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Apostila 3Prof. Hélio Henkin

FCE/UFRGS

Economia de Empresas(Eco 02017)

(para o curso de Relações Internacionais)

 3. Empresa e ambiente

competitivo: fundamentos da competitividade empresarial

3.1 Competitividade: conceitos básicos

3.2 Estrutura de mercado: aspectos introdutórios e taxonomia básica

3.1 Competitividade Empresarial: conceitos

básicos

ABORDAGEM DINÂMICA DA COMPETITIVIDADE

• Visão básica da concorrência

VANTAGEM COMPETITIVA TEMPORÁRIA

LUCROS EXTRAORDINÁRIOS

INOVAÇÃO

INOVAÇÃO• Diferenciação de produto• Modificações no Design • Promoção e Imagem Associada• Novos produtos• Novos processos internos• Novos serviços complementares

• Dupla dimensão da concorrência

– Concorrência ativa: produz assimetria através da inovação

– Concorrência passiva: reduz assimetria através da imitação

CONCORRÊNCIA ATIVA

INOVAÇÃO

VANTAGEM TEMPORÁRIA

LUCROS EXTRAORDINÁRIOS

CONCORRÊNCIA PASSIVA

ENTRADA OU IMITAÇÃO

REDUÇÃO DA TAXA DE LUCRO

Fatores determinantes da intensidade do ciclo amplo de inovação em cada indústria

Vocação para a diferenciação da indústria Barreiras à entrada já existentes Existência de acordos tácitos ou de rotinas já

estabelecidas (exemplo: lançamento de inovações na indústria automobilística)

Ritmo das inovações tecnológicas introduzidas por fornecedores

Rentabilidade esperada das inovações Maturidade da indústria

CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS QUANTO À ESTABILIDADE/INSTABILIDADE

BAIXA

INSTABILIDADE

ALTAMÉDIA

Ritmo elevado de inovações tecnológicas Baixa maturidade da indústria

Baixo grau de barreiras à entrada Alta rentabilidade esperada das inovações

Grau de estabilidade/instabilidade da indústria (setor)

• A freqüência e a amplitude dos ciclos de inovação podem caracterizar as indústrias ou as fases da sua evolução:

» INSTABILIDADE

Baixa Média Alta

A inovação é imperiosa: numa economia de mercado, uma empresa que esteja bem estabelecida está sempre sujeita ao ataque “competitivo” dos seus concorrentes efetivos e potenciais!

Se ficar, o bicho come....Isto é, se uma empresa não inovar, e as competidoras inovarem, a empresa tende à decadência.

Se correr o bicho pega... Isto é, se uma empresa inovar, e as competidoras também inovarem, os gastos serão maiores e sempre haverá o risco de alguém não ser bem sucedido na inovação.

O jogo da inovação (na competição empresarial)

Empresa 2 Inova

Empresa 2Não Inova

Empresa 1Inova

Lucro 1 Baixo Lucro 2 Baixo

Lucro 1 Muito AltoPrejuízo 2

Empresa 1Não inova

Prejuízo 1Lucro 2 Muito Alto

Lucro 1 AltoLucro 2 Alto

ABORDAGEM DINÂMICA DA

COMPETITIVIDADEEstratégia Interação no Ambiente

Condicionantes do Ambiente

formulação da estratégiaprocesso de planejamento estratégico

sistema de avaliadores de desempenhoplanejamento financeiro

ABORDAGEM DINÂMICA DA

COMPETITIVIDADEEstratégia = interação com o ambiente competitivo

Teoria Evolucionária = mercado como ambiente de seleçãoEstratégia = adaptação e modificação do ambiente

ABORDAGEM DINÂMICA DA

COMPETITIVIDADE

A estratégia para adaptação e/ou modificação do ambiente é condicionada e limitada

por fatores sistêmicos e (principalmente) estruturais/setoriais

Análise de Ambiente(sistêmico e

estrutural/setorial)

Formulação e Implementação de Estratégia

CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE

• PRIMEIRO GRUPO: A COMPETITIVIDADE COMO RESULTADO (CONCEITOS “EX-POST)

a competitividade como desempenho (competitividade revelada)

neste grupo, a competitividade é medida por indicadores de market-share, seja no mercado nacional ou internacional, e tanto nos casos de uma firma quanto de um setor ou país.

Independentemente da eficiência na utilização dos recursos produtivos, que definiria algumas das fontes de competitividade, a competitividade em si depende de uma série de fatores (alguns subjetivos e não mensuráveis) que em última análise estão na órbita da demanda ou mercado, que seleciona os produtos “mais competitivos”.

CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE

• SEGUNDO GRUPO: A COMPETITIVIDADE COMO EFICIÊNCIA (CONCEITOS “EX-ANTE”)

• a competitividade como eficiência (competitividade potencial).

• Neste grupo, a competitividade é resultado da eficiência na utilização dos recursos produtivos, medindo-se através de indicadores de preço e/ou custo e de relações insumo-produto ou produtividade dos fatores. Portanto, a competitividade é definida na órbita da firma/produtor, em função do domínio de técnicas mais produtivas, cujos padrões de referência são as best-practices internacionais..

CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE

• ANÁLISE CRÍTICA:

• PRIMEIRO GRUPO: CARÁTER ESTÁTICO (O QUE LEVA UMA EMPRESA OU PAÍS A TER UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO DE MERCADO?); ESSÊNCIA E COMPLEXIDADE DO TEMA ESTÃO “OCULTAS”.

• SEGUNDO GRUPO: CARÁTER ESTÁTICO; DISTORÇÃO DO ENFOQUE EM CUSTO PRODUTIVO; AJUSTAMENTO E RESPOSTA A MUDANÇA ESTÃO DESCONSIDERADOS;

CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE

• A COMPETITIVADE NA ABORDAGEM DINÂMICA:

• Proposição alternativa: a competitividade determinada pela dinâmica do processo de concorrência. Neste sentido, competitividade é a capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado.

CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE

• PALAVRAS-CHAVE:

• ESTRATÉGIA - dinamismo, rivalidade

• CONCORRÊNCIA - rivalidade, interação

• POSIÇÃO NO MERCADO - seletividade

DIMENSÕES DA COMPETITIVIDADE

• DIMENSÃO SISTÊMICA

• DIMENSÃO ESTRUTURAL

• DIMENSÃO EMPRESARIAL

DIMENSÃO SISTÊMICA

• A competitividade de cada empresa, e de todas as empresas do sistema produtivo de um país, é condicionada por um conjunto “horizontal “de determinantes, independentemente dos setores.

DIMENSÃO SISTÊMICA

• Aspectos sobre os quais as empresas não têm capacidade de intervenção

DIMENSÃO SISTÊMICA

• “Popularização” da Dimensão Sistêmica: O “Custo” Brasil

A DIMENSÃO SISTÊMICA

– Oferta de serviços de infra-estrutura (energia, telecomunicações, transporte, saneamento)

– Condições macroeconômicas– Condições político-institucionais– Condições sociais (educação, saúde

pública) – Aparato legal-regulatório

DIMENSÃO ESTRUTURAL

• Aspectos sobre os quais a capacidade de intervenção da empresa é limitada; São relativos a especificidades setoriais.

DIMENSÃO ESTRUTURAL

• Configuração da indústria:– Tendências do progresso técnico– Ciclos de produtos e processos– Intensidade do esforço de pesquisa e

desenvolvimento– Escalas de produção– Grau de verticalização– Articulações na cadeia produtiva

DIMENSÃO ESTRUTURAL

• Características do mercado:

• Taxas de crescimento da demanda• Distribuição geográfica e em faixas de renda• Sistemas de comercialização• Acesso a mercados internacionais

DIMENSÃO ESTRUTURAL

• Regime de incentivos e regulação da concorrência

• Política comercial• Política de defesa da concorrência• Estrutura de incentivos• Políticas de financiamento

DIMENSÃO EMPRESARIAL

• Fatores sobre os quais as empresas têm capacidade de intervenção direta

DIMENSÃO EMPRESARIAL

• Fatores sobre os quais as empresas têm capacidade de intervenção direta

– GESTÃO: marketing, vendas, planejamento, finanças, administração geral;

– INOVAÇÂO: pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologia;

– PRODUÇÃO: métodos de organização da produção, controle da qualidade, definição de máquinas e equipamentos;

– RECURSOS HUMANOS: relações de trabalho, desenvolvimento e capacitação.

3.2 Estrutura de mercado: aspectos introdutórios e

taxonomia básica

• O paradigma estrutura-conduta-desempenho

– Proposição básica: cada indústria (setor) possui características (organizacionais) específicas que condicionam as decisões de cada firma relativas ao processo de concorrência. O ambiente setorial importa porque (i) é determinante e (ii) é específico.

• ESTRUTURA:

• Características organizacionais de um mercado que determinam as relações entre vendedores, entre compradores, entre compradores e vendedores e entre os vendedores estabelecidos no mercado e novas firmas potencialmente capazes de entrar no mercado.

• CONDUTA:

• Processo de escolha entre diferentes alternativas de decisão quanto a variáveis que estão sob controle da firma, tais como métodos e escala de produção, publicidade, P & D, preços.

• DESEMPENHO:

• Realização de determinadas metas de eficiência ou rentabilidade.

• ESTRUTURA

• grau de concentração empresarial• diferenciação (marca, produto)• economias de escala (escala ótima

mínima)• barreiras à entrada

• TIPOS DE ESTRUTURA

– Monopólio– Oligopólio homogêneo– Oligopólio diferenciado– Concorrência monopolística– Concorrência perfeita

• Conduta:

• política de preço• política de diferenciação• política de produção• política de promoção e publicidade• acordos/cartéis

• Desempenho:

• Lucratividade• Eficiência operacional• Eficiência alocativa• Eficiência distributiva• Eficiência técnica

ESTRUTURA

CONDUTA

DESEMPENHO

estrutura

estratégia

estrutura

estratégia

Crítica:

Classificação das Estruturas de Mercado

• Critérios:

1) intervalo de entrada 2) substitutibilidade entre os produtos3) interdependência entre as

empresas

• Expressões do grau de monopólio ou poder de mercado:

•Intervalo de entrada

» E = (Pa - Pc) / Pc

» Pa = preço estabelecido pela empresa» Pc = preço hipotético vigente em

concorrência perfeita

• Substitutibilidade: medida pela elasticidade-preço cruzada dos produtos de duas firmas

• e (p, ij) = (dqj / dpi)/(qj / pi)

• Interdependência: medida pela elasticidade-cruzada da quantidade entre duas firmas ou entre dois conjuntos de firmas

• e (q, ij) = (dpj/dqi) / (pj/qi)

• CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO

TIPOS SUBSTITUTIBILIDADE

INTERDEPENDÊNCIA ENTRADA

CONCORRÊNCIAPURA

TENDE AINFINITO

TENDE AZERO

TENDE AZERO

CONCORRÊNCIAMONOPOLÍSTICA

FINITAPOSITIVA

TENDE AZERO

TENDE AZERO

OLIGOPÓLIOHOMOGÊNEO

TENDE AINFINITA

FINITAPOSITIVA

E > 0

OLIGOPÓLIOHETEROGÊNEO

FINITAPOSITIVA

FINITAPOSITIVA

E > 0

MONOPÓLIO TENDE AZERO

TENDE AZERO

ENTRADABLOQUEADA

4. Análise de concorrência e dinâmica competitiva

4.1 Análise Setorial de Competitividade

4. O ambiente setorial ampliado: as forças competitivas

Análise de Estratégia em Setores e Empresas

A análise das tendências de lucratividade no nível de setores (ramos de negócios): a análise das forças competitivas

Análise das Forças Competitivas

Objetivos:

– Avaliação dos fatores que afetam o lucro em um setor;

– Avaliação da performance do setor e da empresa;

– Identificação dos principais fatores que afetam a performance das empresas;

– Avaliação das alterações do ambiente de negócios sobre a performance;

Poder dos Fornecedores

Produtos Substitutos e Complementares

Potencial de Entrada de Novos

Competidores

Poder dos Clientes

Rivalidade Interna

Poder dos Fornecedores:

fornecedores de borracha sintética

ou natural

Produtos Substitutos/ Complementares: solados de

poliuretano, PVC, termoplásticos

Potencial de Entrada de Novos Competidores: novos

fabricantes de solados

Poder dos Clientes: empresas

produtoras de calçados

Rivalidade Interna:

empresas produtoras de

solados de borracha para

calçados

Análise das Forças Competitivas

Como as forças competitivas afetam o lucro e o valor das empresas?

Análise das Forças Competitivas

1. A rivalidade interna: refere-se à disputa entre as empresas do mesmo segmento por uma maior participação nas vendas e nos lucros propiciados pelo mercado

Análise das Forças Competitivas

1. A rivalidade interna:

Competição via preçoCompetição por outros fatores

(qualidade, diferenciação, inovação, publicidade, controle de pontos de venda)

Análise das Forças Competitivas

1 A rivalidade interna:

Nos setores em que a competição é mais forte e ocorre via preços, a tendência é de que maior queda na lucratividade e valor das empresas.

Análise das Forças Competitivas

1. A rivalidade interna - fatores que intensificam a competição via preço:

- número de competidores no mercado;- Estagnação ou declínio da demanda no

setor;- Diferença de custos entre as empresas;- Produtos não diferenciados ou inexistência

de custos de mudança;- Barreiras de saída;- Dificuldades de coordenação tácita ou

liderança de preço;

Análise das Forças CompetitivasRivalidade Interna

Fatores:Crescimento da indústriaConcentração e equilíbrio

Custos fixos/valor agregadoExcesso de capacidade

Diferenças entre produtosComplexidade informacionalDiversidade de concorrentes

Barreiras à saída

Análise das Forças Competitivas

2 Potencial de Entrada de Novos Competidores: uma maior facilidade de entrada implica que há uma maior ameaça potencial sobre a participação de mercado e sobre a rentabilidade das empresas já estabelecidas.

Análise das Forças Competitivas

2 Potencial de Entrada de Novos Competidores: quando ocorre a entrada, há uma redução do mercado para as empresas estabelecidas e intensifica-se a competição entre as empresas já estabelecidas, o que tende a reduzir as margens de lucro.

Análise das Forças Competitivas

Potencial de Entrada de Novos Competidores

• Economias de escala;• Identidade de marca;• Requisitos de capital;• Diferenças entre produtos exclusivos;• Externalidades de Rede • Custos de mudança;• Acesso à distribuição; • Curva de aprendizado exclusiva; • Acesso aos insumos necessários; • Projeto de produto de baixo custo; • Política governamental; • Retaliação esperada.

Análise das Forças Competitivas

3 Efeitos de Produtos Substitutos ou Complementares: a demanda pelos produtos das empresas de um setor pode ser reduzida ou ampliada pelo efeitos da demanda sobre os produtos substitutos ou complementares, respectivamente.

Análise das Forças Competitivas

Produtos Substitutos e Complementares

• Disponibilidade de produtos substitutos • Desempenho relativo de preço dos concorrentes;• Custos de mudança; • Propensão do comprador para mudar;• Sensibilidade ao preço (dos consumidores)

Análise das Forças Competitivas

4 Poder dos Fornecedores: refere-se ao grau em que os fornecedores podem elevar sua margem de lucro na venda de seus produtos (insumos, peças, componentes e serviços ou mesmo produtos finais) às empresas do setor.

Análise das Forças Competitivas

Poder dos Fornecedores

• Concentração de fornecedores,• Custos de mudança, • Diferenciação de insumos, • Presença de insumos substitutos, • Importância do volume para os fornecedores, • Impacto sobre custos ou diferenciação,• Ameaça de integração para frente/para trás, • Custo em relação às compras totais no setor

Análise das Forças Competitivas

5 Poder dos Compradores: refere-se ao grau em que os compradores podem pressionar por redução de preços dos produtos vendidos pelas empresas do setor, reduzindo a sua lucratividade.

Análise das Forças CompetitivasPoder dos Compradores

• Concentração de clientes• Volume de clientes• Custos de mudança• Informação dos clientes• Produtos Substitutos• Sensibilidade a preços• Diferenças entre produtos• Identidade da marca• Impacto sobre qualidade e desempenho• Viabilidade de verticalização

Poder dos FornecedoresFontes do Poder de Barganha: Custos de mudança, Diferenciação de insumos, Concentração de fornecedores, Presença de insumos substitutos, Importância do volume para os fornecedores, Impacto dos custos sobre custos ou diferenciação,Ameaça de integração para frente/para trás, Custo em relação às compras totais no setor

Produtos Substitutos e ComplementaresFatores: Desempenho relativo de preço dos concorrentes, custos de mudança, propensão do comprador para mudar

Potencial de Entrada de Novos CompetidoresBarreiras à entrada: Economias de escala, identidade de marca, requisitos de capital, diferenças entre produtos exclusivos, custos de mudança, acesso à distribuição, curva de aprendizado exclusiva, acesso aos insumos necessários, projeto de produto de baixo custo, política governamental, retaliação esperada.

Poder dos CompradoresFontes do Poder de Barganha:Concentração de clientesVolume de clientesCustos de mudançaInformação dos clientesProdutos SubstitutosSensibilidade a preçosDiferenças entre produtosIdentidade da marcaImpacto sobre qualidade e desempenhoViabilidade de verticalização

Rivalidade InternaFatores:Crescimento da indústriaConcentração e equilíbrioCustos fixos/valor agregadoExcesso de capacidadeDiferenças entre produtosComplexidade informacionalDiversidade de concorrentesBarreiras à saída

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• A análise das cinco forças competitivas enfatiza as ameaças à lucratividade e ao valor das empresas de um determinado setor.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Entretanto, uma empresa pode também ter sua rentabilidade e seu valor ampliado se aproveitar as oportunidade de estabelecer interações positivas com seus (i) competidores, (ii) fornecedores e (iii) compradores.

• Trata-se de uma visão de cadeia de valor, onde competição e cooperação podem ocorrer simultaneamente.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Exemplos:

• Desenvolvimento conjunto de tecnologia e produtos;

• Esforço de cooperação entre os competidores no sentido de estabelecer padrões tecnológicos para facilitar o crescimento setorial (informática, telefonia, aparelhos de áudio, DVD’s...)

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Exemplos:

- Acordos entre empresas e seus fornecedores para ampliar a qualidade dos seus produtos e estimular a demanda;

- Cooperação técnica/mercadológica entre empresas distribuidoras ou varejistas e seus fornecedores para desenvolver produtos adequados às necessidades específicas da venda final dos produtos.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• As empresas fabricantes de DVD-players na metade da década de 90 poderiam se guiar apenas pela análise das forças competitivas e identificar somente as ameaças ou dificuldades provenientes de:

(1) padrões substitutos – o formato DIVX; (2) produtos substitutos, como TV por satélite e TV de

alta definição; (3) exigências de estúdios e produtores cinematográficos

para lançar os títulos no formato DVD; (4) exigências de alta margem de lucro dos

varejistas/distribuidores.(5) Intensa rivalidade interna em função da relativa

homogeneidade do produto DVD-player.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Entretanto, o DVD foi bem sucedido porque todas as empresas da cadeia de valor fizeram a sua parte, reduzindo seus ganhos no curto prazo para estimular a consolidação e expansão do formato.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Exemplos:

• Desenvolvimento conjunto de tecnologia e produtos;

• Esforço de cooperação entre os competidores no sentido de estabelecer padrões tecnológicos para facilitar o crescimento setorial (informática, telefonia, aparelhos de áudio, DVD’s...)

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Exemplos:

- Acordos entre empresas e seus fornecedores para ampliar a qualidade dos seus produtos e estimular a demanda;

- Cooperação técnica/mercadológica entre empresas distribuidoras ou varejistas e seus fornecedores para desenvolver produtos adequados às necessidades específicas da venda final dos produtos.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• As empresas fabricantes de DVD-players na metade da década de 90 poderiam se guiar apenas pela análise das forças competitivas e identificar somente as ameaças ou dificuldades provenientes de:

(1) padrões substitutos – o formato DIVX; (2) produtos substitutos, como TV por satélite e TV de

alta definição; (3) exigências de estúdios e produtores cinematográficos

para lançar os títulos no formato DVD; (4) exigências de alta margem de lucro dos

varejistas/distribuidores.(5) Intensa rivalidade interna em função da relativa

homogeneidade do produto DVD-player.

A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial

• Entretanto, o DVD foi bem sucedido porque todas as empresas da cadeia de valor fizeram a sua parte, reduzindo seus ganhos no curto prazo para estimular a consolidação e expansão do formato.

Posicionamento Competitivo

• O posicionamento diante das forças competitivas envolve a premissa de poder de mercado e margem de monopólio

• Posicionamento competitivo envolve estratégias e táticas que melhoram a situação da empresa diante das forças competitivas:

• estratégia de suprimento• estratégia de vendas• estratégia concorrencial• estratégia de redução da

vulnerabilidade diante de produtos substitutos e novos entrantes

• Posicionamento competitivo implica ampliar a capacidade de estabelecer um preço superior ao preço vigente em condições de concorrência perfeita e de formar um padrão de custos menor do que o vigente em condições de monopólio no mercado de suprimentos de fatores produtivos.

• Posicionamento Competitivo é apenas poder de mercado?

• Poder de mercado é um resultado das estratégias;

• A estratégia concorrencial envolve um conjunto de políticas que, se bem sucedidas, envolvem um maior “poder de mercado”;

Posicionamento Competitivo e Padrão de competição

• A ênfase setorial do posicionamento competitivo envolve também a idéia de que existem limitantes estruturais que restringem o leque de formas de competição que estão à disposição de uma empresa. Este conjunto de possibilidades pode ser definido como o padrão de competição setorial.

• Padrão de Competição Setorial:

– O conjunto de formas possíveis de competição envolve preço, qualidade, habilidade de servir ao mercado, esforço de venda, diferenciação de produto, entre outros.

• Padrão de Competição Setorial:

– Em cada setor ou mercado predomina uma ou um subconjunto dessas formas como fatores críticos do sucesso competitivo.

• Padrão de Competição Setorial:

– As regularidades nas formas dominantes de competição constituem o padrão de competição setorial.

FORMAS POSSÍVEIS DE COMPETIÇÃO

PADRÃO DE COMPETIÇÃO SETORIAL

ESTRATÉGIAEMPRESARIAL

Padrão deConcorrência

Commodities Duráveis Tradicionais Difusores

Fontes dasVantagensCompetitivas

Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia

FatoresInternos àEmpresa

RelaçãoCapital/Produto

AtualizaçãodeProcessos

Projeto deProduto eComponentes

Organizaçãoda Produção

Flexibilidade

Gestão

Controle daQualidade

Produtividade

P & D +design

Capacitaçãoem P & D

QualificaçãodosRecursosHumanos

Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade

Padrão deConcorrência

Commodities Duráveis Tradicionais Difusores

Fontes dasVantagensCompetitivas

Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia

FatoresEstruturais:

Mercado

Padronização

Preço

Conformidade

ComércioInternacional

Diferenciação

Preço, marca,conteúdotecnológico,assistênciatécnica

Regional/local

Segmentaçãopor renda e tipode produto

Preço, marca,rapidez deentrega,adequação aouso

Local/internacional

Segmentaçãopornecessidadestécnicas

Atendimento aespecificaçõesdos clientes

Global/local

Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade

Padrão deConcorrência

Commodities Duráveis Tradicionais Difusores

Fontes dasVantagensCompetitivas

Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia

FatoresEstruturais:

Configuraçãoda Indústria

Economias deEscala naplanta

Controle dematéria-prima elogística demovimentação

Serviçostécnicosespecializados

Economias deescala e escopo

Articulaçãomontador-fornecedor

Metrologia enormalização

Economias deaglomeração

Formação deredeshorizontais everticais

Tecnologiaindustrial básicaInf. TecnológicaTreinamento

Economias deespecialização

Interação comusuários

Sistema deciência etecnologia

Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade

Padrão deConcorrência

Commodities Duráveis Tradicionais Difusores

Fontes dasVantagensCompetitivas

Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia

FatoresEstruturais:

Regimes deIncentivo eRegulação(inclui sistêmicos)

Exposição aocomérciointernacionalAnti-dumpingCâmbio

Proteçãoambiental

Custo deCapital

Infra-Estrutura

Crédito aoconsumo

Defesa doconsumidor

Incentivosfiscais

Defesa daconcorrência

Defesa doconsumidor

Tributação

Anti-dumping

Apoio ao riscotecnológico

Propriedadeintelectual

Poder deCompra doEstado

Crédito aousuário efinanciamentoás exportações

Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade

Vantagem Competitiva e Estratégia

Os elementos centrais da vantagem competitiva

1) Posicionando a linha de produto mais efetivamente que os competidores;

2) Protegendo as fontes do posicionamento de mercado diante dos rivais;

Cada um deste elementos, isoladamente, não é suficiente para obter uma performance superior; ambos são necessários.

O que significa “posicionamento efetivo no mercado”?

• Significa oferecer um produto cujas características atendam as preferências do comprador;

• O valor do produto pode ser entendido como o maior preço que um comprador está disposto a pagar por um produto na ausência de produtos concorrentes, considerando outras possibilidades de formação da sua cesta de consumo.

Posicionamento de Mercado

• O valor do produto, portanto, é determinado pelo comprador.

Posicionamento de Mercado

• Mas o posicionamento efetivo é mais do que simplesmente satisfazer às preferências dos compradores.

• As preferências deve ser satisfeitas eficientemente: o valor oferecido por custo unitário deve ser superior ao que os concorrentes oferecem.

Posicionamento de Mercado

• A diferença entre o valor do produto (avaliado pelo comprador) e o custo de produção é a contribuição econômica gerada pela empresa;

• Quanto maior for a contribuição econômica da empresa, mais forte é sua posição de mercado e – sendo esta posição passível de proteção/defesa – maior será a vantagem competitiva da empresa.

Posicionamento de Mercado

• Entregar valor (ao cliente) a um custo que gere rentabilidade acima de média do setor depende de recursos e capacitação;

Posicionamento de Mercado

• Recursos são ativos relativamente estáveis e observáveis, que contribuem para a performance da empresa. (Exemplo: marca, ativos imobiliários, etc.)

• Recursos normalmente têm um valor de mercado e podem ser comercializados pelos seus detentores;

Posicionamento de Mercado

• A capacitação reside na habilidade da empresa de organizar e alocar sua equipe de trabalho, aprimorando continuamente a realização de determinados processos (exemplos: redução do tempo de desenvolvimento e produção de novos produtos)

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