normas importação e exportação
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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE PORTO FERREIRA –
ASSER
NORMAS E PROGRAMAS DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
CAROLINA TONHIOLO
PORTO FERREIRA
2014
NORMAS E PROGRAMAS DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES.
PROGRAMA
O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, instituído pelo Decreto nº
660/1992, é um sistema informatizado responsável por integrar as atividades de registro,
acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através de um fluxo único e
automatizado de informações. O SISCOMEX permite acompanhar tempestivamente a saída e
o ingresso de mercadorias no país, uma vez que os órgãos de governo intervenientes no
comércio exterior podem, em diversos níveis de acesso, controlar e interferir no
processamento de operações para uma melhor gestão de processos. Por intermédio do próprio
Sistema, o exportador (ou o importador) troca informações com os órgãos responsáveis pela
autorização e fiscalização.
Resumidamente, destacam-se as seguintes vantagens do Sistema: harmonização de
conceitos e uniformização de códigos e nomenclaturas; ampliação dos pontos do atendimento;
eliminação de coexistências de controles e sistemas paralelos de coleta de dados;
simplificação e padronização de documentos; diminuição significativa do volume de
documentos; agilidade na coleta e processamento de informações por meio eletrônico;
redução de custos administrativos para todos os envolvidos no Sistema; crítica de dados
utilizados na elaboração das estatísticas de comércio exterior.
O módulo Exportação do Siscomex foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e
lançado em 1993. O módulo Importação, desenvolvido pelo Serpro (Serviço Federal de
Processamento de Dados), foi lançado em 1997.
Em agosto de 2012 entrou em produção o Siscomex Importação Web, trazendo uma
série de funcionalidades e facilidades da nova plataforma. No entanto, neste momento, apenas
as Declarações de Importação do tipo Consumo, as quais representam quase 90% do total das
declarações registradas anualmente, migraram para esta nova plataforma.
Os órgãos governamentais intervenientes no Siscomex classificam-se como:
a) Gestores: responsáveis pela administração, manutenção e aprimoramento do
Sistema dentro de suas respectivas áreas de competência.
São eles:
- Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, responsável pelas áreas aduaneira e
tributária;
- Secretaria de Comercio Exterior - SECEX, responsável pela área administrativa.
b) Anuentes: responsáveis pela autorização do processo de importação/exportação na
etapa administrativa/comercial, de determinados bens, como por exemplo: Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde e Ibama, entre outros.
Os módulos do Siscomex têm como principais usuários:
a. Aduana: AFRFB, ATRFB e outros servidores aduaneiros;
b. Secex, Bacen e anuentes: atuam no controle administrativo e cambial;
c. Importador;
d. Depositário: responsável pelo Recinto Alfandegado, fiel depositário das cargas
sob controle aduaneiro;
e. Transportador: transportador de cargas do percurso internacional e/ou
transportador de trânsito aduaneiro.
NORMAS
Cada órgão anuente possui sua própria legislação. A norma que contém as regras de
importação no âmbito desta Secretaria de Comércio Exterior é a Portaria SECEX nº 23, de 14
de julho de 2011, (conforme atualizações até 17/10/2014) consolida em um único documento
todas as normas emitidas pela SECEX sobre o tratamento administrativo das importações e
exportações.
Para efeitos de aplicações das normas regulamentares e de tramitação administrativa,
as importações brasileiras, em termos de classificação, estão agrupadas em Importações
Permitidas e Importações Não-Permitidas. As Importações Não-Permitidas podem ocorrer
devido ao País de origem da mercadoria (por razões de ordem econômica, política ou social,
ou em função de recomendações de organismos internacionais) ou devido à própria natureza
da mercadoria que se pretenda importar (com o objetivo de preservar o meio ambiente, a
saúde pública, etc).
As Importações Permitidas são, em geral, processadas no Siscomex, podendo ser
efetuadas pelo importador, por conta própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio
de representantes credenciados, nos termos e condições estabelecidos pela Receita Federal do
Brasil (RFB). Além disso, os bancos autorizados a operar em câmbio e as sociedades
corretoras que atuam na intermediação de operações cambiais podem ser credenciados a
elaborar e transmitir para o Sistema operações sujeitas a licenciamento, por conta de
importadores, desde que sejam, por eles, expressamente autorizados.
O sistema administrativo das importações brasileiras encontra-se disciplinado pela
Portaria nº 23, de 14 de julho de 2011 e compreende as seguintes modalidades:
a) Importações Dispensadas de Licenciamento;
b) Importações Sujeitas a Licenciamento Automático; e
c) Importações Sujeitas a Licenciamento Não Automático.
Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento,
devendo os importadores somente providenciar o registro da Declaração de Importação no
Siscomex, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à
unidade local da RFB. As importações sujeitas a licenciamento ocorrem nos casos em que a
legislação exija a autorização prévia de órgãos específicos da Administração Pública para a
importação de determinadas mercadorias, ou quando condições específicas devam ser
observadas. Nesses casos, o importador deve formular uma Licença de Importação com a
antecedência prevista na legislação.
Previamente à importação, o importador deverá sempre consultar o Sistema Integrado
de Comércio Exterior (SISCOMEX) a fim de verificar se há exigência de tratamento
administrativo para a operação que deseja realizar. Nesse sentido, o Simulador do Tratamento
Tributário e Administrativo das Importações disponibilizado pela Receita Federal do Brasi
(RFB) também permite ao público simular uma situação com fins de verificar qual tratamento
administrativo incidente sobre determinada mercadoria, eventual órgão de governo
responsável pela emissão de licença de importação e o valor dos tributos incidentes sobre a
operação, a partir de um valor aduaneiro informado. No entanto, o Simulador é apenas
ferramenta de referência, não vinculando o tratamento a ser dado na operação real.
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