plínio marcos [=] inútil canto e inútil pranto
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I N Ú T I L C N T O I N Ú T I L P R N T O
P E L O S N J O S C I O O S
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P L Í N I O M A R C O S I N O T I L C N T O I N Ú T I L P R N T O
P E L O S N J O S C Í D O S Impresso as o/icinas a EDITORA ARMA TDA. Telefone: 26-4973 Rua a Várzea, 94 — ão aulo
Para UTOR
SÃO AULO
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PREFÁCIO
Eu estava turdido com as oisas da vida. i o Plínio as oites e omingo m ue ente se ncontra a Cantina o Giovanni ntre dentes de lho cordes e um iolão mais hegado um andolim i Plínio, nesías noiíes e molhos de tomate ensopando a revolta dos inconformados
ai Plinio me tingia om eus anchos morais na ona miasmática ituada ntre ígado alma. estas perações Plínio e orta omo um rator enfurecido e fígado se estabelece do taque o maraschino ue em epois o café, alma eva ias ara e ecuperar e r- gumentos ue esam omo murros. Plínio az questão e usar um inguajar de onta-esquerda
m as ão é isso que pesa. corre que Píínio é mais úcido onta-esquerda que onheci a minha vida. Debaixo o erbo o Plinio m eu turdi-
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mento irou uxo. Pois le me ncheu e an - cadas morais o im orrimos.
Engraçado: quilo ue u sentira como chuva preta os panhara mbos. M as Plínio izia que huva ue ada . Não ueria ermitir-se
lamúrias chava ue s meus ueixumes ra m ouro ntregue e raça os andidos. E inha
áspero o lhar martelante a ala, smerilhan- do
om
ronia
aciocínio
xato —
ronia
e
quem abe ue ai morrer inda ssim orri porque este o melhor jeito e izer ara s u- tros e ara i mesmo estou vivo . Acachapado
eu deitava parmesão sobre a minha vermelha ma- carronada. Muito armesão. E Plínio me izia que final ão passávamos e ersonagens mí- nimos e m a ragédia o amanho e lgumas gerações: nela covardia e traições ervilhavam como germes o microscópio. Nela s iolências maiores e ometem o lural amais o ingu- lar. P or ue eria u m emoto comia, e me achar vítima? Pecado de orgulho. E e repente
as ua s alavras oram arope mbebendo ano de ã. E orrimos. De mais a mais ão há om o chorar quando e stá om m garfo na mão.
M as Plínio ão tinha ido ur o omigo pe - nas om le róprio ambém. om le róprio
especialmente. E lgum empo epois me alou
da ecessidade ue tinha e arar om s oisas que estava escrevendo. le se achava como quem esgotou m a série de fórmulas, om o quem se s- conde atrás e rases eitas epetindo-as ara esconder entimentos, á ão mostra equer m' caroço e entimento. Ele ão dmitia ue s coisas a ua vida nquieta fossem esculpa. Ja-
mais e erdoaria m nstante e ndolência um canto e mesa nd e osse endoso obrir e ar- mesão lória a erseguição. Q ue lória ue nada. Assim, esta orrida ngustiada s ezes raivosa té esesperada atrás a xpressão o- tal sando recário nstrumento as palavras — i ue arefa olorosa línio screveu estes contos um deles ronologicamente o primei- ro quele obre s resos e Osasco ara mim. Repito meu i e olero. Pois Plínio reten- de er m a oisa ó ntegro o ignificado mais completo ara que ão haja a diferença mais ê- nue entre o homem, o escritor e o ponta-esquerda. M as e arefa ofrida ão deixa e er x- traordinariamente grande. osto muito do Plínio. Aparentemente somos pessoas muito istintas. As vezes eceio ue le nxergue m mim m efi- nado enhor ue veste m ob e e eludo obre o pijama uando e oite corda om vontade e fazer ipi. A mpressão elizmente, ura ouco.
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Mutíísstmas oisas os nem ara sempre. lgo
porém torna ealmente íspar a maioria ni- co numa multidão m do s poucos de ontorno de- finido. ma ilhueta ítida na aisagem mpas- tada. Plínio em incrível força os ímbolos
queiram u ão eu s migos u nimigos u le próprio. im sto od e ser muito doloroso um i de olero em deveria astar. as ente ota aí m ouco e ronia ara ue essoal ão pense ue omos a etórica.
Mino Carta
I N Ú T I L
C N T O
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em sasco
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E ram inte inco omens mpilhados, spre- midos, smagados e orpo lma, um ubículo onde al aberiam ito essoas. ram inte cinco omens. ram inte inco omens, ntre
uma orta e erro, midas rias aredes.
Eram inte inco omens spremidos, mpilha- dos, smagados e orpo lma, um ubículo onde al aberiam ito essoas. ram inte cinco omens spremidos, mpilhados, smaga- dos e orpo lma, mais esespero, édio, a desesperança enebroso cio, uma munda cela nde mal aberiam ito essoas. Eram in- te inco omens olocados o mundo ubículo para morrer. ara morrer os oucos. ara
morrer e orma ue arecesse atural. ara
morrer. ara morrer em eder. ara morrer
sem stremecer s elações nternacionais os i- - dadãos ontribuintes. ara morrer implesmen- te . Para morrer em er arniça argada os
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estreitos, scamosos squisitos aminhos o o- çado o om Deus elos icários os squadrões da morte os idadãos ontribuintes. ram inte e inco omens. inte inco omens mpilha- dos, spremidos, smagados e orpo lma, n- tre rades e erro, midas rias aredes.
Eram inte inco omens, ais eu s esespe- ros, eus édios, suas desesperanças e o tenebroso
ócio, olocados um mundo ubículo nde al caberiam ito essoas, ara sperarem orte. Eram inte inco omens olocados o ubículo pelos idadãos ontribuintes.
Eram vinte e cinco homens. inte e inco o- mens mpilhados, spremidos, smagados e or- po lma ntre rades e erro aredes mi- das rias. inte inco omens, um ubículo onde al aberiam ito essoas. inte inco homens eus esesperos eu s édios, uas e- sesperanças o enebroso ócio. inte inco o- mens ue unca oram s mais onitos, em s mais ortes, em s ais abidos, em s mais furiosos. ram inte inco omens ue cupa- ram spaços ue ão hes ertenciam, ue ome- ram ão ue ão hes ertencia. ad a he s pertencia iante as eis os idadãos ontribuin- tes. inte inco omens ue unca eceberam
pão ara s uas muitas omes. Eram inte
cinco homens. odos, entre os vinte e cinco, eram
homens. Homens. Homens. Homens. Homens violentados nos seus mais ternos sentimentos. Homens em ireitos. Homens om muitos eve- res itados elas eis os idadãos ontribuintes.
Homens ue unca iveram s legrias o spí- rito. Mas, inda ssim, eram omens. Eram in- te e inco omens mpilhados, spremidos, sma-
gados e orpo lma ntre rades e erro, úmidas rias aredes. Eram inte inco o- mens, eus esesperos, eus édios, uas esespe- ranças o tenebroso ócio, um ubículo nde mal caberiam ito essoas. Eram inte inco o- mens e lma stuprada. Vinte inco omens de idas stupradas. Vinte inco omens, om
seus desesperos, com seus dentes podres, com suas
carnes lácidas, om eus elos alos, om uas peles mpestiadas. Mas, ram inte inco o- mens
spremidos,
mpilhados,
smagados
e
or - po alma, um órdido ubículo nde mal abe- riam ito essoas. Todos, ntre s inte inco, eram homens. enhum, entre os vinte e cinco, era a esta-fera. Eram inte inco omens. Ne- nhum ra esta-fera. E ssaltaram, mata-
ram, izeram conteceram, equenas oisas contra s idadãos ontribuintes. E erturbaram
os onos a omida, a eligião, a iência, a
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filosofia, s rtes s eis. as eus erros,
suas iolências, eu s esesperos ão chamaram
atenção de seus iguais: omens, mulheres, elhos, crianças ue á asceram elhas, ansadas, mal- ditas, mpestiadas, ergadas elas mil ma o- mes, eridas m uas umanidades. ão milhares e milhares, s njos aídos, iante a vareza
da upidez e udo ue xiste e uim a alma orca os idadãos ontribuintes.
M as u anto inte inco njos aídos ue e rebelaram. Cada m, ada m, mas odos ebe- lados. E or er ada m, ada m, izeram
pouco tumulto e foram onfinados. As metrancas
unidas odem mais ue ma om e errando ozi- nha. E s inte inco omens oram mpilha- dos, spremidos, smagados e orpo e lma num
imundo ubículo, nde mal caberiam ito essoas. Foram mpilhados ara sperar morte. Empi- lhados em spaço para ormir, em spaço ara
se cocar. como eles precisavam se cocar Eles precisavam e ocar. Estavam o ubículo ara
esperar orte, mas s ragas ue e utrem
da s arnes podrecidas ela morte ão speram
nada lém a odridão ara otar eu s vos. E
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as ragas ncarnaram os inte inco omens espremidos, empilhados, esmagados e corpo e l- ma ntre rades e erro aredes midas frias. ali, smagados de corpo e alma, s vinte e inco omens eceberam isita as estes.
Primeiro, oram s oscas, ue amberam eu s excrementos e uspiram m suas feridas. epois, foi arna. arna oceira a arna. muquirana oceira a muquirana. an -
guessuga oceira a anguessuga. s er - cevejos s ulgas s normes ichos erme- lhos, ue aminhavam eus ojentos orpos elos montes e excrementos que ransbordavam a a- trina. s ragas ieram. m ua l eles, m
que anto edorento aquele maldito ubículo s
pragas otaram eu s vos ela rimeira ez , in - guém amais oderá aber. as , egados elas aflições s omens, lucinados elos eu s muitos desesperos elas muitas oceiras, e cusavam
un s os outros de ter plantado as pragas o cubí-
culo. ram vinte e inco homens espremidos, m- pilhados, smagados e orpo lma, um ubí- culo onde mal caberiam oito pessoas. inte e cin- co omens eus esesperos eu s cios. inte e inco omens eu s esesperos eu s cios as malditas ragas. , ntre les, s arbarida-
des. Os homens se brutalizavam, e spancavam.
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usavam os mais fracos omo fêmeas, isputavam,
como eras, s edaços menos zedos a omida nojenta ue hes ra ervida m orários ncer- tos, isputavam s mundos olchões, inham
medo e ormir e er sganados elos utros, e ão inham spaço ara eitar, isputavam
a gua uja ue e ez m ez scorria e m
cano nferrujado mbutido a arede munda, queriam impedir uns os utros e usar a latrina.
E ieram s ancros. As oenças enéreas. Os vinte e cinco omens omeçaram er oidos e- las oenças enéreas. Seus elos aíram, eu s olhos urgavam, rinar ra m uplício mais para s inte inco omens spremidos, mpi- lhados, smagados e orpo e lm a aquele mal- dito ubículo nde mal aberiam ito essoas. Não. U vezes ão. quele ubículo ojento ão era ugar para omens. elos antos e qualquer fé , malditos ejam s idadãos ontribuintes seus árceres mundos, odos s eu s escen- dentes. Maldita eja ociedade ue onfina o- mens um ugar nde eria rime prisionar té a esta-fera.
Mas, á stavam, o cubículo imundo, inte cinco omens mpilhados, spremidos, smagados de orpo lma, sperando ulgamento os i- dadãos ontribuintes. Todos s inte inco o-
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mens confessaram faltas e crimes hediondos. Confessaram ebaixo e ancada. Debaixo e pancada, onfessaram rimes ontra ociedade dos idadãos ontribuintes. Crimes ontra o- ciedade ue empre os mesquinhou. Crimes ue não eriam rimes iante os antos e ualquer
fé . Mas, eles confessaram roubos, assaltos, gres-
sões, ssassinatos, ontra s idadãos ontribuin- tes. Confessaram rimes ue ão abiam rimes. Não abiam rimes s rimes ue onfessaram.
Quem e limentou no s io o esamor ão tem onsciência o em o al . O al ão existe ara s njos aídos. Para s njos aí - dos, existe o desespero. desespero é o que exis- te . Existe fhção. Essa ue xiste. O mal, a maldade oda stá om s idadãos ontribuin- tes. No oração mundo o idadão ontribuinte é ue existe o mal. Deles úria lucinada e acumular, e arantir rivilégio ara i ara
seus
orcos
escendentes,
té
im
os
empos. Os idadãos ontribuintes brigam mal. Os n- jo s aídos ão njos. Anjos em onsciência o em o mal, a o- lidariedade, a ompaixão. E ão abem os ri -
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mes. abem a ngústia, a flição, o esespe- ro . E uerem scapar, scapar, scapar. sca- par a ngústia, a flição, o esespero. as nã o scapam. s njos aídos ão abem a o- lidariedade. le s ão ada m, ada m. oli- tários o esespero, a ngústia, a flição os mil e um fantasmas da fome. s anjos caídos ão pensam, ão ercebem. les ão olitários ue nã o ercebem ue olidão er ozinho. ão
percebem ue s uas omes untas eriam maio- res ue s ocas enenosas as metrancas os cidadãos ontribuintes. or erem maiores ue as ocas enenosas as metrancas, ealizariam
milagre os ães istribuídos. ão abem ad a os njos aídos. em eixam aber, s idadãos contribuintes. cada um , cada um dos njos caí- dos e ebela a medida o eu esespero. a- tando, oubando, azendo contecendo, oisas poucas para ssombrar os idadãos ontribuintes. E ão s njos aídos e goniando, e esespe- rando, ordendo, rranhando, sperneando, ada
um , ada m, a edida o eu esespero. vã o endo garrados, ada m os ristes njos caídos. ão endo mpilhados, spremidos, s- magados e orpo lma, ntre rades e erro
e aredes midas rias, nde screvem s ra - se s em exo itadas elo esespero, om or -
ça a mpaciência os ue speram om uas e- sesperanças. onfessam rimes, ue ão a- bem rimes. onfessam ebaixo e ancada.
pancada ói. ói. ói muito. ói té a esta-
fera. ói o omem. ói muito. ar-
rasco ão tem pressa. em paciência. especia- lista. em ora e lmoço, im e xpediente, repouso emunerado, revidência ocial. em
auxiliares, em prendizes. em odo empo para ater erguntar. em id a oda ara dar ancada sperar esposta.
\ njo aído az ua arte o ogo. panha, apanha, apanha, ega, hora, eme, mplora elo amor os antos e odas s és . elo mor e qualquer é, mor ue esconhecem, ue unca viram, unca ntuíram. as m ão mploram
pelo mor, elo recário mor os idadãos on- tribuintes, elo mor os antos a recária é dos idadãos ontribuintes. horam, emem, esperneiam, ogam odas s ragas panham
todas as ores. panham, panham. anca- da ói . ói . ói muito, té a besta-fera. uan- to mais o omem, ue , mesmo sendo njo aí- do , imagem semelhança o spírito. ue, or
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ser njo aído, spírito, ensibiUdade. é mor. sperança, nsia e uz. poesia em orma e xpressão, spirito,
sensibiUdade, mor. sperança, nsia de uz, udo em ossibiUdade e ntendimento. É ngústia, esespero, flição e arregar
o esado ardo numa jornada sem meta. E anjo caído apanha, panha, apanha. E acaba
aceitando odas s ulpas. Aceitando ud o ue quiserem ue ceite. Pelos antos de qualquer
fé o njo caído ura ue é culpado e esponsável
po r odas s misérias. E í ntão spremido, esmagado, mpilhado a ela. Nas elas-cubicu^ los nas elas nde mal aberiam ito. mas nde sã o espremidos vinte e cinco omens. Vinte cinco omens. Vinte inco omens mais eus fedores. suas misérias, eu s cios. eu s esespe- ros, eu s ícios, uas nsiedades. Vinte .nco homens eu s esesperos spremidos um ubí- culo nde mal aberiam ito. Ninho erfeito a- ra as pragas botarem seus ovos. Então, num
cubículo nde mal aberiam ito homens, s- premidos s inte inco homens e eu s esespe- ros normes mais s ragas. sarna. sifilis^ a lepra, a tuberculose e todas as pragas que roem s omens evagar, evagarzinho. Vinte inco homens e seus desesperos e as pragas que os con-
somem, spera a mperrada, ipócrita, medío- cre ustiça urocrática os idadãos ontribuin- tes. ustiça edíocre, ipócrita, urocrática,
exercida or medíocres, ipócritas urocráticos
cidadãos ontribuintes, acaios e m alário mi- serável e m taíus ue he s aranta mesqui- nhos rivilégios. s onolentos outores as eis do s idadãos ontribuintes ão idadãos ontri- buintes e isão arolha, ue ão êem trás as
grades e
erro.
ão idadãos
ontribuintes
e imaginação urta, ue ão ai trás as rades
de erro. ão idadãos ontribuintes reguiçosos de spírito, ue ão enetra trás as rades e ferro. ão idadãos ontribuintes ue êm ui- tos rivilégios, ue ão ais eguros uando s anjos aídos stão trás as rades e erro. nã o mporta ue trás as rades e erro ste- jam inte inco omens sprem dos, mpilha- dos, smagados e orpo lma, um ubículo onde mal aberiam ito omens. ão mporta
que
s
ragas
oam
ignidade
umana,
ue
miséria oa ignidade umana, ão mporta
dignidade umana, e s alores os idadãos contribuintes orem reservados. trás e ada
legislador á, um a arede ria, m Cristo ruci- ficado. trás as rades e erro, inte in - co omens, um mundo ubículo nde mal abe-
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riam oito, e mais eu s desesperos e as ragas que os onsomem. onsomem este alvário igni- dade umana do s ristes cristos do s idadãos on - tribuintes. onsomem ignidade umana, mas
nã o sgotam, orque ignidade umana ro - vém o mor nesgotável, rovém a irilidade
espiritual ue nima s antos e ualquer é caminharem m ireção a uz , m usca a ín - tese o mor. ssim . irem udo os njos
caídos: rença, sperança, iberdade, o- rizonte. onfinem s njos aídos, espidos e amor, e olidariedade, e ompaixão, um ubí- culo mundo, ara ue s ragas s oam eva- gar. mpilhem inte inco njos aídos um
cubículo ojento nde mal aberiam ito. á, esmagados e orpo lma, le s e uphciarão
entre si . e iolentarão ntre si de corpo e lma,
se oerão ntre i mais ue s ragas s oem, nã o e erão om o emelhantes, isputarão a força ruta ada almo e hão, ada migalha
de ão, ão e arão ossego m vnuto e- quer. nconscientes o em o mal, nconscien- tes a olidariedade, ão ivisarão, a enebrosa
noite ue s ngole odos, s erdadeiros nimi- gos. e oltarão ns ontra s utros, té i- mite a egeneração. as , os oucos, ela or e ão elo ntendimento, ão e untando um
único esejo, um esejo olidário e reserva-
rem ida, ida, ida. em ecessidade
da alavra, a oa alavra ue ão possuem, n- tre eles se fará um entendimento, porque nas ua s entranhas e manifestará Verbo Divino, en - tido o ever e reservarem s róprias idas. A vida, dever primeiro do homem, desejo lúcido do spírito.
ão oi iferente ara s inte inco o- mens a róspera idade ndustrial, ue oram
espremidos, mpilhados, smagados e orpo alma um mundo ubículo nde al aberiam
oito essoas. spremidos, mpilhados smaga- do s de orpo lma elos idadãos ontribuintes,
donos as ei s ue eterminam s rivilégios que s arantem om s metralhas s rades
de erro.
Vinte e cinco homens spremidos, mpilhados, esmagados e orpo lma um ubículo nd e mal caberiam oito pessoas. o desespero do con- finamento omado o esespero e ua s idas n- teiras esultou as iolentações mais árbaras.
Os inte inco omens e iolentaram e orpo
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e lma ada minuto e m mês meio. e e- riram ísica spiritualmente. as eus eses- peros ram ontrolados ela abedoria os ida- dãos ontribuintes. omida ara s inte inco homens. uita omida. ão inha mportância
que osse zeda, edida ojenta avagem. ue importava ra ue osse muita, muita, ara ue os ais ortes omessem uficiente em reci- sar tirar uinhão os mais racos. uita, ara
que ome ão erasse lucinados. uita, ara o desespero nã o chegar a ponto de romper as gra-
de s e erro. maconha ambém ão odia faltar. inha ue ntrar. egulada. ão muita,
para ão rovocar uma lucinação apaz de om - pe r s rades e erro, mas ão odia altar
ponto e rovocar ma nsiedade apaz e om - per s rades e erro. ambém iolências e- xuais ue s resos raticavam ntre i. enhu- ma nterferência. nquanto m stupra utro, não stupram s rades e erro. isso onsis- tia abedoria os idadãos ontribuintes, ara
manter assivamente inte inco njos aídos no mundo hiqueiro onde mal aberiam ito es - soas. ssa iência os idadãos ontribuin- tes. les abem ue s omes sã o más onselhei- ras, ue s petites a arne eram evolta.
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E les abem. Não ividem ão acionalmen-
te orque onfiam as metralhas as lgemas
e as rades e ferro. Acumulam ão ara e- rem empre artura, em e reocuparem om miséria ue emeiam ue ermina esespero As metralhas s lgemas s rades e erro
contem esespero. Mas s njos aídos trás
das rades e erro ão odem entir s ngús- tias a arne, orque enão esespero ompe as grades de ferro. ntão, é necessário calar seus
apetites. E ra ssim ara s inte inco o- mens mpilhados, spremidos, smagados e or- po lma o mundo hiqueiro nd e ão abe- riam ito essoas. ma vez por semana, s inte e inco omens inham ireito eceber isitas
de arentes, mantes, ederastas raficantes,
que lhes avam dinheiro ou maconha. E dinhei- ro ubornava arcereiro oda ora om - prava lcool omprava maconha ambém
comprava scora ara s ias em ol ara as oites em ono ara ono em onho e dava aciência ara uportar empo e spera
de m ulgamento ue emorava ada ez mais,
à medida que o tempo se tornava mais lento di- fícil e assar. Um empo ento, enso, massa-
crante, ue eixava odos ensos, erdidos as
suas solídões e nos seus tédios. Mas, ainda o tem-
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po ão ra massacrante uficiente ara ogar
cada m ara entro e i mesmo. O empo in - da ão era ontundente astante ara azer ca - da m r rocurar e sconder as róprias n- tranhas. E avia ainda, ara s inte cinco anjos caidos, o privilégio de um a vez po r dia irem,
de inco em inco, ndar ez minutos o ol . No so l odre e um átio ercado e ltos uros
guarnecidos elas ocas
egras as
metrancas. Havia o ol , que, mesmo odre, é eneroso, é consolador ara uem stá smagado e orpo alma um ubículo mundo. Mas, ambém ol acabou. Choveu. Choveu or ma emana. Por
uma semana nteira. Os homens nã o aberiam
dizer ue ostariam mensamente e omar ez minutos e anho e huva. A huva, ara inte
e inco omens ue stão mpilhados e orpo alma, eria m álsamo, avaria s eridas o corpo a lma. Mas, om o dizer? Como e x- plicar? Como falar para m carcereiro, ma er - sonagem ão nferior a ierarquia os idadãos contribuintes, ue ra apaz e urlar odas s
leis os cidadãos contribuintes, menos a regra que rezava que os presos bem-comportados podiam to- mar anho e ol? A regra não falava m banho de huva. E hoveu or ma emana. E em - po esou mais inda obre s inte inco o- 28
mens mpilhados, spremidos, smagados e or- po e alma no cubículo imundo nde mal aberiam
oito. Pesou mais empo esaram mais inda
as rades e erro. A orta e erro omeçou pesar, esar, esar. Parecia ue eu erro-
lho e nferrujara om huva ue la unca
mais e briria, ue les, s inte inco o- mens, icariam encarcerados o cubículo para
sempre. E
í
empo
esou. E
s
njos
aídos sentiram esespero mais esesperado. Perce-
beram os elos caírem, entiram ores trozes o urinar omeçaram e ocar e ma oceira
alucinante, entiram ombo o eito, ercebe-
ram ue scarravam angue ue eu s orpos estavam heios e eridas ue s eridas ada
vez e lastravam mais. Os omens iram om
horror os próprios corpos. E sentiram ue fediam
mais ue atrina, nde xcremento ransbor-
dava as moscas varejeiras rocriavam. E a porta e erro, om o e ivesse eu errolho n- ferrujado ara empre, ão e bria. A omida, a munda omida, zeda avagem ra nfiada
pela igia. A orta e erro ão e bria. Não se bria. Não e bria. E esava, esava,
pesava obre os vinte cinco njos aídos, espre-
midos, mpilhados, smagados e orpo lma
po r antos esesperos gora inda mais el a
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porta e erro, elo empo arado os entidos do s inte inco omens, ela huva, elo fedor, ela ebre, elas estes odas, ela maldita oceira, pelo edor eles mesmos, po r tudo, ela rade de ferro, ela porta e ferro que ão e bria, ão e bria, ão e bria.
todos entiram ojo. ojo. uito ojo. ojo o próprio orpo, ojo a omida, ojenta avagem,
nojo a orta e erro, ojo a alavra. obre-
tudo ojo a alavra.
Ninguém alava mais, inguém e mpunha o- bre s utros, inguém ra ais orte. ada um e echou m i mesmo. ada m e como- dou o eu ugar. ilêncio também esou so- bre s njos aídos. inte inco omens spre-
midos, mpilhados, smagados e orpo lma
num imundo cubíbulo onde mal caberiam ito pes-
soas. inte inco omens m ilêncio, om s olhos aiados e angue, rdidos, ixos a maldita orta e erro. empo, ada ez mais lento, mais enso, ais massacrante, a assan-
do, e scoando. ada ez mais s omens e calavam, om ojo as alavras ue á ão ig- nificavam ada. Mas ão e recisou e ala-
3
vras a ora m ue orta e erro e briu.
Era ia e isita. A orta e erro e briu. E os inte inco njos aídos e tiraram odos juntos, em altar m, odos, ontra arcereiro. Todos, om úria, om dio, om muito dio, om
toda iolência, spancaram. Socos, ontapés,
ódio. E o carcereiro gritou, gritou, gritou. E vie- ram s metrancas s hanfralhos os idadãos contribuintes, eio dio os idadãos ontri-
buintes, ue spancou, mpurrou, mpilhou, s- premeu, smagou orpo lma os inte
cinco njos aídos o mundo ubículo nde mal caberiam ito essoas. E utra ez orta e ferro se fechou, utra ez errolho orreu. E acabaram s isitas, cabou inheiro, cabou
a maconha, cabou asseio o ol. Mas go - nia umentou. A arna, ífilis, s erebas o- das e alastraram mais. O empo icou mais en- to , s esadelos mais enebrosos, ono mais i- fícil, omida mais ojenta, s orpos mais e- didos, alavra mais nútil, s lhos mais aia- do s e angue, mais rdidos, mais ixos a orta
de erro. E entamente e assaram rês ema- nas. Até ue s njos aídos, entindo-se podre- cer, sentiram medo e podrecer esolveram
lutar ela ida, ual arecia ue inham bdi- cado. Sem izer alavra, m e evantou o-
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meçou ater a orta e erro. Bateu orte
todos s utros ambém omeçaram ater, bater a orta e erro, arulho s esper- tou, e eles começaram a gritar, gritar, ritar,
a ritar. Para les esmos, njos aídos, ra
como e enascessem. Para s idadãos ontri- buintes, ra om o e s njos aldos ouvessem
enlouquecido e ez . Mas s njos enascidos
queriam iver, scapar a morte, as ragas,
do edor, o ojo. Queriam brir orta e er - ro ue s eparava a ida, a esperança, a e, do orizonte, o ol , a huva. E em alavra,
um eles mpilhou o eio o mundo hiqueiro o esto e ojentos colchões. Os njos caídos ão
inocentes, ão ngênuos, ão êm oção o em do al . amais ompreendem dio os ida- dãos ontribuintes.
Os njos aídos ão njos em onsciência o bem o mal. ão njos erão empre njos. Eles ão sabiam que foram olocados o ubículo para morrer entamente, e orma ue arecesse
natural. les ão sabiam ue foram mpilhados, espremidos, smagados e orpo lma o mal- dito ubículo, or ão erem erventia ara s
3 2
cidadãos ontribuintes, ue s idadãos ontri- buintes ó uidam o ue hes onvém. Não, s anjos aídos ão abiam ada isso. Os njos caídos ão njos esmo. E tearam ogo os imundos olchões. E ela igia, erravam ara
que os cidadãos contribuintes abrissem a orta e ferro. E s abaredas resciam ambiam os vinte inco omens, s ritos s emidos os edidos e ocorro e erdiam as mundas
paredes, rias midas, nde les screveram blasfêmias itadas ela mpaciência elo eses- pero. fogo rescia a umaça ufocava, fogo ueimava, esespero esesperava, s homens e ebatiam, m uerendo sar orpo do utro omo scudo ontra s hamas, ispu- tavam om úria oda iolência ireito e enfiar ara o xcremento a atrina, ara s- caparem o ufoco a umaça. fogo ueima- va , umaça ufocava, arne rdia, ssava,
e o fedor fedia, e a fumaça sufocava e os pulmões
ch e
os e avernas e ompiam, osse, tosse, osse. E o heiro e arne ssada ra
o heiro a arne umana ssada, m heiro o- ce, oce. njoativo, oce e ar áuseas, oce carne umana, oce arne umana, ue ó doce uando rde e mor. rdia e esespero, e do r ra oce, errivelmente oce, auseante.
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E haveiro a orta e erro sperava hega- rem metrancas e algemas uficientes ara ubju- gar s njos aídos e orma ncontestável, spe- rava muitas metrancas, muitas lgemas, spe- rou, sperou, sperou. las hegaram, mas á
não ram ecessárias. ão recisavam espejar
seus enenos os orpos arbonizados e inte cinco anjos caídos, aídos ara sempre, u caídos até ia m ue , nimados ela irüidade spi-
ritual ransformadora, e rgam odos s njos caídos. e rgam as inzas nde e ufocam, das hamas nde rdem, as omes nde e e- sesperam, os ubículos nde e mpilham, e espremem e smagam e orpo lma, os sórdidos ecantos nde e egeneram, enham
cobrar os idadãos ontribuintes s fensas o- das ue , m om e e eu s esouros, eu s rivi- légios, eu s onfortos, izeram ignidade u- mana.
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I N Ú T I L
C N T O I N Ú T I L P R N T O
P E L O S A N J O S C Í D O S que erderam s undamentos
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\ eco lhar o elho ndio, eco omo lhar
de m orpo em lma, orreu elo hã o eco a triste aldeia e parou na ente eca e sua utrora tã o loriosa ribo. ente eca ue , om s mãos secas e lmas em sperança, eciam, uras
penas, ergados ob eso a ndolência, eu s ofícios viltantes, esses empos ecos, empos do s empos a aça. fício li xercido or gente eca, e mãos ecas, e lmas em spe- rança, he s oi enerosamente egado or eu s bravos ntepassados, or eus enerados nte-
passados, ue oram ravos oram enerados justamente orque xerceram sses fícios rgu- lhosamente m eu s empos, ue oram uitos tempos, empos astantes ara s undamentos
da ribo erem lantados, empos astantes ara
a ida a ribo er onrada or árias erações.
E eco lhar o elho ndio, eco om o olhar e m orpo em alma, á urvo por antos
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1 tempos e ua xistência eca, omeçava em ver, er e er, er e erceber, er e ene- trar as ntranhas as oisas, er e nxergar
essencial. eco lhar o elho ndio, eco como o olhar de um orpo sem alma, via, ia ela primeira ez ue rco, lecha, acape s cocares e enas multicoloridas, ue s mãos e- cas e lmas em sperança os amentáveis n- dios em or, em rilho, em antos rremata-
vam, ergados o eso a ndolência, amais e- riam s rmas e alor rovado m antas ata- lhas, omo quelas ue , m utros empos, mpu- nhadas or ravos uerreiros, oram uard
;ãs a
honra a ribo, a iberdade a ribo, o espeito
da ribo or i mesma. eco lhar o elho índio, eco omo lhar e m orpo em lma,
via, ia ela rimeira ez ue arro, massado
sem enhum ncantamento elas ecas ndias, e mamas ecas, e entre podrecido, arideíras
de ma role em or, em rilho, em antos,
prole que nã o encarnava bravo spírito os bra-
vos guerreiros de outrora, jamais seria a cuia as doces ebidas ue s euses nsinaram s ravos
índios eber ara erem empre eus nimos renovados ara s uros ombates a reserva- ção. lhar eco o elho ndio, eco om o olhar e m orpo em lma, ia, ia, ia , ela
primeira ez , ue mandioca atida elas ecas
mãos e lmas em sperança amais eria a- rinha a utrição a ente eca e ua utrora
gloriosa ribo. eco lhar o elho ndio, eco como lhar e m orpo em lma, ia , ia , via ue amais, amais, amais rabalho eito, pelas mãos secas e almas sem sperança eria
nobre rabalho ue ignifica omem. ue arco, lecha, acape, ocar e enas multi- coloridas, arro, arinha amais eriam is- tendidos, oldados, onsumidos ela iberdade,
pela onra, elo uto-respeito a ribo, ente e- ca , e mãos ecas em sperança.
O rco, lecha, acape, ocar e enas
multicoloridas, arro, arinha, eitos ela e- ração nferma a utrora loriosa ribo eriam levados elos ristes ndios em or, em rilho, sem anto, om assos rôpegos, o osto omer- cial os rancos idadãos ontribuintes eriam
trocados ela ranca guardente os rancos i- dadãos ontribuintes. branca guardente os brancos cidadãos contribuintes nvenenaria o san- gue, nergia, rabalho, é, sperança o índio. nvenenaria ndio, rco o ndio, a lecha o índio, ocar e enas multicolori- das, o arro do índio, arinha o índio, cor, rilho, anto o ndio, onra,
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a iberdade, espeito o ndio or i mesmo, e todos os undamentos a ribo do índio, o en - tre podrecido as mulheres a ribo, ue era- ria ada ez mais mais miserável as escen- dências o ndio.
E rco, lecha, acape, ocar e penas multicoloridas, uia riam nfeitar s
brancas aredes as rancas moradas os ran-
cos idadãos ontribuintes. lhar eco o
velho ndio, eco om o lhar e m orpo em
alma, ia , ia, ia, el a rimeira ez , ue ss e comércio á á anto empo raticado or ua
gente, or le esmo or eus ntepassados,
com s rancos idadãos ontribuintes, he s nve- nenava angue, s undamentos eceb
:dos or
herança, s ritos e uerra e oda ma aça,
o onho, nergia, rabalho, nsia e iber- dade. eco lhar o elho ndio, eco omo o lhar e m orpo em lma, ia , ia , ia ue era empo os empos e ua aça. ia, ia , via, o olhar seco do velho índio, seco como o olhar
de m orpo sem lma, ue era rande ora e do r da ua ribo. sentia ue ra chegado seu
momento-limite e acique, momento e omar
a ecisão ais orajosa e odos s empos a
tribo. Era momento oloroso a scolha.
Era a hora do crepúsculo. ra a ora do re - púsculo a ribo ambém ra repúsculo e mais m ia e riste rabalho a utrora lorio- sa ribo. ol e unha or rás as montanhas
e a primeira estrela brilhava no infinito. o seco olhar o elho ndio, eco om o lhar e m
corpo em lma, e ixou essa strela. eu pensamento e levou té s randes spíritos
se fez a magia. o velho índio, om a visão ime-
morial, iu om oragem odos s empos a ua tribo. orreu elas matas om lma irgem
do s ravos ndios ue lantaram s undamentos
da ribo, uando s matas ram irgens as a- tas os rancos idadãos ontribuintes. epois viu hegarem s rancas aravelas, e rancas
velas, om ripulação ranca e idadãos on- tribuintes, ue inham rancas rmas ue mata-
vam istância. o elho ndio iu eviu ue seus ntepassados e eslumbravam iante a
branca feitiçaria dos brancos idadãos contribuin- tes, mas nã o se deixavam subjugar. os brancos
cidadãos ontribuntes m ão entaram ubjugar
os ravos ndios, om uas rancas rmas. ão se ubjuga m ravo.
Nem ferro, em fogo, em hibata ub- juga m ravo ue onha onho mais úcido o espírito, ue iberdade. Liberdade ara er
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caminheiro m usca e uz , a íntese o mor e o tempo. , sgotados s ecursos as rmas,
os rancos idadãos ontribuintes ieram om s brancos ruques a ranca ecnocracia. e- lho ndio, om ua isão memorial, iu hega- rem o eio e ua ente s alsos ilhos os deuses, s alsos omens o ogo, s alsos ilhos do rovão, eles acaios rancos os rancos i- dadãos ontribuintes ue ssombraram s ndios com eu s rancos ruques ecnocratas. ssom- bravam s ndios s rancos ruques a ranca
tecnocracia os rancos idadãos ontribuintes,
mas ão os ubjugavam. s ravos ndios, ssim
como odos os bravos, om todo o igor das almas
puras, ngênuos o ervor e uas renças, o- dem er cabados elo uror as rmas, odem
ser nganados, mas ão e ubjugam uas lmas
livres, em om erro, em om ogo, em
com hibata. ão e rende spírito, em espírito e paga, uando le etém, mesmo ue
inconsciente, hama eradora a irilidade. os ngênuos, o ervor e uas renças, empre
retêm agrada hama. ndio ão odia er
escravo elo eso as rmas, le ue á ra s- cravo os undamentos a ua ribo, or uerên- cia, or espeito i mesmo, or onra, elo e- sejo úcido o spírito e er ivre. Não e s- 42
craviza uem e scravizou spontaneamente o fervor e ma é. ndio e lma ura ão se ubmeteu em o erro, em o ogo, em chibata, em os ssombrosos ruques ecnocra- tas os rancos idadãos ontribuintes scravo- cratas, mesquinhos scravos a rópria anância.
E isão memorial o elho ndio iu, iu , iu bem eito e eu s ravos ntepassados er
rasgado elo ogo elo rovão os rancos i- dadãos ontribuintes. iu, iu , iu , om isão imemorial, o sangue generoso dos eu s bravos n- tepassados egar solo e erra irme, onsagra-
da or od a ma aça ue e utria e onra se multiplicava m ravos. elho ndio iu , viu, iu, om isão memorial, ue ão e a- nh a as rmas lma e m ravo, ngênuo o fervor e ua rença. as , elho ndio, álido de spanto, iu , iu , iu ue m ravo, esmo ingênuo o ervor e ua rença, mesmo orte o fervor e ua rença, od e er eduzido om hipócrita
alavra,
om
ipócrita
aternalismo, com ipócritas alavras. Com ábia.
O elho ndio, om ua isão memorial, iu , viu, iu , álido e spanto, escerem as brancas
caravelas os rancos idadãos ontribuintes
brancos acerdotes ue , iajando em andeira,
em om e o rande Deus ranco os rancos i-
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brancos idadãos ontribuintes, m om e a e- ligião, a ilosofia, a ultura, a ecnocracia,
mataram eligião, ilosofia, a ultura odos os undamentos a ribo a aça.
E elho ndio oltou ara i mesmo. ra
hora rande, ora e odos s spíritos, e ma noite e ua heia. ldeia stava m ilêncio. Os índios ormiam ono sem epouso as lmas
secas e onhos. ra ora rande, ora e o-
dos s spíritos, e ma oite e ua heia, mas era ambém rande ora e ma ribo nteira.
E eco lhar o elho ndio, eco om o lhar
de m orpo em lma, orreu elo eco hã o a
triste ldeia os amentáveis ndios em or, em
brilho, em anto ncontrou agrado ambor
de uerra, á muito empo mudo or ão oder ser tocado po r mãos secas e lmas em speran-
ça . elho ndio de eco lhar, om o eco olhar e m orpo em lma, ocou ambor, o- cou ambor, ocou ambor. ocou oque
guerreiro e od a ua ribo, ocou oque e auto-respeito, oque ublime os ublimes n- seios e iberdade e m ovo. entro a oite soou orte oque e uerra a ribo o elho índio, oque os undamentos a ribo o elho índio, oque os nseios e iberdade e od a raça o elho ndio. Mas, s amentáveis ndios,
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sem or, em rilho, em anto, stavam rrea-
dos ela indolência num ono em repouso das l- mas ecas e onho. enhum espondeu os pe - los o oque o ambor uerreiro atido elo e- lho ndio. enhum scutou oque os unda- mentos a ribo a aça, atidos o ambor
guerreiro elo elho ndio.
E eco lhar o elho ndio, eco omo olhar e m orpo em lma, e ncheu e á- grimas. Ele ia , ia, ia udo om lareza. Mas era arde. Ele ão inha mais or, rilho, canto para convocar pra abuta a vida uma gen- te ue e mesquinhou o viltante rabalho e mãos ecas, e lmas em sperança. Já ão i- nha, elho ndio, or , rilho, anto. A sua ele ncardida, eu angue podrecido, eu espírito acilante á ão inham or, rilho o anto ara onvocar ua ente e ele ncar
dida, e angue podrecido, e spírito acilante
para abuta a ida ue ignifica xistência
E á ão inha or, rilho, anto ara on vocar ua ente em or, em rilho, em anto
para morte onrosa ue ign :fica xistência
E elho ndio ompreendeu ue oda ua aça
estava urda os róprios undamentos a aça. E compreendeu que, quando m ovo á ão pode ser onvocado ara abuta a ida, ue
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que dignifica a existência, quando um povo já nã o pode er onvocado ara morte onrosa, ue o que dignifica a existência, é o tempo final desse povo, empo os empos esse ovo. , om - preendendo udo isso, elho ndio hamou a ua
tribo ara entro a riste ldeia. ieram
todos, onados, rrastando eus orpos ansados
de lmas em sperança, araram iante o
velho ndio.
O
elho ndio
e lhar eco, om o eco
olhar e m orpo em lma, lhou s amentá- veis ndios em or, em rilho, em anto, e um a ribo m egeneração otal , om oz ir - me, rdenou erenamente ue e matassem odas as ulheres a ribo ascidas aquela ua m
diante. rdenou erenamente, om oz irme
de m rande acique, rdenou om ernura, r- denou erto e er bedecido, e fastou. oi sentar-se um ronco eco e ma utrora ron- dosa rvore , om s lhos ecos, omo ão e- cos s lhos de m orpo em lma, icou espian-
do ada, azio, sperando im e oda ua
raça.
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I N D T I L C N T O I N D T I L P R N T O
P E L O S N J O S C I O O S nas voltas a bola e da boleta
trilogia
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A PENEIRA
Sessenta, etenta, oitenta, noventa. le era um. Apenas m. ozinho, enso, ervoso, canhado.
Apenas um menino. penas um menino no meio de sessenta, setenta, oitenta, noventa meninos, encur- ralados yim rio e scuro estiário, ncurralados
pela vida num beco, onde a única saída era a bola. Sessenta, etenta, itenta, oventa meninos, eus nervos ensos, eus canhamentos, eus onhos lindos, uas huteiras ebaixo o raço. odos os essenta, etenta, itenta, oventa eninos
iguais,
om
uas magras
aras
e
spanto, eus espantados lhos amintos, om eus ensos er-
vos oloridos spera e omeçarem isputar
um ugar o jogo a ola, a ola a ida u a morte. odos guais ão ozinhos, guais o s- panto, a ome, o ísico ranzino, a erminose,
na álida sperança e rrumarem m ugar o
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jogo a ola, a ola a ida u a morte. To- dos ão guais ão ozinhos, indos e ão on- gínquos ecantos, ecantos órridos, ecantos e- sencantados, mal manhecidos or m ol odre que ão ermina ementes, em a erra, em
nas lmas. Todos meninos indos e ão ongín- quos ecantos, as recárias onduções ovidas po r arcas speranças e scaparem a ina e conterrâneos, lavradores e lmas áridas ela ca -
pina a erra mal dubada elo ono em e- pouso o onho. Todos meninos ão guais ão
sozinhos, olitários iajores a ã roposição e escaparem, scaparem, scaparem ozinhos, o- zinhos, ue s eixa ozinhos, ada ez mais
sozinhos. Sessenta, etenta, itenta, oventa eninos,
escapando or aminhos em aisagem, m trens
leiteiros, os aminhões a afra, os nibus a
Uusão, m orcas ompanhias, uiados ela ri - lhante strela os eu s ons aturais, mas m- baçada or uas oucas abedorias. odos or fim estacionados o frio, scuro, olorento estiá- rio o grande lube, ncurralados no frio, scuro, bolorento estiário, odos guais ão ozinhos, iguais om uas magras aras e spanto, om
seus spantados lhos amintos, om ensos er - vos oloridos, om eu s medos, úvidas hutei-
5 2
ras ebaixo o raço om erteza e ue , e falharem o ogo a ola, a ola, a ola a
vida u da morte, erão vidas ondenadas ono- lenta spera a morte as ldeias o esconsolo mal manhecidas or m ol odre.
Sessenta, etenta, itenta, oventa eninos, encurralados o rio, scuro olorento estiário
do rande lube, guardando ora a eneira,
da scolha, ora a eneira, ora a erificação de uem em u nã o aptidão pro jogo da ola, a
bola a ida u a morte, a rande ola, a grande ola os raques, a ola os randes s- tádios. odos ão guais ão ozinhos, guar-
dando ora a eneira o rande lube, nde técnicos rios, écnicos mpessoais, écnicos ue se utrem e ogos anhos, e ogos ogados cada ia , ogados m ada ogada, écnicos n- durecidos elos iros a ola ue ola, ue ola,
que ola, ue ola, ue eva, ue nleva, ue s-
maga, ola ue ola, ue ola, ue ola um giro urto o futebol, ão m sporte, ão o u- tebol sporte, utebol scape, scape, scape para idas mal raçadas, ascidas os rmos as
aldeias a esolação, idas ue través a ola, da ola, a ola uerem scapar, scapar, sca- par, través a ola, a ola scape as omes
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jogadas a ada ia , ada nstante a mesa em
pã o em ivro. Sessenta, setenta, oitenta, noventa meninos.
ele ra m. penas m menino. m o meio e sessenta, etenta, itenta, oventa eninos, e- ninos, meninos peladeiros, spera a peneira o grande lube, spera a pinião e écnicos frios, impessoais, utridos or jogos anhos e ue decidirão uem, ntre s essenta, etenta, iten- ta, oventa meninos guais as magras aras e espanto, os spantados lhos amintos, em pti- dã o para o jogo da grande bola, da bola dos gran- des raques, a ola os randes stádios.
E odos os essenta, etenta, itenta, oventa meninos ão guais tã o ozinhos speram a e- numbra o rio olorento estiário, speram
com uas huteiras ebaixo o raço uas fli- ções. le li. m. penas m. ntre essen- ta , etenta, itenta, oventa eninos eladeiros.
A rave, trave, meta, meta, icava o fim
do campinho, m longo campinho e terra erme- lha, ermelha erra e m olo uro, essequido,
poeirento, ue m Sol podre endurecia, essequia,
empoeirava ada ez ais, eixando meta, meta, ada ez mais onge do alcance de ez, o-
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ze , uinze meninos ue ogavam ma elada e- sequilibrada or alta e ogadores. rave, trave, meta, a meta, e ambu odre, trás a meta e ambu odre ma erca e au odre e atrás da cerca de au podre um a ala e águas
podres, nde s ragas otam eus vos.
E os dez, doze, quinze meninos peladeiros cor- rendo trás a ola, e ma ola muda, uadra-
da, uente, rrebitada or ortos hutes e e-
quenos és á astos or orridas núteis. E le
ali. Ele ali o meio os utros meninos eladei- ros, gual os utros a magra ara e spanto,
nos spantados lhos amintos, a mesma nsia de azer ola olada sm o anhar umo certo a rave, a trave, a meta, a meta. as ele ra nico, ntre s ez, oze, uinze meni- nos eladeiros, nico, ntre s meninos, ristes
meninos eladeiros a ldeia o esconsolo, a- paz de amaciar, arredondar, esfriar, oltar a ola com estino erto. Ele li o meio e ez, oze,
quinze eninos, odos guais a magra ara e espanto, os spantados lhos amintos, le , le
era nico, nico, ntre os ristes meninos e- ladeiros da aldeia do desconsolo ue rolavam seus corpos as oltas urtas a ola miúda, oder sonhar onho a ola rande, a rande ola dos raques, a ola os randes stádios.
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8/12/2019 Plínio Marcos [=] Inútil canto e inútil pranto
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Encostado a erca e au odre, a eira
da ala e guas odres, repelente butre ma- ginador e epelências, om eu norme ariz
comprido, ndiferente o heiro odre as guas
da vala e de todos s podres do mundo, repelen- te abutre imaginador de repelências, e olhos sem luz em rilho fundados as marelecidas macilentas arnes a ua ara nexpressiva, repelente butre maginador e epelências, e
boca asgada a ual unca floram orrisos, abutre e oca em iso, em iso, em iso, ia com eu s olhos sem luz e sem rilho o menino pe- ladeiro, le , nico menino eladeiro a ldeia
do desconsolo, nico ntre dez, oze, quinze me- ninos eladeiros aquele ampinho e eira e vala, e lto e irambeira, ue inha ireito e sonhar onho om rande ola, om ola do s randes raques, om ola os randes s- tádios. O epelente butre maginador e epe- lências via, via o menino e via o sonho do menino.
E le , menino, o ampinho e erra ura, ressequida, mpoeirada, olava eu onho, olava
seu sonho atrás da bola miúda jogada à esmo or tristes meninos peladeiros da aldeia do desconsolo e olava eu orpo onhava eu onho om grande ola, om ola os randes raques,
com ola os randes stádios, olava eu
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corpo atrás a bola miúda, rolava eu corpo atrás
da ola miúda prendia fício, uro fício do s boleiros, nico ofício ue oderia aprender a aldeia o esconsolo e ue levaria ra onge a maldita ldeia o esconsolo.
Os olhos em uz e em rilho encravados as
amarelecidas macilentas arnes a ara o e- pelente abutre imaginador de repelências seguiam
os ovimentos o enino, ele, s ovimentos
dele, nico menino ntre odos s eninos a aldeia o esconsolo oder onhar eu onho com rande ola, ola os randes raques,
a bola dos grandes estádios. ia , repelente abu- tre maginador e epelências, s equenos és mágicos azerem ola iúda rescer, rescer,
ficar rande omo ola os randes Craques, os lhos o butre ubiam elas ernas uras o menino, elas oxas uras o menino e eti- nham or m empo os rapos ue erviam e calção pro menino e ubiam elo orpo nu do me- nino am e ixar a magra ara e spanto,
nos spantados lhos amintos, magra ara s- pantada aminta, mas onita ara luminada pelo ogo e uem calenta m onho em mé- ritos ara calentar onho. epelente bu - tre ia menino, ia le , menino, maginava
todas uas epelências.
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Na ldeia o esconsolo mal manhecida or um órrido ol odre ue ão az erminar em
as ementes os ães epartidos, em epouso do onho o esconsolado ono os ue avram
terra, s ue lavram erra na ldeia o descon- solo, mansamente, sem falas, em antos, sem é,
sem ueixas, ristemente em ueixas, em uei- xas, omo reses, ão endo mbarcados or eito- res rios, mpessoais, ndurecidos borrecidos pela otina, m aminhões ue s evarão ara
grande eara e m ó ono, m ó ono, ordo, balofo, guloso, guloso, guloso, que se nutre do san- gue alo os ervos làcidos e il , ois mil, três il, inco mil avradores o angue alo
e os ervos làcidos a role os avradores, a
já ascida a or ascer.
Na ldeia o esconsolo mal manhecida or um ol odre ão s avradores ue apinam, a- vram, emeiam, olhem esconsolado rigo ue nunca erá ão epartido, om eu s lforges e pouca ria omida, mbarcando m aminhões e evados elos streitos, scamosos squisitos caminhos té eara, rande eara e m ó dono, ono oderoso, ordo, alofo, uloso, ulo- so , uloso, ue e utre o angue alo, os er -
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vos làcidos, o uor os ue avram erra da role os ue avram erra, ascida
po r ascer.
E ão s omens astos, s mulheres astas,
as crianças gastas da aldeia do desconsolo se des- gastarem inda mais a apina a eara e m
só ono, ão mbrulhados a esesperança m
encardidos rapos que he s ervem e manta, ão embrulhados m ncardidos rapos arregando
um lforge de ouca fria omida, ão eixando a ldeia o esconsolo, um o os ampos escon- solados o nico mprego ara s mãos arentes
de abedoria m oda egião a ldeia o es - consolo.
A role do ono, o nico poderoso ono a aldeia o esconsolo, o ordo, alofo uloso, guloso, uloso, role ele role os eu s imediatos á muito empo eixaram ldeia o desconsolo, oi em utrida role o ono odo- poderoso da seara, prole nutrida elo sangue ralo, pelos ervos làcidos, elo uor, elo spírito i- tubeante os ue avram erra, oi m usca da iência a técnica ue ábios outores n- sinam as malditas scolas, as malditas scolas, um a iência ma écnica, oda ma abedoria
que esulta em ugo para s ristes avradores a
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aldeia o esconsolo, em alas, em anto, em
fé, em ueixas, ristemente em ueixas.
0 oderoso ono, nico ono e oda ea - ra da região da aldeia do desconsolo, dono, or - do, alofo, uloso, uloso, uloso, nda onge a
aldeia o esconsolo, nda em onge a ldeia
do esconsolo, egociando afra olhida m o- da a seara da região da aldeia o esconsolo, que
fica ais esconsolada.- Na ldeia o esconsolo, mal manhecida or
um Sol podre, ica a sonolenta gente que ão teve
o epouso o onho o esconsolado ono, ente
desconsolada que va i se arrastar cansada nas con- denações o erviço urocrático. icam a l- deia o esconsolo s urocratas, equenas uto- ridades, equenos uncionários, equenos acer-
dotes, equenos omerciantes e al bastecido
comércio e equena reguesia icam, riste-
mente ficam, meninas e meninos, role, triste pro-
le e pequenos funcionários mbrutecidos ela ro - tina or alários miseráveis. ica ssa role que, pesar e udo, ão fo i ascida ra er on- sumida a apina a eara e m ono ó, o dono odo-poderoso, ordo, alofo, uloso, uloso, guloso. ica ssa role ue , pesar e udo, ão é utrida ara r m usca a iência a éc -
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nica e ábios e outores ue empre nsinam s ensinamentos onge a ldeia o esconsolo.
As meninas que ficam a aldeia do desconsolo ficam esconsoladamente, icam osturando, o- sendo ordando esconsolo, sperando m
amante que enha ara levá-las da aldeia o des- consolo, omo sposas u om o rostitutas, mas
pra onge a ldeia o esconsolo, osendo bordando speram, uma spera ue ode urar
um aile, ma oite, ida nteira. E os meninos, s meninos, s pavorados me-
ninos da ldeia o esconsolo, pavorados om s exemplos de vida, de sórdida e desconsolada ida, que hes atem a ara ada instante o cioso dia-a-dia a ldeia o esconsolo, onham, o- nham, onham m air a ldeia o esconsolo nas sas e algum alento rtístico u as oltas
da ola, a ola, ue odos ensam ue abem,
da ola ue olando s ev e ra onge a ldeia do esconsolo, onham, onham, om rande
bola, a bola do s grandes craques, a bola do s gran- de s estádios.
IM a esconsolada raça, a esconsolada greja
de m esconsolado, onolento, beso acerdote
alimentado el a esconsolada ente ue le , le 61
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desconsolado, onolento beso, juda manter
sem ala, em anto, sem é, sem ueixa, ob m
tórrido ol odre ue ão calenta speranças,
repelente butre maginador e epelências a- cientemente, omo uem ão em ada anhar,
pacientemente, omo uem ão em ada er - der, ala, ala, ala o menino, ala o enino, a le , nico menino a ldeia o esconsolo poder onhar onho da rande bola, epelente
abutre mag :nador de epelências ala o menino, a le , nico menino a ldeia o esconsolo n- tre ez , oze, uinze meninos, ristes meninos e- ladeiros a ldeia o esconsolo oder onhar
o sonho a ola rande, a ola os randes ra-
ques, a ola os randes stádios. O epelente
abutre maginador e epelências, alante, ipno- tizador, monocórdico, ala ro enmo eladeiro.
fala, ala, ala, em ressa, ala acientemente,
como uem ão em ada erder, acientemen- te , omo uem ão em ada anhar.
— São muitos s meninos. uitos s meninos peladeiros ue u i, u i, inguém me ontou, eu i, i com sses meus lhos ue terra á e comer m ia, u i s meninos ntes e odos, vi os ampinhos a eira a ala u os ltos da irambeira. i om sses meus lhos ue terra á e omer m ia, orque u fui vê-los
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vi que sabiam a ola e stavam erdendo a bola que abiam, orrendo núteis orridas, uando suores núteis, trás e ma ola miúda mal o- lada or ristes meninos eladeiros, em enhum
d'reito e onharem om rande ola, ola dos randes raques, bola os randes stádios.
Ah, uantos uantos eninos ue abiam a bola u eguei elas ãos magras evei ara
a rande ola. em , ento inte, uzentos, al -
vez mais, esses meus inqüenta, essenta, eten- ta anos, peguei no s endurecidos, ressequidos, poei- rentos ampinhos a ldeia o esconsolo os e- vei ara rande ola, ara ola os randes
craques, ola os randes stádios.
Corre, orre rem om eus onótonos on s hipnóticos, orre, orre rem ugindo a ldeia
do esconsolo, eixando esconsolada ente s-
gotada ela aina nútil a eara e m ó ono, perdida o eu ono ue ão em epouso o sonho. orre, orre rem om eus monótonos sons hipnóticos evando ele, o menino, único me- nino eladeiro a ldeia o esconsolo ue em
direito de sonhar o sonho da grande bola, a ola dos randes raques, bola os randes stádios.
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Corre, corre o trem com eus monótonos sons hip- nóticos evando epelente abutre maginador e repelências, alador onocórdico ue ala, ala,
fala ara menino, ala ra le , menino ela- deiro a ldeia o esconsolo, nico eladeiro entre dez, doze, uinze meninos peladeiros, ristes
meninos eladeiros a ldeia o esconsolo o- der onhar onho a rande ola, a ola os grandes raques, a ola os randes stádios.
Corre, corre o trem com seus monótonos sons ip- nóticos, ala, ala epelente butre maginador
de epelências, ala, ala, acientemente, omo quem ão em ada anhar, acientemente, o-
mo uem ão em ada erder.
— Eu evo s meninos eladeiros os ampi- nhos a ola miúda odada sm o ara ran-
de bola. u os pego pelas mãos magras e os levo. Eu s levo para s randes lubes, ara s ran-
des stádios. u s oloco os randes lubes, consigo ons ontratos ra les, oloco eus o- mes as manchetes os ornais, u s evo ara
a eleção. ão muitos s meninos eladeiros ue eu antasiei e oleiros, ão uitos s eninos peladeiros ue u oloquei ara orrerem uas
corridas as oltas a rande ola. ão muitos. Oitenta, oventa, em. ei lá uantos ão os me- ninos ue eguei elas mãos magras os ampi- 6 4
nhos a eira a ala, o lto a irambeira, levei ara os randes estádios. eguei-os a ola miúda s evei para rande ola. e ompa- deço elos obres ristes meninos eladeiros
os evo ara s randes lubes, ara s manche- tes os ornais. as les epois e ranstornam
nas oltas a rande ola, e ranstornam or seus omes ritados or atéticas ultidões os grandes estádios, e transtornam, s pobres e tris-
tes meninos eladeiros, om eus omes os or- nais, om eus randes ontratos, om eleção. E s meninos elade
;ros ue u i, ue u i n-
tes e odos ogando ma ola iúda os am - pinhos ndurecidos, essequidos, oeirentos, e- baixo e m órrido ol odre, s meninos que u vi, u os i antes e todos orrendo orridas nú- teis, uando núteis uores trás a ola iúda, rolada smo, u s eguei elas mãos magras
e os levei para a grande bola, mas os meninos que eu i me squecem... e squecem...
Corre, orre rem om eu s monótonos on s hipnóticos, ugindo a ldeia o esconsolo, ala,
fala, fala, epelente butre imaginador e epe- lências, ala, ala, ala, alador onocórdico, sem enhuma uz , em enhum rilho os lhos encravados as marelecidas macilentas ar-
ne s o eu osto nexpressivo, em enhum iso. 65
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sem enhum icto he florar a oca asgada,
fala, ala, ala, alador monocórdico, aciente- mente, om o uem ão em ada anhar, a- cientemente, omo uem ão em ada erder.
— Os meninos eladeiros e ranstornam, os giros da rande ola, e ranstornam om s mul- ticoloridas amisas os randes lubes, om s vermelhas, s ermelhas, s ermelhas, s zuis, as erdes ermelhas, s ermelhas rancas,
as rancas retas erdes, zuis, mare- las, marelas ermelhas, ermelhas, erme- lhas. s meninos eladeiros e entem randes
boleiros e nvolvem as ulticoloridas ami- sa s ermelhas, ermelhas, ermelhas, erdes,
azuis, marelas, ermelhas squecem ue bola, té rande ola, ola os randes ra-
ques, ola os randes stádios em s oltas curtas, uito urtas, ão les as oltas ur- tas, ão m odas s oltas a rande ola s- ' quecidos e uem eles e ompadeceu uando
eram ristes meninos eladeiros a ldeia o es - consolo. u me resigno. u volto para s minhas andanças elos ampinhos ndurecidos, essequi- dos, oeirentos, ebaixo e m ol odre, ro - cura e utros eninos, eninos eladeiros ue sonham seus sonhos com a rande ola e têm bola pra onharem onho om rande ola.
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Corre, orre rem om eu s monótonos on s hipnóticos, ugindo a ldeia o esconsolo, e- vando enino eladeiro a ldeia o escon- solo epelente butre maginador e epelên- cias, alador monocórdico ue fala, ala, ala, a- cientemente, om o uem ão em ad a anhar,
pacientemente, om o uem ão em ad a er- der. orre, orre rem, ala, ala butre
suas mãos rias ão palpando, palpando s o- xas o enino, ompendo oupa o enino, rompendo menino, palpando, palpando me- nino, menino álido e spanto ue rende eu espirito o onho a rande ola, a ola os grandes raques, a ola os randes stádios
abandona eu orpo as mãos rias o rio e- pelente butre maginador e epelências.
Sessenta, setenta, itenta, noventa meninos. le
era m. penas m. ozinho, om eus ervos tensos, canhado. penas m menino o meio e sessenta, etenta, itenta, oventa meninos, odos tã o guais ão ozinhos, om uas magras aras
de espanto e com eus espantados lhos amintos,
com eu s ervos ensos, om eu canhamento.
Sessenta, etenta, itenta, oventa eninos ivi- 67
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didos m rupos e nze ncaminhados ara
campo, ara ampo a ola rande, o rande
estádio, ara erem valiados or técnicos mpes- soais, écnicos rios, écnicos ue e utrem e jogos anhos, e ogos ogados ada ia , e o- gos ogados ada ogada, écnicos ndurecidos pelas oltas urtas a rande ola. essenta, e- tenta, itenta, oventa meninos ivididos m ru - pos e nze ncaminhados ara eneira, ivi-
didos m rupos e nze, mas ozinhos, muito o- zinhos, ada m ra i a isputa e m ugar
no ogo a ola, a rande ola, a ola os grandes raques, a ola os randes stádios. Sessenta, etenta, itenta, oventa eninos in - dos as ldeias o esconsolo m usca e m
lugar as oltas a rande ola. essenta, eten- ta, itenta, oventa eninos, le li, o eio, e le o meio e utros meninos eladeiros, ivi- didos m rupos e nze, em oderem scolher
suas osições, em ireito oa alavra, em e-
rem ncentivo e m orriso. essenta, etenta,
oitenta, oventa eninos irados os ampinhos da eira a ala, o lto as irambeiras as l- deias o esconsolo olocados o meio o ran- de stádio, o rande stádio azio, o pavo- rante rande stádio azio, nd e s meninos e- ladeiros das ldeias o desconsolo terão dez, quin-
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ze, inte minutos ra mostrarem udo ue a- bem a ola oda ola ue abem olar.
Sessenta, etenta, itenta, oventa eninos, meninos indos as ldeias o esconsolo, rans-
formados em pequenas feras para se engolirem nas
voltas a ola, a ola, a ola ue ola, ue enrola, que enleva que smaga, a ola da ida e da morte, que va i olar, olar, rolar, rolar ara
os essenta, etenta, itenta, oventa meninos m
dez, uinze, inte minutos e eneira.
Rola, ola, ola ola, ola, ola, ola ola e trás ela erozes meninos olam esesperados,
rolam uas speranças, olam, olam, olara o- do s flitos, esesperados trás a ola, m ada
canto o ampo trás a ola, odos olando e- sesperados uas speranças, em oderem os- trar o ue abem a ola ue ola, ue ola, ue rola, ola ola; iram s onteiros os e- lógios os écnicos mpessoais, écnicos rios, éc - nicos ndurecidos elas urtas oltas a ola, giram s onteiros os elógios, iram, iram rola ola, aram s onteiros os elógios, pára a ola, e vinte dois meninos álidos e s- panto, inte ois e ada ez , aram e olar
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seus orpos trás a ola aram e er spe- rança, aram e er sperança e oderem mos- trar ue abem a ola. aquela ola olada
tã o esesperadamente ontra s onteiros os e- lógos os écnicos mpessoais, écnicos rios, éc - nicos ndurecidos elas urtas oltas a ola, a
agoniante ola a id a a orte.
Sessenta, etenta, itenta, itenta ito e- ninos ispensados a ola o rande lube. es - senta, etenta, itenta, itenta ito meninos is- pensados, le , le ra m. penas m menino. Apenas m enino eladeiro indo a deia o desconsolo ara entar, ntre essenta, etenta,
oitenta, oventa eninos indos as ldeias a desolação, m ugar o ogo a ola, a rande
bola. a ola os randes raques, a ola os grandes stádios. le ra m. penas m is- pensado, ntre essenta, etenta, itenta, itenta e ito eninos, eninos guais le , guais a
magra ara e spanto, os spantados lhos a-
mintos o esencanto.
IN a aida o rande stádio, epelente butre
imaginador e epelências, om eu s lhos em
luz em rilho ncravados as marelecidas
7
macilentas arnes e ua ara nexpressiva, om
sua oca asgada nde unca flora m orriso,
espera o menino, espera o menino, spera pra ue ele ão eja m eladeiro a ldeia o escon- solo. spera. menino a ldeia o esconsolo será m oleiro, xistem lubes, lubes equenos, mas clubes, sempre clubes para pequenos boleiros.
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O UBORNO
Zero a zero, ero a zero, ero a ero, os trinta,
aos trinta inco, os quarenta, os uarenta a
fase inal, ero ero os uarenta inutos a
fase inal e m ogo ecisão e ítulo, ecisão de ítulo da egunda ivisão, a maldita egunda
divisão, ero ero, ero ero, ero ero os quarenta minutos, inco pra cabar, ola o- lando, olando, olando trás ela úsculos, nervos, angue e inte ois omens, e inte e ois omens esesperados, ogando ogo a vida u a orte, inte ois omens esespe- rados, ogando jogo a ida u da morte, inte e ois omens olando uas idas trás a ola, da ola iúda a egunda ivisão, a egunda divisão o utebol o bsurdo, inte ois bsur-
dos profissionais dançam uma estranha dança que milhares e lhos eguem tentamente ada
lance, ada ance, ada ance.
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Mas, ó vêem ue parece, ance. Os o- cos, s ontapés, s otoveladas, s scarradas,
as scarradas, s scarradas, ue e ão ns a cara os utros, s ocos s ontapés s cotoveladas, ue e ão ns os utros, inguém
vê , ou inge ão er. A ola, ola, ola miú- da os ristes oleiros a maldita egunda ivi- sã o ola, rola, ola, s inte oi s êm ue
fazê-la olar, olar, olar, les ão trás ela, com úria, ns o omeço a arreira esespera-
dos ra scaparem a maldita segunda divisão do maldito utebol o bsurdo, s utros eses- perados á om s ernas esadas, njetadas e estimulantes, utando agoniadamente pra nã o aca- barem, ão cabarem e ez a maldita egunda divisão o aldito utebol o bsurdo. E odos os inte ois, inte ois ogadores, ogando vida orte, olando eu s esesperos spe- ranças atrás a ola miúda, da miúda ola da e-
gunda ^isão, a ecisão o itulo a maldita e- gunda ivisão. Zero ero, ero ero, ero zero. Trinta, trinta e cinco, uarenta minutos. Quarenta inutos a ase inal, altando penas
cinco minutos ara ogo cabar. Apenas inco. E juiz pita, pita, pita. Um ogador fica aí- do a rea o dversário. O uz pita, pita,
apita ênalti. Zero ero os uarenta inutos
7 4
da ase inal o ogo ecisivo o ampeonato a segunda ivisão, a maldita egunda ivisão o futebol o bsurdo. uiz pita, pita, pita.
Pênalti.
Pênalti, ênalti, ênalti. iro ivre ireto e pequena istância, enalidade áxima. ênalti,
pênalti, ênalti. uiz pitou, pitou, pitou correu ra rea pontando marca o ênalti.
Pênalti ao s quarenta minutos da fase final de uma partida ecisiva. ênalti. ênalti. ênalti. s torcidas erram flitas, s ogadores orrem ra
cima do juiz, se empurram, se xingam, e xingam, se escarram as caras ns os utros, e ingam, se xingam, e ingam. ênalti. ênalti. ênalti.
Aos uarenta inutos a ase inal e m ogo de decisão do título, o titulo, o título da mald ta
segunda ivisão do futebol do absurdo. ele, le , o eterano m im e arreira, le ue ev e an-
tas lórias, le ue em muita xperiência, le
que em ue obrar ênalti. m ênalti, m
maldito ênalti, pitado po r m uiz que ele sabe, ele ue eterano, le ue eve antas lórias,
ele ue em uita xperência abe, abe em, sabe muito em ue uiz pitou quele maldito pênalti, pitou os quarenta minutos inais e m
jogo e ecisão e ítulo, pitou ênalti, ênalti,
faltando inco minutos ara im o ogo, or -
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que stava ago, ago ra nfluir o esultado.
Pago, uito em ago ra pitar ênalti, ó pago, muito em ago, uiz pitou, pitou, pi - tou ênalti. ênalti os uarenta inutos a fase inal e ma ecisão e ítulo. e ítulo a segunda ivisão, a maldita egunda ivisão o futebol o bsurdo, mas empre ma ecisão. ele, ogo le , eterano, raque ue eve an - tas lórias, raque
ue
oi
e
eleção, ue
o- gou a rande ola, ue ogou os randes stá- dios, le , mais xperiente o ime, ue a er
que hutar. ogo le ue a er ue hutar
pênalti os uarenta inutos inais e m ogo de ecisão e ítulo, inco minutos o inal o jogo decisão e título da segunda divisão, a mal- dita egunda ivisão o utebol o bsurdo, ê- nalti. le inha ue hutar. le , eterano,
craque ue eve antas lórias, le , ais x- periente o ime.
Logo le , ue ão onseguiu ormir a oite da éspera o ogo ecisão, ogo le , ue olou na ama omo m rincipiante ssustado, ogo ele, ue erdeu ome, ogo le , ue ensou m
se ingir e achucado ra ão ogar, ogo le , logo le , eterano, raque ue eve antas
glórias, mais xperiente o ime, ue a er que hutar ênalti, ênalti, maldito ênalti
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apitado os uarenta inutos inais e m ogo de ecisão e ítulo, pitado or m maldito uiz vendido, ujo omo m orco, m ebedor e suor, hupador e angue. le ue inha ue chutar o ênalti. maldito pênalti. le , le , in- guém lém ele oderia aquele im e ater que- le ênalti, le eterano, le raque ue eve tantas lórias, le mais xperente. le , ue
por er á
m eterano,
le , ustamente
le ,
ue por er mais xperiente, ecebeu inheiro, mui- to inheiro, inheiro ra ão marcar em quele
gol, em enhum utro ol aquele ogo, aquele maldito ogo a ecisão e ítulo a maldita e- gunda ivisão o maldito utebol o bsurdo.
Quando epelente butre maginador e e- pelências rocurou om inheiro, om i- nheiro, om aldito inheiro ara uborná-lo, ele eve dio, muito dio, m dio errível o e- pelente butre maginador e epelências. en- tiu ontade
e
sganar quele
aldito uborna- dor, entiu vontade de he arrancar a íngua, en -
tiu ontade e azer epelente butre magina- dor e repelências ngolir cada ma as malditas
notas o inheiro o aldito uborno. as , a- cilou, ensou, ensou, ensou, e evia scutar
repelente butre xpor epelência, egar i- nheiro e entregar ara eu lube. E nquanto le
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pensava, ensava, ensava, ontinha dio, on- tinha, epelente abutre alava, alava, alava,
mansamente, om o uem ã( uer anhar, a- cientemente, om o uem ão ue r erder.
— Seu nome, eu grande ome, eu etrato o jornal, ua ola, a ua rande ola, cabou, ocê acabou, cabou, cabou, odos ue rolam as ol- tas a ola, mesmo as oltas a rande ola, a grande ola os grandes craques, ocê cabou, acabou, acabou nessa triste bola miúda de se- gunda ivisão, ocê sou s ulticoloridas a- misas ermelhas, ermelhas, vermelhas, s zuis, as erdes, s ermelhas, s marelas, s erdes,
as retas, s rancas, s ermelhas, s erme- lhas, sou odas las, s multicoloridas amisas
dos randes lubes, mas nde estão las? Desco- raram esta ss a ola iúda a egunda ivi- são. Seu ome, eu rande ome, eu etrato o jornal, ua ola rande, udo, udo, tudo, edu- zido a essa
ola
miúda
a
egunda
ivisão. E
s pernas, suas ernas, s. suas ernas? Como stão
suas ernas? Comidas ela ola, om s ssos, os ervos, s músculos stilhaçados, ssim stão suas ernas. E ó esta ara ssas uas ernas
esgotadas ss a ola iúda a egunda ivisão. E té uando esta? Até uando? E ue ocê tem e eu? Está ico? Pode arar e orrer
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atrás a ola iúda? Eu e ou inheiro. Di- nheiro. Dinheiro. Dinheiro.
Zero a ero, ero a ero, ero a ero, ao s trin-
ta, rinta inco, uarenta minutos a ase inal
de m ogj e decisão de título, o maldito ítulo, do maldito ampeonato, a maldita egunda ivi- são, o maldito utebol o bsurdo, aos uarenta
minutos a ase inal, aldito uiz, m uiz sujo como um orco, um ebedor de suor, m chu-
pador e angue, m uiz ago elo epelente
abutre maginador e epelências, pita, pita,
apita m ênalti, ênalti, ênalti ue ele em ue cobrar, le , usto le , le o eterano, le ue eve tantas lórias, le ais xperiente, le , usto
ele, que pegou dinheiro pra nã o fazer nem quele,
nem enhum ol aquele ogo. aldito ênalti,
maldito uiz, maldito ogo. té li , inha ido á- cil, ácil e nganar écnico, iretores, ompa- nheiros, orcida. té s uarenta inutos inais
daquele ogo, le , le nganou, ão recisou e
muito pra nganar, a verdade ele enganava am - bém epelente butre maginador e epelên- cias. nganava a todos, a todos, a todos. Correr,
há muito empo ão corria, ançar erto há muito não ançava, nervar s meninos á muito le á fazia, eclamando e odos ra sconder eus erros, as ivididas á á uito ão a. E ra
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isso ue epelente butre maginador e epe- lências ueria ue le izesse, agava ra le fazer ra ue le á uito inha azendo. Mas ênalti, o pênalti, maldito ênalti, mal- dito ênalti pitado elo maldito uiz os uaren-
ta minutos a ase inal o ogo ecisivo o í- tulo, o maldito ampeonato a egunda ivisão, da maldita egunda ivisão, o aldito utebol do absurdo, pênalti, pênalti, o pênalti, ra le , ele veterano, le o craque e tantas lórias, le o ai s xperiente o ime, le ue inha ue chutar.
Zero ero, er o ero, ero ero. os quarenta minutos da fase final do jogo decisivo do campeonato a egunda ivisão o utebol o b- surdo, o juiz, maldito juiz, ujo como um orco, bebedor e uor, hupador e angue, oloca bola, ola, ola a marca o ênalti, a e- nalidade máxima, le , le eterano, raque
de
antas
lórias,
mais
xperiente
o
ime, e coloca ra hutar. le ue ecebeu inheiro, i-
nheiro, dinheiro pra ão marcar em quele, em
nenhum ol. le lh a ola, ola iúda a segunda ivisão, ola ue ara le á oi grande ola e raque, ola os randes stá- dios, ola os randes ontratos, ola a e- leção, gora stá li miúda, miudinha, olando
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» quadrada, uente, smo, le lha ola, bola, ola rave, rave, rave, meta,
a meta, mbaixo a rave oleiro, oleiro pálido e spanto, trás o oleiro lambrado,
a orcida álida e spanto, ntre orcida
repelente butre magnador e epelências om
seu norme ariz omprido, om eus lhos em
luz em rilho ncravados as mareladas macilentas
arnes
e
ua
ara
nexpressiva,
om sua oca asgada nd e unca flora m orriso. E le ê, ê, ê udo spera ora e hutar.
O ilêncio esce esadamente obre ampinho de segunda divisão, as aflições se sufocam na gar-
ganta. le ganhou dinheiro pra não marcar que- le ol . le , le , le... le ensa... ê evê
toda ua ida... oda ua ida... id a olada
atrás a ola... olada trás e ítulos... Ele...
ele... le... trás ele s dversários ingando, rogando raga, entando nervá-lo, s ompanhei-
ro s em uerer lhar, o eu ado uiz, ujo como m orco, a ua rente ola, oleiro, a trave, o alambrado, a torcida e o repelente abu- tre imaginador e epelências. ele ecide. ai marcar, ai marcar, ai marcar, caba arrei-
ra om m ítulo, m ítulo e egunda ivisão, mas m ítulo.
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Zero a zero, zero a zero, zero a zero, os ua - renta inutos inais, ênalti. uiz pita, le vai ara ola, ate ela om oda orça, echa
os lhos, uve erreiro, erreiro, erreiro
da orcida, aias, aias, aias, le bre s lhos. Os dversários se braçam, le errou. eu s om - panheiros horam, le rrou. hora écnico, choram s iretores, le rrou. as ão ueria
errar. ão ueria. le hora. hora. hora.
Chora. Zero ero, ero ero, ero ero, cabou
o ogo a ecisão o ítulo a maldita egunda divisão o maldito utebol o bsurdo. o rio,
escuro, olorento estiário, le , le eterano,
o craque ue á eve antas lórias, mais xpe- riente o ime, hora, inguém onsola, in- guém. as , repelente butre imaginador e e- pelências e proxima ala, ala, ala, ansa- mente omo uem ão em ada anhar, a- cientemente om o uem ão em ada erder.
— Você hora, hora, hora om o m rtista.
Te endo horar ssim té u, té u, hego pensar ue ocê rrou em uerer.
8 2
O IM
inta e ete, trinta e oito, trinta e ove ou qua- renta, em le mesmo abia mais ua idade, men- tiu anto, antos antos nos azendo rinta dois nos, ó rinta ois, unca mais e rinta
e ois, mesmo om rinta e ois, om mil e m
papéis rovando s rinta ois nos e dade, papéis alsificados, as ue areciam e erda- de , mesmo ssim, mesmo om rinta ois, oi cada ez mais ifícil rrumar m lube, ssinar
contrato, anhar alário miserável o fício e jogar ola, ola, ola ue olou or oda ua vida, e ele olou atrás da bola, olou pro alto, os grandes lubes, epois olou ra aixo, empre mais ra aixo, ada ez mais ra aixo, empre com rinta ois nos, empre om lusão e voltar, ão ra eleção, ão ras manchetes os jornais, não ró s raços as ulheres, não er
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ídolo, mas voltar, pra ivisão especial, alvez pelo menos ra rimeira ivisão, ão a egunda i- visão, o lube obre, o lube miserável, ue não reina, ue ão concentra, ue nã o ome, ue nã o aga, ão o cio, a olidão e ma raça miserável, obre, ão unca mais a olidão, a pobreza, unca mais a ola miúda, equena, o- gada or abeças e agre, em assado, em
presente, em uturo, em sperança, em etrato
no jornal, om emprego, mprego público, o ban- co, a oletoria, ola obre o omingo, miú- da, miserável, ma ola ue ola uadrada, ua - drada, ola uadrada, om o e osse ola e um sporte, ola e m sporte ualquer, ão a ola a id a a morte, ola ue ola ra
cima, ra aixo, ola ue dá ira, ola ue leva raque, ola ue ola raque, ola que nrola raque.
Trinta e sete, trinta oito, trinta e nove, ua - renta. inguém abe. rinta ois os apéis. Papéis rrumados as mãos orcas e m ntru-
jão, e m ntrujão ue ecide dade o olei- ro, rruma im e ro oleiro, rata reço o boleiro, ivide s uvas o oleiro om écnico do lube ue ontrata oleiro ura ela lma
do oleiro ue le só em rinta ois anos, rin- ta ois, empre rinta ois, unca ais o
que rinta ois. m, ois, rês, ito, ez no s com rinta ois, ras ernas, obres ernas,
rotas, estilhaçadas, estiradas, moídas, icadas pe - las njeções, manchadas elos mercúrios, mbru- tecidas elas nfiltrações e íquidos alcificantes
nos ssos smagados, ras obres ernas otas
tristes ão arecerem mais ristes om rinta sete, rinta ito, rinta ove, uarenta, o- leta, oleta, maldita oleta, empre artir
dos rinta ito nos, oleta, s arizes ão atrapalham, as pancadas não doem, s desilusões, a olidão, maldita olidão ão esa as obres pernas otas ristes, oração ulmão, estômago, ígado, s ntestinos, udo em rinta
e ois nos, rescem e ilatam om orça
de rinta ois nos. rinta ois nos, unca um mais, empre s rinta ois nos. mea- çado, riste, olitário, cioso, ias ias à spera
de mais m omingo esses ongos rinta ois
anos.
rinta
ois
no s
ue
omeçaram
uando a erna ão oi nde abeça mandou, uando a erna e estilhaçou, ozinha, em ancada, em
bola, se moeu ndando, e orceu e boba o iso duro do campo. Malditos rinta dois nos. al- dita ola ue ola, ue ev a raque, ue ngole o raque, ue ola ra im a ra aixo, ue tão mansa o eu olar ntes os malditos rinta
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e dois nos, uando abeça ensa ola ola
mais ligeira, a erna já ão stica oda, já ão alcança ola, é ão faga ola ue ola, rola, ola, ola ão olta ra uscar raque,
que empre ez ela ue uis, ue inda e- nino scapou om la a miséria, a estilência,
da ome, o nonimato e udo ue ma vida e condenação os ue ão os esados a o-
ciedade.
as
ola
ue
eu
lória,
s
aças, os etratos os ornais, s iagens maravilhosas
nos rens e uxo, ão volta ra uem hegou ao s trinta ois nos em erceber. ra uem e vê brigado stacionar os rinta ois nos. Parar os trinta e dois nos, mesmo ue o patrão
das oras o eu empo eja m maldito ntrujão
que nunca fo i amante carinhoso da bola e que vive das igeiras oltas ue ola, maldita ola, o- meça ar a dade m ue erna o raque
não ai nde abeça rdena.
Então a oleta, boleta, maldita boleta ue vem a mão o écnico, ue em esponsabiüda-
des, ue ediu ontratação, ue recisa aque- las elhas ernas moídas orrendo om rinta
dois anos, que jurou para os dirigentes ue s x- periências aquelas ernas e rinta ois nos seriam e valia que ainda erviam, mesmo moí- das, otas, rituradas, stilhaçadas, mbrutecidas
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e manchadas por trinta e ois nos. empre rin- ta e dois, enquanto o pulmão estufar com a boleta. Uma, uas, rês, il, uantas oração rio e brio e de esperança agüentar as boletas, ue vêm
na imonada, o afé, a gua, a ão o éc - nico. a egunda ivisão, inguém xamina craque, inguém e dmira o raque e rinta
e dois nos orrer como se fosse menino, em me-
nino orrendo
om o e ivesse
á
rinta
ois anos. ue onta uem hega rimeiro as
divididas, uem ecide odas, uem á em ó no s dversários, om o e le s ossem nimigos. Aos trinta e ois nos, á se sabe nde a pancada
dó i mais, nde ontapé ere mais undo, nde os músculos e stilhaçam, ntão, os rinta
dois nos, ó e ate o ugar erto e rreben-
tar, e arar, e ufocar, e ufocar ra quili- brar. odos atem, atem em ó, atem os meninos ra ue le s ogo iquem om s ernas
moídas, stilhaçadas, otas, mbrutecidas, ristes pernas e rinta ois anos. ristes ernas, mo- vidas nfiltrações alcificantes, oletas, mal- ditas oletas, ue ão ojo e ebida, áusea,
nojo, ndiferença or mulher, mas ue azem s
pernas otas, ristes, moídas, stilhaçadas sti- radas orrerem om o e ivessem s trinta e ois anos.
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Trinta ete, rinta ito, rinta ove, u quarenta, em le esmo abe mais ua dade, mentiu anto, antos antos no s azendo rinta
e ois nos, unca mais e rinta ois nos, mesmo om rinta ois nos, om mil m a- péis, alsificados, mas ue areciam e erdade,
provando seus trinta dois nos, oi difícil arran-
jar lube, gora ão ava mais ra ecuar, e-
cusar,
rotestar.
inha ue
azer
s
ernas
o- tas, stilhaçadas, icadas mbrutec:das elas
infiltrações alcificantes, manchadas elo mercú- rio-cromo, inha ue azer s ernas orrerem
como e ivessem rinta ois nos esmo. ele ais ma ez ceitou oleta ue orria
roda a ão o écnico. orria scancarada,
sem imonada, em afé, em gua. orria o- leta em erimônia. ra m lube e egunda divisão. aldita egunda ivisão. ra er im
só altava raque er ue omprar rópria
chuteira as oletas. le egou oleta. e- gou ma, utra mais utra. aquele omingo, as ernas el e stavam om rinta ois nos demais, om muitos rinta ois nos. le o- mou uma, uas, rês, uatro boletas. caminhou com s ernas esadas, oração pertado, ul- mões ecos, istas urvas. aminhou a enum- bra o únel ue evava o estiário o ampo.
caminhou ozinho, aminhou a enumbra a ua
própria ida. arou mbaixo a scada ra s- perar resto o ime, briu bem s lhos lá o alto da scada a rama o ampo, a luz, uz de um ol orte e alor e uarenta raus, s raios o ol ieram, ieram, ieram indo ontra
os lhos ele, omo e ossem rdidas gulhas
multicoloridas, oram erindo s lhos ele, alma dele,
pertando o
oração,
ugando o
r
os pulmões, pertando eito, aco, esando as
pernas omo e e epente las, otas, stilhaça-
da s icadas mbrutecidas elas nfiltrações
calcificantes, á ão uportassem ais queles
tantos rinta ois nos, uz inha ada ez em raios mais pontudos, multicoloridos, arder seus olhos, inha stridente om o pito o uiz chamando s imes ro ampo. pito res-
cia, ncomodava, oía os ímpanos, a alta e vontade, a ngústia e er ue ubir scada,
aquela maldita scada, scada o alabouço ra arena. apito, pitado, pitado, pitado, coa- va stridente a ua lma ota, stilhaçada, i- cada, riste, m m s ompanheiros igeiros e ndiferentes assavam or le , ubiam s e- graus o únel ro ampo de rês m rês, om
fúria e encedores audavam orcida, s o- jões, s ivas, s almas xplodiam martela-
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vam cabeça ele, sozinho, arado, ncostado a parede, uando rio, álido, roto de corpo e alma. A ão o écnico he fereceu utra oleta. el e oi . ão tinha om o ecusar. s ernas an - sadas ão odiam arar. e s ernas, otas, s- tilhaçadas, icadas mbrutecidas -por antas n- filtrações calcificantes parassem, ele ficaria na in- digência, ra preciso continuar tendo trinta e dois
anos. Trinta ois nos, om o testavam s a- péis, alsificados, mas ue areciam erdadeiros.
E le omou mais ma, mais ma, mais ma as
malditas oletas rreou meia, uxou ami- sa ra ora o alção, o pito ontinuava er
apitado, hamando s imes ara meio o am - po , le oi ubindo s egraus a maldita s- cada, s aios ulticoloridos o ol oram e embaralhando, s ores as amisas os imes onde le ogou baüavam m ua rente, omo mil
e ma
andejras
gitadas
or
uriosas
orcidas. Branco, erde, ermelho ranco, zul, zul
branco, ermelho, ermelho, ermelho, ermelho e azul, zu l e ermelho, marelo ermelho, ver-
melho, vermelho, vermelho e branco, branco,
branco, zul. ermelho, ermelho, ernielho, escada, le unca inha eparado ue quela s- cada inha antos egraus ue le inha ogado
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em antos imes, sado antas amisas, estido tantas amisas ermelhas, ermelhas, uminosas, ardidas como o som do apito, doidas omo vaia,
brancas e quentes, amarelas e quentes como o ca- lor o ol , speras omo rama, rias omo suor, randas omo s lhos echados, irando como ola, omo ola, omo ola, irando como stádio, omo stádio, omo s essoas e omo ola, om o ola. E e epente, le caiu. As pernas rotas, estilhaçadas, picadas e em - brutecidas po r tantas infiltrações calcificantes
nã o suportaram mais o peso do corpo que se arreou ra empre.
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ÍNDICE
Inútil Canto nútil ranto
Pelos njos Caídos...
...em sasco
.. .que erderam s undamentos 35
... as oltas a ola a oleta trilogia) A Peneira 51
O uborno 73
O Fim 83
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PLÍNIO MARCOS o poeta do submundo o Dramaturgo maldito ou simplesmente o repórter de um tempo mau aparece com um ovo stilo m NÚTIL ANTO INÚTIL RANTO ELOS NJOS CAÍDOS. as sempre com a mesma ra diante das njustiças sociais e a mesma fu- riosa ontade e ncomodar os cidadãos contribuintes.
SÃO PAULO
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