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Produção de Ovos Comerciais - Manejo

Disciplina: Criação e Exploração de Aves

Prof. Msc. Alício José Corbucci Moreira

Recepção das Pintainhas

Chegada das Pintainhas

Os equipamentos devem estar limpos.

Ração já colocada no local.

Checar todos comedouros e bebedouros.

Deixar as portas das gaiolas abertas.

Sistema de aquecimento ligado de 12 a 24 hs antes da chegada => manter temperatura entre 29 a 32°C na gaiola e 32 a 35°C no sistema de cria no piso.

Forrar com papel o funda da gaiola.

Garantir a densidade recomendada nas gaiolas ou na criação no piso.

Contar e soltar as pintainhas.

Descartar pintainhas debilitadas e/ou com deformações. (características de um bom pintainho).

Ensinar 10% do lote a beber água.

Fornecer complexo de vitaminas e/ou aminoácidos n 1º dia (máximo 3 dias).

Retirar as caixas de transporte do galpão => incinerar.

Verificar se o vazio sanitário de 2 semanas vem sendo cumprido.

Chegada das Pintainhas

Manejo da Cama (Criação no Piso) A cama deve estar sempre o mais seca possível.

Formação de placas => indicador de má qualidade.

Quando for substituída deve-se tomar cuidado com a poeira e partículas no ambiente.

Fonte: Pedroso-de-Paiva, 2006. Fonte: www.cpt.com.br.

Manejo da Cama

Procedimentos para reutilização da cama Retirar as partes empastadas (cascões).

Queimar as penas com o lança chamas, revolver a cama e tornar a queimá-las.

Amontoar a cama.

Se a cama estiver muito seca umedece-la para que atinja de 35 a 40% de umidade, facilitando a fermentação.

Fonte: imagem de domínio público

Controle de Cascudinhos Principalmente nas

criações sobre o piso é fundamental o controle dos “cascudinhos”.

Infestação pode levar a problemas com coccidioses.

Controle: Utilização de cipermitrina

e citronela. Controle da cama.

A coccidiose aviária é uma enfermidade causada por um protozoário do gênero Eimeria, que parasita as células intestinais destes animais.

É considerada uma das doenças mais importantes na avicultura industrial, pois causa diarréia e enterite, resultando em uma diminuição da absorção de nutrientes.

Manejo: Fases de Cria e Recria

Fase de Cria

As primeiras semana de vida determinam o sucesso da atividade => morbidade, mortalidade, sub desenvolvimento, etc.

Fase pode ser desenvolvida no piso ou gaiolas.

Nesta fase são realizadas medidas sanitárias (vacinações).

Importante fazer o acompanhamento dos lotes e descartes de aves fora dos padrões.

Todas as ações realizadas devem ser registradas (Vacinações, pesagens, descartes, etc.).

Fase de cria

Com objetivo de sincronizar as pintainhas na primeira semana de vida é aconselhável um programa de luz intermitente.

Fonte: Manual de manejo LOHMANN, 2013.

Fase de Cria

Colocar a ração defronte os comedouros (uso de papel) => Principalmente em gaiolas => acesso.

Bom indício de uma boa alimentação é o peso dobrar após 1ª Semana.

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Fase de Cria

É importante verificar se as pintainhas estão se alimentando.

Fazer amostragem dos lotes e analisar o volume e conteúdo do papo.

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Fase de Cria

Ventilação adequada Assim como no piso, o posicionamento das pintainhas nas gaiolas nos dá indícios de falhas no sistema de aquecimento e ventilação.

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Debicagem As aves de postura são debicadas, com exceção a

criações de subsistência ou coloniais.

As aves quando são submetidas ao confinamento adquirem hábito de bicar (estresse).

A debicagem tem o objetivo de reduzir as agressões, principalmente a cloaca dos animais e seleção alimentar.

Fonte: imagens de domínio público

Debicagem A debicagem => processo cirúrgico, que consiste no corte e

cauterização da extremidade do bico.

A 1ª debicagem deve ser realizada ainda na fase de cria (7 a 10 dias de vida). Já a segunda debicagem em torno de 6 a 10 semanas.

O orifício é escolhido de forma que a lâmina fique a 2 mm da narina

A lâmina do debicador deve estar bem amolada e aquecida (650°C) para um corte perfeito.

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Debicagem

Fatores p/ uma boa debicagem:

Lâmina aquecida ao rubro.

Manter cochos cheios de ração.

Não debicar aves doentes.

Parte inferior e superior semelhantes.

Cantos devem ser arredondados.

Utilizar pessoal treinado.

Uso de eletrólitos e vitaminas.

Debicador (vídeo)

Fonte: https://youtu.be/x5sxf0HEk94

Fase de Recria Pode ser realizada no piso ou sobre gaiolas.

Até o início da produção, o criador deve fazer um acompanhamento minucioso de controle de peso e uniformidade das aves.

A fase de recria geralmente chega ao fim na 20ª semana de vida (início da postura).

Algumas lihagens + tardias iniciam a postura a partir da 30ª semana de vida.

Fase de Recria

Importante estipular ou seguir as metas de ganho de peso, principalmente na fase de recria.

O sobre peso nesta fase é bem vindo.

Atrasar a mudança de ração para postura se o peso não for o recomendável.

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Programa de Luz (galpões controlados)

Fonte: Manual de manejo Hy-line, 2015.

Manejo: Fase de Postura

Fatores que Influenciam a Produção dos Ovos

Os Galpões => dimensionamento e lotação adequada => redução do estresse.

Alimentação => rações balanceadas e em quantidades adequadas.

Debicagem => evita seleção dos alimentos e reduz agressões.

Qualidade do ar => sistema de exaustão eficiente e retirada constante de excretas.

Fatores que Influenciam a Produção dos Ovos

Idade das aves na fase da postura (120 dias “pingando”).

Tipo de Galpão: Controle de Iluminação => anoitecer e amanhecer => estímulos naturais.

Nebulizadores: Condições Ambientais => 26°C (ideal) Umidade relativa entre 40 e 60% é desejável.

Troca das Penas => processo natural => 18 a 24 meses idade => opções => descarte ou muda forçada.

Transferência de Galpões

Cuidado para evitar estresse e fraturas.

Deve ser feito com caixas próprias.

Tentar agrupar aves do mesmo porte nas gaiolas.

A separação se dá pela crista e por peso corporal.

O primeiro dia de transferência pode se assumir um programa de luz constante para estimular consumo de água e ração.

Fazer todo manejo possível antes da transferência de galpão (ex: vacinações, debicagens, etc.).

Fase de Postura (adaptação)

O início da postura e ocorre um aumento substancial do consumo de ração.

Fornecer ração especial pré-postura quando as frangas ficarem com as cristas entumecidas, vermelhas, etc.

Altas demandas nutricionais neste período com redução das exigências a medida que a ave estabiliza a produção.

Cuidados na Fase de Postura

Boa qualidade de ar (ventilação, exaustão).

Água abundante e de qualidade (livre de MO. Dureza, temperatura).

Gaiolas limpas => ovos e aves limpas.

Gaiolas dotadas com rolagem eficiente dos ovos.

Sistema de coleta eficiente => menos ovos trincados, quebrados.

Limpeza e manutenção dos equipamentos.

Alimentação na Postura

O consumo médio na fase de postura é de 95 a 105g./dia/animal.

Inicialmente o tamanho do ovo é influenciado pelo ácido linoleico e posteriormente pela metionina => ovos pequenos => Solução + metionina.

Deve-se ter cuidado com a adição de Cálcio e fosforo nas dietas => altas demandas.

Assim como nas fases anteriores, fazer controle do PV, mas evitar deposição de gordura abdominal.

Característica de uma boa poedeira

ORGÃOS P/ OBSERVAR BOA POEDEIRA MÁ POEDEIRA

Cristas e barbelas Grande, vermelha, macia e brilhante.

Pequena, seca, dura e enrugada.

Bico Despigmentados. Bem pigmentados (30 dias).

Cloaca Grande, úmida macia e despigmentada.

Pequena, seca e pigmentada.

Pele Lisa e macia. Áspera e dura.

Penas Abundante e sem brilho. Escassa e brilhante.

Cabeça Fina e delicada Volumosa e robusta

Olhos Brilhantes e vivos. Sem brilho

Ossos pélvicos Flexíveis, abertos com 3 dedos de distância entre si.

Próximos entre si = 3 dedos ou menos.

Abdômen Volumoso, macio, com 4 dedos da ponta do externo a cloaca

Pequeno, duro, com menos de 4 dedos

Muda de penas Média de 1 ano após a postura e dura 2 meses

Ocorre antes de 1 ano e perdura por + de 2 meses.

Fonte: adaptado de LANA, 2000

Fase de Postura

Idade em Semanas

Gráfico - Evolução da postura em relação ao pico de produção.

Fonte: adaptado do Manual de manejo Hy-line, 2015.

Muda de Penas

Consiste um processo fisiológico natural da galinha que ocorre varias vezes durante a vida.

Problema da muda => parada do trato reprodutor => queda e interrupção da postura por até 2 meses.

Fonte: www.unesp.br

Período de repouso

Regeneração

Retorno a postura

A muda forçada de penas consiste na prática de restrição alimentar como método tradicional durante um período médio de 10 dias.

Aves chegam a perder 30 % do peso corporal.

Considerado um método “agressivo”, pois causa fome e desconforto ao animal.

Durante o processo pode ocorrer mortalidade.

Fora dos princípios do BEA.

Muda de Penas (Muda Forçada)

Descarte das Poedeiras Avaliação de galinhas em produção e fora de produção

Fonte: ROSA, et al 2011.

Descarte das Poedeiras Avaliação de galinhas em produção e fora de produção

Fonte: ROSA, et al 2011.

Manejo: Sanidade/Bioseguridade

Sanidade e Bioseguridade

Assim como, na criação de frangos de corte, a criação de aves de postura, obedecem os princípios básicos de bioseguridade: Restringir acesso de pessoas e animais; Criar barreiras físicas de isolamento; Trabalhar com sistema all-in all-out; Troca de roupa e calçados; Etc. Quanto a manutenção de sanidade dos lotes, um bom programa

de vacinação é fundamental para a exploração de aves de postura.

Programa de Vacinação

Diferentemente dos frangos de corte, o período de criação prolongado justifica o emprego de vacinações periódicas.

Não existe uma “receita de bolo” para vacinação => variável de acordo com a região.

Criações com grandes densidades facilitam disseminação das doenças (virais).

Existem diferenças entre os programas de vacinação de acordo com a bioseguridade das granjas e sistemas de criações.

Programa de Vacinação

Vacinação/poedeiras (LANA, 2000):

Marek (1º dia).

Bouba aviária (1º, 20º e 70º dia)

Newcastle (15º dia, 35º dia e reforços a cada 2 meses).

Bronquite infecciosa (7º dia, 30º dia e 100º dia).

Coriza (40º dia e 110º dia).

Encefalite (90º dia).

Doenças

Coriza

Newcastle

Marek

Encef.

Bouba

Fonte: imagens de domínio público.

Obrigado pela atenção!

e-mail: aliciojcm@gmail.com

Referências

EMBRAPA INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA. Manual de segurança e qualidade para a avicultura de postura, 2004. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/18216/1/MANUALSEGURANCAQUALIDADEaviculturadepostura.pdf . . Acesso em: 10/09/2015.

HY-LINE DO BRASIL. Guias de manejo Hy-Line W-36, 2015. Disponível em: www.hylinedobrasil.com.br/hyline/guias_manejo.php . Acesso em 12/09/2015.

LANA, G. R. Q. Avicultura. Recife - PE, editora rural, 2000.

LOHMANN DO BRASIL. Guia de Manejo Lohmann. Disponível em: www.ltz.com.br/ . Acesso em: 14/09/2015.

PEDROSO-DE-PAIVA, D. Uso, reutilização e destino de cama de aviários. 2006. Disponível em: http://www.sistemafamato.org.br/site/arquivos/Uso%20reutilizacao%20e%20destino%20de%20cama%20de%20aviarios%20emprego%20de%20materias%20alternativos.pdf. Acesso em: 31/10/2015.

ROSA, P. S. et al. Descarte Poedeiras Improdutivas - Identificação e descarte de poedeiras improdutivas. 2011. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/443611/identificacao-e-descarte-de-poedeiras-improdutivas. Acesso em 10/09/2015.

SANTOS, J.; TALAMINI, D.; MARTINS, F. Distribuição espacial da produção de ovos no Brasil, 2013. Disponível em: http://www.cnpsa.embrapa.br/cias/index.php?option=com_content&view=article&id=58. Acesso em: 10/09/2015.

SAKOMURA, N.K. Produção de ovos comerciais, s/d. Disponível em: http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/NILVAKAZUESAKOMURA/aula_7_introducao_postura.pdf . Acesso em 10/09/2015.

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