a evolução da tecnologia e do uso do maquinário nas
empresas;
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Conhecer a tecnologia no mercado de trabalho.
Diante das problemáticas encontradas, elaboramos conjuntamente as
seguintes hipóteses relacionadas ao mercado de trabalho e à substituição do
homem pela máquina:
Em alguns setores da indústria, a mão de obra humana está sendo
substituída gradativamente pelo maquinário;
As empresas oferecem formação aos funcionários para o trabalho
com a tecnologia;
Os funcionários estão preparados para trabalhar com a tecnologia e
o maquinário.
Após a elaboração das hipóteses, iniciamos a produção do questionário
nas aulas de Língua Portuguesa. Em seguida, encaminhamos para a nossa
orientadora Cineri, que sugeriu algumas modificações e a aplicação do pré-
teste. O pré-teste foi feito pelos alunos Alisson, Rian e Tainá e pela professora
Janine e aconteceu na empresa Arte Metal, localizada no nosso bairro, Vale
Verde. Esta empresa fabrica objetos e utensílios que são compostos de ferro,
como, por exemplo: portões, cercas, janelas, máquinas, etc. É uma empresa
familiar e possui quatro funcionários. Antes de iniciarmos propriamente o pré-
teste, tivemos uma conversa com o proprietário da empresa, Sr. Nelci Padilha.
Ele foi muito receptivo e demonstrou interesse em responder o nosso
questionário. O que nos chamou a atenção foi o fato dele mencionar que as
pessoas não querem mais sujar as mãos e que falta comprometimento,
interesse e vontade de trabalhar. O Sr. Nelci comentou que cede o espaço
físico da sua empresa para cursos de capacitação no ramo da metalúrgica,
trazendo, assim, desenvolvimento, potencial industrial e experiência para as
pessoas desta área.
Enquanto entrevistadores, nós Tainá e Rian, percebemos que, para o
melhor desenvolvimento da entrevista, deveríamos ter conhecimento sobre o
assunto e uma certa proximidade com o proprietário da empresa, entretanto,
como, estávamos um pouco nervosos, a professora Janine fez uma mediação
entre nós e o Sr. Nelci e, com isso, acreditamos que a entrevista transcorreu da
melhor maneira possível. Ele foi muito compreensivo e atencioso, achou bom
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que estávamos lá e estaria disposto a nos receber novamente. Como turma,
nunca havíamos participado de um projeto de pesquisa com esta metodologia,
justamente, por isso ficamos um pouco nervosos e inseguros, mas durante o
andamento da entrevista, fomos nos sentindo mais vontade e não nos
detivemos apenas às perguntas do pré-teste, conversamos sobre
comprometimento e sobre assuntos da atualidade. A seguir segue o nosso
questionário, que não sofreu alterações para as entrevistas das empresas:
Questionário Nº: _____
PESQUISA NEPSO FASE II - A pesquisa no aluno - 9° ano Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto Guilherme Gaedicke
Prezado empresário! Somos alunos do 9°ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto Guilherme Gaedicke e juntamente com nossos professores estamos realizando uma pesquisa sobre “O mercado de trabalho nas grandes empresas de Nova Petrópolis: necessidades e oportunidades". Pedimos que você responda as perguntas com a máxima sinceridade. Agradecemos a sua participação. Entrevistador (a): _________________________________________________ Data da entrevista: ________________________________________________ Local da entrevista: _______________________________________________ Empresa:________________________________________________________ P1. Qual é seu cargo na empresa? _______________________________________________________________ P2. Há quanto tempo você trabalha nesta empresa? a. ( ) Há menos de 5 anos b. ( ) Há mais de 5 anos c. ( ) Sempre trabalhei nesta empresa. P3. Qual o ano de fundação da empresa? _______________________________________________________________ P4. Que tipo de produto sua empresa fabrica?
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_______________________________________________________________ P5. Qual o número atual de funcionários/ colaboradores da empresa? __________do sexo masculino __________do sexo feminino P6. Qual a idade da maioria dos funcionários/colaboradores desta empresa? a. ( ) de 18 a 25 anos b. ( ) de 26 a 32 anos c. ( ) de 33 a 39 anos d. ( ) de 40 a 45 anos e. ( ) de 46 anos ou mais P7. Qual é o nível de escolaridade da maioria dos funcionários/colaboradores da empresa? a. ( ) Ensino Fundamental b. ( ) Ensino Médio c. ( ) Ensino Médio Técnico d. ( ) Ensino Superior e. ( ) Pós-Graduação P8. Qual a formação mínima exigida para trabalhar em sua empresa? a. ( ) Ensino Fundamental b. ( ) Ensino Médio c. ( ) Ensino Médio Técnico d. ( ) Ensino Superior e. ( ) Outro. Qual? P9. Qual a quantidade de funcionários que trabalham diretamente na produção? a. ( )Entre 5% e 10% b. ( )Entre 11% e 20% c. ( )Entre 21% e 30% d. ( )Entre 31% e 40% e. ( )Entre 41% 3 50% f. ( )Mais da metade P10. Qual a média salarial de quem trabalha na produção? a.( ) Entre um e três salários mínimos b.( ) Entre três e cinco salários mínimos c.( ) Mais de cinco salários mínimos P11. A empresa tem encontrado dificuldades para conseguir funcionários para a produção? a. ( ) Sim b. ( ) Não P12. Se SIM, quais as dificuldades encontradas?
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_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ P13. A sua empresa participa do programa “Jovem Aprendiz”? a. ( ) Sim b. ( )Não Se sim, há quanto tempo?________________ P14. Você é a favor da substituição da mão de obra humana pela máquina? a. ( ) Sim b. ( ) Não Justifique sua resposta: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ P15. Na sua empresa as máquinas estão substituindo a mão de obra humana? a. ( ) Sim b. ( ) Não Justifique sua resposta: _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ Se você respondeu NÃO na questão anterior siga para a pergunta n° 25. P16. A partir de quando sua empresa passou a investir em maquinário em substituição a mão de obra humana? ______________________________________________________________________________________________________________________________ P17. Quais os critérios utilizados no momento de substituir a mão de obra humana pela tecnologia ou máquinas? a. ( ) Economia de tempo e mais agilidade na produção b. ( ) Menos despesa com funcionário c. ( ) Aprimoramento tecnológico da empresa d. ( ) Outro. Qual? _______________________________________________________________ P18. Atualmente na sua empresa, qual é a porcentagem do trabalho realizado pelo maquinário? a. ( ) de 10% a 20% do trabalho b. ( ) de 21% a 30% do trabalho c. ( ) de 31% a 40% do trabalho d. ( ) de 41% a 50% do trabalho e. ( ) acima de 51% do trabalho P19. O que acontece com os colaboradores/funcionários cujas funções são substituídas pelo maquinário?
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a. ( ) Demissão b. ( ) Recondução para outro setor da empresa c. ( ) Oferecimento de cursos de capacitação d. ( ) Indicação para outras empresas P20. Você percebeu se o lucro e a produtividade da sua empresa aumentaram após a implantação do maquinário? a. ( ) Sim b. ( ) Não P21. Se sim, em que porcentagem? a. ( ) 20% b. ( )40% c. ( )60% d. ( )80% e. ( )100% P22. Você considera que o custo da manutenção do maquinário em sua empresa é: a. ( )Elevado b. ( )Médio c. ( )Baixo P23. Sua empresa oferece capacitação para os funcionários trabalharem com o maquinário e com a tecnologia? a. ( ) Sim b. ( ) Não P24. Se sim, de que forma? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ P25. De que forma acontece a seleção para a admissão de novos colaboradores em sua empresa? a. ( ) Através da análise dos currículos disponíveis b. ( ) Através de entrevista com profissional dos recursos humanos da empresa c. ( ) Outra. Qual?__________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ P26. Atualmente, qual a área/setor de sua empresa com tem maior necessidade de colaboradores? ______________________________________________________________________________________________________________________________
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P27. Considerando as potencialidades de sua empresa, qual sua orientação para um jovem que gostaria de ser admitido para trabalhar nesta empresa? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ P28. Qual sua opinião em ter participado desta pesquisa? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Muito obrigado! Alunos do 9° ano da E.M.E.F. Guilherme Augusto Gaedicke
Com o questionário pronto, após o pré-teste, o próximo passo é a visita
nas empresas. A professora Inês agendou as visitas nas empresas e nos
organizamos com os professores para elaborar a logística das entrevistas. No
próximo tópico, falaremos sobre o trabalho de campo.
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4. DESBRAVANDO AS EMPRESAS: PESQUISADORES EM AÇÃO
Como o foco da nossa pesquisa é o mercado de trabalho das grandes
empresas de Nova Petrópolis, realizamos uma análise no site da prefeitura que
traz diversas informações relacionadas às empresas existentes na nossa
cidade. Já que a população do nosso estudo são as grandes empresas,
selecionamos cinco dentre as dez maiores de acordo com a arrecadação e a
contribuição de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Também levamos em conta a proximidade com o nosso bairro e a
diversificação do ramo industrial. Sendo assim, a nossa pesquisa abrangeu
diversos ramos da indústria: calçadista, malheiro, fundição, moveleiro e
maquinário pesado.
Durante as entrevistas, os empresários foram muito receptivos e
percebemos que todos estavam preocupados em responder da melhor forma
possível o nosso questionário, pois o assunto também era interessante para
eles. Alguns, inclusive, citaram, que esta era a primeira vez que eles haviam
aberto a empresa para escolas e que isso é muito importante para eles, pois o
jovem que hoje está na escola, futuramente pode ser o seu funcionário. Para a
supervisora Inês “o envolvimento, a participação e a seriedade dos alunos
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durante as entrevistas foi o ápice da pesquisa bem como a boa receptividade
de todos os empresários e funcionários”.
A partir do momento da entrevista, percebemos que as hipóteses não
eram válidas para algumas empresas, por exemplo, na empresa do ramo
calçadista, mais de 95% do trabalho é realizado manualmente, eles têm
somente duas máquinas que substituem o trabalho do homem. Algo citado por
todas as empresas foi que os funcionários devem ter boa vontade, interesse,
comprometimento e criatividade. A percepção da aluna Vitória Aguiar em
relação as empresas como um todo foi a seguinte: “Notamos que as empresas
procuram pessoas que querem trabalhar no chão de fábrica, mas atualmente a
vontade delas é trabalhar em escritórios, bancos, ou seja, um trabalho menos
braçal e mais intelectual, porém, em alguns casos, o funcionário do chão de
fábrica tem a remuneração maior do que pensamos”. É importante levar esse
aspecto em conta na hora de escolher o nosso emprego. Isso se confirmou na
entrevista, com base no gráfico abaixo:
Dessa forma, a maior parte dos funcionários tem mais de 26 anos, o que
nos leva a concluir que o jovem não busca esse tipo de emprego ou não
apresenta perfil para trabalhar nestes locais.
1
2
218 a 25 anos
26 a 32 anos
33 a 39 anos
40 a 45 anos
46 anos ou mais
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Como já foi mencionado anteriormente, nós como turma, nunca
havíamos participado de um projeto que envolvesse a metodologia da pesquisa
e da entrevista. Dessa forma, realizar entrevistas com empresários e com
funcionários de grandes empresas foi algo inédito e nos proporcionou muitas
aprendizagens, pois tivemos contato com profissionais que não fazem parte do
nosso cotidiano. Aprendemos inúmeras coisas, por exemplo, como nos portar
na frente dos empresários (os nossos futuros chefes), que, acima de tudo,
devemos ter vontade de trabalhar e de aprender sempre e buscar a nossa
constante evolução profissional e pessoal. Os empresários têm uma visão de
mundo e uma experiência de vida diferente da que estamos acostumados e,
nas entrevistas, eles tentaram nos transmitir essa visão e mostrar os outros
lados, o empresarial, o profissional, o político. Foram momentos muito
marcantes, pois nos sentimos valorizados e percebemos que temos
capacidade para conduzir uma conversa com pessoas mais experientes, mais
vividas e com certo destaque profissional. Também notamos que não devemos
nos ater ao nosso “mundinho”, devemos expandir os nossos horizontes,
adquirir conhecimentos e usar esses conhecimentos para melhorar a nossa
sociedade.
Pensamos que este momento também foi muito produtivo e significativo
para os empresários, pois trabalhos neste sentido, infelizmente, ainda não são
comuns. Os empresários/ funcionários que responderam o questionário ficaram
bem felizes por participar e por poder contribuir com a nossa pesquisa,
entretanto alguns, devido a sua rotina movimentada, tiveram um pouco de
pressa na realização da entrevista, o que não prejudicou o andamento da
mesma. Também ouvimos diversos conselhos dos entrevistados relacionados
à continuação dos estudos, a cursos profissionalizantes, as boas práticas de
vida, como esforço, boa vontade e à perspectiva de crescimento profissional.
23
5. NOVAS PERCEPÇÕES: DADOS CONSTRUÍDOS, E AGORA?
Após a realização das entrevistas, lemos as respostas e fizemos uma
análise prévia delas, a fim nos familiarizarmos para decidirmos a melhor forma
de organizar e apresentar os dados obtidos. Então, decidimos conjuntamente
com as professoras Daiane e Janine que cada grupo (vermelho, verde, laranja,
amarelo e azul) se encarregaria de fazer a tabulação dos dados e a montagem
dos gráficos referentes a cinco questões. A professora Daiane coordenou a
construção dos gráficos, pedindo para que dois alunos de cada grupo
reunissem todas as respostas numa folha para facilitar a elaboração. Após a
compilação das respostas, a professora auxiliou os alunos na montagem e
organização dos gráficos no Excel. Feita a montagem dos gráficos, cada grupo
ficou encarregado de criar slides referentes as suas cinco perguntas para
compor a apresentação final da pesquisa.
Durante a apresentação dos slides com os gráficos, retomamos as
hipóteses e percebemos que elas não se confirmaram em alguns ramos da
indústria. Analisamos o número de funcionários das empresas bem como a sua
escolaridade, conforme o gráfico abaixo:
24
Notamos que a maioria das pessoas que trabalham nessas empresas
possuem somente o Ensino Fundamental, sendo que nenhuma empresa exige
um grau de escolaridade maior e que a mão de obra feminina prevalece nestas
empresas, devido, talvez, a necessidade de pessoas que realizem trabalhos
manuais e detalhados e por uma certa cultura de que esses serviços devam
ser executados por mulheres.
Reconhecemos o fato de que não há muitos funcionários nas empresas
de Nova Petrópolis, não sendo, assim, empresas tão grandes, mas suas
contribuições no ICMS do município são elevadas. Discutimos a nossa principal
hipótese, a de que o homem vem sendo substituído pela máquina. Verificamos
que, em alguns ramos ela ocorre, mas sempre com a prerrogativa de que o
homem irá programá-la, montá-la e restaurá-la. Apresentamos essa
confirmação no gráfico que segue:
Ensino Fundamental
60%
Ensino Médio40%
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As empresas não só são a favor da substituição da mão de obra humana
pela máquina, como afirmam que isso vem ocorrendo nos últimos anos. Essa
substituição ocorre conforme apontado pela necessidade de maior agilidade e
economia de tempo bem como da modernização da empresa e, em todos os
casos em que houve a substituição, a empresa afirmou que ocorreu um
redirecionamento do empregado para outros setores.
Verificamos que de todo o trabalho existente na empresa, a máquina
realiza de 30% a 50% e que todas as empresas que substituíram a mão de
obra humana pelo maquinário perceberam que o seu lucro aumentou, no
entanto o custo de manutenção do maquinário é alto. Confirmamos a hipótese
de que as empresas oferecem formação para o trabalho com a tecnologia aos
funcionários interessados e quando ocorre, de fato, a substituição do homem
pela máquina, os empregados são redirecionados para outro setor da empresa
ou qualificados para trabalhar com o maquinário. Segue o gráfico que confirma
esta hipótese:
4
1
SIM
NÃO
26
Observamos também que existem funcionários que não estão
capacitados para conduzir o trabalho com maquinário, porém, como foi
comentado anteriormente, as empresas oferecem qualificação. Entretanto,
ainda existem pessoas que negligenciam os cursos oferecidos por uma junção
de fatores, como, falta de vontade, falta de perspectiva profissional,
acomodação.
Lembramos o valor do estudo na qualificação, quanto mais estudo e
vontade maior a valorização na empresa, trazendo assim melhores
oportunidades e até maior salário. Acreditamos que esta pesquisa foi muito
significativa, apesar da dificuldade e da incoerência de pensamentos. O aluno
Cleberson afirma que “no início a pesquisa do NEPSO foi bem empolgante,
pois tudo era novo, inclusive a metodologia, mas quando chegaram as
dificuldades, as dúvidas, o cansaço, a pressão em relação as outras matérias,
começou a ficar estressante e monótono, parecia que não saíamos do lugar,
que não avançávamos na nossa pesquisa, enfim, que estávamos fazendo
sempre as mesmas coisas, mas, na reta final da pesquisa, percebi que valeu a
pena e que o resultado foi muito importante para a nossa aprendizagem”. Já a
aluna Luana disse que “vendo, agora, no final da pesquisa, parece que nem
fizemos tanta coisa”. Porém o que aprendemos fez com que ampliássemos a
nossa visão sobre o mercado de trabalho, fazendo com que busquemos
4
Sim
Não
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qualificação aliada à vontade e ao interesse com o objetivo de estarmos
preparados para o mercado de trabalho atual.
Não só encontramos as respostas para o nosso problema de pesquisa,
como também ouvimos diversos conselhos motivadores de funcionários e
empresários, pudemos conhecer o ambiente da empresa, o chão de fábrica e
criamos uma nova perspectiva sobre o mercado de trabalho.
Após todas as etapas da pesquisa, percebemos que o mercado de
trabalho da nossa cidade, Nova Petrópolis, é amplo levando em conta o
número de habitantes da cidade, oferecendo vagas para vários setores da
indústria, inclusive para os jovens com o Programa Jovem Aprendiz, e também
para todos os níveis de formação, fundamental, médio, superior e pós-
graduação. Porém, concluímos que o nosso sucesso profissional e pessoal
depende muito da nossa vontade de aprender, de trabalhar e de sempre
buscar aperfeiçoamento para futuramente sermos bons funcionários ou quiçá
empresários.
Para a aluna Yhassana “depois de uma pesquisa, sempre surgem outras
perguntas e também mudanças de posicionamento, começamos com uma
visão muito específica e fechada sobre empresas e chão de fábrica, mas após
a pesquisa ampliamos os nossos horizontes percebendo que estamos muito
mais envolvidos no mercado de trabalho do que pensamos”.
Sendo assim, ao iniciar a pesquisa, víamos as empresas como algo
distante e fora do nosso alcance, mas, ao concluirmos a pesquisa,
descobrimos que também estamos de certa forma incluídos neste universo.
Finalizamos esta pesquisa com novas percepções e com novos anseios em
relação a aprendizagens, a qualificação e ao mercado de trabalho.
Percebemos que o mercado de trabalho não está tão distante quanto
imaginávamos que ele estivesse e que devemos estar preparados para as suas
necessidades e exigências e ter, acima de tudo, vontade e comprometimento
no trabalho. Como também, deve ser imprescindível que tenhamos as
máquinas como aliadas, como um incentivo a constante evolução, tanto
intelectual do ser humano como da sociedade em que vivemos.
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Levaremos esses resultados para a nossa vida profissional e pessoal e
acreditamos ser importante divulgar esta pesquisa nas outras escolas do nosso
município, pois, assim como nós, eles também podem ter uma percepção
errada em relação às empresas e a vida profissional.
Abraços da turma 91! Esperamos que tenham gostado!
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Referências eletrônicas
DESMPREGO ESTRUTURAL. Disponível em
<http://www.suapesquisa.com/economia/desemprego_estrutural.htm; Acesso em 02/10/15
Conceito de Empresa de Grande Porte, Portal Tributário. Disponível em < href="http://destaques-empresariais.net/2015/04/15/conceito-de-empresas-de-grande-porte/">>Acesso em 02/10/2015
MERCADO DE TRABALHO. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_trabalho> Acesso em 02/10/15
MERCADO DE TRABALHO. Disponível em <http://www.objetus.com.br/mercadotrabalho.html>. Acesso em 02/10/15
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