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O mundomudou...Justo na minha vez?
Uma rápida abordagemsobre a evolução e as mudanças
do cenário corporativo
Lucas AlmeidaValdênio Gonçalves
Capa / Projeto Gráfico / Editoração Eletrônica: Valdênio Rodrigues de Oliveira Gonçalves
Revisão Ortográfica: Wanda Maria Braga Cardoso
Impressão e Acabamento: Livro Rápido Editora
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquermeios sem a autorização dos autores.
CONHECIMENTO IMPRESSODiretor Executivo: Marconi Colares de SouzaDiretor de Criação e Processos: Valdênio Rodriguesde Oliveira GonçalvesR. Ernesto de Paula Santos, 1368, 804Boa Viagem - Recife - PE - 51.021-330(81) 3126.8008
Índices para
catálogo sistemático:
1.Administração
2.Marketing
3.Atualidades
1 Edição - 2016
Impresso no Brasil Printed in Brazil
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) FICHA CATALOGRÁFICA
Copyright c 2016 byLucas Rodrigo Santos de Almeida e Valdênio Rodrigues de Oliveira Gonçalves
A447m
88 p.: il.
658 CDU (2007)
Fabiana Belo - CRB-4/1463
1.Administração 2.Marketing 3.Atualidades I. Gonçalves, Valdênio
Rodrigues de Oliveira. II. Título
Contém bibliografia p. 87 – 88 (bibliografia localizada)
ISBN 978-859333400-9
Almeida, Lucas Rodrigo Santos de
O mundo mudou... Justo na minha vez? / Lucas Rodrigo Santos de
Almeida, Valdênio Rodrigues de Oliveira Gonçalves. – Recife:
Conhecimento Impresso, 2016.
Albert Einstein
“A imaginação é maisimportante que o conhecimento.
O conhecimento é limitado,enquanto a imaginação abraçao mundo inteiro, estimulandoo progresso, e dando origem
à evolução.”
Por Lucas AlmeidaDedico este livro primeiramente a Deus, por saber que do meu coração procedem as saídas da vida (Pv 4.23).Dedico esta obra a minha família, que compartilham comigo todos os momentos da minha vida.Dedico especialmente a Miriam, José e Angelina que me incentivaram até o último dia de suas vidas o valor da educação... Em 1º de outubro de 2014, um professor me deu os parabéns no Facebook, e disse: -“Parabéns, meu caro!!! Saúde, disposição e sabedoria! Precisamos falar sobre projetos futuros”.Até hoje não sei o que ele viu em mim. Brincadeiras a parte, pude trabalhar com Valdênio Rodrigues e ele foi um estímulo a pensar, criar, e acima de tudo de nunca desistir dos meus objetivos. Agradeço a todos os professores (em especial a Profª. Wanda Cardoso), colegas e familiares que participaram de forma direita e indireta nesta obra.
Agradecimentos
Por Valdênio GonçalvesUma da coisas mais motivadoras na experiência da docência é a oportunidade de manter-me constantemente rodeado de mentes jovens, livres de paradigmas, dogmas, amarras, vícios do mundo corporativo. Somos sabedores que o que realmente move o mundo são as incertezas, a curiosidade e o desejo de realizar o que ainda não foi feito. Tudo isso também nos mantém arejados e mais sagazes frente às mudanças desse nosso novo mundo velho.Os relacionamentos entre docência e discência também evoluíram e estreitaram-se, tormando-se complementares. Aquele que se acha sabedor de tudo jamais entenderá a essência do aprender a aprender.Como é bom ter saúde para compartilhar um pouco de minhas experiências com esses alunos maravilhos. Como é bom ter a liberdade de debater sem milindres temas tão atuais, ou nem tanto, e ao mesmo tempo aprender e reaprender com eles. Como é bom ter alunos como Lucas Almeida, que se revelou um exemplo (como pessoa e aluno) para seus colegas, professores e para o mercado também.Como é bom poder me orgulhar da educação que meus pais dedicaram a mim e às minhas irmãs maravilhosas. Como é bom ter uma companheira guerreira ao meu lado que me ofertou a experiência mais extraordinária que um homem pode vivenciar nesse mundo: a paternidade.
Sumário
1. Prefácio 6
2. Introdução 9
3. Trabalho. Trabalho. E mais trabalho... 11
4. Preparado para ser competitivo
diante das novas profissões? 15
5. Repensar e reaprender 18
6. A busca de um diferencial competitivo 25
7. Resiliência e pressão 30
8. Educar para liderar! 32
9. Atrair e reter talentos 36
10. Comunication is power! 39
11. Internet: uma conexão mais que 24h 45
12. Era uma vez... Uma lan house 48
13. Compartilhando no século XXI 52
14. Facilitando o atendimento ao cliente 56
15. Ensino superior: ameaças e oportunidades 58
16. Filar ou não filar: uma questão de ética? 61
17. Empreendedorismo 65
18. Bússola da estagnAÇÃO pessoal 71
19. O Coaching ajuda 76
20. Tempo, tempo, tempo, tempo... 78
21. Cadê o dinheiro que estava aqui? 81
22. Considerações Finais 85
23. Bibliografia 87
Prefácio
Fui convidado por dois amigos, a prefaciar seu trabalho, um trabalho inovador, com alcance brilhante ao descrever palavras tão precisas no mercado de trabalho no nosso dia a dia. Relembrei de imediato uma pequena e expressiva frase de um dos autores de maior renome no mundo das artes ou mesmo das guerras – Sun Tzu – menciona em seu livro que “aqueles que não exercitam a antecipação e faz pouco caso de seus oponentes (mercado) certamente serão tragados por eles”. Os autores foram felizes em descrever de forma perfeita e equilibrada o que denominamos de novos alcances para o mercado de trabalho: “fique de olho no futuro (ou no presente), pois, com as velozes mudanças no cenário tecnológico, social e econômico, novas e inusitadas profissões chegaram para ficar”. Como argumentado de maneira brilhante pelos autores, a obra em tela, nos leva a uma reflexão sobre os motivos e determinações do mundo moderno. Por que não nos levar a questionar a busca por novos valores, novos métodos de trabalho. “Aprender a aprender?” Questiono, de sobremaneira a sagacidade dos empreendedores, e a triste utopia dos trabalhadores que se fincam, agarram, enterram-se a um estado de direito, que garante aos mesmos o mínimo, com uma permissividade inquestionável, sobre o poder de manter-se as bases de uma premissa sonhadora de que o estado os garante tudo (um mínimo legal e inquestionável). Questiono de forma veemente as características de nosso modelo de legislação – uma norma rígida, antiga, para não dizer quase centenária, que não nos permite a negociação ou renegociação de nosso contrato, baseado em um Princípio Constitucional – Princípio da Irrenunciabilidade.
06
07
Os autores fazem referência a empresas americanas que permitem que seus trabalhadores fiquem livres para criar, inovar ou mesmo para trabalhar no momento em que assim o desejarem, pasmem nos quedamos, ao verificar que nossa legislação (trabalhista) exige de forma irrefutável, a obrigação quanto a horário, tempo, salário, férias, tudo baseado na vontade do legislador, não permitindo ao trabalhador dispor de seu próprio interesse. Um novo mundo de trabalho e tecnologia se aproxima. Cuidado com as carreiras, pois muitas delas deixarão de existir nos próximos dez, vinte anos. As cautelas e pesquisas sobre um mercado veloz, inovador nos faz refletir sobre o futuro, pois, o alcance da tecnologia se faz presente em tudo o que fazemos nos dias atuais. Lembro-os que os modernos de ontem já não o são hoje, que há pouco mais de dez anos, a Xerox era uma das mais modernas e inovadoras empresas de tecnologia do mundo, que o fax veio para inovar. Então, a criação e o alcance de um mercado devem ser constantes, pois, nada mais está seguro, quando se trata de tecnologia. O que os autores apresentam são sugestões para o alcance de um novo mercado de trabalho, uma nova concepção para cargos, criações e buscas de novos mercados. Quando você está em uma posição estratégica na sua empresa, outros o obsevam com cautela – quando um gato espia um buraco de rato, cem não ousam sair – quando um tigre espreita um veado, cem não ousam correr. O mercado de trabalho age da mesma maneira, observe seu oponente. Mas não atire ovos contra pedras, pois é gritar no vazio.
João Janguiê B. Diniz Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco
Mestre em Gestão pela UFPEEspecialista em Direito e Processo do Trabalho pela UNICAP
MBA em Gestão de IES – UNINASSAUProf. Titular da Disciplina de Direito do Trabalho da UNINASSAU
Analista Judiciário do TRT6 Região
O título da obra é sugestivo: O mundo mudou... Justo na
minha vez? Ele nasceu de um diálogo de aproximadamente
dois minutos no qual pensamos em trazer um título diferente e
inovador para a obra. O título faz referência à “loucura” das
constantes mudanças que estão acontecendo a cada segundo
em nosso cotidiano. Perguntas, como: Por que a revolução
digital não aconteceu há cem anos? Por que está conectado o
tempo todo? Por que isso? Por que aquilo? Enfim, para o bem,
ou para o mal, tudo está acontecendo bem na nossa época!
Esta obra refere-se a vários assuntos do cotidiano,
tendo como objetivo maior investigar as múltiplas facetas do
mundo dos negócios. Este mundo que recebe a cada dia uma
variedade de nomenclaturas, como: mercado de trabalho,
mundo do trabalho, business, mercado globalizado, enfim uma
infinidade de substantivos. Neste livro, procuramos abordar
questões referentes aos antigos e novos paradigmas
organizacionais. Discutimos se estão velhos ou ultrapassados.
Descrevemos nesta obra sobre os modelos de negócios que
surgem a cada dia, das formas de empreender e dos
profissionais que pensam o novo. Citamos também a presença
da era digital em nossas vidas, em que através de um simples
clique toda a humanidade pode estar conectada. Abordamos a
relevância da oratória para o profissional moderno. Refletimos
sobre os caminhos do ensino superior brasileiro. Enfim,
Introdução
09
abordamos e buscamos refletir junto ao leitor sobre vários
assuntos...
Esta obra apresenta sugestões a gestores,
empreendedores, universitários, docentes e profissionais de
maneira geral que estão em busca de alternativas frente às
novas demandas do mundo globalizado. Um desses conselhos
é a necessidade de repensar e reaprender a cada dia, pois o
mundo está correndo numa velocidade ímpar, e os gostos, as
relações, os conceitos e os comportamentos mudaram de uma
forma que nunca antes se viu na história mundial. As
mudanças que estão ocorrendo em escala global vão requerer
de todos nós (como profissionais e pessoas) mudanças de
hábitos e de consumo, além de uma melhor compreensão
holística em que estamos inseridos.
Neste livro, convidamos o leitor para refletir conosco
acerca das mudanças e decisões do cenário corporativo. Esta
literatura preocupa-se com aqueles que almejam ser melhores
profissionais, melhores pessoas e melhores seres humanos;
enfim, a todos que estão preparados para se manter firmes
num mundo cada vez mais competitivo.
Os autores.
O título da obra é sugestivo: O mundo mudou... Justo na
minha vez? Ele nasceu de um diálogo de aproximadamente
dois minutos no qual pensamos em trazer um título diferente e
inovador para a obra. O título faz referência à “loucura” das
constantes mudanças que estão acontecendo a cada segundo
em nosso cotidiano. Perguntas, como: Por que a revolução
digital não aconteceu há cem anos? Por que está conectado o
tempo todo? Por que isso? Por que aquilo? Enfim, para o bem,
ou para o mal, tudo está acontecendo bem na nossa época!
Esta obra refere-se a vários assuntos do cotidiano,
tendo como objetivo maior investigar as múltiplas facetas do
mundo dos negócios. Este mundo que recebe a cada dia uma
variedade de nomenclaturas, como: mercado de trabalho,
mundo do trabalho, business, mercado globalizado, enfim uma
infinidade de substantivos. Neste livro, procuramos abordar
questões referentes aos antigos e novos paradigmas
organizacionais. Discutimos se estão velhos ou ultrapassados.
Descrevemos nesta obra sobre os modelos de negócios que
surgem a cada dia, das formas de empreender e dos
profissionais que pensam o novo. Citamos também a presença
da era digital em nossas vidas, em que através de um simples
clique toda a humanidade pode estar conectada. Abordamos a
relevância da oratória para o profissional moderno. Refletimos
sobre os caminhos do ensino superior brasileiro. Enfim,
10
abordamos e buscamos refletir junto ao leitor sobre vários
assuntos...
Esta obra apresenta sugestões a gestores,
empreendedores, universitários, docentes e profissionais de
maneira geral que estão em busca de alternativas frente às
novas demandas do mundo globalizado. Um desses conselhos
é a necessidade de repensar e reaprender a cada dia, pois o
mundo está correndo numa velocidade ímpar, e os gostos, as
relações, os conceitos e os comportamentos mudaram de uma
forma que nunca antes se viu na história mundial. As
mudanças que estão ocorrendo em escala global vão requerer
de todos nós (como profissionais e pessoas) mudanças de
hábitos e de consumo, além de uma melhor compreensão
holística em que estamos inseridos.
Neste livro, convidamos o leitor para refletir conosco
acerca das mudanças e decisões do cenário corporativo. Esta
literatura preocupa-se com aqueles que almejam ser melhores
profissionais, melhores pessoas e melhores seres humanos;
enfim, a todos que estão preparados para se manter firmes
num mundo cada vez mais competitivo.
Os autores.
A frase do mundo hebraico refere-se à desobediência de
Adão e Eva ao comerem o fruto da árvore do conhecimento do
bem e do mal, e assim, viram-se nus e ficaram envergonhados.
A desobediência a Javé (Deus) fez com que eles tivessem de
trabalhar para sustentar o seu corpo, pois eles sentiram: frio,
fome, calor, sede etc. Isto é, necessitariam do trabalho para
suprir as suas necessidades fisiológicas. Em relação à origem
da palavra, o conceito de trabalho vem do latim tripalium, que
significa um instrumento de tortura. De uma maneira global, o
conceito de trabalho trouxe a servidão e exploração dos que
tinham o poder sobre os que não tinham. A escravidão foi um
exemplo literal de um regime explorador.
O contexto histórico apresentado nos remete a
identificar que o mundo mudou e está mudando, porém
existem organizações que atuam ainda desta forma. Vários
colegas e familiares relatam a ‘sua experiência dolorosa’ em
alguns setores do mercado. Por um lado, há um dilema em que
os líderes exigem o cumprimento de tarefas, prazos e metas.
Por outro, os liderados queixam-se do salário baixo, falta de
motivação e falta reconhecimento da empresa. As mudanças
no ambiente interno vão requerer esforços mútuos por parte
da empresa, juntamente, com seus colaboradores e líderes. No
geral, as empresas que não encontram essa sintonia devem
melhorar o seu relacionamento interno (líder e liderados) na
Trabalho. Trabalho. E mais trabalho...
11
“No suor do rosto comerás o teu pão [...].” Gênesis (3:19a)
12
busca de um diálogo genuíno, a fim de proporcionar clareza
nos seus objetivos e valores.
Experiências passadas possibilitam afirmar que os
colaboradores estão dispostos a atuar numa organização com
um bom clima organizacional, mesmo o salário não sendo
compatível com o que eles queriam. É desse modo que o
trabalho proporciona a realização e a satisfação pessoal.
Podemos afirmar: trabalhar num local agradável e fazendo o
que gostamos é algo sensacional!
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é clara:
temos que trabalhar 44h semanais! O que esse número
representa? Representa que passamos mais tempo no trabalho
do que com nossa família. Representa que vamos conviver por
mais tempo com as pessoas do trabalho, do que com os
nossos familiares. Essa convivência com os colegas de
trabalho pode gerar satisfação ou muito stress. Desse modo, o
trabalho recebe inúmeros adjetivos lúdicos, como: luta, guerra,
missão, batalha e outros. Para Daniel Godri, palestrante
motivacional, o melhor adjetivo para o trabalho é ganhar o pão!
Apesar dos adjetivos pitorescos, encontramos uma frase bem
reflexiva do trabalho descrita por Mario Testino: “trabalhe numa
coisa que ama porque não se pode esperar cinco dias apenas para
aproveitar os dois fins de semana”.
Na faculdade, os professores são unânimes em afirmar
que caso os seus alunos queiram crescer na vida e serem
profissionais de sucesso necessitam de uma palavra: estudar!
A educação torna-se fundamental para galgar novos ares e
buscar a satisfação no trabalho. Conforme Maslow, o ser
humano necessita satisfazer as suas necessidades para
13
alcançar o topo da pirâmide chamada de auto realização. Se
em tempos passados a auto realização era crescer e passar o
resto da vida numa empresa, o século XXI traz a Internet como
a responsável por alavancar a mola propulsora do
empreendedorismo, transformando o sonho de jovens em
realidade. Em artigo pertinente, chamado de ‘Os concurseiros
e o desperdício de talentos’, Leandro Vieira, CEO do site
Administradores.com, enfatiza que os gênios americanos
criam empresas para mudar o mundo, já os brasileiros estão
em busca de serem aprovados em concursos públicos. A partir
desta assertiva do autor, você leitor pode imaginar a enxurrada
de comentários negativos que o autor recebeu após o post do
seu artigo no site. É a plena realidade. A cultura americana é
voltada para o erro e o acerto, para os riscos e para os desafios
constantes de uma carreira empreendedora. Já a cultura
brasileira faz com que o cidadão estude para passar em um
concurso público e fique no mesmo cargo durante 30 anos,
recebendo X salário por mês. Por outro lado, há cidadãos que
querem construir uma carreira empreendedora, mas a alta
carga tributária brasileira e a falta de incentivos
governamentais fazem com que este cidadão deixe de
empreender.
Atualmente, a existência de trabalho ganha maiores
proporções do que emprego. O trabalho fornece incertezas,
porém, uma quantidade maior de desafios (clientes, mercado,
economia) a serem aprendidos todos os dias. Já o emprego
fornece estabilidade e segurança, entretanto, ocasiona
lentidão e poucas situações de risco vivenciadas. É importante
14
ressaltar ao leitor, que cada decisão apresenta vantagens e
desvantagens, e cabe a você tomar a que seja mais
conveniente.
O trabalho no século XXI exige um ambiente mais
harmônico e colaborativo para o alcance dos resultados com
excelência. Essa filosofia é cultuada e disseminada no Vale do
Silício, localizado em São Francisco, nos EUA. O Vale é
conhecido como a capital da inovação, na qual se situam
grandes empresas do setor de eletrônica e tecnologia. Para ter
noção, empresas como a LG, em plena segunda-feira, estão
com seus escritórios vazios. É isso que leu: vazios! A empresa
entende que a liberação dos seus colaboradores seja uma
forma de motivá-los e desprendê-los do cotidiano, para que
possam ter mais ideias e construam trabalhos com extrema
excelência dentro dos prazos vigentes. Você acha que essa
cultura chegará algum dia ao Brasil? E como ficarão as regras
da CLT? Boa pergunta!
Preparado para ser competitivodiante das novas pro�ssões?
“A única coisa que sabemos sobre o futuroé que ele será diferente.”
Peter Drucker
15
Isso mesmo. Fique de olho no futuro (ou presente).
Com as velozes mudanças no cenário tecnológico, social e
econômico novas e inusitadas profissões chegaram para ficar.
Que tal se preparar para ser um Especialista em cloud
computing? As informações não precisam mais ser
armazenadas nos hardwares e todos esses dados já podem ser
acessados (nas nuvens) de qualquer lugar do planeta e, para
ajudar no controle de todo esse trânsito, é necessário um
profissional de TI qualificado. Ou, quem sabe, você poderia ser
um Storyteller, profissional especializado na construção de
histórias que diferenciem as empresas e seus produtos e
serviços, mais pela dimensão emocional (envolvimento e
engajamento), do que pela dimensão técnica. Ou ainda um
Especialista em crowdfunding, que entenda como promover e
obter fundos para um projeto através de financiamento
público. Se você quiser voar mais alto, pode se preparar para
ser um Condutor de drones, que atenderá a demanda do varejo
de uma forma geral, dos correios, de empresas de segurança
e monitoramento. Ainda olhando para o céu, seja um
Controlador de nuvens e trabalhe com o mapeamento e
antecipação das alterações atmosféricas, atuando em áreas
como aviação ou agricultura, decidindo qual a melhor
estratégia para ajustar a realidade empresarial a do clima.
Um dos grandes dilemas do mundo acadêmico é o
16
“aprender a aprender”, então, seja um tutor de curiosidade e
transforme-se em um conselheiro, que não só forneça
inspiração e conteúdo para despertar a curiosidade, mas que
ensine a arte da descoberta.
É possível que profissões não tão novas entrem para o
hall das mais procuradas. Com a modernização das técnicas
de diagnóstico precoce, de cirurgias menos invasivas, de
medicamentos cada vez mais específicos e a conscientização
da necessidade de se ter uma alimentação e hábitos mais
saudáveis, as pessoas estão vivendo cada vez mais. A
população idosa no mundo inteiro só faz crescer e demanda
uma série de produtos e serviços específicos. A Gerontologia é
uma ciência que estuda o envelhecimento do ser humano, com
o intuito de atender às necessidades emocionais, físicas e
sociais do idoso. O profissional dessa área planeja, cria e
organiza projetos que têm como intuito o bem-estar físico,
psicológico e social do idoso. É uma boa opção para quem
gosta de lidar com pessoas.
Muitas empresas já ajustaram seu mix de produtos
para atender esse público específico. Um bom exemplo são as
agências de turismo, que criaram pacotes com programação
mais suave, atrações bem dirigidas, sem descuidar da
presença de profissionais de saúde que acompanham o grupo
por toda viagem.
17
Insight
Workaholic é um termo bonitinho criado para designar quem não consegue
administrar produtivamente suas tarefas. Essas pessoas acabam dando a desculpa de
que aplicam seu tempo quase que exclusivamente ao trabalho por causa do
vício.Dedicar parte do tempo à família, amigos, animais de estimação, esportes, hobbies e
tantas outras atividades que ajudam na descontração e fuga da rotina, melhora
substancialmente a qualidade de vida do indivíduo, que, consequentemente, passa a
ser mais produtivo.
“Os analfabetos do século 21 não serãoaqueles sem condições de ler ou escrever,
mas aqueles incapazes de aprender, desaprender e reaprender.”Alvin Tofler
Repensar e reaprender
Pode-se afirmar que a expressão “zona de conforto” foi
a mais comentada do século, tanto que ela permanece até hoje
nos trending topics do Twitter. A brincadeira nos remete a voltar
no tempo dos nossos pais, e por que não, dos nossos avós.
Naquele tempo, nossos familiares trabalhavam, e às 12h em
ponto almoçavam em casa. Naquela época, nossos familiares
passavam mais tempo juntos e o tempo andava com passos de
tartaruga. Naquele tempo, ter um diploma de nível superior
era considerado um “baita” diferencial competitivo. Naquela
época, as mudanças organizacionais ocorriam de forma lenta.
Naquele cenário, a vida com a família, com o trabalho, com o
mundo soava mais conveniente, pois nossos familiares não
precisavam adaptar-se às situações adversas. Em suma,
nossos familiares estavam numa aconchegante zona de
conforto.
Porém, o destino nos reservou uma mudança de
cenário global em que se quisermos nos manter perenes e
seguros, precisamos de duas palavras: Repensar e Reaprender.
Existem “n” fatores, porém achamos esses dois os mais
relevantes atualmente. Quem fala dessas mudanças com
maestria é Walter Longo, CEO da Grey Brasil, uma das
agências do Grupo Y&R. Este capítulo teve como base a
utilização de alguns conceitos do seu livro, intitulado
‘Marketing e comunicação na era pós-digital: as regras
18
mudaram’.
O conceito de repensar significa, literalmente, o ato de
pensar no antes e no depois. Refletir sobre as estruturas,
alianças, estratégias, clientes etc. Experiências possibilitaram
identificar, empiricamente, que o market share empresarial
começava a buscar novas alternativas no mercado a partir da
abertura de uma conta no Orkut, ou ter o próprio site. As
dificuldades encontradas pelas empresas em sua maioria
mostram a falta de percepção holística do mercado
globalizado em que estas atuam. Situações como esta nos
remete a pensar que os conceitos, os valores, as atitudes e
comportamentos mudaram. Seja de pessoas ou empresas.
Repensar os processos no século XXI tornou-se essencial para
a perpetuidade do negócio. Repensar o atendimento ao cliente,
repensar a estrutura organizacional, repensar a imagem
institucional, repensar a comunicação da empresa com o
mercado, repensar o planejamento estratégico, enfim, vários
outros fatores. O refletir a cada dia torna-se uma matéria de
fundamental importância para todos.
Atualmente, existem empresas que ainda não possuem
nenhum tipo de comunicação online, seja um: site, Facebook,
Instagram, entre outras mídias digitais. É a partir deste ponto
de vista que os gestores devem aproveitar a utilização dessas
mídias gratuitas para anunciarem seus produtos e serviços.
Sendo assim, a publicidade é feita pela própria empresa, sem
necessitar de grandes investimentos em marketing. A
publicidade tornou-se gratuita!
O conceito de reaprender está inerente à saída da zona
19
Insight
Se você acha que teve alguma ideia que pode ser revolucionária, tenha a certeza de que alguém já teve a mesma ideia antes. Vai desfrutar, financeiramente falando, quem
primeiro acreditar nela.
20
de conforto. No livro ‘Faça como Steve Jobs’, o Guru da Apple,
em 1983, necessitava de um executivo com know-how em
marketing e administração, e seu nome chamava-se John
Sculley (CEO da PepsiCo). O executivo resistiu à proposta de
Jobs, pois teria que se transferir com a família para a Costa
Oeste e aceitar um salário menor que o pretendido. Porém,
uma frase mudaria tudo. Abaixo segue a conversa:
De acordo com Sculley: “Estávamos na varanda [...]
quando [Jobs] finalmente me perguntou diretamente: ‘Você virá
para a Apple?’ ‘Steve’, eu disse, ‘realmente, gosto do que você está
fazendo. Sinto-me estimulado. Como alguém pode não se sentir
assim? Mas isso não faz sentido, Steve. Gostaria de ser seu
consultor, para ajudá-lo de alguma maneira, mas não acho que
posso ir a Apple”’. Jobs baixou a cabeça, fez uma pausa [...]
levantou os olhos e lançou um desafio que provocou Sculley.
Jobs disse: “Você quer passar o resto da vida vendendo água
açucarada ou quer uma chance de mudar o mundo?” (grifo
nosso).
A frase de Jobs fez com que Sculley saísse da sua zona
de conforto. A frase o impactou de tal maneira, que ele saiu da
PepsiCo por acreditar que iria revolucionar o mundo através da
Apple. Esta conversa é considerada um dos maiores clássicos
do business americano. Revolucionar o mercado em que a
empresa está inserida não é tarefa fácil, mas isso deverá ser
um objetivo a ser alcançado em longo prazo. Seja
regionalmente ou nacionalmente, faz-se necessário a criação
de uma visão audaciosa no alcance dos objetivos.
Sinceramente, a nossa realidade não é muito distante
da que foi descrita por Sculley. Porém, em nosso dia-a-dia seja
21
na faculdade, ou no trabalho, temos que mudar independente
se gostarmos ou não. Seja mudança de professor, seja a
abertura de uma nova filial em outro bairro ou estado, seja a
implantação de um novo software, seja o lançamento de um
novo produto, seja por “n” motivos, a mudança mexe com
todos nós. Pois, ela traz consigo medo, tensão e surpresa.
Nos debates em sala de aula sobre mudanças e novas
formas de aprender, “nós” gostamos de citar que os
profissionais mais velhos da empresa são os mais resistentes
às mudanças. Nós (alunos) criticamos aquele colaborador, que
adora papeis em cima de sua mesa e não prefere tê-los em um
computador para evitar a burocracia. Criticamos aquele
colaborador que prefere anotar o inventário a usar um software
mais eficaz para a realização da contagem de produtos no
estoque. Criticamos aquele colaborador que prefere escrever
no papel a digitar e enviar um e-mail de forma rápida e singela.
Ou seja, todos os dias, entramos em um verdadeiro dilema
entre antigos e novatos. Logicamente, não generalizamos
todos os colaboradores antigos que estão “presos” aos velhos
paradigmas organizacionais, mas sim, citar que a maioria
apresenta esta deficiência, principalmente na dificuldade em
utilizar as novas ferramentas digitais. Eles (os antigos)
encontram deficiências por encararem o reaprendizado, ou
seja, esquecer tudo o que tinha aprendido antes, e a partir de
agora aprender tudo o que é novo. Já os mais novos, apesar de
ter facilidade na utilização dessas novas ferramentas, devem
aprender com os mais experientes as relações interpessoais, a
resolução de conflitos, entre outras coisas. O processo de
reaprendizado acontece de várias formas e no ambiente de
22
trabalho se faz necessário a busca desta interface entre novos
e antigos para proporcionar um aprendizado coletivo,
compartilhado e importante para a organização.
Outro caso referente à necessidade que os profissionais
devem ter em repensar e reaprender, foi o Mágico dos Mágicos,
ou simplesmente, Mister M. Em meados da década de 90, o
mágico começou a desvendar no Brasil as mágicas e truques
que os outros mágicos realizavam. Sendo assim, mágicos que
tinham 50 a 60 shows por mês, e ganhavam muito bem,
começaram a trabalhar em 5 a 7 shows, e, no momento da
mágica, a plateia dizia: “essa mágica eu já sei, o Mister M já
mostrou na TV!”. Enfim, os mágicos, contrariados com essa
situação, alegaram que Mister M estava infringindo o código de
ética da categoria. Outros preferiram ameaçá-lo de morte.
Apesar do Mister M apresentar os segredos das mágicas à
plateia, os mágicos brasileiros não esperavam por uma grande
concorrência. Pois, todos estavam na sua zona de conforto. E
a partir desta situação, todos necessitavam repensar e
reaprender as mágicas que faziam. Tiveram que buscar novos
truques, novas mágicas para sobreviverem com a nova
concorrência.
O ano era 2015, e o caso da plataforma Uber que
realiza a conexão entre passageiros e motoristas por meio do
uso do aplicativo, incomodou e está incomodando a classe dos
taxistas, principalmente, em São Paulo e Rio de Janeiro. Em
2016, foi à vez da cidade de Recife receber a startup que teve
como slogan oferecer o serviço de transporte 40% mais
barato. A onda de protestos nas capitais tornou-se algo
frequente (além das brigas entre os motoristas de táxi e do
23
24
Uber), e os governos estão buscando alternativas para
satisfazer ambas as partes. Conceitualmente, o Uber auxilia a
qualquer pessoa se locomover pela cidade, por meio do
aplicativo, o usuário pede um motorista particular. O aplicativo
mostra na tela: a foto do motorista, o tipo de carro que
realizará o transporte, o valor da corrida, a forma de
pagamento (cartão de crédito ou em dinheiro) e o tempo. Além
dessas informações que aparecem no visor do celular, o
atendimento dos motoristas do Uber é de forma vip. Ao entrar
no carro, o cliente dispõe de: wi-fi, chocolates e água mineral.
O motorista não possui o hábito de conversar com os clientes,
mantendo assim, um atendimento particular. Nesse contexto,
indago ao leitor: você prefere andar de Uber ou de táxi? Os
taxistas necessitam repensar a sua forma de atendimento?
Alguns taxistas já estão oferecendo água mineral e utilizando
terno no atendimento ao cliente. Isso já é um bom começo.
Em uma analogia dos casos abordados, podemos
aconselhar que as empresas e os profissionais caminhem para
frente e olhem para os lados, pois a concorrência irá aparecer
de uma forma ou de outra. E lógico, não pode menosprezá-la.
Adequar-se ao novo torna-se um desafio constante a todos nós.
“O mercado é lobo.”Hans Stephan Wiegandt
A busca de um diferencial competitivo
No livro, Aplicando Maquiavel no dia-a-dia, Fernando
Gregório aborda ludicamente que Papai Noel não existe e, o
nosso pai biológico, não é aquele super-herói que
imaginávamos. Deste ponto de vista, pode-se concordar com o
autor ao referir-se que as pessoas, algum dia, irão pensar e
saber que o mundo não é um lugar de utopias ou diversão, e
sim, um lugar literalmente competitivo. Desde a nossa
infância, somos “doutrinados” a tirar notas boas, a estudar
para ter um ótimo trabalho, a torcer pelo melhor time de
futebol, enfim, a busca pela liderança e a excelência são
constantes e estão intrínsecos neste mundo competitivo.
A necessidade de um diferencial competitivo tornou-se
para profissionais e empresas um fator de sobrevivência no
mundo dos negócios. Primeiramente, o conceito de diferencial
competitivo está restrito em fazer algo diferente que o meu
concorrente não faz. Como profissional ou empresa não
precisamos revolucionar o mundo inventando um aparelho de
última geração; porém, podemos aperfeiçoar o que já existe!
Podemos moldar uma estrutura organizacional, mudar a
forma de relacionamento com o cliente, traçar um
planejamento flexível entre outros, ter uma liderança mais
participativa. O arco da criatividade é amplo, porém, não é
fácil e cabe a nós desenvolvermos este potencial na busca de
um diferencial competitivo.
25
26
Do ponto de vista empresarial, muitas empresas
apresentam seus diferenciais na forma que se relacionam com
os clientes, seja: com delivery rápido, ações de cunho social,
produtos ecologicamente corretos, extração de
matérias-primas sustentáveis, produtos saudáveis etc. É desse
modo que as empresas estão em busca de melhorias
contínuas para oferecer produtos adequados e satisfatórios
para os seus clientes.
Philip Kotler, um dos mais renomados autores de
marketing, abordou no livro ‘Marketing 3.0: as forças que estão
definindo o novo marketing centrado no ser humano’ que as
empresas estão buscando alternativas para fazer do planeta
um mundo melhor (no sentido de minimizar os problemas
globais). Problemas estes que se enquadram em vários
setores da sociedade: pobreza, fome, saúde, educação, entre
outros. De maneira abrangente as empresas modernas estão
em busca de resolver tais mazelas do planeta. Hoje, muitas
organizações brasileiras investem pesado em ações sociais
para comunidades carentes proporcionando a elas: educação,
lazer, artes e cultura. Na parte interna, os colaboradores
executam ações de coleta seletiva, tratamento de efluentes,
logística reversa, sustentabilidade, enfim, uma infinidade de
projetos e ações de curto a longo prazo.
O Uber, em Portugal, realizou uma ação social a fim de
ganhar apoio da população portuguesa frente às disputas com
os taxistas da região. A ação de marketing foi mágica (assista
ao vídeo no Youtube). Com a chegada do Dia Mundial da
Criança, a empresa lançou a iniciativa UberToy que tem a
finalidade de oferecer brinquedos as crianças carentes. A ação
27
social aconteceu nas cidades de Lisboa e Porto, entre os dias
29 e 30, de maio de 2015. Os usuários do aplicativo
acionavam os motoristas do Uber, e estes recolhiam os
brinquedos (novos ou seminovos) e entregavam em duas
instituições de acolhimento de crianças. Por meio da iniciativa,
a empresa depositou a sua confiança em muitos portugueses
para transformarem o Dia Mundial das Crianças mais feliz
para as crianças carentes portuguesas. A dimensão da ação
fez com que os portugueses recolhessem assinaturas num
manifesto que foi criado favorável ao Uber, em Portugal. A
petição chama-se ‘Queremos a Uber em Portugal’ e da
#somostodosuber nas redes sociais.
Em Recife, a Rua Mamede Simões, no bairro de Santo
Amaro, ganhou seu primeiro bicicletário. A iniciativa foi do Bar
Central, que após enviar o projeto do bicicletário a Secretaria
de Mobilidade e Controle Urbano, e logo após ter sido
aprovado, o instalou em frente ao bar, em um espaço que
anteriormente era destinado a estacionamento de carros. A
intenção do bicicletário é estimular os frequentadores de bares
e restaurantes da região a adotarem a mobilidade sustentável.
Um dos entrevistados pelo Diário de Pernambuco, o
frequentador Antônio Gutie, 55 anos, relata: “O novo espaço
complementa a vocação da rua que é um ponto de encontro. Essa
iniciativa poderia ser mote de uma campanha para que outras
empresas sigam o exemplo e estimulem os clientes a usar a
bicicleta”.
As pequenas ações realizadas nos dois casos citados
mostram que as empresas preocuparam-se com seu marketing
de relacionamento e procuraram desempenhar uma interação
28
constante com os seus clientes, a fim de estabelecer um
vínculo contínuo por décadas. A empresa do século XXI realiza
essas ações de forma estratégica, a fim proporcionar a
geração de uma boa imagem institucional perante os seus
stakeholders (fornecedores, clientes, comunidade etc.) e
desenvolver um diferencial competitivo.
Bar Central
29
Insight
Focar todos os esforços de marketing no acompanhamento de tendências de mercado é declarar publicamente a vocação de estar
sempre um passo atrás da concorrência.
Crie tendências.
“O funcionário que quiser ter uma carreira de sucesso em uma empresamoderna só precisa fazer três coisas. Entender a nossa Missão.
Embarca na Nossa Visão. E aguentar a Nossa Pressão.”Max Gehringer
Resiliência e Pressão
Na faculdade, aprendemos nas aulas de Psicologia
Organizacional ou Comportamento Organizacional que a
Missão, a Visão e os Valores da organização são
importantíssimos, pois é a partir deles que a empresa cria a
sua identidade perante os seus colaboradores, stakeholders
(comunidade, acionistas, clientes etc.) e planeja suas metas e
objetivos ao longo do tempo. Peter Drucker, pai da
Administração Moderna, enfatizava que “uma empresa não se
define pelo seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define
pela sua missão. Somente uma definição clara da missão e da
razão de existir da organização tornam possíveis, claros e realistas
os objetivos da empresa”. A partir desse cenário, foi possível
entender que a cultura da empresa precisa ser disseminada, e
cultivada todos os dias, por todos da organização.
Na maioria das vezes, encontro relatos de pessoas que
definem a cultura da empresa uma espécie de 'mentira', já que
ninguém da organização exerce todos os mandamentos que lá
estão descritos. Na troca de conversas com colegas da área
pública, foi possível compartilhar e escutar a opinião de alguns
deles em relação a essas questões de cultura. A frase mais
mencionada foi a de que “A missão e a visão só ocorrem no
ambiente privado, já que no setor público torna-se inviável!”. Tal
assertiva foi mencionada pelos colegas devido ao próprio
sistema público cultural, e, por outro lado, as questões de
30
31
estabilidade financeira e empregatícia que o setor oferece.
Nas experiências vivenciadas, foi possível enxergar que
esse conceito de missão, visão e valores pode ser verdade e
valer a pena, porém, ela só faz a diferença se estiver no DNA da
empresa, ou seja, o porquê da sua existência. Por outro lado,
encontramos a 'pressão' do ambiente de trabalho, do cotidiano
que muitas vezes faz com que os colaboradores não se doem
ao máximo para garantir a filosofia de trabalho daquela
organização. E esse “não doar-se” implica em vários fatores
deficitários para os colaboradores.
Max Gehringer, em seu livro ‘Clássicos do Mundo
Corporativo’, defende que a missão e a visão só funcionam na
prática quando vem acompanhada da terceira palavra – Nossa
pressão. Além disso, é importante a empresa analisar com
atenção e detalhar a filosofia de trabalho que está inserida
para que possa traçar os seus planos e investimentos em longo
prazo. Traçar uma missão e visão convincente a todos os
colaboradores da organização, e não apenas tê-la como uma
estratégia de marketing, ou qualquer outro propósito. Sendo
assim, fazer da empresa um lugar melhor para se trabalhar e
viver. Hoje, grandes corporações vivem o que pregam na sua
Missão e Visão. E, obviamente, fazem a diferença nesse
competitivo mercado de trabalho.
“Em suma, educar a organização para o futuronão é apenas um dever, e sim, uma necessidade.”
Lucas Almeida
Educar para liderar!
O século XXI é chamado por muitos como o século da
era digital ou século da globalização. Dizer que as relações,
comportamentos e ideias não mudaram, sejam de
organizações ou de pessoas, significa que estamos com os pés
no presente, e a cabeça, bem distante do futuro. É importante
ressaltarmos que o escopo ou a cultura da empresa no
mercado parte da visão do empreendedor, porém, com o
passar dos tempos, faz-se necessário que a política e a visão
do empreendimento mudem e possam estabelecer novos
métodos e qualidade dos processos organizacionais. Tais
métodos estão inerentes a: pessoas, processos e materiais.
Buscar resultados é de forma literal o objetivo do
empreendedor, mas para isso ele necessita oferecer
ferramentas básicas e necessárias para que os seus liderados
possibilitem estes resultados.
A mudança do cenário corporativo está sendo
mencionada na literatura de Administração, e novos
postulados ou modelos surgem para que os profissionais da
área sigam a metodologia necessária para condução e
liderança dos negócios. Um ponto que requer nossa atenção
está relacionado a uma palavrinha: educação. Sabemos que o
universo de empresas que pagam os cursos técnicos, de
graduação e pós-graduação aos seus colaboradores é ínfimo.
Certamente, as organizações que financiam os estudos de
32
seus colaboradores estão em busca de resultados, também, e
desse modo, o financiamento dos estudos não ocorre de
caráter lúdico, e sim, numa relação de troca; em que a
organização “paga” para que o colaborador aplique seus
conhecimentos na empresa. Enfatizando, estas ações ocorrem
de forma simplificada e útil tanto para a organização e
colaborador.
Nos livros da área de negócios encontramos uma
palavra muito interessante que se refere à gestão, que se
chama: autogerenciamento. Sem precisar recorrer aos
dicionários ou livros, podemos entender que o
autogerenciamento parte da visão do colaborador com a
organização, e não, da organização para o colaborador. Ou
seja, uma autoanálise do nosso eu para com todos, e mais,
uma liderança da minha pessoa através da minha própria
pessoa.
Recortando a filosofia, podemos lembrar-nos do
pensamento Socrático do “Conhece-te a ti mesmo”. Se, do
ponto vista organizacional, gerenciar torna-se uma tarefa
complexa, imagine o autogerenciamento! Será que isso
acontece na prática de mercado? Ou é apenas uma utopia? Ou,
apenas uma modinha no campo organizacional? Será que os
colaboradores não possuem a capacidade de pensar como
gestores e, sendo assim, necessitam de uma liderança? Meu
caro leitor, essas são algumas das perguntas que passam
sobre nossas cabeças.
Logicamente, se as empresas financiam os cursos para
os seus colaboradores, com o objetivo destes aplicarem seus
conhecimentos na empresa, por que estes não o fazem? Ou,
33
por que estes não possuem um perfil de auto liderança? De
forma empírica as empresas erram na metodologia e,
portanto, não cobram de forma exequível dos seus
colaboradores as aplicações dos conhecimentos adquiridos na
academia.
A partir deste cenário, podemos destacar que as
organizações do futuro devem iniciar a sua Filosofia da
Educação Continuada. Este conceito foi desenvolvido a partir
de experiências compartilhadas com amigos e professores, ela
enfatiza que as empresas devem buscar novas alternativas
para educar seus colaboradores, indo mais além, com a
intenção de torná-los em líderes. Pois, a partir da Educação
Continuada, e não interrompida, os liderados começarão a se
comportarem como verdadeiros gestores, como verdadeiros
estrategistas e pessoas capazes de apresentarem sugestões
eficazes para gerar resultados na organização. Iremos, de
certa forma, deixar um pouco de lado o espírito operacional e
preocuparmos com o espírito estratégico, sendo assim,
possibilitando a utilização da auto liderança não como prática
organizacional e sim como cultura empresarial.
Se a sustentabilidade entrou nos valores de várias
empresas, seja por bons motivos ou por motivos que visam
apenas uma forma propagandista do termo, a educação terá
seu espaço também no escopo organizacional. Uma filosofia
preocupada com a educação estimula a busca constante por
conhecimento e por relações saudáveis dentro do ambiente
acadêmico e empresarial. O investimento em cursos por parte
das empresas torna-se essencial, entretanto, a cobrança
realizada pela empresa sobre estes conceitos, torna-se a chave
34
35
Insight
Ensinar nada mais é que uma forma mais que especial de
aprender.
para a perpetuidade e crescimento da organização no futuro.
Seja a empresa física ou digital, o “compartilhamento
educacional” torna-se uma ferramenta de comunicação
necessária para que todos da organização possam sentir
confiança, reciprocidade, responsabilidade e lealdade.
Entretanto, as empresas que surgem a cada dia devem
se preocupar com o conhecimento compartilhado, e realizar
uma comunicação adequada para com todos da organização.
A partir deste momento, as empresas que estiverem abertas
ao diálogo sobre as estratégias, metas e objetivos com seus
liderados estarão formando líderes sem a necessidade de
terem outros líderes acima deles.
“Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho.Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão.”
Bill Hewlett
Atrair e reter talentos
Muitos profissionais recém-formados, almejam
trabalhar em uma grande corporação e buscam satisfazer esse
sonho, buscando nas futuras empresas benefícios, como:
política de inovação, oportunidade de crescimento,
participação nos lucros, investimento educacional, resumindo,
um excelente plano de benefícios.
Este último está sendo utilizado como uma ferramenta
estratégica das organizações no sentido de atrair e reter
talentos. Atualmente, muitos segmentos do mercado, por
exemplo, a indústria naval, está se utilizando de vários
benefícios para manter os seus colaboradores.
Paradoxalmente, várias companhias navais estão deixando de
investir nos engenheiros, porque estão com receio de perdê-los
para outra organização. Esse investimento engloba vários
benefícios, tais como: políticas de remuneração diferenciada,
bônus por desempenho, custeio de cursos realizados pelos
colaboradores, plano de saúde, entre outros. Em pleno século
XXI, apesar das organizações terem a sua disposição várias
ferramentas, a retenção de talentos tornou-se um fator
primordial para que a empresa possa obter sucesso no
mercado.
Pesquisas realizadas por consultorias no Brasil
identificam que o PPC – Plano de Previdência Complementar
ou Plano de Previdência Privada possui uma tendência de ser
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um benefício do futuro (estejam todos preparados para uma
mudança radical no formato da Previdência Social ou até
mesmo sua extinção). Sendo, assim, o benefício mais
importante para os colaboradores com idade de até 35 anos,
visto que no passado os profissionais não se preocupavam
tanto em fazer um Plano de Previdência Complementar. O
gestor moderno entende que para atrair e reter talentos,
necessita ter um pacote de benefícios para atrair candidatos
atuais e potenciais para a sua organização.
É fato que uma grande empresa que não ofereça esse
importante benefício apresente dificuldades de competir no
mercado. Por outro lado, as empresas que adotam um Plano
de Previdência buscam a retenção dos talentos, e citam que
este benefício é uma ferramenta estratégica de retenção, e
eventualmente, de atração. Mesmo assim, muitos
colaboradores desconhecem esse benefício proporcionado
pela corporação. Diante disso, a organização poderá
aconselhar os seus próprios colaboradores com ações de
educação financeira, promover palestras e dialogar a respeito
de várias ideias para o crescimento do negócio.
Numa pesquisa de mercado realizada em Pernambuco,
no ano de 2013, com o tema: “As Melhores Empresas para se
Trabalhar em Pernambuco”, foi relatado que os colaboradores
encontraram um lugar melhor para viver (organização). É fato
que essas organizações oferecem benefícios relevantes para
todos os colaboradores (operacional ao executivo). Muitos
desses benefícios são: bônus por cumprimento de metas,
custeio de cursos realizados pelos colaboradores, pagamento
de cursos aos familiares do colaborador, plano de saúde,
37
38
Insight
Ninguém administra empresas. Lidera-se pessoas.
E é impossível entender essas pessoas se não houver o
autoconhecimento.
recebimento do salário bruto sem descontos, entre outros.
Ressaltamos que é de suma importância, os benefícios
gerados ao colaborador da organização, entretanto as
empresas necessitam adotar políticas de educação financeira,
de inovação, romper as barreiras hierárquicas, facilitar a
comunicação na organização, evitar a burocracia entre outros
fatores. Enfim, não é apenas o colaborador que obtêm
vantagens, mas toda a organização! Um ambiente propício
para a inovação e criatividade fazem do Google e Facebook
algumas das melhores empresas para se trabalhar no mundo.
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Fatores como: oratória, plateia, multidão,
comunicação, público, apresentação e outros fazem parte do
nosso cotidiano seja em família, seja na empresa, seja com os
amigos, seja em qualquer lugar do mundo. A arte de falar em
público torna-se uma ferramenta poderosa para o profissional
moderno, ela por si só, torna-se um diferencial competitivo.
Através de uma boa comunicação podemos: negociar, vender e
convencer. Porém, as dificuldades na comunicação oral nos
afeta desde o Ensino Fundamental onde os professores
passavam trabalhos com apresentação oral. Estar na posição
do professor e falar na frente da sala para os nossos colegas
tornava-se uma tarefa relutante. Muitas vezes o sentimento era
de medo e pavor quando os professores pediam para que
apresentássemos um trabalho, ou resolvesse um exercício no
quadro.
Quando os alunos chegam à faculdade enfrentam um
verdadeiro bombardeio de trabalhos a serem apresentados.
Por outro lado, estes encontram professores mais exigentes
quanto as nossas apresentações. Estes reparam na:
vestimenta, gesticulação, timbre de voz, postura entre outras
coisas. No ensino superior os alunos são verdadeiras “cobaias”
que precisam crescer a cada dia para que assim possam
competir no mercado de trabalho. A oratória no século XXI fez
com que os tímidos saíssem da zona de conforto. Essa ideia é
Comunication is power!“Quem não se comunica se trumbica.”
Chacrinha
40
defendida pelo empresário Roberto Justus, na qual se refere
aos jovens profissionais do século XXI: “Não basta ser. Tem que
aparecer”. A frase do publicitário é enfática! Para liderar, ou
consolidar o nome no mercado, o profissional precisa
comunicar-se com outros. Necessita desenvolver
relacionamentos profissionais e ter confiança nas palavras
mencionadas. Seja na faculdade ou na empresa, os docentes,
os amigos e clientes vão requer autonomia e confiança nas
palavras que externam. Daí, encontramos a necessidade de
desenvolver uma boa oratória.
Falar em público não é tarefa fácil! A partir deste ponto
de vista é quase que impossível não pensarmos em algumas
pessoas que se destacaram na arte da comunicação, como:
Sócrates, Jesus, Martin Luther King e Mandela, entre outros.
Na era digital, surgiram: Bill Gates, Steve Jobs e outros. Na
primeira lista de comunicadores podemos lembrar que todos,
sem exceção, transmitiam uma intensidade e energia nas suas
declarações fora do comum! De tal modo que os liderados
motivavam-se encontrando esperança e força para reagir às
situações adversas em que se encontravam. A palavra
motivação vem do latim motivus, que significa aquilo que
movimenta, aquilo que faz andar. O nível de intensidade no
discurso dos comunicadores fazia com que os liderados se
comportassem da maneira com que eles “pregavam”. Como
podemos notar, a arte da comunicação apresentava-se como
um recurso exclusivo de poucos, em sua maioria: líderes
religiosos, chefes de Estado, CEOs e outros. Porém, a era da
globalização fez com que a comunicação quebrasse barreiras,
e colocassem aqueles que estavam na plateia fossem correndo
41
para o palco.
Com o passar do tempo, foi possível identificar alguns
pontos fundamentais para aqueles que desejam falar em
público. Estes pontos são: fale para todos da plateia, adeque a
fala e a forma conforme a plateia, gesticule adequadamente,
timbre de voz e vestimenta adequada.
Fale para todos da plateia
Quando o comunicador está no palco, é de fundamental
importância olhar para todos na plateia. Essa tarefa não é fácil,
e quando a temática apresentada pelo palestrante não “cai na
graça” do público, é certeza que muitos ficarão conversando
durante a apresentação. A abordagem do tema, ou a didática
utilizada pelo comunicador deve adequar-se aos presentes
para que possa “prender” a atenção de todos. A partir deste
ponto, é de suma importância para o comunicador visualizar e
palestrar para todos da plateia. Neste momento, a plateia
sente-se confortável, em que olhar do palestrante para cada
um reflete confiança.
Adeque a fala conforme o público
Às vezes até cansa assistir congressos, simpósios e
palestras; e ver palestrantes apresentarem de forma densa e
complexa as pesquisas científicas que realizaram. Nesse
contexto, plateia é, normalmente, formada por universitários,
profissionais, docentes e outros, porém, é necessário que os
palestrantes adequem a sua fala e a forma com que
apresentam perante o público. É cabível ao comunicador
apresentar a sua dissertação de Mestrado ou Tese de
Doutorado de forma densa, engessada, e até chata, pois a
apresentação deve acontecer dentro dos parâmetros
acadêmicos. Nos congressos e palestras, os estudantes
preferem profissionais de mercado a Mestres e Doutores que
apresentam suas pesquisas. O público em sua maioria está em
busca da aplicabilidade do conceito teórico na sua vida
profissional. Mudar um pouco não custa nada aos grandes
intelectuais, seja na abordagem, seja no tempo ou nos slides
do Power Point. Adequar a fala ao público é um dos maiores
desafios aos docentes na faculdade. A experiência identifica
alguns erros cometidos pelos professores muito em vista das
dificuldades na transmissão do conteúdo. Essa transmissão é
traduzida como o “saber passar” entre docente e discente. A
titulação acadêmica é crucial, entretanto, a falta de confiança
na transmissão do conteúdo proporciona muitas vezes a falta
de interesse do discente com a disciplina.
Gesticulação adequada
Às vezes a apresentação está até boa, mas são tantas
gesticulações que acabamos não sabendo o que realmente o
comunicador quer dizer. Outras vezes, é uma mão no quadro,
outra coçando a cabeça e por aí vai. Ou seja, o comunicador
não precisa ser um Robocop para passar as informações à
plateia. Procurar utilizar os gestos minimamente possíveis
torna a apresentação mais atraente. O acompanhamento da
fala, de forma monitorada, com os gestos faz com que as
pessoas compreendam melhor a mensagem passada pelo
comunicador.
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Timbre de voz coerente
Na faculdade ouvimos os gritos de um professor, numa
palestra ouvimos o orador com um timbre de voz mais baixo.
Numa pequena pausa o orador pode perguntar a sua plateia se
eles estão entendendo o assunto, se o tom de voz está alto ou
baixo. Reconhecer os excessos é importante. Para os
palestrantes de carteirinha, temos o querido: microfone.
Procurar manusear e se expressar com o aparelho torna-se
uma boa alternativa para uma apresentação sem maiores
problemas. Chegar antes no local da apresentação, testar os
slides, testar o áudio são fatores fundamentais para uma boa
apresentação. O tom adequado será encontrado na prática,
por meio da dimensão do público.
Vestimenta adequada
Muita gente acha o estilo Steve Jobs, fundador da
Apple, engraçado. E, desse modo, muitos gostariam de se
vestir como ele, porém, pegando carona no livro, o autor
Carmine Gallo é enfático ao afirmar que quando alguém
inventar um produto que revolucione o mundo, poderá se vestir
conforme Steve Jobs. O aprendizado que tiramos disso é que
precisamos estar vestidos conformes à ocasião. Se formos
palestrar numa faculdade, num congresso, num evento
executivo precisamos usar o velho terno e gravata. Se
trabalharmos numa loja voltada a artigos esportivos, vamos
apresentar o relatório de vendas com tênis, camiseta e
bermuda. Sendo assim, a ocasião que irá determinar a nossa
vestimenta. A utilização do marketing pessoal é de fundamental
importância, pois a primeira impressão é a que fica!
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44
Insight
Nunca esqueça que, mesmo não querendo, você influencia outras
pessoas e elas irão lhe julgar pelo que faz (ou não faz) e pelo que diz (ou deixou de dizer). Eu mesmo gostaria de ser tão rico quanto
meus alunos pensam, tão bonito quanto minha mãe declara, tão
destemido quanto minha filha acha e tão inteligente quanto eu
realmente me sinto.
“[...] vão existir dois tipos de empresas:as que fazem negócios pela internet e as que estão fora dos negócios.”
Bill Gates
Internet: uma conexão mais que 24h
Ao sairmos para o trabalho, pela manhã, começamos a
checar nossos e-mails, Facebook, Instagram, Whatsapp,
LinkedIn e muito mais por meio do nosso tijolo (smartphone).
Quem não se lembra de que pouco tempo atrás checávamos
alguma dessas ferramentas, porém tínhamos que acessá-las
na frente de um computador. Tempos passados quando uma
empresa dispunha de wi-fi aos seus clientes enquanto eles
esperavam sentados para serem atendidos soava como um
diferencial competitivo e tanto... Hoje, a liberação da rede wi-fi
soa como “obrigação” da empresa em disponibilizar para os
seus clientes, já que a Internet tornou-se a base da pirâmide
das necessidades humanas. Este conceito foi apresentado por
Flávio Rosário no II Congresso Internacional de Administração,
em Junho de 2015, no Centro de Convenções, em Olinda.
Considerado um dos maiores palestrantes do Brasil sobre
mídias e inovação, Rosário foi engraçado e franco ao afirmar
que se estivéssemos numa praia deserta e pudéssemos
escolher entre tomar uma água mineral e está conectado na
Internet, qual escolheríamos? A plateia riu e respondeu o
óbvio: - WI-FI!
No ambiente de trabalho do século XXI, a conexão
constante com a Internet tornou-se uma questão simples em
que os gestores não deverão proibir o acesso livre dos seus
colaboradores. O lema atual sobre liberação ou proibição das
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redes sociais no horário de trabalho é: proibido proibir! Deste
ponto de vista, torna-se inviável trabalharmos hoje sem
estarmos conectados. No cenário atual, existem empresas que
bloqueiam portais, downloads, redes sociais etc. Estas
defendem que o colaborador perde muito tempo acessando as
redes sociais, e acabam não cumprindo as tarefas do dia. Por
outro lado, os colaboradores sentem um desconforto imenso,
e sentem, a necessidade de estarem conectados, seja falando
com os amigos, checando as redes sociais, sites etc. A
liberdade digital é imprescindível para as organizações
galgarem voos maiores. Entretanto, as empresas possuem a
liberdade de escolherem a melhor forma de utilizarem a rede.
A era digital incitou as organizações a repensarem as
suas formas de gestão, e, também, buscarem uma cultura
organizacional menos proibitiva e corretiva. Deste modo,
rompe-se barreiras internas entre: chefe e colaboradores. A era
digital proporcionou a mudança de mentalidade das empresas
fazendo com que chefes e subordinados trabalhem na mesma
sala, e não precisem estar separados por uma parede ou
espelho de vidro.
Viver sem a tecnologia digital tornou-se quase que
impossível, seja no cotidiano familiar ou empresarial. A
utilização do Whatsapp perguntando se o e-mail chegou ou
não... As postagens de fotos da inauguração da empresa no
Instagram... Todos esses aplicativos em conjunto tornam-se
grandes ferramentas de comunicação. E, melhor ainda, tudo é
gratuito. Não é um grupo ou a maioria de pessoas que detém
essas tecnologias, mas sim, toda a humanidade! Quem era
nosso vizinho tornou-se familiar, pois o processo de
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Insight
O processo de automação nas diversas profissões é crescente e irreversível. Já temos cirurgias
delicadas realizadas por robôs e programas de inteligência artificial
substituindo advogados. Em um futuro próximo, os artesãos que
sobreviverem a essa onda, ganharão status de pop star, já que as
habilidades manuais serão raras.
globalização fez com que pessoas de várias partes do mundo
morassem em nosso quintal!
“O mundo está mudando. Mas a novidade não é a mudança do mundo,porque o mundo sempre mudou. A novidade é a velocidade da mudança.”
Mario Sergio Cortella
Era uma vez... Uma lan house
Há um tempinho começou a febre na Internet, mais
precisamente nas famosas lan houses brasileiras.
Lembramo-nos, naquela época “distante”, que os
empreendedores de bairro tinham alguns computadores em
casa, e arriscaram nesse mercado, comprando vários PCs e
colocando-os num espaço agradável (nem tão agradável!) para
os clientes acessarem a Internet. Esses clientes, em sua
maioria jovens, que pagavam por hora de R$ 2,00 a R$ 3,00
pelo acesso a Internet. Naquela época, pouquíssimas pessoas
tinham um computador pessoal e aquelas que tinham, eram
rotuladas como pessoas de bom nível aquisitivo. Quanto aos
empreendedores, estes lucraram por um período de um a
cinco anos. Ou seja, estar numa lan house, estava na moda,
tanto para quem acessava, quanto para quem empreendia.
Porém, como diz o título desta obra: O mundo mudou.
Justo na minha vez? Atualmente, aquelas lan houses que
tinham de cinco a oito computadores, só tem agora de um a
dois computadores. E por que ainda tem? Para realizar a
impressão de documentos, por exemplo, pois os celulares não
conseguem executar esta tarefa (ainda). Foi possível identificar
que a utilização da Internet na telefonia móvel acabou com o
mercado de lan houses, e os empreendedores tiveram de
ocupar os espaços deixados pelos computadores com material
para escritório, refrigerantes, lanches, sorvetes e outros. Ou
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seja, a era digital numa velocidade ímpar “deixou” que alguns
empreendedores lucrassem por um período curto, porém a
utilização da Internet no celular fez com que muitos fechassem
as portas e buscassem novos rumos.
A partir deste caso, pode-se perguntar sobre o real
motivo que levou as pessoas a acessarem diariamente a
Internet passando mais de quatro horas na frente de um
computador. O grande motivo chama-se: redes sociais. As
redes sociais não começaram com Orkut ou Facebook,
começaram no Windows Live Messenger e nas salas de
bate-papo do UOL entre outros chats. No início da febre, as
pessoas faziam várias coisas ao mesmo tempo em frente aos
computadores: conversavam no MSN, trocavam e-mails,
faziam downloads de músicas, assistiam videoclipes dos
cantores favoritos no Youtube e por aí iam. Naquela época, as
pessoas começavam a se familiarizar com a Internet e ficavam
cada vez mais próximas. Quem tinha parentes em São Paulo,
comunicava-se facilmente pelo MSN com os parentes de
Recife. Os amantes de música faziam downloads de centenas
de álbuns do cantor favorito. Naquele momento, a Internet
estava quebrando barreiras globais, e tornando-se uma das
maiores ferramentas de comunicação mundial, aproximando
as pessoas de todos os lugares do planeta e tudo ao mesmo
tempo!
Entretanto, esse gênesis da era digital foi apenas a
ponta do iceberg para todos nós. Para complementar este
cenário nasceu à rede social: Orkut. Foi a partir dela que as
pessoas começaram a fazer amizades “sociais”, publicar fotos
e recados. Alguns aderiram o Orkut, outros não gostaram pelo
fato da exposição na rede. Mas, com o passar do tempo estes
que eram contra acabaram aderindo à rede social influenciado
pelos amigos.
Em pouquíssimo tempo, muitas pessoas deixaram
para trás as salas de bate-papo e os contatos do MSN. Em
pouco tempo, as pessoas se esqueceram de tudo. A partir
deste cenário, que foi possível identificar o risco dos
empreendimentos na era digital. As plataformas digitais que
surgem atualmente e ganham notoriedade mundial precisam
inovar a cada dia. Não é utopia! Se não criar, inovar, repensar
as formas e os conceitos organizacionais estarão fadadas ao
fracasso. O Orkut serviu de experiência para todas as outras
plataformas e startups do século XXI, pois, a partir do
surgimento do Facebook, as pessoas aderiram a ele numa
velocidade ímpar. Da mesma forma que as pessoas
abandonaram o MSN, abandonaram também o Orkut.
Novamente, vimos à transitoriedade das relações no cenário
digital. O marketing de fidelização é algo quase que impossível
no cenário digital, as pessoas transitam de um lado para o
outro, e requer dessas empresas a inovação constante e a
saída da zona de conforto. Se a cultura do novo não for
disseminada em todos os níveis da organização (operacional,
tático e estratégico) as empresas de uma maneira geral não
irão prolongar os seus negócios no mercado.
As redes sociais, como Facebook e Instagram, mostram
para as empresas de todos os segmentos a qualidade, a
praticidade e a conveniência que os clientes possuem para
acessar as suas contas nas redes sociais. Essas características
permitem que as pessoas: curtam, compartilhem, conversem,
50
51
Insight
Planejar cuidadosamente as ações de marketing não garante 100% a resposta positiva do mercado alvo,
mas reduz sensível os riscos de perdas financeiras e desgastes com
a imagem da organização.
divirtam-se, informem-se, enfim interajam de todas as formas.
As redes sociais foram criadas para todos, sejam pessoas
físicas ou jurídicas, com o intuito de democratizar e facilitar as
interações.
“As pessoas não se importam com seus produtos.Elas se importam em resolver as suas necessidades.”
Carmine Gallo
Compartilhando no século XXI
Não precisamos ir muito além para saber que a
temática da sustentabilidade está nos holofotes do universo
corporativo. O século XXI trouxe à tona esta realidade para que
todos (empresas, governos e sociedade em geral) tornem o
planeta num lugar melhor para se viver. Dados da agência de
marketing, Havas Worldwide, indicou que 65% dos jovens de 29
países, entre eles França, Brasil e China opinaram que a venda
de usados é uma forma de contribuir para a sustentabilidade
do planeta. A reutilização de roupas e acessórios faz com que
as pessoas evitem a compra de roupas novas e joguem fora as
antigas que não utilizam mais.
A reutilização de roupas acontece principalmente ao
fenômeno chamado de Internet. E, na maioria das vezes, esse
consumo colaborativo conta com a ajuda das redes sociais. O
diferencial do mercado colaborativo está na: praticidade, preço
baixo e comodidade. Nas páginas do Facebook pessoas
aparecem fazendo vários pedidos que vão de um simples
casaco tamanho M até um paletó preto para formatura. Os
preços podem ser negociados dependendo da qualidade da
roupa, se tiver uma câmera boa, o vendedor leva vantagem,
enfim o consumo compartilhado está mexendo com vários em
todo o planeta. É a partir deste mercado que a Internet vem
encontrando o seu espaço de unificação e socialização,
aproximando todos das suas reais necessidades.
52
53
O consumo colaborativo vem com uma tendência muito
forte no cenário brasileiro, e, no exterior, muitos países já
aderiram a esta prática. Um dos motivos para a ascensão
deste mercado está na sensação de que o dia tem menos de
24 horas. E, dessa maneira, as pessoas optam por compras
online, com baixo custo e facilidade na entrega dos produtos.
Ver a foto de uma blusa, ou uma máquina de lavar, com preços
baixos para aluguel ou venda faz com que as empresas do
varejo tradicional pensem e repensem as suas estruturas.
Culpar o varejo online informal não é a saída, tampouco a
Internet. Mas, repensar as práticas e formular novas
estratégias para conhecer as novas dinâmicas de mercado e
conhecer o cliente online. Entender a “cabeça” dos
consumidores mais jovens poderá fazer das empresas de
varejo lugares melhores para vender. O século XXI quebrou as
barreiras, rompeu as estruturas e a concorrência tornou-se
global.
Sediada em Belo Horizonte, a startup Shippify, atua no
mercado de transportes, especificamente na área de logística,
com a entrega de mercadorias. A ideia é singela: qualquer
proprietário de um meio de transporte pode se cadastrar no
aplicativo da empresa para realizar entregas pela cidade. As
encomendas conduzidas são de lojas e comércios locais, que
contratam o serviço da marca para levar os produtos até seus
clientes em um prazo de 24 horas. Qualquer pessoa pode
participar: ciclistas, empresas de frete, motoboys e outros.
Hoje, tem atividade nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro,
Brasília, Curitiba e na capital mineira. Cerca de 1100
entregadores estão cadastrados no aplicativo e prestam
54
serviço, sem vínculo empregatício, para as 75 empresas que
firmaram contrato com a Shippify. Esse compartilhamento
permite a construção de um canal direto entre fabricante e
consumidor. A empresa oferece treinamento gratuito para os
interessados em colaborar e deposita aos entregadores,
semanalmente, o valor dos traslados feitos durante o período,
sendo 15% do total arrecadado ficando com a startup. A
empresa é chilena e começou com investimentos iniciais de R$
50mil.
Dentro do ambiente interno corporativo, as relações
entre departamentos tornaram-se colaborativas. A mesa do
chefe que era separada, e os colaboradores só entravam
quando batiam na porta com a permissão da secretária,
tornaram-se irrelevantes. O mundo mudou, e as relações
empresarias também. Toda equipe de trabalho deve trabalhar
em conjunto (chefe e subordinados), sem fobias, e sim, na
busca dos objetivos organizacionais. A liderança das equipes
deverá ocorrer de forma inspiradora e democrática. A união da
equipe torna-se fundamental! Ser um líder facilitador é
necessário! Porém, sendo realista e não utópico, essas
melhorias não ocorrem de um dia para o outro. Mas, com o
tempo. Apesar da maior revolução digital da história, a
organização é formada por ativos chamados de pessoas. Os
sentimentos e atitudes compartilhados fazem da equipe uma
referência. Entretanto, se estiverem isolados não ofereceram
um trabalho de qualidade.
55
Insight
O mercado mundial está cada vez mais atento e receptivo às ações empresariais
voltadas para o terceiro setor. Muitas organizações investem e mantêm (direta
ou indiretamente) fundações filantrópicas, mobilizando seus clientes internos (funcionários), como voluntários, e
conseguem envolver seus clientes finais e a sociedade em geral no seu contexto
organizacional. Como consequência têm o valor patrimonial da marca ampliado e os
colaboradores envolvidos muito mais satisfeitos.
Estudos de neurociência em andamento nos Estados Unidos já comprovam que fazer o bem ao outro estimula a mesma
parte do cérebro que reage prazerosamente ao ato de fazer sexo. O mundo está descobrindo e comprovando
que fazer o bem faz bem, ao ser humano e ao caixa.
“Marketing é a parte visível e, também, invisível da ação de mercado.”Valdênio Gonçalves
Facilitando o atendimento ao cliente
Em Recife, mais precisamente no varejo tradicional,
encontramos vários casos (bom e péssimo) de atendimento e
relacionamento com o cliente. Podem-se observar várias
formas de atendimento ao cliente, e, de modo geral, as
empresas pecam bastante na abordagem inicial, e desse modo
estes migram para outras lojas. Tempos atrás, ao entrar numa
loja de calçados, os clientes sentiam-se sufocados pela
maneira com que os vendedores o tratavam. A perseguição era
constante, onde o cliente se dirigia, o vendedor ia atrás, ou
seja, uma sensação enfadonha e chata ao mesmo tempo.
Atualmente, existem empresas de nome consolidado
no cenário pernambucano que utilizam este tipo de
abordagem. Muitos entendem como sendo como uma caçada,
entretanto, outras empresas utilizam papéis com o nome do
vendedor e solicitam para o cliente chamá-lo quando tiver
qualquer dúvida sobre o produto. Dessa forma, encontramos
uma situação mais confortável na relação entre vendedor e
cliente, por outro lado, pode-se encontrar um isolamento e
falta de diálogo entre cliente e vendedores. Nitidamente, o
consumidor do século XXI está mais informado, e este fato
deve-se as redes sociais e a velocidade da informação. Desse
modo, cabe às empresas estudarem um pouco mais os seus
clientes, e colocarem-se em seus lugares. Procurar facilitar em
vez de burocratizar deverá ser o foco principal das empresas.
As empresas Esposende Outlet e TNG Outlet se
56
57
diferenciam das demais empresas do mesmo segmento,
porque cultuam uma filosofia de relacionamento com o cliente.
Esta filosofia está baseada na liberdade do cliente dentro da
loja, ou seja, na facilidade do cliente experimentar e escolher
os produtos que melhor lhe satisfaçam. O conceito de loja
outlet veio da tendência norte-americana e popularizou-se no
Brasil. Poder oferecer produtos diretos de fábrica e mais
baratos é o sonho de consumo de qualquer cliente. As
empresas mencionadas não dispõem de vendedores, apenas
de repositores que estão capacitados a informar aos clientes
qualquer dúvida sobre o calçado ou roupa que queiram utilizar.
A própria loja dispõe de um ambiente agradável, tendo um
layout satisfatório, e o melhor, não perseguidos pelos
vendedores. Desburocratizar, democratizar e compartilhar são
fatores fundamentais na construção de laços duradouros com
os clientes. Em São Paulo, existem empresas de varejo que não
possuem vendedores. Os clientes dirigem-se a um dos vários
computadores que a loja dispõe. A partir deste momento, eles
digitam o que necessitam e o computador mostra o produto e
o local que está localizado.
Para desenvolver um relacionamento durável com o
cliente, as empresas devem colocar-se no lugar destes. É
sabido que nos tempos atuais as pessoas, de modo geral, não
têm tempo para ficarem escolhendo e passeando nas lojas. As
empresas que não deixarem os seus clientes passarem muito
tempo na fila de espera, não deixarem que os seus clientes
sejam “presas” dos seus vendedores, não deixarem abertura
de gargalos no atendimento irão de certa forma facilitar as
relações tornando-as mais eficientes e eficazes com o passar
dos tempos.
“Feliz aquele que transfere o quesabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
Ensino superior:ameaças e oportunidades
Por volta da década de 70, os professores universitários
se perguntavam sobre os rumos da universidade e a
aplicabilidade dos conceitos teóricos na vida do cidadão e
profissional. Perguntas, como: a docência está ocorrendo de
forma adequada? Os alunos saem capacitados para o mercado
de trabalho? Provas avaliam totalmente a capacidade do
discente? O método avaliativo mais propício na universidade
seria a apresentação de trabalhos em vez de notas? Essas e
várias outras perguntas não pararam por aí... E seguiram até o
século XXI.
Com ênfase neste contexto, numa entrevista na TV
Globo, o coordenador de cursos da ESPM (Escola Superior de
Propaganda e Marketing) foi indagado a respeito da
importância do cidadão entrar na universidade e, se esta o
deixava preparado para o mercado de trabalho. O coordenador
enfatizou pontos interessantes, o que chamou mais a atenção
foi quando ele enfatizou que quando optamos por estudar
numa universidade, estamos optando pelo saber acadêmico, e
não a prática de mercado. Porém, nos tempos atuais, devido à
era da globalização, as instituições de Ensino Superior estão
fazendo uma interface entre academia e mercado. Em outras
palavras, uma mistura de docentes que possuem uma base
teórica e experiência de mercado. Em suma, uma boa
58
alternativa para a melhoria do ensino nas instituições
superiores.
Outro ponto que é relevante ressaltarmos é quanto à
didática utilizada pelos docentes nas instituições. Atualmente,
os docentes utilizam o Power Point nas explicações de
conceitos e casos em sala de aula. A utilização deste recurso
tornou as aulas mais atrativas em que os docentes podem
utilizar imagens, figuras, quadros sem precisar anotar
absolutamente nada no quadro. Porém, este recurso
juntamente com o avanço da Internet mecanizou e robotizou
vários alunos fazendo-os utilizar as teclas Ctrl+c e Ctrl+v do
computador nas apresentações dos seus trabalhos escritos e
orais. Nos tempos passados, os alunos faziam as suas
pesquisas em livros e enciclopédias na qual passavam horas
lendo e escrevendo. Hoje, por meio de um simples clique, os
discentes dispõem de vários conteúdos genuínos ou não, e
passam menos tempo para obtê-los na web. Este cenário gera
um deficit na educação, na qual os alunos apresentam
dificuldades claríssimas na escrita das palavras e nas
apresentações orais em sala de aula. O lado negativo da era
digital proporcionou as IES à comodidade dos alunos que
preferem tirar fotos do quadro, em vez de copiar no caderno,
preferem os slides do professor, em vez de estudarem pelo livro
e por aí continua...
Em suma, a colaboração entre as IES, docentes,
discentes, sociedade e governo são primordiais para a
construção de um país mais forte, e não soam como utópicas,
59
60
Insight
O sucesso do ensino à distância no Brasil depende basicamente de
dois fatores: o primeiro é o fornecimento gratuito de Internet de alta velocidade e o segundo é a mudança da cultura do estudante, que ainda tem o hábito de esperar passivamente o conhecimento cair
em seu colo.
porém a mudança da cultura educacional brasileira não
ocorrerá de um dia para o outro, e sim, através da sociedade
como um todo.
“Muitos alunos estudam para tirar boas “notas”,não para aprender o que é importante na vida.”
Stephen Kanitz
Filar ou não �lar: uma questão de ética?
No começo da nossa vida escolar, enquanto éramos
conhecidos pelos nossos pais, parentes, e professores como
‘crianças’, com traços de inocência, ingenuidade, bondade,
entre outros adjetivos peculiares, esses personagens não
encontravam em ‘nós’ nenhum indício de maldade ou
qualquer outro adjetivo negativo. Tal fato negativo a que nos
referimos ocultamente é a: fila nas provas da escola. A fila
caracteriza-se em ‘n’ fatores no universo escolar: seja para
tirar uma nota boa na prova (passar na disciplina), seja para se
formar (graduação), seja para não reprovar, seja para mil e um
fatores.
Este polêmico assunto, permita, querido leitor, buscar
o significado de duas palavras relevantes para a discussão
desta seção: filar (colar) e ética. A palavra filar significa
“agarrar; prender; segurar com os dentes; obter
gratuitamente; pedir”. De uma forma mais enfática, a palavra
colar significa “copiar fraudulentamente”. Para Mario Sergio
Cortella, filósofo e escritor, a palavra ética vem do grego ethos,
que até o século VI a.C. significava “morada do humano”. A
expressão domus, em latim, é uma tradução do grego ethos.
Ethos é o lugar onde habitamos, é a nossa casa. “Nesta casa
não se faz isso”, “nesta empresa não se faz qualquer negócio”.
Para o educador, a ética só acontece porque existem seres
humanos interagindo entre si, e sendo assim, a ética
61
pressupõe a capacidade de avaliar, decidir e julgar com
autonomia e liberdade. Na Bíblia, o apóstolo São Paulo
descreve uma citação metódica sobre ética em 1Co. 10.23:
“todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas as
coisas são lícitas, mas nem todas edificam”. Ou seja, tudo é
permitido, mas nem tudo eu devo fazer.
Após as definições e exemplificações das palavras filar
e ética, foi possível identificar que o conceito de ética abrange
um arco de universalidade, e também, de várias indagações
em que possamos fazer a nós mesmos, numa determinada
circunstância em que necessitamos tomar uma decisão. Estas
indagações seriam: é correto? Posso? Devo? Por que não? É
feio? Quero? Ou seja, ‘n’ perguntas podem ser realizadas a
pessoa perante situações (‘saia justa’) que exijam tomadas de
decisões espontâneas. Refiro-me à pessoa, porque é a partir
dela que a consciência vai responder se pode fazer uma
escolha certa ou errada. É a partir do autoaprendizado que
podemos encontrar subsídios necessários para julgar se a
atitude foi ética ou antiética. Não existindo, assim, uma
expressão ‘minha decisão faltou um pouco de ética, ou teve
muita ética’.
Entrando no contexto educacional, no qual se refere o
título desta sessão, a fila utilizada pelos alunos em sala de aula
para atingir seus objetivos no final do semestre letivo podem
gerar ‘resultados catastróficos’ a longo prazo. Estes resultados
seriam: falta de conhecimento técnico, analfabetismo
funcional, empobrecimento na comunicação oral,
empobrecimento na escrita, dificuldades em compreender o
mundo e o local em que trabalha, dependência excessiva na
62
63
tomada de decisões no ambiente de trabalho, entre outros
fatores. Por outro lado, a ‘trapaça’ realizada por meio da fila
está presente em todo sistema educacional brasileiro. Não dá
para identificar como culpado o próprio aluno, ou o professor.
É possível apontar como possíveis culpados todos nós que
fazemos parte desse complexo sistema. De forma enfática, a
fila continua atuando de forma enraizada na educação
brasileira. Tornou-se cultural e não é vista (principalmente pelo
discente) como algo fraudulento, corrosivo e doloso. Muitas
vezes, professores (fazem vista grossa) evitam punir os alunos,
a fim de evitar mais problemas dentro da escola ou
universidade.
Contextualizando, a fila acaba transformando
estudantes em robôs, transformando estudantes reféns de
provas de períodos anteriores, reféns de assuntos resumidos
em Power Point que não compreendem a fundo a essência da
disciplina que é ministrada pelo professor. Em outras palavras,
como Stephen Kanitz citava: “devemos acabar com as notas”.
Pois, acabando com as notas, preparamos os alunos para o
mercado de trabalho, para o conhecimento, e, acima de tudo,
para a vida.
Porém... Quem nunca filou que atire a primeira pedra!
64
Insight
Cheguei até a defender que no Brasil nós vivemos uma crise ética (quando muitos
ainda pensam que a crise é econômica ou política), mas mudei de ideia. Ampliei minha consciência sobre o problema e
cheguei a conclusão de que, ao se desviar recursos públicos que deveriam servir à educação, saúde, segurança, transporte, lazer, saneamento e mobilidade, dentre
outros direitos declarados à população, na verdade o elemento corrupto está
extirpando das crianças, dos jovens, da sociedade, a possibilidade dela ser questionadora, reflexiva, politizada,
saudável, segura, comunicativa, tecnológica, competitiva... Desenvolvida.
A crise que estamos passando é humanitária! E todo o planeta padece do
mesmo mal.
“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existentepela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas
formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.”Schumpeter
Empreendedorismo
Considerado um dos temas mais apreciados pelo
mercado e pela academia: o empreendedorismo. Esta
temática tornou-se uma ferramenta de discussão entre vários
setores da sociedade. A globalização o tornou uma variável
presente em nosso dia a dia, principalmente, os jovens que
começaram a empreender de várias formas e gostos. Sob
forma de modelos de negócios, vimos vários e, até agora, o
leque está aumentando. Modelos que se caracterizam, como:
franquias, e-commerce, food truck, Youtubers. A cada dia,
encontramos uma nova forma de empreender. Isto é
fantástico! Os paradigmas tradicionais revelavam nas
entrelinhas que o sucesso empreendedor era para poucos, e
muitos acreditavam que empreendedorismo era sinônimo de
genética, ou seja, de pai para filho. Os paradigmas atuais
apresentaram ao mundo os empreendedores por
oportunidade.
A era digital fez com que ideias se transformassem em
negócios rentáveis, e a construção destes negócios não
necessitaram de grandes investimentos. Hoje, no Youtube,
encontramos vários canais ligados a entretenimento e humor.
Em relação à comédia, encontramos vários grupos, como:
Porta dos Fundos, Xafurdaria, Putzvéi e Boom. Os chamados
Youtubers. Para ter ideia, o canal de comédia Xafurdaria
contém uma faixa de 2.624.574 inscritos (out/2016), e o
número de visualizações dos vídeos no canal ultrapassa a casa
65
66
dos 190.000.000 (out/2016). O grupo tem uma loja virtual em
que vende: camisas, bonés, canecas e outros. O canal traz
novos vídeos de comédia semanalmente.
Outro negócio que estourou, em 2015, foi o canal
Boom, do publicitário Tiago Feitosa. O canal faz várias
pegadinhas com as pessoas nas ruas. O repertório é
variadíssimo, contendo: falsos sequestros, zumbis, tiros na rua
etc. O áudio e a imagem dos vídeos são de muita qualidade, e
a maioria dos vídeos postados recebem centenas de milhares
de likes. A repercussão dos vídeos e os lucros alcançados
fizeram com que Tiago Feitosa abrisse sua tão sonhada
agência de publicidade. O canal está no ar desde Janeiro de
2013, com uma faixa de 4.880.662 inscritos (out/2016) e com
mais de 470.000.000 visualizações (out/2016). Da mesma
forma que o Xafurdaria, o canal Boom possui uma loja virtual,
que vende: camisas, bonés e outros. Com o slogan: “vamo (sic)
nessa maluco”, cada like recebido nos vídeos faz com que a
conta do publicitário cresça cada vez mais.
Os grupos possuem ainda comunicação na web por
meio do: Facebook, Instagram e Twitter. A era digital fez com
que jovens, com uma câmera na mão, pudessem filmar
pegadinhas ou ensaiarem um stand-up comedy e começarem a
ganhar dinheiro. A quebra das barreiras globais fez da Internet
uma porta rentável para potenciais empreendedores de todas
as idades.
Outro modelo de negócio que está virando febre no
Brasil são os Food Trucks. Os chamados comida sobre rodas ou
caminhão de comida estão espalhados em todo o Brasil. Na
região Nordeste, os foods estão desabrochando; na região
Sudeste já existem vários. Os Shoppings Rio Mar e Recife
oferecem um espaço para o evento Coletivo na Rua Tem, em
que vários carros sobre rodas estão reunidos e oferecendo
uma grande variedade de comidas, como: hambúrguer,
sanduíches, sorvetes, comida japonesa, italiana e outros. A
grande vantagem dos foods está na redução de gastos, como
IPTU e aluguel. Por outro lado, existe a falta de uma legislação
específica para a regulamentação. Dos estados que contêm
legislação, o número ainda é ínfimo. O crescimento dos food
trucks fazem deles um fast food ambulante. Podendo transitar
aonde quiser, buscando o cliente em várias partes da cidade e
do estado. Este modelo de negócio utiliza as redes sociais toda
hora, na qual fornece informações sobre: local, cardápio do
dia, horário e outros itens. Os food trucks têm a intenção de ir
até o cliente, trazendo comodidade, rapidez e qualidade. Na
Internet encontramos vários dados referentes ao crescimento
do food service no Brasil; o empreender na rua vem dando
retorno, pois a maioria da população almoça e janta na rua.
Nos finais de semana é que as pessoas almoçam e jantam em
casa. O mercado na rua oferece várias alternativas de se
empreender, o surgimento dos food trucks fizeram com que
empresas realizassem parcerias estratégicas. Hoje,
comerciantes de bebidas permitem um food truck, que fornece
arrumadinhos de charque e carne, estacione dentro do seu
estabelecimento, e a loja de bebidas fornece além das bebidas,
mesas para que os clientes realizem a degustação. A
globalização juntou as empresas e fez com que os
67
empreendedores que tinham concorrentes indiretos
tornassem aliados e complementassem as suas distintas
atividades. O século XXI incita a todos a “saírem do armário” e
empreender.
Em São Paulo está surgindo uma nova tendência de
empreendimentos formados em terraços de edifícios. É isso
mesmo que você leu! As pessoas que sobem vários degraus
das escadas ou utilizam o elevador dos prédios estão
dispostas a desembolsar alguns trocados na companhia de
música (agitada ou agradável), ambiente descontraído,
petiscos e drinques. É o caso da Galeria Desperada, um
espaço instalado no topo da galeria Ouro Fino, que irá receber
baladas, e do novíssimo Copas Terraço Bar, misto de bar e
balada alojado no alto do Studio Dama. Há também o High
Line, outro local que reúne bar e balada e que conta com
quatro ambientes - o mais alto deles é um "rooftop" com bar
próprio, mesas espaçosas e vista para a Vila Madalena. Esses
espaços possuem um layout arrojado e altamente
“descolado”-, pois, o principal público-alvo é formado por
jovens.
O caso que chama atenção é do Terraço Aurora, um bar
que fica no topo do The Hostel, na Vila Mariana. O
“Castelinho”, como é carinhosamente chamado, é a mais nova
novidade da rede The Hostel, inaugurada em 2014 (a rede
existe desde 1926). O bairro de Vila Mariana é considerado um
bairro boêmio, no coração de São Paulo. O The Hostel possui
uma arquitetura que mistura elementos de época, como:
68
69
colunas rococó, vitrais, afrescos etc.
Além da tradição do Hotel em São Paulo, o proprietário
João Luiz enxergou uma oportunidade única ao inaugurar um
espaço de lazer com opções gastronômicas e de
entretenimento, intitulado Terraço Aurora. A capacidade do
espaço é de 200 pessoas. Os sábados são bem agitados, e as
festas contam com música ao vivo ou DJs de música
eletrônica. Luiz destaca que o “Terraço Aurora nasceu para ser
um espaço onde os turistas poderiam visitar como um ponto
turístico a mais na cidade [...] Nossa expectativa é criar festivais
gastronômicos culturais, convidando pessoas do mundo todo para
colaborarem com o cardápio e oferecer os sabores de diversos
países no Terraço Aurora". O cardápio contará com opções de
cervejas artesanais, nacionais e importadas, drinks alcoólicos e
não alcoólicos, além de cachaças brasileiras regionais e drinks
de outros países da América Latina. Na parte gastronômica, as
receitas focam em pratos vegetarianos e tradicionais da
América Latina, tais como, patacones colombianos, tequenos
peruanos, entre outros. A decoração do espaço gastronômico
estará alinhada com a arquitetura do hotel. A construção do
espaço tem por objetivo oferecer um local em que as pessoas
possam utilizar para confraternização, eventos, expor artes e
gerar entretenimento cultural e gastronômico. O público-alvo
do hotel vai além dos brasileiros, “[...] afinal o The Hostel recebe
hóspedes do mundo inteiro e isso será interessante para as pessoas
que querem conhecer apenas o bar".
Insight
70
Em tempos de crise a pluralidade de habilidades é de grande utilidade, pois um gestor
capacitado consegue encontrar uma quantidade maior de soluções, em
um tempo mais reduzido. Capacitação é o segredo!
71
“Estou sempre alegre.Essa é a melhor maneira de resolver os problemas da vida.”
Charles Chaplin
Bússola da estagnAÇÃO pessoal
ALTA AUTOESTIMAAutocon�ança
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72
MOMENTO
DE ALERTA!
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B)
Na Bússola da estagnAÇÃO pessoal estão ilustradas as
possibilidades que iremos nos deparar, ao lidarmos com
nossas emoções, ações e julgamentos.
A humanidade está passando por um surto de
TERCEIRIZAÇÃO DE CULPA e, cada vez mais, encontramos
pessoas próximas se queixando do chefe, dos funcionários, do
marido, da esposa, dos filhos, dos pais, da empresa, da falta
de oportunidade, da sorte, do universo e, quando não há mais
quem culpar, sobra para Deus ou o capeta.
Falta a consciência de que só existe um único
responsável por nossos sucessos e insucessos: NÓS MESMOS.
Muita atenção quando você se pegar declarando coisas, como:
- Eu dediquei muito tempo e deu errado, mas isso não era tão
importante assim.
- Eu sabia que não daria certo!
- Ainda bem que deu errado no começo. Se fosse para mim seria
mais fácil.
Se isso estiver acontecendo, provavelmente você estará
se autossabotando. Estará mentindo para si mesmo e
abdicando de coisas importantes para sua realização pessoal,
abdicando da vontade de lutar e do doce sabor da vitória.
Precisamos aprender a lidar com nossos medos e
anseios, além de projetar os possíveis insucessos,
simplesmente como oportunidades únicas de aprendizado.
Deixamo-nos levar pela preocupação em decepcionar pessoas
que consideramos importantes e pela forma com a qual elas
irão nos julgar. Muitas vezes carregamos culpas por toda a
nossa vida e elas nos acorrentam e oprimem.
Liberte-se! Viva plenamente o hoje sem medo. Planeje seu
futuro e SEJA FELIZ!
73
74
Observe na figura A que, enquanto um ponteiro indica
DESENVOLVIMENTO PESSOAL, o outro ponteiro alinha-se com
a AUTOCONFIANÇA e o AUTOCONHECIMENTO. Isso porque ao
investirmos em capacitação pessoal, nossas mentes “se
abrem”, formam-se novas conexões neurais, melhoramos
nosso poder cognitivo e, consequentemente, ampliamos nosso
conhecimento sobre nossos potenciais e limitações. Uma vez
conhecendo os pontos fortes e fracos, é possível traçar
estratégias para potencializar o que temos de melhor
(aumentando o diferencial competitivo) e melhorar nossos
aspectos mais frágeis (se for realmente o caso). Esse conjunto
de fatores faz com que a gente dê passos firmes, seja qual for
o terreno que escolhamos percorrer.
Já na figura B, podemos observar que os ponteiros
alinham-se entre a AUTOSSABOTAGEM e a BAIXA
AUTOCONFIANÇA / BAIXO AUTOCONHECIMENTO. Quando
optamos por nos trancar em nosso próprio mundo e não
damos espaço para novas descobertas, acabamos vendo a
locomotiva da vida passar bem diante de nossos olhos, na
velocidade da luz. O sentimento de termos sido abandonados
na última estação causa grande insegurança e faz-nos sempre
buscar culpados por nossos insucessos. Como somos
criaturas feitas por hábitos, podemos facilmente nos
acostumar com a ideia de que não somos bons nisso ou
naquilo, que merecemos o insucesso ou que tudo de ruim foi
coisa do destino. Pessoas nessa situação não possuem boa
empregabilidade e têm grande dificuldade para realizar
planejamento a médio/longo prazo. É necessário ficar atento e
identificar o quanto antes se você chegou nesse MOMENTO DE
ALERTA, pois, quanto mais cedo atitudes contrárias à
75
MOMENTO
DE ALERTA!
ALTA AUTOESTIMAAutocon�ança
AutoconhecimentoBA
IXA
AU
TOES
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C)
estagnação forem tomadas, mais rapidamente o quadro pode
ser revertido.
Mas a bússola ainda guarda uma terceira possibilidade
(C)! Muitas vezes o elemento até busca constantemente o
aprimoramento pessoal e, por conta de uma distorção de sua
autoimagem, ele acaba com a AUTOESTIMA alta até demais,
fazendo com que se sinta superior aos outros, oprimindo,
desdenhando e subjugando, ofuscado pelas luzes do sucesso
que acha ter. Agindo assim, na verdade, ele está se
AUTOSSABOTANDO. Sua imagem vai ficando cada vez mais
desgastada no meio em que atua, correndo o risco de ser
descartado parcialmente ou totalmente do cenário
empresarial, familiar e social.
No meio de todo esse reboliço, diante de tantas possibilidades, é fácil se perder no nevoeiro de informações e não saber para qual caminho profissional, e até mesmo pessoal, seguir. Reverberam questões, como:- Qual profissão vai me trazer maior rentabilidade?- Priorizar a família ou a carreira profissional?- Devo fazer o que gosto ou o que me rentabiliza melhor?- Quem sou eu?- Aonde quero chegar? Essas dúvidas e incertezas, na maioria das vezes, desaguam na ANSIEDADE, que ficou conhecida na atualidade como o mal do século. Uma pessoa desestabilizada emocionalmente acaba se tornando um profissional com potencial produtivo limitado e desenvolve dificuldades para lidar com outras pessoas e com ela mesma. Uma profissão que não é tão nova assim, mas que está ganhando cada vez mais respeito, até mesmo dos grandes CEOs, vem ajudando as pessoas a encontrarem seu ponto de equilíbrio, a traçarem metas profissionais e pessoais alcançáveis, a serem melhores. É o Coach. Coaching é uma palavra de origem inglesa que indica uma atividade de formação pessoal em que um instrutor (coach) apoia o seu cliente (coachee) a evoluir em alguma área da sua vida e alcançar metas que sozinho ele não conseguiria.O processo de coaching inicia-se quando o coachee se declara
O Coaching ajuda“Todo mundo é um gênio.
Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore,ela vai passar toda a sua vida acreditando que ele é estúpido.”
Albert Einstein
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apto e disponível para realizar as atividades, pronto para o aprendizado. O cliente então cria uma meta, que pode abranger as mais diversas áreas e o objetivo é de ajudar essa pessoa a maximizar seu potencial e trazer mais resultados para sua empresa, para o desenvolvimento do seu trabalho e para sua vida pessoal. Com o propósito de serem mais assertivos, os profissionais de Coaching se especializaram em diversas áreas, como o Coach de Relacionamentos, Coach de Família, Coach de Atletas, Coach de Adolescentes, Coach de Crianças, Coach de Sucesso, Coach de Comunicação, Coach de Vendas, Coach de Liderança, Coach de Negócios, Coach Financeiro, Coach de Aposentadoria, Coach de Crises e Transições, Coach de Carreira, Coach Espiritual, Coach de Emoções, Coach de Superação, Coach de Transformação, Coach de Novos Negócios, Coach de Gestores, Coach Financeiro, Coach de Férias, Coach de Orientação Profissional, Coach de Carreira, Coach de Planejamento, Coach de Empreendimento e Coach para Emagrecimento, dentre diversas outras especialidades. É muito importante ficar atento às emoções. Pessoas equilibradas, mesmo diante de grandes adversidades, conseguem mais rapidamente tomar as melhores decisões. Conseguem ser líderes melhores, pois compreendem melhor os conflitos comuns entre seus liderados. E, naturalmente, são melhores conhecedoras de si mesmas. Quanto maior a busca por capacitação e autoconhecimento, mais elevada se torna a autoestima do indivíduo. É um belo início de caminho em busca da felicidade. Para fazermos melhor este mundo que muda a cada segundo, temos que investir na nossa mudança (melhoria) pessoal. Dê o exemplo. Pense nisso. Passe a diante.
“O tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo.”Leonardo Da Vinci
Nunca na história da humanidade tivemos que lidar com tanta informação ao mesmo tempo. Nunca tivemos tantas tarefas para realizar em um período tão curto. E quem nunca se queixou que o dia não rendeu, que as horas passaram rápido demais, que não deu tempo para fazer isso ou aquilo? Será que utilizamos bem o nosso tempo? Pior ainda é quando dizemos que não podemos perder tempo, porque tempo é dinheiro. Tempo nunca foi dinheiro! Se fosse dinheiro, poderíamos estocar, fazê-lo render e utilizá-lo depois quando mais precisássemos. Mas é certo dizer que o tempo é um bem precioso, distribuído de forma democrática para todas as pessoas. Isso mesmo! Talvez a característica mais peculiar do tempo seja a igualdade. O tempo passa igualzinho para o pobre e para o multimilionário. Para o bebê e para o vovô. A grande diferença está em como administramos nossas ações, nossos afazeres diante do tempo que temos. Muitos ainda aplicam de forma equivocada o termo “administração do tempo”. Não dá para administrar o tempo, pois faça o que você fizer ele não sofrerá alterações. O que podemos e devemos fazer é administrar nossas tarefas, organizando-as de forma racional, determinando prioridades, planejando tudo, se possível, periodicamente. Devemos aproveitar todo o aparato tecnológico que temos em mãos para nos ajudar nessa tarefa.
Tempo, tempo, tempo, tempo...
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Uma forma simples, por exemplo, de organizar a agenda é anotar tudo no celular e programar alarmes para evitar o esquecimento de alguma ação importante a ser realizada. Um simples bloco de anotações também pode ser bastante útil. Mantenha seus documentos organizados, roupas bem distribuídas e separadas no armário, mantenha os ambientes, por onde circula, limpos e cobre para que eles permaneçam assim, cuide dos utensílios de trabalho para que estejam sempre funcionais e com fácil localização. Lembre-se que somos feitos de hábitos e sempre é um bom dia para se começar ou aprimorar novas atitudes. O mercado está cada vez mais em busca de profissionais dinâmicos, que saibam lidar de forma rápida, coerente e assertiva com um número cada vez mais crescente de dados/informações. Mas não esqueça da saúde! A produtividade está ligada diretamente ao bem estar. Se considerarmos uma carga diária de trabalho em torno de oito horas, mais duas horas de almoço (na rua), mais uma hora de deslocamento de ida e mais uma hora de retorno (se você não morar muito distante do trabalho), teremos ao todo doze horas do seu dia dedicados ao trabalho e transporte. Considerando que você dorme (ou deveria dormir) oito horas, sobram apenas quatro horas para fazer o que gosta (aproveitar a família, um animal de estimação, leitura, etc). Mas, se você também desenvolver alguma atividade de aperfeiçoamento pessoal, além das oito horas de laboro, vai faltar tempo para desanuviar a mente. Tem solução? Tem, claro! Esse é o grande desafio: aplicar seu tempo em atividades que lhe gerem renda e ao mesmo tempo prazer. Quando se trabalha no que se gosta, o tempo passa de forma extremamente produtiva e prazerosa. Dessa forma, o tempo não será carrasco.
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É muito triste observarmos indivíduos consultando as horas, incessantemente, pensando apenas no horário de “largar”. Atitudes assim são corriqueiramente observadas no ambiente corporativo e educacional. Cuidado para não perder seu tempo! Se isso aparentemente acontece com você, faça as seguintes perguntas: o que eu realmente estou fazendo aqui? O que estou fazendo para me aperfeiçoar como pessoa e como profissional? Aonde pretendo chegar? Jamais, eu disse jamais, você conseguirá reaver o tempo perdido, mas a partir dessa consciência é possível planejar melhor suas atividades, seus relacionamentos com os outros e consigo mesmo. Administre bem sua ações e viva tranquilo com essa maravilha indomável chamada tempo.
Insight
Todo mundo inicia o dia com 86.400 segundos para aproveitar da melhor forma
possível.Reclame e julgue menos, agradeça mais,
contemple a natureza e a singularidade do outro, seja uma pessoa de atitude e não
esqueça de cuidar da saúde.
"O errado não é a criação de riqueza,mas o amor ao dinheiro por si só."
Margaret Thatcher
O mercado está sinalizando que o dinheiro da forma
como o conhecíamos pode estar entrando em extinção. Ao
longo das últimas décadas assistimos a crescente utilização de
cheques e cartões de crédito/débito como alternativas às
moedas cunhadas e notas impressas. Agora, observamos a
ascensão das moedas digitais. O Bitcoin é uma delas.
A palavra Bitcoin é formado pelas palavras COIN =
moeda em língua inglesa e de BIT = unidade mínima da dados
digitais.
Veja abaixo como é representada:
Estamos falando aqui de uma criptomoeda e sistema
de pagamento online, baseado em protocolo de código aberto
que é independente de qualquer autoridade central
reguladora. Um Bitcoin pode ser transferido por um
computador ou smartphone. O conceito foi introduzido em
meados de 2008, por um grupo que utilizou o pseudônimo de
Cadê o dinheiro que estava aqui?
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Satoshi Nakamoto, que o chamou de sistema eletrônico de
pagamento peer to peer (arquitetura de computadores a qual
cada um dos pontos ou nós da rede funciona tanto como
cliente quanto como servidor, permitindo compartilhamentos
de serviços e dados sem a necessidade de um servidor
central).
O fato de não haver uma entidade administradora
central torna inviável que qualquer autoridade financeira ou
governamental manipule a emissão e o valor de Bitcoins ou
induza inflação imprimindo mais notas, como é comum com
as moedas tradicionais. Porém, grandes movimentos
especulativos de oferta e demanda podem fazer com que o seu
valor sofra oscilação no mercado de câmbio.
As transações realizadas com Bitcoins são públicas,
armazenadas em banco de dados distribuídos de
contabilidade pública conhecido como blockchain (cadeia de
blocos).
Antes da invenção da blockchain, a única maneira de se
manter registros de contabilidade era por meio de bancos de
dados centralizados e, geralmente, não-públicos. Era
necessário que as pessoas confiassem que o banco de dados
fosse realmente honesto.
A tecnologia permite que esses dados sejam
distribuídos por todos os participantes, de maneira
descentralizada e transparente. Não é necessário mais a
obrigatoriedade da confiança em um terceiro, para que as
informações estejam corretas e não sejam fraudadas.
Bitcoin é uma das primeiras implementações do
conceito chamado criptomoeda descentralizada, descrito
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originalmente em 1998, por Wei Dai. Apesar de seu formato
digital, um Bitcoin não deixa de ser considerado um ativo, no
sentido econômico do termo.
E quem disse que o Brasil não entrou nessa onda? Em
2015, o País bateu seu recorde local de transações em
Bitcoins, contabilizando 10 mil Bitcoins, equivalentes a 9,3
milhões de Reais.
Como é um projeto relativamente novo, muitas dúvidas
surgiram em torno desse modelo. Algumas autoridades
sinalizam que pode ser um brecha para atividades ilícitas,
como lavagem de dinheiro, por exemplo. Por esse motivo,
alguns países proibiram sua circulação interna. A China é um
deles.
Em tempos que se fala muito em preocupação com
escassez de recursos naturais, a ideia de termos um moeda
digital que não utilize metais ou papel em sua produção é
muito bem-vinda. Seria também uma excelente alternativa
para a redução da criminalidade, já que não seria mais
necessário a utilização de carros fortes para transporte de
grandes valores, não mais faria sentido o termo “bater
carteira”, nem teríamos explosões em agências bancárias. A
burocratização dos processos financeiros também deixariam
de existir, tornando as transações extremamente dinâmicas.
Bitcoin é um projeto relativamente novo que está
evoluindo de forma rápida e tem tudo para tomar grandes
proporções. Mas recomendamos, neste momento, muita
cautela e uma leitura mais aprofundada sobre o tema antes de
você optar por essa diversificação de investimento.
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Insight
Na história da humanidade, nunca se falou tanto na necessidade de ser obter a independência financeira, de se alcançar o olimpo profissional, de ser rico. Mas o
que é ser rico de verdade? Ter cifras milionárias na conta, um carro na
garagem que faça de 0 a 100Km/h em apenas 3 segundos, um jatinho, uma
mansão ou cobertura em um bairro nobre de qualquer capital do mundo?
Ser rico é ter saúde e ter total liberdade de realizar escolhas conscientes. É fazer o que gosta e ser remunerado por isso. É
debruçar a cabeça no travesseiro e ter uma bela noite de sono, sem culpas.
Ser rico é sentir-se verdadeiramente feliz.
Caro leitor, ainda não é o fim do livro. O mundo está
em constantes mudanças e essa situação de “incerteza” nos
gera inquietações (medo, coragem e/ou ambos) das mais
variadas possíveis. O objetivo da obra é proporcionar uma
reflexão quanto as decisões a serem tomadas, seja no
âmbito pessoal, seja no profissional. A globalização e o
rompimento das barreiras artificiais do mundo corporativo
nos impõem uma cultura empreendedora. Cultura esta
permeada de símbolos, histórias, marcas, ícones,
interações e uma grande quantidade de informações.
Cliques e mais cliques nos dão a sensação de estarmos
informados, mas nos deixam cada vez mais afastados do
nosso eu. O século XXI, caracterizado pela revolução
pós-moderna e pós-digital, faz pressões quanto a nossa
forma de ser, de se vestir, de vender e de comprar. Ditar o
ritmo do mercado e criar tendências não são tarefas
singelas nem para as empresas nem para os gestores. Estar
em contato com o mercado e a academia são formas
necessárias de compreender o local em que estamos. Por
outro lado, repensar a nossa vida cotidiana é de suma
importância para trazermos a nossa vida uma
palavra-chave: humanização. O gestor moderno não poderá
pensar apenas e, exclusivamente, no lucro do seu negócio. O
gestor pós-moderno necessita pensar em outras demandas,
Considerações Finais
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como: sustentabilidade, comunidade, clientes, economia,
concorrência, lazer, cultura e crenças. Dessa forma, essas
variáveis, juntamente com o retorno mercadológico (lucro),
complementam-se e fazem com que as empresas se
perpetuem em um cenário altamente competitivo. Para
finalizar, desejamos ao leitor coragem na jornada, pois, ela é
longa e cansativa (mas gratificante). Aproveite as
oportunidades que o mundo está lhe dando, não seja mais
um na multidão. Seja você mesmo, cada vez melhor e
original. Grande abraço e até breve!
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