lançar as redes e a devoção mariana

Post on 14-Apr-2017

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Spiritual

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Aparecida: lançar as redesEvangelização e Devoção Mariana

Afonso Muradmaenossa.blogspot.com

X Congresso Mariológico

Lançar as redes..• Evangelho de Lucas• Novo millennio ineunte• Documento de Aparecida

Jesus disse a Simão: Avance para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca. Simão respondeu: Mestre, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as redes se arrebentavam. Então deram sinal aos companheiros da outra barca, para ajudá-los. Eles foram, e encheram as duas barcas (Lc 5,2-7)

Quando um novo percurso se abre para a Igreja, ressoam no nosso coração as palavras de Jesus, que convida a fazer-se ao largo para a pesca: Duc in altum (Lc 5,4). Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e lançaram as redes.Hoje, convida-nos a lembrar com gratidão o passado, a viver com paixão o presente, abrir-se com confiança ao futuro (NMI 1).

Sigamos em frente, com esperança! Diante da Igreja abre-se o novo milênio como um vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo (conclusão NMI)

Jesus continua convocando, convidando, oferecendo incessantemente vida digna e plena para todos. Nós somos agora, na América Latina e no Caribe, seus discípulos e discípulas, chamados a navegar mar adentro para uma pesca abundante. Trata-se de sair de nossa consciência isolada e de nos lançarmos, com ousadia e confiança, à missão (DAp 263).

Nossa Mãe querida, desde Aparecida, convida seu filhos a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo (DAp 265).

Basta de pescar no aquário!

Repetir as mesmas coisas, para o mesmo público, que envelhece lentamente. E este público envelhecido (em vários sentidos), gosta da repetição, da rotina e da segurança.

Convocação do Papa Francisco

Na Evangelii Gaudium

Que todas as comunidades, com os meios necessários, avancem na conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão (EG 25)

Mais do que o temor de falhar, que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta, e Jesus repete-nos sem cessar: Dai-lhes vós mesmos de comer (Mc 6, 37) (EG49)

Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal destinado mais à evangelização do mundo atual do que a auto-preservação (EG 27).

Quando se assume um objetivo pastoral e um estilo missionário, que chegue realmente a todos, o anúncio concentra-se no essencial, no que é mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário.

A proposta acaba simplificada, sem com isso perder profundidade e verdade, e assim se torna mais convincente e radiante (EG 35).

Quem lança as redes?• Cada batizado torna-se discípulo missionário, aprendiz e sujeito ativo da evangelização.• Ação coordenada e um modelo de Igreja Povo de Deus, comunitária e participativa (ver EG 119-122)

Onde e como lançar as redes?

Evangelizar na cidade (EG 71-75)

Precisamos identificar a cidade a partir de um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, ruas, praças. Deus acompanha a busca sincera de indivíduos e grupos, para encontrar sentido para sua vida, ainda que o façam tateando, de maneira imprecisa e incerta (EG 71)

A presença de Deus não precisa ser criada, e sim descoberta, desvendada (EG 71)

Há vários estilos de vida.A compreensão acerca do tempo, do território e das relações difere das populações rurais. (EG 72)

•Ambivalência da cidade: oferece infinitas possibilidades, mas dificulta o pleno desenvolvimento da vida de muitos.•Inclui e segrega. •Pode ser espaço de encontro e solidariedade, ou de retraimento e desconfiança (EG 74)

•A Igreja deve ajudar os habitantes da cidade a assumirem sua cidadania, a atuarem, de forma pessoal e comunitária, para a criação de espaços humanizadores.

•Uma evangelização que ilumine os novos modos de se relacionar com Deus, com os outros e com o ambiente, e que suscite os valores fundamentais (EG 74)

Contemplar esta situação e empreender um diálogo, como Jesus e a samaritana, junto do poço (EG 73)

A singularidade do onde (evangelizar na cidade) leva à revisão profunda do como (linguagem, recursos, interlocutores da evangelização).

•A cidade: imensa pluralidade cultural e religiosa. •Programa e estilo uniformes e rígidos de evangelização não são adequados para esta realidade (EG

75). •Lançar as redes: assumir a fundo a realidade humana e inserir-se no coração dos desafios como fermento de testemunho.

Valor da piedade popular (EG 122-126)

• Íntima relação entre cultura e religiosidade. Ambas são dinâmicas: criadas e transformadas por um povo.•Expressa a atividade missionária espontânea do Povo de Deus, animada pelo Espírito.

•Conteúdo mais simbólico do que racional.•Acentua mais a entrega a Deus do que a formulação da doutrina.•Tem dimensão comunitária e missionária.

Penso na fé firme das mães ao pé da cama do filho doente, que se agarram a um terço ainda que não saibam os artigos do Credo; ou na carga imensa de esperança contida numa vela que se acende, numa casa humilde, para pedir ajuda a Maria, ou nos olhares de profundo amor a Cristo crucificado (EG 125)

Encorajá-la e fortalecê-la para aprofundar o processo de inculturação, nunca acabada. As expressões da piedade popular têm muito a nos ensinar. São um lugar teológico imprescindível na nova evangelização (EG 126).

Postura pastoral diante da Piedade Popular

Evitar os equívocos do Devocionismo

*Devocionismo: multiplicação ilimitada de práticas devocionais, que se afastam do bom senso e da centralidade de Cristo. Favorecem uma piedade individualista e o sucesso dos seus promotores.

Certo cristianismo feito de devoções – próprio duma vivência individual e sentimental da fé – não corresponde a uma autêntica piedade popular (EG 70).

Porque?

•Realça mais as formas exteriores de algumas tradições ou supostas revelações privadas, do que o impulso da piedade cristã. •Promove estas expressões sem se preocupar com a inclusão social dos pobres e a formação dos fiéis.•Em alguns casos, age para obter benefícios econômicos ou poder sobre os outros (EG 70).

Devoção e cultura midiática

Algumas pistas para a evangelizar

com a piedade popular mariana

Criar representações atualizadas e usá-las como material evangelizador

Revisar os roteiros devocionais e as orações, de forma a aproximar a “Mãe do Céu” com “Maria de Nazaré”

Criar e difundir músicas marianas com linguagem atualizada e centradas em Jesus.

• Imaculada Maria de Deus, Coração pobre acolhendo Jesus. Imaculada Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão junto à cruz •Um coração que era sim para a vida, Um coração que era sim para o irmão. Um coração que era sim para Deus, Reino de Deus renovando este chão! •Faça-se ó Pai, vossa plena Vontade! Que os nossos passos se tornem memória do amor fiel que Maria gerou, Reino de Deus atuando na história!

Rejeitar as devoções anacrônicas e exageradas

Divulgar material devocional de cunho bíblico e sensibilidade litúrgica.

maenossa.blogspot.commurad4@hotmail.com

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