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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Produção de um texto crítico-reflexivo a partir da análise do documentário:

“Pro dia nascer feliz”, de João Jardim

TOTAL DE HORAS: 20 h

OBJETIVOS:

Desenvolver e aprimorar as habilidades de leitura e escrita por meio da

linguagem do documentário e do contexto social em que o acadêmico está

inserido, tendo em vista a produção de um texto crítico-reflexivo;

Estabelecer relação entre os conteúdos trabalhados em sala de aula e as

atividades aqui propostas;

Observar e corrigir as dificuldades em relação à leitura, produção e

compreensão textual;

Refletir analítica e criticamente sobre a linguagem enquanto fenômeno

psicológico, educacional, social, histórico, cultural, político e ideológico.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:

Espera-se que, com o desenrolar desta atividade, o acadêmico seja capaz de:

Assimilar criticamente conceitos que permitam a apreensão de práticas e

teorias;

Saber argumentar e comunicar-se adequadamente;

Analisar e relacionar dados e informações;

Compreender a realidade contemporânea que o cerca, criar e inovar.

A formatação do texto deve atender às seguintes indicações: margem superior:

3,0 cm; inferior: 2,0 cm; esquerda: 3,0 cm e direita: 2,0 cm. Fonte Arial,

tamanho 12 e com espaçamento entre linhas de 1,5 cm.

ROTEIRO DA ATIVIDADE: PASSO 1

Assistir ao documentário “Pro dia nascer feliz”, de João Jardim;

Para a elaboração do texto crítico-reflexivo, o aluno poderá seguir a

sequência abaixo, a fim de elucidar melhor alguns pontos relevantes abordados

no filme:

I) Identificar os temas das aulas nas diferentes escolas (Pernambuco, Duque

de Caxias (RJ), periferia de São Paulo e Colégio Santa Cruz);

II) Relacionar os temas das aulas com:

a) As sensações dos alunos acerca da própria condição de vida e suas

respectivas preocupações;

b) As condições de ensino e aprendizagem em cada escola;

c) As pessoas que possivelmente os alunos estão se tornando;

d) As perspectivas de futuro aguardadas por eles.

PASSO 2

Estabelecendo uma conexão entre o documentário assistido, o seu papel de

educador em formação e a leitura complementar sugerida, elaborar um texto

crítico-reflexivo, trabalhando a seguinte temática: “Quais são os rumos para a

educação no Brasil?”

Material de apoio:

Livros da biblioteca da Faculdade pertinentes à disciplina;

Livros sugeridos pelo Plano de Ensino-Aprendizagem;

Anotações feitas em aula;

Experiência pessoal;

Material disponibilizado na sala virtual.

Referências Bibliográficas: FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 1996.

KOCH, I. V.; ELIAS, V.M. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo:

Contexto, 2008.

PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,

2008.

Leitura Complementar: “Agir com competência”

Lino de Macedo

Vice-diretor do Instituto de Psicologia da USP

Se hoje ensinar é agir na urgência e decidir na incerteza, ensinar, como

resultante disso, é igualmente agir com competência, ao menos nos termos em

que Perrenoud1 a caracteriza. Já lembramos as principais características de

sua definição: saber tomar decisão, mobilizar recursos e ativar esquemas

(revendo ou atualizando hábitos) em um contexto de complexidade. Tal

complexidade é marcada por antagonismos, que se expressam, por exemplo,

na dialética entre competência e competição, unidade e diversidade,

dependência e autonomia, invariância e mudança, unidade e diversidade,

abertura e fechamento, harmonia e conflito, igualdade e diferença. Fiquemos,

para terminar, apenas no par competição e competência.

Competição e competência apresentam o mesmo radical petere, que

significa pedir. Se considerarmos um trabalho ou realização em termos de seus

resultados ou produtos, teremos um contexto de competição no qual os fatores

em jogo disputam e concorrem em favor do sucesso ou do fracasso da tarefa.

Nessa perspectiva, os elementos ou as partes que compõe o sistema

funcionam como adversários ou partes contraditórias que se conflitam.

Vivemos isso no cotidiano da sala de aula com todas as suas pressões, em

que tudo é importante, “imperdível”, precisa ser feito e bem-feito no prazo

definido e segundo os resultados esperados. Porém, se considerarmos um

trabalho ou realização em termos de seu processo, de seu percurso, então o

desafio é conjugarmos fatores, reunirmos esforços, concentrarmos energia,

encontrarmos disciplina e esforço em favor de algo que vale a pena.

Precisamos agir com competência, no sentido de que muitas coisas são

pedidas e devem ser consagradas em favor de uma realização. Nessa visão, a

competência reflete o domínio do professor, sua capacidade de mobilizar

recursos, rever hábitos, atualizar e criar procedimentos que favoreçam a

realização de algo que vale a pena. Para isso, devemos tomar consciência e

refletir sobre a qualidade de nossos meios e recursos, devemos lutar por algo

melhor para todos os nossos alunos e para nossa realização enquanto

profissionais que escolheram o magistério como sua forma de trabalho e

participação social.

1 Philippe Perrenoud é um sociólogo suíço que é uma referência essencial para os educadores em

virtude de suas ideias pioneiras sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos.