· web viewb) “já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um...

22
Simulado semanal 05 03.04.15 1. (Fmp 2016) É frequente na obra de Machado de Assis a existência de triângulos amorosos, de casamentos de conveniência, eivados de tédio. Comumente a mulher é causadora do conflito na narração e, sendo descrita sob um olhar fundamentalmente masculino, incorpora uma imagem negativa. O trecho da obra machadiana em que a figura feminina NÃO é descrita dessa forma é o seguinte a) “Não sorria de escárnio. A expressão das palavras é que era uma mescla da candura e cinismo, de insolência e simplicidade, que desisto de definir melhor. Creio até que insolência e cinismo são mal aplicados. Genoveva não se defendia de um erro ou de um perjúrio; não se defendia de nada; faltava-lhe o padrão moral das ações. O que dizia, em resumo, é que era melhor não ter mudado, dava-se bem com a afeição do Deolindo, a prova é que quis fugir com ele; mas, uma vez que o mascate venceu o marujo, a razão era do mascate, e cumpria declará-lo.” (Noite de Almirante – Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn004.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.) b) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes mavioso e pensativo, tão cheio de graça que faria amável a cara de um avarento. Põe-lhe o nariz aquilino, rasga-lhe a boca meio risonha, formando tudo um rosto comprido, alisa-lhe os cabelos ruivos, e aí tens a moça Flora.” (Esaú e Jacó, cap. XXXI – Flora - Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm09.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.) c) “Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, foi-se acercando dele, envolveu- o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura; mas a batalha foi curta e a vitória delirante. Adeus, escrúpulos!” (A cartomante - Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn005.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.) d) “A que me cativou foi uma dama espanhola. Marcela, a “linda Marcela”, como lhe chamavam os rapazes do tempo. E tinham razão os rapazes. [...] A verdade é que Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça, lépida,sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo, que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estouvamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes.” (Memórias Póstumas de Brás Cubas – Cap XIV – O primeiro beijo - Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm05.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.) e) “Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão Página 1 de 22

Upload: lyque

Post on 24-Apr-2018

232 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

1. (Fmp 2016) É frequente na obra de Machado de Assis a existência de triângulos amorosos, de casamentos de conveniência, eivados de tédio. Comumente a mulher é causadora do conflito na narração e, sendo descrita sob um olhar fundamentalmente masculino, incorpora uma imagem negativa. O trecho da obra machadiana em que a figura feminina NÃO é descrita dessa forma é o seguinte a) “Não sorria de escárnio. A expressão das palavras é que era uma mescla da candura e cinismo, de insolência e simplicidade, que desisto de definir melhor. Creio até que insolência e cinismo são mal aplicados. Genoveva não se defendia de um erro ou de um perjúrio; não se defendia de nada; faltava-lhe o padrão moral das ações. O que dizia, em resumo, é que era melhor não ter mudado, dava-se bem com a afeição do Deolindo, a prova é que quis fugir com ele; mas, uma vez que o mascate venceu o marujo, a razão era do mascate, e cumpria declará-lo.”

(Noite de Almirante – Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn004.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.)

b) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes mavioso e pensativo, tão cheio de graça que faria amável a cara de um avarento. Põe-lhe o nariz aquilino, rasga-lhe a boca meio risonha, formando tudo um rosto comprido, alisa-lhe os cabelos ruivos, e aí tens a moça Flora.”

(Esaú e Jacó, cap. XXXI – Flora - Disponível em:<http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm09.pdf>. Acesso em: 21 nov.

2014.) c) “Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, foi-se acercando dele, envolveu- o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura; mas a batalha foi curta e a vitória delirante. Adeus, escrúpulos!” (A cartomante - Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn005.pdf>. Acesso em: 21 nov.

2014.) d) “A que me cativou foi uma dama espanhola. Marcela, a “linda Marcela”, como lhe chamavam os rapazes do tempo. E tinham razão os rapazes. [...] A verdade é que Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça, lépida,sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo, que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estouvamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes.”

(Memórias Póstumas de Brás Cubas – Cap XIV – O primeiro beijo - Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm05.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.)

e) “Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.”

(Missa do galo - Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn006.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014.

2. (Unicamp 2016) Morro da BabilôniaÀ noite, do morrodescem vozes que criam o terror(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na línguaGeral).

Página 1 de 17

Page 2:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Quando houve revolução, os soldadosespalharam no morro,o quartel pegou fogo, eles não voltaram.Alguns, chumbados, morreram.O morro ficou mais encantado.

Mas as vozes do morronão são propriamente lúgubres.Há mesmo um cavaquinho bem afinadoque domina os ruídos da pedra e da folhageme desce até nós, modesto e recreativo,como uma gentileza do morro.

(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.)

No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade, a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela

referência ao Morro da Babilônia. b) o sentimento do mundo é representado pela percepção particular sobre a cidade do Rio de

Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da Babilônia. c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que

caracteriza a figura de estilo denominada paronomásia. d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no percurso figurativo do poema, um oxímoro: a

relação entre terror e gentileza no espaço urbano. 3. (Faculdade Albert Einstein 2016) Carlos Drummond de Andrade publicou em 1940 a obra Sentimento do Mundo, poesia de cunho social e político e marcada pela resistência diante dos totalitarismos. Poesia engajada e participante. Assim, indique nas alternativas abaixo a que contém trecho que indicia a recusa de escapismos e de fuga da realidade. a) Tive ouro, tive gado, tive fazendas.Hoje sou funcionário público.Itabira é apenas uma fotografia na paredeMas como dói! b) Chega um tempo em que não se diz mais: meu DeusTempo de absoluta depuração.Tempo em que não se diz mais: meu amor.Porque o amor resultou inútil.E os olhos não choram.E as mãos tecem apenas o rude trabalho.E o coração está seco. c) Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafinsO tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,A vida presente. d) A noite é mortal,Completa, sem reticências,A noite dissolve os homens,Diz que é inútil sofrer,A noite dissolve as pátrias,Apagou os almirantesCintilantes! Nas suas fardas.A noite anoiteceu tudo...O mundo não tem remédio...Os suicidas tinham razão

Página 2 de 17

Page 3:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

4. (Ueg 2016) CONJUGAÇÃO

Eu falo tu ouves ele cala.

Eu procuro tu indagas ele esconde.

Eu planto tu adubas ele colhe.

Eu ajunto tu conservas ele rouba.

Eu defendo tu combates ele entrega.

Eu canto tu calas ele vaia.

Eu escrevo tu me lês ele apaga.

SANT’ANNA, Affonso Romano de. Poesia reunida: 1965-1999. Porto Alegre: L&PM, 2004. p. 157-158

Tradicionalmente são consideradas antônimas palavras cujos significados estão em oposição entre si. Considerando-se isso, verifica-se no poema “Conjugação”, de Affonso Romano de Sant’Anna, que a) o fato de usar versos curtos, com apenas duas ou três palavras, dificulta a compreensão das

oposições lexicais e enfraquece a estética do poema. b) as oposições de sentido são apresentadas de forma dicotômica no poema, já que as

oposições ocorrem apenas em agrupamentos bipolares. c) as palavras apresentam oposição de sentido de vários modos distintos, de acordo com o

texto em que ocorrem e com seu contexto de uso. d) o uso de três verbos diferentes em cada estrofe do poema tem como meta semântica a

construção de um significado econômico. 5. (G1 - utfpr 2016) Antigamente as moças chamavam-se “mademoiselles” e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...)Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água.

Carlos Drummond de Andrade

Página 3 de 17

Page 4:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Sobre o excerto acima, retirado da crônica “Antigamente”, assinale a alternativa correta. a) A linguagem culta formal é opção feita pelo autor, mas acaba sendo prejudicada pelos

arcaísmos, que tornam o texto obsoleto. b) A linguagem do texto apoia-se em uma variante linguística que demonstra o movimento de

mudanças constantes que as línguas sofrem, através do tempo. c) Por empregar expressões em desuso, existentes apenas nos dicionários, o texto desperta

interesse apenas dos mais idosos. d) Contém erros grosseiros, como o uso de palavra estrangeira, expressões incompreensíveis

como “pé de alferes”, “faziam o quilo”, “de pouco siso” etc. e) O saudosismo do autor confere ao texto um tom muito triste, nostálgico. 6. (G1 - cps 2016) Leia um trecho do poema de Cora Coralina.

Se temos de esperar,que seja para colher a semente boaque lancamos hoje no solo da vida. (...)

<http://tinyurl.com/pts55ky> Acesso em: 20.08.2015.

A palavra destacada, nesse fragmento, morfologicamente, classifica-se como um a) artigo definido, pois determina o substantivo. b) artigo indefinido, pois indetermina o substantivo. c) advérbio, pois atribui uma circunstancia ao verbo. d) pronome pessoal, pois designa a pessoa do discurso. e) pronome relativo, pois refere-se a um termo anterior. 7. (G1 - ifal 2016) O texto abaixo é referência para a questão a seguir.

“Aliás versos não se escrevem para leitura de olhos mudos. Versos cantam-se, urram-se, choram-se. Quem não souber cantar não leia Paisagem nº 1. Quem não souber urrar não leia Ode ao Burguês. Quem não souber rezar, não leia Religião. Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço, um dos solos de Minha Loucura, das Enfibraturas do Ipiranga. Não continuo. Repugna-me dar a chave de meu livro. Quem for como eu tem essa chave.”

Mário de Andrade. Literatura Comentada, p.131. Ed. Nova Cultural Ltda.

Tomando como base esse texto de Mário de Andrade, assinale a única alternativa falsa quanto às classes de palavras e suas flexões no uso da língua. a) Os verbos “escrever”, “cantar”, “urrar” e “chorar” têm como sujeito o substantivo “Versos”, por

isso estão no plural. b) Em: “Versos cantam-se, urram-se, choram-se.”, o pronome “se” é índice de indeterminação

do sujeito. c) A vírgula, em: “Quem não souber rezar, não leia Religião.”, de acordo com os aspectos

básicos da pontuação, está empregada indevidamente, uma vez que não se separa o sujeito do predicado.

d) Os substantivos “Escalada”, “Colloque” e “cantiga” são, respectivamente, núcleos dos objetos diretos do verbo “ler”, subentendido em: “Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço...”

e) Se substituirmos a preposição “a”, em: “Ode ao Burguês”, pela preposição “de”, teremos o sentido de finalidade alterado para o sentido de posse.

8. (G1 - ifsc 2016) “Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão de ser da sua vida é você mesmo. A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si.(...)”

Página 4 de 17

Page 5:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Fonte: Roberto Gaefke. (Disponível em: http://www.mensagenscomamor.com/diversas/textos_felicidade.htm

Acesso em: 27 maio de 2015.)

Com base no texto, assinale a alternativa CORRETA. a) Em “(...) remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos (...)”, o vocábulo

destacado é um numeral. b) Em “(...) busque a divindade que existe dentro de si (...)”, a palavra em destaque é um

pronome possessivo. c) Em “(...) por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém

(...)”, os termos em destaque são objeto indireto do verbo “entregar”. d) Ninguém, tudo e algo são pronomes indefinidos. e) Em “(...) quando acreditar que ainda falta algo (...)”, as palavras destacadas são

preposições. 9. (G1 - cps 2016) Leia um trecho do conto “O mata-pau”, de Monteiro Lobato, em que o narrador, em visita, pela primeira vez, à Serra do Palmital, pede ao capataz da fazenda que lhe explique o que é mata-pau.

– Onde? Perguntei, tonto.– Aquele fiapinho de planta, ali no gancho daquele cedro, continuou o cicerone, apontando uma parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos escorridos para o solo. Começa assinzinho, bota pra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai indo, sempre naquilo, nem pra mais nem pra menos, até que o fio alcança o chão. E vai então o fio vira raiz e pega a beber a substância da terra. A parasita cria fôlego e cresce que nem embaúba. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel, passa a corda, passa a pau de caibro e acaba virando tronco de árvore e matando a mãe – como este aqui, concluiu, dando com o cabo do relho no meu mata-pau.

(Urupês, editora Brasiliense, 1972. Adaptado)

Vocabuláriotenção: intençãorelho: chicote de couro torcido com cabo de madeiracicerone: pessoa que mostra ou explica a visitantes ou a turistas os aspectos importantes ou curiosos de um determinado lugar.

É correto afirmar que, na fala do capataz, predominam a linguagem a) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais de afirmação. b) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais de lugar. c) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais de causa. d) científica /técnica e expressões adverbiais de lugar. e) científica/técnica e expressões adverbiais de tempo. 10. (G1 - ifsc 2016) Considerando as palavras adolescentes, derrocada, necessário e professora, é CORRETO afirmar: a) As palavras derrocada e professora têm o mesmo número de sílabas. b) Todas as palavras são substantivos abstratos. c) A divisão silábica correta de adolescentes é: a-do-le-scen-tes, pois não se separam os

encontros consonantais. d) Adolescentes é um substantivo sobrecomum. e) Todas as afirmativas estão corretas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Quarto de Despejo

“O grito da favela que tocou a consciência do mundo inteiro”

Página 5 de 17

Page 6:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos que eu pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava que não tinha valor e achei que era perder tempo....Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas que eu conheço com mais atenção. Quero enviar sorriso amavel as crianças e aos operarios....Recebi intimação para comparecer as 8 horas da noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel. A noite os meus pés doiam tanto que eu não podia andar.Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9 anos.

3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.

6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o João carregar. Eu estava contente. Recebi outra intimação. Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas quando eu recordei do convite do ilustre tenente da 12ª Delegacia....o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia, Circo Theatro Nilo.

9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando.

10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria ido na Delegacia na primeira intimação.(...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disso, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o Dr Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades.(...) O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome tambem é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo e nas crianças.

11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não realizar os desejos de seus filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da cabeça de um porco no frigorifico. Comemos a carne e guardei os ossos para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com fome. Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes. É assim que os favelados matam mosquitos.

13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos. Nas prisões os negros eram os bodes expiatorios. Mas os brancos agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo.Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz. (...) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada: Viva a mamãe!. A manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Mandei-lhe um bilhete assim:“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina”(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou a pedir comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos.

Página 6 de 17

Page 7:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!

(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.)

11. (Epcar (Afa) 2016) Quanto ao uso dos pronomes, assinale a opção que traz uma INFRAÇÃO à norma padrão da língua. a) “Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os ferros.” b) “Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz.” c) “...as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país.” d) “É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.” TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

O FUTURO ERA LINDO

A informação seria livre. Todo o saber do mundo seria compartilhado, bem como a música, o cinema, a literatura e a ciência. O custo seria zero. O espaço seria infinito. A velocidade, estonteante. A solidariedade e a colaboração seriam os valores supremos. A criatividade, o único poder verdadeiro. O bem triunfaria sobre os males do capitalismo. O sistema de representação se tornaria obsoleto. Todos os seres humanos teriam oportunidades iguais em qualquer lugar do planeta. Todos seriam empreendedores e inventivos. Todos poderiam se expressar livremente. Censura, nunca mais. As fronteiras deixariam de existir. As distâncias se tornariam irrelevantes. O inimaginável seria possível. O sonho, qualquer sonho, poderia se tornar realidade.

1Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo que a internet inaugurou. Por anos esquecemos que a internet foi uma invenção militar, criada para manter o poder de quem já o tinha. Por anos fingimos que transformar produtos físicos em produtos virtuais era algo ecologicamente correto, esquecendo que a fabricação de computadores e celulares, com a obsolescência embutida em seu DNA, demanda o consumo de quantidades vexatórias de combustíveis fósseis, de produtos químicos e de água, sem falar no volume assombroso de lixo não reciclado em que resultam, incluindo lixo tóxico.

2Ninguém imaginou que o poder e o dinheiro se tornariam tão concentrados em megahipercorporações norte-americanas como o Google, que iriam destruir para sempre tantas indústrias e atividades em tão pouco tempo. Ninguém previu que os mesmos Estados Unidos, graças às maravilhas da internet sempre tão aberta e juvenil, se consolidariam como os maiores espiões do mundo, humilhando potências como a Alemanha e também o Brasil, impondo os métodos de sua inteligência militar sobre a população mundial, e guiando ao arrepio da justiça os bebês engenheiros nota dez em matemática mas ignorantes completos em matéria de ética, política e em boas maneiras.

3Ninguém previu a febre das notícias inventadas, a civilização de perfis falsos, as enxurradas de vírus, os arrastões de números de cartão de crédito, a empulhação dos resultados numéricos falseados por robôs ou gerados por trabalhadores mal pagos em países do terceiro mundo, o fim da privacidade, o terrorismo eletrônico, inclusive de Estado.

Marion StreckerAdaptado de Folha de São Paulo, 29/07/2014.

12. (Uerj 2016) O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre possibilidades de um futuro regido pela internet.O recurso linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de fatos do passadoé o uso da: a) forma verbal b) pontuação informal c) adjetivação positiva d) estrutura coordenativa TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Página 7 de 17

Page 8:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.

Rosa Amanda StrauszMínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

13. (Uerj 2016) Os conceitos a vestiram como uma segunda pele,O vocábulo a é comumente utilizado para substituir termos já enunciados. No texto, entretanto, ele tem um uso incomum, já que permite subentender um termo não enunciado.Esse uso indica um recurso assim denominado: a) elipse b) catáfora c) designação d) modalização TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Postagem de imagens de cirurgias em redes sociais infringe o Código de Ética Casos como o dos médicos do Hospital das Forças Armadas (HFA) de Brasília, que reproduziram em suas redes sociais na internet fotos de pacientes anestesiados para eventuais procedimentos cirúrgicos, infringem o capítulo IX do Código de Ética Médica, que trata sobre o Sigilo Profissional. A pena pode ir de uma advertência do Cremesp até a cassação do registro profissional de médico, de acordo com o que for determinado após julgamento. A prática infringe mais especificamente o art. 75, que proíbe o médico de “fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou em meios de comunicação em geral, mesmo com a autorização do paciente”. Reinaldo Ayer de Oliveira, conselheiro e coordenador do Centro de Bioética do Cremesp, lembra que a preservação do segredo das informações deve ser mantida por todos os profissionais e instituições. “Além de ser uma obrigação legal contida no Código Penal e na maioria dos Códigos de Ética profissional, é um dever prima facie de todos os profissionais e das instituições”.

Exceções Em algumas situações específicas, que envolvam o dever legal do médico, o seu sigilo profissional pode ser quebrado, como determina o art. 73 do Código. Em outras, o sigilo pode ser relativo, como em técnicas de reprodução humana que revelam características dos embriões antes de sua implantação uterina, segredos envolvendo doenças transmissíveis, que são de notificação compulsória obrigatória e revelação de doadores em transplantes. “Nessas situações, ocorre a quebra do segredo em decorrência do possível benefício das partes envolvidas no ambiente da confidencialidade”, diz Ayer.A divulgação de dados relacionados aos pacientes só é justificada em caso de publicações científicas, mesmo assim a identidade deles deve ser mantida em sigilo.

Página 8 de 17

Page 9:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Jornal do Cremesp. Edição 318 - 09/2014. Disponível em: http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=1927.

Acesso em: 4 set. 2015. Texto adaptado para fins de exame vestibular.

Código de Ética MédicaCapítulo IX – SIGILO PROFISSIONALÉ vedado ao médico:Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente.Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade. Art. 77. Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente sob seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito. (nova redação - Resolução CFM nº 1997/2012)(Redação anterior: Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente sob seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, salvo por expresso consentimento do seu representante legal.)Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo profissional e zelar para que seja por eles mantido.Art. 79. Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de honorários por meio judicial ou extrajudicial.

Código de Ética MédicaDisponível em: http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra_9.asp.

Acesso em: 5 set. 2015.

14. (Faculdade Albert Einstein 2016) No Código de Ética Médica, em vários artigos, há o emprego do conector “salvo”. Qual a relação de sentido que esse elemento instaura? a) Finalidade. b) Essencialidade. c) Exceção. d) Inclusão. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder às questões leia o texto a seguir.

Lanchinho de aviãoDrauzio Varella

A comissária de bordo pede para afivelarmos os cintos e desligarmos os celulares. O comandante avisa que a decolagem foi autorizada, a aeronave ganha velocidade na pista e levanta voo. Pela janela, São Paulo vira um paliteiro de prédios espetados um ao lado do outro. Um pouco mais à frente, a periferia inchada, com ruas tortuosas e casas sem reboque, abraça o centro da cidade como se fosse esganá-lo.

Página 9 de 17

Page 10:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Em poucos minutos, ouve-se um som agudo, sinal de que os computadores podem ser ligados. Junto à porta de entrada, as comissárias se levantam e preparam o carrinho de lanches. De fileira em fileira, perguntam o que cada passageiro deseja beber. No carrinho, acotovelam-se latas de refrigerantes, a garrafa de café e uma infinidade de pacotes de sucos mais doces do que o sorriso da mulher amada. O rapaz à minha direita prefere suco de manga; o da esquerda quer um de pêssego. Agradeço, não quero nada. A moça estranha: “Nada, mesmo?”.

Em seguida, ela nos estende a mão que oferece um objeto ameaçador, embrulhado em papel branco. Em seu interior, um pão adocicado cortado ao meio abriga uma fatia de queijo e outra retirada do peito de um peru improvável. No reflexo, encolho as pernas. Se, porventura, um embrulho daqueles lhe escapa da mão e cai em meu pé, adeus carreira de maratonista. [...]

O comandante informa que, em Belo Horizonte, o tempo é bom e que nosso voo terá duração de 40 minutos. São dez e meia, é pouco provável que os circunstantes tenham saído de casa em jejum. O que os leva a devorar no meio da manhã calorias adicionais, com gosto de isopor? Qual é o sentido de servir comida em voos de 40 minutos?

Cerca de dos brasileiros com mais de 18 anos sofrem com o excesso de peso, taxa que nove anos atrás era de Já caíram na faixa da obesidade de nossos conterrâneos. Os que visitam os Estados Unidos ficam chocados com o padrão e a prevalência da obesidade. Lá, a dieta e a profusão de alimentos consumidos até em elevadores conseguiram a proeza de engordar todo mundo; não escapam japoneses, vietnamitas nem indianos.

As silhuetas de mulheres e homens com mais de quilos pelas ruas e shopping centers deixam claro que existe algo profundamente errado com os hábitos alimentares do país. Nossos números mostram que caminhamos na esteira deles. Chegaremos lá, é questão de tempo; pouco tempo.

A possibilidade de ganharmos a vida, sentados na frente do computador, as comodidades da rotina diária e a oferta generosa de bebidas e alimentos industrializados repletos de gorduras e açúcares que nos oferecem a toda hora criaram uma combinação perversa que conspira para o acúmulo de gordura no corpo.

Os que incorporaram as calorias em excesso no caminho para Belo Horizonte só o fizeram porque o lanche lhes foi servido. Milhões de anos de evolução, num mundo com baixa disponibilidade de recursos, ensinaram o corpo humano a comer a maior quantidade disponível a cada refeição, única forma de sobreviver aos dias de jejum que fatalmente viriam.

Engendrado em tempos de miséria, o cérebro humano está mal adaptado à fartura. A saciedade à mesa só se instala depois de ingerirmos muito mais calorias do que as necessárias para cobrir os gastos daquele dia. A seleção natural nos ensinou a não desperdiçá-las, o excesso será armazenado sob a forma de gordura.

O tecido gorduroso não é um reservatório inerte, produz hormônios, libera mediadores químicos que interferem com o metabolismo e o equilíbrio entre fome e saciedade. E, o mais grave, dá origem a um processo inflamatório crônico que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, vários tipos de câncer e de outros males que infernizam e encurtam a vida moderna.

Por essas e outras razões, caríssimo leitor, é preciso olhar para a comida como fazemos com a bebida: é bom, mas em excesso faz mal.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 05 set. 2015. (Adaptado).

15. (G1 - cftmg 2016) A palavra ‘o’, grifada nas sentenças a seguir, tem uso equivalente ao de um pronome demonstrativo em: a) O que os leva a devorar no meio da manhã 500 calorias adicionais, com gosto de isopor? b) Os que incorporaram as 500 calorias em excesso no caminho para Belo Horizonte só o

fizeram porque o lanche lhes foi servido. c) As silhuetas de mulheres e homens com mais de 120 quilos pelas ruas e shopping centers

deixam claro que existe algo profundamente errado com os hábitos alimentares do país.

Página 10 de 17

Page 11:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

d) E, o mais grave, dá origem a um processo inflamatório crônico que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, vários tipos de câncer e de outros males que infernizam e encurtam a vida moderna.

16. (Pucrj 2016) De acordo com as épocas históricas, ideias filosóficas e conquistas científicas, os valores éticos sofrem modificações. As situações práticas necessitam de diretrizes efetivas que determinam o caminho a ser seguido. Os códigos, as normas, os princípios, as tradições são critérios que se propõem a dirigir a ação humana. À medida que avança o conhecimento humano sobre o próprio viver e tudo aquilo que sobre ele interfere, também aumenta a capacidade humana de intervir sobre a vida individual, coletiva e planetária e, portanto, maior é a necessidade de formas de controle social e ético sobre os produtos e as atividades da ciência, ou seja, sobre tudo o que se pratica em nome da ciência e de seus desdobramentos tecnológicos. Embora possamos nos reportar à história da antiguidade, tomando o exemplo do juramento hipocrático (Hipócrates é considerado o pai da Medicina e foi quem introduziu as bases do juramento médico), é a partir do início do século XX que algumas regulamentações de experimentos científicos começam a surgir em iniciativas de países isolados (EUA, 1900; Prússia, 1901; Alemanha, 1931). Somente quando as atrocidades cometidas na 2ª Grande Guerra em campos de concentração nazistas se tornaram públicas, é que a humanidade se defrontou, de forma drástica, com o lado “terrível” da ciência. Deste confronto foi gerado o Código de Nüremberg, em 1947, considerado o grande marco em termos de movimento para manter a prática científica sob um controle ético e de definição dos pilares desta ética na pesquisa em humanos. Sob os pilares da “utilidade”, “inocuidade” e “autodecisão do participante”, buscou-se coibir toda forma de abuso e crueldade, toda finalidade política ou eugênica, preservando os interesses da pessoa sobre os da ciência.

Texto modificado de PADILHA, M. I. C. S., RAMOS, F. R. S., BORENSTEIN, M. S., MARTINS, C. R.. A responsabilidade do pesquisador ou sobre o que dizemos acerca da ética em

pesquisa. Revista Texto & Contexto Enfermagem, 2005 Jan-Mar; 14(1). UFSC. p. 97-98. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v14n1/a13v14n1.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2015.

a) Quanto ao texto, explicite a que se refere...i) o pronome possessivo seus no 2º parágrafo;ii) o substantivo confronto no último parágrafo.

b) Tendo em vista a tessitura textual, explique a relevância das informações apresentadas entre parênteses no 3º parágrafo do texto.

17. (Fgv 2016) No primeiro aniversário da morte de Luís Garcia, Iaiá foi com o marido ao cemitério, afim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades. Outra coroa havia ali sido posta, com uma fita aonde lia-se estas palavras: – A meu marido. Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória, como beijaria a madrasta se ela lhe aparecesse naquele instante. Era sincera a piedade da viúva. Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.

(Machado de Assis. Iaiá Garcia, 1983. Adaptado)

a) No texto, há duas passagens que foram transcritas em discordância com a norma-padrão da língua portuguesa. Transcreva-as e faça as devidas correções.

b) Explique que sentido assume a preposição “com” na formação das expressões nas passagens “Iaiá foi com o marido ao cemitério” e “Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória”.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Ética

A palavra “ética” vem do grego ethos, tal como “moral” vem do latim mores. Sintomaticamente, tanto ethos como mores significam costumes.

De acordo com essa significação original, as normas de conduta e a definição do que era certo e do que era errado eram impostas aos indivíduos pela comunidade, e os indivíduos

Página 11 de 17

Page 12:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

as aceitavam (tendiam a concordar com o castigo, quando as infringiam). Desse modo, podemos dizer que, num tempo muito antigo, os seres humanos já

conheciam valores. E podemos dizer mais: esses valores, embutidos nas normas de conduta, eram inculcados nos indivíduos pelo grupo. A comunidade precedia a individualidade.

Posteriormente, quando se desenvolveu a atividade mercantil, o comércio exigia a ampliação do espaço para a autonomia individual (o comerciante precisava de espaço para se deslocar para o lugar certo na hora exata em que podia comprar barato e vender caro, a fim de ser bem sucedido, por sua livre iniciativa pessoal).

Os indivíduos mais autônomos passaram a se defrontar com situações nas quais não podiam se limitar a obedecer às normas pré-fixadas pela comunidade e essas normas começaram a perder o vigor. Os indivíduos passaram a enfrentar o desafio de decidir por conta própria o que era certo e o que era errado.

Por mais autônomos que se tornem, entretanto, os indivíduos não podem subsistir sozinhos, precisam da sociedade para sobreviver ao nascer, para crescer, para assimilar uma linguagem. A dimensão social nas pessoas é ineliminável.

Por isso, ao tentarem justificar suas escolhas, ao tentarem esclarecer os fundamentos de sua preferência, ao tentarem hierarquizar seus valores, os indivíduos são levados a formular princípios que devem valer tanto para eles como para os outros. Quer dizer: são levados a elaborar uma ética (uma pauta de conduta) que só pode ser proposta seriamente aos outros (à sociedade) se puder se basear naquilo que cada indivíduo tem de universal.

Toda pessoa é um indivíduo singular, com desejos e interesses particulares, mas é também — potencialmente — um representante da humanidade (Kant). Coexistem dentro de cada um de nós, segundo Kant, o representante da humanidade e o indivíduo sempre particular. Por isso, o ser humano é “social-insociável”.

Texto modificado de KONDER, Leandro. Ética. In: YUNES, Eliana & BINGEMER, M. Clara Lucchetti. Virtudes. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2001. pp. 86-87.

18. (Pucrj 2016) a) Explique o sentido atribuído ao enunciado “A comunidade precedia a individualidade.” no texto.

b) Com relação ao trecho abaixo, extraído do texto, faça o que é pedido a seguir.

“Os indivíduos mais autônomos passaram a se defrontar com situações nas quais não podiam se limitar a obedecer às normas pré-fixadas pela comunidade e essas normas começaram a perder o vigor.”

i) Indique um conectivo que apresente o mesmo valor semântico de e nesse contexto.ii) Observe: “Os indivíduos mais autônomos passaram a se defrontar com situações...” O

emprego da locução verbal nessa passagem traz uma informação implícita. Diga que informação é essa.

19. (Pucrj 2016) a) Conservando o sentido original, reescreva a frase abaixo, atendendo ao

início proposto em cada item:

“Toda pessoa é um indivíduo singular, com desejos e interesses particulares, mas é também — potencialmente — um representante da humanidade.”

i) Apesar deii) Embora

b) Comente as mudanças estruturais e semânticas decorrentes do emprego das preposições nas frases abaixo:Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética.Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis à vida ética.

20. (Fuvest 2015) Leia a seguinte mensagem publicitária de uma empresa da área de logística:

A gente anda na linha para levar sua empresa mais longe Mudamos o jeito de transportar contêineres no Brasil e Mercosul. Através do modal ferroviário, oferecemos soluções logísticas econômicas, seguras e sustentáveis.

Página 12 de 17

Page 13:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

a) Visando a obter maior expressividade, recorre-se, no título da mensagem, ao emprego de expressão com duplo sentido. Indique essa expressão e explique sucintamente.

b) Segundo o anúncio, uma das vantagens do produto (transporte ferroviário) nele oferecido é o

fato de esse produto ser “sustentável”. Cite um motivo que justifique tal afirmação.

Página 13 de 17

Page 14:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

Gabarito:

Resposta da questão 1: [B]

[A] Incorreta – A imagem negativa de Genoveva se faz presente, por exemplo, em “mescla da candura e cinismo, de insolência e simplicidade, que desisto de definir melhor”, de modo que o narrador ainda afirma: “faltava-lhe o padrão moral das ações”.

[B] Correta – A “moça Flora” é descrita de modo positivo pelo narrador. Segundo ele, o olhar dela era “antes mavioso e pensativo, tão cheio de graça que faria amável a cara de um avarento”.

[C] Incorreta – Rita é comparada a uma serpente pelo narrador.[D] Incorreta – A interesseira Marcela é descrita por Brás Cubas como “Era boa moça, lépida,

sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo, que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estouvamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes.”

[E] Incorreta – Conceição, por seu caráter passivo, também é descrita de forma negativa: “No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo.”

Resposta da questão 2: [A]

A referência a situações de violência que acontecem no morro, mas de onde se pode escutar também o som agradável de um cavaquinho, remete, metonimicamente, ao morro da Babilônia, na cidade do Rio de Janeiro, como se afirma em [A].

Resposta da questão 3: [C]

Escapismo ou desejo de evasão de realidades desagradáveis é marca característica dos poetas da segunda geração do Romantismo brasileiro, que, incapazes de se adaptarem ao mundo burguês, se evadiam da realidade através do uso da imaginação e da idealização. Em “Sentimento do mundo”, Carlos Drummond de Andrade rejeita a alienação romântica para retratar um tempo de guerras e de pessimismo sob uma perspectiva crítica e política, como se pode observar nos versos da opção [C]. Neste excerto, o eu lírico recusa uma atitude escapista e idealizadora da realidade (“não serei o cantor de uma mulher (...) / não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, / não distribuirei entorpecentes ou 10 cartas de suicida”) e simbolista (“não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins”) e rejeita o compromisso com o mundo passado (“caduco”) ou futuro. Seu compromisso é com a “vida” e os “companheiros”.

Resposta da questão 4: [C]

O poema apresentado tem como base a oposição de sentidos de diversas naturezas, como se percebe pela leitura comparativa de estrofes como “Eu procuro / tu indagas / ele esconde” e “Eu canto / tu calas / ele vaia”. Percebe-se que ambas indicam ações complementares entre as duas primeiras pessoas em oposição à ação da 3ª pessoa; igualmente notam-se contextos diferentes a cada estrofe.

Resposta da questão 5: [B]

O autor fala de antigamente em contraste com o presente, revelando as mudanças que a sua língua sofreu. Para tanto, ele usa uma variante que revele esse movimento que se dá com o tempo. Um trecho que exemplifica isso bem é “Não faziam anos: completavam primaveras”, no qual o autor afirma que antes usavam a expressão “completar primaveras”, ao invés de “fazer anos”, mostrando as mudanças na linguagem ao longo do tempo. Além desse trecho, o autor

Página 14 de 17

Page 15:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

faz uso de diversas expressões comuns à língua de antigamente, tais como “dar com os burros n’água” e “fazer o quilo”.

Resposta da questão 6: [E]

O termo “que” está retomando a expressão “semente boa” do verso anterior. Assim, o verso “que lançamos hoje no solo da vida” pode ser substituído por “Lançamos a semente boa hoje no solo da vida”.Essa função de retomar/referir-se a um termo anterior é cumprida pelo pronome relativo, como expresso em [E].

Resposta da questão 7: [B]

Em “Versos cantam-se, urram-se, choram-se”, “se” atua como partícula apassivadora. Assim, o trecho poderia ser reescrito como “versos são cantados, são urrados, são chorados”, sendo “versos” o sujeito dos três verbos.

Resposta da questão 8: [D]

[A] Incorreta: “mais” é advérbio.[B] Incorreta: “si” é um pronome pessoal.[C] Incorreta: os termos em destaque são objetos diretos do verbo “entregar” (note que não são introduzidos por preposição para serem classificados como indiretos).[E] Incorreta: as palavras destacadas são conjunções.

Resposta da questão 9: [B]

O trecho se inicia com a pergunta “onde?” e, portanto, a resposta faz referencia a uma localização. Isso faz com que se opte pelo uso de expressões e locuções adverbiais de lugar, para localizar aquele que questiona. Nota-se também que a linguagem predominante é a informal, como bem marcado com o vocábulo “tenção” para substituir “intenção”, ou a expressão com diminutivo “começa assinzinho”, por exemplo. A linguagem não é tão objetiva nem formal e, portanto, se distancia da científica ou técnica.

Resposta da questão 10: [A]

[A] Correta: der-ro-ca-da (4 sílabas) pro-fes-so-ra (4 sílabas)[B] Incorreta: “adolescentes” e “professora” são substantivos concretos.[C] Incorreta: a-do-les-cen-tes (5 sílabas).[D] Incorreta: “adolescentes” na verdade é um substantivo comum de dois gêneros.[E] Incorreta: apenas [A] está correta

Resposta da questão 11: [A]

De acordo com norma padrão da Língua Portuguesa, a expressão “para eu” deve ser utilizada quando “eu” assumir a função de sujeito.

Resposta da questão 12: [A]

Página 15 de 17

Page 16:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

O uso de verbos no futuro do pretérito (“seria”, “seriam”, “triunfaria”, “tornaria”, “teriam”, “poderiam”, “deixariam”, “tornariam”, “poderia”) indica que o emissor fala de fatos que poderiam ter acontecido no passado, mas não se concretizaram no tempo que lhes sucedeu. Ou seja, a forma verbal expressa projeções feitas no passado sobre possibilidades de um futuro, como se afirma em [A].

Resposta da questão 13: [A]

É possível inferir que a narrativa trata da questão do preconceito social que condena a mulher por infringir normas arraigadas em uma sociedade machista. Assim, é correta a opção [A], pois, na frase “Os conceitos a vestiram como uma segunda pele”, o termo “a” é associado, por elipse, a essa mesma mulher.

Resposta da questão 14: [C]

O termo “salvo”, inserido morfologicamente no grupo das preposições acidentais, estabelece sentido de exceção, podendo ser substituído por à exceção de, afora ou exceto. Assim, é correta a opção [C].

Resposta da questão 15: [B]

[A] Incorreta: nessa sentença “os” é pronome pessoal do caso oblíquo, substituindo o objeto direto do verbo “levar”.[C] Incorreta: “os” é artigo definido e está determinando o substantivo “hábitos”.[D] Incorreta: “o” é artigo definido e está determinando “mais grave”.

Resposta da questão 16: a) i. O pronome seus refere-se à ciência

ii. O substantivo confronto refere-se ao fato de a humanidade ter se defrontado com o lado “terrível” da ciência

b) Elas têm o propósito de explicar e exemplificar termos mencionados anteriormente no texto – o adjetivo hipocrático e a expressão países isolados respectivamente.

Resposta da questão 17: a) As duas passagens são: “afim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” e “...com uma fita aonde lia-se estas palavras: — A meu marido”.Suas correções são, respectivamente: “a fim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” (a locução conjuntiva final não pode ser confundida com o adjetivo “afim”) e “...com uma fita onde liam-se estas palavras: — A meu marido” (em primeiro lugar, não há verbo que solicite a presença da preposição “a” combinada com a preposição “onde”; em seguida, a voz passiva sintética a partir de verbo transitivo direto, caso de “ler”, implica concordância com o sujeito – no caso, “estas palavras”).

b) Em “Iaiá foi com o marido ao cemitério”, a preposição “com” indica companhia; já em “Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória”, a mesma preposição tem valor de modo.

Resposta da questão 18: a) No texto, o enunciado denota a ideia de que os valores da comunidade determinavam os do indivíduo.

b) i. por isso; logo; portanto ii. O emprego da locução traz ideia de mudança – de que antes os indivíduos não tinham se defrontado com tais situações.

Resposta da questão 19: a) i. Apesar de toda pessoa ser um indivíduo singular, com desejos e interesses

Página 16 de 17

Page 17:  · Web viewb) “Já então possuía os olhos grandes e claros, menos sabedores, mas dotados de um mover particular, que não era o espalhado da mãe, nem o apagado do pai,antes

Simulado semanal 05 03.04.15

particulares, é também – potencialmente – um representante da humanidade. ii. Embora toda pessoa seja um indivíduo singular, com desejos e interesses particulares, é

também – potencialmente – um representante da humanidade.

b) Na primeira frase, a preposição introduz um termo que se encontra ligado ao substantivo condições, estabelecendo entre ele e vida ética a relação de pertença. Na segunda frase, a preposição introduz o complemento do adjetivo indispensáveis, denotando alvo.

Resposta da questão 20: a) Para maior expressividade a palavra linha traz uma ambiguidade bastante pertinente, mencionando a expressão andar na linha que quer dizer fazer tudo de maneira correta e a ideia de linha de trem, já que a empresa oferece transportes em containers via férrea.

b) Hoje sustentável ganhou um significado a mais, quer dizer de toda forma de trabalho que não prejudica o meio ambiente, o que acontece com os trens, eles não poluem o ar como outros meios de transporte e também são mais baratos.

Página 17 de 17