lÓgica aristotÉlica
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LÓGICA ARISTOTÉLICA
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Lógica Aristotélica Continuação do item 2 – Proposição e
argumento Quando expomos nossas idéias, seja
oralmente ou por escrito, às vezes começamos pela conclusão, além de, com frequência, omitirmos premissas, deixando-as subentendidas. Por isso, um dos trabalhos do lógico é montar o raciocínio redescobrindo sua estrutura e avaliando se a conclusão se segue das premissas.
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A passagem das premissas para a conclusão corresponde à inferência (do latim infere, “levar para”). A inferência é um processo de pensamento pelo qual, a partir de certas proposições, chegamos a uma conclusão. A lógica examina se a estrutura da inferência é válida ou inválida.
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3. Validade e verdade Ex 4 Todo inseto é hexápode. Ora, todo inseto é invertebrado. Logo, todo hexápode é invertebrado. Esse tipo de argumento é chamado por
Aristóteles de silogismo, que significa “ligação” – é a ligação de dois termos por meio de um terceiro.
O termo “inseto” é o termo médio. No entanto, o termo maior “hexápode” é particular na premissa maior. Já na conclusão, “hexápode” é tomado em toda extensão (todo hexápode), o que significa afirmar no consequente mais do que foi afirmado no antecedente. É portanto, inválido.19/04/23 www.nilson.pro.br 4
Podemos dizer das proposições que elas são verdadeiras ou falsas. Mas quando se trata de argumentos, dizemos que são válidos ou inválidos. Um argumento é válido quando sua conclusão é conseqüência lógica de suas premissas.
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O enunciado da conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já foi dito.
Para justificar que a conclusão não excede o que foi dito no antecedente é preciso saber que existem proposições gerais e proposições particulares.
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Uma proposição é geral quando o sujeito da proposição é tomado na sua totalidade. Por exemplo: “Toda baleia é mamífero”. Na proposição “Os paulistas são brasileiros”, não importa que os paulistas sejam uma parte dos brasileiros, mas que nesse caso estamos nos referindo à totalidade dos paulistas.
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Uma proposição é particular quando o sujeito da proposição é tomado em apenas uma parte indeterminada: “Alguns homens são injustos”, “Certas pessoas são curiosas”. Uma proposição particular pode ser singular, quando o sujeito se refere a um indivíduo: “Esta flor é bonita”, “São Paulo é uma bela cidade”, “Sócrates é filósofo”.
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Ex 3O mercúrio é um metal.Ora, o mercúrio não é sólido.
Logo, algum metal não é sólido.
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OITO REGRAS DO SILOGISMO: O silogismo só deve ter três termos (o maior, o
menor e o médio); De duas premissas particulares nada resulta; De duas premissas negativas nada resulta; O termo médio nunca entra na conclusão; O termo médio deve ser pelo menos uma vez
total; Nenhum termo pode ser total na conclusão sem
ser nas premissas; De duas premissas afirmativas não se conclui
uma negativa; A conclusão segue sempre a premissa mais fraca.
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4. Tipos de Argumentação Dedução – o enunciado da
conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já foi dito. O silogismo é um raciocínio que parte de pelo menos uma proposição geral e cuja conclusão pode ser uma proposição geral ou uma proposição particular.
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Nos exemplos a seguir, a primeira dedução parte de premissas gerais e chega a uma conclusão também geral; no segundo caso, a conclusão é particular:
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Todo brasileiro é sul americano. Todo paulista é brasileiro. Todo paulista é sul americano.
Todo brasileiro é sul americano. Algum brasileiro é índio. Algum índio é sul americano.
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Indução - é uma argumentação pela qual, a partir de diversos dados singulares constatados, chegamos a proposições universais. Enquanto na dedução a conclusão deriva de proposições universais já conhecidas, a indução, ao contrário, chega à conclusão a partir de evidências parciais.
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Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra...; logo, a água ferve a cem graus.
O cobre é condutor de eletricidade, e o ouro, e o ferro, e o zinco, e a prata também...; logo, o metal (isto é, todo metal) é condutor de eletricidade.
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Analogia – é uma indução parcial ou imperfeita, na qual passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferida em virtude da comparação entre objetos que, embora diferentes, apresentam ponto de semelhança:
Paulo sarou de suas dores de cabeça com este remédio.
Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com este mesmo remédio.
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Falácias – é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter a aparência de correção. É conhecida também como sofisma ou paralogismo. Muitas falácias decorrem do fato de algumas premissas serem irrelevantes para a aceitação da conclusão, mas são usadas com a função psicológica de convencer, mobilizando emoções como medo, entusiasmo, hostilidade ou reverência. Geralmente é algo usado para que você acredite, quando, na verdade, você está sendo enganado.
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Argumento de autoridade - trata-se de recurso desviante, em que é usado o prestígio da autoridade para outro setor que não é da sua competência. Ex. quando artistas famosos vendem produtos ou até idéias.
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Argumento contra o homem – consideramos errada uma conclusão porque parte de alguém por nós depreciado. Ex. desvalorizar a filosofia de Francis Bacon porque ele perdeu seu cargo de Chanceler da Inglaterra depois de serem constatados atos de desonestidade.
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Raciocínio circular – é aquele em que se diz a mesma coisa duas vezes, só que dispondo uma das vezes como justificativa da outra. Ex. “O biscoito .... vende mais porque é fresquinho e é fresquinho porque vende mais.”
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Apelo ao povo – quando buscamos legitimar nossa fala alegando que ela é sustentada por todos ou pela maioria. Ex. “Todo mundo vai, porque eu não posso ir?”
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Apelo à piedade – quando vale-se da emoção como forma de obter a adesão do auditório. Ex. “Não é possível que eu reprove nesta matéria, já que passei a semana inteira estudando!”
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Generalização apressada – quando, a partir de algo que tem como referência uma coisa específica, amplia-se e aplica-se a todos os casos, incluindo “gregos e troianos”. Ex. “O jornal publicou uma pesquisa afirmando que a maioria dos pobres já cometeu algum tipo de furto na vida. Por isso é preciso ter o máximo cuidado com as empregadas lá de casa...”
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Apelo às conseqüências – consiste em nos fazer pensar nas conseqüências de nossas afirmações e assim “balançar” nossa adesão. Ex. “Não se pode aceitar a Teoria da Evolução como verdadeira, pois, se o fosse, como explicar que somos tão superiores aos macacos?”
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Apelo à força – é a fronteira entre o verbal e o “braçal”. É muito comum e pode vir mascarado de muitas sutilezas. Ex. “É importante que você saiba das conseqüências desagradáveis que advirão da sua discordância dessa opinião.”
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Atividade:
1. Produza uma carta de 15 a 20 linhas solicitando algo a alguém e, para obtê-la, utilize das falácias acima descritas. Em grupos e lida em público.
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