projetos núcleo de estudos sustentaveis

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Luís Roberto de Oliveira [email protected] Professor – Mestre em Ciências Contábeis (11) 9.9607.9780 Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental Página 1 De Poços de Caldas (MG), para Atibaia (SP), 09 de maio de 2013. Prezado Coordenador (a) Em face da oportunidade acadêmica junto a esta respeitável Instituição de Ensino Superior, na condição de Professor, eu, Luís Roberto de Oliveira estou encaminhando o esboço do Projeto Científico, inicialmente intitulado enquanto, Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental. Tal encaminhamento, em si, nasce por conta da solicitação da educanda, Sra. Patrícia Ferreira (RA: 3211054), aluna desta Instituição, a qual, por sua vez, demonstrou interesse em participar na construção deste tema. Assim, reconhecido em primeiro passo o interesse da educanda, então, este professor universitário inicia a apresentação mínima dos propósitos do respectivo projeto. Portanto, entendo que, tal construção metodológica demandará ao decorrer de sua própria elaboração um estudo aprofundado e, principalmente sistemático quanto ao assunto, então, se faz necessário, pelo menos inicialmente construir os passos mínimos do projeto. Atenciosamente, Professor: Luís Roberto de Oliveira

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Page 1: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Luís Roberto de Oliveira [email protected]

Professor – Mestre em Ciências Contábeis (11) 9.9607.9780

Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental Página 1

De Poços de Caldas (MG), para Atibaia (SP), 09 de maio de 2013.

Prezado Coordenador (a)

Em face da oportunidade acadêmica junto a esta respeitável Instituição de Ensino

Superior, na condição de Professor, eu, Luís Roberto de Oliveira estou encaminhando o

esboço do Projeto Científico, inicialmente intitulado enquanto, Responsabilidades

Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas so bre o Passivo Ambiental .

Tal encaminhamento, em si, nasce por conta da solicitação da educanda, Sra.

Patrícia Ferreira (RA: 3211054), aluna desta Instituição, a qual, por sua vez, demonstrou

interesse em participar na construção deste tema.

Assim, reconhecido em primeiro passo o interesse da educanda, então, este

professor universitário inicia a apresentação mínima dos propósitos do respectivo projeto.

Portanto, entendo que, tal construção metodológica demandará ao decorrer de sua

própria elaboração um estudo aprofundado e, principalmente sistemático quanto ao assunto,

então, se faz necessário, pelo menos inicialmente construir os passos mínimos do projeto.

Atenciosamente,

Professor: Luís Roberto de Oliveira

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Luís Roberto de Oliveira [email protected]

Professor – Mestre em Ciências Contábeis (11) 9.9607.9780

Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental Página 2

I – DAS CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A atualidade nos remete profundamente à necessidade de conhecermos sobre o

assunto da sustentabilidade, não apenas e tão somente como uma condição econômica ou

ambiental, mas sim, inclusive sob o ângulo do património das empresas.

Tais assertivas, em si, consolidam e espreitam profunda relação temática ao nosso

dia a dia e, mais ainda, ao próprio futuro da humanidade, uma vez que, os efeitos

econômicos, financeiros e patrimoniais nascem no seio das empresas, normalmente.

Assim, considerando estas premissas iniciais, tecnicamente a discussão temática

desenvolve seu cerne conceitual e, principalmente essencial sob o ângulo da própria

evolução natural do ser humano, onde, este, por sua vez, vive e convive com os meios e

recursos de seu próprio habitat.

Destarte, tal inferência inicial avança com propriedade conceitual e real ao campo da

própria manutenção do meio ambiente, mesmo considerando que, ainda, nos falta muito

para o desenvolvimento de uma cultura construtiva de valores sociais, morais e humanos

em face do tema a ser desenvolvido.

Nesta esteira de valores, então, é totalmente compreensível e aceitável que, muitos

dos recursos naturais são renováveis. Todavia, há que, refletir e, assim, desenvolver

estudos temáticos, conceituais e práticos que possam eleger à construção de uma possível

cultura que vise os problemas que dizem respeito ao esgotamentos destes recursos em

nosso planeta.

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Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental Página 3

Reconhecido que, existe o problema e que, tal demanda de resolução é algo que

padece de muito trabalho conceitual, orientativo, educativo e, principalmente prático, então,

não há como negar que muitos fatos e acontecimentos podem ser previsíveis e

reconhecidos com muita antecedência.

Tais previsões consolidadas, em si, podem contribuir significativamente ao processo

de entendimento e compreensão das consequências de suas próprias ausências, ou seja, a

inatividade presente poderá no futuro agravar profundamente o próprio andamento da

humanidade.

Refletido, assim, alguns pontos conceituais e essenciais, então, se tem, por natureza

econômica e financeira o envolvimento direto das empresas e, isto é inquestionável, uma

vez que, são essas que, tecnicamente movimentam os países e nações.

Assim, partindo desta premissa, reconhecido está que, as ocorrências das atividades

econômicas sustentáveis remeterão naturalmente ao encarecimento dos recursos primários

e, reflexo desses, nascem diretamente nas esferas governamentais, ou seja, a ausência de

incentivos fiscais, bem como investimentos em pesquisas científicas.

Dessa forma, ao contextualizar, no mínimo, essas duas vertentes, então, se tem, no

mínimo, um caminho a ser desenhado e, principalmente a serem trabalhados sobre o ângulo

da reutilização de insumos e, inclusive alguns tipos de resíduos.

Ainda, nesta assertiva patrimonial de valores econômicos, concomitantemente

nascem os valores financeiros, estes, por sua vez, abrangidos pelos sistemas tributários dos

respectivos enquadramentos fiscais das empresas, as quais, por sua vez, se instalam ou já

se encontram instaladas em vários polos industriais e comerciais.

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Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental Página 4

Assim, ao momento em que, essas empresas passarem a reconhecer seus

patrimônios (ativos e passivos) sob o ângulo da sustentabilidade, então, poderemos construir

excelentes trabalhos e estudos acadêmicos e técnicos que remetam ao reconhecimento dos

passivos ambientais.

A terminologia – Passivo Ambiental – é apenas um primeiro sinal deste escopo de

estudo acadêmico, ou seja, inicialmente tal rubrica ou denominação deverá contextualizar as

ações preventivas, os métodos, os prazos, as tecnologias, bem como a gama de inúmeras

variáveis ambientais, sociais, econômicas e financeiras.

Não longe disso, o próprio estudo acadêmico, ainda deve contextualizar as questões

sobre os valores das indenizações, essas, elegidas sobre o ângulo dos seus respectivos

impactos negativos à sociedade e à humanidade, onde, além dos valores financeiros a

serem pagos, por exemplo, multas e encargos, ainda, deverá haver todo o desenho de um

projeto de reestruturação ambiental, como ações de replantios, despoluições de áreas

afetadas, reabilitações, entre outras.

Visando, assim, à construção de um conceito positivo sobre o próprio tema elegido,

não nos resta dúvida que, há necessidade de termos que reverter uma visão relativamente

subdesenvolvida para uma visão preventiva e protetiva.

Considerando, com isso, premissas essenciais, então, os mesmos passivos

ambientais, em si, podem criar valores agregados positivos e, consequentemente refletindo

à exploração de atividades econômicas sustentáveis, as quais, por sua vez, também

refletirão ao consumidor final.

Valorizando, assim, os conceitos patrimoniais, estes, angulados pela Ciência

Contábil, nos cabem aqui, reforçar que, esta ciência patrimonial nasceu e, presente está,

exatamente para informar e, principalmente contribuir aos processos decisórios.

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Responsabilidades Sustentáveis: uma visão patrimonial nas empresas sobre o Passivo Ambiental Página 5

Portanto, ao considerar tal premissa, há que, ainda, certificarmos que, esta ciência

contábil terá condições de mensurar e qualificar estes passivos ambientais e, não longe

disso, evidenciar que, respectivos valores patrimoniais poderão assumir proporções

exponenciais de valorização, pois, segundo pesquisas já elaborada, atualmente se tem

posicionamentos que, “(...) A contabilidade é extremamente importante não só o aspecto

natural e mais conhecido, mas neste novo segmento a contabilidade ambiental, trazendo

informações a entidades já existentes e as futuras de como devem se comportar em relação

a esta nova realidade vivida nos dias de hoje, o movimento econômico sem

responsabilidades sociais, não passa de um capitalismo desumano, que provoca exclusão

social e impactos ambientais que afetam nossas vidas e de gerações e mais gerações, uma

forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e

corresponsável pelo desenvolvimento social” (ETHOS, 2004).

II – DOS OBJETIVOS

Os objetivos do projeto consistem no desenvolvimento estruturado e conceitual sobre

a necessidade de promover a conscientização de gestores, empresários e, principalmente

governantes, transmitindo-lhes a ideia de que toda pessoa natural ou jurídica, de qualquer

segmento produzem, “sobras, dejetos, refugos” e, que estes podem ser transformados ou

reutilizados, tornando-se receitas que poderão ser usadas em reservas para um futuro

aumento de capital ou, até mesmo para o próprio ajuste do econômico e financeiro do

passivo ambiental ou, ainda, em um aumento de renda, este, por sua vez, visando uma

utilidade maior e benéfica ao planeta.

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III – DA METODOLOGIA

A metodologia a ser desenvolvida encampará a pesquisa em livros, artigos e

revistas. Não longe disso, ainda, a mesma será construída sob determinadas Resoluções do

Conselho Federal de Contabilidade, as quais, por sua vez, tratam e direcionam

especificamente sobre o assunto do Passivo Ambiental.

IV – DOS RESULTADOS E FINALIDADES

Os resultados desejados, bem com as respectivas finalidades, em si, visam à

contribuição temática e conceitual sobre o tema do Passivo Ambiental, promovendo, assim,

à construção do conhecimento sobre as questões patrimoniais, essas, contextualizadas nos

ambientes empresarial e, principalmente agregadas aos efetivos positivos de valorização do

próprio patrimônio das organizações, permitindo, inclusive, acenar para as questões dos

incentivos fiscais e ações sustentáveis conscientes.

V – BIBLIOGRAFIA

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resoluções Técnicas. Brasília, 2013.

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE. Resoluções Técnicas. São Paulo, 2013.

Oliveira, Luís Roberto de Oliveira. Coletânea Acadêmica: estudos patrimoniais – uma visão futura.

Bragança Paulista – São Paulo. Universidade São Francisco, 2001.

PARIZI, C. T., Monografia para graduação da Universidade São Francisco.

http://www1.ethos.org.br.

Page 7: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

NÚCLEO DE PESQUISAS SUSTENTÁVEIS

FAAT

Projeto de Pesquisa IC- 2013

Sustentabilidade empresarial: uma ferramenta discursiva de marketing.

Linha de Pesquisa: Leitura e Redação

Professora Proponente: Danielle Guglieri Lima

Maio 2013

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SUMÁRIO

TEMA DA PESQUISA 3

PROBLEMA DA PESQUISA 4

JUSTIFICATIVA 5

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 8

CRONOGRAMA 9

BIBLIOGRAFIA INICIAL 10

Page 9: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

TEMA DA PESQUISA

O tema desta pesquisa fundamenta-se na linha análise crítica do

discurso do marketing, de forma a visar a organização de textos e discursos,

do ponto de vista sócio-cognitivo-interacional, os quais estejam atrelados à

administração mercadológica praticada, de maneira ampla na região bragantina

estando, pois, atrelado especificamente ao estudo do discurso da

sustentabilidade empresarial, apresentado publicamente em sites institucionais,

folders de propaganda, outdoors e toda e qualquer comunicação assinada por

empresas públicas ou privadas que sejam consideradas como domínio público.

Para que o tema sustentabilidade promova uma estratégia de marketing

empresarial há investimentos em atividades de comunicação, quais sejam,

publicações, eventos, vídeos, redes sociais e campanhas de endomarketing,

embora seja muito fixa a ideia de que nada substitui o diálogo, a interação face

a face, o foco deste estudo é a comunicação via ciberespaço.

O plano de comunicação interna, ou seja, aquele que atinge diretamente

aos colaboradores e está intimamente ligado aos objetivos da organização.

Está pautado na consciência de que ter um fluxo comunicacional de

informações que incentive a interatividade faz com que todos se sintam parte

da organização, pois para que sugestões advindas do setor operacional

cheguem ao estratégico é preciso ouvir, sentir, avaliar e planejar. É preciso,

pois, uma tentativa pautada na reversibilidade com a qual a comunicação será

instaurada.

A comunicação possui novos paradigmas: a seletividade e a

atratividade, esta defende a forma de capturar a atenção do espectador, e,

aquela, é o ato de escolher o que é mais relevante, como, por exemplo, falar da

questão sustentável, da preocupação com a comunidade, com as pessoas e o

contexto comunicacional em que a empresa está inserida de forma a promover

a aproximar e a promover a identificação do receptor.

A atratividade na comunicação corporativa é uma escolha racional, que

ocorre de fora para dentro; o público está, pois, entre o emissor, que é a

empresa; e o meio, que é contexto; e a mensagem, que são as ações

comunicativas de uma sociedade.

Page 10: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Para atingir um número maior de pessoas, afim de que a comunicação

aconteça também por meio de disseminadores e formadores de opinião, cabe

destacar a importância dos recursos argumentativos para que discurso e

receptores interajam e o processo de reversibilidade esteja garantido.

As empresas responsáveis estão saindo do campo, de simplesmente

comunicar para o de dialogar, de forma a potencializar uma mão de via dupla,

pois se algo é compartilhado com alguém, este se torna um corresponsável;

sendo que vitórias e erros partem de ambos e ambos são responsáveis por

quaisquer problemas ocorridos.

PROBLEMA DA PESQUISA

A comunicação corporativa destrói ou constrói uma imagem e é preciso

educar para comunicar o que a empresa faz de bom para a comunidade, para

o meio ambiente, para a educação, ou para outros pontos relevantes e

positivos, isso deve ser mostrado a todos, o que na verdade pode ser

considerado como uma propaganda positiva da empresa, mas que não tem o

rótulo de propaganda. É exatamente neste ponto em que está o problema da

pesquisa.

Surge a questão: a preocupação com a sustentabilidade das

empresas é uma preocupação real e ocorre de maneira natural, a informar

a comunidade, clientes, fornecedores ou consiste na realização de

manobras de comunicação, muito específicas, calcadas nos estudos e

teorias de marketing empresarial1?

Acredita-se que mediante aos estudos de análise do discurso, das

teorias de textos, dos mecanismos sintáticos, semânticos e retóricos, bem

como estudos pautados na situação de produção dos textos e influencia dos

processos mentais e orientações ideológicas, junto aos estudos acerca das

teorias de marketing e análise de conteúdo linguístico em catálogos ou

portfólios, manuais de convivência, de forma que isso possibilite-nos o

1 Entende-se como marketing o que diz respeito á estratégia e o que diz respeito ao mercado, em forma

de peças publicitárias

Page 11: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

levantamento de hipóteses para o estudo acerca da real preocupação de hoje

com a sustentabilidade no mundo das grandes empresas.

OBJETIVOS

Como objetivo geral pretende-se averiguar as causas e as motivações

advindas da preocupação com a sustentabilidade no mundo corporativo,

por meio do discurso empresarial apresentado em material institucional.

Especificamente se faz necessário aumentar os conhecimentos acerca

da comunicação corporativa e os conhecimentos, relativos ao texto, discurso e

interação para que, se possa investigar o quadro da intencionalidade e dos

mecanismos utilizados em tais construções, perceptíveis por meio da

utilização de operadores argumentativos, imagens, cores e informações

ligadas à questão ambiental e social.

JUSTIFICATIVA

O crescimento com a preocupação da sustentabilidade em que estão

operando as grandes empresas e, sobremaneira à região bragantina,

considerada uma localização privilegiada pela localização no estado e infinitas

riquezas naturais instiga o questionamento se realmente há uma proposta

calcada no sustentável, por parte das empresas ou se tal comportamento

existe apenas no papel, como uma proposta de marketing empresarial, visto

que se a comunicação corporativa destrói ou constrói a imagem da empresa e

a credibilidade desta ocorre por meio da comunicação institucional, atrelada a

fatores como: ética, constância de ideais, identidade da marca, ou o que ela

reflete; posto que a sustentabilidade quando adequadamente apresentada

pode sim, carregar intenções muito específicas, no que diz respeito à

propaganda positiva de uma marca.

Sabe-se, pois, que a responsabilidade social é um tema cada vez mais

pertinente nas discussões sobre o papel e a função das empresas em suas

relações com a sociedade. Mesmo sendo considerado um assunto recorrente,

ainda existem algumas controvérsias sobre sua definição e aplicação, no

entanto, é inegável a necessidade de discussão e da aplicação do tema nas

corporações de todos os níveis.

Page 12: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Para Toldo (2002, p. 82), responsabilidade social é o “comprometimento

permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir

para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade

de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da

sociedade como um todo”.

Ética e responsabilidade social andam juntas. Aquela diz respeito aos

valores e princípios morais os quais devem ser discutidos e aplicados nas

decisões e atividades das empresas, e desta forma, Alessio (2004, p. 68)

explica que se

faz necessário em face às consequências sociais que podem advir, perante a sociedade e a opinião pública, de decisões e ações tomadas pelas empresas que levem em consideração apenas interesses econômicos. É nisso que reside o sentido de obrigatoriedade e não nas demandas sociais que afetam a sociedade.

Outros autores, como Bueno, Serpa, Sena, Oliveira e Soeiro (2002)

destacam a preocupação da empresa em desenvolver ações socialmente

responsáveis, por meio de programas consistentes que tenham continuidade,

que apresentem resultados tangíveis, gerando e disseminando conhecimento,

promovendo seus públicos de interesses2 que exerçam alguma influência ou

sejam influenciados pela empresa.

Para Alessio (2001, p.71)

a expressão responsabilidade social das empresas é um comportamento dos indivíduos que fazem parte das empresas, seus acionistas, dirigentes, funcionários e colaboradores que tomam as decisões, orientados ou não por uma conduta ética, mas cujas atitudes terão consequências seja a um dos stakeholders, ou seja, à sociedade em geral.

A atividade de responsabilidade social de uma empresa não deve se

manifestar de forma emergencial ou desesperadora diante de problemas com

consumidores, empregados, comunidade ou governo, mas constituir-se de uma

atividade em longo prazo, consciente e desenvolvida dentro do ambiente

empresarial, incorporado a cultura corporativa. Estas práticas não devem ser

confundidas com as ações e demandas previstas em lei (Souza, 2001, p. 2),

2 Públicos de interesse são os grupos internos, externos e mistos que influenciam ou sofrem influência das empresas como consumidores, funcionários, governos, comunidade, fornecedores etc. Já stakeholders é um conceito que começa a se consolidar no mercado brasileiro. Representa os “novos proprietários” da empresa, que corresponde a todos os indivíduos e grupos de interesse que exercem pressão sobre os procedimentos estratégicos das organizações e estão sujeitos a serem afetados de diferentes maneiras pelas decisões do comando das organizações (França, 2004)

Page 13: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

pois desta forma a empresa cumpre apenas suas obrigações, temerárias de

punição.

O que empresa oferece deve ir além das práticas já previstas na

legislação. Oferecer empregos, tratar com dignidade seus parceiros,

funcionários e consumidores, respeitar o meio ambiente, pagar seus impostos

em dia, dentre outras, configuram-se obrigações sociais para as empresas e

isto não pode ser considerado como comportamento socialmente responsável

(Correa; Medeiros, 2003).

O Instituto Ethos, de Responsabilidade Social, organização não

governamental que auxilia empresas na implantação de ações responsáveis,

desenvolveu em 2000 uma cartilha de indicadores para nortear a prática destas

ações. Neste relatório é expresso que

a empresa é socialmente responsável quando vai além da obrigação de respeitar as leis, pagas impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores, e faz isso por acreditar que assim será uma empresa melhor e estará contribuindo para a construção de uma

sociedade mais justa.

A responsabilidade social deve ser definida como o dever da empresa

de ajudar a sociedade a atingir seus objetivos, visto que a

cidadania empresarial, dentre outras coisas, diz respeito a uma atitude pró-ativa que as entidades privadas devem ter diante dos diversos problemas que a comunidade na qual se insere apresenta, agindo de forma transformadora e assumindo-se como entes dotados de responsabilidade cívica. (Lima, 2002, 107).

Sendo uma forma de a empresa se apresentar à sociedade como

colaboradora para o desenvolvimento social e não como uma empresa

exploradora de recursos econômicos e humanos. Trata-se da adoção de um

novo conceito de administração, com práticas voluntárias e responsáveis

envolvendo todos os públicos, uma gestão ética e solidária, que não busque

apenas lucros, mas o desenvolvimento humano (Vassallo, 2000). Segundo o

mesmo relatório,

A prática da responsabilidade social revela-se internamente na constituição de um ambiente de trabalho saudável e propício à realização profissional das pessoas. A empresa, com isso, aumenta sua capacidade de recrutar e manter talentos, fator chave para seu sucesso numa época em que criatividade e inteligência são recursos cada vez mais valiosos (...).

A empresa demonstra sua responsabilidade social ao comprometer-se

com programas sociais voltados para o futuro da comunidade e da sociedade.

Page 14: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

O investimento em processos produtivos compatíveis com a conservação

ambiental e a preocupação com o uso racional dos recursos naturais também

têm importante valor simbólico, por serem de interesse da empresa e da

coletividade.

Neste contexto surge o termo “cidadania corporativa” ampliando a

responsabilidade das empresas com a sociedade, envolvendo-se em causas

que vão além de suas obrigações legais:

O conceito de cidadania corporativa traz outro elemento, a governança

corporativa, que avalia o modo como a empresa trabalha,

(...) se este deve ser responsabilizável e bem dirigido, porque os mesmos padrões não podem ser aplicados aos negócios? (...) A boa governança corporativa é central para a cidadania é tão importante quanto à responsabilidade do governo pela boa governança da nação. A empresa também deve ser governada beneficiando todas as partes interessadas. (Alessio, 2004: 70).

A governança corporativa apresenta desafios que envolvem a empresa

como um todo.

A responsabilidade social e as ações de sustentabilidade são

recorrentes e devem promover uma maior interação entre os setores da

empresa começando pelos cargos diretivos como incentivo a todos

colaboradores.

O sucesso empresarial está cada vez mais comprometido com a ética e

a responsabilidade social, dignificando as relações com a sociedade, o que

promove inquietação e solidifica a existência da pesquisa, uma vez que o

marketing é o ato de atrair clientes. No entanto a forma que isto acontece é

uma questão de relevância em quaisquer dos âmbitos sociais.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa acontecerá primeiramente, de forma exploratória e

posteriormente terá o cunho explicativo (GIL, 2000). Com relação aos

procedimentos técnicos, segundo Gil (id), para este tipo de trabalho, se fazem

necessárias duas formas de pesquisa: bibliográfica e documental.

O método de abordagem ser utilizado é o hipotético-dedutivo, mediante

a dedução de lacunas no conhecimento e formação de hipóteses, e

posteriormente pelo método dialético, como o qual se percebem contradições

Page 15: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

na natureza e na sociedade. Aqui o discurso do marketing é uma variação

linguística e, desta forma, o simples fato de existir interfere na língua, ou seja:

assim como o discurso interfere na língua esta o modifica.

Desta forma, todos os procedimentos a serem utilizados aqui terão uma

orientação interpretativa, na qual os dados quantitativos coletados

possibilitarão uma avaliação qualitativa.

CRONOGRAMA

1. Levantamento bibliográfico acerca das concepções do discurso;

2. Levantamento bibliográfico acerca das concepções da sustentabilidade

geral e relativas á região bragantina;

3. Levantamento bibliográfico acerca das concepções sobre marketing

(comunicação corporativa);

4. Escolha de empresas e/ou materiais para compor o corpora de análise;

5. Análise dos dados levantados e definições finais;

6. Produção dos elementos pré e pós-textuais do artigo;

7. Diagramação inicial do trabalho;

8. Revisão final;

9. Submissão do trabalho a congressos de IC.

3 Esta etapa poderá ser realizada a partir de julho, quando dados teóricos já estiverem sido estudados.

MAI 2013

JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN 2014

FEV MAR ABR MAI

1 X X

2 X X

3 X X

4 X

5 X X

6 X

7 X X

8 X

93 X

Page 16: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

BIBLIOGRAFIA INICIAL

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FAAT – FACULDADES ATIBAIA

PROFA. MICHELI KOWALCZUK MACHADO

PROJETO DE PESQUISA: ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) REPRESA

BAIRRO DA USINA: EDUCAÇÃO E PERCEPÇÃO AMBIENTAL

ATIBAIA/SP

MAIO, 2014

Page 18: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 02

2 PROBLEMAS DE PESQUISA............................................................................. 06

3 OBJETIVOS........................................................................................................ 06

3.1 Objetivo Geral................................................................................................... 06

3.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 06

4 METODOLOGIA.................................................................................................. 06

5 CRONOGRAMA.................................................................................................. 07

6 REFERÊNCIAS................................................................................................... 07

Page 19: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2

1 INTRODUÇÃO

Desde vários séculos, as ações praticadas pelo ser humano vêm

prejudicando cada vez mais toda forma de vida (TOZZONI-REIS, 2001), sendo a

educação ambiental um processo educativo que pode colaborar para a mudança

deste cenário. O ser humano ao predominar sobre a natureza e usufruir

economicamente dela, através do uso desequilibrado dos recursos naturais,

consolidou a atitude antropocêntrica, colocando o ser humano no centro da natureza

e tornando a sociedade consumista de recursos naturais, bens e capitais (GRÜN,

1994).

Vários movimentos ambientalistas foram formados, mas somente ficaram

fortes a partir da década de 1960. Esses movimentos foram importantes, pois

fizeram evoluir o conceito de meio ambiente de modo mais científico e abrangente,

experimentando mudar a relação do ser humano com o meio natural.

Na Educação Ambiental os indivíduos aprendem com o meio ambiente, como

dependem e interagem com ele e como podem refletir e promover a

sustentabilidade. Trabalhar com Educação Ambiental consiste em ter conhecimento,

comportamento, habilidade, consciência e participação (DIAS, 2004).

A definição de Educação Ambiental foi exposta no artigo primeiro da Lei nº

9.795/99 que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de

Educação Ambiental – PNEA no qual:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Já Philippi Junior e Pelicioni (2002) definem a educação ambiental como um

processo de ensino aprendizagem para o exercício da cidadania, da

responsabilidade social e política, cabendo a ela a construção de novos valores e

novas relações sociais dos seres humanos com a natureza, e da melhoria da

qualidade de vida para todos os seres vivos.

Page 20: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

Ao observar diversas estas propostas para conceituar a educação ambiental é

possível afirmar que existem também diversas percepções sobre o meio ambiente

que influenciam diretamente no desenvolvimento de ações relacionadas a

conservação do meio ambiente.

Coimbra (2004) ressalta essa visão ao mencionar que a questão ambiental

tem muitas faces, não sendo uma questão fechada sobre si mesma, ao contrário,

deve ser considerada uma questão em aberto “[...] porque, de muitos lados e a todo

o momento, deve apontar a saída, um socorro para a vitória das soluções

ambientalmente acertadas e a continuidade da vida em favor do homem e da

natureza” (p. 528). Para o autor a questão ambiental tem seus aspectos científico,

econômico, cultural e político, sendo necessária uma amarração desses diferentes

aspectos, conduzindo a sociedade a uma nova forma de atuar no mundo.

Neste sentido, vê-se a importância de se conhecer e reconhecer as diferentes

percepções ambientais de diferentes atores sociais, como as instituições atuantes

na área de estudo e a comunidade local, para compreender as diversas formas de

intervenção no meio ambiente e como estas se refletem na realidade de diversas

localidades. Hoeffel e Fadini (2007) definem a percepção como sendo:

[...] um processo, uma atividade que envolve organismo e ambiente, e que é

influenciada pelos órgãos dos sentidos – “percepção como sensação”, e por

concepções mentais – “percepção como cognição”. Desta forma. Idéias

sobre o ambiente envolvem tanto respostas e reações a impressões,

estímulos e sentimentos mediados pelos sentidos, quanto processos

mentais relacionados com experiências individuais, associações conceituais

e condicionamentos culturais (p. 255).

Assim pode-se dizer que existem diferentes percepções sobre o meio

ambiente construídas em contextos sociais, culturais, econômicos e históricos

distintos. Sauvé (2005) ao considerar as múltiplas facetas da relação ser humano-

natureza apresenta modos diversos e complementares de apreender o meio

ambiente tais como: meio ambiente como natureza, meio ambiente como recurso

para gerir para repartir; meio ambiente como problema para prevenir, para resolver;

meio ambiente como sistema para compreender, decidir melhor; meio ambiente

como lugar em que se vive; meio ambiente como biosfera e meio ambiente como

projeto comunitário. Acrescenta-se aqui a contribuição de Reigota (2002, p. 76) que

define o meio ambiente como uma “interação complexa de configurações sociais,

biofísicas, políticas, filosóficas e culturais”.

Page 21: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4

As diferentes percepções sobre o meio ambiente de diversos atores sociais

que atuam na área ambiental orientam as práticas de educação ambiental,

refletindo-se nas tomadas de decisão, ações e formulação de políticas públicas

(HOEFFEL; FADINI, 2007).

Considerando este contexto este projeto apresenta uma proposta de pesquisa

em educação e percepção ambiental que considere as características da

comunidade, a participação e a conservação ambiental tendo como área núcleo de

pesquisa a Área de Proteção Ambiental Represa Bairro da Usina, localizado no

município de Atibaia, e seu entorno.

O bairro leva este nome, pois em 1928 foi construída uma Usina Hidrelétrica

que chegou a atender durante sua operação, além de Atibaia, as cidades de Jarinú,

Bragança Paulista e Bom Jesus dos Perdões. Em janeiro de 1970 a Usina encerrou

suas atividades, já que na época a CESP na época assumiu o sistema de

fornecimento de energia da cidade.

Devido a sua importância ambiental, considerando que a região está inserida

em uma área rica em mananciais, em 04 de setembro de 1986 criou-se Área de

Proteção Ambiental Represa Bairro da Usina instituída pela Lei Estadual 5.280. A

APA engloba uma faixa ao redor do reservatório e o objetivo de sua criação é a

proteção da área de mananciais que ela representa para o abastecimento da cidade,

bem como a paisagem dela resultante.

Embora protegida por lei a região da APA e a área ao seu redor vêm

passando por diversos impactos ambientais tais como uso e ocupação desordenada

do solo, lixo deixado em lugares inapropriados inclusive no reservatório, má

qualidade dos recursos hídricos, turismo realizado de forma predatória e até casos

de caça de animais silvestres na região. Neste sentido é imprescindível que a

comunidade inserida neste contexto possa ter a oportunidade de refletir sobre suas

ações bem como pensar em propostas para minimizar os problemas.

Desta forma ações de educação ambiental em áreas de proteção são

fundamentais. Esta visão encontra-se em consonância com o objetivo geral da

Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de

Conservação que visa:

[...] fortalecer e estimular a implementação de ações de comunicação e educação ambiental em Unidades de Conservação, Corredores Ecológicos, Mosaicos de UCs e Reservas da Biosfera, em seus entornos e zonas de amortecimento; promovendo a participação e o controle social nos processos de criação, implantação e gestão destes territórios e

Page 22: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

5

assegurando o diálogo entre os diferentes sujeitos e instituições afetados e/ou envolvidos com a questão no país (BRASIL, 2010).

É importante ressaltar também que desde junho de 2009 as APAs

Piracicaba/Juqueri-Mirim Área II, Sistema Cantareira e Represa Bairro da Usina, por

terem áreas de sobreposição e os mesmos atributos ambientais a serem protegidos,

possuem um Conselho Gestor Unificado – Conselho Gestor das APAs

Piracantareira. Este conselho possui, de acordo com o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação, caráter consultivo e é integrado paritariamente por

entidades da administração pública estadual e municipal e entidades da sociedade

civil organizada. Seu objetivo é a gestão participativa e integrada das APAs, bem

como a implementação de políticas de proteção do meio ambiente (CONSELHO

GESTOR DAS APAS PIRACANTAREIRA, 2013).

Considerando o exposto é possível notar a relevância deste projeto para a

instituição, alunos, para a comunidade e para a conservação dos mananciais do

Bairro da Usina. Práticas de educação ambiental podem possibilitar a interligação

destes três fatores e contribuir para a conservação do meio ambiente considerando

os aspectos naturais, econômicos, sociais, culturais e históricos. Além disso,

compreender a percepção ambiental dos atores que fazem parte realidade da APA

Represa Bairro da Usina com certeza com colabora na compreensão das propostas

existentes na localidade bem como na elaboração de novas ações.

2 PROBLEMAS DE PESQUISA

Diante da realidade socioambiental presente na APA Represa Bairro da Usina e

considerando a educação ambiental, entre outros fatores, como um processo que

reconhece as diferentes percepções dos atores sociais e como um fator

determinante na elaboração de propostas que minimizem ou eliminem impactos

ambientais diversos, cabe questionar: Existem e como ocorrem as propostas de

educação ambiental presentes na área de estudo? Em que pressupostos estas

propostas estão baseadas? Qual é a percepção ambiental dos diferentes atores

presentes na área e como isso influencia na relação destes com o meio em que

vivem?

Page 23: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

6

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Levantar e analisar propostas de educação ambiental existentes na Área de

Proteção Ambiental Represa Bairro da Usina no município de Atibaia –SP bem como

a percepção ambiental dos diferentes atores sociais envolvidos neste processo.

3.2 Objetivos Específicos

Realizar pesquisa bibliográfica envolvendo temas pertinentes à proposta

principal do projeto tais como: a caracterização da questão ambiental atual,

os pressupostos de educação ambiental, o conceito de percepção ambiental,

unidades de conservação, participação e gestão de recursos hídricos;

Caracterizar a realidade socioambiental presente na Área de Proteção

Ambiental Represa Bairro da Usina e seu entorno;

Verificar quais instituições presentes na área de estudos apresentam

propostas de educação ambiental e elaborar uma análise destas propostas;

Levantar e analisar a percepção ambiental dos atores sociais presentes na

área de estudos.

4 METODOLOGIA

A realização deste trabalho terá como base a pesquisa qualitativa, pois

segundo Minayo (2008), esta responde a questões particulares, com um nível de

realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. A autora menciona ainda

que a pesquisa qualitativa:

[...] trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus semelhantes. O universo da produção humana que pode ser resumido no mundo das relações, das representações e da intencionalidade e é objeto da pesquisa qualitativa dificilmente pode ser traduzido em números e indicadores quantitativos (MINAYO, 2008, p. 21).

Page 24: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

7

A autora divide o processo de trabalho científico com pesquisa qualitativa em

três etapas que serão adotadas no desenvolvimento desta dissertação: fase

exploratória que consiste no projeto de pesquisa e de todos os procedimentos

necessários para preparar a entrada em campo tais como a pesquisa bibliográfica e

documental; trabalho de campo no qual se leva para a prática empírica a construção

teórica elaborada na primeira etapa; análise e tratamento do material empírico e

documental, relacionada ao conjunto de procedimentos para valorizar, compreender,

interpretar os dados empíricos e articulá-los com a teoria que fundamentou o projeto

ou com outras leituras que surgiram de acordo com as necessidades surgidas no

trabalho de campo (MINAYO, 2008).

As três fases propostas pela autora e adotadas para este projeto colaborarão

para a organização e direcionamento das pesquisas tanto teóricas quanto empíricas

que, por sua vez, possibilitarão alcançar os objetivos propostos e responder os

problemas de pesquisa apresentados.

5 CRONOGRAMA

Atividades/Etapas MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Pesquisa Bibliográfica

Caracterização da área de estudo

Pesquisa de campo

Análise e Interpretação dos dados

Produção Científica/Relatório Final

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Dispõe sobre a educação ambiental, Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Lei nº 9795. Diário Oficial, Brasília, DF, 28 de abri. 1999. ______. Dispõe sobre a educação ambiental, Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Lei nº 9795. Diário Oficial, Brasília, DF, 28 de abri. 1999.

Page 25: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

8

______. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de Conservação (ENCEA). Brasília, dez. 2010. COIMBRA, J.A.A. Linguagem e percepção ambiental. In: PHILIPPI JUNIOR, A.; ROMÉRIO, M.A.; BRUNA, G.C. (Ed.). Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2004. p. 525-570. CONSELHO GESTOR DAS APAS PIRACANTAREIRA. Disnponível em: < http://cgapapiracantareira.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 maio 2013. DIAS, G. F. Ecopercepção: Um resumo didático dos desafios socioambientais. São Paulo: Gaia, 2004. GRÜN, M. Ética e Educação Ambiental: A Conexão Necessária. São Paulo: Papirus, 1994. HOEFFEL, J.L.; FADINI, A.A.B. Percepção ambiental. In: FERRARO JUNIOR, L.A. Encontros e caminhos: formação de educadoras (ES) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2007. v. 2, p. 254-262. MINAYO, M.C. S. O desafio da pesquisa social. In: ______. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 9 – 29.

REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 2002.

SÃO PAULO. Lei Estadual nº 5.280, de 4 de setembro de 1986. Declara área de proteção ambiental a região que circunda a represa hidrelétrica do Bairro da Usina, no Município de Atibaia. São Paulo, 1986.

SAUVÉ, L. Educação Ambiental Possibilidades e Limitações. Educação e

Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 317-322, maio/ago. 2005.

TOZZONI-REIS, M. F. C. Educação Ambiental: referências teóricas no ensino superior. Interface: Comunicação, Educação, Saúde [on line], v. 5, n. 9, p. 33-50, ago.2001. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/icse/v5n9/03.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2012.

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INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL ATIBAIENSE S/C LTDA

FAAT – FACULDADES ATIBAIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE ATIBAIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ATIBAIA

F A A T – F A C U L D A D E S A T I B A I A AV. NOVE DE JULHO, 288 - CENTRO - ATIBAIA - SP - CEP 12.940-580 – PABX (11) 4412-4140

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PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Contribuições da prática reflexiva para a formação inicial do professor de Matemática

Prof.ª Ms. Keli Cristina Conti

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Contribuições da prática reflexiva para a formação inicial do professor de Matemática

I – Autora:

Prof.ª Ms.ª Keli Cristina Conti

Curso envolvido: Licenciatura em Matemática

Mini-currículo:

Doutoranda do programa de pós-graduação da Faculdade de Educação

da Unicamp e professora da FAAT desde 2009, atuando nos cursos de

graduação em Pedagogia e Licenciatura em Matemática e nos cursos de Pós-

graduação em Educação Infantil e Alfabetização e Metodologia do Ensino dos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Publicou, entre outros materiais, dois

trabalhos frutos de iniciação científica da FAAT:

Pereira, R. F.; Conti, K. C. O Tratamento da Informação presente em livro didático de Matemática do 5.º ano do Ensino Fundamental. Momentum, Revista Técnico Científica das faculdades Atibaia/FAAT. Vol. 1 n. 9, 2011, p. 121-134.

VASCONCELOS, R. M. ; CONTI, Keli Cristina . Elaborando jogos com alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental e aprendendo Matemática. In: 12.º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC, 2012, São Paulo. 12.º Conic - Semesp. São Paulo: Semesp, 2012. p. 1-11.

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II- Introdução e problemática

O que nos motivou para a realização dessa proposta foi o fato de que,

muitos de nossos alunos do curso de Licenciatura em Matemática já tem uma

aproximação grande com a sala de aula, seja via atividades de estágio, seja via

ingresso como professor temporário na rede pública estadual e a Educação

Matemática, atualmente, tem se dedicado a estudar a formação de professores,

ressaltando a importância de projetos de pesquisa e a aproximação com a

prática de sala de aula, desenvolvidos durante a formação inicial dos futuros

professores, visando especificamente, segundo Souza e Garnica (2004)

colaborar com a constituição de um pensamento sistemático, rigoroso,

fundamentado e comprometido com as questões da Educação Matemática e da

sala de aula. É na perspectiva dessas indicações que se inscreve esse trabalho.

III- Objetivos e questão de investigação

Este projeto de pesquisa objetiva analisar e interpretar práticas de

formação e de atuação de futuros professores de Matemática de forma a

compreender como se constitui o professor de Matemática, através da prática

reflexiva de sala de aula.

A pesquisa será realizada com licenciandos do 2.º ano do curso de

Matemática que já atuam na sala de aula da Educação Básica buscando uma

integração entre a universidade e as escola, consciente da importância da

aproximação da escola básica, pesquisas e trabalhos da comunidade

acadêmica, conscientes da importância do investimento em sustentabilidade

social, de forma a intensificar a aproximação entre ambas e enriquecendo a

qualidade da educação com um todo e, além disso, estudar e refletir sobre

processos de formação inicial e professores analisando a forma como estes

processos interferem em sua prática docente.

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Norteará os trabalhos a questão: Quais as contribuições da prática

reflexiva sobre a sala de aula da Escola Básica para a formação inicial do

professor de Matemática?

IV - Métodos e Procedimentos

Além de um estudo bibliográfico sobre metodologias voltadas ao ensino

de Matemática identificando suas qualidades e seus limites, esta pesquisa será

desenvolvida numa abordagem qualitativa descritiva/analítica, pois nos

fundamentamos na relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, buscando

além das manifestações imediatas para captar e desvelar o sentido das

impressões imediatas. Sendo assim, fazemos a opção da abordagem qualitativa

a fim de valorizar todos os dados qualitativos (descrição detalhada de situações,

pessoas, interações, comportamentos, as falas dos alunos, atitudes,

concepções, pensamentos, trechos de cadernos, livros didáticos e relatórios)

como importantes e preciosos para assegurar o compromisso com a produção

de conhecimento.

Os instrumentos de registros de informações produzidas durante o

desenvolvimento do projeto:

� Entrevistas com os licenciados do curso de matemática

interessados: de acordo com os objetivos que queremos alcançar,

constituindo uma primeira aproximação com os sujeitos e que

oferece dados para a realização e direcionamento do trabalho

docente;

� Aplicação de questionários em vários momentos: permitindo a

coleta de informações, combinando perguntas abertas e perguntas

fechadas, definindo, direcionando, (re)direcionando os rumos que

são/serão seguidos;

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� Registros de áudio, imagem e/ou vídeo das atividades

desenvolvidas com os participantes do projeto o e nas salas de

aula envolvidas;

� Registros de atividades realizadas por alunos das salas de aula

envolvidas.

V- Cronograma

Atividade Jun

2013

Ago

2013

Set

2013

Out

2013

Nov

2013

Dez

2013

Fev

2014

Mar

2014

Abr

2014

Mai

2014

Jun

2014

Levantamento bibliográfico

X X X

Coleta de

Dados (escolas)

X X X X

Participação em atividades complemen-

tares

X X X X X X X X

Organização e análise dos

dados X X X X

Redação de relatório

X X

Produção de artigo

X X X

Preparação para apres. CONIC

X

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VI- Resultados esperados

• É almejada a prática de produções escritas pelos futuros professores,

narrativas e memoriais de formação, pois acreditamos que esse

exercício de escrita contribui significativamente na formação dos

mesmos.

• Haverá o incentivo de produção de artigos e relatos a serem

compartilhados com a comunidade acadêmica.

VII- Levantamento bibliográfico inicial

BOAVIDA, Ana Maria; PONTE, João Pedro. Investigação colaborativa:

potencialidades e problemas. In: GTI (Org.). Reflectir e investigar sobre a

prática profissional. Lisboa: APM, 2002.

FIORENTINI, Dario. Pesquisar práticas colaborativas ou pesquisar

colaborativamente? In: BORBA, Marcelo de Carvalho; ARAÚJO, Jussara de

Loiola. Pesquisa qualitativa em Educação Matemática. Belo Horizonte:

Autêntica, 2004.

FIORENTINI, Dario. Quando acadêmicos da universidade e professores da

escola básica constituem uma comunidade de prática reflexiva e investigativa.

In: FIORENTINI, Dario; GRANDO, Regina Célia; MISKULIN, Rosana Giaretta

Sguerra (Orgs.). Práticas de formação de pesquisas de professores que

ensina matemática. Mercado de Letras, 2009.

LORENZATO, S. O laboratório de Ensino de Matemática na formação de

professores. Campinas, SP: Autores Associados, 2006. (Coleção Formação de

Professores)

MENDES, I. A. Matemática e investigação em sala de aula: tecendo redes

cognitivas na aprendizagem. Ed. rev. E aum. São Paulo: Editora Livraria da

Física, 2009.

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TOLEDO, Marília. TOLEDO, Mauro. Didática de matemática: como dois e dois:

a construção da matemática. São Paulo: FTD, 1997.

VII – Referências bibliográficas

SOUZA, L. A. ; GARNICA, A. V. M. . Formação de professores de Matemática:

um estudo sobre a influência da formação pedagógica prévia em um curso de

Licenciatura. Ciência e Educação (UNESP. Impresso), Bauru, v. 10, n. 1, p. 23-

39, 2004.

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PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

A importância do uso de jogos como recurso para ensinar Matemática a alunos dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental

Prof.ª Ms. Keli Cristina Conti

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A importância do uso de jogos como recurso para ensinar Matemática a alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

I – Autora:

Prof.ª Ms.ª Keli Cristina Conti

Curso de graduação envolvido: Pedagogia

Curso de Pós-graduação envolvido: Educação Infantil e Alfabetização

Mini-currículo:

Doutoranda do programa de pós-graduação da Faculdade de Educação

da Unicamp e professora da FAAT desde 2009, atuando nos cursos de

graduação em Pedagogia e Licenciatura em Matemática e nos cursos de Pós-

graduação em Educação Infantil e Alfabetização e Metodologia do Ensino dos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Publicou, entre outros materiais, dois

trabalhos frutos de iniciação científica da FAAT:

Pereira, R. F.; Conti, K. C. O Tratamento da Informação presente em livro didático de Matemática do 5.º ano do Ensino Fundamental. Momentum, Revista Técnico Científica das faculdades Atibaia/FAAT. Vol. 1 n. 9, 2011, p. 121-134.

VASCONCELOS, R. M. ; CONTI, Keli Cristina . Elaborando jogos com alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental e aprendendo Matemática. In: 12.º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC, 2012, São Paulo. 12.º Conic - Semesp. São Paulo: Semesp, 2012. p. 1-11.

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FAAT – FACULDADES ATIBAIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE ATIBAIA

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F A A T – F A C U L D A D E S A T I B A I A AV. NOVE DE JULHO, 288 - CENTRO - ATIBAIA - SP - CEP 12.940-580 – PABX (11) 4412-4140

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II- Introdução e problemática

A importância dos jogos no ensino de Matemática vem sendo discutida há

algum tempo, sendo bastante incentivado o seu uso devido ao fato de que a

criança realmente pode aprender Matemática brincando. A utilização do jogo

educativo com fins pedagógicos lembra-nos da importância desses elementos

para situações ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil.

Contudo é necessário que o professor seja mediador durante o processo,

por meio de intervenções que venham acrescentar as habilidades trabalhadas

no aluno, durante o desenvolvimento do jogo, das dificuldades apresentada as

possíveis soluções e torna-se nossa missão, num curso de formação,

instrumentalizar os futuros professores e professores para uma boa prática

nesse sentido.

O que nos motivou para a realização dessa proposta foi o fato de que,

muitos de nossos alunos do curso de Pedagogia, em especial os do 3.º ano ou

de Pós Graduação em Educação Infantil e Alfabetização já tem uma

aproximação grande com a sala de aula, seja via atividades de estágio, seja

como professor e podemos tentar unir teoria e prática num contexto de aplicação

de jogos com alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

III- Objetivos e questão de investigação

Este projeto de pesquisa objetiva analisar e interpretar práticas de

formação e de atuação de futuros professores e Professores dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental de Matemática no que diz respeito ao desenvolvimento,

aplicação, mediação e reflexão sobre o uso de jogos em situações matemático-

cognitivas dentro do ambiente escolar, fato que pode proporcionar ao aluno o

desenvolvimento do raciocínio, a construção da noção de número, a capacidade

de dedução (raciocínio lógico) e o desenvolvimento de instrumentos intelectuais

para a futura compreensão das operações como adição, subtração, divisão e

multiplicação, que serão vistas no Ensino Fundamental.

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A pesquisa envolverá licenciandos do 3.º ano do curso de Pedagogia que

desenvolvem atividades de estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e

professores que já atuam na sala de aula da Educação Básica, em especial os

em início de carreira, e seus alunos, buscando uma integração entre a

universidade e as escola (em que realizam as atividades de estágio ou atuam

como docentes), consciente da importância de se investir na sustentabilidade

social, aproximando da escola básica pesquisas e trabalhos da comunidade

acadêmica, de forma a intensificar a aproximação entre ambas e enriquecer a

qualidade da educação com um todo.

Norteará os trabalhos a questão: Qual a importância do uso de jogos para

ensinar Matemática a alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental?

IV - Métodos e Procedimentos

Além de um estudo bibliográfico sobre metodologias voltadas ao uso de

jogos como recurso para o ensino de Matemática, pretendemos desenvolver

atividades junto aos alunos, identificando suas qualidades e seus limites,

desenvolvendo uma pesquisa com abordagem qualitativa, a fim de valorizar os

dados qualitativos (descrição detalhada de situações, pessoas, interações,

comportamentos, as falas dos alunos, atitudes, concepções, pensamentos,

trechos de cadernos, livros didáticos e relatórios) como importantes e preciosos

para assegurar o compromisso com a produção de conhecimento.

Depois da seleção de licenciandos do Curso de Pedagogia e do Curso de

Pós-graduação em Educação Infantil e Alfabetização, com perfil para

desenvolvimento das atividades junto a alunos dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, os instrumentos de registros de informações produzidas durante o

desenvolvimento do projeto serão:

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� Registros de áudio, imagem e/ou vídeo das atividades

desenvolvidas com os participantes do projeto o e nas salas de

aula envolvidas;

� Registros de atividades realizadas por alunos das salas de aula

envolvidas.

V- Cronograma

Atividade Jun

2013

Ago

2013

Set

2013

Out

2013

Nov

2013

Dez

2013

Levantamento bibliográfico

X X X

Coleta de Dados (escolas)

X X

Participação em atividades

complementares

X X X X X X

Organização e análise dos dados

X X

Redação de relatório X

Produção de artigo X X

Preparação para apresentação em

eventos da área

X X

VI- Resultados esperados

• É almejada a prática de produções escritas pelos futuros professores

e professores em narrativas pois acreditamos que esse exercício de

escrita contribui significativamente na formação dos mesmos.

• Haverá o incentivo de produção de artigos e relatos a serem

compartilhados com a comunidade acadêmica.

• Parcerias entre a FAAT e Escolas de Ensino Fundamental de Atibaia.

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VII- Levantamento bibliográfico inicial

BORIN, Júlian. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas

de matemática. 6. ed. São Paulo: IME-USP, 1996.

GRANDO, Regina Célia. O jogo e a Matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004. Porto Alegre: Artmed, 2001.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. et al. Jogo, brinquedo, brincadeira e

educação. São Paulo: Cortez Editora, 2009.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/ Secretaria de Educação

Fundamental. Brasília: MEC/SEF. 1997.

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CÂNDIDO, Patrícia. Jogos de

matemática de 1º a 5º ano. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ingnês; CANDIDO, Patrícia. Cadernos do

STAREPRAVO, Ana Ruth. Jogando com a matemática: números e

operações. Curitiba: Aymará, 2009.

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PROJETO DE PESQUISA PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA FACULDADES ATIBAIA – FAAT – 2013

1- APRESENTAÇÃO.

O presente projeto de pesquisa tem como título “A Sucessão legítima e a inseminação artificial”. Autor do projeto: Prof. Cristiano Pereira Moraes Garcia. Vinculação institucional do projeto: Curso de Direito das Faculdades Atibaia – FAAT. 2- INTRODUÇÃO

O novo Código Civil, Lei Federal nº 10.406, de 10 janeiro de 2002, entrou em vigor no dia 11 de janeiro de 2003, trazendo diversas e profundas alterações na legislação civilística, em especial no direito de família e no direito sucessório. A nova legislação regulamenta as relações intrínsecas e extrínsecas da família, bem como a transferência do patrimônio para seus sucessores, quando do falecimento de uma pessoa. Os operadores do direito certamente encontrarão dificuldade em estabelecer a precisa e justa interpretação dos novos dispositivos. O anseio da sociedade brasileira em ter uma lei civil contemporânea já foi atendido, restando agora o anseio pela correta aplicação da nova lei.

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3- JUSTIFICATIVA Há a necessidade do estudo acadêmico aprofundado sobre o novo sistema civil, levando-se em consideração a doutrina sobre o tema, bem como o realce das alterações implementadas comparativamente ao Código Civil brasileiro revogado, Lei Federal nº 3.071, de 01 de janeiro de 1916. Tal estudo teórico deverá estar acompanhado da mais recente jurisprudência sobre a matéria, com vistas à busca da justiça e da segurança jurídica. Percebemos, portanto, que este trabalho deve ser desenvolvido na academia de modo a influenciar posições doutrinarias, jurisprudenciais e, quiçá, apresentar propostas de lege ferenda. 4- REFERENCIAL TEÓRICO Na construção do projeto iremos fazer um levantamento e estudo da literatura pertinente ao assunto. Este referencial teórico deve alcançar a doutrina mais conservadora, além do exame dos novos doutrinadores de direito civil. Além do mais, iremos proceder à busca da legislação alienígena, estudando os Códigos Civis da Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Cuba, Itália, Portugal, França e Suíça. A doutrina de direito comparado também deverá ser consultada, até para a correta compreensão da legislação estrangeira e posterior comparação com nossa legislação brasileira. Deveremos buscar, tanto na doutrina pátria como na estrangeira, todo o desenvolvimento histórico da lei civil em vigor.

Page 41: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

A pesquisa irá compreender a leitura de livros, artigos, periódicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, além de qualquer outro trabalho sobre o assunto. 5- OBJETIVOS A pesquisa visa identificar qual a atual interpretação do novo Código Civil que está sendo apresentada pela doutrina e pela jurisprudência. Pretendemos destacar os posicionamentos pacíficos e divergentes. As divergências entre os intérpretes deverão ser realçadas, com a apresentação da nossa posição sobre a melhor exegese. Finalmente, desejamos apontar, de forma crítica, nossa concordância ou discordância relativamente à interpretação do novo estatuto civil por parte dos tribunais brasileiros. 6- MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA A pesquisa deverá compreender o levantamento de toda a legislação sobre o tema. Em seguida, buscaremos identificar e examinar os livros nacionais e estrangeiros, procedendo ao fichamento de todos. Pesquisaremos nas bibliotecas jurídicas e na internet material pertinente ao trabalho. Igualmente necessária a pesquisa nos tribunais das decisões acerca do direito de família e do direito sucessório, em especial nos tribunais paulistas, no Superior Tribunal de Justiça, no Supremo Tribunal Federal, bem como nos tribunais de outros estados.

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7 – AUXILIARES NA PESQUISA. A pesquisa deverá conter 2 (dois) alunos como auxiliares, propiciando melhor levantamento e pesquisa de material. 8- BIBLIOGRAFIA E FONTES

ALEMANHA. Código Civil Alemão. Traduzido por Souza Diniz. Rio de Janeiro: Record, 1960. (Biblioteca de Legislação Estrangeira). ALMEIDA, José Luiz Gavião de Almeida. Código Civil Comentado. Coord. Álvaro Villaça Azevedo, São Paulo: Atlas, 2003. vol. XVIII. ALTAVILA, Jayme de. Origem do Direito dos Povos. 5ª. ed. São Paulo: Ícone, 1989. ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano. 11ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999. vols. 1 e 2. AMORIM, Sebastião Luiz. Código Civil Comentado. Coord. Álvaro Villaça Azevedo, São Paulo: Atlas, 2004. vol. XIX. AMORIM, Sebastião Luiz; OLIVEIRA, Euclides de. Inventários e Partilhas. 17ª. ed. São Paulo: LEUD, 2004. _______. Separação e Divórcio. 6ª. ed. São Paulo: LEUD, 2001. ARGENTINA. Código Civil de La Republica Argentina. Buenos Aires: Zavalia, 1995. ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito Civil: Sucessões. 5ª. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2000. AZEVEDO, Álvaro Villaça. Comentários ao Código Civil. Coord. António Junqueira de Azevedo, São Paulo: Saraiva, 2003. vol. 19. _______. União Estável – Jurisprudência, Evolução Legislativa e Novo Código Civil. In: Questões de Direito Civil e o Novo Código. Ministério Público do Estado de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2004. _______. O Novo Código Civil Brasileiro: Tramitação; Função Social do Contrato; Boa-fé Objetiva; Teoria da Imprevisão e, em

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especial, Onerosidade Excessiva (laesio enormis). In: ALVIM, Arruda; CÉSAR, Joaquim Portes de Cerqueira; ROSAS, Roberto (Coords.). Aspectos Controvertidos do Novo Código Civil. São Paulo: RT, 2003. BARBERO, Domenico. Derecho Privado: Derechos de La Personalidade, Derecho de Família, Derechos Reales. Trad. Santiago Sentis Melendo. Buenos Aires: Europa-America, 1967. BARBOSA, Licínio. O Novo Código Civil: Principais Alterações. Goiânia: Século XXI, 2002. BARROS, Sérgio Rezende de. Direitos Humanos: Paradoxo da Civilização. Belo Horizonte: Del Rey, 2003. BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 13ª. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. BENASSE, Marcos Antônio. Algumas Questões Polêmicas do Novo Código Civil Brasileiro. 2ª. ed., Campinas: Bookseller, 2004. BITTENCOURT, Edgard de Moura. Concubinato. 2ª. ed. São Paulo: LEUD, 1980. BOSSERT, Gustavo A. Regimen Jurídico Del Concubinato. Buenos Aires: Editorial Astrea, 1982. CAHALI, Francisco José; HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Curso Avançado de Direito Civil: Direito das Sucessões. Coord. Everaldo Cambler, 2ª. ed. São Paulo: RT, 2003. vol. 6. CAHALI, Francisco José. Família e Sucessões no Código Civil de 2002: Acórdãos, Sentença, Pareceres e Normas Administrativas. São Paulo: RT, 2004. _______. União Estável e Alimentos entre Companheiros. São Paulo: Saraiva, 1996. CAHALI, Yussef Said. Dos Alimentos. 4ª. ed. São Paulo: RT, 2002. _______. Divórcio de Separação. 10ª. ed. São Paulo: RT, 2002. CAMPOS, Antonio Macedo de. Manual dos Inventários e Partilhas. São Paulo: Sugestões Literárias, 1976. CARVALHO NETO, Inácio de; FUGIE, Érika Harumi. Novo Código Civil Comparado e Comentado: Direito das Sucessões. 2ª. ed. Curitiba: Juruá, 2000. CHILE. Código Civil. Santiago: Editorial Jurídica de Chile, 1999. CHINELATO E ALMEIDA, Silmara J. A. Tutela Civil do Nascituro. São Paulo: Saraiva, 2000.

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Page 51: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

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Atibaia, 05 de março de 2013.

Cristiano Pereira Moraes Garcia Professor de Direito Civil e Processual Civil

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1

ALTERAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS E QUALIDADE DE VIDA

NA APA CANTAREIRA: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE ATIBAIA/SP

João Luiz de Moraes Hoeffel (NES/FAAT)

Maria Cristiane Nali (FAAT)

Sonia Regina da Cal Seixas (NEPAM/UNICAMP)

Abril 2013

Page 53: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2

SUMÁRIO

p.

1. Apa Cantareira: Qualidade de vida e Conservação Socioambiental num cenário em transformação

3

2. Transformações socioambientais e subjetividade em Atibaia/SP 5

2.1. Um olhar sobre o cotidiano dos moradores: a subjetividade como foco de análise

5

2.2 Um resgate sobre o conceito da subjetividade na pesquisa social 6

3. Objetivos gerais e específicos 9

3.1. Objetivos gerais 9

3.2. Objetivos específicos 10

4. Procedimentos Metodológicos 10

5. Cronograma de Atividades 11

6. Bibliografia 11

Page 54: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

ALTERAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS E QUALIDADE DE VIDA NA APA CANTAREIRA: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE ATIBAIA/SP

RESUMO

O objetivo geral desta pesquisa é analisar a qualidade de vida dos moradores de dois bairros, um rural – Bairro da Boa Vista, e outro urbano – Bairro Caetetuba, localizados no município de Atibaia, pertencentes a APA do Sistema Cantareira, Estado de São Paulo, tendo como referência às transformações socioambientais ocorridas e as diferentes maneiras que seus moradores têm encontrado para lidar com as mesmas em seu cotidiano. A partir do referencial de outras pesquisas realizadas, supõe-se que os moradores podem estar apresentando intenso sofrimento psíquico, no caso específico, depressão, como uma forma de lidar com as transformações socioambientais presentes em seu cotidiano, que tornou suas vidas extremamente complexas. Para tanto serão averiguadas as condições objetivas de vida e as alterações socioambientais em curso procurando analisar a relação existente essas duas premissas. PALAVRAS CHAVE: qualidade de vida; APA Cantareira; subjetividade; transformações socioambientais; degradação ambiental.

1. APA Cantareira: Qualidade de Vida e Conservação Socioambiental num cenário em transformação. A Área de Proteção Ambiental do Sistema Cantareira – APA do Sistema

Cantareira, composta pelos Reservatórios: Jaguary/Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva

Castro, é compreendida por sete municípios do interior paulista: Atibaia, Bragança

Paulista, Joanópolis, Mairiporã, Nazaré Paulista, Piracaia e Vargem. Parte desta APA está

sobreposta a APA Piracicaba/Juqueri-Mirim – Área II (HOEFFEL, 2005, 2006a e 2006 b;

HOEFFEL, FADINI, SEIXAS, 2010). Essa região sofreu grandes transformações socio-

ambientais a partir do período da construção do Sistema Cantareira iniciada no ano de

1965, e da duplicação da Rodovia Fernão Dias realizada em 1998.

Figura 1: APAs Piracicaba e do Sistema Cantareira

Page 55: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4

Os objetivos de criação desta unidade de conservação relacionam-se com a

manutenção e melhoria da qualidade da água, especialmente nos municípios do entorno

dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastecem a Região Metropolitana de São

Paulo (SÃO PAULO, 2000), e regulam o fluxo de água para a Região Metropolitana de

Campinas (CBH-PCJ, 2003). Estas APAs ainda não foram regulamentadas, o que tem

determinado conflitos e confrontos, entre os diversos atores sociais presentes na região,

pelo direito do uso da água e do solo.

A APA do Sistema Cantareira apresenta uma problemática ambiental singular,

centrada na conservação de recursos hídricos, possui áreas de nascentes e pontos de

captação de importância regional e, apesar de sua proximidade com a Região

Metropolitana de São Paulo, ainda encontram-se remanescentes significativos de Mata

Atlântica. Esta situação, associada à sua beleza natural, faz com que ela se torne alvo de

empreendimentos imobiliários os mais diversos consolidando um processo crescente de

ocupação do solo e uso turístico desordenado (HOEFFEL, 2006 a e b; HOEFFEL;

FADINI; SEIXAS, 2010).

O acesso facilitado a esta região através das Rodovias D. Pedro I e Fernão Dias

vem determinando um processo de expansão industrial e urbana e um incremento

turístico, o que tem aumentado os impactos sócio-ambientais e culturais regionais. Esta

realidade tem exigido a elaboração e implantação de estudos, projetos e planos de ação

que possibilitem uma gestão sustentável dos recursos naturais tanto na área de cabeceira

como para a Bacia do Rio Piracicaba na sua totalidade (VARGAS, 1997; HOGAN et al.,

1997; SÃO PAULO, 1998b; CBH-PCJ, 2003).

Outro aspecto importante é que 70% das nascentes da Bacia do Rio Piracicaba

encontram-se localizadas no Estado de Minas Gerais, nos municípios de Camanducaia,

Extrema, Toledo e Itapeva, os quais vêm sofrendo um acelerado processo de

transformação com impactos ambientais diversos que também podem comprometer os

recursos hídricos regionais.

Estas preocupações levaram o governo do Estado de São Paulo a designar a

região como Área de Proteção Ambiental. Apesar de tal medida ser altamente justificável

do ponto de vista da conservação, significa também para as comunidades locais

restrições econômicas importantes em relação ao uso da terra e de práticas agrícolas. Ao

mesmo tempo existe nesta área a formulação de propostas que visam o uso sustentável

dos recursos naturais regionais, como por exemplo, a criação de unidades de

conservação de uso restrito, atividades de turismo ambiental e implantação de práticas

Page 56: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

5

agrícolas diversificadas, propostas pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São

Paulo e por Organizações Não Governamentais locais (SÃO PAULO, 1998a).

As dificuldades econômicas vividas pela população regional representam uma

séria ameaça para a conservação das áreas de mata e para a água. Diversos

proprietários rurais, seguindo uma tendência histórica iniciada com a construção dos

Reservatórios do Sistema Cantareira, têm vendido suas propriedades para especuladores

imobiliários e turistas de fim-de-semana, o que tem causado um aumento considerável

dos danos ambientais (HOEFFEL & VIANA, 1996; RODRIGUES, 1999).

Este conflito pode ser claramente evidenciado nas atuais propostas de uso para o

Sistema Cantareira, em especial no entorno dos reservatórios. Apesar das restrições

impostas pela legislação ambiental vigente e por compor as APA’s do Sistema Cantareira

e Piracicaba, usos econômicos diversos, muitas vezes inadequados para a área, vêm

sendo sugeridos e implantados gerando impactos socioambientais e culturais (HOEFFEL,

2006 a e b).

Neste sentido insere-se o município de Atibaia que tem passado por intensas

transformações socioambientais tanto em função do processo de expansão urbana e

turística, como em função das atuais alterações climáticas, que precisam ser

adequadamente analisados, incluindo-se neste quadro a maneira como a população local

tem lidado com estas mudanças (HOEFFEL, 2009; 2010).

2. Transformações Socioambientais e Subjetividade em Atibaia/SP. 2.1 Um olhar sobre o cotidiano dos moradores: a subjetividade como foco de análise

Para compreendermos de forma mais intensa, a abordagem que aqui se pretende,

é interessante um resgate ao próprio conceito de qualidade de vida e sua relação com a

subjetividade enquanto abordagem analítica.

O conceito de qualidade tem sido observado através de muitas maneiras, e pode

contribuir para uma compreensão maior de situações e locais onde são evidentes

transformações sócio-ambientais, não só do ponto de vista ambiental, mas também

social, cultural e político. Essas transformações consideradas a partir dessas quatro

categorias analíticas são expressas através das condições de moradia, das estratégias se

sobrevivência, das possibilidades de trabalho, de acesso a bens básicos de existência,

como saneamento ambiental, acesso a serviços como educação e saúde, religiosidade e

formas de relacionamento com a natureza. E do estabelecimento de relações sociais e

Page 57: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

6

afetivas, primordiais para a manutenção ou instauração de uma qualidade de vida

satisfatoriamente possível para os moradores.

Assim, uma maneira de analisar a qualidade de vida pode ser feita através de uma

abordagem vinculada na estruturação de 3 eixos básicos de análise, a saber: o primeiro

pode se dar através da satisfação e o acesso a bens básicos como educação, transporte,

alimentação, saneamento ambientalmente adequado, serviço de saúde, etc, e a qualidade

do acesso a esses bens, como sistemas de educação e saúde eficientes e que atinjam

seus objetivos; sistemas de transportes coletivos satisfatórios; alimentação e salários

condizentes com as necessidades do indivíduo e de sua família. O segundo eixo pode ser

analisado através do acesso aos bens fundamentais para complementação da vida dos

indivíduos como cultura, lazer, relações afetivas e sexuais plenas; relações familiares

fundamentais; relações com natureza; relações plenas com o trabalho; e um terceiro, aqui

denominado de bens ético-políticos por compreender o acesso às informações que dizem

respeito à vida do cidadão, colocadas de forma clara e objetiva, a participação política e o

envolvimento nas causas coletivas; participação na gestão local da vida citadina e a

cidadania (BARBOSA, 1998). Desta forma, a observação e a interação dos pesquisadores

com o cotidiano dos moradores se colocam como fundamental para a captação da

vivência dos mesmos com a sua realidade.

2.2 Um resgate sobre o conceito da subjetividade na pesquisa social

O investimento teórico-metodológico que tem sido realizado para analisar

sociedades complexas tem permitido um acúmulo significativo de elementos que

possibilitam a compreensão das mesmas, a partir das transformações socioambientais

mais significativas e a realidade cotidiana dos sujeitos. Essa articulação tem sido

observada através do estudo da subjetividade no contexto social contemporâneo, e tem

permitido considerar que a subjetividade, pode ser entendida enquanto expressão criativa

ou enquanto sintoma, e, conseqüentemente historicamente produzida através de uma

relação profunda e dialética entre sociedade e natureza.

A maneira com que se tem feito essa análise tem ocorrido através da observação

da expressão difusa de sintomas manifestos no corpo dos sujeitos, que se identificam

através do sentir-se doente, e da incapacidade de evidenciar suas necessidades e

sofrimentos, permitindo supor enfim, a ausência de expressão verbal das questões

fundamentais do existir social e sua manifestação através de sintomas e signos corpóreos

(BARBOSA, 1990 e 1996). Aliado a esse aspecto, a outra abordagem que vem sendo

Page 58: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

7

desenvolvida procura analisar de forma mais significativa à subjetividade através do

estudo da depressão (BARBOSA, 2001; 2003; 2004; 2005 e 2005 a, SEIXAS et al, 2010).

Como esses temas têm estado presente de forma inequívoca em todas essas pesquisas,

é objetivo decorrente dar continuidade a essas reflexões observando um cenário que

oferece outras possibilidades analíticas, como é o caso do município de Atibaia.

Alguns autores que vem problematizando o conceito de modernidade, em suas

diferentes abordagens, como é o caso de Giddens e Touraine, permitem compreender a

subjetividade através da relação entre complexidade social e transformações sócio-

ambientais. No entanto, falar sobre modernidade nos remete prioritariamente a sociologia

clássica e, predominantemente, ao conceito weberiano de desencantamento do mundo.

Weber ao tratar da modernidade alerta para o precioso conceito de

desencantamento do mundo, que possui dois significados em sua obra (PIERUCCI,

2003): a) desencantamento do mundo pela religião e b) desencantamento do mundo pela

ciência. Ambos diretamente ligados ao momento atual e a suas transformações no

mundo. Pensar o homem contemporâneo desencantado poderia induzir a pensar que a

depressão pode ser considerada como uma das expressões da tragédia humana

(transformações globais e planetárias, guerras, violência, escassez dos recursos naturais,

degradação sócio-ambiental, desemprego, péssimas condições de moradia e de

relacionamentos)? O sujeito contemporâneo na modernidade, não tendo a que ou quem

recorrer (nem religião e nem ciência), expressaria seu sofrimento, seu desencantamento

através de depressão e conseqüentemente empreenderia uma busca constante por

paliativos (medicamentos), para calar seu desejo ou sua dor? Ficam como questões de

fundo em aberto que serão desenvolvidas na pesquisa.

Nesse sentido, impossível desconsiderar a modernidade e o sujeito

contemporâneo, enquanto conceitos fundamentais para pensar a sociedade complexa na

qual estamos imersos. Como já nos ensinaram Giddens (1991), e Touraine (2002) a

modernidade é prioritariamente um conjunto que abrange aspectos culturais, organização

social e as próprias crenças e ações coletivas. Assim, os avanços da ciência, da

tecnologia e dos sistemas produtivos estarão diretamente relacionados e regulados pela

vida pessoal e social.

O destaque à cultura e ao caráter pessoal que a modernidade acaba por imprimir

está presente na análise dos dois autores e, é nesse sentido que se pode afirmar que, a

modernidade altera de forma radical a essência e a natureza da vida cotidiana, afetando

os aspectos mais pessoais da existência (GIDDENS, 2002).

Page 59: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

8

Todas as transformações socioambientais da modernidade podem ser resumidas

nos intensos processos de globalização e nos riscos sociais e técnicos. Giddens (2000)

alertou sobre a influência da globalização na vida cotidiana, processo esse que influencia

os indivíduos em macro e micro aspectos de atuação, como em tudo o que é realizado.

Por fim, chama atenção ainda ao afirmar que uma nova ordem global como meta, impele

a todos, mesmo que sua compreensão de forma objetiva seja permitida, considerando,

entretanto que seus efeitos se fazem sentir sobre toda a sociedade (SANTOS, 2000).

Os riscos dessa forma tanto podem estar relacionados a mudanças climáticas

globais, intervenções do homem no ambiente e a conseqüente degradação ambiental

planetária, quanto às situações das relações pessoais, familiares e a sexualidade

(GIDDENS, 2000). Por isso, devem ser considerados tão complexos e importantes quanto

os relacionados às questões da economia global e do mercado, contribuindo

sobremaneira para aumentar o estresse e as tensões que afetam a vida cotidiana, os

modos de vida e as culturas tradicionais na maior parte das regiões do planeta.

A subjetividade é influenciada por todos esses aspectos globais e da sociedade de

risco, porque quanto mais a tradição perde seu domínio, e quanto mais a vida diária é

reconstituída na confluência entre o local e o global, mais e mais os indivíduos são

forçados a realizarem escolhas a partir de uma diversidade de opções, que tanto podem

estar relacionadas a um estilo de vida próprio, quanto ao consumo, e decisões múltiplas

no cotidiano, que extrapolam a tradição, a religiosidade e a cultura da família original

(GIDDENS, 2002).

Assim, todos esses aspectos que formam as sociedades complexas na

modernidade (globalização, risco, degradação ambiental planetária, desemprego,

oscilações de bolsas de valores, novas dimensões de tempo e espaço), só terão sentido

através da criação que os indivíduos fazem deles, como os absorvem, interiorizam e

expressam, possibilitando a subjetividade, nesse sentido, ser percebida como uma

instância reflexiva e deliberante, datável e localizada, na medida em que produto e

criação de uma sociedade que a investiu de sentido social, histórico e político

(CASTORIADIS, 1992). Assim, é a partir dessas considerações que a depressão se

insere e passa a ser considerada como uma categoria fundamental para a análise

empreendida.

Embora o termo depressão tenha sido introduzido no século XVIII, hoje não se

pode deixar de ressaltar que assumiu uma característica importante em função de sua

íntima ligação com os pilares da vida social (DIAS, 2003:84), muito em função de que o

Page 60: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

9

sistema econômico atual qualifica-se por uma economia livre, marcada por ritmos

ciclotímicos, e essa oscilação vai marcar a posição dos sujeitos que estão na

dependência das diferenças de oferta do mercado de trabalho. Assim a perda de lugar, é

co-extensiva à estruturação da vida social, permitindo a afirmação, de que diante de tal

conjuntura, a depressão é solidária do avanço da sociedade capitalista, com todas suas

transformações e riscos impostos pela modernidade. O sujeito na posição depressiva se

afasta das imposições promovidas pela acumulação do capital, ou seja, vive a experiência

da queda como sinônimo da falência (DIAS, 2004).

Outro aspecto importante diz respeito ao avanço dos diagnósticos dos estados

depressivos e do sofrimento psíquico em geral na sociedade. O que se percebe hoje é

cada vez mais a presença e o temor que a incidência de depressão causa na sociedade

contemporânea. Wolpert (2003) destaca que o efeito que a depressão exerce sobre os

serviços de atendimento de saúde são enormes. Cita para comprovar sua afirmação que

recente relatório – Global Burden of Disease – da Organização Mundial de Saúde (OMS,

1993) que afirma que a depressão foi o quarto problema de saúde mais importante no

mundo em desenvolvimento em 1990, responsável por 3% da carga total de doença, e

prevê que ela será o principal problema de saúde no mundo em desenvolvimento em

2020, com uma expectativa de ser responsável por 6% da carga total de doença. Nos

países em desenvolvimento, a depressão responde pela maior parte do volume de

doenças, calculada pelas mortes prematuras e de anos-vida saudáveis perdidos pela

incapacidade, do que qualquer outra, exceto doenças cardíacas.

Pode-se supor que pelo avanço dessa incidência na sociedade em geral, ela está

tendo uma distribuição expressiva em diferentes grupos sociais, no sentido de que não

está restrita a comunidade eminentemente urbana, por exemplo, podendo-se supor que

possuem significados de forma ampla entre os moradores de áreas rurais, principalmente

se considerar-se os processos intensos de transformações socioambientais que se supõe

também acontecendo nas últimas décadas, esse aspecto reforça a importância de se

estudar a região onde o projeto se situa.

3. Objetivos gerais e específicos

3.1. Objetivo geral

O objetivo geral desta pesquisa é analisar a qualidade de vida dos moradores de dois

bairros - um rural (Boa Vista) e um urbano (Caetetuba) do município de Atibaia, tendo

Page 61: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

10

como referência às transformações socioambientais ocorridas e as diferentes maneiras

que seus moradores têm encontrado para lidar com as mesmas em seu cotidiano.

3.2. Objetivos específicos

(a) Complementar a caracterização do ponto de vista socioambiental do município de

Atibaia, captando suas particularidades, em relação às transformações sócio-

ambientais, históricas, culturais e econômicas pelas quais estes vêm passando nas

últimas décadas (HOEFFEL et al, 2009; 2010);

(b) Identificar e caracterizar os serviços de saúde existentes no município de Atibaia;

(c) Mapear historicamente a ocorrência das principais morbidades presentes na

população do município, compreendendo o período de 1990 a 2010, procurando

relacionar com o local de moradia;

(d) Identificar a ocorrência de depressão no município, através de entrevistas qualitativas

com os profissionais de saúde que atuam no município, e através do levantamento de

dados históricos arquivados nos serviços de saúde do município, procurando

relacioná-los com o local de moradia.

4. Procedimentos Metodológicos

Do ponto de vista do encaminhamento metodológico, é importante afirmar que a

necessidade de um olhar interdisciplinar é uma exigência natural desta análise, e não se

limita somente, às necessidades do recorte do problema, funcionando muito mais como

um investimento metodológico de longo alcance, em função de alguns pressupostos bem

definidos, e a articulação de um olhar diferencial.

As relações entre transformações socioambientais e depressão serão objeto de

extenso levantamento bibliográfico na literatura nacional e internacional durante o

desenvolvimento de todo o projeto.

O levantamento da realidade socioambiental, das transformações histórico-

temporais e dos dados de saúde da área de estudo será realizado através de coleta de

dados secundários e entrevistas junto aos diversos órgãos governamentais (Prefeituras

Municipais, Secretaria Municipal da Saúde, Secretarias de Meio Ambiente municipais e

estaduais, IBAMA, IBGE, Universidades Públicas, Centros de Pesquisas, etc.) e não

governamentais (Associações representativas da Sociedade Civil, Universidades

Privadas, etc.) atuantes na região, e por pesquisas de campo, de forma a identificar as

características de saúde e sócio-econômicas regionais.

Page 62: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

11

A coleta de dados será obtida através da utilização de um roteiro de entrevistas

semi-estruturadas (RICHARDSON, 1999) que terá como base os trabalhos de Formagio;

Barbosa (2004) e Seixas et al (2010). O roteiro de entrevistas será testado em entrevistas

prévias, de forma a verificar sua adequação, e posteriormente ele será utilizado no

desenvolvimento desta pesquisa.

Os bairros a serem estudados foram escolhidos em função de estudos sobre

transformações socioambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Atibaia realizados por

Hoeffel et al (2009; 2010).

5. Cronograma de Atividades

Está previsto um prazo de 12 meses para execução deste projeto.

Cronograma de execução

ETAPAS M E S E S

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Revisão da Literatura x x x x x x x x x x x

Levantamento inicial de dados x x x x x x

Reconhecimento da área de estudo x x x x x

Sistematização de dados x x x x x x x

Pesquisa de campo, entrevistas e coleta de dados x x x x x x x x x

Sistematização de dados e informações x x x x x x x x

Fórum de debates x

Análise de resultados x x x

Avaliação x x

Relatório final x x

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Page 64: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

13

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Page 65: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

FAAT – FACULDADES ATIBAIA

PROFA. MICHELI KOWALCZUK MACHADO

PROJETO DE PESQUISA: CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO NA

REGIÃO BRAGANTINA – SP

ATIBAIA/SP

MAIO, 2014

Page 66: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 02

2 PROBLEMAS DE PESQUISA............................................................................. 05

3 OBJETIVOS........................................................................................................ 06

3.1 Objetivo Geral................................................................................................... 06

3.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 06

4 METODOLOGIA.................................................................................................. 06

5 CRONOGRAMA.................................................................................................. 07

6 REFERÊNCIAS................................................................................................... 07

Page 67: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, uma intensa e constante atenção tem sido colocada

sobre a problemática ambiental e sobre os possíveis riscos que seu agravamento

possa acarretar para a sobrevivência da humanidade e de suas sociedades.

Problemas ambientais diversos tem sido o polo de atenção, pesquisa e estudo de

cientistas, políticos e mesmo da população em geral. Em anos recentes verifica-se,

em diversos setores da sociedade, amplas discussões e transformações nas

relações entre os seres humanos e o mundo natural.

Neste contexto, dentro de uma perspectiva histórica que envolveu catástrofes

ambientais, como por exemplo, as detonações nucleares e disputas de interesses,

emerge o discurso do desenvolvimento sustentável como sendo “aquele que

responde às necessidades do presente de forma igualitária, mas sem comprometer

as possibilidades de sobrevivência das gerações futuras” (COMISSÃO MUNDIAL

SOBRE DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - CMDMA, 1991).

A partir deste momento a noção de desenvolvimento sustentável se

popularizou. De acordo com Hoeffel e Reis (2008, p. 5) o documento produzido pela

CMMA “reconhecia o fato de que na maioria dos países há maior dependência com

relação aos recursos naturais, e esse foi, sem dúvida, um dos aspectos que mais

contribuiu para a popularização do referido conceito”.

Os autores também enfatizam uma questão fundamental, mencionam que no

documento, desenvolvimento e meio ambiente devem ser complementos, ou seja,

não se exclui a ideia de crescimento econômico, mas apresenta-se a necessidade

de busca por novas estratégias de desenvolvimento e novas tecnologias de

desenvolvimento que tenham por base a sustentabilidade e a expansão dos

recursos naturais. Carneiro (2005) acrescenta que para a obtenção deste objetivo

recomenda-se no documento “a pesquisa e a aplicação de uma série de medidas,

tanto no âmbito de cada Estado Nacional quanto no âmbito internacional, com vistas

ao “direcionamento” político e “científico” das interações entre economia de mercado

e processos de condições naturais” (CARNEIRO, 2005, p. 27).

É fundamental que discussões sobre desenvolvimento sustentável e suas

implicações na sociedade sejam embasadas em contextos mais amplos e que

considerem a complexidade da questão ambiental, que envolve interesses

econômicos e políticos distintos, características físicas específicas para cada região

Page 68: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

do planeta, diversidade cultural, realidades sociais diferenciadas, desenvolvimento

tecnológico e científico em vários níveis e multiplicidade de concepções sobre a

relação ser humano-natureza (MACHADO, 2009).

Para Machado (2006) a noção de desenvolvimento sustentável tem servido

aos mais diferentes propósitos e interesses, sendo por um lado tomada como

remédio para todos os males e por outro desqualificada como mais uma forma

encontrada pelo sistema, para maquiar as contradições do modelo de

desenvolvimento hegemônico. Segundo a autora:

O fato é que essa noção continua informando, em diferentes níveis, parte dos esforços demandados na busca de caminhos alternativos às mazelas socioambientais produzidas pelo modelo de desenvolvimento dominante. Seja entre os adeptos ou entre os críticos, há uma espécie de consenso de que a noção de ds é imprecisa, frágil, plástica, ambígua etc. Para os críticos, demonstrar essas imprecisões é uma forma de desmascarar o seu conteúdo ideológico. Para os seus adeptos, devem ser empreendidos esforços no sentido de precisar a noção de ds, pois assim ela poderia dar lugar a construtos teóricos mais elaborados e consistentes capazes de orientar a implementação de políticas eficazes (MACHADO, 2006, p. 13).

É evidente que tais discursos e debates influenciaram e influenciam a

elaboração e implantação de políticas ambientais, inclusive no Brasil e assim é

importante mencionar que o planejamento de políticas ambientais para um

desenvolvimento sustentável, deve buscar compreender as inter-relações

estabelecidas entre processos históricos, econômicos, ecológicos e culturais no

desenvolvimento das forças produtivas da sociedade (LEFF, 2006).

As discussões e críticas sobre o conceito de desenvolvimento sustentável são

fundamentais para seu aprimoramento e para o surgimento de propostas mais

consistentes na área ambiental. Entretanto é fato que o desenvolvimento sustentável

assumiu nas últimas décadas um papel hegemônico na sociedade e sua busca tem

levado a diversas formas de atuação com relação aos problemas ambientais.

Neste sentido atualmente tem aumentado o interesse na investigação de

novos materiais alternativos para o uso na construção civil, com o objetivo de tornar

a sociedade, e as construções nela inserida, mais sustentáveis.

A propagação da consciência ecológica pelo planeta, amparada pela divulgação dos problemas ambientais, principalmente os referentes ao desmatamento e às mudanças climáticas, tem alertado para a execução de medidas que possam reduzir esses impactos. [...] Alternativas tais como a ecohouse, no setor de construções, consistem em uma aplicação das ações sugeridas nesse sentido (ALVES; SILVA; AQUINO, 2011, p.4).

Page 69: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4

Além do termo ecohouse, ou casa ecológica, Meda e Suzuki (2003)

apresentam o conceito de Green Architecture (eco-arquitetura), que de acordo com

as autoras é uma tendência arquitetônica, adotada por profissionais conscientes das

restrições naturais, a fim de amenizar o impacto e a destruição que as obras

arquitetônicas provocam no meio ambiente, além de proporcionar ao ser humano

uma qualidade de vida melhor. Este tipo de arquitetura procura principalmente

desenvolver tecnologias com o objetivo de criar meios e materiais sustentáveis para

o maior reaproveitamento dos recursos ambientais existentes.

Na instrumentalização eco-arquitetura, não necessariamente os arquitetos ou

engenheiro precisam utilizar artigos alternativos para construir ou decorar suas

obras, mas podem utilizar de meios direcionados a uma construção que consuma

menos energia, matéria orgânica e outros (MEDA; SUZUKI, 2003).

De acordo com Gouveia e Righetti (2009) a união do termo sustentável à

arquitetura, construção, urbanismo e paisagismo é relativamente recente, mas

muitos princípios fundamentais de projetos e construções são antigos. Há formas

ecológicas de construção milenares, poupadoras de energia e de baixo impacto

ambiental. As autoras mencionam os exemplos citados por Antonio Macêdo Filho,

diretor da A+C Desenvolvimento Profissional: os iglus, habitações típicas das

regiões polares do planeta, perfeitamente adequadas ao clima e construídas com o

isolante térmico perfeito para o contexto: o gelo e as ocas indígenas como exemplos

de residências ambientalmente sustentáveis com integração com o meio.

Atualmente nas construções, já é possível a utilização de sistemas de

aproveitamento de água de chuva, miniestações de tratamento de água, areia

reciclada, argamassa mineral, massa corrida ecológica, além de adesivos, vernizes,

resinas, pisos, tintas, telhas e telhados verdes. Equipamentos poupadores de

energia, não-poluentes, que fazem uso de tecnologias limpas ou renováveis, tais

como sistemas de energia eólica e solar, entre outros, também são adequados às

construções que visam a sustentabilidade, pois são capazes de atender à demanda

energética sem comprometer os recursos naturais locais nem alterar drasticamente

a geografia dos ecossistemas (GOUVEIA; RIGHETTI, 2009).

É importante mencionar que em uma construção caracteriza como ecológica

os meios são importantes, mas o principal é o quanto realmente esta atividade

minimizou ou deixou de gerar impactos socioambientais além da necessidade de

Page 70: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

5

manutenção do sistema proposto não esquecendo a dimensão humana que envolve

o conceito de meio ambiente e sustentabilidade.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente reconhecidamente, o setor da

construção civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos globais do

desenvolvimento sustentável, já que pode ser considerado o setor de atividades

humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva,

gerando consideráveis impactos ambientais relacionados não apenas ao consumo

de matéria e energia, mas também à geração de resíduos sólidos, líquidos e

gasosos. Existe a estimativa de que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo

conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção (MMA, 2013).

Na Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em

Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como:

[...] um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica (MMA, 2013).

Embora existam muitos desafios para o setor da construção sustentável o

Ministério do Meio Ambiente os sintetiza na redução e otimização do consumo de

materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente

natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído.

A construção sustentável pode ser uma alternativa interessante para a Região

Bragantina, já que a mesma tem passado por intenso processo de urbanização;

especulação imobiliária e industrialização que têm gerado impactos socioambientais

diversos como supressão de mata nativa, redução da fauna local e contaminação do

solo, ar e recursos hídricos. Neste sentido este projeto de pesquisa pode colaborar

para conhecer e compreender como e se a região está inserida na ideia da

construção sustentável.

2 PROBLEMAS DE PESQUISA

Diante da realidade socioambiental presente na Região Bragantina principalmente

relacionada aos impactos gerados pela intensa expansão urbana e especulação

imobiliária apresenta-se a seguinte problemática para esta pesquisa: A construção

Page 71: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

6

sustentável pode colaborar para a minimização dos impactos ambientais presentes

da Região Bragantina? Existem práticas relacionadas a esta temática na região?

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Levantar e analisar a aplicação e desenvolvimento de projetos construção

ecológica na Região Bragantina – SP.

3.2 Objetivos Específicos

Realizar pesquisa bibliográfica envolvendo temas pertinentes à proposta

principal do projeto tais como: desenvolvimento sustentável e

sustentabilidade, arquitetura verde, construção ecológica e cidades sustáveis;

Caracterizar a realidade socioambiental presente na Região Bragantina

considerando principalmente a expansão urbana e a especulação imobiliária;

Analisar alguns tipos de construções de acordo com o meio em que estão

inseridos;

Levantar e verificar propostas de construção sustentável realizadas na área

de estudo.

4 METODOLOGIA

A realização deste trabalho terá como base a pesquisa qualitativa, pois

segundo Minayo (2008), esta responde a questões particulares, com um nível de

realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. A autora menciona ainda

que a pesquisa qualitativa:

[...] trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por

Page 72: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

7

interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus semelhantes. O universo da produção humana que pode ser resumido no mundo das relações, das representações e da intencionalidade e é objeto da pesquisa qualitativa dificilmente pode ser traduzido em números e indicadores quantitativos (MINAYO, 2008, p. 21).

A autora divide o processo de trabalho científico com pesquisa qualitativa em

três etapas que serão adotadas no desenvolvimento desta dissertação: fase

exploratória que consiste no projeto de pesquisa e de todos os procedimentos

necessários para preparar a entrada em campo tais como a pesquisa bibliográfica e

documental; trabalho de campo no qual se leva para a prática empírica a construção

teórica elaborada na primeira etapa; análise e tratamento do material empírico e

documental, relacionada ao conjunto de procedimentos para valorizar, compreender,

interpretar os dados empíricos e articulá-los com a teoria que fundamentou o projeto

ou com outras leituras que surgiram de acordo com as necessidades surgidas no

trabalho de campo (MINAYO, 2008).

As três fases propostas pela autora e adotadas para este projeto colaborarão

para a organização e direcionamento das pesquisas tanto teóricas quanto empíricas

que, por sua vez, possibilitarão alcançar os objetivos propostos e responder os

problemas de pesquisa apresentados.

5 CRONOGRAMA

Atividades/Etapas MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Pesquisa Bibliográfica

Caracterização da área de estudo

Pesquisa de campo

Análise e Interpretação dos dados

Produção Científica/Relatório Final

6 REFERÊNCIAS

ALVES, Alan Ripoll; SILVA, Juliana de Oliveira; AQUINO, Marisete Dantas de. Estudo da formação de infraestrutura ecologicamente pensada para uso Urbano. In:

Page 73: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

8

ENCONTRO NACIONAL DA ECOECO, 9. Anais... Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/ix_en/GT2-145-56-20110603152749.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2013. CARNEIRO, E.J. Política ambiental e a ideologia do desenvolvimento sustentável. In: ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K.; PEREIRA, D.B. (Org.). A insustentável leveza da política ambiental. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 27 – 47. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1991. GOUVEIA, Flávia e RIGHETTI, Sabine. Inovação e meio ambiente: pressão verde motiva empresas a inovar de forma sustentável. Conhecimento & Inovação [online], v.5, n.3, p. 34-39, 2009. Disponível em: <http://inovacao.scielo.br/pdf/cinov/v5n3/12.pdf>. Acesso em: 05 maio 2013. HOEFFEL, J.L.; REIS, J.C. Abordagens para a sustentabilidade. O conceito de sustentabilidade na teoria social latino-americana: uma análise preliminar. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANNPAS, 4., 2008, Brasília. Anais... Brasília, 2008. p. 1- 19. Disponível em: <http://www.anppas.org.br/encontro4/cd/ARQUIVOS/GT15-481-198 20080514224140.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2013. LEFF, E. Epistemologia ambiental. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2006. MACHADO, M. K. Ações institucionais, participação e conflitos ambientais na Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão do Moinho, Nazaré Paulista – SP. 2009. 213p. Dissertação (Mestrado em Ecologia Aplicada), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz – USP, Piracicaba, 2009. MACHADO, V.F.A. produção do discurso do desenvolvimento sustentável: de Estocolmo à Rio 92. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANNPAS, 3., 2006, Brasília. Anais... Brasília, 2006. p. 1- 16. Disponível em: <http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro3/arquivos/TA398-07032006-233539.DOC>. Acesso em: 18 nov. 2008. MEDA, Juliana Fernandes; SUZUKI, J.uliana Harumi. Eco-arquitetura: Considerações para o incremento do turismo ecológico. Revista Terra & cultura - Cadernos Científicos de Ensino e Pesquisa, Londrina PR: Centro Universitário Filadélfia - Unifil, ano XIX, n. 36, jan./jun.2003. p. 39-50. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo-sustentavel/constru%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel>. Acesso em: 20 abr. 2013.

Page 74: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Droga-dependência na comunidade: uma parceria

Universidade/Serviço Público

Projeto de Iniciação Científica – Disciplina de Neurociências

Profa. Rita de Cássia Faria Bergo

Atibaia/SP - 2013

Page 75: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

FAAT

I - Introdução

As substâncias psicoativas com potencial de abuso requerem grande atenção por parte da

sociedade brasileira devido ao considerável aumento no consumo nas últimas décadas, cujo uso cada

vez mais precoce por crianças e adolescentes tem tornado esse problema ainda mais grave.

Crescimento da violência na forma de conflitos interpessoais, acidentes de trânsito, comportamentos

anti-sociais, sofrimento mental individual e familiar têm sido identificados e relacionados à epidemia

do uso de drogas. A população, a comunidade científica, a sociedade civil organizada e setores

governamentais têm se debruçado sobre o problema e buscado conjuntamente o desenvolvimento de

estratégias para seu enfrentamento.

No Brasil, assim como no mundo, há indicações de que haja uso concomitante de diversas

drogas, e de que esse uso se associe a transtornos mentais graves, sendo o abuso e dependência do

álcool um dos problemas mais importantes. O aumento do consumo de álcool está diretamente

relacionado à ocorrência de cirrose hepática, transtornos mentais, comprometimentos fetais, diferentes

tipos de câncer e doenças cardiovasculares.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa

de morte evitável em todo o mundo, com um terço da população mundial adulta -1 bilhão e 200

milhões de pessoas de fumantes. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que

200.000 mortes por ano são decorrentes do tabagismo.

O consumo de drogas ilícitas atinge 4,2% da população mundial. A maconha é a mais

consumida, seguida das anfetaminas, cocaína e os opiáceos, dentre estes, a heroína.

Substâncias com potencial de abuso são aquelas que podem desencadear nas pessoas auto-

administração repetida, o que em geral resulta em tolerância, que é a necessidade de aumentar as doses

subsequentes para obter o mesmo efeito, síndrome de abstinência, caracterizada por sinais e sintomas

de intensidade variável quando o consumo de substância psicoativa cessou ou foi reduzido e

comportamento compulsivo de consumo, no qual este torna-se prioridade para o indivíduo. A

dependência implica em forte desejo de consumo, dificuldade em controlar o comportamento, sinais e

sintomas de abstinência, aumento nas doses para obter o mesmo efeito, abandono progressivo de

prazeres e interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa e persistência no uso, a

despeito de consciência de suas consequências nocivas.

Em Atibaia, desde novembro de 2005 vem sendo realizado trabalho de cessação de tabagismo

sediado na UBS Sumico Ono, com demanda cada vez maior. Em 2010 foi iniciado programa de apoio

a adolescentes em uso e abuso de álcool e outras drogas e outras atividades na rede básica de saúde

com o objetivo de ampliar as ações de promoção de saúde mental e maior enfrentamento dos

transtornos mentais.

O Curso de Psicologia da FAAT atende às novas Diretrizes Curriculares apresentadas pelo

MEC, que contemplam a formação de profissionais psicólogos voltados à “Clínica do Social” na qual

a psicologia se preocupa com o coletivo e a realidade dos municípios e dos serviços públicos. Nesse

intuito, a partir de agosto de 2009 foi iniciada parceria entre a FAAT - Curso de Psicologia e a

Secretaria Municipal de Saúde de Atibaia, que estabeleceu programa de estágio de observação, com

vistas a que, numa fase do curso mais avançada, os alunos possam desenvolver e participar de

atividades de intervenção, pesquisa e extensão.

O estágio é realizado nos serviços de atenção primária e de saúde mental, propiciando aos

aquisição de conhecimento e habilidades técnicas em Psicologia, a partir da observação do exercício

desta área na Saúde Pública, relacionando teoria à prática e refletindo sobre alternativas à Promoção da

Saúde Mental. A partir de programas de estágio como este, consideramos que proporciona uma sólida

formação para o futuro psicólogo que poderá exercer a profissão junto a serviços públicos de saúde de

Atibaia e demais municípios. Os serviços são beneficiados com a presença dos alunos, que além de

colaborarem na execução das atividades, estimulam os membros da equipe a manterem uma atitude

investigativa e de desenvolvimento.

Page 76: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

O presente projeto tem como objetivo principal a iniciação científica de alunos de psicologia e

abordar e intervir sobre problemas da comunidade. Pretende-se juntamente a estes alunos e consonante

à política da Secretaria Municipal de Saúde, realizar na perspectiva da abordagem psicossocial,

abordagem do problema de drogadependência na comunidade, tomando-se como público-alvo

adolescentes, famílias e estudantes da FAAT, com a realização de aconselhamento e intervenção breve

a este público e a publicação dos trabalhos realizados e seus resultados em periódicos científicos.

II – Problema de Pesquisa

O problema que será abordado é o da drogadependência. Serão feitas duas intervenções: uma

pesquisa por meio da aplicação de um questionário em adolescentes no Núcleo de Apoio a

Adolescentes e uma intervenção comunitária, tendo como público-alvo estudantes do período noturno

da FAAT.

III - Objetivos

Objetivo Geral

Contribuir para o enfrentamento do problema do uso indevido e nocivo à saúde de substâncias

psicoativas na comunidade.

Objetivos Específicos

1- Iniciar alunos de psicologia na prática de trabalhos científicos, especialmente na abordagem

comunitária do problema da drogadependência, orientando pesquisa bibliográfica, raciocínio científico

e redação de artigo científico.

2- Realizar abordagem psicossocial na comunidade escolar da FAAT, voltada à sensibilização,

aconselhamento breve.

3- Realizar pesquisa com adolescentes atendidos no Núcleo de Apoio a Adolescentes utilizando como

instrumento o DUSI - Drug Use Screening Inventory

4- Desenvolver pré-projeto de intervenção tendo como tema “A Função Paterna e o Problema das

Drogas”.

IV – Metodologia

Número estimado de alunos estimado iniciação científica

Para realização das 4 etapas serão necessários de 2 a 8 alunos. Se houver interesse, a etapa de

aulas teóricas pode ser aberta a alunos de outros cursos.

Objetivo

Específico

População -alvo Estratégias Orientador

1- Iniciação

científica

Todos os alunos

envolvidos na

proposta

6 horas/aula de teoria sobre

desenvolvimento de trabalhos científicos

1 encontro semanal na FAAT para

orientação do desenvolvimento da

pesquisa no intervalo

Profa. Rita Bergo

2- Abordagem

psicossocial

8 alunos Capacitação dos alunos para realizar

abordagem psicossocial – 2 horas/aula

2 instrumentos – ASSIST (Alcohol,

Smoking and Substance Involvement

Screening Test) e Fargenstron

Profa. Rita Bergo

Page 77: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3- Pesquisa no

Núcleo de

Apoio a

Adolescentes

2 alunos Termo de consentimento informado

1 vez por semana 2 horas

Aplicam o Instrumento DUSI – 2

adolescentes/hora/aluno

UBS Sumico Ono

Profa. Rita Bergo

Psicóloga Fátima

Gonzaga

4- Projeto

Função

Paterna

2 a 3 alunos 1 encontro semanal na FAAT para

orientação do desenvolvimento do pré-

projeto

Profa. Rita Bergo

Ações Educativas

Atividades Conteúdo Educativo Recursos necessários

Iniciação

científica

O que é ciência. Problematização. Pesquisa cientifica:

conceito, natureza, objetivo, objeto, pesquisa

bibliográfica, elaboração de projetos, questões éticas.

Textos, livros,

computador, datashow

Capacitação

dos alunos

1- Conceitos em uso e abuso de substâncias psicoativas

2- Aspectos psicológicos, tratamento e intervenção breve

3- Aplicação dos testes Fargenstron e Assist

4- Aconselhamento

Datashow

Computador

Questionários

Intervenção

Psicossocial

1- Aplicação dos questionários individualmente,

totalização dos pontos e aconselhamento individual

8 alunos entrevistadores

Pesquisa no

Núcleo de

Apoio

1- Aplicação do Questionário DUSI

Questionários

V - Cronograma

Estratégias Atividades Cronograma

Iniciação

científica

Capacitar os alunos para o desenvolvimento de trabalhos científicos

total de 6 hs/aula

Realizar 1 encontro semanal sobre o desenvolvimento dos trabalhos

durante o intervalo 20:45 às 21:20.

Iniciar assim

que for

aprovado o

projeto

Abordagem

Psicossocial

Capacitação dos alunos para realizar abordagem psicossocial – 2

horas/aula

2 instrumentos – ASSIST e Fargenstron

Termo de consentimento informado

Realizar intervenções durante o intervalo, numa meta de 5 a 10

entrevistas por entrevistador. Após o preenchimento do questionário,

o próprio aluno realiza a ação de aconselhamento.

1 e 2 meses após a ação o aluno entrará em contato com o

entrevistado para perguntar a situação quanto ao uso de substâncias

– se abstinência, redução, manutenção ou piora.

Após a conclusão das entrevistas e reavaliações, será redigido um

artigo sobre os resultados alcançados.

Agosto a

Dezembro de

2013

Page 78: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Pesquisa no

Núcleo de

Apoio a

Adolescentes

2 alunos irão aplicar o questionário DUSI em adolescentes que estão

ou iniciarão acompanhamento no Núcleo de Apoio a Adolescentes.

1x/semana/2 hs 2 adolescentes/hora Meta de 30 a 50 adolescentes

Após atingir a meta, procede-se à análise dos resultados e redação

final

Junho a

Outubro de

2013

Projeto

Função

Paterna

Levantamento bibliográfico sobre o tema, discussão sobre

intervenções e elaboração de projeto

2 a 3 alunos

Agosto a

Dezembro 2013

Page 79: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

ANEXO I

Teste de Fagerstrom - Fagerström Test for Nicotine Dependence (FTND, Teste de Fagerström para

Dependência de Nicotina)

Itens e escore do Teste de Dependência à Nicotina de Fagerström (FTND)

PERGUNTAS RESPOSTAS

PONTUAÇÃO

coloque no campo a

pontuação escolhida

1. Quanto tempo após acordar você

fuma seu primeiro cigarro?

(1) Dentro de 5 minutos

(Coloque 3)

(2) Entre 6-30 minutos (Coloque

2)

(3) Entre 31-60 minutos

(Coloque 1)

(4) Após 60 minutos (Coloque 0)

(5) Não fuma (Não Coloque

nada)

2 - Você acha difícil não fumar em

lugares proibidos, como igrejas,

ônibus, etc.?

(1) Sim (Coloque 1)

(0) Não (Coloque 0)

3. Qual cigarro do dia traz mais

satisfação?

(1) O primeiro da manhã

(Coloque 1)

(2) Outros (Coloque 0)

(3) Nenhum (Não Coloque nada)

4. Quantos cigarros você fuma por

dia?

(1) Menos de 10 (Coloque 0)

(2) De 11 a 20 (Coloque 1)

(3) De 21 a 30 (Coloque 2)

(4) Mais de 31 (Coloque 3)

(5) Não fuma (Não Coloque

nada)

5. Você fuma mais freqüentemente

pela manhã?

(1) Sim (Coloque 1)

(0) Não (Coloque 0)

6. Você fuma mesmo doente? (1) Sim (Coloque 1)

(0) Não (Coloque 0)

TOTAL

Conclusão sobre o grau de dependência:

0 - 2 pontos = muito baixo

3 - 4 pontos = baixo

5 pontos = médio

6 -7 pontos = elevado

8 -10 pontos = muito elevado

(Uma soma acima de 6 pontos indica que, provavelmente, o paciente sentirá desconforto (síndrome de

abstinência) ao deixar de fumar).

Page 80: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

ANEXO 2 - DUSI

Inventário de triagem do uso de drogas - Adaptação feita para o Brasil do instrumento DUSI (Drug Use

Screening Inventory) por De Michelli e Formigoni (1998).

Todos os dados colhidos por meio desse questionário são confidenciais e fazem parte de um projeto de pesquisa,

coordenado por ..... (ou se destinam a ....)

O objetivo dessa pesquisa (ou avaliação..) é conhecer o real uso de drogas de uma amostra de jovens brasileiros (ou outra

especificação...) e sua relação com problemas de saúde, psicológicos e sociais.

Sua resposta é muito importante. Responda honestamente e tenha a certeza de que suas respostas serão mantidas em

segredo. Nenhuma pessoa terá acesso às suas respostas sem o seu consentimento.

Instruções de Preenchimento

Responda todas as questões seguintes. Se alguma questão não se aplicar exatamente, responda considerando o que ocorre

com maior freqüência ( sim ou não).

Responda as questões como aplicadas a você DESDE O ANO PASSADO ATÉ O TEMPO PRESENTE. Preencha

completamente o círculo ao lado da resposta escolhida, com cuidado para não ultrapassar as bordas, como no exemplo

abaixo:

Exemplos: "Você gosta de salada de macarrão?" Alguém que goste de salada de macarrão preencheria o círculo após a

resposta "SIM".

SIM NÃO

"Você gosta de ir sozinho ao cinema?" Alguém que não goste de ir sozinho ao cinema preencheria o círculo após a

resposta "NÃO".

SIM NÃO

Drogas preferidas

Quantas vezes você usou cada uma das drogas listadas abaixo no último mês?

PREENCHA os círculos, conforme a droga, a quantidade e as vezes que a usou:

Não

Usei

Usei

de 1 a 2

vezes

Usei

de 3 a 9

vezes

Usei

e 10 a 20

vezes

Usei

mais de 20

vezes

Tenho

problemas pelo uso

dessa droga

Essa

minha droga

predileta Álcool 0 0 0 0 0 0 0

Cocaína/crack 0 0 0 0 0 0 0

Maconha 0 0 0 0 0 0 0

Estimulantes (anfetaminas,

etc.) 0 0 0 0 0 0 0

Alucinógenos (LSD,

mescalina, etc.) 0 0 0 0 0 0 0

Tranqüilizantes (diazepam,

barbitúricos, etc.) 0 0 0 0 0 0 0

Analgésicos 0 0 0 0 0 0 0

Page 81: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Opiáceos (morfina, heroína,

etc.) 0 0 0 0 0 0 0

Fenilciclidina (PCP, pó-de-

anjo) 0 0 0 0 0 0 0

Inalantes, solventes 0 0 0 0 0 0 0

Outros 0 0 0 0 0 0 0

Área I

1. Você já teve "fissura" ou um forte desejo por álcool ou drogas?

2. Você já teve que usar mais e mais drogas ou álcool para conseguir o efeito desejado?

3. Você já sentiu que não poderia controlar o uso de álcool ou drogas?

4. Você já sentiu que estava "enfeitiçado" ou muito envolvido pelo álcool ou pelas drogas?

5. Você já deixou de realizar alguma atividade por ter gasto muito dinheiro com drogas ou álcool?

6. Você já quebrou regras ou desobedeceu leis por estar "alto" sob o efeito de álcool ou drogas?

7. Você muda rapidamente de muito feliz para muito triste ou de muito triste para muito feliz, por causa das drogas?

8. Você já sofreu algum acidente de carro depois de usar álcool ou drogas?

9. Você já se machucou acidentalmente ou machucou alguém depois de usar álcool ou drogas?

10. Você já teve uma discussão séria ou briga com um amigo ou membro da família por causa da bebida ou do seu uso de

drogas?

11. Você já teve problemas em se dar bem com algum de seus amigos devido ao uso de álcool ou drogas?

12. Você já teve sintomas de abstinência após o uso de álcool? (Por exemplo: dor de cabeça, náuseas, vômitos ou tremores)

13. Você já teve problemas para lembrar o que fez enquanto estava sob efeito de drogas ou álcool?

14. Você gosta de brincadeiras que envolvem bebidas quando vai a festas? (Por exemplo: "vira-vira"; apostas para ver

quem bebe mais rápido ou em maior quantidade; etc.)

15. Você tem problemas para resistir ao uso de álcool ou drogas?

Área II

1. Você briga muito?

2. Você se acha o "bom"?

3. Você provoca ou faz coisas prejudiciais aos animais?

4. Você grita muito?

5. Você é teimoso?

6. Você é desconfiado em relação a outras pessoas?

7. Você pragueja (reclama muito) ou fala muitos palavrões?

8. Você provoca muito as pessoas?

9. Você tem um temperamento difícil?

10. Você é muito tímido?

11. Você ameaça ferir as pessoas?

12. Você fala mais alto que os outros jovens?

Page 82: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

13. Você se chateia ( ou se aborrece) facilmente?

14. Você faz muitas coisas sem primeiro pensar nas conseqüências?

15. Você se arrisca ou faz coisas perigosas muitas vezes?

16. Se tiver oportunidade você tira vantagem das pessoas?

17. Geralmente você se sente irritado?

18. Você gasta a maior parte do tempo livre sozinho?

19. Você é um solitário?

20. Você é muito sensível a críticas?

Área III

1. Você se submeteu a algum exame físico ou esteve sob cuidados médicos no ano passado?

2. Você teve algum acidente ou ferimento que ainda o incomode?

3. Você dorme demais ou muito pouco?

4. Recentemente, você perdeu ou ganhou mais de 4 kg?

5. Você tem menos energia do que acha que deveria ter?

6. Você tem problemas de respiração ou de tosse?

7. Você tem alguma preocupação sobre sexo ou com seus órgãos sexuais?

8. Você já teve relações sexuais com alguém que usava drogas injetáveis?

9. Você teve dores abdominais ou náuseas no ano passado?

10. A parte branca de seus olhos já ficou amarela?

Área IV

1. Intencionalmente, você já danificou a propriedade de alguém?

2. Você já roubou coisas em mais de uma ocasião?

3. Você se envolveu em mais brigas que a maioria dos jovens?

4. Você é uma pessoa inquieta?

5. Você é agitado e não consegue sentar quieto?

6. Você fica frustrado facilmente?

7. Você tem problemas em se concentrar?

8. Você se sente muito triste?

9. Você rói unhas?

10. Você tem problemas para dormir?

11. Você é nervoso?

12. Você se sente facilmente amedrontado?

13. Você se preocupa demais?

14. Você tem dificuldade em deixar de pensar em determinadas coisas?

15. As pessoas olham espantadas para você?

16. Você escuta coisas que ninguém mais do seu lado escuta?

17. Você tem poderes especiais que ninguém mais tem?

18. Você sente medo de estar entre as pessoas?

19. Você freqüentemente sente vontade de chorar?

20. Você tem tanta energia que não sabe o que fazer consigo mesmo?

Área V

1. Os jovens de sua idade não gostam de você?

2. Você está normalmente infeliz com o modo como desempenha atividades com seus amigos?

Page 83: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3. É difícil fazer amizades num grupo novo?

4. As pessoas tiram vantagens de você?

5. Você tem medo de lutar pelos seus direitos?

6. É difícil para você pedir ajuda aos outros?

7. Você é facilmente influenciado por outros jovens?

8. Você prefere ter atividades com jovens bem mais velhos que você?

9. Você se preocupa em como suas ações vão afetar os outros?

10. Você tem dificuldades em defender suas opiniões?

11. Você tem dificuldade em dizer "não" para as pessoas?

12. Você se sente desconfortável (sem jeito) se alguém o elogia?

13. As pessoas o enxergam como uma pessoa não amigável?

14. Você evita olhar nos olhos quando está conversando com as pessoas?

Área VI

1. Algum membro de sua família (mãe, pai, irmão ou irmã) já usou maconha ou cocaína?

2. Algum membro de sua família usou álcool a ponto de causar problemas em casa, no trabalho ou com amigos?

3. Algum membro de sua família já foi preso?

4. Você tem discussões freqüentes com seus pais ou responsáveis que envolvam gritos e berros?

5. Sua família dificilmente faz coisas juntas?

6. Seus pais ou responsáveis desconhecem o que você gosta e o que não gosta?

7. Na sua casa faltam regras claras sobre o que você pode e não pode fazer?

8. Seus pais ou responsáveis desconhecem o que você realmente pensa ou sente sobre as coisas que são importantes para

você?

9. Seus pais ou responsáveis brigam muito entre si?

10. Seus pais ou responsáveis freqüentemente desconhecem onde você está ou o que você está fazendo?

11. Seus pais ou responsáveis estão fora de casa a maior parte do tempo?

12. Você sente que seus pais ou responsáveis não se importam ou não cuidam de você?

13. Você se sente infeliz em relação ao modo como você vive?

14. Você se sente em perigo em casa?

Área VII

1. Você não gosta da escola?

2. Você tem problemas para se concentrar na escola ou quando está estudando?

3. Suas notas são abaixo da média?

4. Você "cabula" aulas mais de dois dias por mês?

5. Você falta muito à escola?

6. Você já pensou seriamente em abandonar a escola?

7. Freqüentemente, você deixa de fazer os deveres escolares?

8. Você sempre se sente sonolento na aula?

9. Freqüentemente, você chega atrasado para a aula?

10. Nesse ano, seus amigos da escola são diferentes daqueles do ano passado?

11. Você se sente irritado e chateado quando está na escola?

12. Você fica entediado na escola?

13. Suas notas na escola estão piores do que costumavam ser?

14. Você se sente em perigo na escola?

Page 84: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

15. Você já repetiu de ano alguma vez?

16. Você se sente indesejado nos clubes escolares (centro acadêmico, atlética, etc.) ou nas atividades extracurriculares?

17. Você já faltou ou chegou atrasado na escola em conseqüência do uso de álcool ou drogas?

18. Você já teve problemas na escola por causa do álcool ou das drogas?

19. O álcool ou drogas já interferiram nas suas lições de casa ou atividades escolares?

20. Você já foi suspenso?

Área VIII

1. Você já teve um trabalho remunerado do qual foi despedido?

2. Você já parou de trabalhar simplesmente porque não se importava?

3. Você precisa de ajuda dos outros para arranjar emprego?

4. Você freqüentemente falta ou chega atrasado no trabalho?

5. Você acha difícil concluir tarefas no seu trabalho?

6. Você já ganhou dinheiro realizando atividades ilegais?

7. Você já consumiu álcool ou drogas durante o trabalho?

8. Você já foi demitido de um emprego por causa de drogas?

9. Você tem problemas de relacionamento com seus chefes?

10. Você trabalha principalmente porque isso permite ter dinheiro para comprar drogas?

Área IX

1. Algum de seus amigos usa álcool ou drogas regularmente?

2. Algum de seus amigos vende ou dá drogas a outros jovens?

3. Algum de seus amigos "cola" nas provas?

4. Seus pais ou responsáveis não gostam de seus amigos?

5. Algum dos seus amigos já teve problemas com a lei?

6. A maioria dos seus amigos é mais velha que você?

7. Seus amigos cabulam muitas aulas?

8. Seus amigos ficam entediados nas festas quando não é servido álcool?

9. Seus amigos levaram drogas ou álcool nas festas no ano passado?

10. Seus amigos roubaram alguma coisa de uma loja ou danificaram a propriedade escolar de propósito durante o ano

passado?

11. Você pertence a alguma "gang"?

12. Você se sente incomodado por problemas que esseja tendo com amigos atualmente?

13. Você sente que não tem nenhum amigo em quem você possa confiar?

14. Se comparado com a maioria dos jovens, você tem poucos amigos?

Área X

1. Comparado com a maioria dos jovens, você faz menos esportes?

2. Durante a semana, você normalmente sai à noite para se divertir, sem permissão?

3. Num dia típico de verão você assiste à televisão por mais de duas horas?

4. Na maioria das festas que você tem ido recentemente, os pais estão ausentes?

5. Você se exercita menos que a maioria dos jovens que você conhece?

6. Nas suas horas livres você simplesmente passa a maior parte do tempo com os amigos?

7. Você se sente entediado a maior parte do tempo?

8. Você realiza a maior parte das atividades de lazer sozinho?

9. Você usa álcool ou drogas para se divertir?

Page 85: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

10. Comparado à maioria dos jovens, você está menos envolvido em "hobbies" ou outros interesses?

11. Você está insatisfeito com a maneira como passa seu tempo livre?

12. Você se cansa muito rapidamente quando faz algum esforço físico?

Inventário de triagem de uso de drogas _ ITUD:

R E S U M O

Áreas Pontuação

total

Pontuação

"bruta" da linha Densidade

Absoluta de problemas Densidade

Relativa de problemas I) Comportamento de

uso de substâncias

15

II) Padrões de

comportamento 20

III) Área da saúde 10

IV) Desordem

psiquiátrica

20

V) Competência

social 15

VI) Sistema familiar 14

VII) Escola 20

VIII) Trabalho 10

IX) Relacionamento

c/ colegas

14

X) Lazer e recreação 12

TOTAL 150 100

Densidade global de problemas = total da pontuação da linha x 100 =

150

_ ________

Calculando a pontuação do ITUD:

Você pode calcular três índices: a densidade absoluta de problemas e a densidade relativa de problemas de cada área e a

densidade global de problemas, ou índice resumido de problemas. Eles não são difíceis de calcular e são prontamente

interpretáveis.

Page 86: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

• A densidade absoluta de problemas é uma medida da gravidade de problemas em cada área. Conte o

número de respostas "sim" em cada área e coloque esse número na coluna "pontuação bruta da linha". A

densidade absoluta daquela área é calculada dividindo a pontuação bruta da linha pelo número total de

questões daquela área, multiplicando o resultado da divisão por 100 para se obter uma porcentagem.

• A densidade relativa de problemas é uma comparação da gravidade dos problemas entre todas as áreas.

Primeiro, soma-se toda a pontuação bruta das linhas, e registra-se o total no espaço adequado. Então, divide-

se esse número pela pontuação da linha para cada área e multiplica-se o resultado por 100 para se obter um

índice (também uma porcentagem).

• A densidade global de problemas é uma medida resumida da gravidade do problema. Seu cálculo é

mostrado no quadro abaixo da tabela.

Page 87: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

ENCHENTES NO MUNICÍPIO DE ATIBAIA/SP – UMA ANÁLISE HISTÓRICA E

SOCIOAMBIENTAL

João Luiz de Moraes Hoeffel

FAAT/Atibaia/2013

Page 88: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2

SUMÁRIO

p.

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA 3

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE

ESTUDOS

4

OBJETIVOS 6

METODOLOGIA 6

RESULTADOS ESPERADOS 7

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 7

REFERÊNCIAS 7

Page 89: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

ENCHENTES NO MUNICÍPIO DE ATIBAIA/SP – UMA ANÁLISE HISTÓRICA E

SOCIOAMBIENTAL

João Luiz de Moraes Hoeffel

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

As mudanças ambientais globais são consideradas na atualidade a dimensão mais

urgente, grave e profunda da crise ambiental do século XXI, pois envolve alterações no clima

e nos sistemas ecológicos, incidindo sobre a infraestrutura existente e os ciclos naturais,

proporcionando prejuízos às atividades econômicas, sociais e a saúde humana, afetando de

forma mais intensa as populações mais pobres e as que vivem nas regiões tropicais do planeta

(GIDDENS, 2010; PATZ et al., 2007).

A literatura científica tem evidenciado que eventos extremos (secas, enchentes, ondas

de calor e de frio, furacões e tempestades) têm afetado de forma diversa o planeta, causando

perdas econômicas e humanas, comprometendo a biodiversidade, e provocando aumento no

nível do mar e impactos na saúde, agricultura e geração de energia hidrelétrica (FUCHS et al.,

2011; MARENGO; VALVERDE, 2007; OVEN et al., 2012). Além disso, é importante

destacar que, no tocante às atuais mudanças ambientais globais, acredita-se que deve haver

um aumento de acidentes, como as tempestades e inundações, ocasionado por eventos

climáticos extremos (ALVES; RIBEIRO, 2006), em especial em ambientes urbanizados.

Uma questão importante a destacar é a pressão constante e progressiva exercida pelos

ambientes urbanos sobre os recursos hídricos, uma vez que as cidades se expandiram sem

respeitar as características naturais e o percurso dos rios, havendo a construção e implantação

de vias em suas margens e, posteriormente, para “sanar” o problema das inundações que

naturalmente ocorriam, optou-se por canalizá-los (OSTROWSKY; ZMITROWICZ, 1991).

A urbanização altera não apenas a paisagem, como também a dinâmica hidrológica da

bacia hidrográfica, modificando, inclusive, cursos hídricos. Verifica-se aumento das vazões

máximas devido ao aumento da capacidade de escoamento através de dutos e canais;

impermeabilização das superfícies à medida que a cidade se urbaniza; aumentos de produção

de resíduos sólidos e sedimentos (o último devido à desproteção das superfícies) que, em

conjunto, e associado a outros fatores podem ocasionar enchentes (TUCCI, 2008).

Page 90: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4

As enchentes em áreas urbanas podem ser atribuídas a diversos fatores, dentre os quais

se podem destacar chuvas intensas de largo período; transbordamentos de cursos d’água

provocados por mudanças no equilíbrio do ciclo hidrológico em regiões a montante das áreas

urbanas; o excessivo parcelamento do solo e a consequente impermeabilização das

superfícies; a ocupação de áreas de preservação permanente - APPs, tais como várzeas, áreas

de inundação frequente e zonas alagadiças; a obstrução de canalizações por detritos e por

sedimentos; obras de drenagem inadequadas, ou ainda devido à própria urbanização, tendo em

vista que a mesma provoca aumento das vazões devido à canalização, à impermeabilização e

erosão (ALVES; RIBEIRO, 2006).

A ocorrência de enchentes é cada vez mais frequente em municípios urbanizados,

gerando áreas de risco e vulnerabilidades socioambientais variadas. Este cenário pode ser

verificado no município de Atibaia, localizado no interior de São Paulo, há 65 km da Capital,

que vem passando por diversas transformações socioambientais nas últimas décadas. A

atividade turística regional tem impulsionado a criação de diversos empreendimentos e a

oferta de serviços, porém também vem contribuindo para a crescente especulação imobiliária,

já que o mesmo apresenta diversas casas de segunda residência e é, muitas vezes, utilizado

como cidade dormitório para pessoas que trabalham na Região Metropolitana de São Paulo.

Atibaia apresentou casos recentes de enchentes ocorridos entre 2009 a 2011, que causaram

danos a 35.488 pessoas e em 65 bairros do município.

Neste sentido, considera-se necessário a realização de estudos que possibilitem

analisar diversas questões relacionadas às enchentes em Atibaia, bem como propor programas

preventivos mais eficazes para a gestão deste problema, adotando um planejamento de uso e

ocupação do solo que considere a legislação ambiental em vigor e em especial a conservação

das APPs.

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDOS

O município de Atibaia possui área total de 478 Km2

e sua população é de 126.603

habitantes (ATIBAIA, 2006; IBGE, 2010). Com relação aos recursos hídricos, segundo dados

da Agência Nacional de Águas (ANA, 2008), a gestão dos mesmos no estado de São Paulo foi

instituída através do Plano Estadual de Recursos Hídricos, que dividiu o estado em 22

Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos - UGRHI e que visa o planejamento e a

gestão integrada, a fim de minimizar conflitos e garantir a qualidade das águas. Atibaia está

Page 91: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

5

inserida na UGRHI 5, que corresponde à Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e

Jundiaí (Fig.1), e a área geral de estudo deste trabalho é a porção da Bacia Hidrográfica do

Rio Atibaia.

O Rio Atibaia é formado pelos Rios Atibainha e Cachoeira que se encontram no bairro

do Guaxinduva, entre os municípios de Atibaia e Bom Jesus dos Perdões, e cujas nascentes

estão localizadas basicamente nos municípios de Joanópolis, Piracaia e Nazaré Paulista.

A área núcleo de estudo deste trabalho é a porção da Bacia Hidrográfica do Rio

Atibaia localizada no município de Atibaia. A escolha desta área de estudo justifica-se pela

ocorrência de enchentes no período de 2009 a 2011, que causaram danos a 35.488 pessoas,

entre desalojados, desabrigados, deslocados e afetados, sendo 4.923 pessoas no período de

2009 a 2010 e 30.565 no período de 2010 a 2011, em 65 bairros do município, dos quais 56

localizam-se na zona urbana e 9 na zona rural (ATIBAIA, 2010; ATIBAIA, 2011).

Fig. 1: Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Unidade de Gestão de

Recursos Hídricos (UGRHI) 5.

Fonte: COMITÊS PCJ (2010)

O município de Atibaia está localizado entre os eixos rodoviários da Rodovia Fernão

Dias e Rodovia Dom Pedro I, representando, segundo o plano diretor da cidade, um

interessante ponto logístico (ATIBAIA, 2006). No entanto, verifica-se no município um

processo de ocupação desordenada, favorecido pelos eixos rodoviários e, conforme

demostrado por Hoeffel et. al. (2009, p.8) “ocorre atualmente [...] com uma dinâmica bastante

Page 92: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

6

acelerada, uma intensa especulação imobiliária que tem incrementado seu potencial turístico,

já que os ambientes naturais e histórico-culturais representam um atrativo adicional para a

captação de empreendimentos no setor de serviços, gerando fluxos turísticos, residenciais e de

lazer”.

OBJETIVOS

O objetivo geral deste projeto é analisar numa perspectiva histórica a ocorrência de

enchentes no município de Atibaia/SP, identificando as principais causas que possam ter

contribuído para estes eventos, bem como seus efeitos socioambientais e as medidas tomadas

para minimizá-los, além de indicar propostas que possam evitá-los ou mitigá-los.

Além disso, tem-se como objetivos específicos:

- Realizar uma revisão bibliográfica sobre os temas Gestão de Recursos Hídricos e

Planejamento Urbano, com enfoque em enchentes;

- Realizar a caracterização socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Atibaia, em

Atibaia, buscando caracterizar as sub-bacias hidrográficas que têm sido afetadas por

enchentes de uma forma mais frequente e as medidas tomadas para minimizá-las;

- Realizar um levantamento da série histórica de indicadores climáticos, em especial

de índices pluviométricos e de temperatura, para a Região Bragantina e para o município de

Atibaia e verificar sua possível relação com a ocorrência das enchentes;

- Caracterizar a percepção ambiental de diferentes grupos sociais sobre riscos

ambientais e as enchentes na área de estudo.

- Indicar propostas para minimizar os impactos das enchentes nas áreas mais afetadas

por estes eventos.

METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos propostos para este projeto envolvem a realização de

revisão bibliográfica sobre Planejamento e Gestão Socioambiental em Bacias Hidrográficas,

Concepções e Percepções Ambientais, Impactos Socioambientais e Sustentabilidade e coleta

de dados secundários junto a diversos órgãos governamentais (Prefeitura Municipal,

Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil, entre outros) e não governamentais (Associações

representativas da Sociedade Civil, Universidades Privadas, etc.) atuantes na região. Serão

realizadas também entrevistas semiestruturadas (LAVILLE & DIONNE, 1999; GASKELL,

Page 93: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

7

2002; GIL, 2002), buscando caracterizar aspectos das áreas atingidas e a visão de seus

moradores e técnicos sobre a questão em análise, além de pesquisas de campo e registros

fotográficos, de forma a identificar as características sociais, culturais, econômicas e naturais

da região.

Os estudos para identificar, analisar e avaliar a percepção ambiental dos diferentes

grupos entrevistados estarão embasados nos trabalhos desenvolvidos por Hoeffel, Fadini e

Seixas (2010), Hoeffel e Fadini (2007), Ferrara (1999) e Machado (1996).

RESULTADOS ESPERADOS

Como resultados deste trabalho espera-se realizar:

- Um mapeamento e caracterização das principais áreas sujeitas a enchentes no

município de Atibaia;

- Um levantamento dos reflexos das enchentes no referido município;

- Caracterização da percepção da população local sobre as enchentes e a ocorrência

destes eventos numa perspectiva histórica.

- Indicação de medidas para minimizar os impactos socioambientais das enchentes.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Etapas Meses

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

Revisão da Literatura x x x x x x x x x x x

Levantamento inicial de dados x x x x

Reconhecimento da área de estudo x x x x

Pesquisa de campo, entrevistas e coleta de dados x x x x x x x x

Sistematização de dados e informações x x x x x x x x x

Análise de resultados x x x x x x x x x

Elaboração do relatório final x x

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA. Relatório da Situação dos Recursos Hídricos

da UGRHI 5. Brasília: ANA, Dezembro, 2008.

ALVES, A. P. Filho; RIBEIRO, H. A Percepção do Caos Urbano, as Enchentes e as suas

Repercussões nas Políticas Públicas da Região Metropolitana de São Paulo. Saúde e

Sociedade, v.15, n.3, p.145-161, set-dez 2006.

ATIBAIA. Prefeitura da Estância Turística de Atibaia – Departamento de Defesa Civil.

Avaliação de Danos – ADAVAN, 2010.

Page 94: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

8

__________. Prefeitura da Estância Turística de Atibaia – Departamento de Defesa Civil.

Avaliação de Danos – ADAVAN, 2011.

ATIBAIA. Plano Diretor de Atibaia. 2006. Disponível em:

www.camaraatibaia.sp.gov.br/index.aspcentro=plano_diretor. Acesso em 31 out. 2012.

COMITÊS PCJ - COMITÊS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS PIRACICABA,

CAPIVARI E JUNDIAÍ E COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DOS RIOS

PIRACICABA E JAGUARI. Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,

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Page 95: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

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2008.

Page 96: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

1

ATUALIZANDO A PROBLEMÁTICA DA GRAVIDEZ NA

ADOLESCÊNCIA À LUZ DA PSICANÁLISE

AUTORA: PROFA. MS. MARIA CRISTIANE NALI

Professora do Curso de Psicologia da FAAT, Supervisora de Estágios em Psicologia e

Coordenadora do Serviço-Escola de Psicologia da FAAT Faculdades

Projeto de Iniciação Científica apresentado

ao NES – FAAT, conforme orientação disposta

no Edital 001/2013 de 22/04/13, desta mesma instituição.

Atibaia

10-05-2013

Page 97: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2

INTRODUÇÃO

A importância da díade mãe-bebê para a constituição subjetiva é inegável. A

complexidade desta relação é também conhecida pelos psicanalistas e profissionais

ligados à questão que, muitas vezes, aquece os debates a respeito da condição psíquica

da mãe-mulher para que seu filho tenha uma saúde psíquica, física e – porque não –

social, ao menos razoável, pois de fato sabe-se que o bebê está suscetível a um

sofrimento psíquico, decorrente – muitas vezes – de uma “baixa qualidade” na relação

com a mãe.

Atualmente contamos com diversos estudos Santos & Carvalho (2006); Valente

(2011); Dadoorian (2003); Jerusalinsk (2004), dentre outros, realizados acerca dessa

temática, que buscam, inclusive, pensar em estratégias de intervenção junto às mulheres

que serão mães ou que acabaram de se tornar mães.

Alinhada a esta questão, apresento aqui uma problemática que se faz presente

nesta complexa relação mãe-bebê, qual seja, quando a (futura) mãe ainda encontra-se na

adolescência.

Sabe-se das particularidades desse momento da vida do sujeito adolescente, e no

caso da menina-mulher, sabe-se também o quanto o atravessamento da feminilidade e

da maternidade é digno de ser trabalhado. Soma-se a isto o fato de que a psicanálise

sempre esteve interessada nestas questões, isto é, na inseparável relação entre

feminilidade e maternidade (FREUD, 1905). Quando Marin (2012) nos lembra que “...

o nascimento de um bebê por si só não torna uma mulher mãe, nem o bebê um sujeito.

O bebê que vem ao mundo marca um momento inédito, apesar de toda herança que

carrega e é, por assim dizer, um estrangeiro que pede (...) acolhimento em sua cultura

para poder ser civilizado” (p.197). Nesse sentido, podemos pensar que as diversas

implicações dessa importante fase da vida da adolescente, somada à condição de mãe

para essa menina-mulher, certamente não é sem consequências para o bebê.

Os sintomas contemporâneos de nossa sociedade, revelados pela necessidade do

imediatismo, a ilusão do controle, o culto a uma autoimagem ideal, também fazem parte

do mundo do adolescente. Tais aspectos são transformados de maneira significativa

quando a adolescente engravida, sobretudo porque isso representa um reposicionamento

no contexto das relações sociais, e essas mudanças trarão consequências para si mesma

e, claro, para seu filho.

Embora muitos estudos acadêmicos e programas sociais tenham sido realizados

em relação a esta temática, e mesmo o fato de que alguns dados estatísticos recentes

revelem uma diminuição dos casos de gravidez na adolescência, a preocupação dos

pesquisadores continua presente porque essa questão merece ser acompanhada

Page 98: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

permanentemente em nossa sociedade, principalmente neste momento político de

alteração das condições sócio-econômicas da população.

A própria FAAT tem em seu programa de curso de extensão, um projeto de

intervenção junto a adolescentes do município de Joanópolis/SP. Na cidade de Atibaia

ainda não estão disponíveis os dados sobre o número de adolescentes que engravidaram

na última década, mas sabemos de importantes programas desenvolvidos na Rede

Básica de Saúde e algumas Organizações Não-Governamentais do município, o que

demonstra a preocupação com esta questão. Portanto, trata-se de um relevante problema

de saúde pública que interessa à comunidade de Atibaia e região.

Vale destacar também que apesar do Ministério da Saúde estar atento às

adolescentes que engravidam e nesse sentido vem propondo constantemente várias

campanhas preventivas, muitas adolescentes seguem engravidando. O estudo de

Dadoorian (2003) traz dados importantes que nos ajudam a compreender porque ainda

muitas adolescentes engravidam. A autora salienta que: “... os enfoques tradicionais até

aqui utilizados tratam essa questão a partir da ideia de que a gravidez na adolescência

é indesejada, ou seja, através da ótica dos profissionais de saúde. Não se valoriza o

discurso da adolescente sobre a sua gravidez, o que explicaria o fracasso de vários

projetos de educação sexual, visto que os desejos e fantasias dessas adolescentes

quanto à sua gravidez não são priorizados. Portanto, é oportuno ressaltar que as

propostas de intervenção, tanto na área médica, como na psicológica ou sócio-

educativa com essas adolescentes devem igualmente priorizar o significado dessa

gravidez e suas implicações subjetivas e culturais, para que sejam obtidos resultados

mais eficazes, o que proporcionaria um aumento do número de gravidezes planejadas e

uma diminuição do número de gravidezes ‘acidentais’” (p.90).

Outro aspecto onde podemos demonstrar a relevância da presente pesquisa está

baseado em dados colhidos num breve levantamento bibliográfico na BVS (Biblioteca

Virtual em Saúde), utilizando as palavras-chave gravidez – adolescência – psicanálise,

onde encontramos apenas 16 trabalhos listados em literatura internacional, mais

especificamente 11 no MEDLINE e 05 no LILACS, em outros 08 links literários da

BVS nada consta.

Considerando que o(a) jovem como sujeito social tem a responsabilidade de dar

continuidade à história e que muitas vezes é impedido de manifestar toda as suas

potencialidades em função de ter sido convocado(a) tão cedo a assumir o compromisso

de estruturar e educar um “novo” sujeito, podemos reafirmar o elevado valor da

presente pesquisa, na medida em que esta poderá contribuir para pensarmos novas

formas de intervenção psicológica/psicanalítica junto a este grupo social que,

esperamos, deverá usufruir no futuro de condições sociais e políticas mais igualitárias,

justas e sustentáveis.

Page 99: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4

Em suma, vale ressaltar que encontramos no relatório Brundland (1987), que

leva o interessante título de “Nosso Futuro Comum”, a seguinte definição adotada pela

ONU sobre nosso papel frente às gerações atuais e futuras: “desenvolvimento

sustentável é aquele que atende às necessidades das gerações atuais sem comprometer

a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações”.

Parece oportuno, portanto, repensarmos alguns estudos acerca da gravidez na

adolescência e as implicações subjetivas no pequeno sujeito, no presente e no futuro.

PROBLEMÁTICA:

Dada a inquestionável relevância para a psicanálise da relação mãe-bebê na

constituição psíquica do sujeito, problematiza-se sobre as condições deste processo

constitutivo quando a mãe ainda é uma adolescente. O que faz configurar a seguinte

pergunta de pesquisa:

Quais as possíveis implicações subjetivas em relação à criança (bebê) quando

sua mãe ainda é uma adolescente?

A realidade da adolescente que engravida se configura nas últimas duas décadas

como uma preocupação mundiali, por esse motivo e apesar de que em nosso País alguns

dados revelem uma queda no contingente de adolescentes grávidas, consideramos

importante a possibilidade de verificarmos como esta questão se apresenta atualmente

no município de Atibaia.

Será a partir dos dados que serão colhidos e analisados neste momento da

pesquisa, que será possível estabelecer numa segunda etapa propostas de caráter

propriamente interventivo junto a esta população.

OBJETIVOS

Geral:

Construir uma proposta de intervenção psicológica junto a jovens mães e seus

bebês.

Específicos:

Realizar um levantamento bibliográfico detalhado acerca da problemática;

Desenvolver uma pesquisa documental junto a prontuários de pacientes

adolescentes usuárias de instituições de saúde do município de Atibaia;

Analisar, à luz da psicanálise, o material coletado para em seguida atingir o

objetivo geral do presente projeto.

Page 100: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

5

MÉTODO

O método de pesquisa em psicanálise conta com uma especificidade, pois seu

objeto de estudo diz respeito aos fenômenos psíquicos inconscientes. Nesse sentido, a

partir de Herrmann (2004), trabalharemos inicialmente com a possibilidade de uma

pesquisa bibliográfica e documental em que tais dados poderão ser analisados –

interpretados com o aporte da teoria psicanalítica; com vistas a, num segundo momento,

guiarmos nossa proposta de intervenção a partir de algumas “ferramentas” oferecidas

pela clínica psicanalítica.

A pesquisa bibliográfica se dará nas principais bases de dados na área da Saúde

e da Psicologia, BVS, LILACS, SCIELO, MEDLINE, dos últimos 10 anos e também

em publicações literárias de reconhecido valor científico.

A pesquisa documental será realizada a partir da autorização das instituições de

saúde que manifestarem interesse em contribuir com esta pesquisa. A proposta e os

objetivos deste projeto serão levados às instituições com as quais a FAAT já dispõe de

parceria, incluídos os esclarecimentos que se fizerem necessários.

A partir desses dados será realizada a análise de textos e documentos à luz da

teoria psicanalítica, o que corresponde fundamentalmente em considerar os principais

conceitos da psicanálise que circunscrevem o tema da subjetividade.

CRONOGRAMA

Junho 2013

Jul Ago Set Out Nov Dez Jan 2014

Fev Mar Abril Maio

Levantamento bibliográfico

Revisão bibliográfica

Contato com instituições de saúde

Entrega de relatório trimestral ao NES

Pesquisa documental em prontuários

Análise dos Dados

Entrega de relatório trimestral ao NES

Construção da proposta

Redação Final

Entrega do trabalho final em formato de artigo ao NES

Page 101: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

6

BIBLIOGRAFIA:

DADOORIAN, D. Gravidez na adolescência : um novo olhar. In: Psicologia: Ciência e

Profissão, 2003, 21 (3),84-91. Disponível em :

www.scielo.br/pdf/pcp/v23n1/v23n1a12.pdf. Acessado em 30-04-2013.

FREUD (1905) Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Ed. Standard Brasileira

das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

HERRMANN, F. Pesquisando com o método psicanalítico. In: HERRMANN, F.;

LOWENKRON, T. S. (Orgs.). Pesquisando com o método psicanalítico. São Paulo:

Casa do Psicólogo, 2004. p. 43-84.

JERUSALINSK, A. N. Adolescência e Contemporaneidade. in Conselho Regional de

Psicologia 7ª Região. Conversando sobre Adolescência e Contemporaneidade. Porto

Alegre: Libretos, 2004.

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<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-

59432006000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 abril 2013.

MARIN, I.S.K. Tornar-se mãe de seu próprio filho. Resenha do livro de ARAGÃO,

R.O. Tornar-se mãe de seu próprio filho. Curitiba: Honoris Causa, 2011. In: Rev.

Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 15, n. 1, p. 197-202, março 2012

VALENTE, Cláudia Aparecida Lopes. Intervenção psicológica em uma maternidade:

estudo de caso In: Revista Eficaz – Revista científica online Maringá-PR, 2011. ISSN

2178-0552. Disponível em: www.faculdadeeficaz.com.br/.../artigo/saude/.../

Acessado em 01-05-2013.

Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum

2ª ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em: www.onu.org.br/rio20/documentos

PORTAL SAÚDE. Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br/

i Dados no site Ministério da Saúde --- Portal Saúde www.saude.gov.br/

Page 102: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

7

Page 103: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

1

Faculdades Atibaia- FAAT

Projeto de Iniciação Científica

Orientadora:

Dra. Sonia Mara Ruiz Brown

Tema:

A metáfora nas canções populares brasileiras das últimas cinco décadas.

Introdução:

A metáfora é figura de linguagem caracterizada pela intersecção sêmica entre

dois termos, fato que favorece a concentração de sentidos. Ocorre quando a acepção de

uma palavra ou expressão é alterada porque, entre o significado que tem e o que

adquire, existe uma relação de semelhança.

Caetano Veloso, por exemplo, afirmou que “Roberto Carlos é uma espécie de

guaraná e, ao fazê-lo construiu uma metáfora, pois entre o cantor e o guaraná há

intersecções, há traços em comum (a popularidade, a brasilidade, o prazer que ambos

podem proporcionar, embora uma seja para o paladar e o outro para a audição).

A metáfora está muito presente na poesia, forma de expressão linguística

destinada a evocar emoções, sensações, impressões, como elemento enriquecedor de

todos esses sentidos.

Essa poesia surgiu intimamente ligada à música. A relação vem desde a

Antiguidade, quando o poema lírico significava composição literária feita para ser

cantada, fazendo-se vir acompanhada por instrumentos de cordas, de preferência a lira.

A poesia medieval foi quase que exclusivamente concebida para o canto. O trovador e o

menestrel eram sinônimos de poetas. Foi somente com a invenção da imprensa (1439)

que o texto escrito assumiu uma primazia, sem, no entanto, romper sua ligação com a

música. Basta somente nos lembrar da declaração do poeta simbolista francês, Paul

Verlaine (1844-1890), sobre sua concepção da arte poética: “A música, antes de tudo”.

Associar, portanto música à poesia é algo natural, que está na história da sua

evolução e é o que faremos em nosso trabalho: buscaremos um dos traços da poesia, a

linguagem metafórica, nas canções populares brasileiras das últimas cinco décadas.

Problema de pesquisa:

De que forma a metáfora se de incorpora no cancioneiro popular brasileiro das

últimas cinco décadas.

Objetivo geral:

Page 104: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2

Identificar, analisar e comparar o emprego da metáfora nas canções populares

brasileiras das últimas cinco décadas.

Hipóteses:

Existe uma redução progressiva do uso da metáfora nas canções populares

brasileiras ao longo dos últimos cinquenta anos, sobretudo na última década.

Essa redução leva ao empobrecimento do texto poético no cancioneiro popular

brasileiro.

Metodologia:

Levantamento histórico, estudo de caso e análise comparativa.

Relevância:

Sendo a metáfora uma das principais figuras da linguagem, enriquecedora do

texto poético, a relevância deste trabalho consistirá em verificar, nesse processo, com

que frequência ela é empregada em diferentes períodos e de que forma ela contribui.

Cronograma:

Estudo e discussão bibliográfica (agosto de 2013)

Ampliação do referencial bibliográfico e análise complementar (setembro de

2013)

Divisão e análise das canções típicas dos últimos 50 anos (outubro e novembro

de 2013)

Análise comparativa do uso da metáfora ao longo do período em questão (março

e abril de 2014)

Conclusão com a comprovação ou não das hipóteses (maio de 2014)

Redação do texto final (junho de 2014)

Bibliografia comentada:

SARDINHA, Tony Berber. Metáfora. São Paulo: Parábola

A obra delineia os estudos da metáfora ao longo de 23 séculos da história da

humanidade, desde os gregos antigos, e apresenta e problematiza teorias

contemporâneas sobre ela. Ao fim, aplica as teorias em análises de textos e exemplos

reais de fala e escrita, levando-nos a entender o papel da metáfora em diferentes esferas

da atuação humana.

PALMA, Hector A. Metáforas e Modelos Científicos – A linguagem no ensino das

ciências. São Paulo: SM

Page 105: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

3

Na obra encontramos a demonstração de que a metáfora, além da função

retórica, estética e/ou heurística e também da didática, traz em si um valor cognoscitivo.

Para tanto destaca questões que subjazem ao uso de metáforas no campo do ensino e da

aprendizagem.

ABREU, Antônio Suarez. Curso de Redação. São Paulo: Ática.

O livro apresenta os diferentes aspectos abordados na composição de um texto e

traz um capítulo interessante intitulado “A metáfora como processo de esfriamento”. Aí

apresenta a classificação da metáfora de J. V. Jensen, encontrada no artigo

“Methaphorical Constructs for the Problem-solving Process”, dividida em cinco tipos

fundamentais (metáfora de restauração, de percurso, de unificação, criativa, natural),

explicando-as uma a uma e acrescentando outros tipos.

ARAÚJO, Roseane Cardoso; ILARI, Beatriz Senoi. Mentes em Música. UFPR.

Para muitos filósofos e psicólogos, para existir música, é preciso haver uma

mente que a perceba, que a interprete e lhe dê sentido. Mas além de ambas serem

metáforas poderosas, as autoras questionam o que haveria de comum entre a música e a

mente. A resposta a essa pergunta encontra-se desenvolvida nos oito ensaios que

compõem a obra.

SEVERIANO, Jaime. Uma História de Música Popular Brasileira – Das origens à

Modernidade. São Paulo: 34.

O autor aborda mais de 200 anos da história da música popular brasileira.

Estrutura a obra em quatro tempos, sendo a última de 1958 até os dias atuais. Em cada

uma das fases, o autor contextualiza todos os gêneros e movimentos bem como os

compositores, músicos e intérpretes que melhor souberam representá-los.

FONTE, Bruna; MENESCAL, Roberto. Essa tal de Bossa Nova. São Paulo: Prumo.

A obra reúne história da música brasileira cantada por Roberto Menescal. É

dividida em dois momentos, sendo o primeiro dedicado à Bossa Nova e o segundo, à

MPB.

ALBIN, Ricardo Cravo O Livro de Ouro da MPB- A História de Nossa Música

popular de sua origem até hoje. Rio de Janeiro: Ediouro.

Iniciando com informações do século XVII, a história vem vindo até os tempos

atuais. O autor faz um relato do Brasil musical, passando pelo período em que os

músicos eram alvos de discriminações e preconceitos, misturando o relato com

informações políticas e sociais que realmente estão presentes direta ou indiretamente na

música popular brasileira.

ALVITO, Marcos. História do Samba – de João da Baiana a Zeca Pagodinho. São

Paulo: Matrix.

Page 106: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4

A obra apresenta um passeio pelo mundo do samba, de Cartola e Noel Rosa a

Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. Trata de como foram compostos alguns dos grandes

sambas.

Bibliografia complementar:

PLATÃO & FIORIN. Metáfora e Metonímia, In: Para entender o texto. São Paulo:

Ática, 1990.

_____. Alteração de Sentido da Palavra. In: Lições de Texto: leitura e redação. São

Paulo: Ática, 1997.

FIORIN, José Luiz. A metáfora tem alto valor argumentativo. In: Revista Língua

Portuguesa, nº 63, ano 5 . São Paulo: Segmento.

_____. Obra de José de Alencar ilustra apelo a metáforas e metonímias. In: Revista

Língua Portuguesa, nº 66, ano 5. São Paulo: Segmento.

BOWICHIS, Hervé. O Pequeno Livro do Rock. São Paulo: Conrad

CASTRO, Iona; LEMOS, Ronaldo. Tecnologia – O para Reinventando o Negócio da

Música. São Paulo: Aeroplano.

Page 107: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

1. Título

Mudanças ambientais globais, vulnerabilidade, risco e subjetividade: um estudo sobre o

Litoral Norte Paulista.

2. Autores

Pesquisadores Principais:

João Luiz de Moraes Höeffel – FAAT

Sônia Regina da Cal Seixas – NEPAM-UNICAMP

Bolsista de Iniciação Científica:

Benedita Nazaré da Silva (Aluna do Curso de Comunicação Social/Relações Públicas)

3. Introdução

A modernidade impõe certas injunções na vida social cotidiana, afetando todos os aspectos

pessoais da existência humana, através de transformações introduzidas pelas instituições aliadas

ao avanço da ciência e da tecnologia, e entrelaçadas com a vida individual e, definitivamente,

com a subjetividade (GIDDENS, 2002).

O conceito de sociedade de risco foi inicialmente abordado por Beck (1995), e significa um

período particular da história, na qual todos os lados sombrios do progresso emergem e

dominam o debate social, e este está relacionado diretamente com implicações tanto para os

seres humanos quanto para a natureza, causados pelo impacto dos riscos ocasionados pela

industrialização.

Para Beck (1995), Giddens (2002) e Touraine (2002) o contexto das sociedades de risco é

global, embora respeitando as características particulares e específicas a cada uma delas.

Predomínio, ação e atuação se apresentarão de forma global para além do local, afetando de

toda forma a vida cotidiana, influenciando os indivíduos em todos os seus aspectos de atuação,

em suas ações e em sua subjetividade (GIDDENS, 2002).

Assim, pode-se acrescentar que o investimento teórico-metodológico que tem sido realizado

para analisar sociedades complexas tem permitido um acúmulo significativo de elementos que

possibilitam a compreensão das mesmas, a partir das transformações socioambientais mais

significativas e a realidade cotidiana dos sujeitos. Essa articulação tem sido observada através

do estudo da subjetividade no contexto social contemporâneo, e tem permitido considerar que a

subjetividade pode ser entendida enquanto expressão criativa ou enquanto sintoma, e,

conseqüentemente historicamente produzida através de uma relação profunda e dialética entre

sociedade e natureza (GIDDENS, 2002; BAUMAN, 2005; BARBOSA, 2004; 2006;

BARBOSA; HOEFFEL, 2006).

Page 108: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Todas as transformações socioambientais da modernidade podem ser resumidas nos

intensos processos de globalização e nos riscos sociais e técnicos. Giddens (2000) alertou sobre

a influência da globalização na vida cotidiana, processo esse que influencia os indivíduos em

macro e micro aspectos de atuação, como em tudo o que é realizado.

Os aspectos que formam as sociedades complexas na alta modernidade (globalização, risco,

degradação ambiental planetária, desemprego, oscilações de bolsas de valores, novas dimensões

de tempo e espaço), só terão sentido através da criação que os indivíduos fazem dos mesmos,

como os absorvem, como os interiorizam e os expressam, possibilitando concluir-se que a

subjetividade é uma instância reflexiva e deliberante, datável e localizada, já que é produto e

criação de uma sociedade que a investiu de sentido social, histórico e político (CASTORIADIS,

1992; BAUMAN, 2005).

Em linhas gerais, essas premissas se constituem como grandes desafios para a Sociologia

contemporânea, principalmente para o campo da disciplina que tem se consolidado mais

recentemente – Sociologia Ambiental (HANNIGAN, 2006; FERREIRA, 2006; HERCULANO,

2000), e que tem permitido ampliar o escopo da análise eminentemente sociológica, e contribuir

para a construção de um olhar possível para o entendimento das questões ambientais

contemporâneas.

Nesse sentido, alguns autores já vêm apontando os inúmeros problemas que a humanidade

deverá enfrentar nas próximas décadas em função das mudanças ambientais globais,

principalmente no que se relaciona à saúde humana. Confalonieri; Marinho (2007) destacam

que os fenômenos associados às mudanças ambientais globais significam um estresse adicional

sobre determinados problemas já existentes em diversas regiões do planeta e, também, do

Brasil. Dentre estes problemas destacam-se desnutrição, doenças infecciosas endêmicas e

acidentes decorrentes de eventos climáticos e ambientais extremos como ondas de calor,

tempestades, aumento do nível do mar, inundações, tempestades, incêndios e secas. Tais

eventos também contribuem de forma significativa para o aumento das taxas de mortalidade e

de acidentes, para a escassez ou deficiência da qualidade dos recursos hídricos, para o aumento

da demanda por água, da deficiência na produção de alimentos, assim como para o aumento do

desconforto térmico nas regiões mais quentes e o aumento da probabilidade de ocorrência de

incêndios florestais.

Em decorrência desses aspectos, estima-se um aumento das taxas de mortalidade por

doenças cardiorrespiratórias diretamente relacionadas às mudanças ambientais e do clima, além

da alteração da distribuição espacial de alguns vetores de doenças infecciosas (Confalonieri;

Marinho, 2007).

Apesar da existência, ainda, de poucos trabalhos que relacionam a saúde às mudanças

ambientais globais, mais restritos ainda são aqueles que relacionam o impacto dessas mudanças

na subjetividade, e será com essa perspectiva que essa pesquisa se insere.

Page 109: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

Assim o presente projeto, se propõe a analisar as mudanças climáticas e a expansão urbana,

no litoral paulista, e leva em conta as significativas mudanças ambientais globais na região, e,

especificamente, o possível impacto das mudanças climáticas sobre a saúde humana nesta

região, procurando reconhecer alguns aspectos que permitem considerar suas intersecções e

influências na qualidade de vida da população da região. A escolha do Litoral Paulista é baseada

em alguns condicionantes, que mesclam teoria e empiria, na medida em que as sociedades e os

assentamentos humanos, localizados nas regiões litorâneas, frente às mudanças ambientais

globais estarão mais expostos a riscos, em conseqüência da mudança do clima e da elevação do

nível do mar. E esse efeito será exacerbado pela crescente pressão induzida pelo ser humano,

nas áreas costeiras e continentais, e, pela presença marcante do processo de urbanização nessas

áreas, muitas vezes sem planejamento ambiental adequado e, onde já estão inseridas as

comunidades mais carentes, que, conseqüentemente, estarão mais suscetíveis aos impactos

decorrentes desses eventos (MARENGO; VALVERDE, 2007).

O campo de estudo desta proposta será especificamente o município de Caraguatatuba, em

função de um conjunto de mudanças na paisagem do Litoral Norte e nas condições objetivas da

vida de seus moradores na medida em que é esperada para a região a implementação de

inúmeros projetos de desenvolvimento, como, por exemplo, o anel viário de Caraguatatuba/São

Sebastião, o Aterro Sanitário Regional, o Centro de Detenção Provisória, a Unidade de

Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), parte do complexo da PETROBRAS de

exploração do gás e petróleo do Campo de Mexilhão e da Camada Pré-Sal, a expansão do Porto

de São Sebastião e a ampliação da rodovia Caraguatatuba/São José dos Campos.

4. Objetivos

Objetivo Geral

Considerando-se que as alterações ambientais globais em curso e aquelas que são previstas,

provenientes dos projetos mencionados, associadas às alterações climáticas, promoverão

uma reconfiguração na região e poderão impor novos impactos para a população, a presente

proposta pretende analisar de que forma às mudanças ambientais globais, a vulnerabilidade

e os riscos impactam: (1) a saúde humana - através da realização de um diagnóstico

socioambiental e da construção e analise do perfil epidemiológico do município de

Caraguatatuba, (2) a subjetividade dos moradores de comunidades litorâneas.

Objetivos Específicos.

1) Complementar um diagnóstico socioambiental elaborado para o Litoral Norte Paulista

que contemple os riscos que a população enfrentará a partir de eventos ambientais globais

(As atividades da Bolsista estão focadas neste objetivo).

Page 110: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

2) Avaliar os impactos na subjetividade dos moradores a partir dos riscos aos quais estarão

submetidos

3) Avaliar a implicação da percepção da mudança ambiental e seus impactos subjetivos

sobre a saúde dessas populações.

5. Métodos e Procedimentos

Os procedimentos metodológicos envolvem, através da coleta de dados secundários,

pesquisas de campo, realização de entrevistas e aplicação de questionários:

- a atualização de um diagnóstico socioambiental do Litoral Norte e em especial do

município de Caraguatatuba (É neste objetivo que estão concentradas as atividades da

Bolsista).

- a construção do perfil demográfico e socioeconômico da região.

- a construção do perfil epidemiológico dos municípios envolvidos

- identificação e caracterização de processos de urbanização e peri-urbanização e de

situações de vulnerabilidade socioambiental, relacionando estes fenômenos aos impactos e

conseqüências das mudanças climáticas, principalmente o aumento da freqüência e intensidade

de eventos extremos (tempestades, inundações), sobre as áreas urbanas e peri-urbanas do Litoral

do Estado de São Paulo, em especial em Caraguatatuba.

As análises serão realizadas em diferentes escalas espaciais (regional, municipal, intra-

urbana e local) segundo a metodologia proposta por HOGAN et al, 2008 e FERREIRA et al,

2010.

6. Resultados esperados

A presente proposta pretende atingir quatro objetivos centrais:

1) Complementar o diagnóstico socioambiental elaborado para o Litoral Norte Paulista que

contemple os riscos que a população enfrentará a partir das mudanças ambientais globais (É

neste objetivo que estão concentradas as atividades da Bolsista).

2) Avaliar os impactos na subjetividade dos moradores a partir dos riscos aos quais estarão

submetidos, escolhidos como referência os moradores da Praia da Cocanha (escolhida

previamente em função da organização social que apresenta em torno da atividade pesqueira),

município de Caraguatatuba, Litoral Norte Paulista.

3) Avaliar a implicação da percepção da mudança ambiental e seus impactos subjetivos sobre a

saúde dessas populações, principalmente relacionadas ao estudo da depressão.

Page 111: Projetos Núcleo de Estudos Sustentaveis

4) Consolidar novas parcerias, que já vêm sendo construídas, e que permitirão ampliar o olhar

teórico-metodológico sobre a realidade do Litoral Norte Paulista.

Com base nessas informações pretende-se ampliar o conhecimento que tem sido

acumulado sobre a região e contribuir para políticas públicas que possam mitigar a problemática

socioambiental que a população enfrenta.

7. Descrição das Atividades e/ou Cronogramas

Para realização deste trabalho estão previstas as atividades apresentadas a seguir:

Atividade 1: Levantamento bibliográfico nacional e internacional sobre a temática;

levantamento de dados demográficos, epidemiológicos e socioambientais dos 16 municípios

envolvidos da região, através da coleta e sistematização dos dados por fontes secundárias. O

trabalho do Bolsista de Iniciação Científica está focado nesta etapa em especial no

Diagnóstico Socioambiental do município de Caraguatatuba no que diz respeito a dados

demográficos, epidemiológicos e socioambientais.

Atividade 2: Sistematização dos dados coletados; construção do perfil epidemiológico e

histórico dos municípios, considerando as doenças de notificação compulsória e as causas de

mortes por grupos de doenças, bem como a estrutura da rede de saúde;

Atividade 3: Atualização da sistematização dos dados epidemiológicos; cruzamento com os

dados demográficos e climáticos, análise preliminar dos resultados obtidos. Entrevistas

qualitativas semi-estruturadas, gravadas quando o interlocutor permitir, visando à construção da

história de vida de uma amostra aleatória dos usuários que se incluam na categoria de análise

(pescadores e suas famílias), aplicação dos instrumentos de pesquisa;

Atividade 4: Análise e articulação dos resultados obtidos, pelas fontes secundárias, entrevistas e

sistematização dos instrumentos aplicados. Seminários para apresentação dos resultados

envolvendo membros da equipe; outros pesquisadores convidados; gestores locais e estaduais e

moradores da região. Redação do Relatório Final.

8. Referências Bibliográficas

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