o 1~rp.ei1anca. - hemeroteca.ciasc.sc.gov.brhemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/a esperanca...

Post on 12-Feb-2019

216 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

-JOUNL DE INSTlUCCcedilAO E nl~CREI()

t~~lritorC4 (Hvcrlic)~

ANN Cgt li DESTERRO M DE NOVEMBRO DE 11167 I A 1~RPEI1ANCA

SOIllOmiddot~ mancehos crianccedilas aillda fIue co shymwa rn os e i cada passo ellCOlIllarrfos nlil I ropcltos no nwso cam illho pooacutem consj (() shy(nlllOsJiacute a lI ossa missuumlo e uumlered italllos lJ ue Hatildeo se ferindo H moai nem as leis que se S(~guc puacutede qualquer fazer desabrochar as siJas itloacuteas c paten teal-as ainda qne pe~ (jl1enltls porq ue do seu uescn olvimeulo eacute

~1l1tJ ~~o ltHlqui re outras e resu lta enLuumlo o en shygLl lHlocimenLo [anio prepr io como go rai

illgucm de ju izo l ( llsador e que lt1 a lh~ bem o llOSSO trabalho nos hn de censura r po rque uacute eviden te que o cecirclminho da illtcll iacute shyg(~ilcia uacute o IrpIs proprill PHCl a pcr reiccediluumlo e o IInico que IOS halle constituir IhJlIS ci- diacuteld rlO~ -

Ponsuacutelllos sempre assim e ainda hoje alinwnlamos igua l pensamento porrll e da Il os~a iduacute qllc preJuizo OLI atrazo mor al e da intelligencia IiOS podelliacute resu 1t1 acaso o sfoacuter~oqlle fazemos Iliio eacute o desempenho da liossamissuumlo 011 eqlaacutemos assim Proceshydendo ~)Orqlle em e-z decirc Segllinnos uni ou shy

~ tro cam ilIho quo diccsse mellOS aacute alma foshymos buscar oacute da mediluumlccedilatildeo e do estudo que se enlrelacatanlo aos li05S0S destinos

Tah ez ~ Natildeo julgamos impossiel queacute muitoacutes preliram olltros lIivertimenluacute Uacute este que abraccedilaacutemo c nos cellsurcrn rcndo-nos qlle apartados d il sna fileira e iluido5 n lI shyma ideacutea grandiosiacutel noacutes caninhamos pa ra o f tlll1l9 e lhes deixallloslilhos csqncciJos dessa missatildeo-tatildeo importante da razatildeo e da i lllell igencia

A IlIz qlIacuteeacute bpscamos eacute a ltlo progre~so shy natildeo nosimpolta o latir dos Zoilos que se es-middot

COadefle soacute apparecem lon ge de noacute~ rcshy~eiat1do)alveza implens flJeelll matildeus d t verdade feacuterce muito fundo middot Ofllluro JOcidiraacute da no~sa impoltanria

E laacute (Luenos espera a halanccedila d cnlade I

o Illcr ito O~l denw rito nos scruacute dado soacute nes shyiC tel Iacutel po em que se conservam os nossos LU ltS 011 a nossa ergonha

F d l (~ mos um pouco da cenSllra - Es pir ito qHe uuumlo te olhas e deixas

CdlT (l l teus di as no prcsellte COl1l0 as nushyPIl S so m destino biacute 1I0S puacuteramos do ceacuteo porq ue n~o te prejudicas aacute ti soacute e CIIV Cshy

Il cnadal illgnagem com o sorrir nos labios murmu ras daqllillo qlle te CSt1l superior e (k que Ilem ao menos al~s uma pC(lllCnina pa rl e

Ser li ma pcrfe ilt iio Ilatildeo natildeoadmiLli-Bl S luz las trc vas

illdigna~atildeo uio eacute o pincipio lIestas pa la nas qu e acabamos de escreycr a consshycilll fia (h que procede mos bem c somos jlJlgad(s Pll 100mnel caminho pelos pensashydores foi (IICnos ItOU aqupl las expressotildees (111e se s~o de muio J es plUumlzo llOS soacutebrt ain da direito aacute mu lt ipli ca i-o

Co m ludo natildeo nos ernha racaOl os Zoios quea tinaLmiddotiruacuteotilde aacute recollhececircr ( sell erro 0 qUilllJO coitados jaacuteo tempo dos ensa ios lhes

ti vor passaqo pelos olhos DCIacuteC1~IOI-os satildeo le ia nos o a le ia nd ade

soacute lhes poacutede Cll rar o juizo ltpie eacute a furccedill contriHia 11 m dia cles qnereriIacuteuuml pellslfr co shy

11111 noacutes lHas ti tempo cor re e com o tempo clles natildeo podclatildeo chega r aacute pcrfciacute~atildeo po is que cu idltlruumlo pouco de si

~ollh ele lIl1ft vhmiddot~el

Era noule de luar As flor6s del rama atildeo no catlamanchatildeo solJs perfuCIleS em que estashyva uma Venus magcslosa o raclia nle scismanclo no futuro de seu 3mor lccoldando-sc do passhy

sado tempo bello de seus brinquedos tem po middotda sua infund a innoccncia eru fl uI Os zephiros noctilmos sussurravatildeo em torshyno della middotno Scisrnar doce adormeceu tendo po rtraessci ro o seu braccedilo apuiado aacute face- e so nh ou son hou com a felicidade com a csshypcralHad o futu ro amoroso

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

J j

~ - ~ ~

bull ~ ESImiddotelall158

seu n-omeeacute Julieta a formosa das formo sas lem desoito annos se us olhos scintillatildeo ) fogo da juventudc suas tranccedilas onduumlantes e castanhas lhe 3primor-atildeo IIH) realccedilatildeo a sua formosuas ou porte eacute orgu lhoso o alti vo fi shynalmente no seu lodo 11a o typo da bd leza fas~ dnantu

I Meia 110ra foi pJssada d Ia se accon]ou so~

bresallada nada do a felidda d(y 00 11 UacuteS rcshygioacutecs elhcrcas a esperall (a do futuro do seu amo nUla cphemc r3 de su a fraca imllgillashyccedilatildeo mu rchou-se qual flor pcndida na Iaslca sem adoratorque lho daacute ida e viccedilo

Juli el~ r-ecobroacuteu c()ragern tomou a soshyIlhar e em so nhos lhe appareccu um vulto c [Le fa llou nessas Piacutell avras

- Jnllocenlc dOll zoll a flue fazes aq ui neslc lu~ar silencioso pensa tiva e lriste

J Acaso co ntemplas a lua esse astro (IU O duacute luz aacutenoulc

- Natildeoretorquio a d(l Jlzcllil s(srno 110 passhyS~l(lo (lle me foi todo de rWres pcnso no futu ro do me u amor

- E sabes tuacute o (Iue eacute amor - Oh so o sei - N1O podes comprehendel-o dcfinilo O

11 amor eacute um sentimento que cria raizes no 110Sshy

socolaccedilatildeo eacute fogo ltluC queim a as fi bms dc 1I0ssa alma eacute um menino coberto de lima ve ~da (no dizerdos antigos) ora a nossa S3 plisraccedilfto ora o nosso tormento -- Nego O amor eacute o pulsai lttecirc dous co shyraccedilotildees que se unem que se comp rcheu dcm eacute vida eacute choqueclecLrio que se sente nos olhos ~

- Na verdade quo me pareces apaixonada Conla-me as luas magoas que eu le contarei as minhas

- Sinto apenasamol -- E por quem senles amor

- Por um mancebo lindo como os amol(S emolb os scintilla nt es cabello crespo - labi~ osJatildeo rubros como a romagrave - eacute a imagem de cupidoJ ~ - j~

- E quetempo ha que nutres no teiacute coshyraeatildeo o senlimento doamol

-- D6us mezes e dous uiezes de marlvlio - Tacircocrianccedila ~inda

Donzea o a10r lrat coacutemsrgo glaves con shysefJ uenciaS~ a paixatildeo a dOacuteI o ciume a trisshyteza e o aborreCimento

Tambemsinto essedissillabo essa palavra que me consome a vida

Dou comeccedilo aacute na rlaccedilatildeo dif meu amol~ I~oi noniacute baile nafogoza wa lsa que senti o

inipulso doamol tatildeo terno como o SUSSUII3r

da briza 0 anjoquemebavia fascina do linlia a pa middotmiddot

lidez norasto ccedilabeHd casfsnuo traje eleganshyte~simplcs em seus ol11_os ha via fogo e dan~ ccedilava

E com quem danccedilava clla ~ ~-) ~Natildeo mo perguntes Esse joyen middotcra seu

~-- ~ -

) plil~lQ eacute falsurio c intrigante E essa IIlclIi shy

na tatildeo formosa e Ire lla a fi()I da innocenda lotara nas matildeos desse joven sem meri lo sem

pundollolmiddot Julieta con hceeu que o vulto sc rerel ia iacute

si poreacutem pouco abl0 lhe cansou - E essa irgem senHa essa palavra-amor - Me amuuml ll com (ou atildes as Iol(as do sell bull

cor(l~ o seria cap az de troclt1 a ida p13ZCnshytei rtl [ior aguccedila doH c~pi ll lilS

------ E qu (l eacute seu UnlllC -

- Julie ta 1 - Ah eacutes In AHIedo Ellli o qu erias illulli r-me 1 - NIO queria apenas cauzaJmiddotte um susto

poreacutem i q UB tu eacutelas lolajosa Ju liea senshytiu-se alltmiddotg le seu anlan tc esta va a seu IllUO

- Que amo r [[lo santo Ao pronullciar eSHas pa laTus eIla se acorshy

ua em ~pbre~alt () = () sOllho lhe foge Soacute io () ta rra mauch[lo em que eslava com a matildeo apoiaDa na [(I ( e

Admirada ue seu so nho exclama Amor eacute o pulsar de JUacuteIlS (Orilccediluacuteuumli que se utlern que se eomprchendcm eacute ida eacutechoque eledri shyco que se scnte nos olhos

MAIITINS COSTA bull

- -

Jllt 1 (UCIII Ille 1eacutea 1bull

Ali quem me doacutern Malcolinda helio Ser de teu peito o escolhido amantc Ah ltlllelll me d(ll1 possuir llleu anjo Essa tualma tea tmor constante

Ah quem me deacutera em nprauacutevel sitio A S(lS eomtigo soacute yi er damor E nos teus braccedilos m esltj LlCCer querida Do meu passado que soacute foi de docircr

Ah quem me deacutera nos teus labios lindos Pousar os meus e llum febril ardor E l~OacuteS teus seius tflomirnosos puumlros L1har milbeijos d encant ado amor

Ah quem me deacuteraacute em tuas foacutermas virgens Boccedilal de leye minha matildeo tremente Ah Lquemme deacute1a em amoroso enlevo

Saciar de gozos esta s~de ardente 1

Ah quem medeacuter3iJ qne cumprir quizesscs Os meus desejos Marcolinda qurida Ah quam ditoso eu n atildeOseria oacute anjo E quam feli~ eu natildeo passagravela a vida

_ ~i

Cnem podeacutera adivinhar shyO (1 ue ~e- expli rne n Un ai

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

I

- -

(Juanto amargaRa chorir Exemplo

L

~

De l~lgllm prazer que se-vai middot Quacircntos iionhoii illllocenteacute~middot middot (tlcuunea se-hilo de tornar

Q uan to desejos veh~rnente~ Q ue se natildeo puacutedem contagraver lque iiuudades (1 ne magoas ESlne l1rnarg uras que prauacutetos V flUuml lin th aIacuteUumlf)sabafar 1lt an~~re tamhm n ai quantos Qlle LnnOC(mtes iJJusejes

middot QIH) yivem lOS eorDc(ies QnaHlcl ll el le~ r()iia~t nun(a ~ IIHI)(lo (lu frit dcsereuca shyAlija 1l(Uuml 1110 (ai shyOlt (1 i [(111 1)( )(1(~iit (lilcr O (lluuml se-c ~q )Ji i ll( ) 11 llm ai

P Oli

EDUHO() UES PlIES GAf [TIW I V

Srmiddotc(o I iJltlS Cilrophes rcgularesc da d is [nsi(iiacuteo das suas rilllas

sect 0 OUacutealas N~ oitwt real Li lll n o 1 CJ)l) (Olll 03

~ o ) 02 deg lOIl1 o 10 e o Ho e o 7~ com o tL

E xemplo

P oreacutem j~eillco soacutecs erilo pt1s~ados

(~ Ila dalh nos par tiramos cortando Os mares nunca clolltrern navegados P rusperamente ~cl ve ntos assopraildo Quando uma 1100te 0stando descuiclados N aC0ctaUOla procirca vigiando Uina l1uvemqne o~middot ares esclIlece

)oo1e nussas cabeccedilas al)pare~e

(CA~lOtildeBS Lus C V EST 37 )

Aboacircocircit~mdemiddote incerrar um sentido pershyftt lto nos prlIuumlelro~ quatro Yersos

sect 5 Sonetos

C soneto-consta de qllartQlZe versose se dI V1ele em quatro estrophes a saher dois qll~rtetos e do~s tercetos Osqnaitetos teem

-duas runas e os tercetos outras duas nos qllartetos o verso L rima com o 4 5middot e Bo eo ver~o 2deg com 03 6deg e 7 nos te1shyceto~ rhnao verso 9 com 011 e o 13 e oyersol0cDmo 12o eo14middot

OS-olleto no dizer dos criticos eleve ser aberto commiddot chave ele prata e fechado com

chave de ou1omiddot- isto eacute eleve eorneccedilar por um pensamento bello e b~n- expr~sso augmiddotlleti tando-selhe as bellczas a1eacute (jJJiBL

Em soacuterdida masmorra affe11olhado ])e eadecircas aspe1rirnas cingido Por ferozesCOcircfltrari08 perseguido P or liacutenguas impoHocircraS crirniacutenado

Os membros q uasi nuacutes o aspecto honrado p or vil buumlca e vi~ matildeo roto e cuspido Sem Y~r um soacutem()rtal compadecido De seu funesto rig0roso estado

O penetrante o hl1rhagravero instrumento De atroz violenta ine vitayel morte Olhando j aacute na matildeo do Algoz crllmito

IlHh assim natildeo maldiz a iniclll1 sorte Inela assim tem prazer soceg-o alento~ O Sabio middotveruaeleiro o J usto o Forte

BOCAGE so~ IX)

ESlrophcs de versos rcdondilhoi

sect 6middot Quadras A qnadra Oll redoudilha eacute uma estrophe

de (ll1at1o versos cuj a r ima se p6ele dispocircr de trcs modos

ldeg-Himando o verso 2 deg com o 4middot ficanshydo solto o 10 e 03middot

ExemPLo Amanhatilde- m eu ponsamento Pobre de ti- onde iraacutes Em que espinhosogt sil vados As azagraves tu rasgaraacutes

(ZALLAR) 20 -Hirnando o verso l~o com o 3 middot e o 2 shy

com 0 4 ExemplQ

Para todos tens carinhos A ninguem mostra rigor Q~e rosa eacutes tu sem espinhos Al que natildeo te intendo flocircr

(G ARRETT )

3-R1rna11dv o 1 bullo oro o - 4- o com cmiddot e o ) bull

03 Exemplo

E vejo sereno pranto Na face que te uescoacutera Corno os orvalhos daurora Deslisar- te sobre o manto

(ZALUAR) (Conlinuacutea)

c

(Uaso hl_terCSsftllte )

Eni 11uma lloite do mez de Abril doacute cormiddot

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

80 l ~

T~nte- almo qe 1867 -(pi Ei tatildeo fecun do tem sitlo em ) raridades

Jaacute fIO bronze da forre da enera 01 i ~l e shyja de S Francisrohaviuumlo soado doze lJadi shyladas filie repcreulindo pelp cSI Vo lIla rshyearilo-rneia noite Heillia li a [erra 1110shy

[undo sileneio apClas i_lllcrrompid ) de vez em qu 1)(10 peo (ongiqno mia i de algum jato ou o sibilar de agouleira COI UJil

De eerLo 10I)s descilwa 10 enL r(gllOacute aos cuidados de ~It I phto das fad igls do di norntretatlto ca eLil Nflo linha a in da podido ituacute aquellas 11 0 as concil iar Jl SOIll IlLl

C por isso leacutealltei-mc e (ki-i1Il(lo o lei to recolhi-me ao llIeu gabinete Ahi alJri uma janella qu deita pa ra o janlm e nell aes- shyUH) dehnlltJ ( claprecianuo () bell o luar qu o entilO faz ia e cOll templall do o lasiado C forshyinoso c azu lado Ceacuteu quc n(ssa oec(lsifro se achava revestiuo de Ldo o Iil~est l)io Poder da Il ivilldade recamado de hrilh all tes EsshyII-cllas

Hepoi~te havaacutel clntemplulo por lglllls minu tos a Aboacutebta Celestc e Iospi ratlo o fragrallte cheiro da nocircres tio jardim assrn ~ le i-mo j unto a um a mesa c ti luz UO lIlI a eacute la lia um livro de corcelentes mas insenshysilJcis poesias (obra pri ma 1) do joe ll ph yloshysopJIO encon trado ultimame nt e aacute vagar pelos_ cOIIQns dos reinos ltIc Pllilito qll ando ou lto umforle estampido igu al ao occasio nil do por um tiro dp peccedila__ da grpsso cal ibre do systcmu - lluAz TIZAN - e incon tinenti vejo ab ri r-se a porta que esla J rechadil e en ttarno gordfbineUacutel em -qne cu lHe achan

um magrq e nojento -C-aXOITO galgo - o qual ao avislar-me parou e ar rcgull hn os dcntes-comoque prepaTando~ se-pa r(l dilashycerar-me ~ shy

Fiquei confesso horrorisado 3rri l ia latildecshyse-me asccedilarnes iriiltaacuter~o~se-nle os ( ( bel shylos e quasi que tolheo-se-me de S11S 0 a falia Natildeo obstante poreacutem lud-o isto natildeo-perdi de (odo o meu sangue frio e nesse labyrintho de CO)fllSatildeo-procprMa nalll iu lla imaginaccedilatildeoum meiopeluqual me podeacutesse I

livrar de semelhanle unimal quando Decorshyre0-me uma ideacutea feliz haIacutea em cinia da rnesaum pi~aacuteto com uumllguumllls --heiccedilqs de C3-

bra-agarrei nestes e atirei-os ao damnaJo catildeo e em quanto o maldito bicho deoru a um tatildeo delicioso petisco na verdade supeshyrioraacute umcoelhinho insopado dei um pu lo

lancei matildeo de uma velha e jaacute bustaIacuteuumle enshyferrujagravela espada que llle Li otfer1ada pelo valentegeneraIGalanti-Manicaacuteta-com a qllat esse heroico ccedilabo de guerril tatildeo dignamente

combateu os inimi gos LI a pa tria no ataql1e do -1gt[10 de rciacutela- e co m esa durindanu

etn puacutenh o aggrcdi ao ll il llSeabun(o c~ o e (o h ~ ho r rol~) IlO momento em qllU o feri nunJa costd la liil llsformou-se el le n um hOlllcnl de estlda rng uJ iacuteI 1 Ci l h(~ccedil uuml dClllasiaduumlshymqlle peq llella ol hos da Cf) dos de galo ha rba ti zeo cilJd los ruios de ll tes e~ Vuumllshydiad lJ~ bastallte ma gro c uumls~ uacute s eqtwsiLo SohrC meJiqll illhu Cilbcca ~ l l s lelltaYa Ulll

ruumlspeitald -rha poacuteo dn pello- ba~tunle itlshylore~an l e

Ali Ijtleri(llls lcilore-i filJlWi petrifi ca do ela llina Hlrd-adeila rslaLlIa de marlllore Pilrceia- mo um sOllho o qlle se eslaa pi-ishysllndo an le mim lias nflO Era pllra rcuumlshy

~ Iidad e lhpois de liral o por alguns IllOlIClltos

ruumlcolliwci Il e ~se hunwft-uacuteidw o celebre Oidil Call ieto O quc qlloreselltc nl1o Gdes prosi voI de Ill illl lhe disse el)tatildeo e elle res shypond eu-lllc qle Ilada e qUl apenas andau ClH]l - iIHlo seu Lido

Pergu ntei-lhe pois se era lubif-tomem c rcspond eu-ne quo~sin

Jtc tira -tn po rtanto cllcliagravehrado quallto antes do minha casa cmqllanto lo natildeo faccedilo em postas Ao ouvir eslas minhas paIashynas ploferidas em 10m ameaccedilador elle enccedila rou-me c abrindo a aS1uero~a boca deu um bafO e deSil [l pareecu bull bull bull umiddot bull _ bull ~ bull bull bull o bull bull bull o bull bull bull QQ

o bull bull bull bull bullbull bull 6 t bullbull e

Tll~s di as depois da Il ote em que tevo 11I ~ gal a scell il (llIe vcnho de (] screuacutel seriacirco qn alro horas pOllCO mais Oll menos da lar c

de encolltrei o hcroacutec -que faz o assumpfo d ~sta minha na rraccedilflO todo (czo e prcsushyI1udo rno n Lt~o ntl ma intol-essan te mula na rIJa das - gollas - Qu ando o a istei Ih al to e esperei -o sllppolldo que ellemo quishyzesse co m o seu sans a0on to mar alguma sa tisfaccedilatildeo poreacutem o misero bacalhaacuteo de porshyta de venda nada me disse e apenas vishyro u o f ocinhos qua ll~ o por mim passou c assim- tem continuado ltIacute proceder lodas as vezes que comigo encontra

Ldlores uos contos meus

EsLaacute)inda a Ilarraccedilatildeo E portan 1o ad eus adeus bull Ateacute outra occasiatildeo

Elmano de Moraes

1yp de J J Lopes rua da Trindade n 2

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

J j

~ - ~ ~

bull ~ ESImiddotelall158

seu n-omeeacute Julieta a formosa das formo sas lem desoito annos se us olhos scintillatildeo ) fogo da juventudc suas tranccedilas onduumlantes e castanhas lhe 3primor-atildeo IIH) realccedilatildeo a sua formosuas ou porte eacute orgu lhoso o alti vo fi shynalmente no seu lodo 11a o typo da bd leza fas~ dnantu

I Meia 110ra foi pJssada d Ia se accon]ou so~

bresallada nada do a felidda d(y 00 11 UacuteS rcshygioacutecs elhcrcas a esperall (a do futuro do seu amo nUla cphemc r3 de su a fraca imllgillashyccedilatildeo mu rchou-se qual flor pcndida na Iaslca sem adoratorque lho daacute ida e viccedilo

Juli el~ r-ecobroacuteu c()ragern tomou a soshyIlhar e em so nhos lhe appareccu um vulto c [Le fa llou nessas Piacutell avras

- Jnllocenlc dOll zoll a flue fazes aq ui neslc lu~ar silencioso pensa tiva e lriste

J Acaso co ntemplas a lua esse astro (IU O duacute luz aacutenoulc

- Natildeoretorquio a d(l Jlzcllil s(srno 110 passhyS~l(lo (lle me foi todo de rWres pcnso no futu ro do me u amor

- E sabes tuacute o (Iue eacute amor - Oh so o sei - N1O podes comprehendel-o dcfinilo O

11 amor eacute um sentimento que cria raizes no 110Sshy

socolaccedilatildeo eacute fogo ltluC queim a as fi bms dc 1I0ssa alma eacute um menino coberto de lima ve ~da (no dizerdos antigos) ora a nossa S3 plisraccedilfto ora o nosso tormento -- Nego O amor eacute o pulsai lttecirc dous co shyraccedilotildees que se unem que se comp rcheu dcm eacute vida eacute choqueclecLrio que se sente nos olhos ~

- Na verdade quo me pareces apaixonada Conla-me as luas magoas que eu le contarei as minhas

- Sinto apenasamol -- E por quem senles amor

- Por um mancebo lindo como os amol(S emolb os scintilla nt es cabello crespo - labi~ osJatildeo rubros como a romagrave - eacute a imagem de cupidoJ ~ - j~

- E quetempo ha que nutres no teiacute coshyraeatildeo o senlimento doamol

-- D6us mezes e dous uiezes de marlvlio - Tacircocrianccedila ~inda

Donzea o a10r lrat coacutemsrgo glaves con shysefJ uenciaS~ a paixatildeo a dOacuteI o ciume a trisshyteza e o aborreCimento

Tambemsinto essedissillabo essa palavra que me consome a vida

Dou comeccedilo aacute na rlaccedilatildeo dif meu amol~ I~oi noniacute baile nafogoza wa lsa que senti o

inipulso doamol tatildeo terno como o SUSSUII3r

da briza 0 anjoquemebavia fascina do linlia a pa middotmiddot

lidez norasto ccedilabeHd casfsnuo traje eleganshyte~simplcs em seus ol11_os ha via fogo e dan~ ccedilava

E com quem danccedilava clla ~ ~-) ~Natildeo mo perguntes Esse joyen middotcra seu

~-- ~ -

) plil~lQ eacute falsurio c intrigante E essa IIlclIi shy

na tatildeo formosa e Ire lla a fi()I da innocenda lotara nas matildeos desse joven sem meri lo sem

pundollolmiddot Julieta con hceeu que o vulto sc rerel ia iacute

si poreacutem pouco abl0 lhe cansou - E essa irgem senHa essa palavra-amor - Me amuuml ll com (ou atildes as Iol(as do sell bull

cor(l~ o seria cap az de troclt1 a ida p13ZCnshytei rtl [ior aguccedila doH c~pi ll lilS

------ E qu (l eacute seu UnlllC -

- Julie ta 1 - Ah eacutes In AHIedo Ellli o qu erias illulli r-me 1 - NIO queria apenas cauzaJmiddotte um susto

poreacutem i q UB tu eacutelas lolajosa Ju liea senshytiu-se alltmiddotg le seu anlan tc esta va a seu IllUO

- Que amo r [[lo santo Ao pronullciar eSHas pa laTus eIla se acorshy

ua em ~pbre~alt () = () sOllho lhe foge Soacute io () ta rra mauch[lo em que eslava com a matildeo apoiaDa na [(I ( e

Admirada ue seu so nho exclama Amor eacute o pulsar de JUacuteIlS (Orilccediluacuteuumli que se utlern que se eomprchendcm eacute ida eacutechoque eledri shyco que se scnte nos olhos

MAIITINS COSTA bull

- -

Jllt 1 (UCIII Ille 1eacutea 1bull

Ali quem me doacutern Malcolinda helio Ser de teu peito o escolhido amantc Ah ltlllelll me d(ll1 possuir llleu anjo Essa tualma tea tmor constante

Ah quem me deacutera em nprauacutevel sitio A S(lS eomtigo soacute yi er damor E nos teus braccedilos m esltj LlCCer querida Do meu passado que soacute foi de docircr

Ah quem me deacutera nos teus labios lindos Pousar os meus e llum febril ardor E l~OacuteS teus seius tflomirnosos puumlros L1har milbeijos d encant ado amor

Ah quem me deacuteraacute em tuas foacutermas virgens Boccedilal de leye minha matildeo tremente Ah Lquemme deacute1a em amoroso enlevo

Saciar de gozos esta s~de ardente 1

Ah quem medeacuter3iJ qne cumprir quizesscs Os meus desejos Marcolinda qurida Ah quam ditoso eu n atildeOseria oacute anjo E quam feli~ eu natildeo passagravela a vida

_ ~i

Cnem podeacutera adivinhar shyO (1 ue ~e- expli rne n Un ai

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

I

- -

(Juanto amargaRa chorir Exemplo

L

~

De l~lgllm prazer que se-vai middot Quacircntos iionhoii illllocenteacute~middot middot (tlcuunea se-hilo de tornar

Q uan to desejos veh~rnente~ Q ue se natildeo puacutedem contagraver lque iiuudades (1 ne magoas ESlne l1rnarg uras que prauacutetos V flUuml lin th aIacuteUumlf)sabafar 1lt an~~re tamhm n ai quantos Qlle LnnOC(mtes iJJusejes

middot QIH) yivem lOS eorDc(ies QnaHlcl ll el le~ r()iia~t nun(a ~ IIHI)(lo (lu frit dcsereuca shyAlija 1l(Uuml 1110 (ai shyOlt (1 i [(111 1)( )(1(~iit (lilcr O (lluuml se-c ~q )Ji i ll( ) 11 llm ai

P Oli

EDUHO() UES PlIES GAf [TIW I V

Srmiddotc(o I iJltlS Cilrophes rcgularesc da d is [nsi(iiacuteo das suas rilllas

sect 0 OUacutealas N~ oitwt real Li lll n o 1 CJ)l) (Olll 03

~ o ) 02 deg lOIl1 o 10 e o Ho e o 7~ com o tL

E xemplo

P oreacutem j~eillco soacutecs erilo pt1s~ados

(~ Ila dalh nos par tiramos cortando Os mares nunca clolltrern navegados P rusperamente ~cl ve ntos assopraildo Quando uma 1100te 0stando descuiclados N aC0ctaUOla procirca vigiando Uina l1uvemqne o~middot ares esclIlece

)oo1e nussas cabeccedilas al)pare~e

(CA~lOtildeBS Lus C V EST 37 )

Aboacircocircit~mdemiddote incerrar um sentido pershyftt lto nos prlIuumlelro~ quatro Yersos

sect 5 Sonetos

C soneto-consta de qllartQlZe versose se dI V1ele em quatro estrophes a saher dois qll~rtetos e do~s tercetos Osqnaitetos teem

-duas runas e os tercetos outras duas nos qllartetos o verso L rima com o 4 5middot e Bo eo ver~o 2deg com 03 6deg e 7 nos te1shyceto~ rhnao verso 9 com 011 e o 13 e oyersol0cDmo 12o eo14middot

OS-olleto no dizer dos criticos eleve ser aberto commiddot chave ele prata e fechado com

chave de ou1omiddot- isto eacute eleve eorneccedilar por um pensamento bello e b~n- expr~sso augmiddotlleti tando-selhe as bellczas a1eacute (jJJiBL

Em soacuterdida masmorra affe11olhado ])e eadecircas aspe1rirnas cingido Por ferozesCOcircfltrari08 perseguido P or liacutenguas impoHocircraS crirniacutenado

Os membros q uasi nuacutes o aspecto honrado p or vil buumlca e vi~ matildeo roto e cuspido Sem Y~r um soacutem()rtal compadecido De seu funesto rig0roso estado

O penetrante o hl1rhagravero instrumento De atroz violenta ine vitayel morte Olhando j aacute na matildeo do Algoz crllmito

IlHh assim natildeo maldiz a iniclll1 sorte Inela assim tem prazer soceg-o alento~ O Sabio middotveruaeleiro o J usto o Forte

BOCAGE so~ IX)

ESlrophcs de versos rcdondilhoi

sect 6middot Quadras A qnadra Oll redoudilha eacute uma estrophe

de (ll1at1o versos cuj a r ima se p6ele dispocircr de trcs modos

ldeg-Himando o verso 2 deg com o 4middot ficanshydo solto o 10 e 03middot

ExemPLo Amanhatilde- m eu ponsamento Pobre de ti- onde iraacutes Em que espinhosogt sil vados As azagraves tu rasgaraacutes

(ZALLAR) 20 -Hirnando o verso l~o com o 3 middot e o 2 shy

com 0 4 ExemplQ

Para todos tens carinhos A ninguem mostra rigor Q~e rosa eacutes tu sem espinhos Al que natildeo te intendo flocircr

(G ARRETT )

3-R1rna11dv o 1 bullo oro o - 4- o com cmiddot e o ) bull

03 Exemplo

E vejo sereno pranto Na face que te uescoacutera Corno os orvalhos daurora Deslisar- te sobre o manto

(ZALUAR) (Conlinuacutea)

c

(Uaso hl_terCSsftllte )

Eni 11uma lloite do mez de Abril doacute cormiddot

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

80 l ~

T~nte- almo qe 1867 -(pi Ei tatildeo fecun do tem sitlo em ) raridades

Jaacute fIO bronze da forre da enera 01 i ~l e shyja de S Francisrohaviuumlo soado doze lJadi shyladas filie repcreulindo pelp cSI Vo lIla rshyearilo-rneia noite Heillia li a [erra 1110shy

[undo sileneio apClas i_lllcrrompid ) de vez em qu 1)(10 peo (ongiqno mia i de algum jato ou o sibilar de agouleira COI UJil

De eerLo 10I)s descilwa 10 enL r(gllOacute aos cuidados de ~It I phto das fad igls do di norntretatlto ca eLil Nflo linha a in da podido ituacute aquellas 11 0 as concil iar Jl SOIll IlLl

C por isso leacutealltei-mc e (ki-i1Il(lo o lei to recolhi-me ao llIeu gabinete Ahi alJri uma janella qu deita pa ra o janlm e nell aes- shyUH) dehnlltJ ( claprecianuo () bell o luar qu o entilO faz ia e cOll templall do o lasiado C forshyinoso c azu lado Ceacuteu quc n(ssa oec(lsifro se achava revestiuo de Ldo o Iil~est l)io Poder da Il ivilldade recamado de hrilh all tes EsshyII-cllas

Hepoi~te havaacutel clntemplulo por lglllls minu tos a Aboacutebta Celestc e Iospi ratlo o fragrallte cheiro da nocircres tio jardim assrn ~ le i-mo j unto a um a mesa c ti luz UO lIlI a eacute la lia um livro de corcelentes mas insenshysilJcis poesias (obra pri ma 1) do joe ll ph yloshysopJIO encon trado ultimame nt e aacute vagar pelos_ cOIIQns dos reinos ltIc Pllilito qll ando ou lto umforle estampido igu al ao occasio nil do por um tiro dp peccedila__ da grpsso cal ibre do systcmu - lluAz TIZAN - e incon tinenti vejo ab ri r-se a porta que esla J rechadil e en ttarno gordfbineUacutel em -qne cu lHe achan

um magrq e nojento -C-aXOITO galgo - o qual ao avislar-me parou e ar rcgull hn os dcntes-comoque prepaTando~ se-pa r(l dilashycerar-me ~ shy

Fiquei confesso horrorisado 3rri l ia latildecshyse-me asccedilarnes iriiltaacuter~o~se-nle os ( ( bel shylos e quasi que tolheo-se-me de S11S 0 a falia Natildeo obstante poreacutem lud-o isto natildeo-perdi de (odo o meu sangue frio e nesse labyrintho de CO)fllSatildeo-procprMa nalll iu lla imaginaccedilatildeoum meiopeluqual me podeacutesse I

livrar de semelhanle unimal quando Decorshyre0-me uma ideacutea feliz haIacutea em cinia da rnesaum pi~aacuteto com uumllguumllls --heiccedilqs de C3-

bra-agarrei nestes e atirei-os ao damnaJo catildeo e em quanto o maldito bicho deoru a um tatildeo delicioso petisco na verdade supeshyrioraacute umcoelhinho insopado dei um pu lo

lancei matildeo de uma velha e jaacute bustaIacuteuumle enshyferrujagravela espada que llle Li otfer1ada pelo valentegeneraIGalanti-Manicaacuteta-com a qllat esse heroico ccedilabo de guerril tatildeo dignamente

combateu os inimi gos LI a pa tria no ataql1e do -1gt[10 de rciacutela- e co m esa durindanu

etn puacutenh o aggrcdi ao ll il llSeabun(o c~ o e (o h ~ ho r rol~) IlO momento em qllU o feri nunJa costd la liil llsformou-se el le n um hOlllcnl de estlda rng uJ iacuteI 1 Ci l h(~ccedil uuml dClllasiaduumlshymqlle peq llella ol hos da Cf) dos de galo ha rba ti zeo cilJd los ruios de ll tes e~ Vuumllshydiad lJ~ bastallte ma gro c uumls~ uacute s eqtwsiLo SohrC meJiqll illhu Cilbcca ~ l l s lelltaYa Ulll

ruumlspeitald -rha poacuteo dn pello- ba~tunle itlshylore~an l e

Ali Ijtleri(llls lcilore-i filJlWi petrifi ca do ela llina Hlrd-adeila rslaLlIa de marlllore Pilrceia- mo um sOllho o qlle se eslaa pi-ishysllndo an le mim lias nflO Era pllra rcuumlshy

~ Iidad e lhpois de liral o por alguns IllOlIClltos

ruumlcolliwci Il e ~se hunwft-uacuteidw o celebre Oidil Call ieto O quc qlloreselltc nl1o Gdes prosi voI de Ill illl lhe disse el)tatildeo e elle res shypond eu-lllc qle Ilada e qUl apenas andau ClH]l - iIHlo seu Lido

Pergu ntei-lhe pois se era lubif-tomem c rcspond eu-ne quo~sin

Jtc tira -tn po rtanto cllcliagravehrado quallto antes do minha casa cmqllanto lo natildeo faccedilo em postas Ao ouvir eslas minhas paIashynas ploferidas em 10m ameaccedilador elle enccedila rou-me c abrindo a aS1uero~a boca deu um bafO e deSil [l pareecu bull bull bull umiddot bull _ bull ~ bull bull bull o bull bull bull o bull bull bull QQ

o bull bull bull bull bullbull bull 6 t bullbull e

Tll~s di as depois da Il ote em que tevo 11I ~ gal a scell il (llIe vcnho de (] screuacutel seriacirco qn alro horas pOllCO mais Oll menos da lar c

de encolltrei o hcroacutec -que faz o assumpfo d ~sta minha na rraccedilflO todo (czo e prcsushyI1udo rno n Lt~o ntl ma intol-essan te mula na rIJa das - gollas - Qu ando o a istei Ih al to e esperei -o sllppolldo que ellemo quishyzesse co m o seu sans a0on to mar alguma sa tisfaccedilatildeo poreacutem o misero bacalhaacuteo de porshyta de venda nada me disse e apenas vishyro u o f ocinhos qua ll~ o por mim passou c assim- tem continuado ltIacute proceder lodas as vezes que comigo encontra

Ldlores uos contos meus

EsLaacute)inda a Ilarraccedilatildeo E portan 1o ad eus adeus bull Ateacute outra occasiatildeo

Elmano de Moraes

1yp de J J Lopes rua da Trindade n 2

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

I

- -

(Juanto amargaRa chorir Exemplo

L

~

De l~lgllm prazer que se-vai middot Quacircntos iionhoii illllocenteacute~middot middot (tlcuunea se-hilo de tornar

Q uan to desejos veh~rnente~ Q ue se natildeo puacutedem contagraver lque iiuudades (1 ne magoas ESlne l1rnarg uras que prauacutetos V flUuml lin th aIacuteUumlf)sabafar 1lt an~~re tamhm n ai quantos Qlle LnnOC(mtes iJJusejes

middot QIH) yivem lOS eorDc(ies QnaHlcl ll el le~ r()iia~t nun(a ~ IIHI)(lo (lu frit dcsereuca shyAlija 1l(Uuml 1110 (ai shyOlt (1 i [(111 1)( )(1(~iit (lilcr O (lluuml se-c ~q )Ji i ll( ) 11 llm ai

P Oli

EDUHO() UES PlIES GAf [TIW I V

Srmiddotc(o I iJltlS Cilrophes rcgularesc da d is [nsi(iiacuteo das suas rilllas

sect 0 OUacutealas N~ oitwt real Li lll n o 1 CJ)l) (Olll 03

~ o ) 02 deg lOIl1 o 10 e o Ho e o 7~ com o tL

E xemplo

P oreacutem j~eillco soacutecs erilo pt1s~ados

(~ Ila dalh nos par tiramos cortando Os mares nunca clolltrern navegados P rusperamente ~cl ve ntos assopraildo Quando uma 1100te 0stando descuiclados N aC0ctaUOla procirca vigiando Uina l1uvemqne o~middot ares esclIlece

)oo1e nussas cabeccedilas al)pare~e

(CA~lOtildeBS Lus C V EST 37 )

Aboacircocircit~mdemiddote incerrar um sentido pershyftt lto nos prlIuumlelro~ quatro Yersos

sect 5 Sonetos

C soneto-consta de qllartQlZe versose se dI V1ele em quatro estrophes a saher dois qll~rtetos e do~s tercetos Osqnaitetos teem

-duas runas e os tercetos outras duas nos qllartetos o verso L rima com o 4 5middot e Bo eo ver~o 2deg com 03 6deg e 7 nos te1shyceto~ rhnao verso 9 com 011 e o 13 e oyersol0cDmo 12o eo14middot

OS-olleto no dizer dos criticos eleve ser aberto commiddot chave ele prata e fechado com

chave de ou1omiddot- isto eacute eleve eorneccedilar por um pensamento bello e b~n- expr~sso augmiddotlleti tando-selhe as bellczas a1eacute (jJJiBL

Em soacuterdida masmorra affe11olhado ])e eadecircas aspe1rirnas cingido Por ferozesCOcircfltrari08 perseguido P or liacutenguas impoHocircraS crirniacutenado

Os membros q uasi nuacutes o aspecto honrado p or vil buumlca e vi~ matildeo roto e cuspido Sem Y~r um soacutem()rtal compadecido De seu funesto rig0roso estado

O penetrante o hl1rhagravero instrumento De atroz violenta ine vitayel morte Olhando j aacute na matildeo do Algoz crllmito

IlHh assim natildeo maldiz a iniclll1 sorte Inela assim tem prazer soceg-o alento~ O Sabio middotveruaeleiro o J usto o Forte

BOCAGE so~ IX)

ESlrophcs de versos rcdondilhoi

sect 6middot Quadras A qnadra Oll redoudilha eacute uma estrophe

de (ll1at1o versos cuj a r ima se p6ele dispocircr de trcs modos

ldeg-Himando o verso 2 deg com o 4middot ficanshydo solto o 10 e 03middot

ExemPLo Amanhatilde- m eu ponsamento Pobre de ti- onde iraacutes Em que espinhosogt sil vados As azagraves tu rasgaraacutes

(ZALLAR) 20 -Hirnando o verso l~o com o 3 middot e o 2 shy

com 0 4 ExemplQ

Para todos tens carinhos A ninguem mostra rigor Q~e rosa eacutes tu sem espinhos Al que natildeo te intendo flocircr

(G ARRETT )

3-R1rna11dv o 1 bullo oro o - 4- o com cmiddot e o ) bull

03 Exemplo

E vejo sereno pranto Na face que te uescoacutera Corno os orvalhos daurora Deslisar- te sobre o manto

(ZALUAR) (Conlinuacutea)

c

(Uaso hl_terCSsftllte )

Eni 11uma lloite do mez de Abril doacute cormiddot

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

80 l ~

T~nte- almo qe 1867 -(pi Ei tatildeo fecun do tem sitlo em ) raridades

Jaacute fIO bronze da forre da enera 01 i ~l e shyja de S Francisrohaviuumlo soado doze lJadi shyladas filie repcreulindo pelp cSI Vo lIla rshyearilo-rneia noite Heillia li a [erra 1110shy

[undo sileneio apClas i_lllcrrompid ) de vez em qu 1)(10 peo (ongiqno mia i de algum jato ou o sibilar de agouleira COI UJil

De eerLo 10I)s descilwa 10 enL r(gllOacute aos cuidados de ~It I phto das fad igls do di norntretatlto ca eLil Nflo linha a in da podido ituacute aquellas 11 0 as concil iar Jl SOIll IlLl

C por isso leacutealltei-mc e (ki-i1Il(lo o lei to recolhi-me ao llIeu gabinete Ahi alJri uma janella qu deita pa ra o janlm e nell aes- shyUH) dehnlltJ ( claprecianuo () bell o luar qu o entilO faz ia e cOll templall do o lasiado C forshyinoso c azu lado Ceacuteu quc n(ssa oec(lsifro se achava revestiuo de Ldo o Iil~est l)io Poder da Il ivilldade recamado de hrilh all tes EsshyII-cllas

Hepoi~te havaacutel clntemplulo por lglllls minu tos a Aboacutebta Celestc e Iospi ratlo o fragrallte cheiro da nocircres tio jardim assrn ~ le i-mo j unto a um a mesa c ti luz UO lIlI a eacute la lia um livro de corcelentes mas insenshysilJcis poesias (obra pri ma 1) do joe ll ph yloshysopJIO encon trado ultimame nt e aacute vagar pelos_ cOIIQns dos reinos ltIc Pllilito qll ando ou lto umforle estampido igu al ao occasio nil do por um tiro dp peccedila__ da grpsso cal ibre do systcmu - lluAz TIZAN - e incon tinenti vejo ab ri r-se a porta que esla J rechadil e en ttarno gordfbineUacutel em -qne cu lHe achan

um magrq e nojento -C-aXOITO galgo - o qual ao avislar-me parou e ar rcgull hn os dcntes-comoque prepaTando~ se-pa r(l dilashycerar-me ~ shy

Fiquei confesso horrorisado 3rri l ia latildecshyse-me asccedilarnes iriiltaacuter~o~se-nle os ( ( bel shylos e quasi que tolheo-se-me de S11S 0 a falia Natildeo obstante poreacutem lud-o isto natildeo-perdi de (odo o meu sangue frio e nesse labyrintho de CO)fllSatildeo-procprMa nalll iu lla imaginaccedilatildeoum meiopeluqual me podeacutesse I

livrar de semelhanle unimal quando Decorshyre0-me uma ideacutea feliz haIacutea em cinia da rnesaum pi~aacuteto com uumllguumllls --heiccedilqs de C3-

bra-agarrei nestes e atirei-os ao damnaJo catildeo e em quanto o maldito bicho deoru a um tatildeo delicioso petisco na verdade supeshyrioraacute umcoelhinho insopado dei um pu lo

lancei matildeo de uma velha e jaacute bustaIacuteuumle enshyferrujagravela espada que llle Li otfer1ada pelo valentegeneraIGalanti-Manicaacuteta-com a qllat esse heroico ccedilabo de guerril tatildeo dignamente

combateu os inimi gos LI a pa tria no ataql1e do -1gt[10 de rciacutela- e co m esa durindanu

etn puacutenh o aggrcdi ao ll il llSeabun(o c~ o e (o h ~ ho r rol~) IlO momento em qllU o feri nunJa costd la liil llsformou-se el le n um hOlllcnl de estlda rng uJ iacuteI 1 Ci l h(~ccedil uuml dClllasiaduumlshymqlle peq llella ol hos da Cf) dos de galo ha rba ti zeo cilJd los ruios de ll tes e~ Vuumllshydiad lJ~ bastallte ma gro c uumls~ uacute s eqtwsiLo SohrC meJiqll illhu Cilbcca ~ l l s lelltaYa Ulll

ruumlspeitald -rha poacuteo dn pello- ba~tunle itlshylore~an l e

Ali Ijtleri(llls lcilore-i filJlWi petrifi ca do ela llina Hlrd-adeila rslaLlIa de marlllore Pilrceia- mo um sOllho o qlle se eslaa pi-ishysllndo an le mim lias nflO Era pllra rcuumlshy

~ Iidad e lhpois de liral o por alguns IllOlIClltos

ruumlcolliwci Il e ~se hunwft-uacuteidw o celebre Oidil Call ieto O quc qlloreselltc nl1o Gdes prosi voI de Ill illl lhe disse el)tatildeo e elle res shypond eu-lllc qle Ilada e qUl apenas andau ClH]l - iIHlo seu Lido

Pergu ntei-lhe pois se era lubif-tomem c rcspond eu-ne quo~sin

Jtc tira -tn po rtanto cllcliagravehrado quallto antes do minha casa cmqllanto lo natildeo faccedilo em postas Ao ouvir eslas minhas paIashynas ploferidas em 10m ameaccedilador elle enccedila rou-me c abrindo a aS1uero~a boca deu um bafO e deSil [l pareecu bull bull bull umiddot bull _ bull ~ bull bull bull o bull bull bull o bull bull bull QQ

o bull bull bull bull bullbull bull 6 t bullbull e

Tll~s di as depois da Il ote em que tevo 11I ~ gal a scell il (llIe vcnho de (] screuacutel seriacirco qn alro horas pOllCO mais Oll menos da lar c

de encolltrei o hcroacutec -que faz o assumpfo d ~sta minha na rraccedilflO todo (czo e prcsushyI1udo rno n Lt~o ntl ma intol-essan te mula na rIJa das - gollas - Qu ando o a istei Ih al to e esperei -o sllppolldo que ellemo quishyzesse co m o seu sans a0on to mar alguma sa tisfaccedilatildeo poreacutem o misero bacalhaacuteo de porshyta de venda nada me disse e apenas vishyro u o f ocinhos qua ll~ o por mim passou c assim- tem continuado ltIacute proceder lodas as vezes que comigo encontra

Ldlores uos contos meus

EsLaacute)inda a Ilarraccedilatildeo E portan 1o ad eus adeus bull Ateacute outra occasiatildeo

Elmano de Moraes

1yp de J J Lopes rua da Trindade n 2

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

80 l ~

T~nte- almo qe 1867 -(pi Ei tatildeo fecun do tem sitlo em ) raridades

Jaacute fIO bronze da forre da enera 01 i ~l e shyja de S Francisrohaviuumlo soado doze lJadi shyladas filie repcreulindo pelp cSI Vo lIla rshyearilo-rneia noite Heillia li a [erra 1110shy

[undo sileneio apClas i_lllcrrompid ) de vez em qu 1)(10 peo (ongiqno mia i de algum jato ou o sibilar de agouleira COI UJil

De eerLo 10I)s descilwa 10 enL r(gllOacute aos cuidados de ~It I phto das fad igls do di norntretatlto ca eLil Nflo linha a in da podido ituacute aquellas 11 0 as concil iar Jl SOIll IlLl

C por isso leacutealltei-mc e (ki-i1Il(lo o lei to recolhi-me ao llIeu gabinete Ahi alJri uma janella qu deita pa ra o janlm e nell aes- shyUH) dehnlltJ ( claprecianuo () bell o luar qu o entilO faz ia e cOll templall do o lasiado C forshyinoso c azu lado Ceacuteu quc n(ssa oec(lsifro se achava revestiuo de Ldo o Iil~est l)io Poder da Il ivilldade recamado de hrilh all tes EsshyII-cllas

Hepoi~te havaacutel clntemplulo por lglllls minu tos a Aboacutebta Celestc e Iospi ratlo o fragrallte cheiro da nocircres tio jardim assrn ~ le i-mo j unto a um a mesa c ti luz UO lIlI a eacute la lia um livro de corcelentes mas insenshysilJcis poesias (obra pri ma 1) do joe ll ph yloshysopJIO encon trado ultimame nt e aacute vagar pelos_ cOIIQns dos reinos ltIc Pllilito qll ando ou lto umforle estampido igu al ao occasio nil do por um tiro dp peccedila__ da grpsso cal ibre do systcmu - lluAz TIZAN - e incon tinenti vejo ab ri r-se a porta que esla J rechadil e en ttarno gordfbineUacutel em -qne cu lHe achan

um magrq e nojento -C-aXOITO galgo - o qual ao avislar-me parou e ar rcgull hn os dcntes-comoque prepaTando~ se-pa r(l dilashycerar-me ~ shy

Fiquei confesso horrorisado 3rri l ia latildecshyse-me asccedilarnes iriiltaacuter~o~se-nle os ( ( bel shylos e quasi que tolheo-se-me de S11S 0 a falia Natildeo obstante poreacutem lud-o isto natildeo-perdi de (odo o meu sangue frio e nesse labyrintho de CO)fllSatildeo-procprMa nalll iu lla imaginaccedilatildeoum meiopeluqual me podeacutesse I

livrar de semelhanle unimal quando Decorshyre0-me uma ideacutea feliz haIacutea em cinia da rnesaum pi~aacuteto com uumllguumllls --heiccedilqs de C3-

bra-agarrei nestes e atirei-os ao damnaJo catildeo e em quanto o maldito bicho deoru a um tatildeo delicioso petisco na verdade supeshyrioraacute umcoelhinho insopado dei um pu lo

lancei matildeo de uma velha e jaacute bustaIacuteuumle enshyferrujagravela espada que llle Li otfer1ada pelo valentegeneraIGalanti-Manicaacuteta-com a qllat esse heroico ccedilabo de guerril tatildeo dignamente

combateu os inimi gos LI a pa tria no ataql1e do -1gt[10 de rciacutela- e co m esa durindanu

etn puacutenh o aggrcdi ao ll il llSeabun(o c~ o e (o h ~ ho r rol~) IlO momento em qllU o feri nunJa costd la liil llsformou-se el le n um hOlllcnl de estlda rng uJ iacuteI 1 Ci l h(~ccedil uuml dClllasiaduumlshymqlle peq llella ol hos da Cf) dos de galo ha rba ti zeo cilJd los ruios de ll tes e~ Vuumllshydiad lJ~ bastallte ma gro c uumls~ uacute s eqtwsiLo SohrC meJiqll illhu Cilbcca ~ l l s lelltaYa Ulll

ruumlspeitald -rha poacuteo dn pello- ba~tunle itlshylore~an l e

Ali Ijtleri(llls lcilore-i filJlWi petrifi ca do ela llina Hlrd-adeila rslaLlIa de marlllore Pilrceia- mo um sOllho o qlle se eslaa pi-ishysllndo an le mim lias nflO Era pllra rcuumlshy

~ Iidad e lhpois de liral o por alguns IllOlIClltos

ruumlcolliwci Il e ~se hunwft-uacuteidw o celebre Oidil Call ieto O quc qlloreselltc nl1o Gdes prosi voI de Ill illl lhe disse el)tatildeo e elle res shypond eu-lllc qle Ilada e qUl apenas andau ClH]l - iIHlo seu Lido

Pergu ntei-lhe pois se era lubif-tomem c rcspond eu-ne quo~sin

Jtc tira -tn po rtanto cllcliagravehrado quallto antes do minha casa cmqllanto lo natildeo faccedilo em postas Ao ouvir eslas minhas paIashynas ploferidas em 10m ameaccedilador elle enccedila rou-me c abrindo a aS1uero~a boca deu um bafO e deSil [l pareecu bull bull bull umiddot bull _ bull ~ bull bull bull o bull bull bull o bull bull bull QQ

o bull bull bull bull bullbull bull 6 t bullbull e

Tll~s di as depois da Il ote em que tevo 11I ~ gal a scell il (llIe vcnho de (] screuacutel seriacirco qn alro horas pOllCO mais Oll menos da lar c

de encolltrei o hcroacutec -que faz o assumpfo d ~sta minha na rraccedilflO todo (czo e prcsushyI1udo rno n Lt~o ntl ma intol-essan te mula na rIJa das - gollas - Qu ando o a istei Ih al to e esperei -o sllppolldo que ellemo quishyzesse co m o seu sans a0on to mar alguma sa tisfaccedilatildeo poreacutem o misero bacalhaacuteo de porshyta de venda nada me disse e apenas vishyro u o f ocinhos qua ll~ o por mim passou c assim- tem continuado ltIacute proceder lodas as vezes que comigo encontra

Ldlores uos contos meus

EsLaacute)inda a Ilarraccedilatildeo E portan 1o ad eus adeus bull Ateacute outra occasiatildeo

Elmano de Moraes

1yp de J J Lopes rua da Trindade n 2

Acervo Biblioteca Puacuteblica de Santa Catarina

top related