oficina de gamificação

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Design

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Oficina de gamificação

Frederick van Amstel @usabilidoidoEscola de Arquitetura e Design

Agência PUC | PUCPRwww.usabilidoido.com.br

Problemas do trabalho capitalista

•Alienação do processo e dos resultados do trabalho

• Ênfase na competição em detrimento da colaboração

• Valorização da troca ao invés do uso da produção

•Dinheiro não é suficiente para motivar

Alienação do processo e dos resultados do trabalho

Problemas do trabalho socialista

•Trabalhadores fazem apenas o suficiente para cumprir as metas

• Não há interesse em inovar

• Baixa mobilidade no trabalho

• Burocracia enlouquecedora

• Ênfase na colaboração em detrimento à competição

Burocracia enlouquecedora

Primórdios da gamificação

•“Competição socialista” entre estatais e trabalhadores na União Soviética

•Produtividade convertida em pontos

•Os melhores recebiam medalhas e prêmios tais como pacotes turísticos

Jogos de atividade organizacional

•Jogados nos últimos anos da União Soviética

•Duravam vários dias, como uma espécie de workshop

•As pessoas redesenhavam os processos de trabalho

•Os trabalhadores pediam para mudar de cargo e de posição

Jogos projetuais

•Surgiram nos EUA e Escandinávia entre os anos 1970 e 1980

•Objetivo de redesenhar ambientes e processos de trabalho com a participação dos trabalhadores

•Ferramenta de design participativo

Gamestorming

•Brainstorming com jogos

•Jogos para criar, analisar e sintetizar ideias

•Surgiu no Vale do Silício entre os anos 1980 e 1990 como um estímulo à criatividade e colaboração no ambiente de trabalho

Jogos sérios

•Jogos sem o propósito de entretenimento

•Diversão é um meio para aprender, mas não é o fim

•Simulação de situações reais em modelos simplificados

•Bons para entender sistemas complexos

Jogo de tabuleiro O Hospital Expansivo

Gamificação (ou ludificação)

•Aplicar mecânicas e visual de jogos em aplicativos de trabalho ou estudo

•Recompensas por pontuação, medalhas e títulos

•Motivar as pessoas a fazerem coisas que elas sentem dificuldade de fazer

Sight: a gamificação levada ao extremo

A desgamificação do Foursquare em 2014 chama a atenção para o problema do fim em si mesmo

A gamificação não motiva as pessoas a fazerem algo que

elas não querem fazer.

Jogos, brincadeiras e brinquedos

•Brincadeiras têm motivos intrínsecos

• Jogos têm motivos extrínsecos

• Jogar é uma atividade diferente da brincadeira pois as regras são pré-definidas e embutidas em objetos

Comparação entre jogos e brincadeiras

Língua estrangeira desconhecida Jogo de tabuleiro Ugg-tect

Motivos para jogar

•Divertir, entreter ou distrair

• Socializar com os amigos

•Desenvolver uma habilidade

• Aprender algo

Nos Estados Unidos, a quantidade total de horas que as crianças passam jogando videogame já supera a escola

Brincar versus jogar

•Mãe: “Quero que meu filho pratique esportes mas tenho medo que aconteço algo com ele na rua”

• Filho: “Quero me relacionar com outros jovens mas tenho medo de que não me aceitem no grupo”

•Designer: “Quero projetar jogos interessantes mas não quero que os jogadores fiquem viciados”

Conflito de motivos

•As pessoas bem como as organizações enfrentam conflitos de motivos

• A maior vantagem dos jogos é materializar estes conflitos e permitir ensaios de resolução

•O jogo serve para se auto-motivar ou motivar o grupo a fazer algo a respeito do conflito

Quando eu era criança brincava de que não podia pisar nos raio lasers disparados pelos cantos das calçadas

Conflitos de motivos entre os jogadores no jogo O Hospital Expansivo (2015)

Minha metodologia de jogos para mudança organizacional

Estudo de caso: jogos no Hospital de Clínicas do Paraná

Jogando O Hospital Expansivo no Hospital de Clínicas do Paraná com equipes envolvidas com cirurgias

Formação de cartel na segunda sessão com o jogo numa época em que se falava muito de corrupção no noticiário

Conflitos de motivos identificados

•O planejamento de curto prazo é independente do planejamento de longo prazo

• A perspectiva da chefia sobre planejamento é diferente da perspectiva dos funcionários sobre o planejamento

•O sistema de colaboração que se deseja nutrir é sabotado pelo sistema de pressão e de cobrança

Identificação de envolvidos

•Brainstorming de envolvidos nos conflitos

•Votação ponderada para os perfis mais envolvidos (3 bolinhas vermelhas para cada participante)

Mapa da empatia

•Objetivo: desenvolver empatia pelos perfis envolvidos no conflito

•Caso a empatia não fosse desenvolvida, a gente repetia o mapa convidando uma pessoa com o perfil para participar

A Lula

•Perguntas (amarelo) e respostas (laranja) sobre um assunto, no caso, planejamento

•Possíveis ações a respeito (rosa)

•Ação mais votada: definir critérios para priorizar o que atender

Radar de prioridades

•Classificar as especialidades cirúrgicas (fios coloridos) de acordo com critérios (post-its laranjas) numa escala de 1 a 10 (percevejos)

Comparando os critérios de priorização de diferentes grupos

Levantamento de dados e escolha de indicadores-chave

Planejamento de cenários baseados no cruzamento de dois indicadores: taxa de cancelamento e fila de pacientes

Resultados alcançados

•Melhora nas relações entre equipes

•Diminuição de conflitos eventuais pela compreensão das dificuldades alheias

• Levantamento de dados previamente indisponíveis

• Definição de indicadores de performance

•Maior motivação para aperfeiçoamento das rotinas de trabalho

Jogos vislumbraram uma nova maneira de planejar

Necessidade de planejar versus

emergências

Deflagração do conflito

Utilização de jogos para repensar o planejamento como algo dinâmico

Muitas pessoas acreditam que não adianta

planejar pois a direção fará

diferente

Persistência e conquista do apoio da direção

Exercício: superando a crise política brasileira com jogos de empatia

Identificação de envolvidos

•Brainstorming de envolvidos na crise política

•Votação ponderada para os perfis mais envolvidos (3 bolinhas vermelhas para cada participante)

Mapa da empatia

Radar de prioridades

•Classificar as prioridades do novo governo de acordo com os critérios numa escala de 1 a 5 (percevejos)

•Prioridades: saúde, educação, programas sociais, segurança, cultura

•Critérios: custo, retorno, risco, urgência

Obrigado!Frederick van Amstel @usabilidoido

www.usabilidoido.com.br

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