plano de metas (1956–1960) – juscelino kubitschek
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Plano de Metas (1956–1960) – Juscelino Kubitschek
Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba
Grupo 6:Ana Carolina D. C. Garcia RA-345539Diego P. Domingues RA-345504Eloá Sales Davanzo RA-345440Helena L. de Figueiredo RA-345571Hugo Ribas RA-345636Kaleandra Hirata RA-345857Natalia Nakashima RA-345490
Situação da economia brasileira em 1956:
▪ Estancamento do setor externo
▪ Novo ciclo expansivo do café
▪ Vultuosos desequilíbrios fiscais
Desenvolvimento X Estabilidade
• Por que o Brasil não aceitou o que se convencionou chamar de política do FMI?
• Problema complexo, não se pode ter uma resposta clara
• O caminho do desenvolvimento foi forjado devido uma série de fatores objetivos e subjetivos
• A economia dispunha de maior raio de manobra • Possibilidade de existirem desenvolvimento e
instabilidade
Plano de Metas
1º conjunto: inversões do governo no sistema de transporte e geração de energia
2º conjunto: inversões no setor de bens intermediários
3º conjunto: instalação de indústrias de produtoras de bens de capital
4º conjunto: construção da nova sede administrativa do país
Energia
▪ Principal objetivo : ampliação da capacidade geradora de energia elétrica
▪ Construção de novas hidrelétricas
▪ Ampliação da capacidade de refino e produção interna de petróleo
▪ Bases para a modificação estrutural na indústria carvoeira
Transporte
▪ Reequipamento ferroviário
▪ Ampliação e pavimentação das rodovias
▪ Melhoria dos portos e aumento da frota mercante
▪ Modernização da frota comercial
Indústrias Intermediárias
▪ Expansão de atividades já existentes no país: - Siderurgia; - Indústria de cimento;
▪ Instalação de novos segmentos para integração do parque industrial: - Metais não-ferrosos;
- Celulose;- Borracha;- Fertilizantes;
Indústrias Produtoras de Equipamentos
▪ Indústria automobilística
▪ Construção naval
▪ Implantação da indústria mecânica e de material elétrico pesado orientado na fabricação de máquinas e equipamentos cujo o uso é relativamente universal
Brasília
▪ Montagem de um sistema de interligação rodoviária
▪ Entre 2% a 3% do PIB, medidos a preços de 1961, foram mobilizados para a construção da sede da nova capital brasileira
Política econômica do Plano de Metas
A política de capital estrangeiro
Ampliação da participação direta do setor público
O estímulo às inversões privadas prioritárias
Tratamento do problema da estabilidade
A política de capital estrangeiro
• Capital estrangeiro possibilitou a continuidade do processo de substituição de importações via entradas líquidas de poupança do exterior e concessão de financiamentos pelo resto do mundo;
• Garantia de taxas cambiais favorecidas;
• BNDE assegurava acesso à créditos do exterior via co-responsabilidade;
• Política cumpriu sua função de sustentação das importações de equipamentos prática eficaz
Ampliação da participação direta do setor público
▪ Motivos que poderiam explicar a ampliação:- Necessidade de capital social básico;- Deficiência empresarial na abertura de certas faixas industriais;- Maior pressão por serviços públicos;- Gastos socias que acompanha a urbanização;
▪ Participação do governo na Formação Bruta de Capital Fixo cresce de 25,6% entre 1953/56 para 37,1% nos quatro anos do Plano de Metas
Aumenta a participação no Saldo de Empréstimos BB
O estímulo às inversões privadas prioritárias
Três grandes grupos: • Garantia de acesso e condições favoráveis ao
financiamento externo;• Créditos a longo prazo que cobriam parte do investimento
fixo prioritário;• Reserva de mercado interno para novos setores
industriais – Lei do Similar Nacional.
Resultado: essas características foram atraentes e provocaram ampla resposta empresarial ao plano de metas.
Tratamento do Problema da Estabilidade
• Políticas fiscal, monetária e cambial subordinadas ao desenvolvimento e consolidação industrial;
• Problema da estabilidade não era meta prioritária do Governo;
• Inflação como principal mecanismo do financiamento do Plano de Metas;
• M Financia Gastos Públicos Crédito ( viabiliza o investimento privado) Renda
Saldo do Período
• Crescimento elevado do PIB• Acentuado processo de substituição de importações de BK• Heterogeneidade: Setorial/Produtiva
Regional
Social
• Curto Prazo: Instabilidade dos preços Financia Plano de metas
• Ao final do período: Esgotamento das possibilidades de financiamento (via inflação ou
via aumento dos meios de pagamentos) Setor privado – possibilidade de autofinanciamento frágil• Qual seria outras possibilidades de financiamento?
O instrumento do Plano de Metas
• Mobilização de velhos instrumentos herdados das fases anteriores
BNDE (1952) Instrução 70 (1953): garantia de rentabilidade Instrução 113 (1955): atração de capital externo
• Novos instrumentos forjados face a problemas específicos Metas do setor público Metas do setor privado Sistema de coordenação do Plano de Metas
Novos Instrumentos
• Metas do Setor Público: fornecer condições para que o setor privado e o capital externo desenvolvam o país; criação de setores administrados (Energia, Rodovias, Petróleo);
• Metas do Setor Privado: redução dos custos nominais, BNDE fornece crédito para baixar custo visando expansão do setor privado; tarifas aduaneiras (proteção do mercado);
• Sistema de coordenação do Plano de Metas: políticas emergenciais; concentração de decisões no BNDE e SUMOC;
Situação no final do Plano
• O elevado ritmo de crescimento no período sustentou o desperdício de operação instrumental não integrada e suportou a existência de máquina administrativa não articulada;
• Estado fortemente inserido na economia;• Processo de Industrialização por Substituição de
Importações: aumento do caráter endógeno, internaliza setores e diversifica a produção;
• LIMITAÇÕES: Dependências das empresas a créditos bancários; Setor privado nacional dependente de um núcleo decisório
externo; Instabilidades no BP; Cópia dos padrões de consumo (EUA).
Perguntas
• O que permitia o Brasil ter um raio de manobra para adotar uma política de desenvolvimento industrial via instabilidade?
• Quais as implicações futuras das políticas adotadas para execução do plano de metas?
Referências bibliográficas
• LESSA, Carlos. Quinze anos de Política Econômica – Caderno do instituto de filosofia e ciências humanas. Unicamp
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