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M U N I C Í P I O S D I G I T A I S

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al Os municípios digitais entramno mapa do Brasil moderno

O Rio de Janeiro é o Estado que mais tem investido paralevar infra-estrutura de acesso à Internet para ospequenos municípios. Mas a experiência não é única. Emoutras regiões do país, como São Paulo e Minas Gerais,as primeiras cidades iluminadas começam a surgir.

O que há em comum entre Sud Menucci, emSão Paulo, Ouro Preto, em Minas Gerais, Piraí,

Rio das Flores e Mangaratiba, no Rio de Janeiro?Todas são cidades digitais ou conhecidas comoiluminadas, algumas das poucas no país onde oshabitantes têm acesso gratuito, veloz e ilimitado àInternet. Em comum há ainda a determinaçãopolítica de seus dirigentes de levar à população odireito à informação e promover odesenvolvimento econômico-social.O programa Piraí Digital tornou-se um modelo noEstado do Rio de Janeiro e já está sendo adotadoem outros municípios. Em 2004, foi implantadauma rede de banda larga wireless na cidade, umaparceria entre a Universidade Federal do Rio deJaneiro, a Universidade Fluminense, o município, ogoverno do Estado e governo federal.Simultaneamente, foram instalados 400computadores nos laboratórios de informática das25 escolas municipais da cidade, inauguradosquatro telecentros e oito quiosques digitais nosdistritos de Piraí, que tem 8 mil habitantes. Ocoordenador do programa, professor Franklin DiasCoelho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro,conta que o programa tem como objetivosoferecer condições à população de se desenvolvere revitalizar economicamente a cidade de Piraí.

Projeto premiado no exterior

A experiência bem sucedida e premiada de Piraílevou o governo do Rio a criar o programaMunicípio Digital, que tem como objetivoestabelecer um modelo de corredor sem fio,

através de padrões abertos baseados emtecnologia sem fio de banda larga (WiMax/WiFi),para fornecer conectividade a mercados que nãosão atendidos adequadamente por operadorasde telecomunicações. O Piraí Digital ganhou oprêmio de melhor iniciativa pública noplanejamento e desenvolvimento de uma regiãocom infra-estrutura tecnológica wireless, daorganização norte-americana W2i.O modelo Piraí Digital está sendo replicado paraoutras regiões do Estado do Rio de Janeiro: Riodas Flores, na Baixada Fluminense é um deles.“A intenção é levar o desenvolvimento para ascidades e oferecer condições de formarcomunidades inteligentes em todas as regiõesdo Estado”, afirma Franklin Coelho. Com o apoiodo Proderj (Centro de Tecnologia da Informaçãoe Comunicação do Rio de Janeiro), a cidade estásendo iluminada por um sistema híbrido desuporte wireless, composto por conexões porWi-Fi a uma velocidade mínima de 11 Mbps, econexões por cabo padrão Fast Ethernet,ligadas à Infovia RJ, através de links de 2 Mbps.Com 30 mil habitantes e uma área de 362quilômetros quadrados, Mangaratiba também jáé uma cidade digital. O programa foiconcretizado por meio de uma parceria entre aIntel, a Prefeitura do Rio e o governo do Estado.O projeto tem duas prioridades: levarinformações aos cidadãos da região nas áreasde educação, saúde, turismo e comércio e atrairo interesse de empresas de grande e médioportes para a cidade, sem custo com infra-estrutura de Internet.

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A meta do Proderj é replicar o modelo deMunicípio Digital para Valença, Vassouras, RioClaro, Barra do Piraí, Angra dos Reis e Parati. Aidéia de Tereza Porto, presidente do Proderj, éinstalar, nesses municípios, redes wireless Wi-fie Wimax. Para isso, espera contar umfinanciamento de R$ 3 milhões do governofederal, por meio do Funttel (Fundo para oDesenvolvimento das Telecomunicações) e como apoio do setor privado.

Parceria com a iniciativa privada

A cidade mineira de Ouro Preto também está nocaminho das cidades digitais. Escolhida paraintegrar o programa-piloto de Internet bandalarga utilizando tecnologia WiMax, promovidopela Intel, a previsão é de que a cidade estejatotalmente conectada à Internet no início de2006. A rede foi desenvolvida em parceria coma Prefeitura, o Ministério da Educação, aUniversidade Federal de Ouro Preto (UFOP), aRede Nacional de Pesquisa (RNP), a FundaçãoGocieux e a Telemar.Segundo o coordenador do programa CidadeDigital, Américo Bernardes, 100 computadoresvão equipar dez escolas de ensinos fundamental emédio de Ouro Preto. “60 computadores

funcionam em seis escolas municipais conectadasà Internet, três telecentros estão sendoconstruídos pelo Banco do Brasil para ofereceracesso gratuito e cursos básicos de Internet”,afirma Bernardes. Uma das metas do programa éincentivar o ensino a distância e promover apermanência da população jovem na cidade.

Administração sem interrupção

Outra experiência já implementada com sucessofoi em Sud Menucci, cidade iluminada pelaInternet por iniciativa e verba da Prefeitura. Seus7.500 habitantes podem se beneficiar de umaconexão web gratuita e rápida desde 2002.Hoje, a prefeitura mantém 54 computadores emduas escolas municipais e mais cinco micros nabiblioteca da cidade com acesso livre Internet.Segundo o chefe de divisão de informática daPrefeitura e responsável pela implantação doprojeto, Sérgio Soares, a cidade tem 247pontos de Internet residencial e há previsão dedobrar esse número até 2007. O projeto iniciadopelo ex-prefeito Nelson Gonçalves de Assis econtinuado pelo atual, Celso Torquato JunqueiraFranco, é um exemplo a ser seguido pelosdemais administradores que devem ter comometa o desenvolvimento da comunidade local.

O Ministério das Comunicações quer buscartecnologias alternativas ao satélite para fornecerconexão ao programa Gesac (GovernoEletrônico - Serviço de Atendimento aoCidadão). Em novembro, o Minicom e a Intelassinaram um acordo para implantação de umprojeto-piloto de uso da tecnologia WiMax nacidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A idéiaé testar o acesso à Internet sem fio comoalternativa à conexão via satélite. “O projeto deBelo Horizonte pode ser o núcleo de um projetoque vai atender o Brasil inteiro”, diz o ministroHélio Costa. Segundo ele, a tecnologia WiMaxdeve cobrir cerca de um terço da capitalmineira, atendendo a instituições públicas, como

WiMax, um atalhopara a modernização.

escolas, postos de saúde, associaçõescomunitárias e hospitais. “Estamos criando umaopção de modernização do Gesac”, acreditaCosta, que classifica como “no mínimoincorreta” a forma como tem sido utilizada atecnologia de satélite pelo programa de inclusãodigital. Atualmente, a Visom/Comsat fornececonexão via satélite aos 3,2 mil pontos doGesac, mas um estudo do Minicom mostra queé possível substituir mil pontos de satélite poroutras tecnologias, como o WiMax. A Intel, quetem investido na implantação de infra-estruturaWiMax nos municípios digitais, diz que o serviçode conexão baseado na tecnologia sem fio é umterço do custo dos serviços com satélite.

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