o planeamento familiar 20080216 v2

Post on 09-Dec-2014

5.970 Views

Category:

Spiritual

1 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

1

Curso de Preparação para o Matrimónio

O Planeamento Familiar

Paróquia de Santa Maria de Belém

2

1. O que é o Planeamento Familiar?

Decisão LIVRE. Programação. Tarefa a DOIS. Ao longo da vida do casal. Sobre o número de filhos a ter. Sobre a altura de os ter.

3

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

Planos da Piedade e Lourenço

1. Acabar o Curso.

2. Estabilizar a vida profissional

3. Ter entre 3 e 4 filhos com idades relativamente próximas

A Maria nasceu no 4ª ano do curso.

Planeámos um segundo filho que morreu às 15 semanas de gestação.

Planeámos outro filho.

4

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

Planos da Piedade e Lourenço

1. Acabar o Curso.

2. Estabilizar a vida profissional

3. Ter entre 3 e 4 filhos com idades relativamente próximas

Planeámos outro filho.

5

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

Planos da Piedade e Lourenço

1. Acabar o Curso.

2. Estabilizar a vida profissional

3. Ter entre 3 e 4 filhos com idades relativamente próximas

A Maria nasceu no 4ª ano do curso.

NÃO PLANEADA

Planeamos um segundo filho que morreu às 15 semanas de gestação.

PLANO FALHADO

Planeamos outro filho.

Tivemos os Gémeos

QUAL O PLANEADO?

Foi este o Plano de Deus para a nossa família

6

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

ACOLHIDOS

ACOLHIDOS

Desejados ?

Desejados ?

Plane

ados

?

Plane

ados

?Foi este o Plano de Deus para a nossa família

7

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

João: cabelo louro e olhos esverdeados

8

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

João: cabelo louro e olhos esverdeados

Helena: loira e com olhos azuis

9

2. Os nossos planos e o Plano de Deus.

Nasceu a Leonor: Loira, um olho de cada cor e…

Mongloide (trissomia21)

João: cabelo louro e olhos esverdeados

Helena: loira e com olhos azuis

Planos da Helena e do Zé Filipe

1. Esperavam ter mais um filho, rapaz ou rapariga, possivelmente loira/o e com os olhos, esverdados ou azuis.

10

3. Os Filhos não são um Direito ou uma Propriedade dos Pais

Adoptar ou acolher um filho, é oferecer uns pais a uma criança. Não é oferecer uma criança a uns pais.

Ser Pai ou Mãe, é aceitar um dever e não reivindicar um direito.

É colocar a nossa família à disposição de Deus. Não é exigir-lhe que nos dê um filho.

11

4. Planeamento Familiar. Critérios.

Quem decide é o casal. Não é o médico, os amigos ou a família.

Generosidade e Dádiva.

Ponderação e realismo.

12

4. Planeamento Familiar. Critérios.

A nossa situação financeira é ainda frágil.

Ainda não temos tudo o que precisamos.

Não é bom para as nossas carreiras profissionais.

Mitos, ou realidades a levar em conta?

13

5. Como chegámos aqui?

AdultosAuto-

suficientes?

14

5. Como chegámos aqui?

Infância e adolescênciaDependência

para viver

AdultosAuto-

suficientes?

Maria: 21 anos. Ainda precisa do nosso apoio até se tornar “quase” completamente independente

15

5. Como chegámos aqui?

BébésDependência

para sobreviver

Bébés: dependentes para sobreviver.

AdultosAuto-

suficientes?

Infância e adolescênciaDependência

para viver

Actividade principal: chuchar no dedo e dormir.

16

5. Como chegámos aqui?

Parto

Vida antes do Parto

Dormir e chuchar no dedo. Antes e depois do parto…

BébésDependência

para sobreviver

AdultosAuto-

suficientes?

Infância e adolescênciaDependência

para viver

17

5. Como chegámos aqui?

Parto

Vida antes do Parto

Bébé com 21 semanas agarra na mão do médico que está a operá-lo.

Até dentro da mãe a vida exige alguns esforços inesperados!

BébésDependência

para sobreviver

AdultosAuto-

suficientes?

Infância e adolescênciaDependência

para viver

18

5. Como chegámos aqui?

Parto

Vida antes do Parto

Desde quase nada, até agora. Sempre a mesma vida.

BébésDependência

para sobreviver

AdultosAuto-

suficientes?

Infância e adolescênciaDependência

para viver

19

5. Como chegámos aqui?

Fecundação Nidaç

ão

Relação sexual

No período fértil

20

5. Como chegámos aqui?

PartoNidação

Desenvolvimento intra uterino

BébésDependência

para sobreviver

AdultosAuto-

suficientes?

Infância e adolescênciaDependência

para viver

21

5. Como chegámos aqui?

Ninguém me matou.Fui ajudado quando foi necessário

Sobrevivemos sozinhos, mas somos ainda muito dependentes dos pais.

Dependemos dos pais para tudo. Se não tratarem bem de nós, morremos

PartoNidaçãoFecundação

Se o corpo da mãe nos rejeitar, morremos.

Pai

Mãe

EU: toda a minha vida

Infância e adolescênciaDependência para crescer

AdultoVida antes do Parto

BébésDependência

para sobreviver

22

6. Sistema Reprodutor.

Regulação dos Nascimentos

• Há vários métodos de regulação dos nascimentos.

• Para podermos optar, temos que os conhecer.

• Como funcionam.

• Qual a sua eficácia.

• Quais as implicações éticas e morais

• E como todos estão relacionados com o sistema reprodutor humano, temos que começar por aí

23

6. Sistema Reprodutor

Masculino

Os testículos produzem espermatozóides

Nas vesículas seminais e na próstata é segregado um líquido, o sémen, que transporta espermatozóides dos testículos até à uretra

1 – bexiga; 2 – vesícula seminal; 3 – próstata;

4 – uretra; 5 – canal deferente; 6 – epidídimo;

7 – testículo; 8 – pénis; 9 – intestino grosso

24

6. Sistema Reprodutor

Masculino

Durante a ejaculação 400 a 500 milhões de espermatozóides são expelidos através da uretra

Cada espermatozóide é constituído por uma cabeça e uma cauda e tem movimentos próprios (mas é apenas mais uma célula do Pai e não um novo ser)

Em meio desfavorável não resiste para além de umas horas; em meio favorável pode manter-se entre 3 a 5 dias

O homem está continuamente a produzir espermatozóides, por isso, está sempre fértil

25

6. Sistema Reprodutor

Feminino

Os ovários contêm desde a sua formação milhares de óvulos armazenados

Só na puberdade, por acção de uma hormona, começam a amadurecer e a serem libertados, geralmente, um por mês alternadamente de cada ovário (ciclicamente)

OvárioCorpo amareloOvulação

Óvulo maduro

Óvulos

26

6. Sistema Reprodutor

Feminino

1 – vagina

2 – parede do útero

3 – colo do útero

4 – endómetrio

Os ovários estão colocados um de cada lado do útero muito próximo das franjas das trompas

A ligação dos ovários ao útero faz-se pelas franjas das trompas

O útero está em comunicação com o exterior através da vagina

5 – glândulas cervicais

6 – trompa

7 – franjas

8 – ovário

27

6. Sistema Reprodutor

Feminino

O útero é revestido interiormente por uma mucosa (endométrio).

As glândulas cervicais que existem no colo do útero são responsáveis pelo muco que é uma secreção que altera as suas características ciclicamente

Esta é eliminada, todos os meses, para o exterior pela vagina através de uma hemorragia - menstruação - e depois volta a renovar-se.

1 – vagina

2 – parede do útero

3 – colo do útero

4 – endómetrio

5 – glândulas cervicais

6 – trompa

7 – franjas

8 – ovário

28

6. Sistema Reprodutor

O Ciclo Menstrual

No ciclo de fertilidade da mulher, podemos distinguir 3 fases:

ANTES, DURANTE e DEPOIS da ovulação

29

6. Sistema Reprodutor

Período Pré-ovulatório Por acção de uma hormona produzida no cérebro, um óvulo amadurece

dentro de um folículo

O folículo produz uma outra hormona que vai preparar os outros orgãos para uma gravidez:

Mucosa: começa a espessar e a ficar rica em sangue

Colo do útero: começa a amolecer e a abrir para permitir a passagem dos espermatozóides

Glândulas cervicais do colo: começam a segregar o muco, que nesta fase é espesso e esbranquiçado ou amarelado opaco

30

6. Sistema Reprodutor

Ovulação Quando o folículo atinge a maturação segrega ao máximo a sua

hormona

Mucosa: está grossa e rica em nutrientes

Colo do útero: aberto

Nesta altura, outra hormona segregada pelo cérebro, faz rebentar o folículo e acontecer a OVULAÇÃO

Muco: aspecto semelhante ao da clara de ovo (transparente e elástico) – facilita a passagem dos espermatozóides (meio óptimo à sua sobrevivência)

31

6. Sistema Reprodutor

Ovulação

O óvulo libertado é aspirado pelas franjas da trompa e conduzido para o seu interior

O óvulo vive em média 6 a 12 horas (no máximo 24h) e a fecundação só é possível neste espaço de tempo

32

6. Sistema Reprodutor

Período Pós-Ovulatório

Mucosa: continua a desenvolver-se e a encher-se de vasos

Colo do útero: fica rijo, fecha a entrada do útero e suspende a secreção do muco

A temperatura do corpo aumenta uns décimos de grau

No ovário forma-se uma cicatriz - corpo amarelo - resultante da rotura do folículo que produz uma outra hormona que prepara o corpo da mulher para a gestação

Muco: torna-se espesso, funcionando como uma rolha a tapar a entrada do útero

33

6. Sistema Reprodutor

Período Pós-Ovulatório

Dois casos

Sem espermatozóides

Com espermatozóides

Não se dá a fecundação

Pode ser que haja fecundação

34

6. Sistema Reprodutor Período Pós-Ovulatório

(Se houver fecundação)

O núcleo do óvulo e o do espermatozóide fundem-se e dão origem a uma nova célula - diferente das do pai e das da mãe - um novo ser, uma NOVA VIDA. Esta nova célula, chama-se ovo, e é já o bébé - aqui começa a vida!

O ovo/bébé começa a dividir-se e, por acção dos movimentos da trompa, vai sendo empurrado até que ao fim de 7 a 8 dias chega ao útero

35

6. Sistema Reprodutor Período Pós-Ovulatório

(Se houver fecundação)

Durante os primeiros dias de vida, o bébé é alimentado pelas reservas do próprio ovo

Gravidez

Nidação

Placenta

Ao chegar ao útero o bébé já não tem alimento e penetra na mucosa que está preparada para lhe fornecer os primeiros alimentos - Nidação - até que ele lance as suas “raízes”, dando-se início à formação da placenta

36

6. Sistema Reprodutor Período Pós-Ovulatório (Se não houver fecundação)

Passados cerca de 14 dias da ovulação deixa de ser produzida a hormona do folículo:

A mucosa do útero descama provocando a hemorragia conhecida como menstruação

Nesse dia recomeça o ciclo

A temperatura do corpo baixa

37

Artificiais Naturais

Dois Tipos

Produtos e/ou mecanismos, manipuladores dos fenómenos naturais do corpo do homem e da mulher

Evitar engravidar

Processos em que o casal usa os dados que a mulher obtém através da observação de sinais que o seu corpo lhe dá sobre a sua fertilidade, para regular o nascimento dos seus filhos, conforme o seu projecto de vida

Eficazes tanto para engravidar como para evitar engravidar

7. Métodos de Regulação dos

Nascimentos.

38

7. Métodos Artificiais.Hormonais

Pílula, Injectáveis, Implante, Adesivos

Mecanismo de acção:

- Impedem a progressão dos espermatozóides.

- Impedem a ovulação.

- Impedem a nidação.

Espessamento do muco cervical actua como barreira

39

7. Métodos Artificiais.Hormonais

Pílula, Injectáveis, Implante, Adesivos

Mecanismo de acção:

- Impedem a progressão dos espermatozóides.

- Impedem a ovulação.

- Impedem a nidação.

Não se dá a ovulação. O óvulo não é libertado

40

7. Métodos Artificiais.Hormonais

Pílula, Injectáveis, Implante, Adesivos

Mecanismo de acção:

- Impedem a progressão dos espermatozóides.

- Impedem a ovulação.

- Impedem a nidação.

Alterações nas paredes do útero (endométrio) impedem a nidação

41

7. Métodos Artificiais.De Intervenção

DIU / Aparelho

Mecanismo de acção: Efeito de “corpo estranho” no útero, provocando alterações no endométrio que rejeita o embrião, impedindo-o de se nidar.

Nalguns DIUs, acção espermicida e hormonal, insuficiente para evitar a fecundação.

Colocação: colocado pelo médico no interior do útero.

42

7. Métodos Artificiais.Cirúrgicos

Esterilização (F)

Mecanismo de acção: Impossibilita a fecundação, impedindo o encontro entre o óvulo e o espermatozóide.

Intervenção: Laqueação das trompas através de cirurgia. Corte ou bloqueio das trompas.

Necessidade de hospitalização e anestesia geral.

43

7. Métodos Artificiais.Cirúrgicos

Esterilização (M)

Mecanismo de acção: Impossibilita a fecundação, impedindo o transporte dos espermatozóides para o exterior.

Intervenção: Laqueação dos “canais deferentes” através de cirurgia.

Não é necessária hospitalização e basta anestesia local.

44

7. Métodos Artificiais.De Barreira

Preservativo Masculino

Mecanismo de acção: Impede a passagem dos espermatozóides para dentro do útero evitando a fecundação.

Colocação: antes de qualquer contacto dos órgãos sexuais quando o pénis está em erecção.

45

7. Métodos Artificiais.De BarreiraDiafragma

Mecanismo de acção: Impede a passagem dos espermatozóides para dentro do útero evitando a fecundação.

Colocação: - Antes de qualquer contacto dos órgãos genitais.- Tamanho e forma de colocação por indicação médica.- Retirado 6 a 8 horas após a relação, sem lavar nesse período.

Vagina

Colo do Útero

46

7. Métodos Artificiais.Químicos

Espermicidas

Mecanismo de acção: Destroem ou imobilizam os espermatozóides impedindo-os de ascender dentro do útero, evitando a fecundação.

Utilização: - Colocação através da vagina, em posição deitada, ficando a tapar a entrada do colo do útero.

- Colocação até 30 minutos antes da relação sexual no caso dos cremes e 10 minutos no caso dos cones ou tabletes.

- A mulher só se pode lavar 8 horas durante a relação e deve permanecer deitada durante esse período.

47

7. Métodos Naturais

Acções:

- Abstinência sexual nos períodos de fertilidade da mulher para não engravidar.

- Relacionamento sexual nos períodos férteis da mulher para engravidar.

Princípios:

- Conhecimento e respeito pelos ciclos naturais da fertilidade feminina.

- Servem tanto para evitar como para conseguir a gravidez.

48

7. Métodos Naturais

Método da Ovulação - Billings

Funcionamento:

- Reconhecimento do período fértil pelas alterações observadas nas características do “muco”.

- Pouco antes da ovulação o muco é abundante, elástico, transparente e viscoso (muco filante).

Período Infértil

Muco GrossoPeríodo Fértil

Muco Filante

49

7. Métodos Naturais

Método da Ovulação - BillingsFuncionamento:- Observação Diária.- Registo.- Regras a cumprir.

50

7. Métodos Naturais

Método da Temperatura

Três temperaturas altas, seguidas e estáveis, acima das anteriores: deu-se a ovulação - período de infertilidade que dura até à próxima menstruação.

A seguir à ovulação a temperatura basal sobe e permanece a um nível 2 a 4 décimos de grau mais alto durante 12 a 16 dias.

Registando diariamente a temperatura basal num gráfico, nota-se uma subida na linha de temperaturas representadas. A subida da temperatura é um sinal de que a ovulação ocorreu.

51

7. Métodos Naturais

Método Sinto - TérmicoFuncionamento:Reconhecimento do início e fim do período fértil através de:- Medição da Temperatura Basal- Observação do Muco (Método Billings).- Outros sinais de fertilidade (colo do útero e outros).

Período InfértilPeríodo Infértil

52

Condicionantes Exigência de observação diária. Registos precisos. Condicionamento das relações sexuais

para evitar uma gravidez.

Eficácia Muito boa, se o casal estiver motivado e

conhecer bem o método.

7. Métodos Naturais

Aspectos Positivos Serve para evitar ou para conseguir uma

gravidez. Respeita o bio-rítmo da mulher. Permite assumir e gerir a sua fertilidade. Estimula a comunicação e desenvolve a

sua auto-estima. Pode ser usado por qualquer mulher em

todas as fases da sua vida reprodutora. Não tem contra-indicações nem efeitos

secundários. Pode conseguir-se reduzir o tempo

em que o casal tem que evitar as relaçoes sexuais.

53

7. Métodos de Regulação dos Nascimentos.

Critérios• Defesa da Vida.

• Efeitos secundários ou indesejados.

• Impacto no casamento.

• Eficácia objectiva do método.

54

7. Métodos de Regulação dos Nascimentos

Artificiais.

Potencialmente Abortivos Hormonais

• Pílulas (*).

• Implantes.

• Adesivos. DIU / Aparelho

* as pílulas em que não exista o efeito anti-nidatório não são abortivas.

Não Abortivos Barreira

• Preservativos.

• Diafragma. Químicos

• Espermicidas. Cirúrgicos

• Esterilização.

55

Naturais• Defesa da Vida. √• Efeitos secundários ou indesejados. (não há) √• Impacto no casamento. √

• Depende do casal.• Potencialmente muito positivo.

• Eficácia objectiva do método. √• Depende do casal.• Potencialmente alta.

• Impacto na relação com DEUS. √

7. Métodos de Regulação dos Nascimentos

Naturais.

56

8. A nossa experiência Quando e como começamos a usar os Métodos

Naturais.

Condicionantes actuais• Nº de filhos.• Idade.• Operações e saúde da Piedade.

Quando parece que “lá vem mais um!” O que aprendemos (desta última vez).

Vale a pena usar os Métodos Naturais!

top related