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PROJETO INTERDISCIPLINAR III

Prof.º Felipe Alcure

felipe.alcure@utp.br

MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

TEORIA DO CONFLITO

O CONFLITO E O PROCESSO JUDICIAL, ESPIRAIS DE CONFLITOS,

PROCESSOS CONSTRUTIVOS E DESTRUTIVOS

O QUE É O CONFLITO?

O QUE É O CONFLITO?

O conflito pode ser entendido como uma situação

de concorrência e de incompatibilidade de

posições.

Deve ser encarado com naturalidade, pois é

inevitável na vida em sociedade em razão da

pluralidade de ações e projeções individuais

existentes no meio social.

Já a disputa é uma decorrência de um conflito

conduzido de maneira inapropriada.

O QUE É O CONFLITO?

O conflito pode ser definido como um

processo ou estado em que duas ou mais

pessoas divergem em razão de metas,

interesses ou objetivos individuais percebidos

como mutuamente incompatíveis.

O QUE É O CONFLITO?

ASSOCIAÇÕES COM O CONFLITO

GUERRA

BRIGA

DISPUTA

AGRESSÃO

TRISTEZA

VIOLÊNCIA

RAIVA

PERDA

PROCESSO

SENSAÇÕES FÍSICAS RELACIONADAS COM

O CONFLITO

TRANSPIRAÇÃO

TAQUICARDIA

RUBORIZAÇÃO

ELEVAÇÃO DO TOM DE VOZ

IRRITAÇÃO

RAIVA

HOSTILIDADE

DESCUIDO VERBALRetorno de fuga ou de luta

PRÁTICAS ADOTADAS POR UM

MEDIADOR DESPREPARADO

REPRIMIR COMPORTAMENTOS

ANALISAR FATOS

JULGAR

ATRIBUIR CULPA

RESPONSABILIZAR

POLARIZAR RELAÇÃO

JULGAR O CARÁTER / PESSOA

CARICATURAR COMPORTAMENTOS

O conflito sempre consiste em um

fenômeno negativo nas relações humanas?

Um conflito conduzido da maneira

apropriada por uma pessoa capacitada

traria resultados diversos?

ASSOCIAÇÕES AO CONFLITO DE ACORDO

COM A MODERNA TEORIA DO CONFLITO

GUERRA

BRIGA

DISPUTA

AGRESSÃO

TRISTEZA

VIOLÊNCIA

RAIVA

PERDA

PROCESSO

PAZ

ENTENDIMENTO

SOLUÇÃO

COMPREENSÃO

FELICIDADE

AFETO

CRESCIMENTO

GANHO

APROXIMAÇÃO

CONTROLE DAS SENSAÇÕES FÍSICAS AO

MEDIAR UM CONFLITO

TRANSPIRAÇÃO

TAQUICARDIA

RUBORIZAÇÃO

ELEVAÇÃO DO TOM DE VOZ

IRRITAÇÃO

RAIVA

HOSTILIDADE

DESCUIDO VERBAL

MODERAÇÃO

EQUILÍBRIO

NATURALIDADE

SERENIDADE

COMPREENSÃO

SIMPATIA

AMABILIDADE

CONSCIÊNCIA VERBAL

PRÁTICAS ESTRATÉGICAS DE UM

MEDIADOR CAPACITADO

REPRIMIR COMPORTAMENTOS

ANALISAR FATOS

JULGAR

ATRIBUIR CULPA

RESPONSABILIZAR

POLARIZAR RELAÇÃO

JULGAR O CARÁTER / PESSOA

CARICATURAR

COMPORTAMENTOS

COMPREENDER

COMPORTAMENTOS

ANALISAR INTENÇÕES

RESOLVER

BUSCAR SOLUÇÕES

SER PROATIVO

DESPOLARIZAR A RELAÇÃO

ANALISAR PERSONALIDADE

GERIR SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES

EVOLUÇÃO DA VISÃO DO CONFLITO

Visão ultrapassada do conflito: desagradável,

inconveniente, desnecessário, “melhor deixar pra lá”.

Moderna visão do conflito: eficiente mecanismo de

evolução e superação de diferenças.

DESAFIO

Grande desafio na resolução dos conflitos reside em seu

aspecto psicológico, pois não há como se falar em conflito

sem mencionar os conflitos psíquicos dos envolvidos, seus

desejos e motivações ocultas que ficam atrás do conflito

manifesto e encobertas pelo mesmo.

Por este motivo demonstra-se muito relevante a

participação de um profissional capacitado (escuta ativa)

ESPIRAIS DE CONFLITOS

ESPIRAIS DE CONFLITOS

ESPIRAIS DE CONFLITOS

Há uma progressiva escalada, em relações conflituosas,

resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada

reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e

cria uma nova questão ou ponto de disputa. Esse modelo,

denominado de espirais de conflito, sugere que com esse

crescimento (ou escalada) do conflito, as suas causas

originárias progressivamente tornam-se secundárias a partir

do momento em que os envolvidos mostram-se mais

preocupados em responder a uma ação que imediatamente

antecedeu sua reação.

ESPIRAIS DE CONFLITOS

Um mediador de conflitos efetivamente preparado tem o

conhecimento técnico e a sensibilidade para auxiliar as

partes a identificarem, em meio a esta sequência de

reações, os motivos originários do conflito.

No momento em que é interrompido o encadeamento de

reações negativas, as partes têm mais clareza e

discernimento para tratar de seus efetivos interesses.

PROCESSOS DE RESOLUÇÃO DE

CONFLITOS

A condução do conflito pode ser realizada

de diversas maneiras. Segundo a moderna

teoria do conflito, os processos de

resolução de conflitos podem ser

conduzidos de forma construtiva ou de

forma destrutiva.

PROCESSOS DE RESOLUÇÃO DE

CONFLITOS

PROCESSOS DESTRUTIVOS

Quando ocorre o enfraquecimento ou rompimento da relação

social preexistente à disputa em razão da forma pela qual esta

é conduzida, entende-se que o processo de resolução de

conflitos foi destrutivo;

Nestes casos, há a tendência de o conflito se expandir ou

tornar-se mais acentuado no desenvolvimento da relação

processual, sendo que cada parte busca “vencer” a disputa e

incorrendo na percepção, muitas vezes errônea, de que os

interesses das partes não podem coexistir.

PROCESSOS CONSTRUTIVOS

Quando as partes concluem a relação processual com um

fortalecimento da relação social preexistente à disputa temos

caracterizado um processo construtivo de resolução de

disputas.

Nesta situação, observa-se a capacidade de estimular as partes

a desenvolver soluções criativas que permitam a

compatibilização dos interesses aparentemente contrapostos,

sem atribuição de culpa e buscando, acima de tudo abordar,

além das questões juridicamente tuteladas, todas e quaisquer

questões que estejam influenciando a relação (social) das

partes.

CONCLUSÕES

A discussão acerca da introdução de mecanismos que permitam

que os processos de resolução de disputas tornem-se

progressivamente construtivos necessariamente deve

ultrapassar a simplificada e equivocada conclusão de que,

abstratamente, um processo de resolução de disputas é

melhor do que outro.

Devem ser desconsideradas também soluções generalistas como

se a mediação ou a conciliação fossem panacéias para um

sistema em crise.

CONCLUSÕES

O aprimoramento dos processos construtivos de resolução de

conflitos se aproxima das discussões que envolvem a

valorização da cultura da pacificação social em detrimento da

cultura da sentença, que ainda hoje prevalece nas academias

do Direito e na prática desta ciência. Valoriza, ainda, o

entendimento que o Judiciário deve proporcionar ao

jurisdicionado não apenas a justiça do resultado, mas antes de

mais nada, a justiça do processo.

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