os desafios pedagogicos da eja

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Os desafios pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos.

Pálmula Fernandes MatosAssessora Pedagógica Editora FTD/SA.palmula,.matos@ftd.com.br

“Ler e escrever não são suficientes para perfilar a plenitude da cidadania”. Paulo Freire

Sujeitos da EJA

1. Diante do quadro diagnóstico, muitos desafios devem ser enfrentados.Formular políticas públicas de Estado.

Sujeitos da EJA

2. Concepção ampliada de educação de jovens e adultos. Entende educação como direito de aprender, de ampliar conhecimentos ao longo da vida e não apenas de se escolarizar.

Sujeitos da EJA

3. EJA como direito

Declaração Universal dos Direitos

Humanos de 1948

Constituição Federal de 1988

Sujeitos da EJA4. EJA Espaço de tensão e aprendizado

Formação de jovens e adultos como sujeitos da história

Negros, brancos, indígenas, pescadores, ribeirinhos, mulheres, idosos, trabalhadores empregados ou

desempregados, livres ou em privação de liberdade, pessoas com necessidades

educacionais especiais...

Sujeitos da EJA

• Quem são os sujeitos da EJA? • Como se expressam no mundo? • Onde estão no território brasileiro? • O que fazem?• Como produzem a existência? • Quais são seus desejos e expectativas?• Que projetos de vida manifestam?

Sujeitos da EJA

• Pensar sujeitos da EJA é trabalhar com e na

Diversidade

Sujeitos da EJA

7. A desigualdade tem sido a marca da diversidade em nosso país.

8. Desafio a ser superado pela sociedade brasileira.

9. Há exigência de políticas de Estado para superar a desigualdade.

Sujeitos da EJA10. Produção de uma política pública de

Estado para a EJA, centrada em sujeitos jovens e adultos com a expressão de toda a diversidade.

• 11. A EJA, como espaço de relações intergeracionais, de diálogo entre saberes, de compreensão e de reconhecimento da experiência e da sabedoria, tensionadas pelas culturas de jovens,adultos e idosos.

12. O reconhecimento de maciça presença de grupos etários integrantes da categoria histórica jovem, de juventudes nos processos educacionais, tem sido denominado de juvenilização da EJA, imprimindo também a necessidade de foco sobre esses sujeitos nas ofertas educativas.

Sujeitos da EJA• 13. A existência de idosos que não se escolarizaram, ou nem se alfabetizaram

ainda responde por grande parte do contingente não-alfabetizado.

• 14. A EJA também é constituída predominantemente por jovens e adultos residentes nas periferias urbanas.

Sujeitos da EJA

15. Encarar na EJA a diversidade exige reeducar as relações étnico raciais tal como prevê a atual legislação.

16. São conhecidas as discriminações que sofrem indígenas e negros, em virtude de seu pertencimento étnico-racial.

Sujeitos da EJA

17. As relações de gênero no país têm sofrido mudanças consideráveis nas últimas décadas e as mulheres avançaram em direitos nos muitos aspectos da vida cotidiana – trabalho, educação, saúde, moradia, segurança, mas com muitas questões a enfrentar – desigualdade salarial

Sujeitos da EJA

18. As lutas pelo direito à educação se articulam às lutas pela terra e pela preservação da cultura camponesa, afirmadas nas conferências nacionais e nas diretrizes da educação do campo. Não mais a educação no campo, mas a educação do campo, vista como espaço de vida, culturas, saberes e identidades.

Sujeitos da EJA

19. No que concerne aos direitos das pessoas com necessidades educativas especiais, à defesa da educação inclusiva e ao direito à Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Sujeitos da EJA20. Contemporaneamente, as organizações de

povos indígenas têm ocupado lugar no cenário brasileiro, especialmente no que diz respeito à educação de sua gente e à formação de seus educadores. Buscam garantir o direito a manter e disseminar a herança educativo-cultural que os forma como grupo humano diverso.

Sujeitos da EJA21. Educação em áreas de

remanescentes de quilombos que busque preservar e valorizar marcas de suas culturas.

22. Durante o tempo de privação da liberdade, a educação pode ser alternativa real de vida, consolidando um dos muitos direitos não garantidos à maioria dos sujeitos presos.

Intersetorialidade da EJA

42. Reconhecer a intersetorialidade da EJA

dialogar com o campo do trabalho, da saúde, do meio ambiente, das culturas da comunicação, entre outros aspectos.

Intersetorialidade da EJA

43. EJA e mundo do trabalho

• Iniciativas como organização de associações e cooperativas de produção e venda, revitalização da agricultura familiar e descoberta de novos campos produtivos que respeitem a vocação local e condições ambientais são desafios para jovens e adultos trabalhadores.

Intersetorialidade da EJA

44. EJA e saúde

• A relação EJA/saúde também aponta a necessidade de desconstrução de uma lógica que se materializou nas últimas décadas por meio do binômio saúde/doença, que reduziu a saúde ao “combate a doenças”.

Intersetorialidade da EJA

45. EJA e ambiente

• O sentido de preservação humana relacionado à consciência de respeito aos limites e às possibilidades impostos pelas condições físicas e biológicas do planeta constituem a ética do tempo presente.

Intersetorialidade da EJA

46. EJA e cultura

• O desafio nesse campo é dar visibilidade ao já produzido e ao que se continua a produzir como representação ou visão da realidade, por meio da música, da expressão corporal, da dramaturgia, da produção textual, da produção artesanal, da ciberarte,entre outras.

Intersetorialidade da EJA

47. EJA e articulação entre entes governamentais

• Governo federal, governos estaduais e governos municipais

Intersetorialidade da EJA

48. Articulação com a sociedade

• Fóruns de EJA e demais movimentos ligados à luta pela terra, à luta sindical, aos direitos de mulheres, de afrodescendentes, de indígenas...

Intersetorialidade da EJA

49. Articulação intergovernamental

• Necessária articulação entre as ações governamentais.

“O cuidado somente surge quando a existência de alguém tem importância para mim. Passo então a dedicar-

me a ele. Disponho-me a participar de seu destino, de suas buscas,

de seu sofrimento e de seus sucessos, enfim de sua vida. Cuidado significa desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção,

bom trato. Como dizíamos, estamos diante de uma atitude fundamental, de um modo de ser mediante o qual a pessoa sai de si e centra-se no outro com desvelo e solicitude.” (BOFF, l. 1999, p.91)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de Nível

Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA. Documento Base. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/setec>. Acesso 07.04.2006.

• BRASIL. Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006. Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, e dá outras providências. Brasília, DF: 13 de julho de 2006.

• FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e sociedade. 6.ed. São Paulo: Moraes, 1986.• FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. A gênese do Decreto n. 5.154/2004: um

debate no contexto controverso da democracia restrita. In: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise (orgs.). Ensino médio integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.

• FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. A política de educação profissional no Governo Lula: um percurso histórico controvertido. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 92, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302005000300017&lng=pt&nrm=iso> . Acesso em: 27.09.2006.

• HADDAD, Sérgio. A educação de pessoas jovens e adultas e a nova LDB. In: BRZEZINSKI, Iria. (Org.) LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

• GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1996. • KUENZER, Acácia. Ensino médio e profissional: as políticas do Estado neoliberal. São Paulo: Cortez,

1997.• MOURA, Dante Henrique. Algumas considerações críticas ao programa de integração da Educação

Profissional ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. In: II Colóquio Internacional de Políticas e Práticas Curriculares: impasses, tendências e perspectivas. Anais... João Pessoa: UFPB, 2005.

• MOURA, Dante Henrique. O PROEJA e a Rede Federal de Educação Tecnológica. In: EJA: formação técnica integrada ao Ensino Médio. Boletim 16. Setembro de 2006. Disponível em: <http://www.tvebrasil.com.br/salto/>. Acesso em: 24.09.2006.

• SANTOS, Simone Valdete dos. O PROEJA e o desafio das heterogeneidades. In: EJA: formação técnica integrada ao Ensino Médio. Boletim 16. Setembro de 2006. Disponível em: <http://www.tvebrasil.com.br/salto/>. Acesso em: 24.09.2006.

Pálmula Fernandes MatosAssessora Pedagógica

palmula.matos@ftd.com.br(62)9135-8941/3605-5228

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